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Regulamento Municipal para Atribuição de Bolsas de Estudo

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Academic year: 2021

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Regulamento Municipal para Atribuição de Bolsas de Estudo

O direito a uma justa e efectiva igualdade de oportunidades no acesso ao ensino, consagrado constitucionalmente, constitui um objectivo fundamental da política educativa que as autarquias locais, no âmbito das suas atribuições, devem concretizar.

Entende-se que a prossecução de tais atribuições, nos domínios do desenvolvimento local e protecção social com vista à melhoria das condições de vida das respectivas populações, só é possível através da criação de medidas que permitam diminuir as assimetrias sociais.

Considerando que a precariedade económica de alguns agregados familiares deste concelho condiciona o acesso e a frequência do ensino superior e secundário, e que compete às Câmaras Municipais, no âmbito das novas competências que lhe foram cometidas, prestar apoio aos estratos sociais mais desfavorecidos, propõe-se esta Câmara Municipal conceder bolsas de estudo aos jovens que não possuam, por si, ou através do agregado familiar em que se integram, recursos económicos que lhes possibilitem a prossecução dos seus estudos ao nível do ensino superior e secundário, permitindo-se, assim, a promoção e desenvolvimento educacional da população local o que, contribuirá, futuramente, para o desenvolvimento social, económico e cultural do concelho.

Artigo. 1º (Lei habilitante)

O presente Regulamento tem como lei habilitante o art. 241º da Constituição da República Portuguesa e o art. 64º nº4 , alínea c) e d) da Lei n.º 169/99 de 18 de Setembro, com a redacção introduzida pela Lei n.º 5 A/2002, de 11 de Janeiro.

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Artigo 2.º

(Objecto)

1 - O presente regulamento disciplina o apoio a conceder, através da atribuição de bolsas de estudo, a estudantes economicamente carenciados, matriculados em estabelecimentos de ensino superior.

2 – Este diploma rege, ainda, os apoios a conceder, através da atribuição de bolsas aos estudantes economicamente carenciados matriculados no ensino secundário (10.º, 11.º e 12.º ano).

3 – O número de bolsas a atribuir será fixado anualmente pela Câmara Municipal unicamente a estudantes que tenham residência no concelho pelo menos desde o ano lectivo anterior.

Artigo 3.º (Âmbito)

1 – São abrangidos pelo presente regulamento todos os estudantes, que estejam nas condições referidas no artigo anterior e que cumpram as demais previstas no presente diploma.

2 – Considera-se curso superior para efeitos do número anterior, o curso superior ministrado em estabelecimento de ensino superior, devidamente homologado pela entidade competente para o efeito.

3 – O número anterior abrange, designadamente, os estudantes inscritos em ciclos de estudos conducentes à obtenção de licenciatura ou de mestrado, este último quando integrado, de acordo com o processo de Bolonha.

4 – O presente diploma aplica-se, ainda, aos estudantes do ensino secundário (10.º, 11.º e 12.º ano), com domicílio fiscal no Concelho de Penedono.

Artigo 4.º (Bolsa de Estudo)

1 – Beneficiam da atribuição de bolsa de estudo os estudantes economicamente carenciados, que nos termos do presente regulamento demonstrem mérito, dedicação e aproveitamento escolar, visando assim, auxiliar nas despesas de alojamento, alimentação, transporte, material escolar e propina a suportar pelo candidato durante o ano lectivo.

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12.º ano) visam auxiliar nas despesas de transporte, alimentação, material escolar e alojamento.

3 – A bolsa de estudo para o ensino superior é uma prestação pecuniária, no valor de 200€ mensais, suportada integralmente pelo Município de Penedono, referente a 10 meses, correspondente ao ano lectivo (Outubro a Julho) e pago trimestralmente.

4 – A bolsa de estudo para o ensino secundário é uma prestação pecuniária, no valor de 150€ mensais, suportada integralmente pelo Município de Penedono, referente a 9 meses, correspondentes ao ano lectivo (Outubro a Junho) e pago trimestralmente.

5 – O montante das bolsas de estudo pode ser alterado por deliberação da Câmara Municipal.

6 – Nenhum estudante pode ser beneficiário de bolsa de estudo que ultrapasse a duração normal do curso.

Artigo 5.º

(Rendimento do Agregado Familiar)

1 – Para efeitos do presente regulamento entende-se por agregado familiar do aluno, o conjunto de ascendentes e descendentes e demais parentes que vivam habitualmente com ele em comunhão de habitação e de rendimentos. 2 – O rendimento anual do agregado familiar do estudante é composto pelo conjunto de proveitos posto, a qualquer título, à disposição do mesmo, no ano civil anterior ao do início do ano lectivo.

3 – O rendimento mensal per capita é o resultado do cálculo das seguintes expressões:

C = R_ P= C 12 N Em que:

C = Rendimento mensal do agregado familiar R = Rendimento anual bruto do agregado familiar

N = Número de pessoas que compõem o agregado familiar P= Rendimento mensal per capita

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Artigo 6º

(Abertura de candidaturas)

1 – As bolsas de estudo serão atribuídas mediante abertura das candidaturas. 2 – O processo de candidatura será aberto por despacho do Presidente da Câmara Municipal.

3 – Para o efeito, será publicitada a sua abertura através de edital a afixar nos locais de estilo do concelho e em www.cm-penedono.pt.

Artigo 7.º (Admissibilidade)

1 – Só pode requerer a atribuição de bolsa de estudo o estudante que satisfaça cumulativamente as seguintes condições:

a) Prove carência de recursos económicos para início ou prosseguimento dos estudos;

b) Frequente ou pretenda ingressar no ensino superior no ano lectivo em que solicita a bolsa;

c) Frequente ou pretenda ingressar no ensino secundário no ano lectivo em que solicita a bolsa;

d) Tenha tido aproveitamento escolar no ano lectivo anterior;

e) Não possua já habilitações ou curso equivalente ao que pretende frequentar;

f) Não possuir, por si, ou através do agregado familiar em que se integra, um rendimento mensal per capita superior ao Indexante de Apoios Sociais (IAS);

g) Seja estudante a tempo inteiro, não exercendo profissão remunerada a tempo inteiro.

Artigo 8.º (Candidatura)

1 – Têm legitimidade para apresentar a candidatura: a) O estudante, quando for maior de idade;

b) O encarregado de educação do estudante, quando este for menor. 2 – A apresentação da candidatura, nos termos do presente Regulamento, deverá decorrer conforme prazos definidos em Edital publicitado anualmente

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respectivo, devendo ser acompanhado pelos documentos abaixo indicados:

a) Fotocópia do Bilhete de Identidade ou do Cartão do Cidadão;

b) Fotocópia do Número de Identificação Fiscal, para aqueles que ainda não dispõem de Cartão do Cidadão;

c) Documento emitido pelo estabelecimento de ensino onde o candidato esteve matriculado no ano lectivo anterior, comprovando que obteve aproveitamento;

d) Certificado de matrícula no ano lectivo a que respeita a atribuição da bolsa de estudo;

e) Declaração da composição do agregado familiar emitida pela Junta de Freguesia;

f) Fotocópia da última declaração de IRS e/ou IRC referente a todos os elementos do agregado familiar a viver em economia comum, e em caso de pais separados judicialmente, a última declaração de IRS e/ou IRC de cada um;

g) Fotocópia dos recibos de vencimento dos elementos do agregado familiar que exerçam actividade profissional ou fotocópia do comprovativo do valor da pensão, no caso de pensionista, e em caso de pais separados judicialmente, fotocópia dos recibos de cada um;

h) Documento comprovativo da situação de desemprego (caso algum dos elementos do agregado familiar esteja desempregado);

i) Documento comprovativo da matrícula em estabelecimento de ensino de outros elementos do agregado familiar, se for o caso;

j) Declaração dos bens patrimoniais (imóveis e móveis) do agregado familiar passada pelo Serviço de Finanças da área de residência, e em caso de pais separados judicialmente, relação dos bens patrimoniais (imóveis e móveis) de cada um;

K) Declaração emitida pelo estabelecimento de ensino relativa à existência, ou não de outras bolsas de estudo, onde, sendo o caso, deverá constar o respectivo montante;

l) Extracto das remunerações da Segurança Social ou documento equiparado, bem como comprovativo das pensões e/ou subsídios que abonem o agregado;

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m) Recibo da renda da habitação onde reside o agregado familiar ou documento comprovativo dos encargos com o empréstimo bancário referente à aquisição de habitação própria;

n)Declaração do escalão de rendimentos da Segurança Social; o) Declaração sob compromisso de honra das informações prestadas. 3 – O simples facto do estudante se candidatar segundo as regras do presente artigo, não lhe confere o direito a bolsa de estudo.

4 – No caso do candidato ter dificuldades em apresentar quaisquer dos documentos acima referidos, à excepção do Boletim de Candidatura, poderá fazê-lo durante os dez dias úteis seguintes ao termo do prazo.

5 – A não entrega dos documentos comprovativos até ao limite do prazo estabelecido no número anterior, é motivo de exclusão dos candidatos.

Artigo 9.º

(Critérios de atribuição)

1 – O rendimento mensal per capita do agregado familiar do candidato ser igual ou inferior ao Indexante de Apoios Sociais (IAS), em vigor à data de entrega da candidatura.

2 – Na ordenação dos candidatos serão tidos em conta, por ordem de preferência, os seguintes factores:

a) Menor rendimento mensal per capita do agregado familiar; b) Maior número de irmãos estudantes;

c) Melhor média obtida pelos candidatos no último ano lectivo;

d) Maior distância do estabelecimento que frequentam em relação à sua residência no Concelho de Penedono.

Artigo 10.º

(Selecção de candidaturas)

1 – Analisadas as candidaturas realizar-se-á, para o efeito, a análise sócio- económica do agregado familiar dos candidatos.

2 – A análise sócio-económica do agregado familiar dos candidatos é realizada através da capitação média mensal do agregado familiar, com base na documentação apresentada.

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das informações transmitidas junto das entidades locais competentes, de modo a complementar e completar a análise sócio-económica do agregado familiar dos candidatos.

4 – A proposta da lista provisória, acompanhada de relatório devidamente fundamentado é submetida à apreciação e deliberação da Câmara Municipal.

5 – A lista dos candidatos seleccionados será publicada por via de Edital a afixar nos lugares de estilo, cabendo recurso da mesma para a Câmara Municipal a interpor no prazo de dez dias úteis a contar da data de publicação.

6 – Findo o prazo de recurso, são ponderadas as reclamações e elaborada a proposta de decisão a qual é submetida à Câmara Municipal para deliberação.

7 – A lista definitiva deverá ser publicitada através de edital, afixada na Câmara Municipal.

Artigo 11.º

(Aproveitamento escolar)

1 – Os estudantes que não obtenham aproveitamento escolar perderão direito à bolsa de estudo, excepto por motivos de doença prolongada ou qualquer outra situação considerada grave, desde que comprovada e participada, em tempo oportuno, à Câmara Municipal de Penedono.

2 – As excepções previstas no número anterior serão apreciadas caso a caso, cabendo à Câmara Municipal manter ou não a bolsa de estudo.

3 – Considera-se, para efeitos do presente regulamento, que teve aproveitamento escolar o estudante que reuniu as condições fixadas pelo estabelecimento de ensino em que se encontra matriculado e que lhe permitem a matrícula no ano seguinte do curso.

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Artigo 12.º

(Renovação da bolsa)

1 – A renovação da bolsa de estudo deve ser requerida anualmente, em data a definir mediante afixação de edital nos locais de estilo, e deverá ser instruída mediante a apresentação de todos os documentos referidos no número 2 do artigo 8º do presente regulamento.

2 – Consideram-se inatendíveis os pedidos de renovação que não derem entrada na Câmara Municipal dentro do prazo mencionado no número anterior, ou que não estiverem devidamente instruídos.

Artigo 13.º

(Obrigações dos bolseiros) 1 – São deveres dos bolseiros:

a) Prestar todos os esclarecimentos e fornecer todos os documentos que forem solicitados pela Câmara Municipal, através dos seus serviços, no âmbito do presente regulamento;

b) Comunicar à Câmara Municipal a interrupção dos estudos, quando tal situação se verifique;

c) Comunicar à Câmara Municipal todas as circunstâncias ocorridas posteriormente à atribuição da bolsa de estudo, que tenham alterado a situação económica, agregado familiar, residência ou curso;

d) Comunicar à Câmara Municipal a atribuição e o montante da bolsa ou subsídio por parte de outra entidade e apresentar o respectivo documento, de forma a ser reavaliada a situação.

e) Enviar à Câmara Municipal todos os trabalhos realizados ao longo do curso que considerem de interesse para o concelho.

f) Disponibilizar-se durante 15 dias por ano, seguidos ou interpolados, para a realização de actividades na Câmara Municipal, nas áreas de formação frequentada ou outras. Posteriormente, a Câmara Municipal emitirá o respectivo certificado pelas actividades desenvolvidas.

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(Direitos do Município)

1 – O Município pode, sempre que entender necessário, solicitar às entidades intervenientes, nomeadamente Juntas de Freguesia e Estabelecimentos de Ensino, a confirmação dos dados apresentados e homologação dos cursos indicados.

2 – O não cumprimento pelo bolseiro dos disposto no presente regulamento ou a confirmação da prestação de falsas declarações origina a suspensão da bolsa e a reposição das importâncias recebidas, sem prejuízo dos demais procedimentos legais que ao caso couberem.

Artigo 15.º

(Cessação da bolsa de estudo)

1 – Constituem causas da cessação imediata da bolsa de estudo:

a) A prestação por inexactidão ou omissão de falsas declarações pelo candidato ou pelo seu encarregado de educação;

b) O não cumprimento do disposto no artigo 13.º;

c) A não apresentação de todos os documentos solicitados pela Câmara Municipal de Penedono, no prazo de 10 dias úteis, após o pedido oficial dos mesmos;

d) A aceitação pelo bolseiro de outra bolsa ou subsídio concedido por outra instituição para o mesmo ano lectivo, salvo se for dado conhecimento à Câmara Municipal e esta, ponderadas as circunstâncias, considerar justificada a acumulação dos dois benefícios;

e) A falta de aproveitamento escolar, excepto por motivo de doença prolongada ou qualquer outra situação considerada fundamentada, desde que devidamente comprovadas e participadas em tempo oportuno ao Município;

f) Mudança de residência do agregado familiar para fora do Concelho de Penedono;

g) A interrupção da frequência do curso, excepto por motivo de força maior comprovado;

2 – Nos casos previstos nas alíneas a), b), c), g), do número anterior, o Município reserva-se o direito de exigir do bolseiro ou daqueles a quem estiver

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a cargo a restituição do valor que foi sendo pago trimestralmente, bem como adoptar os procedimentos que entender adequados.

3 – Nas situações enquadráveis na alínea d) do número 1, a Câmara Municipal de Penedono poderá, se assim o entender, reduzir o valor da bolsa de estudo, de modo a que, o montante das bolsas não seja superior a ¾ do Indexante de Apoios Sociais (IAS).

4 – Nos casos previstos da alínea g) do número 1, a cessação da atribuição da bolsa é automática e imediata.

Artigo 16.º (Dúvidas e omissões)

Em caso de omissão ou dúvidas emergentes do presente regulamento, e de casos excepcionais, as mesmas serão analisadas e decididas, por deliberação da Câmara Municipal.

Artigo 17.º (Entrada em vigor)

O presente Regulamento entra em vigor após a sua aprovação em assembleia Municipal.

Referências

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