o DEPOSITOS ALUVIO~ARES

VARIAC;:AO MINERAL6GICA E POSS[VEL GENESE DOS GNAISSES DO

COMPLEXO SILVIAN6pOLlS, NORTE DE POUSO ALEGRE, (MG)

ROGERIO DE ARRUDA PENTEADO • e ASIT CHOUDHURI •

ABSTRACT Modal analyses of migmatites and gneisses of the Silvian6polis Complex reveal consistent variations in mineralogy with respect to quartz and feldspars and the location of these rocks in the field. These variations in conjunction with petrographic observations are taken to indi-cate the formation of the rocks by restricted anatexis of pre-existing basement gneisses.

INTRODUCAO Os Departamentos de Mineralogia e Recursos Minerais e Geologia Geral e Aplicada da UNESP, campus de Rio Claro, realizaram no ann de 1977 trabalhos de campo e mapeamento geol6gico, em convenio com 0 DNPM, na escala 1:50 000 na regiao de Pouso Alegre. 0 trabalho baseou-se em interpretacoes fotogeologicas, levantamento de campo das unidades li-tologicas, bern como coleta de dados estruturais e estu-dos petrograficos (Projeto Pouso Alegre, 1977). Os es-tudos revelaram a necessidade de caracterizar melhor certas unidades de rocha que ocorrem na area.

Com esse fim,

e

prop6sito deste trabalho estudar os migmatitos e diferentes tipos de gnaisses do Complexo de Silvian6polis na tentativa de melhor estabelecer as re-lacoes estratigraficas deste 90mplexo com as rochas dos Grupos Amparo e Pinhal, e 0 embasamento.

LOCALlZA~AO A area em estudo situa-se ao sui

de Minas Gerais e compreende as folhas topograficasdo IBGE na escala 1:50 000, de P090 Fundo e Pouso Ale-gre, delimitados pelos paralelos 21°45' e 22° 15' de lati-tude sui e meridianos 45°45' e 46°00' de longilati-tude oeste (Fi!}. I).

- LEGENDA

-PRE-CAMBRIANO SUPERIOR (Cicio Brosiliono)

0

-% QUMHlO

~ -% PlAGIOl;UISIO

•

-% "lICFlOCliNA Q BlOT ITA o<ORNBlfNOA GNA'SSf$

CONTATOS OfFINIOOS CONTATOS INFfFlIOOS FAlHA REI/ERSA FAlllA TFlANSCORRfNT( GNAISSfS GFlANiTICOs

---c=1.', =~

o

DEPOSITOS ALUVIO~ARES PRE-CAMBRIANO INFERIOR

D

COMPL£XO SILI/IANOPOLI$ - GNA1SSES e MIGMATITOS

PRE-CAMBRIANO MEDIO (Cicio Tronsomozonico)

Cd

GRUPO AIIIPARO - GNAISS£S rlHlOOS s BANOEAOO$

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GRUPO P'NHAl - IIlIGM,Q,T1TOS

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Figura 1 - Mapa geologico esquematizado com porcentagem relativa de quartzo e feldspato nos gnaisses. Baseado no Projeto Pouso Alegre (1977) dos departamentos de Geologia Geral e Aplicada, e Mineralogia e Recursos Minerals da UNESP - Rio Claro, em convenio com 0 DNPM. Rio Claro, SP

70 Revista BrasileiradeOeocienctas Volume 11, 1981

o

Complexo de Silvian6polis situa-se na POr9aO cen-tral e leste dessas folhas, estendendo-se entre os parale-los de21 °46' e22° 15'.As principais cidades dentro des-se complexo sao Turvolandia e Silvian6polis.

GEOLOGIA REGIONAL A area em estudo

situa-se na regiao sui do Craton do Sao Francisco que, de acordo 'com Hasui el al.(1977), Fiori et al. (1978)e ou-tros, evidencia uma evolucao policiclica, sendo a unida-de mais antiga na area unida-de estudo relacionada ao Arquea-no, pelos segundos autores. Fiori e Choudhuri (1979) distinguiram evidencias de pelo menos tres fases de do-bramentos e tres de migmatizacao para as rochas da area de Machado e Serrania. ,

Na area pesquisada ocorrem principalmente corres-pondentes de rochas dos Macico Pinhal, Grupo Ampa-ro e do Complexo de Silvianopolis, que serao descritas resumidamente a seguir.

o

Macico Pinhal, situado na parte oeste da area, e constituido por migmatitos e granitos de Idade Brasilia-na, resultando aparentemente da profusa intrusao de material granitico em rochas do Grupo Amparo (Wer-nick, et al., 1976).

As rochas do Grupo Amparo de Idade Transa-mazonica sao gnaisses e anatexitos, e entre estes

ocor-rem gnaisses graniticos e intercalacoes mais ou menos possantes e frequentes de quartzitos, gonditos, anfiboli-tos, rochas calcossilicatadas, marrnores dolornlticos, granulitos, charnockitos, metapelitos, gnaisses e rochas ultrabasicas, Descricoes mais ou menos pormenorizadas dessas litologias foram oferecidas por Wernick(1967).

Ao Complexo de Silvian6polis relacionam-se diver-sos tipos litol6gicos que foram afetados e

transforma-dos por uma intensa foliacao de transposicao superim-posta a urn bandeamento preexistente originado por processos de segregacao metam6rfica. As relacoes estra-tigraficas deste Complexo nao estao ainda bern defini-das, podendo representar porcoes do embasamento, soerguidas ate 0 nivel ou porcoes de rochas do Grupo

Amparo afetadas mais intensamente pela anatexia em niveis profundos e atualmente expostos -.

As rochas do Complexo de Silvian6polis sao: mig-matitos e gnaisses com restos de gnaisses fitados e ban-deados do Grupo Amparo; e concentracoes locais de corpos de gnaisses graniticos, anfibolitos e granulitos.

LlTOLOGIA DO COMPLEXO SIL VIANOPOLIS

As rochas na area central do mapa (Fig. I)podem ser subdivididas e classificadas com base na porcentagem e

nas caracteristicas dos minerais constituintes em:

gnais-ses graniticos, gnaisgnais-ses trondhjemiticos, anfibolitos e biotita gnaisses, Esses diferentes tipos de gnaisses ocor-rem ora formando corpos isolados dentro do Complexo de Silvian6polis entre migmatitos e gnaisses com restos de gnaisses fitados e bandeados do Grupo Amparo, ora formando corpos isolados fora do Complexo referido acima entre gnaisses fitados e bandeados do Grupo Am-paro. Os tipos mais frequentes foram estudados petro-graficamente, cujas cornposicoes a respeito das porcen-tagens de quartzo e feldspato sao lancadas no diagrama de Streckeisen(1967; Fig.2),e sao descritos a seguir. Se-gundo essa classificacao, existem no Complexo de Sil-vian6polis quatro categorias de gnaisses: graniticos, granodioriticos, tonaliticos e trondhjemiticos.

0<, ,,'----!;-...---~--;~---~---~,,-'-"',

~$.$I

GNAISSES GRANITICOS Localizam-se a oeste e ao norte de Turvolandia, deritro do Complexo de Sil-vian6polis. Caracterizam-se, geralmente, por sua textu-ra gtextu-ranoblastica, porfiroblastica, estando algumas vezes cataclasados e com porfiroblastos de microclina pertiti-ca e microclina nao-pertltipertiti-ca que aparece como neofor-mada na matriz, sugerindo assim que esses corpos se formaram por anatexia dos gnaisses que geraram essas microclinas. A matriz geralmente esta recristalizada e, em algumas laminas, os graos acham-se estirados.

A composicao desses gnaisses varia de granitica a granodioritica e sao compostos principalmente por quartzo, plagioclasio (oligoclasio) e microclina, sendo que algumas vezes ha predominancia de quartzo e ou-tras .vezes os tres ocorrem em quantidades proporcio-nais. Os minerais maficos que ocorrem sao a biotita e a hornblenda, sendo a primeira mais abundante. Os acess6rios comuns sao a granada,0 epidoto, a alanita, a titanita,0 zircao e os opacos. A alanita apresenta

gran-des cristais na porcao norte do corpo a oeste de Tur-volandia. A hornblenda, algumas vezes, apresenta-se com as bordas actinoliticas de coloracao azulada, que pode indicar um fenorneno de metamorfismo retr6gra-do. A biotita geralmente ocorre dispersa na lamina sem orientacao paralela e e de origem posterior a hornblenda.

GNAISSES-TRONDHJEMITICOS Esses gnaisses localizam-se a nordeste de Pouso Alegre (nao incluido no mapa) e caracterizam-se por sua textura granoblasti-ca inequigranular ou inequigranular xenoblastigranoblasti-ca, com a matriz recristalizada e, as vezes, os graos acharn-se estirados.

A cornposicao desses gnaisses e quartzo-dioritica e sao compostos principalmente por quartzo e pla-gioclasio (oligoclasio), com predominancia deste ulti-mo. 0 mineral mafico que ocorre e a biotita, a qual nao forma agregados, mas distribui-se paralelamente. Os

acess6rios que ocorrem sao a granada, 0 zircao, 0

epidoto, a alanita, a titanita, a apatita, os opacos, a clo-rita e a muscovita, sendo os dois ultimos de origem secundaria,

BlOTITA-GNAISSES Ocorrem em corpos isolados fora do Complexo de Silvianopolis, a sudeste de Poco Fundo e a sudoeste de Turvolandia, 0 corpo situado a sudeste de Poco Fundo caracteriza-se por apresentar textura granoblastica ineqiiigranular e a matriz recrista-lizada. Nota-se neste corpo que, de norte para sul, ocor-re um empobocor-recimento em microclina concomitante a um aumento nas porcentagens de quartzo e pla-gioclasio, e observa-se tambem uma pior orientacao dos

minerais maticos.

Em algumas laminas, distinguem-se certas porcoes ricas em feldspato, quartzo e biotita. A composicao des-ses gnaisdes-ses varia de granitica a granodioritica e os mi-nerais predominantes sao 0 plagioclasio, 0 quartzo e a microclina. 0 mineral mafico que ocorre e a biotita e os acess6rios mais comuns SaO 0 epidoto, que e

relativa-mente abundante,.o zircao, a apatita, os opacos, a

ala-nita, a clorita e a muscovita, sendo os dois ultimos de origem secundaria e podem indicar retrometamorfismo.

RevistaBrasileiradeGeocanctae Volume 11. 1981 71

o

corpo a sudoeste de Turvolandia caracteriza-se por apresentar textura granoblastica inequigranular e matriz recristalizada, Estes gnaisses tern composicao grano-dioritica, sendo0 plagioclasio (oligoclasio) e quartzo os

minerais mais abundantes na lamina. A microclina nao e abundante, mas certas vezes ocorre em grandes cris-tais. Os maficos que ocorrem sao: a biotita, que aparece substituindo a hornblenda e acha-se razoavelmente orientada, e a hornblenda, que se apresenta com as bor-das actinoliticas de coloracao azulada. Distingue-se na lamina uma faixa composta predominante por horn-blenda, plagioclasio (oligoclasio) e granada, e outra composta essencialmente por biotita, granada, quartzo e plagioclasio. Os minerais acess6rios sao: a granada, . que ocorre em aglomerados, a apatita, a titanita, a

ala-nita,0 zircao eos opacos.

Mais ao sui neste corpo observa-se que a porcenta-gem de hornblenda aumenta e esses corpos gradam para biotita-hornblenda - gnaisses de composicao, quartzo-dioritica. Estes caracterizam-se por apresentar porfiro-blastos de microclina com matriz rica em quartzo e pla-gioclasio. A hornblenda e a granada ocorrem em agre-gados e apresentam orientacao,

HORNBLENDA-BIOTITA-GNAISSES Ocorrem dentro do Complexo de Silvian6polis, ao norte de Tur-volandia. Caracterizam-se por apresentar textura inequigranular com graos de plagioclasio (oligoclasio), microclina e quartzo estirado, atingindo ate 4 mm, e a matriz esta recristalizada. Distingue-se na lamina uma porcao rica em quartzo, biotita, hornblenda e feldspato, e porcoesmais novas compostas essencialmente por feldspatos. Estes gnaisses apresentam cornposicao granitica e os minerais predominantes sao: 0 quartzo, que e0 mais abundante, 0 plagioclasio (oligoclasio) e a

microclina. Semelhante ao caso descrito acima ocorrem duas geracoes de microclina, uma pertitica e outra ob-viamente neoformada. 0 mafico predominante e a bio-tita, que se apresenta recristalizada e aparenta ser poste-rior a hornblenda. A biotita e a granada apresentam-se associadas sob a forma de aglomerados em faixas para-lelas e alternadas com faixas ricas em hornblenda e gra-nada. Os acess6rios mais comuns sao: a alanita, a apati-ta, a granada, a titaniapati-ta, apresentando geminacao multi-pla, 6 zircao e os opacos.

ANFIBOLITOS Ocorrem associados a gnaisses graniticos dentro do Complexo de Silvian6polis e a oes-te de Turvolandia ou em corpos isolados fora do

com-o plexo e associados a biotita gnaisses de composicao

va-riada no Macico Pinhal. Os corpos que ocorrem junto aos gnaisses graniticos sao de dois tipos: 0 primeiro de' les, mais ao sui do corpo, apresenta textura inequigra-nular poiquiloblastica com pouca orientacao, sendo po-bres em biotita e relativamente abundantes em pla-gioclasio (oligoclasio calcico-An. 30"70-33"70) e quartzo.

o

Dutro tipo, mais ao norte, caracteriza-se por

apresen-tar textura inequigranular, estando a matriz recristaliza-da, boa orientacao, sao ricas em biotita, pobres em

quartzo e sem feldspato. Para as duas ocorrencias, a hornblenda apresenta-se com as bordas actinoliticas de coloracao azulada. A biotita e secundaria e substitui a

72 Revista Bresiieira de Geociencias Volume 11,1981

hornblenda ao sui neste corpo, e mais ao norte ocorrem duas geracoes de biotita, uma substituindo a hornblen-da e outra que se formou antes ou ao mesmo tempo des-tao Os minerais acess6rios principais sao: a granada, que

ocorre86mais ao sul, a alanita, a apatita, a titanita, 0

zircao e os opacos. Estes corpos anfiboliticos parecem formar paleossoma nos gnaisses graniticos.

Os corpos isolados associados a biotita gnaisses apre-sentam textura inequigranular e sao de composicao dioritica. Os minerais essenciais sao0 plagioclasio

(an-desina) e a hornblenda com formas mais ou menos relic-tos do piroxenio (pseudomorfos). A biotita ocorre subs-tituindo a hornblenda e alguns graos apresentam-se de-formados. Os acess6rios mais comuns silo0 quartzo e

os opacos, Pela ocorrencia, esses anfibolitos parecem formar paleossoma no migmatito.

CONSIDERA(:OES GERAIS Pela analise mi-crosc6pica das amostras, observaram-se as distintas

pa-rageneses estaveis ocorrentes:

I. Quartzo-oligoclasio-microclina-homblenda-gra-nada 2. Quartzo-oligoclasio-biotita-granada 3. Microclina,oligoclasio-biotita-granada 4. Quartzo-microclina-oligoclasio-biotita-granada 5. Oligoclasio-microclina-homblenda-granada Utilizando-se as porcentagens e as associacoes dos mine-rais constituintes (Tab. I), juntamente com a aplicacao

Tabela 1 - Porcentagens dos minerais constituintes

(Leste da Falha de Espirito Santo do Dourado)

de sistemas graniticos tratados por Winkler (1977), e considerando a quantidade restrita de porcao fundida representada por maiores. concentracoes de quartzo e feldspatos, sugere-se que esses corpos gnaissicos tern so-frido anatexia restrito por causa da baixa pressao de agua e portanto insuficiente agua para formar quantida-des consideraveis de massa fundida (Tuttle e Bowen, 1958; e Wyllie, 1977). Se esses corpos foram gerados da maneira exposta, as partes nao-fundidas representam porcoes do embasamento mais antigo na area que teria sofrido fusao parcial e concentracao local de compo-sicoes graniticas, granodioriticas e dioriticas no Ciclo Transamazonico,

Nota-se, em relacao

a

porcentagem de microclina presente nos gnaisses graniticos, que esta aumenta a partir dos corpos situados a norte e a sudoeste de Tur-volandia em direcao ao corpo a oeste da mesma locali-dade (Fig. I). Essa evidencia poderia indicar urn acresci-mo de temperatura na citada direcao ou uma variacao composicional local das rochas (devido a uma segre-gacao pelo processo acima referido) que deram origem a esses gnaisses.

A primeira alternativa pode ser explicada pelo au-mento do componente anortita na citada direcao (ob-servavel nas laminas delgadas) que, de acordo com Winkler (1977), necessita maio res temperaturas para se formar. Essas variacoes de temperatura poderiam estar relacionadas a desniveis topograficos do antigo embasa-mento que deu origem a este complexo.

,.

Minerais

Quartzo Mlcroclina Epidoto

Amostras Plagiochisio BioHla Horublenda Granada Alanita Apatita Titanita Zirciio Opacos

A"92 31,8 12,7 7,0 25,1 13,0 4,4

_-

1,2 0,5 3,7 0,4 0,2 B~97a 40,5 10,7 40,9 7,6 -

-

0,2 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 B·97b 56,1 17,8 19,1 4,9 0,2 0,0 1,0 0,1 . - 0,7 0,1 -B-91 27,2 27,8 30,3 6,5 0,0 0,0 3,6 4,0 0,0 0,0 0,1 0,5 B-17I 59,9 20,5 18,0 1,6 0,2 0,5 0,1 0,0 0.0 0,0 0,0 0.0 C-138 2,7 -

_-

48,5 45,3 -

_-

- 0.3 2,6 0.4 1,5 C-60 22,1 46,7 30,8 0.3 0,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -C·1J4 31,5 19,0 32,0 8,8 0,5 8.3 0,0 0,2 0,1 0,0 0,0 0,1 C·59b . 14,0 - 28,7 7,9 48,5 0,4 - 0,0 0,1 0,3 - 0,1 D-39 37.5 8,8 32,8 13,4 4,0 2.4 - 0,1 0,2 0,6 0,1 0,1 D-36 33,5 0,6 33,7 13,6 14,3 2,9 - 0,4 0,7 - 0,0 0,7

Leste da Falha de Espirito Santo do Dourado

Minerais _{Quarlzo Microclina Plagtoclasio Biolita Hornblenda Granada Epidoto AlanUa Apatita Tltantta}

Zircao Opacos Muscovita Clorita Amoslras

H-87 40,6 t,6 47,8 7,7 - 0,9 0,7 0,1 0,1 0,0 0,0 0,2 - 0,3

H-88 35,9 5,4 51.5 4,8 - . 0,2 0.1 - - - 0.0 0,0 2,1 0,0

Oeste da Falha deEspirito Santo do Dourado

Minerais _{Quartzo Microclina Plagiochisio BiotUa Hornblende Granada Epldoto AlanUa Apatita TilanUa Zirdio Opacos Muscovite Clorlta} Amostras

A·151 15,2 23,6 42,1 10,4 - 0,1 6,2 - 0,2 - 0,4 2,0 0,0 0,0

B-163 25,0 16,2 40,2 10,0 - 2,4 5,2 0,2 0,2 - 0,0 0,6 10,4

-CONCLUSOES A hip6tese aqui sugerida

e

que as rochas que deram origem ao Complexo de Silvianopo-lis, na porcao oeste, atingiam maiores profundidades e, portanto, sofreram anatexia com concentracao local de porcoes graniticas, granodioriticas, dioriticas e, nas porcoes central e leste, nao teria havido condicoes sufi-cientes de pressao e temperatura para formar massa fundida anatetica,

Ap6s este evento metamorfico, houve sedimentacao de tipos variados por toda a regiao a leste da folha de Silo Joao da Mata (Fig. I) sobre as rochas do Complexo de Silvian6polis, que foram afetadas por outro cicio me-tam6rfico de idade Transamazonica que deu origem aos gnaisses fitados-bandeados do Grupo Amparo. Esses

Revista Brosileirade Geociencias VolumeII,1981 73

gnaisses fitados-bandeados ocorrem em afloramentos esparsos capeando rochas do Complexo de Silvian6polis e estao sempre em contato brusco com essas rochas, porem 0 contato nao

e

por falhamento, e estao

dispos-tos sobre gnaisses trondhjemiticos que necessitam de al-tas temperaturas para se fundir. 0 metamorfismo do Cicio Transamazonico que deu origem a essas rochas poderia ser responsavel pelo retrometamorfismo que afetou as rochas da area.

Agradecimento: Agradecemos 0 auxilio da

FA-PESP, que concedeu uma bolsa para 0 Autor Senior

pa-ra a realizacao deste tpa-rabalho.

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