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Este é o registro bíblico da páscoa. Quais os eventos que levaram à páscoa?

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Academic year: 2021

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Êxodo 12, 29-30: “Aconteceu que, à meia-noite, feriu o SENHOR todos os primogênitos na terra do Egito, desde o primogênito de Faraó, que se assentava no seu trono, até ao

primogênito do cativo que estava na enxovia, e todos os primogênitos dos animais. 

Levantou-se Faraó de noite, ele, todos os seus oficiais e todos os egípcios; e fez-se grande clamor no Egito, pois não havia casa em que não houvesse morto”.

Este é o registro bíblico da páscoa. Quais os eventos que levaram à páscoa?

Cerca de quinhentos anos antes, Deus disse a Abraão que seus descendentes seriam

escravizados em outro país e que, após isso, Deus iria castigar a nação onde eles serviram e foram maltratados e os levaria à sua própria terra.

Gênesis 15, 13-14: “Então, lhe foi dito: Sabe, com certeza, que a tua posteridade será

peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos. Mas também eu julgarei a gente a que têm de sujeitar-se; e depois sairão com grandes

riquezas”.

Tudo começou com José, que era filho de Jacó com Raquel, e era tratado com distinção pelo pai, o que provocou os ciúmes de seus irmãos. Em um determinado dia no campo, tomados de ciúmes, venderam seu irmão mais novo para os mercadores ismaelitas (midianitas) que o levaram ao Egito.

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Gênesis 37,28: “E, passando os mercadores midianitas, os irmãos de José o alçaram, e o tiraram da cisterna, e o venderam por vinte siclos de prata aos ismaelitas; estes levaram José ao Egito”.

No Egito, José passou por grandes aborrecimentos e desventuras, mas Deus estava com ele, e tudo o que José fazia o Senhor prosperava. Por este motivo, José foi elevado à mais alta posição no Egito, abaixo apenas de Faraó.

Gênesis 41,40-41: “Administrarás a minha casa, e à tua palavra obedecerá todo o meu povo; somente no trono eu serei maior do que tu. Disse mais Faraó a José: Vês que te faço

autoridade sobre toda a terra do Egito”.

Quando veio a fome prevista por Deus, Jacó enviou seus filhos para comprar mantimentos no Egito, após algumas idas e vindas José se revelou a eles que acabaram reunidos com José.

Gênesis 45,7-8: “Deus me enviou adiante de vós, para conservar vossa sucessão na terra e para vos preservar a vida por um grande livramento. Assim, não fostes vós que me enviastes para cá, e sim Deus, que me pôs por pai de Faraó, e senhor de toda a sua casa, e como governador em toda a terra do Egito”.

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Gênesis 45,10: “Habitarás na terra de Gósen e estarás perto de mim, tu, teus filhos, os filhos de teus filhos, os teus rebanhos, o teu gado e tudo quanto tens”.

(Gósen: A região oriental do delta do Nilo era uma das regiões mais férteis do Egito).

Nesta terra os filhos de Jacó se multiplicaram, se fortaleceram e cresceram muito.

Êxodo 1,7: “Mas os filhos de Israel foram fecundos, e aumentaram muito, e se multiplicaram, e grandemente se fortaleceram, de maneira que a terra se encheu deles”.

É importante notar o diferente significado da frase “filhos de Israel” neste último versículo e nos versículos anteriores, antes eles se referem aos doze filhos de Jacó; aqui, já designam todos que pertencem ao povo de Israel.

Essa ampliação do significado indica que já não se está mais relatando, como em Gênesis, a história de uma só família, mas da história de todo um povo.

A história do Êxodo começa quando uma nova dinastia de Faraós começa a reinar no Egito. O novo Faraó sentiu-se ameaçado pelo crescimento e prosperidade dos filhos de Israel.

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Êxodo 1,8-9: “Entrementes, se levantou novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José. Ele disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós”.

Os egípcios então colocaram sobre o povo de Israel pesados tributos e trabalhos forçados para impedir seu desenvolvimento.

Êxodo 1,13: “Então, os egípcios, com tirania, faziam servir os filhos de Israel”.

Desta forma os filhos de Israel foram escravizados e submetidos a duras penas. Então o povo clamou a Deus que enviou a Moisés para enfrentar Faraó e conduzir o povo à terra prometida. Através de Moisés, Deus iria glorificar a si mesmo e punir o Egito conforme sua promessa.

Êxodo 4,21: “Disse o SENHOR a Moisés: Quando voltares ao Egito, vê que faças diante de Faraó todos os milagres que te hei posto na mão; mas eu lhe endurecerei o coração, para que não deixe ir o povo”.

Moisés vai confrontar Faraó, mas Deus não permitirá que ele ceda antes do tempo determinado, controlando seu coração por sua vontade soberana.

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“Endurecerei o coração de Faraó”:

A obstinação de Faraó é mencionada, como que numa espécie de refrão, ao fim de cada encontro e depois de cada praga.

Em alguns casos, se indica que Faraó se endurece por si próprio; porém, em sua maioria é Deus quem endurece o seu coração. Assim são destacados dois princípios bíblicos: nada do que acontece escapa à ação e à soberania de Deus; contudo, o ser humano é responsável pelas suas próprias ações.

Este aparente conflito entre a soberania absoluta de Deus e a responsabilidade do homem, na verdade não existe pois a responsabilidade não é resultado de liberdade mas da existência da lei e de um juiz supremo, que é Deus.

Este ensino colocado em destaque de forma tão notável na história do Êxodo é da maior importância para a compreensão da soberania de Deus. A bíblia nos ensina claramente que Deus endurece diretamente os corações das pessoas contra sua própria palavra e que estas pessoas incorrerão, por este motivo na justa ira divina.

Josué 11, 19-20: “Não houve cidade que fizesse paz com os filhos de Israel, senão os heveus, moradores de Gibeão; por meio de guerra, as tomaram todas. Porquanto do SENHOR vinha o endurecimento do seu coração para saírem à guerra contra Israel, a fim de que fossem

totalmente destruídos e não lograssem piedade alguma; antes, fossem de todo destruídos, como o SENHOR tinha ordenado a Moisés”.

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O profeta Isaías reconhece a vontade soberana de Deus e a incapacidade do homem na salvação de seu povo, e clama:

Isaías 63,17: “Ó SENHOR, por que nos fazes desviar dos teus caminhos? Por que endureces o nosso coração, para que te não temamos? Volta, por amor dos teus servos e das tribos da tua herança”.

Não nos cabe protestar contra este ensino, pois a soberania de Deus na salvação e na condenação dos homens é claramente declarada na Escritura, protestar contra isto é um desafio e uma abominação contra Deus.

Romanos 9, 13-15: “Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú. Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo nenhum! Pois ele diz a Moisés: Terei

misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão”.

Voltemos à páscoa, ela se refere à última praga que Deus trouxe sobre o Egito: a matança dos primogênitos.

Em Êxodo capítulo doze, verso doze (RC) Deus declara: “Porque, naquela noite,

(Eu) passarei pela terra do Egito e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos, desde os homens até aos animais; executarei juízo sobre todos os deuses do Egito. Eu sou o SENHOR”.

Nesta declaração observamos a natureza ativa e deliberada do julgamento de Deus:

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Êxodo 12,7: “Tomarão do sangue e o porão em ambas as ombreiras e na verga da porta, nas casas em que o comerem”.

A páscoa judaica é um tipo e sombra da salvação, a realidade da salvação é encontrada na vida de perfeita obediência e na morte expiatória de Jesus.

Quando João Batista vê Jesus pela primeira vez ele diz: (João 1,29) “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.

Igualmente o apóstolo Paulo diz (1 Coríntios 5,7): “Pois também Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado”.

A páscoa também nos dá uma visão clara da manifestação da ira de Deus no julgamento final, não existe no mundo nenhuma força destruidora que se compare à ira de Deus neste dia. No dia do julgamento final, como na páscoa Deus passará sobre seus escolhidos para destruir os réprobos.

Somente o sangue de Cristo salvará e livrará seu povo do julgamento, nada no próprio homem o livrará da ira de Deus.

João 3,18: “Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus”.

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EXORTAÇÃO: O SANGUE DE CRISTO LIVRA DE QUÊ?

Deus nunca é passivo com relação ao cumprimento de seus decretos, pelo contrário, Deus é tanto ativo na salvação e amor aos seus filhos quanto na reprovação, endurecimento e julgamento dos réprobos.

A morte e ressurreição de Cristo nos livram de quê? Da ira de Deus.

A ira de Deus é uma qualidade equivalente a todas as outras, tão perfeita quanto o amor ou a misericórdia, uma visão relutante da ira de Deus nos traz uma visão fraca da expiação,

subestimar a ira de Deus é subestimar o sangue de Jesus.

Efésios 1, 3-6: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu

gratuitamente no Amado”.

Referências

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