• Nenhum resultado encontrado

Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Núcleo Desportista Social da Guarda, NDS-ATL (Guarda)

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Núcleo Desportista Social da Guarda, NDS-ATL (Guarda)"

Copied!
83
0
0

Texto

(1)

TPG

folitécnico

daGuarda

Po)yteehnic

oF (jtiarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Animação Sociocultural

Crízélidia Porfírio da Silva de Olívera

(2)

Escola Superior de Educação Comunicação e Desporto

INSTITUTO POLITECNICO DA GUARDA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura de Animação Sociocultural

Crizélidia Porfírio da Silva de Oliveira

RELATÓRIO A OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCITURA EM

ANIMAÇÃO SOCIOCULTURAL

(3)

I

Ficha de Identificação

Discente | Crizélidia Porfírio da Silva de Oliveira

Número de Aluna | 5008350

Curso | Animação Sociocultural

Estabelecimento de Ensino | Instituto Politécnico da Guarda

Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

Orientadora | Ana Isabel Ventura Lopes Ferreira

Entidade de Acolhimento | Núcleo Desportista Social da Guarda (NDS) – ATL

Morada | Avenida de Igreja, s/n 2º Piso Centro Cultural de São Miguel 6300-839 Guarda

Telefone | +351 271 230 624 / Telemóvel: +351 966212 318 Site | E-mail ndsguarda@gmail.com/info@nds.pt.

Supervisor na Organização | Inês Castro Figueiredo Vaz Gil

Grau Académico do Supervisor na Organização | Licenciatura

Data de Início de Estágio | 26 de fevereiro de 2018

Data de Fim de Estágio | 18de maio de 2018

(4)

II

Agradecimentos

À Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto do Instituto Politécnico da Guarda e a todos os docentes pelos conhecimentos que me transmitiram e por terem contribuído para a minha evolução, tanto a nível pessoal como profissional.

À minha orientadora de estágio professora Ana Lopes, por toda a orientação, apoio e dedicação que me concedeu ao longo deste percurso.

À minha Supervisora, Inês de Castro Figueiredo Vaz Gil, por acreditar nas minhas capacidades e me confiar tarefas que me fizeram evoluir; agradeço-lhe profundamente todos os ensinamentos, compreensão e amizade.

À Professora Maria de Fátima Bento pelo apoio, amizade e disponibilidade que sempre demonstrou para comigo.

A todos os colaboradores do Núcleo Desportivo da Guarda, na pessoa da Doutora Elizabete Pires e do Doutor Manuel Pina Prata, por me terem acolhido e dado a possibilidade de realizar este estágio tão gratificante.

Um eterno obrigado aos meus familiares; marido e filhos que me apoiaram ao longo desta jornada de desafios em minha vida, tornando o meu sonho realidade; por acreditarem nos meus sonhos. Tornando-os realidade e, acima de tudo, por acreditarem nas minhas capacidades.

Aos meus filhos, apesar de serem muitos novos, me mostraram sempre que é possível concretizar todos os nossos sonhos, quando a vontade de os realizar é maior que todas as dificuldades que possam surgir no caminho.

A toda a minha família que desde sempre me acompanhou, incentivou e apoiou nas minhas decisões, mostrando orgulho em todas as metas que consegui atingir com sucesso.

A todos os meus colegas e amigas, à Vânia, à Cláudia Pires, à Mafalda Baptista que sempre estiveram do meu lado, momentos partilhados, pelo seu carisma, sobretudo, pela amizade.

(5)

III

Resumo

O presente relatório é referente ao estágio realizado no CATL, do Núcleo Desportivo da Guarda representando a última fase da licenciatura em Animação Sociocultural do Instituto Politécnico da Guarda.

Durante o período de estágio, para além de apoiar as colaboradoras da instituição, nas tarefas diárias e já definidas no plano de atividades da instituição, apliquei também, autonomamente, um conjunto de conhecimentos adquiridos ao longo da Licenciatura de Animação Sociocultural, que irei descrever no presente relatório.

Este documento está dividido em três capítulos: o primeiro, onde apresento a entidade acolhedora, caracterizando-a; e o segundo, o enquadramento teórico e bibliográfico da Animação Sociocultural como: âmbitos, funções, e o perfil do animador, a animação infância e juventude e tempos livres e o terceiro, onde descrevo as atividades que foram desenvolvidas durante os quatro meses de estágio (400h), fundamentando teoricamente as mesmas.

Palavras-chave: Animação Sociocultural; Animação na Infância, Juventude e Tempos Livres.

(6)

IV

Abstract

The present report refers to the curricular stage realized in the CATL, from the Guarda Sports Core (Núcleo Desportivo da Guarda), representing the last phase of the graduation on Sociocultural Animation Bachelor (Licenciatura em Animação Sociocul-tural) from the IPG.

During the stage period, besides from supporting the collaborators of the institu-tion in the daily tasks previosly defined in the instituinstitu-tion activity plan, I also applied, autonomously, a set of knowledge acquired during the realization of the Bachelor's course that I will describe in this report.

This document is divided in three main chapters: the first one is a presentation and characterization of the entity where I did the stage; the second one, in which is described the theoretical ans bibliographical framework of the course, like for example: the scope, functions, the profile of the animator, the Animation on the Childhood and Youth and Free Times and the third and last chapter, where are depicted the activities developed during the four months stage, while theoretically grounding them.

Keywords: Sociocultural Animation; Animation on the Childhood and Youth; Free times.

(7)

V

Índice Geral

Ficha de Identificação ... I Agradecimentos ... II Resumo ... III Introdução ... 1

Capítulo I- Núcleo Desportivo Social da Guarda – Carcaterização da Instituição . 2 1.História e Caracterização da União de freguesias de São Miguel da Guarda ... 3

1.1. Caraterização do Núcleo Desportivo e Social da Guarda ... 4

1.2. A estrutura física da Instituição NDS ... 5

2. Parcerias ... 6

3. Missão ... 7

4. O público – alvo do NDS ... 8

5. Ética e Responsabilidade Social………8

6. Diagnóstico Sociocultural ... 9

Capítulo II Animação Sociocultural ... 11

1. Animação Sociocultural: âmbito, funções e perfil do animador ... 12

1.1. A Animação Sociocultural nos âmbitos social, cultural e educativo ... 13

1.2. Função da Animação Sociocultural ... 15

1.3. Animação Sociocultural e o Papel do Animador com as crianças ... 16

1.4. Animação na Infância e Juventude ... 18

1.5. Animação sociocultural nos Tempos Livres e Educação na infância... 21

Capítulo III Estágio ... 23

1. O Estágio ... 25

2. Cronograma ... 25

3. As atividades de expressão: plástica, dramática, física-motora, musical e lúdicas .... 26

3.1. Animação através da expressão plástica ... 27

3.1.1. Objetivos das atividades ... 28

3.1.2. Atividades desenvolvidas no âmbito desta animação ... 28

3.1.3. A descrição de algumas atividades ... 29

3.1.3.1. A prenda do Dia do Pai ... 29

(8)

VI

4. Animação física-motora ... 30

4.1. Objetivos das atividades ... 31

4.2. Atividades desenvolvidas no âmbito desta animação. ... 31

4.3. A descrição de uma das atividades realizada ... 31

4.3.1 Jogo da Cadeira ... 31

5. Animação dramática ... 32

5.1. Objetivos das atividades: ... 33

5.2. Atividades desenvolvidas no âmbito desta animação ... 33

5.3. A descrição de uma das atividades realizada ... 34

5.3.1. Jogo da Raspadinha ... 34

6. Animação musical ... 35

6.1. Objetivos das atividades ... 35

6.2. Atividades desenvolvidas no âmbito desta animação ... 35

6.3. A descrição de uma das atividades realizada ... 36

6.3.1. Dança ... 36

Bibliografia ... 38 Anexos

(9)

VII

Índice de Figuras

Figura 1 – Instalações do NDS………..……4

Figura 2 – Canecas do dia do pai……….29

Figura 3 – Painel do dia do pai………....30

Figura 4 – Jogo da cadeira………...31

Figura 5 – Jogo da cadeira………….………..…32

Figura 6 – Jogo da raspadinha……….34

Figura 7 – Dança………..36

Índice de quadros

Quadro 1 – População da Freguesia de São Miguel………..3

Quadro 2 - Cronograma………26

(10)

VIII

Lista de Acrónimos e Siglas

ADM Estrela – Associação Social e Desenvolvimento Estrela ASC – Animação Sociocultural

CATL-Centro de Atividades de tempos Livres

CERCIG – Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas;

CFAD – Centro de Formação, Assistência e Desenvolvimento;

CPCJ - Comissão de Proteção de Crianças e Jovens da Guarda;

EAPN— Rede Europeia Anti Pobreza Guarda

Ensiguarda- Escola Profissional da Guarda;

ESECD – Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto

ESSG -Escola Superior de Saúde da Guarda;

FG - Freguesia de Guarda;

IPDJ- Instituto Português do Desporto e da Juventude;

IPG-Instituto Politécnico da Guarda;

IPSS – Instituição de Solidariedade Social

ISS- Instituto de Segurança Social;

NDS-Núcleo Desportivo e Social

NEE- Necessidades Educativas Especiais.

NERGA – Núcleo Empresarial da Região da Guarda RSI – Rendimento Social de Inserção

RSI – Rendimento Social de Inserção

(11)

1

Introdução

Tendo por base a aplicação dos conteúdos lecionados ao longo da licenciatura em Animação Sociocultural, faz parte integrante do processo de formação a realização do estágio curricular para a finalização da mesma. O objetivo passa pela aplicação dos conhecimentos adquiridos ao longo dos anos de formação, mas também contactar com novas realidades e adquirir um conjunto de mais-valias, que só o contexto real de trabalho pode transmitir.

Para a concretização do meu estágio escolhi a Instituição Núcleo Desportivo Social (NDS) da Guarda. Optei pelo Centro de Atividades e Tempos Livres (CATL), que é uma das suas valências. O NDS atua como uma Resposta Social, uma vez que, para além de ser uma IPSS (Instituição de Solidariedade Social) de interesse público, presta serviços comunitários aos seus utentes - clientes e participantes. Tem como finalidade atuar em várias dimensões: cultural; social; recreativa lúdica; educacional e formativa.

O presente relatório é uma descrição sucinta do estágio, e este é constituído por três capítulos: o primeiro capítulo apresenta a contextualização da entidade recetora onde realizei o estágio, de forma simples e objetiva.

O segundo capítulo pretende apresentar um breve enquadramento da Animação Sociocultural, enquanto estratégia de intervenção social nomeadamente no que diz respeito à Infância e Juventude.

O terceiro capítulo descreve o conjunto de atividades realizadas ao longo do estágio.

Termino com uma reflexão, onde faço uma observação sobre o estágio que realizei e sobre a minha prestação e evolução enquanto estagiária e pessoa.

A metodologia utilizada para a elaboração deste relatório foi a pesquisa bibliográfica, que incluiu livros e trabalhos anteriores e, sobretudo, os documentos da própria Instituição.

No que diz respeito às atividades desenvolvidas, a metodologia teve por base a investigação/ação, com vista à valorização da participação dos utentes, conforme podemos verificar no Plano de Estágio elaborado e que se encontra em anexo (Anexo I).

(12)

Capítulo I

Núcleo Desportivo Social da Guarda –

Caraterização da Instituição

(13)

3

1.História e Caracterização da União de freguesias de São Miguel da

Guarda

A freguesia de São Miguel – Guarda, é uma freguesia portuguesa do concelho da Guarda, com 9,26 km² de área e 7 928 habitantes, e com uma densidade populacional de 856,2 hab/km², ², de acordo com o Recenseamento Geral da População de 2011.

Esta freguesia foi extinta e agregada pela reorganização administrativa de 2012/2013 sendo o seu território integrado na nova freguesia.

A antiga freguesia estava inserida no perímetro urbano da cidade da Guarda, englobando vários bairros urbanos (Bairro de São Domingos, Bairro do Pinheiro, Bairro Nossa Senhora de Fátima, Urbanização de São Miguel) e ainda povoações exteriores à cidade (Póvoa do Mileu, Carapito, Sequeira). Pela Lei nº 93/85 de 4 outubro, foi criada no Concelho da Guarda, a Freguesia de São Miguel da Guarda, com lugares desanexados das freguesias da Sé e de S. Vicente. A população da freguesia de São Miguel da Guarda de acordo com os três últimos censos segundo dados do INE.

Quadro 1 -População da Freguesia de São Miguel.

Fonte: INE

A freguesia de São Miguel da Guarda apresenta uma população ativa na sociedade. Os indivíduos dos meios rurais recorrem a este meio urbano para trabalhar, desenvolvendo a Guarda e suas freguesias a nível económico e social.

A zona de São Miguel é privilegiada no que diz respeito às suas infraestruturas,

pois possui acessos rodoviários importantes, como a A25, que a liga a Aveiro e ao Porto, bem como à fronteira, dando ligação direta a Madrid; a A23, que liga a Guarda a Lisboa e ao Sul de Portugal, bem como o IP2, que liga a Guarda a Trás-os-Montes e Alto Douro, nomeadamente a Bragança, assim como, ao nível ferroviário, a freguesia de São Miguel possui a linha da Beira Alta, que se encontra completamente eletrificada, permitindo a circulação de comboios regionais, nacionais e internacionais, constituindo "o principal eixo ferroviário para o transporte de passageiros e mercadorias para o centro da Europa", com ligação a Hendaye (França, via Salamanca-Valladolid-Burgos).

Para além das infraestruturas viárias, existem também um conjunto de equipamentos sociais, que são o garante da qualidade de vida e do bem-estar da população que habita nesta freguesia.

(14)

4

Os residentes da freguesia de São Miguel podem contar com infraestruturas de apoio, tais como: Farmácias, Centro de Saúde, Posto da Esquadra de Trânsito (polícia), Escolas, Jardim de Infância, Lar de Idosos, Centro de Dia, Instituto de Mobilidade de Trânsito (IMT), Câmara do Município, Correios (CTT), Junta de Freguesia, Espaço do Cidadão, Supermercados, Parque Urbano do Rio Diz, Bancos e o Núcleo Desportivo e Social (NDS).

1.1. Caraterização do Núcleo Desportivo e Social da Guarda

O NDS Encontra-se sediado na Avenida da Igreja, s/n 2º Piso- Centro Cultural e Social de São Miguel 6300-839 Guarda. Telefone: +351 271230624/Telemóvel: +351 966212318.

Figura 1 - Instalações do NDS.

Fonte - própria

O Núcleo Desportivo e Social surgiu da necessidade de encontrar respostas diversificadas e inovadoras, capazes de criar uma dinâmica catalisadora na comunidade local/bairro. Inicialmente surgiu com um forte cariz cultural e desportivo. O NDS foi criado na seguinte data: 25-08-1982.

O edifício foi cedido pela Junta de Freguesia. Estatutariamente encontram-se definidas diversas áreas de intervenção, estas são a animação e promoção social da infância, juventude e terceira idade; a formação nas vertentes de animação sociocomunitária, desportiva e cultural; as práticas desportivas assentes em diversas modalidades; diversos ateliers de carácter recreativo e cultural em funcionamento permanente, consoante as solicitações e interesses demonstrados pela população; o desenvolvimento de uma política de emprego e formação profissional; a promoção da

(15)

5

Igualdade de Género e Igualdade de Oportunidades e a prevenção e a promoção da saúde e do bem -esta.

Para a realização dos objetivos descritos ou a sua sustentabilidade, a Instituição tem em funcionamento várias vertentes, tais como, o Centro de Atividades e Tempos Livres (CATL-“a,b,c”): - 49 crianças; o Protocolo de Rendimento Social de Inserção (RSI) - 473 Benificiários; o Serviço de Apoio Domiciliário(SAD) - 5 Pessoas ; o Projeto “Pit Stop”- pessoas contactadas - 4317; o Projeto “tu decides+…”– E6G; o CLDS 3G Guarda Ger(a)ção 259 participantes - 60 diretos; - 115 indiretos; - 17 famílias; - 33 outros. Comunidades Ciganas- Participantes diretos - 8; indiretos – 10; Familiares- 6; Descendentes de Imigrantes – Participantes diretos - 6; Participantes indiretos-7; Familiar -1;Outros – 1; o Banco Alimentar contra a Fome - cerca de 60 famílias; o POAPMC – Programa Operacional de Apoio às Pessoas mais carenciadas; as Escolinhas de Futebol – cerca de 200, Formação/Competição de Futebol; a Formação/Competição Basquetebol – cerca de 48 - atletas; a Patinagem Artística cerca de 15 atletas; o Grupo de Cantares “A Mensagem”; o Snack-bar Mercado Municipal de S. Miguel – NDS.

O NDS e as suas valências dispõem de um autocarro ao serviço do desporto, duas carrinhas de dezasseis lugares em cada uma, destinadas ao transporte escolar; dois carros ligeiros para serviços administrativos e uma carrinha adaptada ao serviço prestado pelo SAD.

1.2. A estrutura física da Instituição NDS

A instituição conta com uma estrutura cuja dimensão física é considerável, pois está localizado num prédio de cinco andares. Cada andar corresponde às valências existentes no NDS: na cave o refeitório e a associação de idosos, no rés-do-chão um auditório e uma sala destinada ao grupo de cantigas “A Mensagem”, no próximo andar, ou seja, no primeiro, apresenta-se o CATL - Centro de Atividades e Tempos Livres e no segundo andar encontra-se o NDS – Núcleo Desportivo e Social, um posto da Segurança Social e ainda uma sala de estudo, outra de informática e outra destinada aos ateliers de pinturas. Por último apresenta-se o terceiro andar, que é composto por uma sala de dança/keysi (arte marcial de defesa pessoal), uma biblioteca e uma sala de estudo/formação. Todos os andares têm casas de banho para ambos os sexos.

Quanto às regras de funcionamento está aberto das 9:00 às 12:30 horas no período da manhã e das 14:00 às 19:00 no período da tarde.

(16)

6

No que diz respeito aos recursos humanos, o NDS conta com vinte e quatro colaboradores, constituindo-se como uma equipa multidisciplinar. (ver quadro- 2, anexo: I

1.2 1. Estrutura Orgânica

O NDS da Guarda é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) dotada de uma organização interna como se pode verificar no quadro das estruturas administrativas e órgãos sociais; os órgãos diretivos máximos designam-se de Conselho de Administração e são cargos de nomeação direta: o Conselho de Administração, o Fiscal Único e o Conselho Consultivo.

A sua estrutura organizacional está dividida em quatro grandes áreas de atuação direta: Órgãos de Apoio Técnico, Prestação de serviços aos utentes /clientes, Serviços de assistência aos idosos, Cursos /Formação, Inovação e Desenvolvimento Comunitário. (ver Quadro - 3, Anexo, III).

2. Parcerias

Em todos os projetos e na maioria das atividades, a intervenção do NDS é realizada em parceria com inúmeras instituições locais e nacionais. Só combinando recursos e sinergias é possível alcançar os resultados esperados. O NDS possui protocolos assinados com as seguintes instituições: ADM Estrela; Agrupamento de Escolas da Sé; Agrupamento de Escolas Afonso Albuquerque; Associação Académica da Guarda; Associação de Jogos Tradicionais da Guarda; Banco Alimentar da Cova da Beira; Câmara Municipal da Guarda; Cáritas Diocesana da Guarda; Casa da Sagrada Família da Guarda; Centro de Alcoólicos Recuperados do Distrito da Guarda; Centro de Saúde da Guarda; CFAD – Centro de Formação, Assistência e Desenvolvimento; CERCIG – Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas; Comissão de Proteção de Crianças e Jovens da Guarda; Escola Superior de Saúde da Guarda; Ensiguarda, Escola

Profissional da Guarda; Freguesia de Guarda; Instituto de Segurança Social, I.P.; Instituto Politécnico da Guarda; Instituto Português do Desporto e da Juventude; NERGA – Núcleo Empresarial da Região da Guarda e a EAPN— Rede Europeia Anti Pobreza Guarda.

(17)

7

3. Missão

A base da organização assenta num conjunto de objetivos e valores que devem ser alcançados e respeitados. Além disso, também possuem uma missão e visão que funcionam como “fio condutor” da mesma1.

A missão do NDS traduz-se na prestação de serviços à comunidade, numa ótica de melhoria na qualidade de vida de seus clientes - utentes através da prossecução de padrões de excelência, nomeadamente através da: Prestação da melhoria e qualidade de serviços à comunidade, nas ações de intervenções comunitárias e sociais.

O NDS tem como visão constituir-se como uma organização de vanguarda e referência na prestação de serviços à comunidade. Esta é reconhecida por:

- superar as expectativas dos utentes e profissionais através de uma melhoria contínua da qualidade e de desenvolvimento do capital humano;

- mobilizar o sistema organizacional segundo os princípios da estrutura em rede a fim de oferecer serviços de excelências e qualidade, através de um foco integral no cidadão cliente-utente e espectador.

- promover a inovação e a participação do cidadão, através de um desempenho dirigido à formação de profissionais em diferentes âmbitos. lúdico; social; cultural e profissional.

Os valores presentes são, a cooperação, esta significa ter humildade para aprender e ensinar, trabalhando em equipa de forma eficaz; a interculturalidade, traduz-se em saber aceitar todas as culturas com espírito de entreajuda; a inovação, baseia-se na procura incansável de soluções criativas que acrescentem valor; a ambição, consiste em nunca se acomodar e procurar sempre ir além, com vista à excelência.

O Núcleo Desportivo e Social tem por objetivos a promoção da população, com incidência no distrito da Guarda, nas diversas áreas, nomeadamente: a animação e promoção social da infância, juventude e terceira idade; formação nas vertentes da animação sociocomunitária, desportiva e cultural; práticas desportivas assentes em diversas modalidades; ateliers de caráter recreativo-cultural em funcionamento

1 Adaptado das informações fornecidas pela própria Instituição, e algumas destas informações estão disponíveis no

(18)

8

permanente correspondentes ao justificado interesse da população; desenvolvimento de uma política de emprego e formação profissional; a promoção dos estudos necessários para se obterem soluções coletivas em questões de interesse geral para a população da Guarda; a promoção da igualdade de Género e da Igualdade de Oportunidades.

4. O público – alvo do NDS

O público-alvo a frequentar o CATL, uma das valências do NDS, são crianças do 1º ciclo, com idades compreendidas entre os 6 e 10 anos, de ambos os géneros, num total de 49 crianças, e o restante público-alvo da Instituição são cidadãos provenientes de contexto sociais e/ou económicos mais vulneráveis, tais como: idosos, imigrantes, minorias étnicas, desempregados, jovens NEE, crianças e jovens e toda a comunidade que se encontra envolvida com a instituição, ou seja, o público em geral. Os mais diretos são aqueles que são seus consumidores diretos de seus serviços e os seus familiares e amigos, sendo que qualquer pessoa é um potencial cliente de uma instituição prestadora de serviços social e comunitário.

No entanto, é de salientar que a comunidade envolvente se inclui no público externo, mesmo em situações em que não necessite de recorrer aos seus serviços, como é o caso das campanhas de sensibilização e pedidos de ajuda lançados pela comunidade, em que normalmente a comunidade adere e participa ativamente.

Na instituição existe um Plano Anual de Atividades previamente definido. Deste plano destacam-se as seguintes atividades: datas comemorativas; iniciativas externas (para os quais somos convidados); Festa de Natal; viagem de final de ano; outras atividades:

atelier de dança; iniciação às artes marciais (expressividade e criatividade motora baseada

em artes marciais); informática; apoio psicopedagógico (sinalização).

5. Ética e Responsabilidade Social

O Código de Ética Do NDS da Guarda é baseado fundamentalmente na exigência ética da sua atividade, consagrada ao atributo dos serviços prestado a comunidade geral com a máxima qualidade e eficiência, de um modo humanizado.

(19)

9

O NDS da Guarda envolve, como um dever de missão, a atividade profissional que nesta instituição se exerce respeitante, direta ou indiretamente, à assistência e tratamento dos utentes / clientes de todo o NDS da Guarda, dentro da vasta conjuntura em que está organizada e que envolve vários tipos de profissionais como na área da educação; psicólogo, assistente social; técnicos de informática; técnicos na área do desporto; assim como profissionais administrativos e vários tipos de executantes auxiliares os trabalhadores, permanentes ou eventuais, independentemente do seu vínculo. O Recursos Humanos do CTL é constituído por uma equipa multidisciplinar. (Quadro 4, no Anexo IV).

6. Diagnóstico Sociocultural

A problemática que eu pude verificar como estagiária e futura animadora sociocultural, na Instituição onde decorreu o estágio (CATL), pude observar que os indivíduos que frequentam o CATL são crianças provenientes de famílias bem-sucedidas ao nível económico e social. Aparentemente, são crianças felizes.

Estas crianças possuem uma grande carga de deveres. Além do currículo escolar, as mesmas têm outras atividades ocupacionais após o período escolar. Num efémero espaço de tempo dedicam-se às outras atividades diariamente, sem exceção da sexta-feira, tais como, dança, futebol, natação, Keisy, catequese, explicações e línguas estrangeiras.

As crianças têm como rotina: da parte da manhã estão no CATL, vão para a escola, saem para almoçar e regressam para a escola, após isto, regressam para o CATL e lancham neste mesmo local, realizam as atividades impostas pelos pais, dentro e fora do CATL.

Pude comprovar que estas crianças não têm tempo para brincar. Analisando o comportamento das crianças, considero que seria importante fazer referência ao que são brincadeiras livres, que as crianças não têm tempo de fazerem, apenas concretizam as atividades propostas pelos seus pais.

As crianças têm uma rotina diária que contempla os seguintes horários: 7h45/8h40 -acolhimento das crianças, jogos, brincadeiras livres; 8h40 – ida para a escola; 12h30/12h40 até 13h20/13h30 – almoço; 13h20/13h40 – higiene oral; 13h45- ida para a escola; 16h30 /16h50- lanche; 16h50/17h00; – 18h00 – realização dos trabalhos de casa (sala exterior ao espaço (CATL); 18h00/19h00 atividades orientadas/brincadeiras livres. Face a esta problemática pude aplicar os meus conhecimentos adquiridos ao longo destes três anos, criando um projeto de intervenção que se denomina de “Afetos e

(20)

10

Valores”, com o objetivo de promover participações intergeracionais. Este permite um encontro dos participantes com a leitura e com o debate, no sentido de desenvolver uma participação associada à experimentação e a dinâmicas lúdico-educativas. Este mesmo projeto, em termos práticos, consiste em criar atividades que reforcem os laços de amizade das crianças com os idosos - onde a criança aprende com o idoso e vice-versa - com actividades, tais como, a leitura de histórias, contos e lendas ou outras que estimulem a aprendizagem e o convívio entre ambas gerações, com afetividade como se fossem avós.

Com este projeto pretendo diminuir a sobrecarga que as crianças possuem em relação aos seus estudos, a partir do desenvolvimento de relações interpessoais, da autonomia e do espírito crítico, formando crianças que conhecem e exercem os seus direitos e deveres como cidadão em prol de um mundo melhor.

(21)

Capítulo II

(22)

1. Animação Sociocultural: âmbito, funções e perfil do animador

A Animação Sociocultural alerta para a necessidade de uma participação comprometida com o processo de transformação da sociedade, com implicações de ordem económica, política, cultural e educativa. É nesta interação entre a sociedade e educação que surge o ato de animar como complemento do ato educativo, segundo a UNESCO (1982, p.23) “entende-se por animação sociocultural um conjunto de técnicas sociais que, ba“entende-seadas em uma pedagogia participativas, têm como finalidade promover a práticas e atividades voluntarias, bem como a participação das pessoas no seio das comunidades nos diferentes âmbitos que estão integrados”.

É comum, no entanto, que a Animação Sociocultural seja caracterizada pelos seus diferentes âmbitos segundo três perspetivas distintas: consoante a faixa etária, a dimensão espacial (em meio rural ou em meio urbano) e o seu âmbito cultural, social ou educativo. Atualmente a animação assume um papel fundamental na abordagem e compreensão da complexa realidade social, tendo por base técnicas sistemáticas e específicas, ainda que de carácter interdisciplinar. Neste contexto, pode levar-se a cabo uma multiplicidade de atividades, como é o caso de animações em Atividades de Tempos Livres (ATL), em ludotecas, em museus, em bibliotecas e ao ar livre, a montagem de peças de teatro, as colónias de férias e as semanas culturais. É na contextualização destas vertentes que o presente estágio pretende demonstrar a importância da Animação Sociocultural e os seus próprios conceitos de educação e de aprendizagem, ainda que estes indevidamente balizados, quanto à sua área de intervenção, sendo que um indivíduo está em constante aprendizagem, ainda que não de forma reconhecida. Tal como afirma Canário (2000, pp.121-139), “aprende-se sem ser ensinado”, ou seja, a educação não se deve remeter exclusivamente ao contexto escolar, mas sim de forma ampla, abarcando todas as formas possíveis de aprendizagem, que desenvolvam o potencial de um indivíduo. A UNESCO (1977, p.13): definiu “um conjunto de práticas sociais que têm como finalidade estimular a iniciativa, bem como a participação das comunidades no processo do seu próprio desenvolvimento e na dinâmica global da vida sociopolítica em que (os indivíduos) estão integrados” e Lopes descreve (2006, p.95)

animação é “ação” de estímulo e mobilização de indivíduos, grupo ou coletividades, de forma de infundir ânimo e infundir dinamismo e entusiasmo, dar vida e movimento a um conjunto de indivíduos, seja qual o âmbito que se encontra inserido. Ferreira (1982, pp.55) salienta que a Animação Sociocultural é um “processo de ação que tem como objetivo a resolução de um problema, através da participação de todos os interessados, e que permite o desenvolvimento

(23)

de: - autoconfiança; respeito mútuo e aceitação das diferenças; capacidade de integração em grupo; intervenção na vida das comunidades; envolvimento de diferentes atores sociais”. Neste âmbito a ASC é uma metodologia de ação tendo como finalidade trabalhar o interesse e capacitação dos indivíduos, para que, estes sejam autores e protagonistas do seu próprio desenvolvimento. Entendemos a Animação Sociocultural como ação educativa, própria da educação social, que se orienta até à promoção e desenvolvimento social, através da cultura, num território específico.

1.1.

A Animação Sociocultural nos âmbitos social, cultural e

educativo

Entendemos a Animação Sociocultural como ação educativa, própria da educação social, que se orienta até à promoção e desenvolvimento social, através da cultura, num território específico. Neste sentido a Animação Sociocultural refere-se à proposta utópica, própria dos âmbitos sociais e educativos que têm a ver com a emancipação dos indivíduos e das suas sociedades.

Nesta perspetiva, a Animação Sociocultural engloba campos de intervenção diversos, com práticas diferenciadas, as quais se podem estruturar três eixos centrais de intervenção, como o âmbito cultural, social, educativo.

O âmbito cultural: a modalidade cultural centra-se em programas culturais de criação e difusão. Delgado (1982, p. 28) faz a distinção entre Animação Cultural e a Animação Sociocultural: “A Animação Cultural é aquela que usa as técnicas como elementos de criação, produção e comunicação, entre os criadores e o público. Animação Sociocultural é a que usa as diferentes técnicas de expressão/comunicação como elementos de relação, expressão e comunicação entre os diversos grupos”. Enquanto que o âmbito cultural corresponde ao desenvolvimento de programas de intervenção cultural, que tem como objetivo, potenciar a produção cultural, valorizando aspetos como a criatividade, a identidade, o desenvolvimento cultural, entre outros. Neste caso, a animação está a atuar como um instrumento de promoção da democracia cultural, ao incentivar os indivíduos a produzirem as suas próprias práticas e bens culturais. Também valoriza aspetos como a vivência cultural, o acesso à cultura, entre outros. Neste caso, a animação, ao divulgar os bens culturais, pondo em contato os criadores e os seus públicos, está a contribuir para a democratização da cultura.

(24)

Âmbito social: a Animação Sociocultural procura colmatar as desigualdades sociais, e para isso o animador trabalha com outros técnicos de forma multidisciplinar. O seu objetivo é «anular a expressão dos mais desfavorecidos, excluídos». O âmbito social corresponde ao desenvolvimento de programas de intervenção social em duas vertentes.

Assistencial: engloba ações para resolver problemas socias, relacionados por exemplo, com a pobreza, a doença, entre outras.

Comunitária: dirige-se a grupos sociais e a comunidade, tendo por objetivos incentivar a participação e o associativismo entre os seus membros, promover o desenvolvimento local, entre outros.

Em ambas as vertentes, a animação social pretende desenvolver as qualidades e as capacidades pessoais através de um processo de pedagogia coletiva, utilizando técnicas de expressão como elementos de relação e comunicação entre o grupo. O objetivo final é desencadear processos auto organizativos a nível individual e coletivo, levando os seus membros a criar, por exemplo, associações, movimentos de cidadãos, entre outros.

Âmbito educativo: este está relacionado com a prática educativa e a ocupação dos tempos livres, dirigindo-se a toda a população - crianças, jovens e adultos. Nesta Modalidade Educativa o animador é um educador que baseia a sua metodologia na participação e autogestão do grupo. Viché (2013, p.19) “uma ação educativa informal sendo que os jovens vão amadurecendo de forma integral em função de um projeto educativo.”

Neste contexto, animação é entendida como uma ação educativa e o animador é um educador que trabalha com base nas relações interpessoais e de grupo. Apesar da animação educativa ocorrer preferencialmente nos espaços educativos não formais, atualmente, também tem lugar nos espaços formais. Tem como objetivo promover o desenvolvimento pessoal, valorizando os recursos de cada indivíduo, também desenvolve a motivação para a aprendizagem ao longo da vida e promove a educação em tempos livres. A animação educativa centra a sua ação no indivíduo, utilizando práticas pedagógicas ativas e participativas que apelem à participação ativa e à comunicação interpessoal e entre os elementos do grupo e a práticas de autogestão do próprio grupo.

Âmbito Económico: este está relacionado com a prática económica. A animação sociocultural procura que os indivíduos alcancem a realização pessoal através do emprego, participando em cursos de formação, por exemplo, e combinando a formação com a gestão. Segundo Lopes (2010, p.143), a ASC, no âmbito da intervenção de ação com reflexo à ação

(25)

humana, desenvolve conteúdos de apoios programáticos no desenvolvimento das aprendizagens e plano da educação, se forem relacionadas com a educação da aprendizagem, podem funcionar como apoios educativos ao trabalho das áreas de formação constitui uma conexão cativante da família e da comunidade com a vida

Âmbito etário: de acordo com o âmbito etário, do qual analisámos as designações de Animação Infantil, Animação Juvenil, Animação de Adultos e Animação na Terceira Idade, abordando, em simultâneo, concluímos que as diferentes instituições operam diversas escalas etárias através de programas de Animação Sociocultural.

O terceiro âmbito, denominado como setor de atividade e também das técnicas e recursos para a Animação, reflete diferentes dimensões características da Animação Sociocultural, social, cultural e educativa. Segundo Silva, (2010), citado por Lopes, o conceito de educação está associado ao da socialização, na medida em que corresponde a um processo dinâmico através do qual os indivíduos aprendem os valores, as regras, e as práticas próprias da sociedade a que pertencem. Ander-Egg (1999), o termo educação designa o ato da ação. Depreende-se dos âmbitos de intervenção, os reflexos da ação humana, não podem ser considerados separadamente ou de forma estática, isto é, nem autónomos uns em relação aos outros, nem como estagnados num dado momento. Os âmbitos da ASC consagram a Animação Teatral, a Animação Turística, a Animação Socioeducativa, a Animação na infância, na juventude, nos adultos, na terceira idade, entre outros. Todavia, há que mencionar outras modalidades, como a Animação termal, a Animação comercial, a Animação de prisões, a Animação de hospitais, a Animação comunitária, a Animação de museus, a Animação de bibliotecas, a Animação terapêutica, a Animação de rua, a Animação ambiental, na certeza que, no futuro, emergirão outros âmbitos configurados por novas realidades e necessidades sociais. Crê-se que, no futuro, serão necessários variados Animadores que promovam o bem-estar através de programas que estimulem a participação criativa e comprometida com o desenvolvimento humano.

1.2. Função da Animação Sociocultural

A Animação pode-se considerar assim como um modo de atuação face à comunidade, que reúne múltiplas funções. Segundo diversos autores: Moulinier, Théry (1970) e Labourie (1972) tinham perspetivado esta abordagem, referidos por Besnard (1988, P.16). as funções da animação resumem-se a quatro pontos essenciais: “Universalidade: de meios, bens e ações, sem nenhum tipo de discriminação; Normalização: integração dos distintos indivisos

(26)

na sua comunidade; Descentralização: tomada de decisões dentro de cada grupo organizado democraticamente; Participação: autogestão em todos os níveis da vida social. As funções da Animação não são individuais, mas pelo contrário, estas encontram-se integradas entre si, como um ciclo vicioso. Ao início a Animação vai descobrir os problemas com o objetivo de transformar a comunidade. Após a descoberta vai investigar os eixos desse problema, terminada a investigação e a análise dos resultados desta, é necessário planear soluções. A mobilização de vontades e a união dos grupos faz com que se realizem ações que transformem a sociedade. As funções da Animação não têm de seguir rigorosamente esta ordem, mas têm de ter em conta estes diversos eixos. A Animação Sociocultural abarca parâmetros ideológico-políticos, nos quais se destacam as seguintes funções:

Função de integração: pretende corrigir as imperfeições do desenvolvimento (demográfico e do meio ambiente), como os insucessos no sistema educativo (analfabetismo, educação básica insuficiente, fracasso escolar, escassa formação profissional).

Função de desenvolvimento: tem como objetivo elevar a qualidade de vida de forma quantitativa, desenvolvendo não só a nível cultural, mas também o afetivo, ético e cívico;

Função criativa: ocupa-se de gerar processos de participação que proporcionem novas formas culturais, facilitar meios e técnicas para adquirir carácter de formas culturais e orientadas de modificação social.

1.3. Animação Sociocultural e o Papel do Animador com as crianças

A ASC assume-se como um grande impulsionador da promoção de atividades que promove uma infância saudável e ativa. Para que o tempo seja vivido e não passado, que vida seja vivida na convivência e que eles se envolvam no seu próprio desenvolvimento. A função de um animador sociocultural neste âmbito apresenta características muito especificas e importantes, pois depende também dele criar um plano de atividades que seja do interesse das crianças, para que as mesmas se sintam motivadas a participar, pois não vale de nada promover atividades que não vão ao encontro das necessidades e motivações das crianças. O animador sociocultural é aquele que, sendo possuidor de uma formação adequada, é capaz de elaborar e executar um plano de intervenção na comunidade, instituição ou organismo, utilizando técnicas culturais, sociais, educativas, desportivas, lúdico recreativo.

Ander-Egg (2000), salienta que o animador é que deve promover da melhor forma, o bem-estar, conhecimento, a responsabilidade, a autonomia e o sentido critico da vida e tudo o

(27)

que a envolve”, sendo assim nesta perspetiva o animador sociocultural é aquele que realiza tarefas e atividade de animação, que é capaz de estimular os outros para determinada ação e atua como catalisador da sua vontade, ou de terceiros, junto de um grupo de pessoas.

O animador é um mediador, é o guia, é o facilitador das aprendizagens, é o intermediário, um provocador, um gestor, um companheiro e um agente de ligação entre o objetivo e um grupo-alvo.

O animador enquanto promotor deve ser caracterizado enquanto pessoa e profissional perante o trabalho e os sujeitos da ação, pois todas as suas “facetas” condicionam a intervenção. Este profissional deve estar permanentemente a educar-se e a educar socialmente os outros. Para isso deve minimizar os problemas sociais dos envolvidos, assim como averiguar o contexto delineado das estratégias de intervenção comunitária, adequando-o o mais possível às necessidades e aspirações identificadas pelos grupos/comunidades.

Martins (1995, p. 107) defende que: “o animador sociocultural é o agente que põe em funcionamento, que facilita e dá continuidade à aplicação dos processos de animação. Este dinamizador da mobilidade social está ao serviço de uma instituição pública e privada de carácter administrativo ou associativo e de modo voluntário ou profissional, a intervenção sociocultural na comunidade em que atua. O seu trabalho técnico apoia-se na relação pessoal com os destinatários, a sua integração no grupo e o de facilitar nele os processos de coesão, vivências ou experiências e tomar posições ativas sobre o meio em que se realiza a animação.”

Para o animador é pertinente ser investigador, pois ajudá-lo-á na compreensão de todos os fatores endógenos e exógenos inerentes à intervenção social e comunitária. Por sua vez, é crucial para o investigador centrar-se nos métodos da animação, na medida em que facilita o diálogo com o grupo e a interação com e entre os membros através da participação ativa.

O animador/investigador investiga as metodologias participativas e a investigação ação partem dos indivíduos para que estes autonomamente solucionem os seus problemas e conflitos - empowerment. Como refere Tracana (2006: p.12), “o animador é também um membro do grupo, e tem como função não só procurar a autonomia do mesmo, como também fomentar o enriquecimento das atividades, tomando-as de qualidade e enquadrando-as em função das necessidades e aspirações de todos, de modo a que o conjunto de indivíduos envolvidos possa beneficiar da criatividade de cada um”.

Contudo, é igualmente importante referenciar alguns dos problemas com que estes profissionais se deparam, não só face à globalização, como também às próprias instituições promotoras das intervenções, e relativamente aos sujeitos e ao seu contexto.

(28)

O grande desafio do animador é conciliar os interesses globais com os nacionais, os locais com os individuais, pois há um choque de valores culturais e interesses a vários níveis.

A transformação social através da participação ativa implica um acompanhamento e uma orientação longa junto dos grupos e comunidades.

O animador necessita de conhecimentos técnicos para articular a solidariedade, o compromisso, a responsabilidade e a participação democrática. Por isso este deve trabalhar em equipa, de forma democrática e em contextos informais, deve medir conflitos e interesses individuais e comunitários e deve criar condições para o surgimento e renovação de grupos através da suplantação das barreiras criadas pela simbologia da língua, da cultura, dos hábitos e dos costumes.

O animador deve também ser um líder democrático com uma visão de conjunto, com capacidade de tomar decisões, medir conflitos, promover o diálogo com o intuito de

“proporcionar assessoria técnica para que o grupo ou o coletivo encontre respostas para as suas necessidades e problemas e se capacite para organizar e conduzir as suas próprias atividades” (Ander-Egg, 1999, p.12).

Assim, através do papel do animador, a Animação Sociocultural, na sua forma mais participativa, é fulcral para a investigação social, não só para o diagnóstico da realidade como também para a própria implementação de projetos de intervenção que visam a participação cívica e ativa de todos enquanto parceiros.

Em suma, o animador sociocultural é aquele que, sendo possuidor de uma formação adequada, é capaz de elaborar e executar um plano de intervenção, numa comunidade, instituição ou organismo, utilizando técnicas culturais, sociais, educativas, desportivas, recreativas e lúdicas (APDASC, 2014). O animador sociocultural, organiza, coordena e promove atividades de animação, desenvolvimento sociocultural de ocupação dos tempos livres, para determinados grupos/comunidades.

1.4. Animação na Infância e Juventude

A Animação Sociocultural (ASC) na infância, segundo Lopes (2006, p.8), surge como necessidade sentida com a instituição da democracia em Portugal e ganha forma com a animação socioeducativa. Deste modo, tem como objetivo completar as funções da escola e as atividades de educação não formal, através de programas lúdicos e formativos, desenvolvidos em colónias de férias, passeios e visitas de estudo, que permitam às crianças e jovens conhecerem lugares diferentes. Estas atividades têm por base processos de

(29)

aprendizagem dinâmicos que resultam da partilha e interação dos alunos entre si e destes com os monitores.

De acordo com as conceções de Sastre (2004, p.13), as atividades e os meios utilizados pela ASC, no âmbito infantil, coincidem com vários métodos da educação não formal direcionados especialmente ao público infantil, como as atividades extra escolares (colónias de férias, semanas culturais), as atividades e os meios de carácter cultural (atividades de animação infantil em museus e bibliotecas, instituições culturais), as atividades de meios recreativos (parques temáticos, espaços de recreação ao ar livre) e as instituições educativas especializadas que possibilitem a realização de atividades de educação nos tempos livres (clubes desportivos, grupos de teatro infantil, grupos corais infantis e oficinas de expressão, workshops). Lopes (2010, p.16) refere que os programas de ASC, na infância, têm um conjunto de ações de carácter lúdico, dirigidos às crianças dos 8 aos 13 anos de idade. As atividades podem desenvolver-se autonomamente ou em conjunto com a educação formal.

Estas passam pela realização de ações ligadas à expressão dramática, musical, plástica e ao jogo.

Segundo Lopes (2010,p. 26), toda a ação no domínio da ASC na infância deve atender aos seguintes princípios: a criatividade fomentada, principalmente, através do envolvimento em áreas expressivas, que apreciem formas inovadoras e métodos de aprendizagem, o improviso e a espontaneidade; a parte lúdica que faça com que o prazer da ação se exteriorize na alegria de participar, num meio de confiança, em ações detentoras de satisfação e impulsionadoras de um constante estado de convívio; a atividade produtora de uma dinâmica, resultado da interação proveniente da ação; a socialização descoberta a partir daquilo que está em torno dos outros programas que desenvolvem dentro de procedimentos criativos; a liberdade proveniente de ações sem constrangimento e repressões; a participação interveniente onde todos são participantes, não se observando papéis principais, nem secundários.

Sastre (2004, p.108) indica que a ASC na infância utiliza o potencial educativo do ócio para desenvolver comportamentos que possibilitem o desenvolvimento pessoal e social do público-alvo. Artiaga (2004, p.18) indica que o conjunto dos adolescentes e dos jovens possuem uma série de características que regulam, de forma importante, o estilo, a constituição das políticas, das atuações que os influenciam: a grande rapidez de modificação das suas características, simultaneamente com uma maior celeridade na aceitação das mudanças culturais e sociais em geral.

(30)

Certos problemas da sociedade atingem os adolescentes de forma particular. Por outro lado, são afetados pela diversidade territorial, pelo que é necessário identificar os contextos envolventes de cada zona que os condicionam.

Contudo, estão submetidos a influências muito fortes por dinâmicas de tempos livres com fluxos e refluxos exteriores dos espaços, pela saída do bairro para a escolarização e o trabalho, necessitam de políticas de atendimento, mas a identificação dos seus problemas é efetuada pelos adultos. Deste modo, uma parte das políticas de juventude deve dirigir-se aos adultos, abrangendo o apoio dos pais, (Artiaga, 2004, p.23; Lopes, 2006, p14, 2010 47.). Artiaga (2004, p.23), sugere que se deva completar: os espaços vitais onde se organizam as atividades; os tempos do dia-a-dia de um jovem, que lhe facultam uma subsistência saudável, uma socialização não conflituosa e uma acumulação de vivências, experiências e conhecimentos determinantes para o seu futuro como adulto; os contextos, ou seja, os espaços onde eles estão, onde vão, onde passam o tempo; nas entidades, remetemo-nos aos serviços, às áreas de administração, os recursos assistenciais, de informação ou de estimulação cultural, através das quais o animador sociocultural.

Lopes (2010, p.53) refere que, com o progresso da idade, a escola e a família deixam de ter a centralidade que subsistia na infância. Os principais sinais de afirmação da identidade prendem-se com as tentativas de libertação da proteção e do controlo da família.

Outra característica que surge nesta faixa etária é o sentimento de pertença a um grupo, geralmente guiado por normas e regras como as conceções, a cultura da imagem, as tendências musicais e estéticas (Sprinthall & Sprinthall, 1993). Deve consignar-se o progresso do associativismo como meio de socialização e como difusor de desejos e inquietações habituais e de aprendizagens variadas, designadamente: a democracia, a cultura, a socialização, o recreio e o ócio. A participação é uma componente fundamental de um programa de ASC, na qual o jovem se sente como protagonista e não um elemento passivo, ou seja, a ASC na juventude passa pela envolvência direta dos jovens e não uma ASC que reduz o jovem para a passividade. Paralelamente, deve-se fomentar o voluntariado como procedimento de compromisso solidário (Artiaga, 2004; Lopes, 2006, 2010).

De acordo com Lopes (2010, p.87), a ASC na juventude está orientada para a concretização dos seguintes objetivos: propiciar tempo livre e tempo de ócio, numa ótica educativa que leva a assumir este tempo como um meio de valorização pessoal e social; fomentar, entre o tempo livre e o tempo de ócio, diferentes aprendizagens que os torne conscientes da prática dos valores da democracia, estabelecendo, neste caso, o associativismo juvenil numa potencial escola de formação cívica. Assim, o mesmo autor refere que as

(31)

aprendizagens podem adotar a forma de ações de voluntariado, de educação intercultural e multicultural, através da convivência.

A ASC pode tornar-se numa forma de integrar e partilhar saberes, áreas, experiências e vivências. Apoia e interage a inter-relação dos jovens, através de uma metodologia ativa, participada e que enaltece a autoestima. Substancia o triângulo essencial da intervenção associada aos jovens: no aspeto social, mediante o movimento associativo juvenil e do voluntariado; no aspeto cultural, em iniciativas, de modo a estimular e valorizar a comunicação entre jovens, a partir da expressividade, da criatividade e da vertente terapêutica, ao eliminar as tensões, a agressividade, a violência e as dificuldades de relação e socialização; no aspeto educativo, como instrumento de auxílio de formas de aprendizagens formais.

Artiaga (2004, p. 73) expõe os animadores socioculturais como úteis na vida dos jovens, pois estes estimulam, auxiliam o processamento de transição para vida pós-escolar, socializam, dão possibilidades para alcançar a identidade própria, possibilitando a autonomia e independência. O mesmo autor consubstancia as seguintes funções do animador sociocultural face à intervenção com os jovens: ligação com a escola, articulação com o ensino secundário para prevenir conflitos e exclusão; o animador sociocultural é alguém que observa, estimula dinâmicas para os jovens, agindo com critérios apropriados da ASC, tendo em consideração o seu estilo e características.

1.5. Animação sociocultural nos Tempos Livres e Educação na infância

A educação e tempos livres são dois conceitos amplos e polissémicos para se poder estabelecer entre eles relações múltiplas. Poderíamos analisar o que têm de educativo algumas das atividades que as crianças realizam durante os tempos livres, como vídeo jogos ou ver televisão, entre outras. Neste contexto, poderíamos estudar as instituições que, fora do ambiente escolar oferecem atividades educativas para este público infantil. Partindo deste princípio instrutivo e conteúdos muito semelhantes ao das escolas, estou a referir-me aos estabelecimentos ou instituições dedicadas a cursos de língua, informática ou salas de estudos.

Os dois tipos de atividades dirigem-se ao público infantil: contam com dois elementos comuns: têm lugar durante os tempos livres das crianças nos dois âmbitos.

Quando falamos de animação sociocultural na infância, fazemos referência a uma conceção da educação nos tempos livres muito diferente do que se podia derivar dos dois exemplos citados.

(32)

Na realidade, os tempos livres 2 são, unicamente, uma referência temporal em que, podem ter lugar ações educativas diferentes.

Para diferenciar animação sociocultural na infância de outras atividades educativas que ocorrem nos tempos livres convém verificar outras propostas de precisões conceptuais.

Ao referir as atividades de tempos livres infantis, refere-se às práticas educativas da animação sociocultural na infância, na qual consideramos mais adequado falar das atividades de ócio infantil, o ócioé uma forma de utilizar os tempos livres, que realça o valor da liberdade em relação ao da necessidade de promover o prazer da criança, enquanto realiza uma atividade. A animação infantil aproveita o potencial educativo do ócio para estabelecer processos de desenvolvimento pessoal e social. Preocupa-se na defesa dos valores e da liberdade, não com as brincadeiras das crianças, ela ocupa-se dos seus tempos livres com atividades de contexto educativas. Neste âmbito, sem se preocupar dos tempos livres do sujeito para alcançar os seus objetivos. Seus objetivos estão relacionados com o ócio. Deixando de lado os propósitos e as iniciativas desenvolvidas durante os tempos livres com outras finalidades.

Para a animação sociocultural na infância as atividades não são um fim, mas um meio, com vista ao sucesso. O único objetivo da animação é educar para o ócio.

2 Para aprofundar o conceito de tempos livres e, especificamente, o conceito de tempos livres infantis, ver J. Trilla

(1993, b, pp.73-84): Otras educaciones. Animación sociocultural, formación de adultos y ciudad educativa, Barcelona, Anthropos, pp.48-69.

(33)

Capítulo III

Estágio

(34)

25

1. O Estágio

O último capítulo deste relatório refere-se ao estágio curricular desenvolvido durante três meses, entre 26 de fevereiro, a 18 de maio de 2018, no Centro de Atividades de Tempos Livre da Guarda. Desde o primeiro dia, comecei a exercer funções que me foram atribuídas pela minha supervisora, licenciada em Educação Básica, Inês de Castro Gil, previamente estipuladas conjuntamente com o minha Professora Orientadora, Ana Isabel Ventura Lopes.

Nestes três meses de estágio, realizei variadíssimas atividades tais como os ateliês nas expressões: plástica, física-motora, música, dramática e lúdica. As atividades que foram realizadas no contexto destas expressões foram recortes de papéis, pinturas com lápis de cor e canetas de feltro, colagem. Os materiais para a execução foram adaptados de acordo com á atividade realizada. Isso só foi possível graças aos conhecimentos adquiridos na licenciatura. Com base nestas disciplinas das expressões na qual pude aplicar os meus conhecimentos com este público com o qual estou a estagiar. O plano definido (anexo I) não foi todo cumprido na sua totalidade. Mas na medida do possível algumas das tarefas propostas foram executadas ao longo deste processo. As atividades realizadas têm como principal objetivo preparar o estagiário para o mundo laboral, colocando em prática todos os conhecimentos adquiridos ao longo da licenciatura em Animação Sociocultural.

2.

Cronograma

Um cronograma (Quadro 2) é um instrumento de planeamento onde são definidas e detalhadas pormenorizadamente as atividades executadas durante um determinado período de tempo. Através do cronograma, é possível visualizar todas as tarefas realizadas em diferentes contextos, rápida e eficazmente. Dado que ao longo dos quatro meses de estágio executei diversificadas tarefas e em contextos diferentes, optei por apresentar um cronograma onde refiro todas as atividades desenvolvidas ao longo deste processo.

(35)

26 QUADRO 2 - CRONOGRAMA Fonte -Própria

3.

As atividades de expressão: plástica, dramática, físico-motora,

musical e lúdicas

As atividades desenvolvidas serão enquadradas no âmbito das animações, às quais farei referência a uma por uma, e farei uma contextualização acerca de cada animação, animação de expressão plástica, animação física motora; animação de expressão dramática e animação de expressão musical. Neste contexto de animar surge a animação lúdica que é algo intrínseco, pois está incutida no âmbito das animações que é o ato de animar, dar vida.

Todas as atividades realizadas durante o estágio no Centro de Atividades de Tempos Livres do NDS foram cruciais para aprofundar os meus conhecimentos, tornando-me mais capaz para ingressar com sucesso no mundo laboral.

Meses

Tarefas

fevereiro março abr il maio

1ª 2ª 3ª 4ª 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 3ª 4ª 5ª atividade de expressão plástica Confeção dos peines dos Eventos Expressão dramática Atividades lúdicas Expressão música Expressão física motora

(36)

27 De seguida, serão descritas todas as atividades, fundamentando-as teoricamente. Pois todos os objetivos desta fase são amplamente contemplados, no simples ato das brincadeiras, e em uma primeira instância como estagiária - um dos primeiros trabalhos que executei foi no campo da expressão plástica. Foi neste âmbito que quase todas as tarefas foram desenvolvidas ao longo do estágio, mas também realizei atividades no contexto de outras expressões como já referi anteriormente. A animação tem um carácter lúdico, dinâmico e tradicional que desperta o interesse nas crianças em realizar atividades lúdicas. Para além destas atividades que estão inseridas no meu plano de estágio, realizei outras atividades como está mencionado no início desta descrição, mas o desenvolvimento deste relatório conta de trabalhos que já havia realizado antes no âmbito da sala de aulas ao longo da Licenciatura, e também consta de pesquisa e recolha de informação junto do CATL, e de pesquisa na internet, e de todo o material disponibilizado pelos professores ao longo do curso.

Todas as atividades foram feitas no contexto das expressões correspondentes para o efeito, (Ver anexo).

3.1.

Animação através da expressão plástica

Nesta animação pretende-se que a criança trabalhe a sua faceta artística através da moldagem, pintura, desenhos, colagem, recortes, etc., que tenha contacto com vários materiais e várias técnicas para que se possa exprimir através da arte, proporcionando momentos de descontração e diversão. A animação plástica é simultaneamente motora e cognitiva, pois trabalha a motricidade fina e a agilidade mental. A expressão plástica servirá como método de animação nestas atividades quando as crianças participarem da elaboração das canecas do dia do pai e das pinturas nos pires para o dia da mãe, nesta expectativa trabalhar a motricidade fina quando fazem todos os movimentos necessários para desenvolverem o seu trabalho com exatidão e perfeição. Serão também fornecidos às crianças desenhos de várias figuras que vão ao encontro do tema do meu estágio, os “Afetos e Valores”, e outros que fizemos que teria m como complemento uma decoração de primavera no recinto do CATL, pássaros, borboletas e flores, e juntamente a pomba do 25 de abril. Essa atividade foi preenchida com bolinhas de papel crepe e algodão, com a sua execução seria trabalhada a precisão manual e a motricidade fina. Entre inúmeras atividades que foram feitas neste género, destaco a sequência destas atividades em seguida.

(37)

28

3.1.1. Objetivos das atividades

Criar laços afetivos entre o grupo e com outras pessoas do seu convívio;

Desenvolver a motricidade fina.

3.1.2. Atividades desenvolvidas no âmbito desta animação

• Confeção das lembranças de aniversário, (chupa-chupa envolvido num desenho com a forma de caracol);

• O jogo dos valores:

• Elaboração dos painéis de 8 de março em comemoração ao dia internacional da mulher;

• Desenho sobre uma forma de demostrar afeto;

• Painel do dia 25 de abril;

• Painéis do dia da mãe, atividades, e outras atividades que foram executadas através de montagem do recorte e colagem;

Ateliês de elaboração de pulseiras e tereré;

• Painéis decorativos para homenagear o pai; elaboração pintura, recorte; • Pinturas nas canecas para presentear o pai no seu dia;

• Receita para o pai, elaboração: os ingredientes são as palavras de “afetos” ao herói do dia;

• Painéis para a entrada da primavera, confeção dos mesmos através das colagens; montagens e recortes;

Ateliê da Páscoa, a elaboração: colagem, recorte e a montagem dos coelhinhos;

Os ateliês de cozinha e de Páscoa; Ateliê de manicura;

• Confeção dos cartazes da feijoada solidária; • Jogo do borrão simétrico.

(38)

29

3.1.3. A descrição de algumas atividades

3.1.3.1. A prenda do Dia do Pai

Descrição

: esta atividade tem como intuito a realização de um trabalho manual, para promover o dia do pai, onde as crianças desenvolveram várias atividades, tais como, pintura em canecas de loiça para presentear o pai no seu dia; e fizeram uma receita constituída com os ingredientes: palavras de “afeto” ao herói do dia; em papel, este é semelhante a um pergaminho.

Figura 2- Canecas dia do Pai

Fonte-Própria

3.1.3.2. Painel do Dia do Pai

Descrição: esta atividade tem como intuito a realização de um trabalho manual, para promover o dia do pai, onde as crianças desenvolveram várias atividades, tais como, pinturas em folhas A4, com lápis de cor, e recorte das mesmas sobre o retrato do pai, com finalidade de homenagear o pai, este painel foi exposto no hall de entrada do CATL.

(39)

30

Figura3 – Painel do Dia do Pai Fonte- Própria

4.

Animação físico-motora

Animação físico-motora é uma ferramenta de trabalho em que o animador utiliza a favor de suas atividades, para atingir objetivos, e para desenvolver psicomotricidade, que neste caso as crianças, usufruem o seu benefício e considera os movimentos como uma ação relativa a um sujeito, isto é, uma ação que só se pode compreender nas estruturas neuro psicológicas que o integram, elaboram, regulam, controlam e executam. A psicomotricidade, visa essencialmente: a mobilização e reorganização das funções mentais para que esta possa transmitir ao corpo em forma de movimentos o aperfeiçoamento da conduta consciente e do ato mental, assim elevando as sensações e perceções a níveis de consciencialização, simbolização e conceptualização da ação aos símbolos, passando pela verbalização, e maximizar o potencial motor, afetivo-relacional e cognitivo, fazendo do corpo uma síntese integradora da personalidade. Neste sentido, através da animação física-motora pretende-se proporcionar à criança momentos de descontração e relaxamento após a realização de atividades orientadas.

(40)

31

4.1. Objetivos das atividades

• Promover a interdependência, entreajuda e coesão do grupo.

4.2. Atividades desenvolvidas no âmbito desta animação.

• O jogo da cadeira;

• O jogo da cabra-cega; • Pular corda;

• Jogo tradicional: o lencinho;

• Jogo dinâmico: o macaquinho do chinês; • Piscinas;

• Zumba (orientada pelo professor Fábio); • Jogo do pino;

• Jogo do arco; • Futebol aranha.

4.3. A descrição de uma das atividades realizada

4.3.1 Jogo da Cadeira

Figura 4 – Jogo da Cadeira Fonte-Própria

Referências

Outline

Documentos relacionados

As nossas escolas tern procurado fazer comque no£ sas criangas se recolhem para dentro de si e percam a agressivi dade, 0 instinto proprio do homem corajoso, capaz de veneer o *

A matéria-prima utilizada no bioprocesso, casca de arroz, não tem valor comercial, representando fonte de carbono de custo zero, que se revelou adequada à produção de ácido

A presenca de OAF foi verificada, embora de forma irregular no sistema UCT que previa o desenvolvimento desses micro-organismos, associado a baixa concentracao de fosfato no

O equilíbrio organizacional das redes é tido, fundamentalmente, como reflexo do nível de confiança entre seus membros e é entendido quando as organizações participantes

The evaluation of results from the two focal groups (G1 and G2, represented by directors and businesspersons, respectively) happened during the following steps of results

Em seguida, são tecidas breves notas sobre os crimes contra a ordem tributária, bem como traçados os contornos atuais da sua persecução penal, destacando-se as

(SANTANA, Ana Carolina Squadri.. Fica mais fácil de observar que acesso à justiça e inafastabilidade da jurisdição não são conceitos iguais, quando observamos os outro

Os valores energéticos dos ingredientes utilizados na formulação de rações para frangos de corte e obtidos na literatura estão superestimados para o milho e óleo de soja