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Tendência temporal de mortalidade por câncer colorretal na região Sul do Brasil no período de 1996 a 2015

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1 TENDÊNCIA TEMPORAL DE MORTALIDADE POR CÂNCER

COLORRETAL NA REGIÃO SUL DO BRASIL NO PERÍODO DE 1996 A 2015

TEMPORAL TREND OF MORTALITY BY COLORRECTAL CANCER IN THE SOUTHERN REGION OF BRAZIL FROM 1996 TO 2015

Jaqueline Menegat1 Giovanna Grunewald Vietta2 Márcia Regina Kretzer3

________________________

1Discente do Curso de Medicina. Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil. E-mail:jaque_menegat@yahoo.com.br

2Biomédica. Doutora em Ciências Médicas. Docente do curso de Graduação em Medicina. Universidade do Sul de Santa Catarina - UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil. E-mail:ggvietta@gmail.com

3Doutora em Ciências Médicas. Docente do curso de Graduação em Medicina. Universidade do Sul de Santa Catarina – UNISUL - Campus Pedra Branca - Palhoça (SC) Brasil. E-mail:marcia.kretzer1@gmail.com

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2 Resumo

Introdução: O câncer colorretal (CCR) está entre as neoplasias mais frequentes no Brasil. O objetivo desse estudo é analisar a tendência de mortalidade por CCR na Região Sul do Brasil no período de 1996 a 2015. Metodologia: Estudo Ecológico de séries temporais a partir do Banco de Dados do Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM), disponibilizados no DATASUS. Selecionados óbitos por CCR notificados a partir de 1996 com CID-10, C-18, C-19, C-20 e C-21 para a Região Sul do Brasil, segundo sexo, faixa etária e estados, totalizando 46.007 óbitos no período.Realizada regressão linear simples. Estudo aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina. Resultados: A taxa de mortalidade para a Região Sul apresentou tendência crescente, com variação anual percentual de 4,2%. Maiores taxas foram observadas no estado do Rio Grande do Sul, porém com menor variação anual nas mesmas (3,89%), em comparação com Paraná (5,06%) e Santa Catarina (5,6%). Tendência crescente em ambos os sexos, com maiores taxas e variação anual no sexo masculino, 4,6%, em comparação com o feminino, 3,9%. As faixas etárias masculinas apresentam significância estatística com tendência ascendente a partir dos 40 anos. As femininas, significância estatística entre os 40 aos 69 anos e também a partir dos 80 anos, explicitando nestas, tendência crescente. A faixa etária superior aos 80 anos manifesta as maiores taxas de mortalidade em ambos os sexos. Discussão: Evidencia-se tendência crescente na Região Sul, em ambos os sexos e nas faixas etárias de adultos jovens, a partir de 40 anos, com maiores incrementos na mortalidade a partir dos 70 anos no sexo masculino e 80 anos no sexo feminino. Conclusão: Os resultados evidenciam a importância de definir intervenções precoces que reduzam a mortalidade por CCR.

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Abstract

Introduction: Colorectal cancer (CRC) is among the most frequent neoplasms in Brazil.

The objective of this study is to analyze the mortality trend by CRC in the Southern Region of Brazil from 1996 to 2015. Method: Ecological study of time series from the Data Bank of the Information System of Mortality (SIM), available in DATASUS. CID-10, C-18, C-19, C-20, and C-21 deaths were selected in the Southern Region of Brazil, according to gender, age and sex, totaling 46,007 deaths in the period. Simple linear regression was performed. This study was approved by the Research Ethics Committee of the Southern University of Santa Catarina. Results: The mortality rate of the Southern Region presented an increasing tendency, with annual percentage variation of 4.2%. Higher rates were observed in the state of Rio Grande do Sul, but with lower annual variation (3.89%), compared to Paraná (5.06%) and Santa Catarina (5.6%). Growing trend in both sexes, with higher rates and annual variation in males, 4.6%, compared with females, 3.9%. The male age groups present statistical significance with an upward trend from the age of 40 years. The female, statistical significance between the 40 to 69 years and also from the 80 years, explaining in these, growing trend. The age group above 80 years old showed the highest mortality rates in both sexes. Discussion: There is a growing trend in the Southern Region, in both sexes and in the age groups of young adults, from 40 years old, with greater increases in mortality from 70 years old in males and 80 years in females. Conclusion: The results highlight the importance of defining early interventions that reduce CRC mortality.

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4 Introdução

O Câncer Colorretal (CCR) engloba os tumores que acometem o intestino grosso (cólon) e o reto. É um câncer tratável e, se precocemente diagnosticado, potencialmente curável. A maioria inicia a partir de pólipos, lesões benignas que crescem na parede interna do cólon ou do reto, que apresentam grande potencial de tornarem-se tumores1. Os adenocarcinomas representam mais de 95% dos casos2 e os principais sinais e sintomas incluem sangue nas fezes, alterações no hábito intestinal e dor, perda de peso inesperada e sensação permanente de fadiga3.

Aproximadamente 80% dos pacientes desenvolvem CCR de forma aleatória, enquanto que em 20% há uma susceptibilidade hereditária à essa neoplasia4, principalmente se esta ocorreu em parentes de primeiro grau e se surgiu antes dos 45 anos5,6. A probabilidade de identificação do CCR cresce progressivamente com a idade, sendo que 90% dos novos casos ocorrem após os 50 anos7. As taxas de incidência e mortalidade globais são maiores nos homens por razões ainda não esclarecidas6,8.

O CCR é considerado uma doença do “estilo de vida”, em que grande parte dos casos são teoricamente preveníveis (até 70%)9. O risco para o desenvolvimento de CCR é claramente maior em países que seguem dieta ocidental,com hábito alimentar rico em consumo de carnes vermelhas e processadas, com gordura animal, pouca ingestão de frutas, legumes e verduras10,11. Há evidências de que alimentos ricos em fibras e prática de exercícios físicos são fatores protetores contra a doença12,13, uma vez que sedentarismo e excesso de peso corporal são frequentemente relatados em pacientes com CCR13.

O tabagismo e o consumo excessivo de álcool também são prejudiciais14. A interação entre tabaco e álcool induz mutações específicas no DNA, e há comprovação de que estão associados ao desenvolvimento de lesões reconhecidamente precursoras, ao

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5 surgimento do CCR precoce e à menor sobrevida15-17. Doenças inflamatórias intestinais pré-existentes, como Retocolite Ulcerativa e Doença de Crohn também são fatores de risco16.

A estimativa mundial, em 2012, apontou o CCR como o terceiro tipo de câncer mais comum entre os homens, com 746 mil casos novos, 10,1% do total dos cânceres, e o segundo nas mulheres, com 614 mil casos novos, 9,2% do total dos cânceres18, excluindo-se o câncer de pele não melanoma. Ressalta-se que 55% desses casos são provenientes de países com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) elevado18, onde as taxas globais de prevalência são maiores em comparação a países com piores IDH19,20. Entretanto, em alguns países desenvolvidos observa-se padrão estável ou de diminuição da incidência nos últimos anos, reflexo, em grande parte, da detecção precoce e remoção de lesões pré-cancerosas21, sendo que nos países em desenvolvimento, esse comportamento já mostra-se em uma crescente22.

No Brasil, estimou-se para 2016, 34.280 novos casos, representando o terceiro mais incidente em homens, com 16.660 casos (7,8% do total dos cânceres) e o segundo mais incidente nas mulheres, com 17.620 casos (8,6% do total dos cânceres), o que configura um risco estimado de 16,84 para cada 100.000 homens e 17,10 para cada 100.000 mulheres22. Na Região Sul, também para 2016, o CCR foi o terceiro mais incidente nos homens, com 3.180 novos casos (5,8% do total) e segundo mais incidente nas mulheres, com 3.430 novos casos (7,8% do total), o que traduz um risco estimado de 22,35 para cada 100.000 homens e 23,27 para cada 100.000 mulheres.22.

No ano de 2012, ocorreram 694.000 óbitos por CCR no mundo, sendo 374.000 em homens (53,9%) e 320.000 em mulheres (46,1%), representando a quarta neoplasia que mais causa mortes no mundo. Em ambos os sexos, representou 8,5% do total de óbitos por câncer, a maioria, 52%, ocorrido em países com IDH baixo, onde o prognóstico da

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6 doença é ruim18. Segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), no período de 1996 a 2015, ocorreram 217.615 óbitos por CCR no Brasil23. A Região Sul, para esse mesmo período, apresentou 46.007 notificações, o que representa 21,14% do total desses óbitos23. Tanto na incidência quanto na mortalidade, observa-se gradual aumento nas taxas com o avanço da idade, mais expressivamente após os 50 anos24,25.

O rastreamento do CCR se faz a partir de exames como o de pesquisa de sangue oculto nas fezes, colonoscopia e sigmoidoscopia flexível25. A US Preventive Services Task Force (USPSTF) recomenda o rastreamento anual ou bienal de rotina para o CCR em adultos com idades entre 50 a 75 anos (nível de evidência "A")25.

Analisando-se os conceitos da doença e seus fatores de risco, fica evidente que esta neoplasia propicia condições de prevenção, seja por manutenção de estilo de vida saudável, seja por métodos de detecção precoce. A Região Sul do Brasil apresentou altas taxas de incidência e de mortalidade nos últimos anos, dados determinantes para as atuais políticas de saúde e para as implantadas futuramente. Estudos de tendência contribuem para a melhoria dos dados epidemiológicos, bem como para ampliação do conhecimento na área. Perante o citado acima, o objetivo desse estudo é analisar a tendência temporal de mortalidade por Câncer Colorretal na Região Sul do Brasil no período de 1996 a 2015.

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7 Metodologia

Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais. O estudo foi realizado com base nos dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Departamento de Informática (DATASUS) do Ministério da Saúde, disponível no site http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obt10uf.def com cópia no formato Comma Separated Values (CSV).

A Região Sul do Brasil foi o foco do estudo, a qual possui três estados: Paraná (PR), Santa Catarina (SC) e Rio Grande do Sul (RS), os quais apresentam Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), conforme o Censo de 2010 de 0,749, 0,774 e 0,746 respectivamente. Todos são considerados elevados, o que os coloca na 5a, 3a e 6a posição no ranking dos estados brasileiros26.

A população em estudo foi composta por todos os indivíduos que vieram a óbito por Câncer Colorretal na Região Sul do Brasil, segundo estados, sexo e faixa etária no período de 1996 a 2015, totalizando 46.007 óbitos23. Foram incluídos todos os casos de óbito notificados a partir de 1996 com o CID-10, C-18 (cólon), C-19 (junção reto sigmóide), C-20 (reto) e C-21 (canal anal).

Através do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) foram obtidos dados populacionais utilizando os censos de 1990, 2000 e 2010, bem como as estimativas intercensitárias para o cálculo das taxas gerais e específicas. As variáveis dependentes do presente estudo incluíram taxa de mortalidade por Câncer Colorretal na Região Sul segundo sexo, faixa etária por sexo e estados, calculadas para cada 100.000 habitantes. A variável independente foi o ano da ocorrência do óbito

Inicialmente foram calculadas as taxas brutas de mortalidade através da razão entre o número de óbitos por Câncer Colorretal e a população estimada na data de 1º de

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8 julho em cada ano da série, sendo apresentadas por 100.000 habitantes. Em seguida foram calculadas as taxas específicas de mortalidade.

A tabulação e tratamento primário dos dados foram realizados pelo software TABWIN disponível no DATASUS e posteriormente exportados para o programa EXCEL. A análise dos dados foi realizada por meio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Version 18.0 (Computer program) Chicago:SPSS INC;2009. Para cada ano do período estudado foram calculados os coeficientes brutos e específicos de acordo com as variáveis dependentes de interesse, utilizando o número de óbitos. Para a análise das tendências temporais foram utilizados os coeficientes de mortalidade padronizados e o método de regressão linear simples. Os coeficientes de mortalidade padronizados pelo método direto foram considerados como variável dependente, e os anos calendário de estudo como variável independente obtendo-se assim o modelo estimado de acordo com a formula Y = b0+ b1X onde Y = coeficiente padronizado, b0= coeficiente médio do período, b1= incremento anual médio e X= ano. A padronização dos coeficientes de mortalidade foi realizada pelo método direto, considerando a população da Região Sul de 1996 a 2015 como população padrão. Em seguida, foi realizada a exponenciação do coeficiente e calculada a variação anual percentual da taxa (VAP).

O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Sul de Santa Catarina (CEP-UNISUL), sob número CAAE 62462716.9.00005369.

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9 Resultados

No período de 1996 a 2015 ocorreram 46.007 óbitos por Câncer Colorretal na Região Sul. Conforme Gráfico 1, observa-se forte tendência crescente de mortalidade, uma vez que a taxa aumentou de 5,56 em 1996 para 12,06 por 100.000 habitantes em 2015, resultando em uma variação anual de 4,2% na taxa (r=0,989; β=0,330; p <0,001).

Quanto aos estados da Região Sul, os três apresentaram tendência linear crescente de mortalidade (Gráfico 2). O estado do Rio Grande do Sul foi o que evidenciou as maiores taxas no período, progredindo de 7,58 em 1996 para 15,34 por 100.000 habitantes em 2015, o que resulta em uma variação anual de 3,89% na taxa (r=0,984; β= 0,376; p<0,001). O estado do Paraná apontou uma variação anual de 5,06%, sendo que a taxa ao início e ao fim do estudo foram de 4,58 e 10,76 por 100.000 habitantes, respectivamente (r=0,977; β=0,327; p<0,001). Já o estado de Santa Catarina foi o que apresentou as menores taxas, com variação de 3,38 em 1996 para 8,69 por 100.000 habitantes em 2015, o que condiz com um aumento de 5,6% na taxa ao ano no período (r=0,946; β=0,271; p<0,001).

Em relação à tendência de mortalidade segundo sexo, observou-se tendência crescente em ambos (Gráfico 3). O sexo masculino apresentou a maior variação da taxa no período, que passou de 5,38 em 1996 para 12,37 por 100.000 habitantes em 2015, refletindo uma variação anual de 4,6% na taxa (r=0,984; β=0,363; p<0,001). No sexo feminino pode-se perceber variação anual de 3,9% na taxa no período, o que a fez aumentar de 5,73 em 1996 para 11,77 por 100.000 habitantes em 2015 (r=0,989; β=0,298; p<0,001).

Sobre os dados obtidos referentes às faixas etárias (Tabela 1), no sexo masculino houve significância estatística a partir dos 40 anos (p<0,001). Maiores elevações nas taxas são evidenciadas nas faixas etárias a partir dos 70 anos, sendo o ápice na faixa etária

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10 superior aos 80 anos, em razão de que a mesma aumentou de 117,45 em 1996 para 197,51 para cada 100.000 habitantes em 2015, correspondendo a uma variação anual de 3,56% (r=0,707; β=3,329; p<0,001).

No que se refere ao sexo feminino, houve significância estatística nas faixas etárias entre 40 e 69 anos (p≤0,001) e também na faixa etária a partir dos 80 anos (p=0,005). O maior acréscimo na taxa foi evidenciado na faixa etária superior aos 80 anos, uma vez que aumentou de 112,25 em 1996 para 158,1 por 100.000 habitantes em 2015, o que condiz com uma variação de 3,56% na taxa ao ano (r=0,599; β=1,507; p=0,005).

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11 Discussão

Esta é uma pesquisa original que buscou analisar a tendência de mortalidade por câncer colorretal (CCR) na Região Sul, no período de 1996 a 2015, com base no banco de dados do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM). O presente estudo demonstrou forte tendência crescente de mortalidade por CCR, correspondendo a uma variação anual percentual de 4,2% no período analisado.

Resultado similar ao presente estudo foi observado em pesquisa realizada por Barros et al., que analisaram as taxas de mortalidade por CCR no Brasil entre 1990 a 201427, identificando tendência crescente e maiores taxas na Região Sul do Brasil, em comparação com as demais regiões. Estudo realizado recentemente por Menezes et al.28 também corrobora estes resultados, demonstrando tendência crescente nas taxas de mortalidade por CCR na população brasileira entre 2005 e 2015, principalmente nas Regiões Sul e Sudeste.

Em contrapartida, estudos internacionais apontam que em alguns países a mortalidade por esta neoplasia está em declínio. Segundo Ouakrin et al.29, em estudo publicado em 2015, a mortalidade por CCR está caindo em um número crescente de países europeus, apesar das persistentes diferenças entre homens e mulheres e entre regiões específicas da Europa.

Nos Estados Unidos, segundo estudo da Centers for Disease Control and Prevention (CDC)30, as taxas de mortalidade também têm diminuído nas últimas décadas. Durante 2003-2007, um total de 268.783 mortes por CCR foram notificadas. A taxa de mortalidade geral diminuiu de 19,0 por 100.000 habitantes em 2003 para 16,7 por 100.000 em 2007, o que significa uma redução de 3,0% ao ano.

A Região Sul e também a Sudeste, são consideradas as regiões mais desenvolvidas e industrializadas do país, que expressam IDH elevado perante as demais

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12 regiões brasileiras26. Considerando esses dados, o aumento da incidência e do número de óbitos nessas regiões podem estar vinculados à adoção de estilo de vida pouco saudável pela população, visto que a relação entre o status socioeconômico e o CCR já é conhecida na literatura. Estudos apontam que as diferenças regionais nas taxas de mortalidade por CCR podem ser explicadas pela contribuição de hábitos culturais e dietéticos, diferenças socioeconômicas e de estilo de vida perante à essa neoplasia31-34.

Sedentarismo, obesidade, consumo de carne vermelha, consumo de alimentos enlatados/processados, baixo consumo de fibras, consumo excessivo de álcool e tabagismo são hábitos de vida considerados fatores de risco para o desenvolvimento do CCR e são encontrados principalmente em populações de cultura “ocidental”, geralmente observadas em regiões/países desenvolvidos13,16,17,35, caso exemplificado pela Região Sul.

Entretanto, como já observado, em países desenvolvidos as taxas de mortalidade apresentam-se em declínio29,30. Estas reduções tem sido associadas à maior adesão da população aos programas de rastreamento e tratamento precoce, relacionadas à melhor acesso a cuidados especializados de saúde. Estudo de Abente et al.21, corrobora a hipótese acima, onde o mesmo concluiu que há uma divergência entre a incidência (ascendente) e as taxas de mortalidade (decrescentes a partir da década de 1990) na Espanha, país considerado desenvolvido. Tal fato comprova que apesar da presença de muitos fatores de risco e da maior prevalência do CCR em países desenvolvidos, o maior acesso à endoscopia e detecção precoce, bem como melhorias na terapia, ocasionam aumento na sobrevida e diminuição da mortalidade por esta neoplasia nestes países, ao contrário do que ocorre em países subdesenvolvidos, os quais não possuem acesso aos serviços de saúde. A Região Sul portanto, enquadra-se como uma região desenvolvida, com presença

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13 de fatores de risco para desenvolvimento do CCR, em um país subdesenvolvido que é o Brasil, precário em prevenção, rastreio e acesso ao tratamento perante à essa neoplasia.

Os três estados pertencentes à Região Sul apresentaram tendência crescente de mortalidade por CCR, sendo que o estado do Rio Grande do Sul foi o que evidenciou as maiores taxas no período. Entretanto, apesar de apresentar as maiores taxas, houve a menor ascensão nas mesmas, com uma variação anual percentual de apenas 3,89%, em comparação com Paraná (5,06%) e Santa Catarina (5,6%).

Resultado similar foi encontrado por Guerra et al.36, em estudo realizado entre 1990 a 2015, que avaliou a variação nas taxas de mortalidade pelos principais tipos de câncer no Brasil e Unidades de Federação. O estudo encontrou, além de taxas de mortalidade mais elevadas em homens e nos estados das Regiões Sul e Sudeste, que o estado do Rio Grande do Sul apresentou as maiores taxas no período.

O estado do Rio Grande do Sul, por questões culturais, apresenta em sua dieta um maior consumo de carne vermelha37,38. Estudo de Cross et al.39 investigou os potenciais mecanismos associados à esse consumo e constatou que a carne vermelha, quando submetida a altas temperaturas, torna-se potencial fonte de agentes cancerígenos. Por conta disso, pode-se inferir que indivíduos com maior exposição/ingesta desse alimento estão mais propensos ao desenvolvimento do CCR. Corroborando com esta hipótese, Zandonai et al.40 demonstrou que tal consumo está relacionado ao aumento do risco para desenvolver CCR em 28% a 35%. De maneira semelhante, Neves et al.11 observaram associação direta entre o consumo de carnes e óleos/gorduras e as taxas de mortalidade por CCR, sendo a carne a única variável que manteve correlação positiva e estatisticamente significativa ao final do estudo.

Foi observado ainda, que apesar de o estado do Rio Grande do Sul apresentar as maiores taxas ao início e ao final do período, os estados de Santa Catarina e Paraná foram

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14 os que apresentaram a maior ascensão nas mesmas. É possível inferir que tal fato ocorre devido à migração da população Sul Rio Grandense para os demais estados da Região Sul, transmitindo assim a cultura e os hábitos, entre eles o consumo de carne vermelha. Estudo de Baeninger41 publicado em 2016, corrobora esta hipótese, onde afirma que na Região Sul, o estado do Rio Grande do Sul envia fluxos migratórios para o Paraná e também para Santa Catarina.

Ao analisar a tendência de mortalidade segundo sexo, observou-se tendência crescente em ambos. No entanto, o sexo masculino foi o que evidenciou as maiores taxas e a maior variação anual percentual (4,6%) entre 1996 a 2015. Resultado similar foi observado no estudo de Sánchez-Barriga42 realizado no México entre os anos 2000 e 2012, onde o número de óbitos por CCR é mais prevalente em homens (50,9%) do que nas mulheres (49,1%). A mesma tendência também foi encontrada por Barros et al.27 e Oliveira et al.43 em estudos realizados entre os anos de 1980 a 2014 no Brasil.

Os achados do atual estudo podem estar relacionados a vários fatores comportamentais e fisiológicos, identificados como possíveis fatores de risco para o CCR. Esta hipótese é corroborada por dados do VIGITEL BRASIL 201644, que evidenciam maior excesso de peso em homens relação às mulheres (57,7% versus 50,5%), hábito de comer carnes com excesso de gordura (43,1% versus 22,5%), consumo excessivo de álcool (27,3% versus 12,1%), tabagismo (12,7% versus 8,0%) e menor consumo regular de frutas e hortaliças (28,8% versus 40,7%). Além disso, os homens tradicionalmente procuram menos os serviços de saúde para acompanhamento regular de saúde, são menos propensos a participar de programas de triagem e procuram atendimento geralmente já na presença de sintomas, muitas vezes em estágios avançados da doença, visto que em pesquisa sobre avaliação do estado de saúde, homens avaliaram a própria saúde mais positivamente do que as mulheres45,46.

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15 Quanto a tendência temporal da mortalidade por faixas etárias e sexo, o presente estudo identificou tendência crescente e significativa nas faixas etárias masculinas a partir dos 40 anos. No sexo feminino, faixas etárias entre 40 a 69 anos e 80 anos e mais também apresentam tendência significativa e crescente, sendo que a faixa etária a partir dos 80 anos foi a que apresentou as maiores taxas em ambos os sexos.

Segundo estatísticas do CCR nos Estados Unidos, publicado em 201447,

aproximadamente 70% das mortes ocorrem naqueles com 65 anos ou mais. Entre as mulheres, mais de 40% das mortes ocorreram em idosas de 80 anos ou mais, sendo que aproximadamente 30% das mortes ocorrem em homens nessa mesma faixa etária.

De maneira similar, estudo de Sánchez-Barriga42 realizado no México entre os anos de 2000 a 2012, encontrou maiores taxas de mortalidade por CCR na população acima dos 80 anos. Resultados semelhantes foram encontrados em estudo de Oliveira et al.43, realizado no Brasil entre 1980 a 2013, onde as taxas de mortalidade por CCR aumentaram com o passar da idade, para ambos os sexos durante o período analisado. Em estudo realizado em Santa Catarina por Vasques et al.48, no período de 1980 a 2006, verifica-se que a mortalidade por este tipo de câncer aumentou conforme o passar da idade, alcançando os maiores coeficientes em homens com idade igual ou superior a 60 anos.

As descobertas deste estudo indicaram diferenças no risco de morte por sexo quando as taxas foram analisadas por idade. Os maiores coeficientes observados nas faixas etárias mais avançadas demonstram ser a idade um dos fatores de risco mais importantes no desenvolvimento e mortalidade do CCR. Os riscos de morrer por câncer aumentam com a idade pois os mais idosos acumulam, por um período de tempo mais longo, fatores potencialmente mutagênicos, capazes de produzir disfunção celular. A idade avançada também tem sido associada a um estágio mais avançado no diagnóstico e

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16 ao tratamento menos intensivo, enquanto os pacientes mais jovens com CCR têm uma melhor sobrevivência, independentemente de suas características, estágio no diagnóstico e tratamento recebido.

Entretanto, os dados encontrados neste estudo mostram tendência crescente de mortalidade a partir dos 40 anos, para ambos os sexos, considerada faixa etária de adultos jovens. Em estudo realizado entre 1998 a 2008 no Brasil, sobre CCR em pacientes jovens, observou-se maior número de indivíduos com idade entre 61 e 70 anos (28,12%), seguido pelas faixas etárias superior a 71 anos (23,76%) e entre 51 e 60 anos (21,58%), sendo que 26,53% dos casos apresentaram idade até 50 anos49.

Ainda em estudo de Oliveira et al.43, observou-se que para a faixa etária dos 40 aos 49 anos, os homens mostraram tendência crescente de mortalidade partir de 1994, enquanto as mulheres tiveram um crescimento anual significativo a partir de 1995.

O aumento na mortalidade em pacientes a partir dos 40 anos, nesse contexto, pode ser reflexo da falha do diagnóstico precoce, visto que o rastreamento para o CCR é preconizado na população superior aos 50 anos de idade. Além disso, o CCR em pacientes com idade até 50 anos mostrou-se mais agressivo ao diagnóstico em estudo de Neto et al50, em virtude de as queixas compatíveis à essa neoplasia serem subestimadas por essa população. Estes dados reforçam a necessidade de estabelecer a procura por diagnóstico em pacientes mais jovens, mais especificamente a partir dos 40 anos, promovendo programas que facilitem a adesão dessa população.

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17 Conclusão

A tendência temporal de mortalidade por Câncer Colorretal na Região Sul do Brasil apresenta-se em uma crescente no período de 1996 a 2015. O estado do Rio Grande do Sul foi o que evidenciou as maiores taxas. A tendência é crescente em ambos os sexos, entretanto, o sexo masculino foi o que evidenciou a maior variação anual percentual e as maiores taxas ao final do estudo. As faixas etárias masculinas apresentam significância estatística com tendência ascendente a partir dos 40 anos. As femininas, significância estatística entre os 40 aos 69 anos e também a partir dos 80 anos, explicitando nestas, tendência crescente. A faixa etária superior aos 80 anos manifesta as maiores taxas de mortalidade em ambos os sexos, assim como os maiores incrementos no período analisado.

O Câncer Colorretal no Brasil representa a terceira neoplasia mais incidente, além de apresentar grande morbimortalidade. Os estudos ecológicos de séries temporais se apresentam como instrumentos importantes para avaliação do comportamento epidemiológico, bem como do acesso e da qualidade dos serviços de atenção primária em relação à doença em questão. Há oportunidades claras de melhoria através de prevenção primária e secundária reduzindo fatores de risco, protocolos de triagem e melhor acesso a cuidados especializados. Estratégias efetivas já são aplicadas em vários países que alcançaram grandes reduções na mortalidade recentemente, e representam modelos valiosos para projetos de implementação de tais políticas de saúde pública no Brasil, especialmente na Região Sul.

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18 Agradecimentos

Agradecemos ao núcleo de epidemiologia do curso de Medicina da Universidade do Sul de Santa Catarina, unidade Pedra Branca, pelo apoio na análise dos dados.

Referências

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Imagens

Figura 1: Tendência de mortalidade geral por Câncer Colorretal na Região Sul do Brasil no período de1996 a 2015.

Figura 2: Tendência de mortalidade por Câncer Colorretal de acordo com os estados da Região Sul. 5 6 7 8 9 10 11 12 13 T ax a/1 00 .0 00

Tendência de mortalidade por Câncer Colorretal na Região Sul

Taxa Sul (r=0,989; B=0,330; P=<0,001) 2 4 6 8 10 12 14 16 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 T ax a/1 00 .0 00

Tendência de mortalidade por Câncer Colorretal segundo estados da Região Sul

Taxa SC (r=0,946; β=0,271; p=<0,001) Taxa PR (r=0,977; β=0,327; p=<0,001) Taxa RS (r=0,984; β=0,376; p=<0,001)

(23)

23 Figura 3: Tendência de mortalidade por Câncer Colorretal segundo sexo.

Tabela 1: Tendência de mortalidade por Câncer Colorretal segundo faixa etária.

Variáveis β R P-valor VAP % IC 95%

Faixa Et. Masc

0 a 29 -0,001 0,146 0,54 2,92 -16,3 - 22,2 30 a 39 0,014 0,278 0,234 4,33 -8,2 - 16,9 40 a 49 0,093 0,846 <0,001 2,43 -2,0 - 6,8 50 a 59 0,329 0,893 <0,001 3,21 -1,1 - 7,5 60 a 69 0,97 0,896 <0,001 3,67 -1,8 - 9,2 70 a 79 1,561 0,871 <0,001 2,75 -1,2 - 6,7 80 ou mais 3,329 0,707 <0,001 3,56 -2,7 - 9,9

Faixa Et. Fem

0 a 29 -0,001 0,165 0,487 9,38 -12,6 - 31,4 30 a 39 -0,005 0,094 0,693 1,81 -8,5 - 12,2 40 a 49 0,078 0,671 0,001 2,89 -3,5 - 9,3 50 a 59 0,21 0,693 0,001 3,49 -2,7 - 9,7 60 a 69 0,494 0,751 <0,001 2,88 -2,9 - 8,7 70 a 79 0,293 0,393 0,086 1,65 -2,5 - 5,8 80 ou mais 1,507 0,599 0,005 3,56 -2,7 - 9,9

a: Correlação b: Significância c: Incremento d: Variação anual percentual e: Intervalo de Confiança 5 6 7 8 9 10 11 12 13 T ax a/1 00 .0 00

Taxa de mortalidade por Câncer Colorretal segundo sexo

Taxa Masc (r=0,984; β=0,363; p=<0,001) Taxa Fem (r=0,989; β=0,298; p=<0,001)

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