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LINGUAGEM E ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA

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Academic year: 2021

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Este material é parte integrante da disciplina “Linguagem e Argumentação Jurídica”  oferecido  pela  UNINOVE.  O  acesso  às  atividades,  as  leituras  interativas,  os  exercícios, chats, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser  feitos diretamente no ambiente de aprendizagem on­line.

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Sumário 

AULA 05 • INTRODUÇÃO...4  Tipos de argumentação ...4  Argumento de autoridade ...5  Argumento por analogia ...6  Argumento ad hominem...6 

Argumento a fortiori ou argumento com maior razão ...7 

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AULA 05 • INTRODUÇÃO 

Vimos na aula passada que o texto argumentativo precisa ser planejado. O plano do texto  argumentativo,  como  qualquer  produção  textual,  de  modo  geral  passa,  primeiramente,  pela  reflexão, pela escolha criteriosa e reflexiva do tema do texto. 

A  segunda  etapa  consiste  na  seleção  das  fontes  de  informação  para  a  coleta  de  argumentos e na própria coleta de dados. A terceira etapa, na redação do texto e a quarta na sua  revisão. 

1ª Etapa: Identificação da tese.  Introdução: Apresentação da tese  de forma  clara e bem definida. 

3ª Etapa: Conclusão.  Demonstração da verdade da tese.  2ª  Etapa:  Construção  dos  argumentos  e 

estratégias argumentativas. 

Desenvolvimento:  Justificação  da  posição  adotada  na  tese.  Uso  dos  tipos  de  argumentação. 

Tipos de argumentação 

Já  sabemos  que  argumentar  consiste  em  apresentar  razões  justificadoras  de  uma  proposição, de uma ideia que se pretende demonstrar verdadeira ou válida. 

Lembre­se  do  exemplo  do  advogado  que  pretende  ajuizar  ação  de  separação  com  fundamento  na  conduta  desonrosa  do  outro  cônjuge.  Pois  bem,  nosso  colega  advogado  quer 

Nesta  aula veremos  a  argumentação  de  autoridade, por  analogia, ad  hominem  e  suas  modalidades,  o  argumento  a  fortiori,  como  sendo  os  tipos  de  argumentação  mais  comuns nos textos jurídicos. 

Iremos  rever,  ainda,  as fases  de  produção  do  texto  argumentativo,  desde  a  reflexão  e  pesquisa do tema e da tese até a conclusão.

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processo de argumentação. 

Percebam que a argumentação é um processo, no qual precisamos cumprir uma série de  etapas.  Passamos  pela  primeira,  conforme  o  quadro  anterior,  refletimos  com  o  nosso  colega  advogado  acerca  do  tema,  que  foi  extraído  de  sua  conversa  com  o  cliente  –  o  cônjuge  que  se  sentiu  desprestigiado  com  o  comportamento  da  esposa,  que  se  dizia  solteira  na  sua  página  pessoal do orkut. 

Nesta  segunda  etapa,  vamos,  acompanhando  nosso  colega  advogado,  começar  a  construir  os  argumentos,  isto  é,  vamos  apresentar  as  razões  que  justificam  a  tese  de  que  é  conduta  desonrosa,  uma  pessoa  casada  apresentar­se  como  solteira  e  para  essa  etapa  da  argumentação, precisamos conhecer os vários tipos de argumento que existem. 

Argumento de autoridade 

Comecemos  pelo  argumento  de  autoridade,  que  consiste  em  trazer  em  abono  da  proposição inicial a opinião de especialistas e doutores no tema sobre o qual vamos argumentar.  São as citações de doutrina,  de artigos especializados e orientações sumuladas pelos Tribunais  Superiores. 

Cuidado ao usar o argumento de autoridade.  Não se esqueça de transcrever fielmente o  trecho  que  dá  sustentação  à  tese  e  de  inseri­lo  entre  aspas,  colocando  o  trecho  em  fonte  diferente, em negrito ou em itálico ou numa paragrafação diversa, ou seja, em recuo. 

Jamais  alterem  o  conteúdo  da  citação  e  nem  mesmo  promova  eventuais  correções  no  texto original, se acaso o texto encontrado e eleito como argumento de autoridade estiver escrito  em  português  que  não  se  usa  mais,  por  conta  das  reformas  ortográficas  ocorridas  na  língua  portuguesa.  E  não se esqueçam,  finalmente,  de transcrever  as  referências  bibliográficas  que foi  extraída a citação. O método costuma ser o da ABNT. 

Para  o  nosso  exemplo,  precisaríamos  encontrar  um  texto  doutrinário  ou  uma  decisão  judicial  emanada  de  um  Tribunal  Superior  que  tratasse  dessa  questão  para  que a  elegêssemos  como nosso argumento de autoridade.

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Argumento por analogia 

É o argumento segundo se os fatos são semelhantes, a decisão devem ser a mesma. É,  na verdade, aplicação do princípio de que as situações iguais devem ser tratadas igualmente. O  argumento por analogia se constrói a partir da citação de jurisprudência. Assim, o recurso a esse  tipo  de  argumento  depende  da  localização  de  uma  decisão  de  algum  Tribunal  que  tenha  examinado uma tese semelhante àquela que se pretende demonstrar. 

No  argumento  por  analogia  também  é  preciso  tomar  uma  série  de  cuidados  com  a  transcrição de trechos de acórdãos e para isso remetemos vocês à leitura do tópico anterior. 

É importante observar, ainda, que não basta apenas citar o trecho do acórdão que justifica  a  tese.  É  preciso  mostrar,  na  argumentação,  como  o  trecho  selecionado  se  aplica  à  tese  a  ser  defendida. 

É  preciso,  portanto,  mostrar  a  relação  que  se  estabelece  entre  a  situação  decidida  e  a  situação a se decidir. Aliás, existe um tipo de recurso na sistemática processual em vigor, que se  constrói basicamente com o argumento por analogia. 

Trata­se  do  Recurso  Especial  na  hipótese  de  divergência  jurisprudencial,  em  que  o  advogado deve cotejar analiticamente dois acórdãos que retratam situações assemelhadas,  mas  que deram solução divergente para o caso. 

Esses  são  os  dois  tipos  de  argumentação  mais  usados  no  texto  jurídico,  mas  existem  outros que recorrentemente podemos perceber. Vejamos mais alguns. 

Argumento

 ad hominem

 

Esse tipo de argumento é direcionado contra a pessoa. Trata­se de uma falácia, isto é, de  um erro de raciocínio, pois ao invés de dar sustentação à tese, o argumentante acaba por atacar a  pessoa, colocando em dúvida a sua credibilidade. 

A argumentação ad hominem costuma ser muito comum nos debates políticos à época de  pleitos eleitorais. Basta assistir a um debate político pela televisão para que se possa perceber o  argumento ad hominem sendo usado. 

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especial situação em que o outro se encontra ou se encontrou em algum momento para atacá­lo.  Na  verdade  o  que  ocorre  é  a  demonstração  da  incompatibilidade  entre  a  ação  e  o  discurso  do  adversário. 

Argumento a

 fortiori

 ou argumento com maior razão 

É  também  um  argumento  jurídico  e,  via  de  regra,  é  usado  para  buscar  a  supressão  de  omissões da  lei  e,  com  isso,  tornar  o  seu  sentido  mais  abrangente.  Trata­se de  autorizar  quem  pode fazer o mais, fazer o menos. 

Deixamos para esta parte final da nossa aula a indicação de um acórdão disponível em: <  http://www.tex.pro.br/wwwroot/00/060413adocao.pdf>  que  representa  um  texto  argumentativo  de  uma tese bastante atual e interessante. Procurem identificar na leitura as fases de elaboração do  texto  argumentativo,  bem  como  as  estratégias  argumentativas  e  os  tipos  de  argumento.  Boa  leitura!

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BIBLIOGRAFIA 

GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa moderna. 13 a ed. Rio de Janeiro: FGV Editora,  1986. p. 253­287

Referências

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