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Pedro (Espírito) Psicofonia compilada por Maria José Gontijo Revisão Filipe Alex da Silva

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Academic year: 2021

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Divinópolis, Minas Gerais - Brasil

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I - Estudos Psicofônicos sobre a Doutrina dos Espíritos - Introdução e Desconstrução da Matriz Fundante Católica

Pedro (Espírito) Psicofonia compilada por Maria José Gontijo Revisão Filipe Alex da Silva

Resumo: Neste primeiro estudo, o espírito João, orientador do NEPE, explica

sobre objetivos e metodologia das reuniões de pesquisa e estudo. Responde algumas questões sobre o tema. O espírito Pedro inicia seus estudos por meio da desconstrução de alguns paradigmas da matriz fundante católica ou do “cristianismo tradicional”. Estuda, especificamente, as questões da salvação e da justificação pela fé, substituídos pelos paradigmas da evolução e da justificação pelas obras.

Palavras chaves: matriz fundante católica, cristianismo tradicional, salvação,

Soterologia, justificação pela fé, evolução, justificação pelas obras, fora da igreja não há salvação.

Introdução: João (Mentor do Grupo)

Que a paz do Mestre Jesus possa neste momento repousar em vossos corações suavizando vossos sentimentos e inspirando-vos para receber a luz do mais alto.

Como sempre, é uma alegria imensa estar com vocês hoje, no começo de uma nova oportunidade de crescimento.

Peço desculpas porque tão grande é vossa expectativa que me sinto pequeno na capacidade de poder satisfazê-los. Mesmo assim, estamos aqui toda uma equipe espiritual para oferecer os nossos conhecimentos e os nossos sentimentos benfazejos para cada um de vocês.

Como coordenador deste grupo, tenho algumas considerações para fazer.

Eu, João, continuarei a coordenar esta nova atividade. O médium vagarosamente poderá se habituar com esta forma de comunicação, psicofonia intuitiva, já conhecida de vocês. Marlon apresentará um estudo específico e técnico sobre a mediunidade, para não somente esclarecer vossas dúvidas como também para orientar vosso desenvolvimento mediúnico, por meio de exercícios, como também o do próprio médium. Pedro, que trabalhará especificamente a Doutrina Espírita e seus princípios. Continuarei por minha vez, sempre elucidando e enfatizando mais o Evangelho, os sentimentos e suas consequentes ações.

Quanto à metodologia, o Grupo deve decidir qual a melhor. O que sugerimos é que deve haver realmente um preparo diário, no mínimo no dia da reunião, para que

todos possam manter-se na melhor vibração possível se ligando a bons sentimentos e pensamentos; evitando sofrer raiva, estresse, brigar, guardar ressentimentos, para que o clima da reunião possa ser o mais harmonioso possível. É importante também um pequeno preparo que antecede a reunião. Evitar chegar na hora exata, buscando chegar, no mínimo, cinco minutos antes para fazer uma prece e sintonizar ao mais alto.

Na reunião devemos iniciar com uma pequena preparação, seja prece ou uma pequena leitura de uma página evangélica, trazida por alguns dos membros, uma leitura salutar que algum participante tenha feito durante a semana.

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2 Não é bom deixar todas as questões para o momento do estudo. Elas podem ser elaboradas em casa e trazerem por escrito, pois assim poderemos preparar melhor as questões e trazê-las com uma abordagem mais profunda.

Como os estudos serão gravados poderão revê-los e questionarem sobre eles. É importante que não fiquem dúvidas.

Outro detalhe importante: estes são os espíritos que o médium tem mais afinidade. Existem outros espíritos que estão aguardando médiuns que tenham mais afinidade.

P1-Gostaríamos que nos esclarecesse melhor a questão da metodologia a ser adotada para estes estudos.

R1 - As perguntas podem ser feitas no mesmo dia do estudo. O que sugerimos é que os temas devem ser estudados em casa, com mais profundidade, porque podem surgir outras dúvidas, porém o diálogo, para nós, é muito importante. Outra questão é sobre a metodologia de comunicação, sobre a reprodução dos estudos. Realmente é muito cedo para se pensar nisso, estes estudos serão bons para vocês, para este grupo, para o crescimento de cada um. Se, posteriormente, verificarem que estes conhecimentos foram úteis e bons para cada um de vocês, poderemos pensar em reproduzi-los e divulgá-los para outras pessoas. Mas façamos de cada um de nós um laboratório onde estes conhecimentos serão experimentados, e se os resultados forem positivos, então pensaremos em divulgá-los; não antes.

P2-Qual a sua opinião a respeito de convidar outros indivíduos espíritas para participar dos estudos?

R2 - Devemos ser muito criteriosos quanto a estes convites, para que estes indivíduos não quebrem o clima harmônico da reunião. Não devemos convidar, por exemplo, irmãos que não conhecem a Doutrina Espírita, que não saibam fazer uso da palavra, tomando demasiadamente o tempo, não permitindo que as outras pessoas perguntem ou irmãos cujo ego e a vaidade própria, sejam tão grandes que denigram todo trabalho que não seja deles próprios, porque poderão trazer discórdia. Devemos buscar principalmente a sinceridade daquele que quer participar, se ele é sincero no sentido de querer crescer, aprender e progredir, se está aberto a novas experiências, a novos conhecimentos. Este sim pode ser convidado sem nenhum problema. Quanto a isso deixo a cargo de vocês.

P5- O espírito Pedro que estará trabalhando conosco nestes estudos tem alguma

ligação com alguma instituição espírita específica?

R5 - Kardec deixou tão claro na escala espírita, que cada espírito é uma individualidade e encontra-se em patamar de evolução próprio, ou seja, existem espíritos muitos evoluídos, como Mestre Jesus, mas existem também aqueles menos evoluídos, abaixo de vocês. Marlon, Pedro e eu somos espíritos em certos graus de desenvolvimento diferenciado. Eu passei por certo desenvolvimento intelectual e hoje me esforço em trabalhar os sentimentos. Marlon é um espírito que estuda e conhece mais os temas relativos a mediunidade e Pedro é um conhecedor da Doutrina dos Espíritos e tem o objetivo de contextualizá-la no mundo físico, como tal, tem conhecimento dos escritos de várias instituições, porque esta renovação ou contextualização é feita em vários pontos do planeta, por vários médiuns. Nós não nos restringiremos a apenas um ponto de vista, mas a vários, buscando uma visão mais ampla, uma visão pluridimensional em relação aos estudos.

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3 Estudo: (Espírito Pedro)

Iniciando os nossos estudos, gostaria de trabalhar um conceito importante, que vocês devem pesquisar e debater: a matriz fundante católica ou do “cristianismo

tradicional”. Este ainda é o paradigma moral desta época. Quero propor para as suas

análises, o novo paradigma proposto pela Doutrina Espírita.

A palavra matriz é muito significante, ela vem do latim mater = mãe, significa a origem dos nossos conhecimentos; fundante vem de fundação, de base, muito ligada então a matriz, e católica foi a forma que se institucionalizou o cristianismo primitivo no ocidente, a partir do ano 300 d.C., quando foram acrescentando-se conceitos que durariam mais de dois mil anos.

Importante observar o seguinte: fomos católicos durante várias reencarnações. Os espíritos que codificaram a Doutrina Espírita foram católicos quando encarnados, os iniciadores do Espiritismo no Brasil encarnados também eram, antes de se tornarem espíritas. Os mentores Emmanuel, de Francisco Xavier e Joana d’Ángelis de Divaldo Franco, eram católicos em suas últimas reencarnações.

Matriz também significa, em matemática, uma grandeza de várias dimensões. Têm-se matrizes bidimensional, tridimensional, de várias dimensões que representam. Em nossa analogia, cada dimensão representa um conceito, que influencia o pensamento e o comportamento, seja no movimento espírita ou na sociedade.

A primeira grandeza dessa matriz que gostaria de analisar é a questão

soterológica.

Esta dimensão da matriz é relevante para o entendimento da vida e do seu sentido. A igreja católica e depois as doutrinas protestantes são soterológicas. A palavra “Soterologia” σωτήριος [Soterios], que significa "salvação". Doutrinas soterológicas são doutrinas salvacionistas e estas vêm de uma proposição mais antiga que o cristianismo, vem do judaísmo, da doutrina do pecado original, que é aquela doutrina que afirma que todos somos pecadores, ou seja, não importa o que você é, o que faz, se é homem ou mulher, bom ou ruim, é um pecador originalmente.

Segundo esta doutrina todos somos pecadores, por culpa de alguém que pecou lá atrás, no início da Criação. Essa doutrina está enraizada no “cristianismo tradicional”. Para seus adeptos, Cristo veio para salvá-los. A função de Jesus é salvá-los do pecado original, isto é, ele é o Salvador. Esta crença muito influencia na vida deles, e está tão arraigado em nossa cultura, que existe mesmo dentro daqueles que participam do movimento espírita. Dentro daqueles que não entenderam a essência renovadora do conhecimento espírita, mas apenas a letra.

Qual é o paradigma da doutrina espírita? Será que acreditamos que temos o pecado original? O paradigma novo da doutrina espírita chama-se de lei Evolução. Não é mais uma doutrina soterológica, não afirma que temos o pecado original, apenas éramos ignorantes e simples no início de nossa caminhada evolutiva. Quando pensamos em termos do paradigma da evolução, não há mais a necessidade de ser salvo, de salvação.

Meditem e tragam para mim na próxima reunião o quão é importante superar essa ideia de pecado original, de necessidade de salvação e como é importante a ideia de evolução, o que isso muda em nossa vida.

A segunda grandeza da matriz fundante católica que permanece ainda no movimento espírita, porque os espíritas egressos do catolicismo e de outras religiões do “cristianismo tradicional” não conseguiram compreender, ainda, a Doutrina Espírita,

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4 como deveria ser, é o que chamamos justificação pela fé. Os irmãos protestantes, aliás, se aprofundaram muito mais nisso que os irmãos católicos. Eles pensam que apenas a fé é suficiente. Mas a fé compreendida como apenas crença não justifica nada. A fé é o primeiro passo para a justificação. Para o Espiritismo a justificação é pelas obras. Justifica-se pelas obras porque nas obras é manifestada a fé, o pensamento, vontade, razão e sentimento, tudo se consolida no ato. Estude no Evangelho Segundo Espiritismo, o capitulo da “fé remove montanhas” e o da “Fora da caridade não há salvação”.

Caridade é a prática do amor. Por isso a justificação do espírita não é ter fé no Espiritismo, mas a justificação espírita é pelas obras, pela caridade e pelo amor que ele consegue espargir.

Vejam o problema da linguagem e ranço da matriz fundante católica, no texto da codificação espírita. Vejam o título do capítulo “Fora da caridade não há salvação”. Afirmei anteriormente que a Doutrina Espírita não é salvacionista, mas é evolutiva, ou seja, seria segundo o novo paradigma do Espiritismo afirmar: “sem caridade não há evolução”. Temos que entender o horizonte cultural da época para entendermos porque Kardec intitulou assim o capítulo do Evangelho. Na época era muito forte o ditado da igreja, como até hoje ainda é: “fora da Igreja não há salvação”. Então Kardec quis enfatizar que não era na Igreja que estava a salvação, mas na caridade. Temos que entender para quem Kardec escrevia, seu público. Ele escrevia para as pessoas de sua época, todos inseridos no paradigma do “cristianismo tradicional”, pois o novo paradigma espírita estava sendo construído. Hoje podemos entender claramente que fora da caridade, ou seja, amor sem ação, não há evolução.

P1 – (G.A.B): Esta colocação “Fora da caridade não há salvação” é de Jesus ou de Kardec?

R1 - De Kardec. Ele cunhou a expressão porque na época havia o forte entendimento de todos que: “fora da Igreja não havia salvação”, então Kardec usa o método discursivo, que é chamado método da refutação, para explicar que a salvação não estaria na Igreja, mas sim na caridade e ele mesmo explica. Hoje, estou dizendo a necessidade de irmos além das palavras e buscar o espírito delas, porque as palavras passam, mas seu espírito permanece.

P2 - Para contextualizar a Doutrina não temos que contextualizar a linguagem, as palavras?

R2 - Sim, mas não adulterando Kardec, porque alterar as obras dele seria

adulteração e sua teoria está correta. O que devemos é elucidar sua obra, mostrando-as de uma forma que hoje seja compreendida. Então devemos reler a Doutrina Espírita e adequá-la de forma que os indivíduos reencarnados hoje possam entendê-las melhor.

P3 - Como se relaciona a fé racional com os sentimentos?

R3. Há uma dificuldade da relação da fé com razão, exatamente neste sentido,

porque enquanto a fé é sentimento, a razão não o é. Enquanto a razão tem que saber as causas, as consequências, fazer análises, sínteses, discorrer, a fé não necessita nada disso. É por isso que na história da humanidade a fé se desvinculou da razão e a fé

sem razão se tornou fanática e cega, a razão sem fé se tornou fria e insensível. O

que Kardec propõe é a fé raciocinada, é fé e todo o seu sentimento. A fé é esperança, é amor, é otimismo, consolo e um tanto de outros sentimentos nobres, mas tudo isso precisa estar ligada à razão, porque senão corremos o risco de matarmos a fé. É preciso

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5 então que a orientação da fé venha pela razão. Este é o casamento mais difícil de fazer, porém necessário, o casamento da razão com os sentimentos.

Referências

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