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Efeitos do microagulhamento na cicatriz em pós-operatório de mamoplastia de aumento: estudo de caso

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EFFEITOS DO MICROAGULHAMENTO NA CICATRIZ EM PÓS-OPERATÓRIO DE MAMOPLASTIA DE AUMENTO: ESTUDO DE CASO

THE EFFECT OF THE MICRONEEDLING HEALING ON POSTOPERATIVE MAMMAPLASTY SCAR: CASE STUDY

Efeito do microagulhamento na cicatriz

Lucas Becker Gallina¹ Paola Wingert Parisotto² Viviane Pacheco Gonçalves³ ¹ Acadêmico do Curso de Fisioterapia na Universidade do Sul de Santa Catarina- UNISUL ² Acadêmico do Curso de Fisioterapia na Universidade do Sul de Santa Catarina- UNISUL ³ Docente do Curso de Fisioterapia na Universidade do Sul de Santa Catarina- UNISUL

Resumo:

Introdução: A cirurgia plástica é uma especialidade encarregada de reconstruir estruturas no corpo que

apresentam alterações em sua forma ou função. As cicatrizes podem conduzir a alterações funcionais, estéticas e psicológicas. Para melhora da cicatriz o microagulhamento é um instrumento que auxilia na produção de colágeno. Objetivo: Analisar os efeitos do microagulhamento na cicatriz em pós-operatório de mamoplastia de aumento. Métodologia: Participou do estudo, uma voluntária do gênero feminino de 21 anos, com pós-operatório de mamoplastia de aumento com a prótese redonda de perfil alto de 300ml. Para coleta de dados foi utilizado, a planimetria pelo Programa ImageJ e registo fotográficas, durante o período de agosto a novembro de 2017. O protocolo de intervenção fisioterapêutico, foi constituído por 3 intervenções com microagulhamento, com intervalo de 28 dias entre as aplicações, com duração de 20 a 30 minutos cada intervenção. Resultados: Pelo registo de fotográficos, observou-se melhora na cor e área da cicatriz. No aspecto de regularidade comparada entre as mamas, os melhores resultados foram na mama esquerda. Em relação a planimetria, a cicatriz da mama direita houve uma redução de 2,91cm² (57%), sendo que na esquerda houve uma melhora de 2,09 cm² (50%). Conclusão: No presente estudo após a estimulação com o microagulhamento houve uma redução da cicatriz, reparo tecidual e reepitelização da área cicatricial.

Descritores: Cirurgia Plástica, Mamoplastia, Cicatriz, Fisioterapia.

Abstract

Introduction: Plastic surgery is a specialty in charge of rebuilding structures in the body that present changes in its form or function. Scars can lead to functional, aesthetic and psychological changes. To improve the scar, the microneedling is an instrument that assists in the production of collagen.Objectives:To analyze the effects of microneedling healing on postoperative of mammaplasty scarring. Methodology: Participated in the study, a female volunteer of 21 years, with postoperative breast augmentation mammoplasty with the round prosthesis of high profile of 300ml. For data collection, the planimetry by ImageJ Program and photographic records were used during the period from August to November of 2017. The physiotherapeutic intervention protocol consisted of 3 microneedling interventions, with a 28-day interval between the applications, with the duration of 20 to 30 minutes each intervention. Results: The photographic and the planimetry record revealed an improvement in the color and in the area of the scar. In the aspect of the regularity compared between the breasts, the best results were in the left breast. Regarding the planimetry, the scar of the right breast had a reduction of 2.91 cm² (57%), and in the left there was an improvement of 2.09 cm² (50%). Conclusion: In the present study, after the stimulation with the microneedling there was a reduction of the scar, tissue repair, re-epithelialization of the cicatricial area and a improvement of its coloration.

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Introdução

As mamas são órgãos de grande importância para a sexualidade feminina, relacionadas ao bem-estar psicossocial e autoestima. Dessa forma, o crescente aperfeiçoamento de técnicas cirúrgicas, tipos de prótese e segurança vem causando um crescente aumento no número de cirurgias de aumento das mamas, no Brasil e no mundo (1).

Neste contexto, descreve-se a cirurgia plástica como uma especialidade encarregada de reconstruir estruturas no corpo que apresentam alterações em sua forma ou função. Ela atua como reconstrutiva no tratamento de queimados, patologias cirúrgicas das mãos, reconstrução de deformidades das mamas, cirurgias oncológicas, deformidades do complexo craniomaxilofacial e tratamento de feridas agudas e crônicas (2).

Dentre as cirurgias estéticas mais realizadas no mundo está a mamoplastia de aumento. Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (2016), foram realizadas 1.472.435 cirurgias no Brasil, sendo que 839.288 foram cirurgias estéticas e 664.809 foram cirurgias reparadoras. Deste total 19,4% foram realizadas na região Sul do país. A mamoplastia de aumento foi a cirurgia mais realizada (19,6%) em mulheres com idade entre 19 e 35 anos (3).

O propósito da cirurgia de mamoplastia de aumento é acrescentar volume às mamas visando à melhora na autoimagem da paciente, diminuindo sua insatisfação relacionada com tamanho, aparência e forma. Quando se planeja realizar esse tipo de cirurgia, há três variáveis que são importantes a serem consideradas: o tipo de implante, a localização da incisão e a prótese (4).

Assim, na realização de qualquer tipo de cirurgia, principalmente mamoplastia de aumento, deve-se ter um acompanhamento no pós-operatório a fim de evitar possíveis complicações. Dentro as intercorrências mais frequentes destacam- se o hematoma (5), seroma (6), hipersensibilidade, alteração cicatricial, estrias (7), prótese aparente, contratura capsular,

assimetria (8), prótese encapsulada (9), ruptura da prótese (10),estrias (11),infecções (12),dor nos

membros superiores (7).

As cicatrizes podem conduzir a alterações funcionais, estéticas e psicológicas, pois o tecido cicatricial caracteriza-se por ser diferente quanto a cor, espessura aumentada, área de superfície irregular e perda da elasticidade (4). O mesmo autor considera que algumas complicações cicatriciais podem surgir em decorrência da mamoplastia de aumento visto que as incisões estão cada vez menores e as próteses apresentam volumes maiores (4).

No sentido de buscar alternativas que minimizam ou melhorem os aspectos das cicatrizes pós mamoplastia de aumento, diversas intervenções na fisioterapia dermatofuncional podem ser empregadas, dentre elas o microagulhamento. Este recurso utiliza um instrumento que auxilia na produção de colágeno, melhorando o aspecto de queimaduras, promovendo o crescimento capilar (13) o rejuvenescimento facial (14),

amenizando cicatriz de acne, estrias (15), rugas/flacidez (16-15-2) e fotoenvelhecimento (17). O

microagulhamento é um equipamento composto por uma haste de policarbonato e um cilindro com agulhas de aço inoxidável que podem variar de 0,2 a 3mm (18).

O uso dessa técnica tem como ação, por meio de micro lesões, provocar a indução do colágeno, gerando um processo inflamatório local, fazendo com que aumente a proliferação celular principalmente dos fibroblastos e o metabolismo celular desse tecido (19).

O processo de cicatrização acontece em um período mais curto e a chance de efeitos colaterais é reduzida em comparação ao de outras técnicas ablativas. Pode ser usado em todo tipo de pele e toda área do corpo. Além disso, pode ser combinado com outros métodos dando o máximo de benefícios (17-19-²-15).

Nesse sentido o presente estudos teve como objetivo analisar os efeitos do microagulhamento na cicatriz em pós-operatório de mamoplastia de aumento.

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Metodologia

Tratou-se de um estudo de caso de caráter quantitativo, realizado na Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa Catarina (Unisul), entre agosto e novembro de 2017. O presente estudo obteve a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa da Unisul segundo parecer 70429717.90000.5369. A voluntária leu e assinou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e o Termo de Autorização do Uso de Imagem.

Participou do estudo uma voluntária do sexo feminino de 21 anos, com pós-operatório de mamoplastia de aumento com prótese redonda de perfil alto de 300ml bilateral, com incisão infra mamária. Cirurgia foi realizada em agosto de 2016.

Para a coleta dos dados foi realizada uma anamnese com a ficha dermatofuncional modificada utilizada pela Clínica Escola de fisioterapia da Unisul, composta por dados de identificação.

Para análise da cicatriz foram utilizados a planimetria e o registro fotográfico. A planimetria é um método de avaliação não invasiva, utilizado para feridas, descrevendo apenas a superfície externa, sem oferecer qualquer indicação da qualidade do tecido de reparação subjacente (20).

Para a coleta de dados inicialmente realizou-se a assepsia da pele com álcool 70%, posicionando o papel vegetal sobre a cicatriz para o contorno da borda, com uma caneta. Após o registro no papel vegetal, foi digitalizado e usado o Programa ImageJ (Image Processing & Analysus in Java) desenvolvido pela National Institutes of Hearth versão Mac OS X 1.8_101. Empregou-se o método para a determinação da área total da cicatriz.

Após foi realizado registro de imagens fotográficas para a avaliação da coloração da cicatriz na vista anterior com um smartphone com câmera de 12 megapixels, a uma distância de 5cm, sem zoom, sem flash e com iluminação natural do local. O registro das imagens e da planimetria foi realizado antes da primeira intervenção e 28 dias após cada intervenção, totalizando 4 imagens.

Após a avaliação inicial e classificação da cicatriz foi elaborado o protocolo de intervenção fisioterapêutico, constituído por 3 intervenções com microagulhamento realizado durante um período de quatro meses, com intervalo de 28 dias entre as aplicações, com duração de 20 a 30 minutos cada intervenção.

Inicialmente foi verificado os sinais vitais da voluntária, pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória e saturação de oxigênio.

Antes do procedimento, foi realizado a higienização da área de aplicação com sabonete antisséptico e álcool 70%. As intervenções foram realizadas por um único terapeuta. A intervenção fisioterapêutica foi realizada com o aparelho de microagulhamento modelo Derma Roller System com 540 agulhas de 2,0mm, regulamentado pela ANVISA no registro 80971990001. A aplicação foi realizada através de movimentos multidirecionais, em média de 10 passagens por direção, nas 8 direções, aplicando uma leve força no manuseio do instrumento sobre a cicatriz da voluntária.

Ao final da intervenção o Derma Roller System foi colocado de volta na embalagem original, com cuidado e descartado em local apropriado para material perfuro cortante e a cada intervenção foram verificados novamente os sinais vitais da voluntária.

Durante o período do estudo foi orientado a voluntária a não usar sutiã com armação de metal além de não expor a cicatriz ao sol durante toda a intervenção.

Os dados quantitativos foram transcritos em gráfico no programa Microsoft Excel® 2010 e analisados através de estatística descritiva. As imagens foram analisadas no Programa ImageJ.

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Resultados

A análise dos dados foi realizada através da averiguação dos registros fotográficos obtidos no período de agosto a novembro de 2017, por meio do método qualitativo.

Dessa forma, avaliou-se apenas o resultado quanto ao aspecto da cicatriz relacionados aos seguintes parâmetros: coloração, regularidade das bordas e a área em cm² das cicatrizes. Além disso, foram analisados os dados obtidas por meio da planimetria, utilizando o Programa ImageJ, software para processamento e análise de imagens e apresentando na forma de figura e gráficos.

Participou deste estudo uma voluntária com 21 anos, gênero feminino, com cicatriz de mamoplastia de aumento há um ano, apresentando pele de fototipo III sem relato de prurido, dor ou outras lesões cutâneas locais. Ela não apresentou nenhuma reação cutânea, alergia ou irritação, durante todo o período de intervenção.

Na avaliação inicial, a cicatriz em ambas as mamas, foi classificada como normotrófica com leve aspecto hiperêmico principalmente em bordas, espessura e área cicatricial irregular. Sem relato de deiscência de pontos pós cirúrgico imediato ou tardio.

Ao registro fotográfico, observou-se melhora quantos aos aspectos relacionados a cor e regularidade das bordas, em ambas as mamas, após 3 intervenções com microagulhamento (Quadro 1 e 2).

Quadro 1: Cicatriz mamoplastia de aumento, antes e após as intervenções, mama direita.

1² foto antes da intervenção 2º intervenção com o microagulhamento

3º intervenção com o microagulhamento Depois de 28° da última intervenção com o microagulhamento

Fonte: Dados dos pesquisadores, 2017.

Na comparação entre mama direita e esquerda, observou-se que quanto o aspecto regularidade das bordas, os melhores resultados foram observado na mama esquerda (Quadro 2).

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1º foto antes da intervenção

2º intervenção com o microagulhamento

3º intervenção com o microagulhamento Depois de 28° dias da última intervenção com o microagulhamento

Fonte: Dados dos pesquisadores, 2017.

As alterações foram observadas gradativamente, após o período de intervalo de 28 dias entre cada intervenção. Houve uma melhora gradativa e contínua até 28 após a última intervenção.

Inicialmente, a cicatriz na mama direita apresentava uma planimetria retilínea, regular e maior em comparação a mama esquerda que apresentava bordas cicatriciais mais irregulares. Após 28 dias, ao término das intervenções observou-se a diminuição da área da cicatriz em ambas mamas, sendo que na mama esquerda a borda cicatricial tornou-se mais fina e regular (Figura 1).

Figura 1: Planimetria cicatriz antes e ao final das intervenções, mamas direita e esquerda

Fonte: Dados dos pesquisadores, 2017.

Ainda de acordo com a planimetria, a evolução do processo de cicatrização e extensão da área cicatricial, em ambas as mamas, pode ser verificada por meio da (Figura 1), referente ao registro fotográfico antes das intervenções e subsequentemente após 28 dias a cada intervenção.

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Dessa forma, observou-se que a área inicial da cicatriz, na mama direita, que era de 5,14cm2 reduziu para 2,23cm2 (Figura 2), após 28 dias da última (3ª) intervenção

correspondendo a um percentual de redução equivalente a 57% em relação ao tamanho inicial (figura 3).

Figura 2: Medida da área cicatricial, em mamas direita e esquerda.

Fonte: Dados dos pesquisadores, 2017.

Quanto a área cicatricial da mama esquerda, observou-se que a área inicial da cicatriz que era de 4,20cm2 reduziu para 2,11cm2 (Figura 2), após 28 dias da última (3ª)

intervenção correspondendo a um percentual de redução equivalente a 50% em relação ao tamanho inicial (figura 3).

Figura 3: Redução da área cicatricial, em mamas direitas e esquerda.

Fonte: Dados dos pesquisadores, 2017.

No entanto, após 28 dias da 2ª intervenção, observou-se na mama esquerda um leve aumento na área cicatricial (Figuras 2 e 3). Destaca-se, aqui, que a participante não relatou nenhuma intercorrência nesse período. Dessa forma considera-se que essa alteração possa estar relacionada a um erro de mensuração.

Discussão

Dentre as cirurgias estéticas mais realizada no mundo, está a mamoplastia de aumento, sendo que na região Sul do país totalizam 19,4% das cirurgias plásticas, e cerca de 19,6% destas são realizadas em mulheres de 19 e 35 anos de idade (3).

As cicatrizes do pós-operatório de mamoplastia de aumento são bastante comuns, podendo conduzir a alterações estéticas, funcionais e psicológica. O tecido cicatricial gerado

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poder sofrer alteração de cor, espessura aumentada, área irregular e perda de elasticidade (4). Dentre as intercorrências mais frequentes para as cicatrizes estão o hematoma (5)

seroma (6), hipossensibilidade e estrias (7), prótese aparente, contratura capsular, assimetria (8).

Mais recentemente, o microagulhamento vem sendo um novo recurso terapêutico no tratamento de cicatrizes diversas, incluindo as decorrentes da acne, queimaduras, estrias e cirúrgicas. Dessa forma, o microagulhamento é um instrumento que visa minimizar ou melhorar os aspectos das cicatrizes (13), por meio de micro lesões que induzem a produção do

colágeno, por meio de um processo inflamatório local, aumento a proliferação celular, principalmente dos fibroblastos, e o aumento do metabolismo celular desse tecido (19).

Assim, o período de cicatrização pode ser reduzido as chances de efeitos colaterais são diminuídas se comparadas as outras técnicas ablativas, podendo ser usada em qualquer tipo de pele e área do corpo como, a região dos olhos (19).

O estudo realizado por Santos et al 2016(18), por meio de uma revisão sistemática do

uso de microagulhamento em cicatrizes por queimaduras, demonstrou que este recurso se mostra como um promissor tratamento nas cicatrizes, pois promove a degradação do colágeno denso de fibras desalinhadas presentes no processo cicatricial, minimizando as irregularidades, volume da cicatriz e síntese de elastina, melhorando sua distensibilidade e reduzindo a hiperpigmentação.

Lima, 2017(21), analisou nove pacientes com diagnóstico de cicatrizes

pós-traumáticas e realizou um tratamento com microagulhamento. Na avaliação clínica e por meio de fotografias, o autor concluiu uma evolução estética e funcional das cicatrizes, com o resultado muito bom em cinco pacientes e quatro com resultados bons, todavia 100% dos pacientes relataram satisfação com os resultados. O autor não observou efeitos adversos, sugerindo assim que o procedimento apresentou bom perfil de segurança.

Lima et al 2016(22) observou melhora global da textura da pele e redução no

tamanho das cicatrizes de acne, após intervenção com microagulhamento, obtendo satisfação de todos os pacientes envolvidos. Esta técnica induz a liberação de citocinas, fatores de crescimento e angiogênese, facilitando a produção de colágeno tipo I, tornando-se eficaz no tratamento das cicatrizes de acne, além de possuir um custo benefício bom e não afastar o paciente de sua rotina.

Dogra, Yadav e Sarangal 2014(23) realizaram um procedimento com o

microagulhamento em cicatrizes de acnes em peles asiáticas, em 36 indivíduos sendo 26 do sexo feminino e 10 do sexo masculino, com intervalo mensal a cada sessão. Após 5 intervenções observou-se uma melhora significativa nas lesões cicatriciais de acne.

Evangelista 2013(24) descreve a eficácia da técnica de microagulhamento em

cicatrizes atróficas de acne vulgar. Após 5 intervenção do microagulhamento com intervalo de 15 dias, foi observado uma melhora na cicatriz, reduzindo a profundidade e atenuando os orifícios dilatados.

O efeito positivo do microagulhamento, na produção e reestruturação do colágeno, também foi evidenciado em estudos que visavam verificar a restauração do colágeno em áreas com estrias atróficas (25). Estes mesmos autores observaram em seus estudos com 22 pessoas do

sexo feminino uns resultados tais como atenuação das estrias, melhora na qualidade e aparência geral da pele, sugerindo a reestruturação térmica local, importante para o processo de cicatrização.

Manoel, Paolillo e Bagnato 2014 (26) relataram que a técnica de microagulhamento

também é eficaz no tratamento da alopecia, que se caracteriza pela perda progressiva de cabelos tanto em homens como em mulheres. O procedimento do microagulhamento associado ao tratamento fotoestético (laser infravermelho e led âmbar) potencializou os resultados finais obtidos, retardando a queda do fio.

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tratamento, tais como o metabolismo da paciente e os cuidados dispensados à lesão cicatricial são condições também responsáveis pelo sucesso do tratamento como um todo.

Conclusão

Após a intervenção com estimulação do microagulhamento, na cicatriz em pós-operatório de mamoplastia de aumento, foi observado redução da lesão cicatricial, regiões da pele hiperpigmentadas, reparo tecidual, reepitelização da área lesada, com a observação da derme preenchida.

Sugere-se que a intervenção com microagulhamento possa ser uma alternativa terapêutica para o tratamento de cicatrizes pós cirúrgicos tardios.

Destaca-se que por se tratar de um estudo de caso, fica registrada a importância de novas pesquisas com amostras maiores e estudos comparativos com grupo controle para a consolidação da efetividade das técnicas utilizadas.

Referências:

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