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Promoção dos recursos botânicos na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

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Academic year: 2021

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Universidade de Tr´

as-os-Montes e Alto Douro

Promo¸c˜

ao dos Recursos Botˆ

anicos

na Universidade de Tr´

as-os-Montes e Alto Douro

Disserta¸c˜ao de Mestrado em Engenharia Inform´atica

Jo˜

ao Miguel Pinto Candeias

Orienta¸c˜ao

Doutor Raul Manuel Pereira Morais dos Santos

Doutor Jo˜ao Eduardo Quintela Alves de Sousa Varaj˜ao

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Orienta¸c˜ao cient´ıfica:

Doutor Raul Manuel Pereira Morais dos Santos

Professor Associado com Agrega¸c˜ao do Departamento de Engenharias

Universidade de Tr´as-os-Montes e Alto Douro

Doutor Jo˜ao Eduardo Quintela Alves de Sousa Varaj˜ao

Professor Auxiliar com Agrega¸c˜ao do

Departamento de Sistemas de Informa¸c˜ao da Escola de Engenharia Universidade do Minho

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“Tenho em mim todos os sonhos do mundo.”

Fernando Pessoa

Aos meus filhos, Joana e Guilherme

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Promo¸c˜ao de recursos botˆanicos na

Universidade de Tr´as-os-Montes e Alto Douro

Jo˜ao Miguel Pinto Candeias

Submetido na Universidade de Tr´as-os-Montes e Alto Douro para o preenchimento dos requisitos parciais para obten¸c˜ao do grau de

Mestre em Engenharia Inform´atica

Resumo — Existem milhares de jardins botˆanicos por todo o mundo. Hoje em dia, cada vez mais, existe a necessidade de colocar as novas tecnologias ao servi¸co desses jardins, tornando-as uma mais valia na sua promo¸c˜ao. A utiliza¸c˜ao desses recursos ´e primordial para a preserva¸c˜ao e promo¸c˜ao dos jardins botˆanicos, de forma a garantir uma melhor intera¸c˜ao com o p´ublico e a capta¸c˜ao e cativa¸c˜ao desse mesmo p´ublico, utilizando ferramentas de uso comum e cada vez mais dispon´ıveis para as popula¸c˜oes em geral.

Esta disserta¸c˜ao descreve o trabalho realizado com a utiliza¸c˜ao de v´arias tecnologias da informa¸c˜ao com vista `a promo¸c˜ao e suporte de informa¸c˜ao do Jardim Botˆanico da Universidade de Tr´as-os-Montes e Alto Douro, um dos maiores da Europa. Partindo de um conjunto de placas de identifica¸c˜ao rudimentares, implementou-se um modelo de dados adequado `as mais de 900 esp´ecies vivas do Jardim e `as respetivas cole¸c˜oes tem´aticas, um sistema de contextualiza¸c˜ao com c´odigos visuais QR code e um mapa de realidade aumentada, que visa ajudar qualquer visitante do jardim possuidor de um smartphone a conhecer os recursos botˆanicos existentes. O modelo de dados comporta, tamb´em, o suporte `as cerca de 2500 esp´ecies constantes na Flora Digital de Portugal, dando-se tamb´em in´ıcio `a nova p´agina da internet do Jardim Botˆanico da Universidade de Tr´as-os-Montes e Alto Douro/Flora Digital de Portugal.

Palavras Chave: Jardim botˆanico, sistema de informa¸c˜ao, contextualiza¸c˜ao, ser-vi¸cos, dispositivos m´oveis, QR code, realidade aumentada.

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Promotion of Botanical Resources at the

University of Tr´as-os-Montes and Alto Douro

Jo˜ao Miguel Pinto Candeias

Submitted to the University of Tr´as-os-Montes and Alto Douro in partial fulfillment of the requirements for the degree of

Master of Science in Computer Engineering

Abstract — There are thousands of botanical gardens throughout the world. Nowadays, increasingly there is a need to put new technologies at the service of these gardens, making them an asset in promoting them. The use of these resources is vital to the preservation and promotion of the botanical gardens, in order to ensure a better interaction with the general public. Also serves to attract the public, using tools of common use and increasingly available by people in general.

This master thesis describes the work carried out with the use of a set of technologies to promote and support information at the Botanical Garden of the University of Tr´as-os-Montes and Alto Douro, one of the largest in Europe. Starting from a set of rudimentar nameplates, it was implemented a data model suitable to more than 900 living species of the Garden and its thematic collections, a system of contextualization with visual QR codes and a map of augmented reality aimed to guide any visitor carrying a smartphone. The database also includes support to about 2500 species listed in the Digital Flora of Portugal, giving up too early in the new website of the Botanical Garden of University of Tr´as-os-Montes and Alto Douro/Digital Flora of Portugal.

Key Words: Botanic garden, contextaware, smartphones, QR code, augmented reality.

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Agradecimentos

Institucionalmente, os meus agradecimentos ao Magn´ıfico Reitor da Universidade de Tr´as-os-Montes e Alto Douro, Professor Doutor Ant´onio Fontainhas Fernandes, ao Vice-Reitor para o Planeamento, Estrat´egia e Organiza¸c˜ao, Professor Doutor Artur Crist´ov˜ao, ao Vice-Reitor para o Ensino, Professor Doutor Jo˜ao Coutinho, ao Presidente da Escola de Ciˆencias e Tecnologia, Professor Doutor Jos´e Boaventura e ao Diretor e Vice-Diretor do Departamento de Engenharias, Professor Doutor Ant´onio Valente e Professor Emanuel Peres, respetivamente, pelas facilidades conce-didas e meios colocados `a disposi¸c˜ao para a realiza¸c˜ao deste trabalho.

Ao Professor Doutor Raul Morais, nas qualidades orientador e amigo, pelo seu empenho, dedica¸c˜ao, motiva¸c˜ao e modelo de profissionalismo. Para ele, o meu profundo agradecimento.

Ao Professor Doutor Jo˜ao Varaj˜ao, nas qualidades orientador e amigo, pelo seu empenho e motiva¸c˜ao. Para ele, o meu profundo agradecimento.

Ao Professor Doutor Ant´onio Cresp´ı pelo seu empenho e sugest˜oes. Para ele, o meu profundo agradecimento.

Ao amigo Emanuel Peres um agradecimento especial pela dedica¸c˜ao, amizade e pelo xiii

(12)

valioso contributo na minha forma¸c˜ao e carreira.

Ao amigo Jo˜ao Sousa um agradecimento pelas sugest˜oes e apoio que me dedicou. `

A Alice Rocha pela sua colabora¸c˜ao e incentivo. Ao Afonso Gomes pelo seu contributo e dedica¸c˜ao. Ao Jos´e Paulo Santos pelo seu contributo e amizade. Ao Miguel Ferreira pelo seu contributo e amizade.

Ao Jorge Rom˜ao, Toli C´esar Machado e Rui Reininho pelo apoio e amizade.

A toda a minha fam´ılia e amigos um agradecimento muito especial pelo apoio e dedica¸c˜ao nesta viagem.

A todos, um sincero obrigado!

UTAD, Jo˜ao Miguel Pinto Candeias

Vila Real, 20 de novembro de 2014

(13)

´Indice geral

Resumo ix

Abstract xi

Agradecimentos xiii

´Indice de tabelas xix

´Indice de figuras xxi

1 Introdu¸c˜ao 1

1.1 O Jardim Botˆanico da UTAD . . . 2

1.2 Motiva¸c˜ao e enquadramento . . . 4

1.3 Finalidade e objetivos . . . 5

1.4 Organiza¸c˜ao da disserta¸c˜ao. . . 6

2 Jardins botˆanicos emblem´aticos 7 2.1 Principais jardins botˆanicos do mundo . . . 8

2.1.1 Jardim Botˆanico de Kew . . . 10 xv

(14)

2.1.2 Jardim Botˆanico de Kirstenbosch . . . 15

2.1.3 Jardim Botˆanico do Rio de Janeiro . . . 18

2.1.4 Jardim Botˆanico de Singapura . . . 24

2.1.5 Jardim Botˆanico de Missouri . . . 26

2.2 Principais jardins botˆanicos em Portugal . . . 29

2.2.1 Jardim Botˆanico da Ajuda . . . 29

2.2.2 Jardim Botˆanico da Universidade de Coimbra . . . 32

2.2.3 Jardim Botˆanico da Madeira . . . 35

2.2.4 Jardim Botˆanico do Porto . . . 37

2.2.5 Jardim Botˆanico Tropical . . . 39

2.3 Discuss˜ao . . . 42

3 Tecnologias de computa¸c˜ao m´ovel para contextualiza¸c˜ao 45 3.1 Estado da arte . . . 45

3.2 Dispositivos m´oveis . . . 46

3.3 Elementos de contextualiza¸c˜ao . . . 47

3.3.1 Utiliza¸c˜ao de GPS . . . 48

3.3.2 Tecnologias de r´adio frequˆencia (RFID) . . . 48

3.3.3 Tecnologia de campo pr´oximo (NFC) . . . 49

3.3.4 Etiquetas visuais . . . 50

3.3.5 Ferramentas e tecnologias associadas . . . 51

3.4 Realidade aumentada . . . 54

3.5 S´ıntese . . . 57

4 Trabalho realizado e resultados obtidos 59 4.1 Modelo de dados . . . 59

4.2 Placas de identifica¸c˜ao . . . 67

4.3 Aplica¸c˜ao web . . . 69

4.4 Realidade aumentada em navegador Layar . . . 72

4.5 Implementa¸c˜ao no JBUTAD . . . 74 xvi

(15)

4.6 Extens˜ao na ESMM. . . 75

4.7 Conte´udos multim´edia de apoio . . . 76

4.8 Impress˜ao em grande formato . . . 78

4.9 Cria¸c˜ao de log´otipo do JBUTAD . . . 79

4.10 Roteiro dos famosos. . . 79

5 Conclus˜ao e trabalho futuro 83 5.1 Trabalho futuro . . . 85

Referˆencias bibliogr´aficas 87

(16)
(17)

´Indice de tabelas

2.1 Utiliza¸c˜ao de novas tecnologias nos Jardins Botˆanicos nacionais. . . . 42

2.2 Utiliza¸c˜ao de novas tecnologias nos Jardins Botˆanicos internacionais.. 43

3.1 Alguns s´ıtios de internet que permitem a gera¸c˜ao de QR code. . . 52

(18)
(19)

´Indice de figuras

1.1 Fotografia da cole¸c˜ao tem´atica das Resinosas Ornamentais. . . 3

1.2 Fotografia do Edif´ıcio da Reitoria e o seu enquadramento no Jardim. 3 1.3 Fotografia de uma das placas utilizadas no JBUTAD para identifica¸c˜ao de uma esp´ecie (placa realizada em relevo). . . 4

1.4 Fotografia de uma das placas utilizadas no JBUTAD para identifica¸c˜ao de uma esp´ecie (placa realizada por impress˜ao). . . 5

2.1 Localiza¸c˜ao dos principais Jardins Botˆanicos no Mundo. . . 9

2.2 P´agina de entrada do s´ıtio web do Jardim Botˆanico de Kew, Londres. 10 2.3 Facebook do Jardim Botˆanico de Kew. . . 11

2.4 Canal YouTube do Jardim Botˆanico de Kew. . . 12

2.5 Twitter do Jardim Botˆanico de Kew. . . 12

2.6 Canal Flickr do Jardim Botˆanico de Kew. . . 13 xxi

(20)

2.7 Newsletter do Jardim Botˆanico de Kew. . . 13

2.8 Imagens da aplica¸c˜ao de navega¸c˜ao no Jardim Botˆanico de Kew. . . . 14

2.9 P´agina de entrada do s´ıtio web do Jardim Botˆanico de Kirstenbosch, ´ Africa do Sul. . . 16

2.10 Street View do Jardim Botˆanico de Kirstenbosch. . . 16

2.11 Facebook do Jardim Botˆanico de Kirstenbosch. . . 17

2.12 Canal Flicker do Jardim Botˆanico de Kirstenbosch. . . 17

2.13 P´agina de entrada do s´ıtio web do Jardim Botˆanico do Rio de Janeiro. 18 2.14 Mapa do Jardim do Jardim Botˆanico do Rio de Janeiro. . . 19

2.15 P´agina das esp´ecies do Jardim Botˆanico do Rio de Janeiro. . . 19

2.16 Facebook do Jardim Botˆanico do Rio de Janeiro. . . 20

2.17 Imagens da aplica¸c˜ao de navega¸c˜ao no Jardim Botˆanico do Rio de Janeiro. . . 21

2.18 Twitter do Jardim Botˆanico do Rio de Janeiro. . . 22

2.19 Canal YouTube do Jardim Botˆanico do Rio de Janeiro. . . 22

2.20 Newsletter do Jardim Botˆanico do Rio de Janeiro. . . 23

2.21 P´agina de entrada do s´ıtio web do Jardim Botˆanico de Singapura. . . 24

2.22 Facebook do Jardim Botˆanico de Singapura. . . 25

2.23 Canal Yelp do Jardim Botˆanico de Singapura. . . 25

2.24 Canal Foursquare do Jardim Botˆanico de Singapura. . . 26

2.25 P´agina de entrada do s´ıtio web do Jardim Botˆanico de Missouri. . . . 27 xxii

(21)

2.26 Facebook do Jardim Botˆanico de Missouri. . . 27

2.27 Canal Twitter do Jardim Botˆanico de Missouri. . . 28

2.28 Canal Foursquare do Jardim Botˆanico de Missouri. . . 28

2.29 Localiza¸c˜ao dos principais Jardins Botˆanicos em Portugal. . . 29

2.30 P´agina de entrada do s´ıtio web do Jardim Botˆanico da Ajuda, Lisboa. 30 2.31 Visita virtual ao Jardim Botˆanico da Ajuda, p´agina de entrada. . . . 31

2.32 Visita virtual ao Jardim Botˆanico da Ajuda, menu de op¸c˜oes dispon´ıveis. 31 2.33 Facebook do Jardim Botˆanico da Ajuda. . . 32

2.34 P´agina de entrada do s´ıtio de Internet do Jardim Botˆanico da Universidade de Coimbra. . . 33

2.35 Imagem do mapa do Jardim Botˆanico da Universidade de Coimbra. . 33

2.36 Canal Twitter do Jardim Botˆanico da Universidade de Coimbra. . . . 34

2.37 Canal YouTube do Jardim Botˆanico da Universidade de Coimbra. . . 34

2.38 Facebook do Jardim Botˆanico da Universidade de Coimbra. . . 35

2.39 P´agina de entrada no s´ıtio da Internet do Jardim Botˆanico da Madeira. 36 2.40 P´agina de entrada no s´ıtio da Internet do Jardim Botˆanico da Madeira. 36 2.41 Facebook do Jardim Botˆanico da Madeira. . . 37

2.42 P´agina de entrada do s´ıtio web do Jardim Botˆanico do Porto. . . 38

2.43 Mapa do Jardim Botˆanico do Porto.. . . 38

2.44 Facebook do Jardim Botˆanico do Porto. . . 39 xxiii

(22)

2.45 P´agina de entrada no s´ıtio da Internet do Jardim Botˆanico Tropical, Lisboa. . . 40

2.46 Mapa do Jardim Botˆanico Tropical no seu s´ıtio web. . . 40

2.47 P´agina de consulta `a base de dados on-line do Herb´ario LISP. . . 41

2.48 Facebook do Jardim Botˆanico Tropical. . . 41

3.1 Utiliza¸c˜ao de etiquetas NFC. . . 50

3.2 Os formatos mais conhecidos das etiquetas visuais bidimensionais. . . 51

3.3 Janela do s´ıtio de Internet http://qrcode.kaywa.com/ para a gera¸c˜ao on-line de etiquetas QR code. . . 52

3.4 Aplica¸c˜ao QR Reader da TapMedia para iOS. . . 53

3.5 i-nigma, aplica¸c˜ao de leitura de QR codes para iOS. . . 54

3.6 Aspeto da aplica¸c˜ao KaywaReader para iOS. . . 55

3.7 Perspetiva do navegador de realidade aumentada Layar. . . 56

3.8 Arquitectura da plataforma Layar. . . 56

4.1 Modelo DER do sistema de informa¸c˜ao do Jardim Botˆanico. . . 60

4.2 Exemplar de placa identificativa. . . 67

4.3 As antigas placas de identifica¸c˜ao que foram substitu´ıdas pelo novo modelo. . . 68

4.4 Ecran de captura da aplica¸c˜ao gratuita i-nigma na leitura das placas´ identificativas no JBUTAD e ESMM. . . 69

4.5 Informa¸c˜ao disponibilizada atrav´es do acesso direto ao endere¸co http:// jbm.utad.pt, isto ´e, sem apontar a qualquer QR code. . . 70

(23)

4.6 Aplica¸c˜ao JBM desenvolvida para acesso contextualizado por QR code. 71

4.7 Realidade aumentada no navegador Layar. . . 72

4.8 Primeiras linhas da tabela que guarda os pontos de interesse que s˜ao acedidos pela aplica¸c˜ao Layar. . . 73

4.9 Conte´udos multim´edia dispon´ıveis na camada de realidade aumentada do JBUTAD. . . 73

4.10 Visualiza¸c˜ao do trajeto proposto para alcan¸car uma determinada cole¸c˜ao tem´atica no JBUTAD. . . 74

4.11 Um aluno da ESMM realiza uma demonstra¸c˜ao com o seu telem´ovel a apontar para uma placa identificativa na sua escola. . . 76

4.12 Exemplo das placas que foram instaladas no jardim da ESMM. . . 76

4.13 Videos explicativos das cole¸c˜oes tem´aticas. . . 77

4.14 Posters produzidos para o marketing e publicidade do novo conjunto de ferramentas de apoio ao JBUTAD. . . 78

4.15 Log´otipo do JBUTAD, criado durante esta disserta¸c˜ao. . . 79

4.16 Cobertura da imprensa `a visita dos GNR ao Roteiro dos Famosos do JBUTAD. . . 80

4.17 Rece¸c˜ao aos GNR por parte do Sr. Vice-Reitor, Prof. Artur Crist´ov˜ao. 80

4.18 Comitiva no espa¸co envolvente ao Centro de Interpreta¸c˜ao. . . 81

4.19 Exemplar da placa afixada junto da Colec¸c˜ao Tem´atica apadrinhada. 81

5.1 Estat´ısticas de acesso `a p´agina web do JBUTAD (m´etricas de 11 de fevereiro de 2015). . . 84

5.2 P´agina do Facebook do JBUTAD (acedido em 11 de fevereiro de 2015). 85

(24)

1

Introdu¸c˜

ao

Falar da promo¸c˜ao dos jardins botˆanicos e dos seus recursos ´e proporcionar uma experiˆencia de partilha com a natureza. Neste contexto, as ferramentas m´oveis podem ser um aux´ılio extremamente valioso j´a que permitem fornecer, no local, informa¸c˜oes sobre os recursos botˆanicos que est˜ao pr´oximos do potencial interessado em obter mais informa¸c˜oes sobre os mesmos.

Este trabalho apresenta um conjunto de iniciativas levadas a cabo na Universidade de Tr´as-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e na Escola Secund´aria Morgado de Mateus (ESMM), que visaram a introdu¸c˜ao de placas identificativas dos recursos botˆanicos utilizando a tecnologia QR code e uma aplica¸c˜ao inform´atica concebida e desenvolvida para dar apoio a todo o processo. Abordam-se, tamb´em, outras tecnologias que se revelaram interessantes, tais como, aplica¸c˜oes de realidade aumentada.

Nesta sec¸c˜ao, introdut´oria, ´e efetuado o enquadramento deste trabalho e apresenta-se a motiva¸c˜ao subjacente.

(25)

2 CAP´ITULO 1. INTRODUC¸ ˜AO

1.1

O Jardim Botˆ

anico da UTAD

Em 1988 surgiu em Portugal um novo jardim botˆanico, na sua j´a longa hist´oria de cole¸c˜oes e espa¸cos destinados ao ornamento vegetal. O Jardim Botˆanico da UTAD (JBUTAD) ´e, atualmente, um dos maiores jardins botˆanicos da Europa e no seu interior poderemos observar esp´ecies vegetais provenientes dos quatro cantos do mundo. A hist´oria dos jardins botˆanicos em Portugal surge desde que o eminente M´edico Real Abraham Garcia da Orta, criou uma cole¸c˜ao viva de germoplasma no seu destino profissional em Calcut´a. Desde ent˜ao, a hist´oria de Portugal encontrou nos jardins botˆanicos uma montra da sua hist´oria e da sua grandeza imperial. A decadˆencia do fim de uma ´epoca tamb´em ficou registada nas cole¸c˜oes botˆanicas portuguesas, abandonando estes bancos germopl´asmicos ao seu destino. O fim da d´ecada de 1980 trouxe um futuro de esperan¸ca. ´E nesse momento que o JBUTAD ´e criado.

O JBUTAD nasce num momento de mudan¸ca. Essa mudan¸ca reflete-se na vida s´ocio-econ´omica do pa´ıs e naquilo que a sociedade demanda dos jardins botˆanicos. J´a n˜ao interessa s´o a ornamenta¸c˜ao e o conhecimento da flora de outros pa´ıses e continentes. Agora, a conserva¸c˜ao e a divulga¸c˜ao ocupam pap´eis igualmente importantes. No caso do JBUTAD, o esfor¸co conservacionista est´a refletido n˜ao s´o ao longo das suas catorze cole¸c˜oes tem´aticas, como tamb´em nos espa¸cos destinados `a integra¸c˜ao e ornamento dos edif´ıcios do Campus universit´ario. Mais de novecentas esp´ecies integram estas cole¸c˜oes tem´aticas. Ao mesmo tempo, um banco germopl´asmico herborizado ´e reunido no Herb´ario HVR, onde mais de vinte mil exemplares, enqua-drados em mais de um milhar de esp´ecies, s˜ao armazenados em cˆamara fria. Este sistema de conserva¸c˜ao n˜ao s´o permite um melhor estado de preserva¸c˜ao do DNA desses esp´ecimenes, como tamb´em um sistema mais natural e amigo do ambiente. A divulga¸c˜ao desta diversidade vegetal, sistematicamente organizada ao longo das cole¸c˜oes tem´aticas e do banco germopl´asmico herborizado, ´e uma preocupa¸c˜ao bem patente do JBUTAD.

(26)

1.1. O JARDIM BOT ˆANICO DA UTAD 3

O JBUTAD procura ser um exemplo de um verdadeiro banco germoplasm´atico, diverso e harmonioso. A utiliza¸c˜ao do espa¸co da universidade, com o seu trˆansito constante de pessoas e viaturas, ou a integra¸c˜ao num n´ucleo populacional em cresci-mento, como ´e o da cidade de Vila Real, n˜ao foram raz˜oes para impedir a cria¸c˜ao deste formid´avel espa¸co de vida. Pessoas e plantas vivem aqui um relacionamento de igualdade fraternal. As figuras 1.1 e 1.2 ilustram duas vistas do JBUTAD.

Figura 1.1 – Fotografia da cole¸c˜ao tem´atica das Resinosas Ornamentais.

(27)

4 CAP´ITULO 1. INTRODUC¸ ˜AO

1.2

Motiva¸c˜

ao e enquadramento

Ter `a disposi¸c˜ao um dos maiores jardins botˆanicos da Europa ´e sem d´uvida um recurso imenso e inexplorado em termos de integra¸c˜ao de um suporte inform´atico de apoio ao visitante. Como tal, partiu-se para uma inclus˜ao de tecnologias suportadas em dispositivos m´oveis que permitissem dar a conhecer ao visitante do JBUTAD todas as suas esp´ecies distribu´ıdas ao longo do seu Campus.

Neste sentido, o JBUTAD tem vindo a atualizar as suas antigas placas de identifica¸c˜ao (figuras 1.3 e 1.4) com recurso a tecnologia gratuita QR code, onde c´odigos s˜ao impressos nas novas placas e que permitem ao visitante ter acesso a um conjunto de informa¸c˜ao de cada esp´ecie, atrav´es do seu telem´ovel. Este pormenorizado sistema de indica¸c˜ao e orienta¸c˜ao, acompanhado pela presen¸ca de placas de identifica¸c˜ao in situ para as cole¸c˜oes e esp´ecies, facilita o desenvolvimento de diversas atividades de car´acter formativo e pedag´ogico: visitas guiadas, exposi¸c˜oes tempor´arias e permanen-tes, aulas de educa¸c˜ao ambiental, cursos especializados, entre outros.

Figura 1.3– Fotografia de uma das placas utilizadas no JBUTAD para identifica¸c˜ao de uma esp´ecie (placa realizada em relevo).

(28)

1.3. FINALIDADE E OBJETIVOS 5

Figura 1.4– Fotografia de uma das placas utilizadas no JBUTAD para identifica¸c˜ao de uma esp´ecie (placa realizada por impress˜ao).

1.3

Finalidade e objetivos

Pretende-se com este trabalho estudar e conceber solu¸c˜oes tecnol´ogicas para a promo-¸c˜ao do JBUTAD. Para que esta finalidade seja conseguida, estabeleceram-se como objetivos principais: desenvolver uma aplica¸c˜ao web, a ser utilizada em dispositivo m´oveis; renovar os identificadores das esp´ecies, com novo grafismo e com a inclus˜ao de QR code; desenvolver conte´udos multimedia, para serem visualizados quer atrav´es do s´ıtio web quer atrav´es da camada criada na plataforma Layar e explorar as potencialidades da realidade aumentada, na plataforma Layar.

Para alcan¸car estes objetivos estabeleceu-se a seguinte metodologia: em primeiro lugar fazer uma defini¸c˜ao de objetivos e processo de trabalho; realizer um estudo dos jardins botˆanicos mais emblem´aticos e das tecnologias que utilizam para a sua promo¸c˜ao; elaborar um estudo das tecnologias de computa¸c˜ao m´ovel para contextua-liza¸c˜ao; seguindo-se uma an´alise de requisitos e conce¸c˜ao de solu¸c˜oes tecnol´ogicas para a promo¸c˜ao do JBUTAD e, por fim, a fase da implementa¸c˜ao das solu¸c˜oes definidas no JBUTAD.

(29)

6 CAP´ITULO 1. INTRODUC¸ ˜AO

1.4

Organiza¸c˜

ao da disserta¸c˜

ao

Al´em desta sec¸c˜ao introdut´oria, que visa enquadrar este trabalho, esta disserta¸c˜ao ´e composta por mais quatro cap´ıtulos. No cap´ıtulo dois, visitam-se os principais jardins botˆanicos existente no planeta e em Portugal e analisa-se de que forma estes potenciam os seus recursos com ferramentas inform´aticas. No cap´ıtulo terceiro, e ap´os uma an´alise de requisitos, revˆeem-se as tecnologias que poder˜ao ser ´uteis para o efeito da promo¸c˜ao. Desde c´odigos visuais, GPS, realidade aumentada, entre outras, estas tecnologias s˜ao descritas e analisadas no sentido de perceber quais seriam as mais-valias que poderiam advir para a promo¸c˜ao destes recursos. No quarto cap´ıtulo, apresenta-se a vers˜ao de demonstra¸c˜ao, e atualmente em uso, que o utilizador tem `a disposi¸c˜ao para consultar informa¸c˜oes sobre as esp´ecies existentes no JBUTAD. Finalmente, no quinto cap´ıtulo tecem-se as devidas conclus˜oes e perspetivam-se alguns vetores orientadores de trabalho futuro.

(30)

2

Jardins botˆ

anicos

emblem´

aticos

Existe uma vasta diversidade de jardins botˆanicos por todo o mundo. Hoje em dia, e cada vez mais, h´a a necessidade de colocar as novas tecnologias ao servi¸co desses jardins, tornando-as uma mais-valia na sua promo¸c˜ao. A utiliza¸c˜ao desses recursos ´e primordial para a preserva¸c˜ao e promo¸c˜ao desses espa¸cos, de modo a garantir uma melhor intera¸c˜ao com o p´ublico em geral e a servir para a capta¸c˜ao e cativa¸c˜ao do mesmo, utilizando ferramentas de uso comum e cada vez mais utilizadas na nossa sociedade.

Neste cap´ıtulo descrevem-se, de forma resumida, os jardins botˆanicos mais emblem´a-ticos a n´ıvel global(BBG, 2014;BGBM, 2014; Jardim Bot´anico do Rio de Jarneiro,

2014; Longwood Gardens, 2014; Singapore Botanic Gardens, 2014; Espace pour la Vie Montreal - JBM, 2014; Royal Botanic Gardens Kew, 2014; SANBI, 2014), assim como os principais existentes em Portugal (Instituto de Investiga¸c˜ao Cient´ıfica Tropical,2007;Universidade de Coimbra,2014;Naturais,2014;Jardim Botˆanico do Porto, 2014). Essa descri¸c˜ao incide, sobretudo, nos recursos de intera¸c˜ao com o p´ublico, utilizados por cada um destes jardins, com vista `as divulga¸c˜ao e promo¸c˜ao dos mesmos.

Esta sele¸c˜ao, realizada em conjunto com o Conservador do JBUTAD, Prof. Ant´onio 7

(31)

8 CAP´ITULO 2. JARDINS BOT ˆANICOS EMBLEM ´ATICOS

Cresp´ı, teve como principais crit´erios a dimens˜ao e importˆancia desses jardins bem como a sua distribui¸c˜ao geogr´afica.

2.1

Principais jardins botˆ

anicos do mundo

A existˆencia de jardins botˆanicos funde-se no tempo com a pr´opria evolu¸c˜ao das civiliza¸c˜oes humanas. Os primeiros jardins conhecidos foram criados em resposta a uma necessidade natural por possuir a planta ´util, pr´oxima dos assentamentos humanos. Pequenas hortas foram instalando-se inicialmente na envolvˆencia das vivendas, passando pouco depois a concentrar-se em maior propor¸c˜ao nos dom´ınios de quem reunia o conhecimento imprescind´ıvel para o seu uso. Esse dom´ınio, foi gradualmente sendo objeto de uma regulariza¸c˜ao, que rapidamente deu passo a sua normaliza¸c˜ao comunit´aria. M´edicos e religiosos, representantes de grande parte dos conhecimentos farmacol´ogicos proporcionados pelas plantas, foram instalando verdadeiros jardins botˆanicos em cole¸c˜oes privadas. Dessas cole¸c˜oes tem´aticas extra-iam os princ´ıpios ativos, para rem´edios e curas naturais.

Entre os s´eculos X e XIII esta pr´atica acaba por instituir-se numa tradi¸c˜ao botic´aria de uso generalizado. Botic´arios e m´edicos distribu´ıram ent˜ao o conhecimento e a aplica¸c˜ao, numa incessante luta pela supervivˆencia do Homem. O Renascimento, na sua exalta¸c˜ao pelas virtudes e destrezas human´ısticas, acrescentou a estes jardins medicinais uma nova vertente: o ensinamento e a identifica¸c˜ao vegetal. A botˆanica adquiriu um progresso extraordin´ario ao longo desse per´ıodo da hist´oria, e a Europa e o Oriente mu¸culmano exploraram a cria¸c˜ao de jardins botˆanicos com exemplares identificados e dignos de admira¸c˜ao. A l´ogica dos s´eculos XVI, XVII e XVIII acompanhou a evolu¸c˜ao dos jardins, que gradualmente come¸caram tamb´em a assistir a uma nova fase do conhecimento humano: a descoberta do desconhecido. Grandes imp´erios ultramarinos surgiram e ergueram jardins botˆanicos metropolitanos, que revelavam a grandiosidade e o poder desses imp´erios.

(32)

2.1. PRINCIPAIS JARDINS BOT ˆANICOS DO MUNDO 9

O jardim botˆanico come¸cou a ter uma perspetiva natural, que rapidamente foi explorada no s´eculo XX pelos movimentos paisagistas. O jardim botˆanico de finais do s´eculo XX era um compˆendio de todo este processo evolutivo, que descreveu o percurso destes espa¸cos naturais criados pelo Homem. Necessidade, hist´oria, patrim´onio e finalmente conserva¸c˜ao. Hoje os principais jardins botˆanicos do mundo refletem todos estes paradigmas sociais.

O conjunto de jardins botˆanicos aqui apresentados, indicados no mapa da figura2.1, ´e um exemplo claro dessa complexa integra¸c˜ao de saberes e prazeres que representam os jardins botˆanicos. Se Kew Gardens ´e um s´ımbolo do poder imperial britˆanico, o jardim botˆanico de Missouri ´e hoje um dos centros de investiga¸c˜ao mais avan¸cado sobre ciˆencia vegetal. Se Rio de Janeiro representa a pedagogia e o ensinamento da botˆanica, Singapura ´e a porta de acesso a uma das riquezas vegetais mais grandiosas do planeta. Em todos eles a luta pela conserva¸c˜ao ´e evidente, mas em Kirstenboch, adquire, sem d´uvida, uma conota¸c˜ao diferente pela representatividade de uma das floras mais genu´ınas do planeta. Todos e cada um destes jardins botˆanicos s˜ao exemplos dos dogmas hist´oricos que salpicam os jardins botˆanicos. Em cada um deles respira-se com mais intensidade uma ou outra conota¸c˜ao, j´a seja hist´orica, cient´ıfica, pedag´ogica, patrimonial ou conservacionista.

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10 CAP´ITULO 2. JARDINS BOT ˆANICOS EMBLEM ´ATICOS

2.1.1

Jardim Botˆ

anico de Kew

Com origem nos jardins ex´oticos, plantados a mando de Lord Capel of Tewkesbury, numa propriedade conhecida por Kew Park, os “Reais Jardins Botˆanicos de Kew” (em inglˆes, Royal Botanic Gardens, Kew), s˜ao dos mais antigos e prestigiados jardins botˆanicos do mundo. Situado em Kew, arredores de Londres, encerram a maior cole¸c˜ao de plantas a n´ıvel mundial. Estes jardins, com cerca de 120 hectares, desempenharam, ao longo da sua longa hist´oria, um papel muito relevante para o conhecimento e compreens˜ao do mundo das plantas. Ainda hoje ´e um centro de investiga¸c˜ao e de aprendizagem de excelˆencia.

No seu s´ıtio da internet (http://www.kew.org/), cuja p´agina de entrada, obtida em 1 de julho de 2014, pode ser vista na figura 2.2, ´e poss´ıvel obter as mais variadas informa¸c˜oes sobre as formas dispon´ıveis para as visitas, bem como sobre as cole¸c˜oes de plantas. Nota-se, no entanto, a ausˆencia de interatividade, sendo a informa¸c˜ao disponibilizada aos visitantes do s´ıtio baseada em texto e imagem. Disp˜oe, ainda, de uma p´agina no Facebook no endere¸co https://www.facebook. com/RoyalBotanicalGardens (figura 2.3) para que os visitantes possam partilhar as suas visitas com os amigos.

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2.1. PRINCIPAIS JARDINS BOT ˆANICOS DO MUNDO 11

Figura 2.3– Facebook do Jardim Botˆanico de Kew.

Al´em destes canais, existe ainda um outro no YouTube (figura 2.4) no Twitter, (figura2.5), no Flickr (figura2.6), e disp˜oe de uma newsletter (figura2.7). Disponi-biliza uma aplica¸c˜ao m´ovel (App) para iPhone e Android que permite, entre outras coisas, descobrir as plantas que est˜ao atualmente em flor, encontrar estufas e descobrir “tesouros escondidos”. Atrav´es desta aplica¸c˜ao ´e ainda poss´ıvel, atrav´es de um mapa interativo, procurar algo espec´ıfico ou localizar o que est´a mais pr´oximo do visitante. Permite personaliza¸c˜oes para mostrar o que cada utilizador deseja ver.

As placas com QR code, dispon´ıveis por todo o jardim, permitem obter informa¸c˜oes detalhadas sobre as plantas e aceder a galerias de imagens e v´ıdeos.

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12 CAP´ITULO 2. JARDINS BOT ˆANICOS EMBLEM ´ATICOS

Figura 2.4 – Canal YouTube do Jardim Botˆanico de Kew.

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2.1. PRINCIPAIS JARDINS BOT ˆANICOS DO MUNDO 13

Figura 2.6 – Canal Flickr do Jardim Botˆanico de Kew.

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14 CAP´ITULO 2. JARDINS BOT ˆANICOS EMBLEM ´ATICOS

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2.1. PRINCIPAIS JARDINS BOT ˆANICOS DO MUNDO 15

2.1.2

Jardim Botˆ

anico de Kirstenbosch

Fundado em 1913 para promover, conservar e exibir a extraordin´aria diversidade da flora da ´Africa do Sul, o Jardim Botˆanico de Kirstenbosch (em inglˆes, Kirstenbosch National Botanic Garden) localiza-se na cidade do Cabo, segunda cidade do pa´ıs, a mais visitada da ´Africa do Sul. Com cerca de 36 hectares, faz parte de uma reserva natural com mais de 500 hectares. O jardim est´a dividido em v´arias sec¸c˜oes, destacando-se a sec¸c˜ao de plantas medicinais e a sec¸c˜ao de fragrˆancias. A sec¸c˜ao principal do jardim disponibiliza exclusivamente plantas nativas podendo, muitas destas plantas, ser adquiridas pelos visitantes na loja existente no jardim. Proporci-ona, tamb´em, momentos em fam´ılia autorizando piqueniques nos seus relvados. No seu s´ıtio web (http://www.sanbi.org/gardens/kirstenbosch), cuja p´agina de entrada, obtida em 14 de julho de 2013, pode ser vista na figura 2.9, disponibiliza v´arias informa¸c˜oes ´uteis aos visitantes, bem como visitas virtuais `as partes mais importantes do jardim, com liga¸c˜ao ao Google Street View (figura 2.10). Na sua p´agina do Facebook em https://www.facebook.com/pages/Kirstenbosch-National-Botanical-Garden/107996695895551?rf=166634486704136(figura2.11), permite, aos visitantes, partilhar as suas visitas com os amigos. Al´em destes canais, existe ainda um no Flickr (figura 2.6).

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16 CAP´ITULO 2. JARDINS BOT ˆANICOS EMBLEM ´ATICOS

Figura 2.9 – P´agina de entrada do s´ıtio web do Jardim Botˆanico de Kirstenbosch, ´Africa do Sul.

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2.1. PRINCIPAIS JARDINS BOT ˆANICOS DO MUNDO 17

Figura 2.11 – Facebook do Jardim Botˆanico de Kirstenbosch.

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18 CAP´ITULO 2. JARDINS BOT ˆANICOS EMBLEM ´ATICOS

2.1.3

Jardim Botˆ

anico do Rio de Janeiro

O Jardim Botˆanico do Rio de Janeiro surgiu em 1808 com o objetivo de aclimatar as chamadas especiarias do Oriente, ou seja, pretendia aperfei¸coar o transporte das mudas e sementes, muitas vezes trazidas de outros continentes em viagens que duravam meses, e construir viveiros. Foi, tamb´em, nestes 54 hectares que, durante o reinado de D. Jo˜ao VI, se plantaram Camellia sinensis, da qual se produz o chamado ch´a preto, o que, para aprimorar o conhecimento sobre a cultura do ch´a, levou o pr´ıncipe regente a levar chineses para o Brasil. Atualmente, neste jardim, podem ser observadas mais de 6500 esp´ecies algumas das quais amea¸cadas de extin¸c˜ao. No seu s´ıtio da Internet (http://www.jbrj.gov.br/) proporciona todo o tipo de informa¸c˜oes ´uteis aos visitantes. O destaque vai para o menu “Mapa do Jardim” (figura 2.14) que permite a consulta das diversas esp´ecies existentes no jardim (figura 2.15). Trata-se de um mapa que permite a intera¸c˜ao atrav´es de um clique na imagem, dando acesso a toda a informa¸c˜ao relevante do jardim.

Figura 2.13 – P´agina de entrada do s´ıtio web do Jardim Botˆanico do Rio de Janeiro.

Disp˜oe de uma p´agina no Facebook, emhttps://www.facebook.com/JardimBotanicoRJ

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2.1. PRINCIPAIS JARDINS BOT ˆANICOS DO MUNDO 19

Figura 2.14 – Mapa do Jardim do Jardim Botˆanico do Rio de Janeiro.

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20 CAP´ITULO 2. JARDINS BOT ˆANICOS EMBLEM ´ATICOS

Figura 2.16 – Facebook do Jardim Botˆanico do Rio de Janeiro.

Este jardim disponibiliza, tamb´em, uma aplica¸c˜ao (figura 2.17) exclusiva para iOS, com informa¸c˜oes sobre o jardim, e uma sele¸c˜ao de poemas de Tom Jobim, escritos para o Jardim Botˆanico. ´E ainda poss´ıvel, atrav´es desta aplica¸c˜ao, aceder a uma galeria de imagens, a um mapa com localizador GPS e navega¸c˜ao “turn-to-turn”, e informa¸c˜oes sobre as principais ´areas e pontos de interesse. A “Botanic” oferece tamb´em trilhos tem´aticos com conte´udos audiovisuais associados a locais espec´ıficos, visor de realidade aumentada com localiza¸c˜ao e panoramas, apontador de locais no mapa, e a possibilidade de tirar fotos, escrever notas e compartilh´a-las com amigos.

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2.1. PRINCIPAIS JARDINS BOT ˆANICOS DO MUNDO 21

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22 CAP´ITULO 2. JARDINS BOT ˆANICOS EMBLEM ´ATICOS

Nas redes sociais est´a presente no Twitter (figura 2.18), no YouTube (figura 2.19). Possui, tamb´em, uma newsletter para informa¸c˜ao/promo¸c˜ao do jardim (primeira p´agina da vers˜ao pdf ilustrada na figura 2.20).

Figura 2.18 – Twitter do Jardim Botˆanico do Rio de Janeiro.

Figura 2.19 – Canal YouTube do Jardim Botˆanico do Rio de Janeiro.

De referir que, todo este projeto de dinamiza¸c˜ao virtual do Jardim Botˆanico do Rio de Janeiro (p´agina web e aplica¸c˜ao m´ovel) foram lan¸cados a 9 de junho de 2014.

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2.1. PRINCIPAIS JARDINS BOT ˆANICOS DO MUNDO 23

FOLHA DO JARDIM

Julho 2014

Associação de Amigos do Jardim Botânico Rua Jardim Botânico nº 1008, Casa 6 - Jardim Botânico Rio de Janeiro – RJ CEP: 22470-180

Editorial

Uma noite alegre e descontraída, com o espaço térreo do Museu do Meio Ambiente repleto: assim foi a abertura da Exposição “O Jardim verde e amarelo”, produzida pela AAJB para apresentar as fotos ven-cedoras do XV Concurso de Fotogra-ϐ‹ƒ†‘ ƒ”†‹‘–Ÿ‹…‘Ǥ

O tema do concurso instigou os participantes a ter um olhar diferen-te, explorando a brasilidade neste momento especial do Brasil, como ’ƒÀ••‡†‡†ƒ‘’ƒ†‘—†‘Ǥ•…‘-res da nossa terra, como foco princi-pal, exigiram uma observação mais ampla das grandes oportunidades que o JBRJ proporciona como objeto †‡Ž‡–‡•‡…Ž‹“—‡•Ǥ

No hall do Museu, expostas 26 fo-–‘‰”ƒϐ‹ƒ• †‘ ‘…—”•‘ǡ ˜‡…‡†‘”ƒ• nas duas categorias - Fauna/Flora e Paisagem - e suas respectivas Men-­Ù‡• ‘”‘•ƒ•Ǥ‘‰‘‡–”ƒ†ƒǡ— monitor de vídeo rola outras dez ˆ‘–‘‰”ƒϐ‹ƒ•ǡ ƒ‰‘”ƒ †‡ ƒ˜‡•ǡ •‡Ž‡…‹‘-nadas pelo júri do concurso para uma votação popular entre os visi-tantes da mostra, até 24 de Julho, cujo resultado será divulgado no dia

•‡‰—‹–‡Ǥƒ‹‹…‹ƒ–‹˜ƒ“—‡’”‘˜‘-ca a participação e maior observa-­ ‘’‘”’ƒ”–‡†‘˜‹•‹–ƒ–‡Ǥ‘Žƒ†‘ǡ ƒ ƒŽƒ —–”ƒ• ‡–‡• ± — ‡•’ƒ­‘ reservado para apresentar o traba-lho dos jurados, os fotógrafos João —‡–ƒŽǡ ‡ƒ ”‹†ƒ†‡ǡ —•–ƒ˜‘ ‡†”‘ǡ ”Àƒ‘ ‡Ž‘ ‡ ‡…ƒ —‹ƒ-” ‡•ǡ ƒ’”‡…‹ƒ†‘”‡• †ƒ ˆ‘–‘‰”ƒϐ‹ƒ †‡ natureza e admiradores do Jardim ‘–Ÿ‹…‘Ǥ

A festa brilhou, os fotógrafos se-lecionados levaram familiares e amigos para prestigiar o evento, conforme mostra a foto anterior, no momento capturado por Eunice Vazques: Alexandre Hallais e suas …”‹ƒ•ǡƒˆ‘–‘‰”ƒϐ‹ƒ‹–‹–—Žƒ†ƒ•’‡ŽŠ‘ d’água, vencedora do 4º lugar na ca-tegoria Paisagem, sendo clicado por •‡—ϐ‹ŽŠ‘Ǥ

A abertura da mostra foi feita pelo Presidente do Conselho da AAJB, ‘ž• ƒ”‹ƒ‹ ‡‘•ǡ “—‡ ‹‹…‹‘— o evento solicitando uma salva de palmas em homenagem ao grande ˆ‘–׉”ƒˆ‘†‡ƒ–—”‡œƒǡ—‹œŽƒ—†‹‘ ƒ”‹‰‘ǡ ƒ‹‰‘ †‘ ƒ”†‹ ‘–Ÿ‹…‘ que faleceu no dia 3 de junho dentro †‡—ƒ•‹–—ƒ­ ‘‹ƒ†‹••À˜‡ŽǤ

‘ž•ˆƒŽ‘—•‘„”‡“—ƒ–‘ˆ‘‹‡š‹‰‹-do da equipe organiza‘ž•ˆƒŽ‘—•‘„”‡“—ƒ–‘ˆ‘‹‡š‹‰‹-dora para que a exposição fosse concluída a tem-po de alcançar o período de grande …‹”…—Žƒ­ ‘†‡˜‹†‘‘’ƒ†‘—†‘Ǥ Em seguida, passou a palavra para ƒ ”‡•‹†‡–‡ †‘ ƒ”†‹ ‘–Ÿ‹…‘ǡ Samyra Crespo, que destacou o tra-balho que é feito de forma colabora-tiva entre o Instituto de Pesquisas  ‡ƒ Ǥ

Depois, a Diretora da AAJB, Anama-”‹ƒ ‹‰Ž‹‘ ƒ––‘ǡ ‡š’Ž‹…‘— ƒ‘• ’”‡- •‡–‡••‘„”‡ƒ‹’‘”–Ÿ…‹ƒ†ƒ‹ƒ-‰‡ˆ‘–‘‰”žϐ‹…ƒ’ƒ”ƒ†‹˜—Ž‰ƒ­ ‘†ƒ Biodiversidade e sua preservação:

- Não realizamos um concurso para simplesmente mostrar o Jardim Bo-–Ÿ‹…‘Ǥ 2 —‹–‘ ƒ‹• †‘ “—‡ ‹••‘ǡ nosso objetivo principal é fazer com que o participante, ao vir buscar sua NOVOS OLHARES SOBRE A NATUREZA DO JB

Sobre a vernissage no Museu do Meio Ambiente

1

Foto por Príamo Melo

Foto por Eunice Vazques

Figura 2.20 – Newsletter do Jardim Botˆanico do Rio de Janeiro.

Este jardim colabora com a UTAD desde 2013, na forma¸c˜ao e investiga¸c˜ao e no banco de germoplasma.

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24 CAP´ITULO 2. JARDINS BOT ˆANICOS EMBLEM ´ATICOS

2.1.4

Jardim Botˆ

anico de Singapura

Tamb´em conhecido como “Cidade Jardim”, por dispor de mais de 300 jardins e 4 reservas naturais na ilha, Singapura disp˜oe de um jardim botˆanico com mais de 180 hectares, possui mais de 20 mil orqu´ıdeas, bem como macacos selvagens e tartarugas. Fundado em 1859, tem a particularidade de ser o ´unico jardim botˆanico do mundo aberto todos os dias das 5 da manh˜a at´e `a meia-noite e, exce¸c˜ao feita `a galeria nacional de orqu´ıdeas, a entrada ´e livre.

No seu s´ıtio web (http://www.sbg.org.sg), cuja p´agina de entrada, obtida em 27 de outubro de 2013, pode ser vista na figura2.21, disponibiliza todas as informa¸c˜oes aos potenciais interessados em visitar o jardim e disp˜oe, tamb´em, de uma p´agina no Facebook emhttps://www.facebook.com/SingaporeBotanicGardens(figura2.22), para que os visitantes possam compartilhar as suas visitas com os amigos.

Figura 2.21 – P´agina de entrada do s´ıtio web do Jardim Botˆanico de Singapura.

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2.1. PRINCIPAIS JARDINS BOT ˆANICOS DO MUNDO 25

Figura 2.22 – Facebook do Jardim Botˆanico de Singapura.

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26 CAP´ITULO 2. JARDINS BOT ˆANICOS EMBLEM ´ATICOS

Figura 2.24 – Canal Foursquare do Jardim Botˆanico de Singapura.

2.1.5

Jardim Botˆ

anico de Missouri

O Jardim Botˆanico do Missouri foi originalmente uma propriedade privada aberta em 1859 ao p´ublico, pelo empres´ario Henry Shaw. Nos seus cerca de 32 hectares, destaca-se o jardim japonˆes (Seiwa-en), que ´e o maior exemplo deste tipo de jardins existente no ocidente.

Tal como a maioria dos jardins deste tipo, o seu s´ıtio web, cuja p´agina de entrada

http://www.missouribotanicalgarden.org, consultada em 24 de julho de 2013, pode ser vista na figura2.25, disponibiliza as mais variadas informa¸c˜oes aos visitantes

e na sua p´agina do Facebook, emhttps://www.facebook.com/missouribotanicalgarden

(figura2.26), ´e poss´ıvel partilhar as visitas com os amigos. Este s´ıtio n˜ao disponibiliza, no entanto, visitas virtuais e a grande maioria dos seus conte´udos s˜ao est´aticos.

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2.1. PRINCIPAIS JARDINS BOT ˆANICOS DO MUNDO 27

Figura 2.25 – P´agina de entrada do s´ıtio web do Jardim Botˆanico de Missouri.

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28 CAP´ITULO 2. JARDINS BOT ˆANICOS EMBLEM ´ATICOS

Figura 2.27 – Canal Twitter do Jardim Botˆanico de Missouri.

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2.2. PRINCIPAIS JARDINS BOT ˆANICOS EM PORTUGAL 29

2.2

Principais jardins botˆ

anicos em Portugal

Em Portugal, como na maioria dos pa´ıses, o interesse crescente pela preserva¸c˜ao, estudo e conhecimento da flora local e global, tem levado ao aparecimento de cada vez mais jardins com esse fim.

A seguir, conforme a figura 2.29, apresentam-se, de forma sucinta, alguns dos principais jardins botˆanicos existentes no nosso pa´ıs. Para al´em de um breve resumo hist´orico, a ˆenfase ´e colocada nas novas tecnologias utilizadas para cada uma destas ´areas de preserva¸c˜ao da natureza.

Figura 2.29 – Localiza¸c˜ao dos principais Jardins Botˆanicos em Portugal.

2.2.1

Jardim Botˆ

anico da Ajuda

Situado em Lisboa, dentro do Instituto de Agronomia da Universidade T´ecnica de Lisboa, a sua origem remonta ao s´eculo XVIII, tendo sido a primeira ´area deste tipo

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30 CAP´ITULO 2. JARDINS BOT ˆANICOS EMBLEM ´ATICOS

do pa´ıs. Os seus 3,5 hectares est˜ao divididos por dois tabuleiros com um desn´ıvel de 6,8 metros entre eles, tendo no tabuleiro superior a cole¸c˜ao botˆanica e no tabuleiro inferior o jardim de passeio ornamental com buxo e tra¸cado conforme as regras do jardim de recreio. Existe ainda, “o jardim dos aromas”, com plantas arom´aticas e medicinais, desenhado para invisuais.

Possui um s´ıtio web em http://www.jardimbotanicodajuda.com, cuja p´agina de entrada, obtida em 21 de setembro de 2013, pode ser vista na figura 2.30, onde o p´ublico tem acesso `as informa¸c˜oes mais relevantes sobre o jardim, destacando-se a visualiza¸c˜ao de fotografias das principais cole¸c˜oes.

Figura 2.30 – P´agina de entrada do s´ıtio web do Jardim Botˆanico da Ajuda, Lisboa. ´

E, ainda, disponibilizada uma visita virtual aos espa¸cos do jardim mas, no entanto, com n´ıvel de interatividade baixo, pois esta intera¸c˜ao limita-se a clicar sobre uma planta do jardim para visualizar uma fotografia do local selecionado ( figuras 2.31

e 2.32).

Possui, ainda, uma p´agina no Facebook, emhttps://www.facebook.com/jardim. daajuda (figura 2.33), onde s˜ao publicados e publicitados os atos quotidianos do jardim.

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2.2. PRINCIPAIS JARDINS BOT ˆANICOS EM PORTUGAL 31

Figura 2.31 – Visita virtual ao Jardim Botˆanico da Ajuda, p´agina de entrada.

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32 CAP´ITULO 2. JARDINS BOT ˆANICOS EMBLEM ´ATICOS

Figura 2.33 – Facebook do Jardim Botˆanico da Ajuda.

2.2.2

Jardim Botˆ

anico da Universidade de Coimbra

Localizado no centro da cidade de Coimbra desde 1772, por iniciativa do Marquˆes de Pombal, este espa¸co ocupa cerca de 13 hectares, doados, na sua maioria, pelos frades Beneditinos. O Jardim Botˆanico de Coimbra possui um s´ıtio web emhttp:// www.uc.pt/jardimbotanico, cuja p´agina de entrada, obtida em 21 de setembro de 2013, pode ser vista na figura 2.34, disponibilizando v´arios menus de acesso, com destaque para um mapa do jardim (figura 2.35) mas que n˜ao permite qualquer tipo de interatividade.

O Jardim Botˆanico de Coimbra est´a presente no Twitter (figura2.36), emhttps:// twitter.com/Univ_de_Coimbra, no YouTube (figura2.37) emhttp://www.youtube. com/user/UnivDeCoimbra, e no Facebook (figura2.38) emhttps://www.facebook. com/UCoimbra, apenas com liga¸c˜ao conjunta com a Universidade de Coimbra. Possui, ainda, uma newsletter para divulga¸c˜ao e promo¸c˜ao do jardim.

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2.2. PRINCIPAIS JARDINS BOT ˆANICOS EM PORTUGAL 33

Figura 2.34 – P´agina de entrada do s´ıtio de Internet do Jardim Botˆanico da Universidade de Coimbra.

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34 CAP´ITULO 2. JARDINS BOT ˆANICOS EMBLEM ´ATICOS

Figura 2.36 – Canal Twitter do Jardim Botˆanico da Universidade de Coimbra.

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2.2. PRINCIPAIS JARDINS BOT ˆANICOS EM PORTUGAL 35

Figura 2.38 – Facebook do Jardim Botˆanico da Universidade de Coimbra.

2.2.3

Jardim Botˆ

anico da Madeira

Segundo o seu s´ıtio web, cujo endere¸co ´e http://www.sra.pt/jarbot/index.php

(figuras2.39e2.40), a concretiza¸c˜ao da cria¸c˜ao do Jardim Botˆanico da Madeira teve lugar com a aquisi¸c˜ao pela Junta Geral do Distrito Aut´onomo do Funchal da Quinta do Bom Sucesso (Quinta da Paz ou Quinta Reid) em 1952, por “dois mil contos”. A Quinta foi adquirida, por escritura datada de 18 de Setembro de 1952, a Manuel Gomes da Silva, situando-se entre a Levada do Bom Sucesso e o Caminho do Meio e das Voltas, entre os 200 e 350 metros de altitude, tendo na altura uma ´area de pouco mais de 10 hectares, incluindo uma casa de residˆencia que havia sido da fam´ılia Reid antes de 1936. A Quinta foi adquirida com o intuito de ser utilizada pelos Servi¸cos da Esta¸c˜ao Agr´aria e com o objetivo de ali ser instalado a sede do Jardim Botˆanico. Posteriormente, entre Dezembro de 1952 e Junho de 1953, foram adquiridos outros terrenos anexos, pela Junta Geral do Distrito Aut´onomo do Funchal, os quais foram agregados ao jardim.

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36 CAP´ITULO 2. JARDINS BOT ˆANICOS EMBLEM ´ATICOS

Figura 2.39 – P´agina de entrada no s´ıtio da Internet do Jardim Botˆanico da Madeira. O s´ıtio na Internet apresenta informa¸c˜ao, em portuguˆes e em inglˆes, referente `a institui¸c˜ao, jardins, conserva¸c˜ao, investiga¸c˜ao e educa¸c˜ao, mas n˜ao apresenta qualquer informa¸c˜ao de recurso a novas tecnologias na promo¸c˜ao do pr´oprio jardim.

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2.2. PRINCIPAIS JARDINS BOT ˆANICOS EM PORTUGAL 37

Possui uma p´agina no Facebook em https://www.facebook.com/pages/Jardim-Botanico-da-Madeira/119681031461290?fref=ts(figura2.41), n˜ao apresentando, no entanto, grande dinamiza¸c˜ao e promo¸c˜ao nesta rede social.

Figura 2.41 – Facebook do Jardim Botˆanico da Madeira.

2.2.4

Jardim Botˆ

anico do Porto

O Jardim Botˆanico do Porto ´e um jardim com mais de 4 hectares, que apresenta espa¸cos diversificados, com destaque para a Casa Andresen, que foi sede do Departa-mento de Botˆanica da Faculdade de Ciˆencias da Universidade do Porto. Possui um s´ıtio web no endere¸cohttp://jardimbotanico.up.pt, cuja p´agina de entrada, obtida em 21 de setembro de 2013, pode ser vista na figura2.42, com diversos menus de acesso.

O destaque vai para o menu “Flora” que permite a consulta por ordem alfab´etica das diversas esp´ecies existentes no jardim e, tamb´em, para o menu “Jardim” (figura2.43), que permite a realiza¸c˜ao de consultas sobre um mapa dividido em 15 ´areas, as mesmas em que est´a dividido o jardim. Trata-se de um mapa que permite a intera¸c˜ao atrav´es de um clique na imagem, dando acesso a toda a informa¸c˜ao relevante do

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38 CAP´ITULO 2. JARDINS BOT ˆANICOS EMBLEM ´ATICOS

Figura 2.42 – P´agina de entrada do s´ıtio web do Jardim Botˆanico do Porto. jardim.

Figura 2.43 – Mapa do Jardim Botˆanico do Porto.

Possui, ainda, uma p´agina na rede social Facebook em https://www.facebook. com/pages/Jardim-Botanico-do-Porto/123299767723990?fref=ts(figura2.44), pouco dinamizada e que n˜ao divulga o jardim.

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2.2. PRINCIPAIS JARDINS BOT ˆANICOS EM PORTUGAL 39

Figura 2.44 – Facebook do Jardim Botˆanico do Porto.

2.2.5

Jardim Botˆ

anico Tropical

Localizado em Lisboa, junto ao Mosteiro dos Jer´onimos, ocupa uma ´area de cerca de 7 hectares. Segundo o seu s´ıtio web, os objetivos atuais do Jardim Botˆanico Tropical, designa¸c˜ao recentemente atribu´ıda, perspetivam-se em trˆes vertentes: a de “montra” das atividades; a de “palco” de exposi¸c˜oes e outros eventos capazes de atrair o p´ublico e de aumentar a sua visibilidade; e a de “polo cient´ıfico”.

Possui um s´ıtio na Internet no endere¸cohttp://www2.iict.pt/jbt/?idc=204, cuja p´agina de entrada, obtida em 21 de setembro de 2013, pode ser vista na figura 2.45, onde s˜ao apresentadas a hist´oria e as v´arias cole¸c˜oes do jardim, em forma de menus e de texto. Destaca-se a pesquisa no menu “Cole¸c~oes”, que permite uma consulta na base de dados do cat´alogo do herb´ario.

De salientar tamb´em, o menu “Venha conhecer o Jardim Bot^anico Tropical”, figura 2.46, com mapa e liga¸c˜oes para os locais de destaque, mas apenas com fotografias e texto de apresenta¸c˜ao e a consulta `a base de dados on-line do Herb´ario

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40 CAP´ITULO 2. JARDINS BOT ˆANICOS EMBLEM ´ATICOS

LISC (figura 2.47).

Figura 2.45 – P´agina de entrada no s´ıtio da Internet do Jardim Botˆanico Tropical, Lisboa.

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2.2. PRINCIPAIS JARDINS BOT ˆANICOS EM PORTUGAL 41

Figura 2.47 – P´agina de consulta `a base de dados on-line do Herb´ario LISP.

Possui, ainda, uma p´agina no Facebook em https://www.facebook.com/pages/ JardimBotanico-Tropical/152680431465919?fref=ts (figura2.48), mas n˜ao dis-p˜oe de qualquer tipo de dinamiza¸c˜ao.

(65)

42 CAP´ITULO 2. JARDINS BOT ˆANICOS EMBLEM ´ATICOS

2.3

Discuss˜

ao

Os fortes desenvolvimentos tecnol´ogicos a que temos assistido nas ´ultimas d´ecadas e o seu uso generalizado, levou a uma aposta, dos v´arios setores de atividade, na inova¸c˜ao, sobretudo para divulgarem em promoverem os seus produtos/servi¸cos. Os jardins botˆanicos n˜ao poderiam deixar escapar esta oportunidade de se tornarem mais atrativos.

Do ponto de vista das novas tecnologias, ´e not´orio o esfor¸co que a generalidade dos jardins botˆanicos tem realizado para acompanhar os novos desenvolvimentos, sendo que um n´umero significativo de jardins, para al´em de um s´ıtio oficial e de uma p´agina do Facebook (comum a praticamente todos os jardins) tamb´em j´a come¸ca a disponibilizar aplica¸c˜oes m´oveis, visitas virtuais e conte´udos dinˆamicos e interativos. A este n´ıvel, em Portugal, e considerando os jardins estudados, detetam-se lacunas na utiliza¸c˜ao de algumas tecnologias, conforme tabela 2.1. Nenhum dos jardins recorre `as tecnologias para dispositivos m´oveis para promover e/ou fornecer informa-¸c˜ao dos seus espa¸cos. Todos os jardins botˆanicos abordados disponibilizam um s´ıtio na internet e recorrem `as redes sociais, sendo o Facebook o instrumento comum.

Tabela 2.1– Utiliza¸c˜ao de novas tecnologias nos Jardins Botˆanicos nacionais.

Jardim Web App QR code Realidade aumentada Redes sociais

Ajuda Sim N˜ao N˜ao N˜ao Sim

Coimbra Sim N˜ao N˜ao N˜ao Sim

Madeira Sim N˜ao N˜ao N˜ao Sim

Porto Sim N˜ao N˜ao N˜ao Sim

Tropical Sim N˜ao N˜ao N˜ao Sim

Relativamente ao resto do mundo, nota-se uma grande preocupa¸c˜ao, sobretudo por parte dos jardins botˆanicos mais emblem´aticos, de colocar as novas tecnologias ao seu

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2.3. DISCUSS ˜AO 43

servi¸co, fundamentalmente nas ´areas da divulga¸c˜ao e autopromo¸c˜ao. A utiliza¸c˜ao desses recursos ´e primordial para a preserva¸c˜ao e promo¸c˜ao destes espa¸cos, pois garantem, recorrendo a ferramentas de uso comum e cada vez mais utilizadas pela sociedade, uma melhor intera¸c˜ao com o p´ublico, bem como permitem a capta¸c˜ao de novos p´ublicos.

O Jardim Botˆanico de Kew ´e o mais completo no que concerne `a utiliza¸c˜ao das novas tecnologias, destacando-se as aplica¸c˜oes dispon´ıveis para iOS e Android. Esta app possibilita, atrav´es de um mapa interativo, procurar algo espec´ıfico ou localizar o que est´a mais pr´oximo do visitante e permite que o utilizador personalize o que deseja ver. Os QR codes, dispon´ıveis por todo o jardim, permitem obter informa¸c˜oes detalhadas sobre as esp´ecies e aceder a galerias de imagens e v´ıdeos. ´E, ainda, poss´ıvel aceder a diversa informa¸c˜ao usando a Realidade Aumentada. No entanto, o seu s´ıtio web n˜ao permite que o p´ublico interaja, pois a informa¸c˜ao ´e centrada em imagens e texto. De referir que, a pr´opria dinˆamica no jardim botˆanico, com atividades importantes durante o ano inteiro, enriquecem e promovem o uso das novas tecnologias, sendo assim, perfeitamente justificada a periocidade quinzenal da sua newsletter. A tabela 2.2 resume a compara¸c˜ao efetuada.

Tabela 2.2– Utiliza¸c˜ao de novas tecnologias nos Jardins Botˆanicos internacionais.

Jardim Web App QR code Realidade aumentada Redes sociais

Kew Sim Sim Sim Sim Sim

Kierstenbosch Sim N˜ao N˜ao N˜ao Sim

Rio de Janeiro Sim Sim N˜ao N˜ao Sim

Singapura Sim N˜ao N˜ao N˜ao Sim

Missouri Sim N˜ao N˜ao N˜ao Sim

A preocupa¸c˜ao pela utiliza¸c˜ao das novas tecnologias tamb´em ´e bem evidente nos restantes jardins. O Jardim Botˆanico do Rio de Janeiro renovou, recentemente, o

(67)

44 CAP´ITULO 2. JARDINS BOT ˆANICOS EMBLEM ´ATICOS

seu s´ıtio da internet e j´a disponibiliza, desde junho de 2014, uma aplica¸c˜ao m´ovel, embora, por enquanto, apenas para iOS. Comum a todos os jardins ´e a aposta nas redes sociais, principalmente na dinamiza¸c˜ao atrav´es do Facebook.

(68)

3

Tecnologias de computa¸c˜

ao

ovel para contextualiza¸c˜

ao

Depois de uma perspetiva de alguns dos jardins botˆanicos mais emblem´aticos de todo o mundo e de uma avalia¸c˜ao dos recursos botˆanicos que interessam promover, surge a necessidade de compreender de que forma as tecnologias de computa¸c˜ao m´ovel poder˜ao ser uma ferramenta preciosa nessa fun¸c˜ao. Na verdade, dispositivos m´oveis tais como smartphones e tablets poder˜ao ser auxiliares ´unicos do visitante de um jardim botˆanico.

3.1

Estado da arte

Para o desenvolvimento de ferramentas de promo¸c˜ao dos recursos do JBUTAD, v´arios aspetos devem ser analisados. Estes podem ser estruturados da seguinte forma:

Modelo de dados - Toda a informa¸c˜ao a disponibilizar deve ser suportada por um modelo de dados compat´ıvel com o n´ıvel de detalhe e funcionalidades pretendidas pelo utilizador;

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46 CAP´ITULO 3. TECNOLOGIAS DE COMPUTAC¸ ˜AO M ´OVEL PARA CONTEXTUALIZAC¸ ˜AO

Suporte tecnol´ogico - Infraestrutura onde a informa¸c˜ao deve ser disponibilizada num formato apropriado ao visionamento no local;

Mecanismo de contextualiza¸c˜ao - Qual a forma de liga¸c˜ao entre um objeto ou ponto de interesse e uma plataforma digital de fornecimento de servi¸cos de informa¸c˜ao do objeto/ponto de interesse;

Disponibilidade - Como a informa¸c˜ao est´a dispon´ıvel e quais os formatos considera-dos adequaconsidera-dos;

Formatos - Qual a forma ou formato de apresenta¸c˜ao da informa¸c˜ao (texto, imagens, realidade aumentada, entre outras);

Atualiza¸c˜ao - Manuten¸c˜ao da informa¸c˜ao e produ¸c˜ao de novos conte´udos a disponi-bilizar.

Nas sec¸c˜oes seguintes abordam-se os aspetos tecnol´ogicos que foram tidos em conta para o desenvolvimento dos prot´otipos que ser˜ao apresentados no cap´ıtulo seguinte. Os aspetos tecnol´ogicos considerados fundamentais nesta tarefa de conce¸c˜ao e desen-volvimento dividem-se essencialmente no suporte tecnol´ogico, nomeadamente disposi-tivos m´oveis, e os mecanismos de contextualiza¸c˜ao associados aos pontos de interesse (esp´ecies da flora do Jardim Botˆanico).

3.2

Dispositivos m´

oveis

Os dispositivos m´oveis na sua generalidade encontram-se disseminados no quotidiano da grande maioria das pessoas, sendo o dispositivo com capacidade computacional mais usado e que menores barreiras de utiliza¸c˜ao apresenta. Segundo estudos de mercado publicados pela ANACOM, Portugal ´e dos pa´ıses onde existe um elevado grau de penetra¸c˜ao e aceita¸c˜ao deste tipo de dispositivos (Guedes, 2008).

Esta realidade, aliada `as crescentes potencialidades tecnol´ogicas dos telem´oveis (por exemplo o suporte a m´ultiplas formas de conectividade e de v´arios perif´ericos como

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3.3. ELEMENTOS DE CONTEXTUALIZAC¸ ˜AO 47

recetor GPS, b´ussola, compasso, cˆamaras fotogr´aficas, entre outros), tornam-no numa ferramenta de enorme potencial e uma tecnologia chave para o acesso a informa¸c˜ao e servi¸cos, constituindo-se num cliente por excelˆencia de plataformas que almejam implementar o conceito da ubiquidade (Guedes, 2008).

No presente caso de estudo, o JBUTAD ´e o universo onde o conceito da ubiquidade ´e fundamental no que respeita ao acesso da informa¸c˜ao sobre as esp´ecies no pr´oprio local de interesse, isto ´e, no seu habitat. Neste caso, interessa considerar que um dispositivo m´ovel, como um smartphone, ´e o ve´ıculo de informa¸c˜ao entre uma plataforma de servi¸cos e o utilizador, que recorrendo `as capacidades do dispositivo consegue diferenciar o objeto de interesse.

3.3

Elementos de contextualiza¸c˜

ao

Sendo o objetivo prim´ario do presente trabalho disponibilizar um conjunto de conte´ u-dos informativos de esp´ecies botˆanicas, ´e necess´aria a utiliza¸c˜ao de mecanismos que identifiquem ou contextualizem o objecto em causa. Esta contextualiza¸c˜ao pode ser conseguida atrav´es de etiquetas visuais, de r´adio-frequˆencia e podendo inclusive ocorrer o caso da contextualiza¸c˜ao poder ser feita atrav´es de uma localiza¸c˜ao geogr´a-fica.

No presente caso, todos estes m´etodos s˜ao poss´ıveis de ser utilizados quer no dom´ınio da aplica¸c˜ao ao Jardim Botˆanico, quer por serem j´a compat´ıveis com praticamente qualquer smartphone de m´edia gama, apesar de, atualmente, ainda poucos terem a capacidade de ler etiquetas de r´adio-frequˆencia (NFC – Near Field Communications). Nas sec¸c˜oes seguintes, abordam-se cada um destes mecanismos na ´otica de como poder˜ao ser ´uteis no contexto desta disserta¸c˜ao.

(71)

48 CAP´ITULO 3. TECNOLOGIAS DE COMPUTAC¸ ˜AO M ´OVEL PARA CONTEXTUALIZAC¸ ˜AO

3.3.1

Utiliza¸c˜

ao de GPS

O sistema de posicionamento global, vulgarmente conhecido por GPS (Global Positi-oning System) ´e um sistema de navega¸c˜ao por sat´elite que fornece a um aparelho recetor m´ovel a sua posi¸c˜ao, a qualquer momento e em qualquer lugar na Terra, desde que o recetor se encontre no campo de vis˜ao de quatro sat´elites GPS. Desde 1995, data em que foi colocado em servi¸co, muitas aplica¸c˜oes foram desenvolvidas onde as coordenadas obtidas pelo aparelho recetor permitem proporcionar aos utilizadores destes um vasto leque de servi¸cos baseados na localiza¸c˜ao (LBS – Location-Based Services).

´

E, assim, poss´ıvel utilizar este m´etodo de contextualiza¸c˜ao, que funciona perfeita-mente em campo aberto e sem obst´aculos, para n˜ao s´o identificar a posi¸c˜ao de um visitante e oferecer-lhe informa¸c˜ao contextualizada `a sua posi¸c˜ao mas, tamb´em oferecer um conjunto de servi¸cos interativos que tenham como objetivo guiar o visitante atrav´es do Jardim Botˆanico at´e aos pontos do seu interesse.

Contudo, os mecanismos de contextualiza¸c˜ao necessitam, neste caso, de uma aplica-¸c˜ao que tire partido das coordenadas GPS do visitante para oferecer um verdadeiro LBS. Um exemplo que se revela preponderante para a conce¸c˜ao de prot´otipos funcio-nais assenta na utiliza¸c˜ao de um navegador de realidade aumentada, que recorre `as coordenadas GPS de pontos de interesse e da posi¸c˜ao GPS do visitante para servir de uma ferramenta de aux´ılio `a navega¸c˜ao no terreno ocupado pelo Jardim Botˆanico.

3.3.2

Tecnologias de r´

adio frequˆ

encia (RFID)

As etiquetas de r´adio-frequˆencia (RFID), como o pr´oprio nome indica, s˜ao baseadas em ondas de r´adio, e servem o prop´osito de identificar um objeto com um c´odigo ´

unico que ´e lido por um leitor adequado, composto por uma antena que tem como fun¸c˜ao alimentar momentaneamente a etiqueta para ler o identificador. Este tipo de tecnologia tem sido utilizada nas mais variadas aplica¸c˜oes do quotidiano como na gest˜ao de produtos e stocks, documentos, ind´ustria, bilhetes, entre outras.

(72)

3.3. ELEMENTOS DE CONTEXTUALIZAC¸ ˜AO 49

Por motivos de globaliza¸c˜ao do RFID, a Auto-ID Center em conjunto com v´arias empresas, criou o padr˜ao EPC (Electronic Product Code) que ´e um c´odigo ´unico, cuja numera¸c˜ao ´e utilizada para identificar os produtos, artigos, servi¸cos, empresas, localidades e recursos a n´ıvel mundial. Desta forma, cada etiqueta RFID possui um EPC, que ´e um identificador de 64 bits que identificam o fabricante, o produto e o n´umero de s´erie de um objecto. O EPC ´e armazenado num microchip na etiqueta RFID e quando excitado por um leitor, a etiqueta transmite o c´odigo EPC atrav´es da sua antena.

3.3.3

Tecnologia de campo pr´

oximo (NFC)

A tecnologia NFC como o pr´oprio nome indica ´e uma tecnologia de curto alcance (Near Field Communication) baseada em comunica¸c˜ao de dados por r´adio-frequˆencia, ou seja, permite a leitura de qualquer tipo de etiqueta RFID compat´ıvel com tecnolo-gia NFC Kefalakis et al.(2008). Em concreto, um dispositivo NFC funciona numa frequˆencia de 13,56 MHZ (HF), o que permite distˆancias na ordem dos 10cm (alguns casos pode chegar a 20cm) e com velocidades de transferˆencia de dados na ordem dos 424 kb/s Card Technology Today (2007).

As etiquetas NFC s˜ao baseadas em tecnologia RFID, mais concretamente no Contact-less SmartCards. Estes SmartCards permitem in´umeras aplica¸c˜oes, pois podem interagir com o leitor (etiquetas activas). Neste contexto, e dado que esta tecnologia apresenta um enorme potencial para ser utilizada em meios de pagamentos (com´ercio, servi¸cos, transportes), figura 3.1, surgem cada vez mais aplica¸c˜oes onde a utiliza¸c˜ao de etiquetas NFC ´e vantajosa. Por esse motivo, mesmo para troca de dados, v´arios fabricantes decidiram embeber leitores NFC nos seus smartphones.

(73)

50 CAP´ITULO 3. TECNOLOGIAS DE COMPUTAC¸ ˜AO M ´OVEL PARA CONTEXTUALIZAC¸ ˜AO

(a) Exemplo de aplica¸c˜oes. (b) Conceito NFC.

Figura 3.1– Utiliza¸c˜ao de etiquetas NFC.

No caso de utiliza¸c˜ao de etiquetas NFC em aplica¸c˜oes no Jardim Botˆanico, vislum-bram-se algumas oportunidades relacionadas com a obten¸c˜ao de informa¸c˜oes comple-mentares em pontos de interesse do Jardim como, por exemplo, em canteiros, placards junto de colec¸c˜oes tem´aticas, entre outros, onde o visitante pudesse estar suficiente-mente pr´oximo para encostar o seu smartphone `a etiqueta e obter essas informa¸c˜oes ou mesmo fotos.

3.3.4

Etiquetas visuais

As etiquetas visuais tˆem tido uma r´apida prolifera¸c˜ao em v´arios tipos de produtos, desde pagamentos, informa¸c˜oes sobre vinhos e outros produtos, simples codifica¸c˜ao de texto, entre outros. A grande vantagem aparenta residir na facilidade com que este sistema de contextualiza¸c˜ao ´e usado com um telem´ovel e na simplicidade e baixo custo associados `a produ¸c˜ao das etiquetas visuais. Embora existam v´arios sistemas de codifica¸c˜ao (QR code, ou Quick Response Code, Datamatrix, entre outros), os QR code tˆem sido utilizados praticamente para tudo. Al´em do mecanismo simples de descodifica¸c˜ao (um smartphone com uma cˆamara fotogr´afica e uma aplica¸c˜ao simples e gratuita), uma etiqueta visual transmite de imediato a ideia de que algo mais existe al´em dela, estando impl´ıcito um convite a uma intera¸c˜ao. Dado que, a

(74)

3.3. ELEMENTOS DE CONTEXTUALIZAC¸ ˜AO 51

distˆancia permitida entre uma etiqueta e uma cˆamara de descodifica¸c˜ao poder´a ser vari´avel e exceder 1 metro, poder´a ser de grande interesse a utiliza¸c˜ao deste sistema no suporte de informa¸c˜ao de um jardim botˆanico.

(a) MaxiCode. (b) PDF417.

(c) Datamatrix. (d) QR code.

Figura 3.2– Os formatos mais conhecidos das etiquetas visuais bidimensionais.

3.3.5

Ferramentas e tecnologias associadas

A utiliza¸c˜ao de QR code est´a, atualmente, bastante facilitada pelas tecnologias da informa¸c˜ao e comunica¸c˜ao, j´a que, atrav´es de uma p´agina web torna-se poss´ıvel codificar todo o tipo de informa¸c˜ao num QR code, bem como descodificar estas etiquetas. Nesta sec¸c˜ao, apresentam-se algumas ferramentas dispon´ıveis de forma gratuita para a gera¸c˜ao e leitura de etiquetas QR code em diferentes plataformas. Como se ver´a, existem j´a uma grande variedade de ferramentas para lidar com QR code.

(75)

52 CAP´ITULO 3. TECNOLOGIAS DE COMPUTAC¸ ˜AO M ´OVEL PARA CONTEXTUALIZAC¸ ˜AO

Gera¸c˜ao de QR code

Para que haja lugar a uma etiqueta QR code, ´e necess´ario recorrer a uma aplica¸c˜ao de codifica¸c˜ao da informa¸c˜ao (que pode ser um endere¸co de Internet ou uma string qualquer). Dos v´arios s´ıtios internet dispon´ıveis, ilustra-se na figura3.3um exemplo de como proceder a esta gera¸c˜ao de etiqueta. Basta, para isso, escrever a informa¸c˜ao pretendida e selecionar a op¸c˜ao gerar para que a etiqueta fique, de imediato, dispon´ı-vel. Depois, copia-se a imagem para lhe dar a utilidade pretendida.

Figura 3.3– Janela do s´ıtio de Internethttp://qrcode.kaywa.com/para a gera¸c˜ao on-line de etiquetas QR code.

Na tabela 3.1 apresenta-se uma sele¸c˜ao de s´ıtios de gera¸c˜ao de QR code.

Tabela 3.1– Alguns s´ıtios de internet que permitem a gera¸c˜ao de QR code.

URL http://www.qr-code-generator.com/ http://goqr.me http://delivr.com/qr-code-generator http://www.qrstuff.com/ http://www.free-qr-code.net/ http://www.racoindustries.com/barcodegenerator/2d/qr-code.aspx http://www.morovia.com/free-online-barcode-generator/qrcode-maker.php

(76)

3.3. ELEMENTOS DE CONTEXTUALIZAC¸ ˜AO 53

Aplica¸c˜oes de leitura de QR code

A grande vantagem da utiliza¸c˜ao de QR code, motivo pelo qual este tipo de elemento de contexto se tem vindo a popularizar, reside no facto de que a sua leitura ser feita de forma r´apida, bastando para isso possuir um dispositivo m´ovel com cˆamara fotogr´afica e uma aplica¸c˜ao de leitura.

Uma das mais conhecidas ´e a aplica¸c˜ao QR Reader da TapMedia Ltd, figura 3.4.

(a) Scan Screen. (b) Menu Navega¸c˜ao. (c) Hist´orico.

Figura 3.4 – Aplica¸c˜ao QR Reader da TapMedia para iOS.

Esta aplica¸c˜ao ´e conhecida pela elevada rapidez de descodifica¸c˜ao e por n˜ao necessitar de uma grande intera¸c˜ao com a aplica¸c˜ao, isto ´e, basta apontar, mesmo com algum movimento relativo da cˆamara, que estas etiquetas s˜ao rapidamente descodificadas e, caso contenham um endere¸co internet, faz a liga¸c˜ao imediata ao s´ıtio em quest˜ao. Esta aplica¸c˜ao existe para as plataformas iOS, Android, Windows Phone.

Nas figuras 3.5, 3.6, ilustram-se outras aplica¸c˜oes de leitura de QR codes, sendo estas a i-nigma e KaywaReader, respectivamente. Estas aplica¸c˜oes s˜ao tidas como as mais disseminadas na leitura de QR code. Em termos de rapidez de leitura, a

Imagem

Figura 1.1 – Fotografia da cole¸c˜ ao tem´atica das Resinosas Ornamentais.
Figura 1.3 – Fotografia de uma das placas utilizadas no JBUTAD para identifica¸c˜ao de uma esp´ecie (placa realizada em relevo).
Figura 1.4 – Fotografia de uma das placas utilizadas no JBUTAD para identifica¸c˜ao de uma esp´ecie (placa realizada por impress˜ ao).
Figura 2.1 – Localiza¸c˜ ao dos principais Jardins Botˆ anicos no Mundo.
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Referências

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