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Avaliação Externa das Escolas Relatório de escola. Agrupamento de Escolas de Vila de Rei

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Agrupamento de Escolas

de

Vila de Rei

Avaliação Externa das Escolas

Relatório de escola

Delegação Regional do Centro da IGE

Datas da visita: 20, 23 e 24 de Março de 2009

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Ag ru pa me nt o de Esc ola s de Vi la de Rei  20, 23 e 24 d e Mar ço de 2009 I – INTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de Dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a auto-avaliação e para a avaliação externa. Por sua vez, o programa do XVII Governo Constitucional estabeleceu o lançamento de um «programa nacional de avaliação das escolas básicas e secundárias que considere as dimensões fundamentais do seu trabalho».

Após a realização de uma fase piloto, da responsabilidade de um Grupo de Trabalho (Despacho conjunto n.º 370/2006, de 3 de Maio), a Senhora Ministra da Educação incumbiu a Inspecção-Geral da Educação (IGE) de acolher e dar continuidade ao processo de avaliação externa das escolas. Neste sentido, apoiando-se no modelo construído e na experiência adquirida durante a fase-piloto, a IGE está a desenvolver esta actividade, entretanto consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 81-B/2007, de 31 de Julho.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Escolas de Vila de Rei,

realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efectuada nos dias 20, 23 e 24 de Março de 2009.

Os capítulos do relatório ― Caracterização do Agrupamento, Conclusões da Avaliação por Domínio, Avaliação por Factor e Considerações Finais ― decorrem da análise dos documentos fundamentais do Agrupamento, da sua apresentação e da realização de entrevistas em painel.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente a auto-avaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento, constituindo este relatório um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e pontos fracos, bem como oportunidades e constrangimentos, a avaliação externa oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

Escala de avaliação

Níveis de classificação dos cinco domínios

MUITO BOM – Predominam os pontos

fortes, evidenciando uma regulação sistemática, com base em

procedimentos explícitos,

generalizados e eficazes. Apesar de alguns aspectos menos conseguidos, a organização mobiliza-se para o aperfeiçoamento contínuo e a sua acção tem proporcionado um impacto muito forte na melhoria dos

resultados dos alunos.

BOM – A escola revela bastantes

pontos fortes decorrentes de uma acção intencional e frequente, com base em procedimentos explícitos e eficazes. As actuações positivas são a norma, mas decorrem muitas vezes do empenho e da iniciativa

individuais. As acções desenvolvidas têm proporcionado um impacto forte na melhoria dos resultados dos alunos.

SUFICIENTE – Os pontos fortes e os

pontos fracos equilibram-se, revelando uma acção com alguns aspectos positivos, mas pouco explícita e sistemática. As acções de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola. No entanto, essas acções têm um impacto positivo na melhoria dos resultados dos alunos.

INSUFICIENTE – Os pontos fracos

sobrepõem-se aos pontos fortes. A escola não demonstra uma prática coerente e não desenvolve suficientes acções positivas e coesas. A

capacidade interna de melhoria é reduzida, podendo existir alguns aspectos positivos, mas pouco relevantes para o desempenho global. As acções desenvolvidas têm

proporcionado um impacto limitado na melhoria dos resultados dos alunos.

A equipa de avaliação externa congratula-se com a atitude de colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

O texto integral deste relatório, bem como um eventual contraditório apresentado pelo Agrupamento, encontra-se no

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II – CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas de Vila de Rei é composto pelo Jardim-de-Infância de Vila de Rei e pela Escola Básica Integrada do Centro de Portugal (Escola Sede). As várias unidades encontram-se em bom estado de conservação e estão dotadas dos recursos pedagógicos essenciais (p. ex., computadores, projectores de vídeo, quadros interactivos e software específico para alunos com necessidades educativas especiais). A Escola Sede dispõe de espaços amplos, de uma biblioteca – integrada na Rede Nacional de Bibliotecas Escolares –, de campos de jogos e de um pavilhão gimnodesportivo. Junto às instalações escolares existe a piscina municipal, um campo de futebol relvado, bem como a Escola Fixa de Trânsito (infra-estrutura de apoio à educação rodoviária dos jovens).

No presente ano lectivo, o Agrupamento acolhe 335 discentes, num total de 19 grupos/turmas: 46 crianças na educação pré-escolar (2 grupos), 128 alunos no 1.º ciclo (6 turmas), 155 alunos nos 2.º e 3.º ciclos (10 turmas) e 6 alunos no ensino secundário (1 turma do curso de Ciências e Tecnologias - turma residual do 12.º ano). Do total dos discentes, 7,5% são estrangeiros, 53,9% recebem apoio da acção social escolar e 3,6% apresentam necessidades educativas especiais de carácter permanente. No que se refere às tecnologias de informação e comunicação, verifica-se que 52,2% dos alunos possuem computador e, destes, 58,8% têm ligação à Internet.

Cerca de metade dos pais e encarregados de educação tem uma habilitação académica igual ou superior ao 3.º ciclo (49,2%), distribuindo-se, profissionalmente, pelas áreas de Operadores de Instalações e Máquinas e Trabalhadores da Montagem (28,9%), Pessoal dos Serviços e Vendedores (13%) e Pessoal Administrativo e Similares (9,4%).

O corpo docente é formado por 42 educadores e professores, dos quais 85,7% pertencem aos quadros e 83,3% leccionam há dez ou mais anos. O pessoal não docente é maioritariamente do quadro (88%), sendo constituído por 6 assistentes técnicos (administrativos) e 19 assistentes operacionais (auxiliares, cozinheiros e guarda-nocturno).

III – CONCLUSÕES DA AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO

1. RESULTADOS SUFICENTE Ag ru pa me nt o de Esc ola s de Vi la de Rei  20, 23 e 24 d e Mar ço de 2009

O sucesso académico é objecto de análise regular por parte dos órgãos e das estruturas de coordenação e supervisão. Alguns indicadores relevantes não são valorizados, designadamente as taxas de transição/conclusão por ano de escolaridade/ciclo de estudos. A reflexão realizada conduziu à identificação de áreas onde se regista maior insucesso, como a Língua Portuguesa e a Matemática, bem como à definição de algumas acções de melhoria.

No último ano lectivo (2007/08), as taxas de transição/conclusão foram superiores às nacionais nos 1.º, 2.º e 3.º ciclos. Nas provas de aferição, os resultados são díspares: enquanto no 4.º ano se situaram abaixo do referente nacional, no 6.º ano superaram esse indicador. Nos exames do 9.º ano o desempenho do Agrupamento ficou aquém do nacional, em particular, na disciplina de Língua Portuguesa. Registam-se, ainda, no último triénio, discrepâncias entre as classificações internas e externas em Língua Portuguesa e em Matemática.

Os resultados no ensino secundário, em 2007/08, ficaram, globalmente, abaixo dos referentes nacionais no que concerne à taxa de transição e ao desempenho dos discentes nos exames de Português, Matemática e Física e Química A. Apenas na disciplina de Biologia e Geologia foi ligeiramente ultrapassada a média nacional.

A taxa de abandono escolar é irrelevante, para a qual tem contribuído o enquadramento/acompanhamento das situações de risco.

A participação das crianças e dos alunos é fomentada no âmbito de algumas actividades e projectos, mas não existe uma actuação consistente no sentido de potenciar a sua auscultação sobre o

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funcionamento da organização. O desenvolvimento cívico é trabalhado nas suas múltiplas dimensões e faz parte dos objectivos de diversas actividades. Os procedimentos para a promoção e a regulação dos comportamentos dos discentes revelam-se, em geral, eficazes, traduzindo-se num ambiente de tranquilidade. São implementadas acções que têm contribuído, especialmente, para a melhoria das expectativas da comunidade e para a valorização dos sucessos das crianças e dos alunos.

2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO SUFICIENTE

Os departamentos trabalham alguns aspectos centrais da gestão do currículo, assegurando, nomeadamente, a elaboração conjunta das planificações didácticas por ano de escolaridade e a definição de determinados aspectos relacionados com a avaliação das aprendizagens.

Os responsáveis pela disciplina de Matemática dos 2.º e 3.º ciclos desenvolveram um plano de melhoria, que tem tido algum impacto, nomeadamente na evolução dos resultados desta disciplina nos últimos dois anos. Com excepção desta disciplina, não são estabelecidas metas de sucesso que permitam clarificar as expectativas sobre os resultados, orientar o trabalho dos docentes e medir, com consistência, os progressos alcançados. Não existem práticas regulares de trabalho interdepartamental de modo a garantir a sequencialidade das aprendizagens, embora esta dimensão seja tida em conta no planeamento das actividades da educação pré-escolar.

Os docentes planificam as actividades de ensino, trabalhando, ao nível dos conselhos de turma, a interdisciplinaridade e as soluções para os problemas de integração e de aprendizagem. Na educação pré-escolar, o planeamento expressa um equilíbrio entre as diferentes áreas de conteúdo. A monitorização e a supervisão da prática lectiva são insuficientes, o que dificulta a regulação das acções de aperfeiçoamento em curso e a melhoria dos resultados. As medidas implementadas, tendo em vista a confiança na avaliação interna, não se têm mostrado eficazes, nomeadamente no 3.º ciclo, onde a diferença entre os resultados das classificações de frequência e dos exames é significativa.

As necessidades pedagógicas das crianças e dos alunos são devidamente enquadradas, investindo-se na organização de diferentes modalidades de apoio direccionadas às áreas de menor sucesso. As medidas de apoio são objecto de avaliação e revelam-se eficazes.

A oferta educativa é diversificada, conjugando as componentes curriculares e as de enriquecimento, sendo consistentemente trabalhadas as várias dimensões da aprendizagem. Em geral, são realizadas actividades práticas que fomentam a atitude positiva face à experimentação e à descoberta, mas há evidências de que nem todos os docentes valorizam suficientemente este tipo de acções.

3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR BOM

Os documentos de orientação educativa revelam algumas incoerências, o que dificulta a apreensão das prioridades do Agrupamento pelos actores escolares e afecta a consecução dos objectivos traçados. Os projectos curriculares de grupo/turma constituem referências de acção das equipas pedagógicas, em especial no que respeita à adopção de procedimentos comuns e à definição de estratégias de diferenciação.

A gestão dos recursos humanos assegura o funcionamento dos serviços e o normal desenvolvimento das actividades. Os objectivos/prioridades e os planos de melhoria estabelecidos não são adequadamente suportados por um plano interno de formação contínua.

As instalações escolares apresentam-se bem cuidadas, com espaços diversificados e apropriados ao trabalho educativo. A colocação inadequada dos quadros das salas de aula do 1.º ciclo, bem como a falta de segurança do escorrega do recreio do Jardim-de-Infância, são problemas que ainda não foram resolvidos. A gestão do parque informático nem sempre garante a operacionalidade dos equipamentos, prevendo-se a colaboração da Câmara Municipal na superação desta situação.

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Os recursos da biblioteca são bem geridos e as suas actividades devidamente programadas, envolvendo todos os níveis de educação e ensino. Este serviço é avaliado, possibilitando a identificação de pontos fortes e fracos, bem como a definição de acções de melhoria.

São promovidas iniciativas para envolver as famílias na vida escolar e informá-las sobre os aspectos cruciais do funcionamento da organização, particularmente na educação pré-escolar. Não é fomentado o seu contributo para a concepção dos documentos de orientação educativa.

A acção dos profissionais rege-se por princípios de equidade e justiça, denotando atenção aos problemas de aprendizagem e de inclusão escolar.

Ag ru pa me nt o de Esc ola s de Vi la de Rei  20, 23 e 24 d e Mar ço de 2009 4. LIDERANÇA SUFICIENTE

Não foram estabelecidas metas quantificadas e avaliáveis para os objectivos da instituição. Os responsáveis pelos órgãos e pelas estruturas de coordenação e supervisão definem algumas estratégias para as áreas com resultados menos conseguidos e, em geral, revelam disponibilidade para colaborar na superação das dificuldades detectadas. Registam-se insuficiências de actuação destas lideranças ao nível do estabelecimento de planos de melhoria para objectivos essenciais do projecto educativo e da supervisão das práticas docentes. Verificam-se, também, dificuldades em encontrar soluções, fundamentadas e consensuais, para problemas relevantes do Agrupamento.

Existe abertura a algumas iniciativas e projectos inovadores que beneficiam as aprendizagens das crianças e dos alunos. Apesar da aposta nas tecnologias de informação e comunicação, os docentes não as exploram, frequentemente, em contextos de aprendizagem. A interacção com diferentes instituições locais é significativa, o que tem contribuído para a qualidade do serviço educativo prestado, nomeadamente no que se refere à diversificação de actividades de enriquecimento curricular e ao apoio técnico e logístico.

5. CAPACIDADE DE AUTO-REGULAÇÃO E MELHORIA DO AGRUPAMENTO

[CLASSIFICAÇÃO]

SUFICIENTE O Agrupamento não adoptou um dispositivo de auto-regulação global e consistente sobre o seu desempenho, mas os procedimentos avaliativos implementados, apesar de pouco participados e limitados a áreas específicas (resultados académicos internos e projectos nacionais), conduziram à identificação de alguns pontos fortes e fracos e à definição de estratégias de melhoria. A reflexão realizada tem permitido identificar algumas oportunidades. O reforço das ligações com a Autarquia nos domínios da criação de um catálogo único online para as bibliotecas do concelho e da manutenção de equipamentos informáticos constituem novas potencialidades de melhoria a explorar.

IV – AVALIAÇÃO POR FACTOR

1. RESULTADOS

1.1 SUCESSO ACADÉMICO

O conselho pedagógico e as estruturas de coordenação e supervisão analisam regularmente os resultados do sucesso académico interno, expressos em percentagens de classificações positivas por área disciplinar/disciplina/turma. São elaborados relatórios sobre as provas de aferição de Língua Portuguesa e de Matemática dos 4.º e 6.º anos e recolhidos alguns elementos relativos ao sucesso nos exames do 9.º ano e do ensino secundário, sendo esta informação confrontada com os referentes nacionais. Não são calculadas taxas de transição/conclusão, nem é organizada informação, global e sistematizada, sobre as aprendizagens das crianças da educação pré-escolar. Também não são comparados os resultados académicos com os de outras escolas com contextos semelhantes. A reflexão

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sobre os resultados académicos tem permitido identificar algumas áreas mais críticas de desempenho, como é o caso da Língua Portuguesa e da Matemática, e estabelecer estratégias de melhoria (p. ex., reforço dos tempos de aprendizagem através das disciplinas de oferta de escola - Comunicarte e Matemática para a Vida nos 2.º e 3.º ciclos – e da implementação do Plano Nacional de Leitura).

No ensino básico, no último ano lectivo (2007/08), as taxas de transição/conclusão nos 1.º, 2.º e 3.º ciclos (99,2%, 98,6% e 97,8%, respectivamente) situaram-se acima das nacionais (96,1%, 91,6% e 85,3%, respectivamente). Nas provas de aferição do 4.º ano, 71% dos alunos em Língua Portuguesa e 87,1% em Matemática obtiveram classificação positiva (níveis A, B ou C), resultados que ficaram abaixo dos referentes nacionais (89,5% e 90,8%). Nas provas de aferição do 6.º ano, 93,8% dos alunos em Língua Portuguesa e 90,6% em Matemática tiveram classificação positiva, correspondendo a resultados superiores aos nacionais (93,4% e 81,8%, respectivamente). Nos exames do 9.º ano, apenas 46,9% dos alunos em Língua Portuguesa e 43,8% em Matemática apresentaram classificações positivas (níveis 3, 4 e 5), o que posiciona o Agrupamento muito abaixo dos correspondentes valores nacionais (83,2% e 55,1%). As médias dos resultados do exame foram de 2,7, em Língua Portuguesa, e de 2,5 em Matemática, enquanto a média das classificações de frequência se fixou, nas duas disciplinas, em 3,1. Esta diferença entre a avaliação interna e a externa tem sido constante nos últimos três anos, embora em Língua Portuguesa se verifique uma tendência de redução (diferencial de 0,9 pontos em 2005/06, 0,5 em 2006/07 e 0,4 em 2007/08).

No ensino secundário, no ano lectivo de 2007/08, onde estavam inscritos apenas 23 alunos, assinalou-se uma taxa de transição/conclusão de 68,2%, abaixo da nacional (77,6%). Nos exames realizados no mesmo ano lectivo (1.ª fase), registou-se uma classificação média de 8,1 valores a Português (10,4 a nível nacional), 11,6 valores a Matemática (14,0 a nível nacional), 11 valores a Biologia e Geologia (10,8 a nível nacional) e 8,3 valores a Física e Química A (9,6 a nível nacional).

Nos últimos cinco anos apenas se verificou um caso de abandono escolar. O enquadramento e o acompanhamento das situações de risco detectadas deram um contributo importante para este resultado.

1.2 PARTICIPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO CÍVICO

A auscultação das crianças e dos alunos sobre os seus interesses e necessidades é efectuada no âmbito de algumas actividades da turma e de projectos de enriquecimento curricular (p. ex., escolha de temas da Área de Projecto e de acções do programa nacional de Promoção e Educação para a Saúde). Não existem orientações para a participação dos representantes dos alunos nos conselhos de turma, nem outras práticas regulares que possibilitem a integração dos seus contributos para o desenvolvimento da organização.

A educação para a cidadania concretiza-se através do envolvimento dos discentes em várias iniciativas, como a palestra sobre Educação Sexual, a comemoração do 25 de Abril e do Dia Mundial do Ambiente e as acções de prevenção rodoviária. Na área curricular de Formação Cívica essa dimensão é particularmente trabalhada e integra, explicitamente, os critérios de avaliação (p. ex., sentidos de justiça, tolerância e respeito).

1.3 COMPORTAMENTO E DISCIPLINA

As crianças e os alunos têm, em geral, um comportamento correcto, para o que contribui a definição e a divulgação das normas das salas de aula e dos demais espaços escolares, assim como a cooperação dos profissionais na sua vigilância. Os critérios de avaliação definidos contemplam a disciplina, a assiduidade e a pontualidade. As regras de convívio são trabalhadas por educadores e professores, em especial nas aulas de Formação Cívica e na Área de Projecto.

Não são organizados dados sobre incidentes de natureza disciplinar. Embora existam situações pontuais de desrespeito das normas e instruções, as mesmas são resolvidas através de uma articulação mais estreita com as famílias e, quando necessário, através da adopção de medidas educativas disciplinares. Verifica-se um bom relacionamento entre alunos e pessoal docente e não docente.

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1.4 VALORIZAÇÃO E IMPACTO DAS APRENDIZAGENS

São desenvolvidas algumas iniciativas que estimulam as aprendizagens das crianças e dos alunos e melhoram as expectativas da comunidade em relação ao serviço prestado (p. ex., exposições, peças teatrais e Parlamento dos Jovens). Em geral, os sucessos individuais são valorizados, nomeadamente através da atribuição, em eventos abertos à comunidade, de prémios e diplomas relativos a concursos e competições (p. ex., “Caça a Resposta” e provas desportivas). Alguns destes resultados são, também, divulgados no jornal escolar “O Pinoco”. Não existe um quadro de valor e excelência.

2. PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO 2.1 ARTICULAÇÃO E SEQUENCIALIDADE

A coordenação ao nível de cada departamento compreende o trabalho conjunto de planificação das áreas curriculares/unidades didácticas, de elaboração de instrumentos de avaliação diagnóstica e de propostas de critérios de avaliação. Na educação pré-escolar foram concebidos instrumentos de verificação e registo das competências adquiridas, bem como uma ficha individual destinada a transmitir ao professor do 1.º ciclo os elementos mais relevantes do processo pedagógico de cada criança. Nos 2.º e 3.º ciclos, na Matemática, foi estabelecido um plano de melhoria, com efeitos positivos no trabalho cooperativo dos docentes, no apoio directo aos alunos e na evolução dos resultados desta disciplina no último biénio (a média das classificações passou de 3,07 para 3,16). Nos ensinos básico e secundário não são implementadas acções que permitam assegurar a sequencialidade das aprendizagens.

No final do ano lectivo de 2007/08, foi realizado um estudo tendo em vista a definição de metas de sucesso académico por disciplina/ano de escolaridade. Porém, os indicadores não foram usados como referentes nas tarefas dos professores.

A interdisciplinaridade é tida em conta na construção dos projectos curriculares de turma, traduzindo-se na identificação e na planificação conjunta de alguns aspectos transversais do currículo (p. ex., exploração de figuras geométricas nas disciplinas de Matemática e de Educação Visual e Tecnológica). O apoio e o aconselhamento dos alunos nas decisões sobre os percursos escolares e profissionais são prosseguidos através do desenvolvimento de um programa de orientação vocacional, bem como de acções pontuais, como a visita dos alunos dos 9.º e 12.º anos à Futurália (Feira da Juventude, Qualificação e Emprego).

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2.2 ACOMPANHAMENTO DA PRÁTICA LECTIVA EM SALA DE AULA

Os docentes planificam as actividades de ensino tendo em conta os resultados da avaliação diagnóstica inicial, realizada em cada disciplina/área disciplinar. Este planeamento abrange as áreas curriculares não disciplinares e algumas acções/projectos, designadamente de âmbito nacional. Na educação pré-escolar a programação das actividades pedagógicas de cada grupo é detalhada, evidenciando equilíbrio entre as diversas áreas de conteúdo, assim como articulação com o 1.º ciclo e a comunidade.

O acompanhamento da prática lectiva processa-se através do balanço do cumprimento das planificações didácticas e da análise dos resultados alcançados em cada período escolar. Certos aspectos centrais dos planos de melhoria em curso não são objecto de monitorização (p. ex., actividades desenvolvidas com os alunos nas disciplinas de oferta de escola - Comunicarte e Matemática para a Vida - e no âmbito do Plano Nacional de Leitura), havendo evidências de que, nalguns casos, não estão a ser realizadas as acções previstas (p. ex., leitura orientada em turmas do 1.º ciclo). Não existe supervisão da actividade lectiva em contexto de sala de aula.

Os conselhos de turma procuram rever as estratégias pedagógicas para a resolução de problemas de integração e de aprendizagem, designadamente através de propostas de actividades de apoio educativo, de reforço da articulação com as famílias e da implementação de programas de tutoria.

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A confiança na avaliação interna e nos resultados é fomentada através da definição de critérios de avaliação comuns e, nas disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática, do recurso a testes/questões de provas nacionais, incluindo os testes intermédios disponibilizados pelo Gabinete de Avaliação Educacional (Matemática). No entanto, estas medidas não se têm revelado eficazes, em particular no 3.º ciclo, onde os resultados dos exames se situam abaixo das classificações de frequência.

2.3 DIFERENCIAÇÃO E APOIOS

As necessidades educativas das crianças e dos alunos são identificadas pelos docentes, em ligação com os serviços especializados de apoio educativo e as respectivas famílias. Porém, uma criança da educação pré-escolar, referenciada no início do presente ano lectivo, ainda aguarda avaliação no âmbito das necessidades educativas especiais. Os discentes com currículo específico individual e com planos de transição desenvolvem componentes funcionais em contextos de trabalho (p. ex., no Jardim-de-Infância de Vila de Rei). Os professores de educação especial participam nas reuniões dos departamentos da educação pré-escolar e do 1.º ciclo, bem como nos conselhos de turma, colaborando na definição de estratégias, na execução de medidas e na avaliação dos progressos das crianças e dos alunos. Não são trabalhados dados globais sobre os resultados das aprendizagens dos alunos com necessidades educativas especiais de carácter permanente.

Para outros discentes com dificuldades de aprendizagem são elaborados planos de recuperação e de acompanhamento, que podem incluir diversas modalidades, como tutorias e apoio em sala de estudo. Na disciplina de Matemática, do 5.º ao 8.º ano, o apoio directo é reforçado por práticas de co-docência. No ano lectivo de 2007/08, a taxa de transição dos alunos com planos de recuperação e de acompanhamento foi de 96,1%.

2.4 ABRANGÊNCIA DO CURRÍCULO E VALORIZAÇÃO DOS SABERES E DA APRENDIZAGEM

As actividades educativas são abrangentes, incluindo as dimensões socioculturais e artísticas. Na educação pré-escolar, a componente de apoio à família proporciona a frequência de Música e de Natação; no 1.º ciclo, no âmbito das actividades de enriquecimento curricular, são oferecidos Desporto e Música; nos 2.º e 3.º ciclos são organizados clubes, como os de Teatro e da Dança, que registam um elevado número de inscrições (105). A Semana Cultural constitui um momento alto da vida escolar, onde as crianças e os alunos demonstram as aprendizagens realizadas (p. ex., recitais de poesia, coreografias de dança e um “atelier de barro”) e têm oportunidade de participar em eventos (p. ex., concerto didáctico da Banda Militar do Exército).

A atitude positiva face à experimentação e à descoberta é desenvolvida através da realização de alguns trabalhos práticos na área das Ciências Físicas e Naturais e nos clubes da Natureza (educação pré-escolar) e da Ciência (2.º e 3.º ciclos e ensino secundário), embora existam evidências de que nem todos os docentes valorizam suficientemente este tipo de acções.

3. ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR

3.1 CONCEPÇÃO, PLANEAMENTO E DESENVOLVIMENTO DA ACTIVIDADE

O projecto curricular do Agrupamento consagra as áreas prioritárias de intervenção, mas estas não se apresentam interligadas com os objectivos do projecto educativo (p. ex., a prioridade das Tecnologias de Informação e Comunicação não encontra correspondência em nenhum dos objectivos). O plano anual de actividades evidencia articulação com alguns dos objectivos do projecto educativo, mas várias das acções propostas não são coerentes (p. ex., as que visam promover a articulação curricular) e existem objectivos da instituição que não são abrangidos pelo plano (p. ex., aproximar os resultados internos das médias dos resultados nacionais, numa perspectiva de melhoria). Os projectos curriculares de grupo/turma adequam-se às características e às necessidades das crianças e dos

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alunos, sendo relevantes na acção das equipas pedagógicas, sobretudo ao nível da uniformização de

critérios de actuação e da definição de estratégias de diferenciação pedagógica.

Existem orientações do Conselho Executivo que asseguram a programação e a planificação do ano escolar em várias vertentes: distribuição diária das actividades lectivas e não lectivas, funcionamento dos serviços (p. ex., mapas de horários de refeições das turmas e de distribuição de tarefas do pessoal não docente) e agendamento das reuniões.

3.2 GESTÃO DOS RECURSOS HUMANOS

A distribuição do serviço lectivo rege-se, em geral, por critérios de ordem pedagógica constantes do projecto curricular (p. ex., continuidade no acompanhamento dos alunos e organização de equipas). A afectação do pessoal não docente baseia-se no princípio da rotatividade, sendo garantida a vigilância dos espaços e o bom funcionamento dos diferentes sectores. Os serviços administrativos, onde existe polivalência de funções, dão resposta às solicitações dos utentes. A assiduidade do pessoal docente e não docente é monitorizada, tendo-se verificado uma redução progressiva do absentismo nos últimos três anos.

É feito o levantamento das necessidades de formação, que é remetido ao centro de formação da área. Não existe um plano interno de formação que apoie a consecução dos objectivos e das prioridades do Agrupamento. Por exemplo, constitui uma prioridade a “implementação, na prática diária, das Tecnologias de Informação e Comunicação”, mas não têm sido realizadas acções de modo a potenciar a utilização destes recursos por professores e alunos. Não é notória a preocupação pela actualização profissional do pessoal não docente, sendo escassas as iniciativas de formação (p. ex., manutenção de audiovisuais e contabilidade).

3.3 GESTÃO DOS RECURSOS MATERIAIS E FINANCEIROS

As instalações escolares apresentam-se, em termos gerais, bem cuidadas, com espaços diversificados e apropriados ao desenvolvimento do trabalho educativo. As salas laboratoriais são amplas e encontram-se devidamente equipadas. Nas salas de aula do 1.º ciclo os quadros não estão posicionados a uma altura adequada – as crianças escrevem, por vezes, em cima de uma cadeira. Este problema já foi, por diversas vezes, discutido internamente, mas não foi ainda solucionado. A gestão do parque informático nem sempre assegura a operacionalidade dos equipamentos, gerando insatisfação nos alunos e nos professores, mas a Autarquia tem prevista uma intervenção para a resolução desta situação. Não estão garantidas condições de acessibilidade a utentes com mobilidade condicionada (p. ex., rampas e elevadores).

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O Conselho Executivo desenvolve algumas acções preventivas e correctivas tendo em vista a segurança: é realizada a instrução dos profissionais e dos alunos para casos de emergência, na Escola Sede são efectuados exercícios periódicos de evacuação, são determinadas várias inspecções e vistorias (p. ex., gás e extintores de incêndio) e são reportadas à Autarquia as situações de risco (p. ex., inadequação do escorrega instalado no Jardim-de-Infância). No estabelecimento de educação pré-escolar ainda não foram executados simulacros de acidente.

A biblioteca é bem gerida, constituindo um espaço agradável, funcional e dotado de recursos diferenciados. Tem um programa de acção bem estruturado, dirigido a todos os níveis de educação e ensino e é bastante frequentada, inclusive pelas crianças da educação pré-escolar.

São definidas as linhas orientadoras para a elaboração do Orçamento. O Agrupamento revela alguma dificuldade em captar recursos financeiros próprios, que são provenientes, sobretudo, da exploração do bufete. A gestão destas verbas tem em conta as necessidades identificadas (p. ex., material informático e jornal escolar).

3.4 PARTICIPAÇÃO DOS PAIS E OUTROS ELEMENTOS DA COMUNIDADE EDUCATIVO O envolvimento dos pais na vida escolar é estimulado, sobretudo através da organização e da divulgação de informação (p. ex., horários dos diferentes serviços, plano de ocupação plena dos tempos escolares dos alunos e funcionamento de clubes) e do convite para diversas actividades (p. ex.,

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Festa de Natal, Semana Cultural e avaliação da qualidade das refeições escolares). Não é solicitado o seu contributo para o projecto educativo e o plano anual, bem como não é suscitada regularmente a sua participação nos conselhos de turma. O planeamento de todas as actividades com as crianças no Jardim-de-Infância é objecto de uma publicitação cuidada e atempada, nomeadamente através da afixação de documentos.

De um modo geral, os encarregados de educação acompanham o processo de ensino e aprendizagem dos seus educandos e mostram-se satisfeitos com os aspectos essenciais do desenvolvimento das actividades e dos serviços escolares. A par dos representantes da Autarquia, participam nos trabalhos da Assembleia/Conselho Geral Transitório, empenhando-se na detecção e na resolução de problemas.

3.5 EQUIDADE E JUSTIÇA

Os princípios e os critérios de actuação que integram os documentos orientadores evidenciam uma atenção particular do Agrupamento pela promoção da equidade e justiça. Os responsáveis escolares denotam preocupação em dar resposta aos problemas de aprendizagem e de inclusão, traduzida em acções, como sejam a organização de distintas modalidades de apoio educativo e a prestação de auxílios suplementares.

4. LIDERANÇA

4.1 VISÃO E ESTRATÉGIA

As prioridades estabelecidas no projecto curricular e os objectivos expressos no projecto educativo não se apresentam indexados a metas quantificáveis e avaliáveis. Embora os documentos estruturantes do Agrupamento sejam objecto de discussão interna, a maioria dos actores educativos revela desconhecer os objectivos traçados.

A oferta educativa, ao nível das actividades de enriquecimento do currículo, constitui uma estratégia coerente no sentido de reforçar as aprendizagens e de corresponder às expectativas e às necessidades dos alunos e das famílias. Não tem sido possível estabelecer um consenso sobre a oferta de cursos no ensino secundário. As posições antagónicas do Conselho Executivo, da Autarquia e dos encarregados de educação têm gerado situações de impasse e de tensão organizacional, desfavoráveis à tomada de decisões sobre esta problemática.

4.2 MOTIVAÇÃO E EMPENHO

Os responsáveis pelos órgãos de administração e gestão revelam disponibilidade para colaborar com os actores na superação de dificuldades. No entanto, em alguns casos, não assumem uma atitude pró-activa na resolução de problemas concretos, por exemplo em relação à altura inadequada dos quadros das salas de aula do 1.º ciclo (situação que se mantém há vários anos).

Os titulares dos órgãos e das estruturas de coordenação e supervisão definiram algumas estratégias de melhoria para as áreas curriculares com resultados menos conseguidos (p. ex., Plano Nacional de Leitura e Plano de Acção para a Matemática), mas não é visível a sua liderança ao nível do estabelecimento de planos para a concretização de objectivos centrais do projecto educativo (p. ex., promoção da articulação no ensino básico) e da supervisão das práticas docentes.

A Assembleia/Conselho Geral Transitório, órgão com a participação de diferentes representantes da comunidade, debate questões relevantes (p. ex., oferta educativa), aprova documentos estratégicos, procede à apreciação do relatório de execução do plano anual de actividades e analisa alguma informação sobre os resultados académicos. Os seus membros são participativos e empenhados, embora apresentem algumas dificuldades na interpretação das suas competências.

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4.3 ABERTURA À INOVAÇÃO

Existe abertura a algumas iniciativas e projectos inovadores que enriquecem as aprendizagens dos discentes (p. ex., na educação pré-escolar, clube da Natureza e projecto Kidsmart1). O investimento nas tecnologias de informação e comunicação, através da aquisição de equipamento e da sua rentabilização progressiva, tem potenciado a comunicação entre profissionais, bem como permitido gerar algumas situações motivadoras (p. ex., apresentações em PowerPoint). Apesar da implementação do Plano das Tecnologias de Informação e Comunicação (Plano TIC), ainda não é visível a mobilização de todos os profissionais para a exploração frequente destes recursos (p. ex., computadores, quadros interactivos e plataforma Moodle2).

4.4 PARCERIAS, PROTOCOLOS E PROJECTOS

O Agrupamento tem um bom envolvimento com o meio, manifestando capacidade para mobilizar os recursos locais em benefício dos alunos. As ligações com a Autarquia têm permitido celebrar acordos de cooperação no âmbito das actividades de enriquecimento curricular e da componente de apoio à família, desenvolver acções conjuntas (p. ex., comemoração do Dia Mundial da Criança), garantir transportes para as visitas de estudo e actividades desportivas, adquirir equipamentos laboratoriais e realizar obras e reparações nas instalações escolares.

Refira-se, também, o desenvolvimento de algumas iniciativas em parceria com outras entidades locais, designadamente com o Centro de Saúde (higiene oral e educação sexual), com as Forças de Segurança (prevenção rodoviária e toxicodependência) e com a Santa Casa da Misericórdia (orientação escolar e vocacional), e a participação nos projectos Rede de Bibliotecas Escolares, Computadores, Redes e Internet nas Escolas e Promoção e Educação para a Saúde.

5. CAPACIDADE DE AUTO-REGULAÇÃO E MELHORIA DO AGRUPAMENTO 5.1 AUTO-AVALIAÇÃO

São implementadas práticas avaliativas regulares sobre algumas dimensões dos resultados académicos e sobre determinados projectos, como o Plano TIC e o Plano de Acção para a Matemática. Em alguns casos, estas acções são orientadas para a identificação de pontos fortes e fracos, bem como para propostas de melhoria (p. ex., o relatório sobre a Biblioteca aponta, entre outros, como positivo, a visita semanal das crianças da educação pré-escolar; como negativo a pouca formação dos professores e do pessoal não docente da equipa; como sugestão de melhoria, as actividades de apoio aos curricula e aos projectos). Ag ru pa me nt o de Esc ola s de Vi la de Rei  20, 23 e 24 d e Mar ço de 2009

Embora não exista um modelo de auto-avaliação global e consistente, a reflexão realizada pelos órgãos e estruturas escolares tem permitido identificar fragilidades importantes da organização (p. ex., insuficiente articulação curricular no ensino básico e acentuada diferença entre os resultados internos e as médias dos resultados nacionais).

As práticas instituídas não abrangem áreas relevantes do trabalho organizacional (p. ex., gestão do currículo e níveis de satisfação relativamente à qualidade do serviço educativo prestado). O envolvimento de alunos, pais e pessoal não docente nos procedimentos de auto-avaliação é reduzido.

1 KidSmart é um programa desenhado para facilitar o desenvolvimento de crianças em idade pré-escolar através de uma solução tecnológica.

2Moodle é um sistema de gestão de aprendizagem através de software que permite a produção de sítios Web e disciplinas na Internet.

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Ag ru pa me nt o de Esc ola s de Vi la de Rei  20, 23 e 24 d e Mar ço de 2009 5.2 SUSTENTABILIDADE DO PROGRESSO

Apesar de não se verificar uma focalização nos pontos fortes da instituição, de modo a evidenciar as boas práticas/resultados e a assegurar a sua consolidação, os procedimentos avaliativos têm contribuído para a adopção de algumas acções de melhoria (p. ex., sala de estudo orientado e co-docência na disciplina de Matemática).

Existe capacidade para identificar e aproveitar algumas oportunidades de melhoria (p. ex., adesão ao Programa de Acção para a Matemática). Também o projecto da Autarquia para promover a integração da biblioteca escolar na rede concelhia (catálogo online) constitui uma oportunidade a explorar, em prol da sustentabilidade do progresso.

V – CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo, apresenta-se uma selecção dos atributos do Agrupamento de Escolas de Vila de Rei

(pontos fortes e fracos) e das condições de desenvolvimento da sua actividade (oportunidades). A equipa de avaliação externa entende que esta selecção identifica os aspectos estratégicos que caracterizam o Agrupamento e define as áreas onde devem incidir os seus esforços de melhoria. Entende-se aqui por ponto forte: atributo da organização que ajuda a alcançar os seus objectivos; por ponto fraco: atributo da organização que prejudica o cumprimento dos seus objectivos; por oportunidade: condição ou possibilidade externas à organização que poderão favorecer o cumprimento dos seus objectivos.

Os tópicos aqui identificados foram objecto de uma abordagem mais detalhada ao longo deste relatório.

Pontos fortes

 Planeamento e gestão das actividades na educação pré-escolar, com impacto na diversificação e qualidade das situações de aprendizagem, na organização de informação às famílias e na transição das crianças para o 1.º ciclo;

 Gestão da biblioteca escolar, com reflexo no desenvolvimento de actividades e iniciativas próprias e na implementação de um dispositivo fiável de auto-avaliação deste serviço;

 Rede de parcerias e projectos estabelecidos, com repercussão no enriquecimento da oferta curricular e no apoio às actividades do Agrupamento.

Pontos fracos

 Discrepâncias, no último triénio, entre as classificações internas e externas nas disciplinas de Língua Portuguesa e de Matemática;

 Inexistência de um plano interno de formação, que não possibilita apoiar os profissionais no cumprimento dos objectivos e das prioridades do Agrupamento;

 Insuficiente liderança dos órgãos e das estruturas de gestão intermédia que inviabiliza a monitorização das acções de melhoria em curso, bem como a resolução de alguns problemas da instituição;

 Diminuta interacção departamental que não potencia a sequencialidade das aprendizagens nos ensinos básico e secundário;

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 Pouca abrangência dos mecanismos de supervisão da actividade lectiva, que não potencia a regulação dos processos de ensino e o conhecimento e a divulgação de práticas conducentes a um maior sucesso;

 Falta de abrangência das práticas de avaliação interna e de envolvimento dos diversos actores, que não possibilita a execução de planos sustentados para áreas estratégicas de desenvolvimento.

Oportunidades

 Candidatura ao programa do Ministério da Educação de apoio à concretização de projectos para a melhoria dos resultados escolares no ensino básico, o que poderá contribuir para elevar o nível de sucesso dos alunos.

 Integração da biblioteca escolar na rede concelhia e disponibilidade da Câmara Municipal para colaborar na manutenção dos equipamentos informáticos do Agrupamento, o que irá permitir o acesso online de todo o acervo das bibliotecas do concelho e melhorar a operacionalidade dos recursos tecnológicos.

Referências

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