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DIREITO DO TRABALHO. DIREITO COLETIVO DO TRABALHO A Greve no Direito Brasileiro (Lei 7.783/89) Parte 2. Profª. Eliane Conde

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DIREITO DO TRABALHO

DIREITO COLETIVO DO TRABALHO

A Greve no Direito Brasileiro (Lei 7.783/89)

Profª. Eliane Conde

Parte 2

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A Greve no Direito Brasileiro (Lei 7.783/89)

- Legitimidade e interesse:

A titularidade do direito de greve é dos trabalhadores, pois a eles cabe decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.

- Procedimento

Frustração da negociação coletiva: a cessação coletiva do trabalho somente poderá ser realizada após a frustração da negociação coletiva ou impossibilidade de recurso via arbitral (art. 3.º).

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A Greve no Direito Brasileiro (Lei 7.783/89)

Art. Frustrada a negociação ou verificada a

impossibilidade de recursos via arbitral, é facultada a cessação coletiva do trabalho.

Parágrafo único. A entidade patronal correspondente ou os empregadores diretamente interessados serão notificados, com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas, da paralisação.

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A Greve no Direito Brasileiro (Lei 7.783/89)

• Necessidade de realização de assembleia prévia: caberá ao sindicato da categoria profissional convocar assembleia geral para definir as reivindicações da categoria e a paralisação coletiva (art. 4.º).

Art. 4º Caberá à entidade sindical correspondente convocar, na forma do seu estatuto, assembleia geral que definirá as reivindicações da categoria e deliberará sobre a paralisação coletiva da prestação de serviços.

§ 1º O estatuto da entidade sindical deverá prever as formalidades de convocação e o quórum para a deliberação, tanto da deflagração quanto da cessação da greve.

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A Greve no Direito Brasileiro (Lei 7.783/89)

§ 2º Na falta de entidade sindical, a assembleia geral dos trabalhadores interessados deliberará para os fins previstos no "caput", constituindo comissão de negociação.

- Aviso Prévio da Greve:

• Antecedência mínima de 48 horas nas atividades não essenciais

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A Greve no Direito Brasileiro (Lei 7.783/89)

Art. 9º Durante a greve, o sindicato ou a comissão de negociação, mediante acordo com a entidade patronal ou diretamente com o empregador, manterá em atividade equipes de empregados com o propósito de assegurar os serviços cuja paralisação resultem em prejuízo irreparável,

pela deterioração irreversível de bens, máquinas e

equipamentos, bem como a manutenção daqueles

essenciais à retomada das atividades da empresa quando da cessação do movimento.

Parágrafo único. Não havendo acordo, é assegurado ao empregador, enquanto perdurar a greve, o direito de contratar diretamente os serviços necessários a que se refere este artigo.

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A Greve no Direito Brasileiro (Lei 7.783/89)

Art. 10 São considerados serviços ou atividades

essenciais:

I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis;

II - assistência médica e hospitalar;

III - distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos;

IV - funerários;

V - transporte coletivo;

VI - captação e tratamento de esgoto e lixo; VII - telecomunicações;

VIII - guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares;

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A Greve no Direito Brasileiro (Lei 7.783/89)

IX - processamento de dados ligados a serviços essenciais; X - controle de tráfego aéreo e navegação aérea; e

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A Greve no Direito Brasileiro (Lei 7.783/89)

Art. 11. Nos serviços ou atividades essenciais, os sindicatos, os empregadores e os trabalhadores ficam obrigados, de comum acordo, a garantir, durante a greve, a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.

Parágrafo único. São necessidades inadiáveis, da

comunidade aquelas que, não atendidas, coloquem em perigo iminente a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população.

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A Greve no Direito Brasileiro (Lei 7.783/89)

Orientação Jurisprudencial 38/TST-SDC - . Dissídio coletivo. Greve. Serviços essenciais. Garantia das necessidades inadiáveis da população usuária. Fator determinante da qualificação jurídica do movimento. Lei 7.783/1989, art. 13. «É abusiva a greve que se realiza em setores que a lei define como sendo essenciais à comunidade, se não é

assegurado o atendimento básico das necessidades

inadiáveis dos usuários do serviço, na forma prevista na Lei 7.783/1989. »

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A Greve no Direito Brasileiro (Lei 7.783/89)

- Do Abuso do Direito de Greve

Art. 14 Constitui abuso do direito de greve a inobservância das normas contidas na presente Lei, bem como a manutenção da paralisação após a celebração de acordo, convenção ou decisão da Justiça do Trabalho.

Parágrafo único. Na vigência de acordo, convenção ou sentença normativa não constitui abuso do exercício do direito de greve a paralisação que:

I - tenha por objetivo exigir o cumprimento de cláusula ou condição;

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A Greve no Direito Brasileiro (Lei 7.783/89)

II - seja motivada pela superveniência de fatos novo ou acontecimento imprevisto que modifique substancialmente a relação de trabalho.

Art. 15 A responsabilidade pelos atos praticados, ilícitos ou crimes cometidos, no curso da greve, será apurada, conforme o caso, segundo a legislação trabalhista, civil ou penal.

Parágrafo único. Deverá o Ministério Público, de ofício, requisitar a abertura do competente inquérito e oferecer denúncia quando houver indício da prática de delito.

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A Greve no Direito Brasileiro (Lei 7.783/89)

- Efeitos sobre o contrato de trabalho:

De acordo com o artigo 7º da Lei 7.783/89, a greve é considerada como hipótese de suspensão do contrato de trabalho Além disso, durante a greve é vedada a rescisão contratual e a contratação de trabalhadores substitutos, salvo para a contratação dos serviços necessários para a manutenção de máquinas e equipamentos durante a greve e a continuidade da paralisação após a celebração de norma coletiva ou a sentença normativa.

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A Greve no Direito Brasileiro (Lei 7.783/89)

A simples adesão à greve não constitui falta grave

Súmula 316/STF - . Trabalhista. Justa causa. Adesão à greve. Inexistência de falta grave. CLT, art. 482 e CLT, art. 723.

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A Greve no Direito Brasileiro (Lei 7.783/89)

Art. 611-B da CLT - Constituem objeto ilícito de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho, exclusivamente, a supressão ou a redução dos seguintes direitos: (Incluído

pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)

XXVI - liberdade de associação profissional ou sindical do trabalhador, inclusive o direito de não sofrer, sem sua expressa e prévia anuência, qualquer cobrança ou desconto salarial estabelecidos em convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho; (Incluído pela Lei nº 13.467, de

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A Greve no Direito Brasileiro (Lei 7.783/89)

XXVII - direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender; (Incluído

pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)

XXVIII - definição legal sobre os serviços ou atividades essenciais e disposições legais sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade em caso de greve; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 13.7.2017)

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A Greve no Direito Brasileiro (Lei 7.783/89)

- Locaute

Suspensão do trabalho por ato exclusivo da entidade patronal Com o objetivo de frustrar uma greve.

Art. 722 da CLT - Os empregadores que, individual ou

coletivamente, suspenderem os trabalhos dos seus

estabelecimentos, sem prévia autorização do Tribunal competente, ou que violarem, ou se recusarem a cumprir decisão proferida em dissídio coletivo, incorrerão nas seguintes penalidades: § 3º - Sem prejuízo das sanções cominadas neste artigo, os empregadores ficarão obrigados a pagar os salários devidos aos seus empregados, durante o tempo de suspensão do trabalho.

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A Greve no Direito Brasileiro (Lei 7.783/89)

Lei 7.783/89 - Dispõe sobre o exercício do direito de greve, define as atividades essenciais, regula o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade, e dá outras providências.

Art. 17. Fica vedada a paralisação das atividades, por iniciativa do empregador, com o objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos respectivos empregados (lockout).

Parágrafo único. A prática referida no caput assegura aos trabalhadores o direito à percepção dos salários durante o período de paralisação.

Referências

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