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Análise de Conjuntura do Sector da Construção 4º trimestre 2017

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Academic year: 2021

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Análise de Conjuntura do Sector da Construção

4º trimestre 2017

Apreciação Global

No quarto trimestre de 2017 os diversos indicadores do setor da construção mantiveram uma tendência genericamente positiva, mas parece confirmar-se a diminuição de intensidade do crescimento da atividade que já havíamos registado nos dois trimestres anteriores.

Na verdade, o índice de produção agregado voltou a aumentar face ao trimestre anterior (0,61%), influenciado pelo bom desempenho do segmento da construção de edifícios que cresceu 1,75%, enquanto, pelo contrário, o segmento das obras de engenharia caiu 0,97%. Já em termos homólogos o índice de produção total aumentou 2,68%, influenciado sobretudo pelo segmento das obras de engenharia (5,34%), ao passo que o segmento da construção de edifícios apresentou uma variação de apenas 1,04%.

O número de licenças de obras, por seu lado, voltou a diminuir neste quarto trimestre. De fato, o número de edifícios licen-ciados registou uma redução de 4,8% relativamente ao terceiro trimestre (contra -4,6% no trimestre anterior). Em termos homólogos a quebra foi de 2,4% (que compara com 7,3% de crescimento homólogo no trimestre anterior).

O licenciamento de construções novas no setor residencial também diminuiu, registando-se uma variação de -8,2% no número de licenças emitidas face ao trimestre anterior. Não obstante, o número total de fogos licenciados em construções novas para habitação (números provisórios) aumentou 1,2%. Embora inferiores às observadas no terceiro trimestre, as taxas de variação homóloga e média anual do número de fogos, mantêm valores elevados de, respetivamente, 16,3% e 23,5%.

O número de licenças de obras de reabilitação voltou a cair ligeiramente neste trimestre (-5,0%, contra -5,7% no terceiro trimestre do ano). A variação homóloga foi também negativa (-12,4%, que compara com -5,4% no trimestre anterior) confir-mando a interrupção de um ciclo de crescimento observado ao longo do ano de 2016 e até ao primeiro trimestre de 2017. A variação média anual foi aproximadamente zero (-0,3%), denunciando que o número de licenças de reabilitação em 2017 igualou as do ano anterior, o que não sendo necessariamente mau, poderá significar que, apesar do aparente dinamismo da procura e do volume de obras em curso, começa a não haver produto em abundância suficiente para alimentar um futuro crescimento do mercado da reabilitação urbana nos centros históricos das principais cidades. Também poderá significar atrasos nos processos de licenciamento, por incapacidade dos serviços camarários à medida que os processos se tornam mais complexos e/ou se estendem para fora das áreas de intervenção das SRU…

Por outro lado, a evolução homóloga trimestral das vendas de cimento para o mercado interno voltou a apresentar um com-portamento positivo neste quarto trimestre de 2017 (+11,2%), ainda que denotando uma claro abrandamento face aos cres-cimentos evidenciados nos 3º,2º e 1º trimestres do ano (+11,6%,+14,7% e +20,2%, respetivamente).

Como temos afirmado, a sustentabilidade do crescimento do setor vai depender essencialmente de dois fatores:

- do alargamento da reabilitação ao setor residencial, não turístico, que é tão ou mais necessária ou importante, quer em termos da sua dimensão, quer da abrangência territorial e impacto no conforto das famílias portuguesas;

- do arranque da construção nova para habitação nos grandes centros onde a economia está a crescer e onde é necessário repor as habitações que foram afetas ao setor do turismo.

Vamos ainda ter que esperar um pouco para ver em que medida os apoios do Portugal 2020 e do Plano Junker, através dos instrumentos financeiros destinados à reabilitação urbana e à promoção da eficiência energética, serão eficazes e, também, se a banca voltará ou não a apoiar e de que forma a promoção imobiliário, sem a qual, não nos enganemos, a construção nova não acontecerá.

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Obras Licenciadas

No quarto trimestre de 2017, o número de edifícios licenciados registou um decréscimo de 4,8% relativamente ao terceiro trimestre de 2017. Em termos homólogos, verificou-se igualmente uma diminuição na ordem dos 2,4%.

Não obstante, a variação média anual do número de edifícios licenciados no último trimestre do ano 2017 continua positiva (10,6%) ainda que a um ritmo inferir ao observado nos períodos anteriores terminados em setembro e junho (15,6% e 18,6%, respetivamente).

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Já no que concerne à evolução do licenciamento relativo às construções novas para habitação familiar, o quarto trimestre de 2017 registou uma quebra de 8,2% quando comparado com o trimestre anterior. A taxa de variação trimestral foi positiva em termos homólogos (+6,7%) e em termos da variação média anual (+20,3%).

Por outro lado, a variação do número total de fogos licenciados em construções novas para habitação familiar no quarto trimestre de 2017 foi positiva (+1,2%), assim como a variação homóloga que se cifrou nos 16,3% e a variação média anual que atingiu os 23,5%. O número de fogos licenciados em construções novas no ano de 2017 foi de 14.044, que compara com 11.370 em 2016 e 8.219 em 2015…

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O número de licenças de obras de reabilitação registou novamente uma evolução trimestral negativa de -5,0%, assim como a variação homóloga que se cifrou em -12,4%.

É uma evolução um pouco estranha e que parece contradizer aquilo que se observa na realidade em termos de obras, mas como sabemos que nem todas as obras de reabilitação estão sujeitas a licenciamento…

Produção na Construção e Obras Públicas

O índice de produção no sector da construção e obras públicas aumentou ligeiramente face ao trimestre anterior (0,61%), regressando, após as quebras registadas nos dois trimestres anteriores, ao nível que havia atingido no 1º trimestre de 2017. Este aumento ficou a dever-se, sobretudo, ao segmento da construção de edifícios que aumentou 1,75%, enquanto o seg-mento das obras de engenharia diminuiu 0,97%.

Em termos homólogos o índice de produção total aumentou 2,68%, continuando a ser influenciado sobretudo pelo segmen-to das obras de engenharia que, não obstante a pequena quebra registada neste último trimestre, apresensegmen-tou uma variação de 5,34%. O segmento da construção de edifícios apresentou um aumento de 1,04%.

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88,0 90,0 92,0 94,0 96,0 98,0 100,0 102,0 104,0 106,0 1 º  Tr im .  1 4 2 º  Tr im .  1 4 3 º  Tr im .  1 4 4 º  Tr im .  1 4 1 º  Tr im .  1 5 2 º  Tr im .  1 5 3 º  Tr im .  1 5 4 º  Tr im .  1 5 1 º  Tr im .  1 6 2 º  Tr im .  1 6 3 º  Tr im .  1 6 4 º  Tr im .  1 6 1 º  Tr im .  1 7 2 º  Tr im .  1 7 3 º  Tr im .  1 7 4 º  Tr im .  1 7 Índice Trimestral de Produção na Construção e Obras Públicas Índice corrigido de sazonalidade

Total Construção Edíficios Obras Engenharia

Vendas de Cimento

No quarto trimestre de 2017 as vendas de cimento das empresas nacionais para o mercado interno aumentaram em termos homólogos 11,2%.

De acordo com os Inquéritos de Opinião da Comissão Europeia, o índice de confiança no sector da construção e obras públicas caiu ligeiramente face ao trimestre anterior, fixando-se nos -19,8 pontos (contra -18 no 3º trimestre)

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Emprego

No 4º trimestre do ano de 2017, o emprego na construção e obras públicas registou uma taxa de variação homóloga de 2,4% e uma taxa de variação trimestral de 0,6%, valores que comparam com 2,3% e 0,7% respetivamente, observados no trimestre anterior.

A variação média nos últimos 12 meses terminados em dezembro 2017 foi de 2,1% (0,0% em setembro).

Remunerações

No quarto trimestre de 2017, o índice de remunerações registou uma taxa de variação homóloga trimestral de 3,4%, e uma variação trimestral de 7,8% (que já inclui o pagamento do 13º mês).

A variação média nos últimos 12 meses terminados em dezembro foi de 1,9% (0,4% em setembro).

Taxas de Juro

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito fixou-se no mês de dezembro de 2017, em 1,019%, que cor-responde a um aumento de 0,010 pontos percentuais face à registada no mês de setembro.

Nos contratos para “Aquisição de Habitação”, a taxa de juro observada em dezembro de 2017 foi de 1,041%, tendo aumen-tado também 0,010 p.p. em relação à taxa observada no mês de setembro.

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_____________________ Fonte: INE

Referências

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