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Governança da Água no Brasil

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Academic year: 2021

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(1)

Governança da Água no

Brasil

Devanir Garcia dos Santos

Coordenador de Implementação de Projetos Indutores - ANA

Seminário Água em Debate: Uso Sustentável da Água na Agricultura Desafios e Soluções

(2)

• A ANA, o que é:

– autarquia especial criada pela Lei No. 9.984, de 17 de julho de 2000, como a entidade federal responsável pela implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos - SINGREH.

• Em termos práticos, qual é a missão da ANA:

– implementar e coordenar a gestão compartilhada e integrada dos

recursos hídricos e regular o acesso à água, promovendo o seu uso sustentável em benefício da atual e das futuras gerações

(3)

• Mais de 1,1 bilhão de pessoas no mundo não tem acesso a água potável e 2,6 bilhões não tem acesso a saneamento básico.

• A intensificação da escassez hídrica e a crescente poluição dos recursos hídricos são problemas causados pelo homem: a água em si mesma não é escassa.

• A crise hídrica está sobretudo relacionada com a forma como nós, enquanto

indivíduos e membros da sociedade, gerimos o aceso e o controle à água e aos seus benefícios.

Governança Hídrica

O PNUD define ‘governança hídrica’ como um conjunto de sistemas políticos, sociais, econômicos e administrativos que permitem o desenvolvimento e gestão de recursos hídricos, tal como a sua distribuição.

A ‘governança hídrica’ também inclui uma série de tópicos directamente ligados com a água, tal como a saúde, a segurança alimentar, o desenvolvimento econômico, a

utilização da terra e a preservação do sistema ecológico do qual os recursos hídricos dependem.

(4)

Contribuição média

anual das regiões em

km

3 ESCALA Brasil: 5.660 km3 (12%) Brasil + Território Estrangeiro: 8.427 km3 (18%) Mundo: 44 mil km3

DISPONIBILIDADE DE RECURSOS

HÍDRICOS NO PAÍS

(5)

68 16 7 6 3 45 19 7 11 18 7 6 15 43 29

0

20

40

60

80

100

Norte

Centro

Oeste

Sul

Sudeste

Nordeste

(%)

Recursos hídricos Superfície População

DISTRIBUIÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS,

SUPERFÍCIE E POPULAÇÃO POR REGIÃO

(6)

Irregularidade de Distribuição da Disponibilidade Hídrica no Brasil

(7)
(8)

OUTORGA

CONSERVAÇÃO DE ÁGUA E SOLO USO RACIONAL DA ÁGUA GESTÃO DA OFERTA GESTÃO DA DEMANDA

DESAFIOS DO APRIMORAMENTO DA

GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS

(9)

Disputa pela água

Crescimento econômico e desenvolvimento demográfico

Disputa pela água: quantidade e qualidade

Água é recurso peculiar entre os recursos

naturais:

• produto para consumo direto

• matéria-prima

(10)

Utilização consuntiva diária per capita de água nos setores :

doméstico, industrial e de produção de alimentos

(11)

Indicadores de Recursos

Hídricos Renováveis

(Falkenmark e Widstrand (1992))

Seca Crônica:

1.000 m

3

/habitante.ano

Escassez Hídrica Absoluta:

500 m

3

/habitante.ano

Alerta de Escassez Hídrica:

1.700 m

3

/habitante.ano

Entre 1.000 e 1.700 m3 / hab.ano: Pernambuco, Paraíba, Distrito Federal,

Sergipe, Rio Grande do Norte e Alagoas.

Seca Crônica:

1.000 m

3

/ habitante.ano

(2.740

L/hab.dia)

(4.658

L/hab.dia)

(1.370

L/hab.dia)

(12)

Uso Múltiplo da Água

NAVEGAÇÃO HIDROELETRICIDADE

ABASTECIMENTO HUMANO ABASTECIMENTO INDUSTRIAL

RECREAÇÃO E TURISMO PESCA E AQUICULTURA

IRRIGAÇÃO

(13)
(14)
(15)

GESTÃO DA DEMANDA GESTÃO DA OFERTA OTIMIZAÇÃO DO USO OPÇÕES PARA ABASTECIMENTO :

PROGRAMA DE GESTÃO

+

METODOLOGIA PARA GESTÃO DA ÁGUA NA INDÚSTRIA SETORIZAÇÃO DO CONSUMO CONTROLAR PERDAS MODIFICAR PROCESSOS E/OU EQUIPAMENTOS ESTABELECER INDICADORES DE CONSUMO E DE EFLUENTES REÚSO DE EFLUENTES

USO DE ÁGUAS PLUVIAIS

USO DE ÁGUA SUBTERRÂNEA + RECARGA ARTIFICIAL

(16)

A ação USO RACIONAL DA ÁGUA NO

SETOR INDUSTRIAL tem como objetivo

geral promover o uso racional e o reúso de

água nos diversos setores de produção ou

beneficiamento industrial, com vistas ao

aumento da quantidade e à melhoria da

qualidade da água para os diferentes usos,

atuais e futuros, e contribuindo com o

processo de conscientização ambiental da

classe empresarial e sociedade.

(17)

Publicação da ANA com

Vistas ao Uso Sustentável da

(18)
(19)

Perda Real de Água em Sistemas de Abastecimento

(20)

• Controle:

• Redução da pressão na rede de distribuição

• Medidas corretivas:

• Busca e correção de vazamento não visível

• Rápida eliminação de vazamento visível

• Medidas preventivas:

• Troca de redes e ramais desgastados

• Reestruturação das malhas de redes e sistemas de abastecimento

Principais Ações no Combate às Perdas Reais de Água em

Sistemas de Abastecimento

(21)

Parcelas de Uso Doméstico de Água no

Brasil

(22)

Equipamentos Hidrossanitários

Economizadores de Água

Descargas com controles diferenciados Torneiras com aerador e fechamento automático Chuveiros com injeção de ar

(23)
(24)
(25)

Medição Individualizada

Medidor Concessionária

para Reservatório de Água de Chuva

Medidores Concessionária

Medidores Água de Chuva

(26)
(27)

CAPTAÇÃO – ÁGUA DA CHUVA

Convênio

(28)
(29)
(30)
(31)

VISÃO GERAL DA ESTAÇÃO

(32)

Traz orientações para a implantação de programas de conservação e reúso de água em edificações comerciais,

residenciais e industriais, sejam edificações novas ou existentes.

• Reúne as principais informações e orientações existentes no mercado e o conhecimento disponível no meio

acadêmico, de forma ordenada e ilustrada com alguns exemplos práticos.

• Dá subsídios à adoção de soluções eficientes na concepção das novas edificações ou na modernização das já existentes.

(33)
(34)

Racionalização do Uso da Água na Irrigação

Escolher de forma adequada o método e o sistema de irrigação para as condições locais

Fazer a reconversão de sistemas ou métodos de irrigação para outros mais adequados para aquela condição

(35)

Racionalização do Uso da Água na Irrigação

Fazer o manejo correto da irrigação em escala parcelar

ou da propriedade

ETc = Kc x ETo

(36)

Publicações da ANA com Vistas ao Uso Sustentável

da Água na Irrigação

(37)

Publicações da ANA com Vistas ao Uso Sustentável

da Água na Irrigação

(38)

Recurso hídrico

AGRO

CIDADE

Águas

residuárias

REÚSO DE EFLUENTES TRATADOS

(39)

AGRO

CIDADE

Águas

residuárias

RECURSO HÍDRICO

(40)

• Equivale a 7 - 10% da superficie total mundial irrigada

permanentemente.

• Pelo menos 10% da população mundial consome alimentos

produzidos com irrigação feita com águas residuárias.

• Países desenvolvidos: tecnologia e recursos para tratar a água.

• Países em desenvolvimento: uso de águas residuárias na periferia

das cidades.

• A irrigação agrícola é um meio para aproveitar o resíduo.

(41)

Exemplos de reúso agrícola no

mundo

(42)

TRATAMENTO

REMOÇÃO DE:

O

B

J

E

T

I

V

O

CUSTO: INVESTIMENTO + OPERAÇÃO + MANUTENÇÃO

PARASITAS BACTÉRIAS E VÍRUS PATÓGENOS LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO TECNOLOGIA APROPRIADA

PARA PAÍSES INDUSTRIALIZADOS

NUTRIENTES

(43)

Efeitos Positivos da Irrigação Planejada com Águas Residuárias

• Conserva a água

• Método de baixo custo para disposição de águas residuárias municipais • Reduz a poluição de águas superficiais

• Conserva nutrientes, reduzindo a necessidade de fertilizantes artificiais • Aumenta a produtividade das culturas

(44)

Como Ocorre o Tratamento de Esgotos Domésticos pela

Aplicação no Solo

• Em termos simplificados, o tratamento ocorre em três passos:

– sólidos são filtrados pela superfície do solo e desinfectados pelos raios UV a partir do Sol

– Bactéria do solo convertem nutrientes orgânicos em nutrientes disponíveis às plantas

– plantas utilizam nutrientes aplicados e a umidade para novo crescimento

• Em suma, aplicação de esgotos ao solo em parte promove tratamento: – Primário: remoção de sólidos

– Secundário: matéria orgânica é digerida – Terciário: nutrientes são removidos

(45)

REÚSO DE ÁGUA

opção tecnológica e de gestão

(46)

MÓDULO DE TRATAMENTO E USO

40 L/s

20.000 hab

. BOSQUES BIOMASSA AQÜICULTURA FORRAGENS 60 ha irrigados

(47)

Maior viabilidade e sustentabilidade do tratamento de

esgotos.

Gestão adequada de riscos à saúde e ao ambiente.

Diminuição das despesas sociais na atenção a doenças

entéricas.

Incremento da oferta de água para irrigação e outros

usos.

Proteção e uso eficiente dos recursos hídricos e das

fontes de água.

Contribuição de nutrientes para os cultivos.

Incremento da produção segura de biomassa e

forragem.

Geração de emprego agrícola na cidade.

(48)

Gestão da Água Oferta de

Água

(49)
(50)

Programa de Melhoria da

Qualidade e da

Quantidade de Água em

Mananciais, através do

Incentivo Financeiro aos

Produtores:

(51)

Programa Produtor de Água

• É um programa de adesão voluntária

de pagamento por serviços

ambientais no qual são beneficiados

produtores rurais que, por meio de

práticas e manejos

conservacionistas, e de melhoria da

cobertura vegetal, venham a

contribuir para o abatimento efetivo

da erosão e da sedimentação, e para

o aumento da infiltração de água,

segundo o

(52)

Utilização de práticas agrícolas que reduz a

poluição difusa, melhorando a qualidade

da água e aumenta a infiltração de uma maior

quantidade de água da chuva no solo

Quem recebe os benefícios dos serviços ambientais paga por isso

“Produtores de Água”

Fornece um serviço ambiental

(53)

Programa

Produtor de Água

reduz a poluição difusa (melhora a qualidade da água) e aumenta a infiltração de uma maior parcela da água de chuva

nos solos de sua propriedade

Conservação de Água e Solo

presta um serviço ambiental à bacia

No caso do provedor-recebedor gerando uma externalidade positiva, e no usuário-pagador, uma externalidade negativa. Deve receber por isso, princípio do

provedor-recebedor, mesmo fundamento teórico de externalidade, base do conceito do usuário-pagador, que sustenta a cobrança pelo uso da água

(54)

Programa

Produtor de Água

Objetivos

• Melhoria da qualidade da água, através do incentivo à adoção de práticas que promovam o abatimento da sedimentação

• Aumento da oferta de água (e sua garantia)

• Conscientização dos produtores e consumidores de água da importância da gestão integrada de bacias

(55)

Programa

Produtor de Água

Estratégia

• O Programa visa a “compra” dos benefícios (produtos) gerados pelo participante (conceito “provedor-recebedor”);

• Pagamentos são proporcionais ao abatimento de erosão proporcionado e ampliação da área florestada;

• Flexibilidade no que diz respeito a práticas e manejos propostos;

• Assistência técnica e extensão rural; • Edital para seleção dos projetos

(56)

Programa

Produtor de Água

Base Conceitual

• Pagamentos baseados em custos de referência pré-estabelecidos

• Pagamentos serão feitos após a implantação do projeto proposto (produto)

• Metas de cumprimento verificadas e certificadas por equipes técnicas sendo pré-requisito para o pagamento do incentivo

• Custos do Programa é compartilhado com a União, Estados, Prefeituras, Empresa de saneamento e energia, Organizações Não Governamentais.

(57)

Programa

Produtor de Água

Fontes de Financiamento

• Orçamento da União, Estados e Municípios

• Fundos Estaduais de Recursos Hídricos e Meio Ambiente; • Fundo Nacional de Meio Ambiente;

• Bancos, Organismos Internacionais (ONG’s, GEF, BIRD etc); • Empresas de saneamento, de geração de

energia elétrica e usuários e indústrias; • Recursos da cobrança pelo uso da água; • TAC, Compensação financeira por parte de

usuários beneficiados;

(58)

Programa Produtor de Água Criar a Parceria engajando Instituições relevantes Definição de papéis e

responsabilidades PSA suportado por

arcabouço legal específico Elaborar o Diagnóstico Sócio-Ambiental da Bacia Fazer a valoração econômica do serviço ambiental Fundos alocados para o PSA Engajar os Proprietários Rurais Definir o valor do PSA • Edital de Licitação • Celebração dos Contratos • Implantação das Ações • Metas verificadas e certificadas • Pagamentos efetuados • Monitoramento

(59)

. Evaporação PRECIPITAÇÃO Evaporação Interceptação vegetal

Solo

Escoamento superficial Rios/lagos Detenção natural ou artificial

VAPOR DE ÁGUA NA ATMOSFERA

Transpiração

Planta

Fluxo saturado:

Taxa de Infiltração Básica Macroporos

Fluxo não saturado: Ascendente/descendente Microporos Percolação (k0) Redistribuição interna (k)

Armazenamento Lençol freático

Afloramentos(ver tentes)p) Franja capilar Água subterrânea Infiltração Evapotranspiração OCEANOS E MARES

CICLO

HIDROLÓGICO

Fonte: UFSM

(60)

Programa

Produtor de Água

Práticas conservacionistas de

caráter vegetativo

(61)

Programa

Produtor de Água

Práticas conservacionistas de

caráter mecânico

(62)
(63)

funcionamento hidrológico (vazão, quantidade de água e qualidade da água)’

biodiversidade (mata ciliar, zonas ripárias, reservas de vegetação natural, etc.)

(64)

IV Congresso

Números do

Programa Produtor de Água

237 469 1.016 500 1.000 1.500 2010 2011 2012 Produtores Rurais 3.272 14.546 31.529 10.000 20.000 30.000 40.000 2010 2011 2012 Área (ha) 1.993.000 8.076.000 27.806.881 10.000.000 20.000.000 30.000.000 2010 2011 2012 Investimento (R$)

 38 Projetos em andamento – 07 Regiões Metropolitanas (mananciais de abastecimento

de capitais - SP, RJ, Palmas, Rio Branco, Campo Grande, Goiania e Brasília)

 Área Abrangida pelos projetos – 400.000 ha

 População impactada pelos projetos 35 milhões de pessoas  Mais de 1.200 produtores recebendo serviços ambientais  Mais de 40.000 ha já trabalhados

(65)

www.youtube.com/anagovbr www.twitter.com/anagovbr

Obrigado!

Devanir Garcia dos Santos

Coordenador de Implementação de Projetos Indutores

devanir@ana.gov.br | (+55) (61) 2109 – 5372

www.ana.gov.br

Referências

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