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Solos Conceitos e Ensaios da Mecânica dos Solos Classificação dos Solos para Fins Rodoviários

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Academic year: 2021

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Disciplina: ETG033

Construção de Estradas e Vias Urbanas

Profa. Jisela Aparecida Santanna Greco

MATERIAIS PARA PAVIMENTAÇÃO

Solos – Conceitos e Ensaios da Mecânica dos Solos

Classificação dos Solos para Fins Rodoviários

SOLOS – Conceitos e Ensaios da Mecânica dos Solos

Solos são materiais resultantes da decomposição das rochas pela ação de agentes de intemperismo.

Para fins de pavimentação considera-se como solo todo material inconsolidado ou parcialmente consolidado, inorgânico ou não, que possa ser escavado sem o emprego de técnicas especiais, como por exemplo explosivos.

Os solos podem ser: residuais, transportados ou superficiais: – Solos residuais: permanecem no local de formação

 O tipo de solo é resultante da rocha mãe

– Solos transportados: são retirados do local de formação por algum agente transportador

 coluvionais: transportados pela gravidade  aluvionais: transportados pela água  eólicos: transportados pelo vento

– Solos superficiais: resultantes da ação de agentes naturais sobre os solos residuais e transportados

Objetivo do estudo dos solos para a construção de estradas:

– conhecer a totalidade de suas propriedades físicas e químicas, pois é com os solos e sobre os solos que são construídos os pavimentos

– como o conhecimento dessa totalidade de propriedades é caro e demorado, procuram-se inferir tais propriedades a partir de outras mais simples, mais gerais e mais facilmente determináveis, denominadas propriedades índices Na mecânica dos solos, adotam-se como propriedades índices:

– as propriedades físicas dos solos mais imediatas, tais como:  granulometria

 plasticidade

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– as propriedades relacionadas à compacidade, à consistência e à estrutura dos solos

Através dos resultados obtidos com o uso dos conhecimentos provenientes da mecânica dos solos, pode-se:

 inferir propriedades mais particulares dos solos

 classificar os solos em grupos, com o objetivo de inferir seu comportamento

Propriedades Índices

Índices Físicos

:

São relações entre as diversas fases do solo (sólida, líquida e gasosa) em termos de massa e volume; procuram caracterizar as condições físicas em que um solo se encontra.

Relações entre volumes mais utilizadas:

 porosidade (n): Definida pela relação entre o volume de vazios (Vv) e o volume total da amostra (V)

n = Vv / V

 índice de vazios (e): Definido pela relação entre o volume de vazios (Vv) e o volume de sólidos (Vs)

e = Vv / Vs

 grau de saturação (Sr): Representa a relação entre o volume de água (Vw) e o volume de vazios (Vv), para um mesmo volume de solo

Sr = Vw / Vv

Relação entre massas mais utilizada:

 teor de umidade (w): Relação entre a massa da água (Mw) e a massa de sólidos (Ms) presentes na amostra

w = Mw / Ms

Relações entre massas e volumes mais utilizadas:

 massa específica natural ou massa específica do solo (γ): relação entre a massa do elemento (M) e o volume deste elemento (V)

γ = M / V

 massa específica dos sólidos (γs): relação entre a massa dos sólidos (Ms) e o volume ocupado por esses sólidos (Vs)

γs = Ms / Vs

 massa específica da água (γw) γw = Mw / Vw

(A massa específica da água é função da temperatura)

Granulometria

– um solo pode ser considerado como um conjunto formado por partículas de diversos tamanhos

– a medida do tamanho das partículas constituintes de um solo é feita por meio da granulometria e para representação dessa medida costuma-se utilizar uma curva de distribuição granulométrica

(3)

– de acordo com seu tamanho, as partículas de um solo podem ser classificadas como: – pedregulho → 2,0 mm < φ < 76,0 mm areia → 0,075 mm < φ < 2,00 mm areia grossa → 0,42 mm < φ < 2,00 mm areia fina → 0,075 mm < φ < 0,42 mm silte → 0,005 mm < φ < 0,075 mm argila → φ < 0,005 mm

Exemplo de curvas de distribuição granulométrica

Curva 1: granulometria contínua Curva 2: granulometria descontínua Curva 3: granulometria uniforme

– Ensaio de análise granulométrica conjunta

 consiste na determinação das porcentagens, em peso, das diferentes frações que constituem o solo

Porcentagem em peso passando

(4)

 para frações maiores que 0,075mm (#200) realiza-se o ensaio de

peneiramento, no qual se faz passar uma certa quantidade de solo por um conjunto padronizado de peneiras de malha quadrada. Pesam-se as

quantidades retidas em cada peneira e calculam-se as porcentagens passadas. As peneiras geralmente utilizadas são

 Para as frações menores que 0,075 mm, utiliza-se o ensaio de sedimentação contínua em meio líquido. Os diâmetros das partículas são determinados em função de suas velocidades de sedimentação, segundo a lei de Stokes:

onde

D = diâmetro equivalente da partícula (mm)

η = coeficiente de viscosidade do meio dispersor (10-4 Pa . s)

g = aceleração da gravidade, cte = 9,81 m/s2

z = altura de queda das partículas, para as leituras do densímetro (cm) γs = massa específica das partículas (g/cm3)

γw = massa específica da água, variável com a temperatura (g/cm3)

t = tempo de sedimentação (s)

 As porcentagens de material em suspensão são calculadas segundo a seguinte expressão

Onde

P (< Di) = porcentagem de solo em suspensão no momento da leitura α = porcentagem de material que passa na peneira 2,00 mm

Ps = peso do solo seco utilizado no ensaio

γs = massa específica das partículas (g/cm3)

Lc = leitura corrigida do densímetro = 1000 (L1 - L2)

L1 = leitura do densímetro na proveta contendo suspensão de solo L2 = leitura do densímetro na proveta contendo água e defloculante

Peneira Número Abertura (mm) Abertura Pol. Abertura (mm)

200 0,075 3/8” 9,5 100 0,15 3/4” 19,1 40 0,42 1” 25,4 10 2,0 11/2” 38,1 4 4,8 2” 50,8

(

)

t

z

g

D

w S

γ

γ

η

=

18000

(

)

t

z

D

w S

γ

γ

η

=

1800

S c S S

P

L

Di

P

=

<

1

)

(

γ

γ

α

(5)

Informações sobre a curva de distribuição granulométrica: Coeficiente de não uniformidade CNU

Coeficiente de curvatura Cc

Onde

D10 = diâmetro correspondente a 10% do material que passa, tomado na curva

granulométrica

D30 = diâmetro correspondente a 30% do material que passa, tomado na curva

granulométrica

D60 = diâmetro correspondente a 60% do material que passa, tomado na curva

granulométrica

Solos e materiais granulares bem graduado: Cu > 3 e 1 < Cc < 3 Exemplos: 10 60

D

D

C

NU

=

60 10 2 30

D

D

D

Cc

×

=

Curva suave Curva descontínua

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Plasticidade e Estados de Consistência

Um solo argiloso, dependendo de seu teor de umidade, pode apresentar características iguais às de um líquido ou de um sólido. Entre esse dois estados limites, o solo passa por um estado plástico e por um estado semi-sólido. São os estados de consistência do solo.

Estado líquido - o solo apresenta as propriedades e a aparência de uma suspensão. Não

possui forma própria e não apresenta nenhuma resistência ao cisalhamento.

Estado plástico - o solo apresenta a propriedade de plasticidade. Pode sofrer deformações

rápidas, sem que ocorra variação volumétrica apreciável, ruptura ou fissuramento.

Estado semi-sólido - o solo tem a aparência de um sólido, entretanto ainda passa por

variações de volume ao ser secado (o solo ainda encontra-se saturado).

Estado sólido - o solo não sofre mais variações volumétricas por secagem. Limites de consistência ou limites de Atterberg

Foram definidos pelo Eng. Atterberg, em 1908, para caracterizar as mudanças entre os estados de consistência. Posteriormente Casagrande apresentou uma padronização da forma de se proceder nos ensaio para a determinação desses limites.

Limite de Liquidez (LL) - é o teor de umidade que indica a passagem do estado plástico

para o estado líquido.

– Está relacionado com a capacidade do solo em absorver água. – É realizado no aparelho de Casagrande.

– Procedimento: cuba do aparelho é preenchida como solo úmido, procurando-se obter uma espessura constante de 1cm, aproximadamente. Com um cinzel é feita uma ranhura no centro. Gira-se então a manivela do aparelho, com uma rotação constante de 2 golpes por segundo, até que a ranhura se feche numa extensão de 1,0 cm,

Curva uniforme em seu centro estado líquido estado semi-sólido estado plástico estado sólido LL LP LC IP = LL - LP estado líquido estado semi-sólido estado plástico estado sólido LL LP LC IP = LL - LP

(7)

aproximadamente. Anota-se o número de golpes até esse ponto e retira-se uma amostra do local onde o solo se uniu, para determinação do teor de umidade.

Seqüência do ensaio de limite de liquidez, realizado no aparelho de Casagrande.

– O limite de liquidez é igual ao teor de umidade correspondente a 25 golpes.

– Para a sua determinação deve-se realizar o ensaio até que se tenha, no mínimo, 4 pontos, 2 acima e 2 abaixo de 25 golpes.

Os valores obtidos são lançados em gráfico semi-logarítmico.

Limite de Plasticidade (LP) - é o teor de umidade que indica a passagem do estado

semi-sólido para o estado plástico.

– Equipamento: placa de vidro com uma face esmerilhada e cilindro padrão com 3 mm de diâmetro.

– Ensaio: faz-se uma pasta com o solo passado na peneira 0,42 mm, com um teor de umidade inicial próximo ao limite de liquidez. Em seguida rola-se esta pasta até que duas condições sejam simultaneamente alcançadas:

 o rolinho tenha um diâmetro igual ao do cilindro padrão e  aparecimento de fissuras. 15 20 25 30 35 40 45 32 34 36 38 40 42 44 46 48 50 te or de u m id ad e (%) número de golpes

LL

(8)

– O teor de umidade do rolinho, nesta condição, representa o limite de plasticidade do solo (LP).

– Quando não é possível se obter o LP de um solo, ele é denominado não plástico (NP)

Seqüência do ensaio de limite de plasticidade:

Limite de Contração (LC) - é definido como a fronteira entre os estados de consistência

sólido e semi-sólido. Corresponde ao teor de umidade do solo no momento em que este deixa de apresentar redução de volume, quando submetido à secagem (lenta e à sombra).

Índice de Plasticidade (IP) - É calculado pela diferença entre LL e LP

IP = LL – LP

– Mede a plasticidade dos solos e fisicamente representa a quantidade de água necessária para que um solo passe do estado plástico ao líquido.

– Mede a tendência à expansão do solo.

Sistemas de classificação dos solos para fins rodoviários

Classificação USCS (Unified Soil Classification System)

– O Sistema Unificado de Classificação de Solos surgiu como uma evolução do “Airfield Classification System” (classificação AC)

– Apresenta uma tabela de classificação onde se identificam três principais divisões de solos:

 solos de granulometria grossa  solos de granulometria fina e  solos altamente orgânicos

– Essas três divisões são ainda subdivididas em 15 grupos básicos

– Os parâmetros determinantes para a classificação são a granulometria e os limites de Atterberg

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– Os solos são classificados quanto ao tamanho das partículas em pedregulho, areia, silte ou argila

 os pedregulhos e as areias subdividem-se em bem graduados, mal graduados, siltosos ou argilosos

 os siltes subdividem-se em siltes de baixa plasticidade, orgânicos de baixa plasticidade, orgânicos de alta plasticidade ou elásticos  as argilas subdividem-se em pouco plásticas, orgânicas e de alta

plasticidade – Processo para classificação

 inicialmente deve-se determinar se o solo é orgânico, de graduação grossa ou fina

 em seguida, com os dados de granulometria e com os limites de

Atterberg, define-se a que grupo pertence, consultando-se a Tabela de Classificação USCS

 para classificação da fração fina, utilizam-se os valores dos limites de Atterberg e o chamado gráfico de plasticidade

(10)

Tabela para classificação de solos da USCS (ASTM, 1990)

Classificação do solo Critérios para estabelecer símbolos de grupos e nomes de grupos

usando ensaios de laboratório A Grup

o Nome do grupo B Cu ≥ 4 e 1 ≤ Cc ≤ 3 E GW Pedregulho bem graduado F Pedregulhos limpos Menos de 5% de finos C

Cu < 4 e/ou 1 > Cc > 3 E GP Pedregulho mal graduado F Finos classificam-se como ML ou MH GM Pedregulho siltoso F, G, H Pedregulhos Mais de 50% de fração grossa retidos na peneira nº4 Pedregulhos com finos Mais de 12%

de finos C Finos classificam-se como CL ou CH

GC Pedregulho argiloso F, G, H Cu ≥ 6 e 1 ≤ Cc ≤ 3 E SW Areia bem graduada I Areias limpas Menos de 5% de finos D

Cu < 6 e/ou 1 > Cc > 3 E SP Areia mal graduada I Finos classificam-se como ML ou MH SM Areia siltosa G, H, I Solos de granulometria grossa Mais de 50% do solo retido na peneira nº 200 Areias 50% ou mais da fração grossa passam pela

peneira nº4 Areias com finos

Mais de 12%

de finos D Finos classificam-se como CL ou CH SC Areia argilosa G, H, I IP >7 e sobre ou acima da linha “A” J CL Argila pouco plástica K, L, M Inorgânicos IP < 4 e abaixo da linha “A” J ML Silte Argila orgânica K, L, M,N Siltes e Argilas Limite de liquidez menor que 50 Orgânicos ( sec ) 0,75 ) (sec < estufa em o não LL estufa em o LL OL Silte orgânico K, L, M, O IP sobre ou acima da linha “A” CH Argila muito plástica K, L, M Inorgânicos

IP abaixo da linha “A” MH Silte elástico K, L,

M Argila orgânica K, L, M P Solos de granulometria fina 50% do solo ou mais passando na peneira nº 200 Siltes e Argilas Limite de liquidez maior ou

igual a 50 Orgânicos ( sec ) 0,75 ) (sec < estufa em o não LL estufa em o LL OH Silte orgânico K, L, M Q Solos altamente orgânicos

Principalmente matéria orgânica, escura na cor e com odor orgânico

(11)

Considere:

A Baseado no material que passa pela peneira de 3 polegadas (75 mm).

B Se amostra de campo contém rachões, adicionar “com rachões” ao nome do grupo. C Pedregulhos com 5 a 12% de finos requerem símbolos duplos:

GW-GM pedregulho bem graduado com silte; GW-GC pedregulho bem graduado com argila; GP-GM pedregulho de graduação pobre com silte; GP-GC pedregulho de graduação pobre com argila D Areias com 5 a 12% de finos requerem símbolos duplos:

SW-SM areia bem graduada com silte; SW-SC areia bem graduada com argila; SP-SM areia de graduação pobre com silte; SP-SC areia de graduação pobre com argila E CNU = D60/D10 Cc = (D30)2/(D10 × D60)

F Se o solo contém 15% ou mais de areia, adicionar “com areia” ao nome do grupo. G Se os finos se classificam como CL ou ML, usar símbolos duplos GC-GM, ou SC-SM. H Se os finos são orgânicos, adicionar “com finos orgânicos” ao nome do grupo.

I Se o solo contém 15% ou mais de pedregulho, adicionar “com pedregulho” ao nome do grupo. J Se os limites de Atterberg recaem sobre a área hachurada, o solo é uma argila siltosa, CL-ML. K Se os solos contêm de 15 a 29% de material retido na #200, adicionar “com areia” ou “com pedregulho”, aquele que for predominante.

L Se os solos contêm mais de 30% de material retido na #200, predominantemente arenoso, adicionar “arenoso” ao nome do grupo.

M Se os solos contêm mais de 30% de material retido na #200, predominantemente pedregulhoso, adicionar “pedregulhoso” ao nome do grupo.

N IP ≥ 4 e recai sobre ou acima da linha “A” O IP < 4 e recai abaixo da linha “A”

P IP recai sobre ou acima da linha “A” Q IP recai abaixo da linha “A”

Gráfico de plasticidade da classificação USCS

0 10 20 30 40 50 60 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 limite de liquidez (LL) % ín di ce d e p las tic ida de ( IP ) % CL - M L

Para classificação dos solos finos e da fração fina dos solos grossos

CL ou OL CH ou OH Linha U Linha A MH ou OH ML ou OL Linha B

baixa compressibilidade alta compressibilidade

siltes argilas

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Classificação HRB (Highway Research Board)

– É a classificação tradicionalmente mais empregada na caracterização de solos para uso em estradas

– Critérios baseados na granulometria e plasticidade:

 menos de 35% de material passando pela #200: solo é classificado como material granular; compreendem os grupos A-1, A-2 e A-3

 mais de 35% de solos passando pela #200: solo é classificado como material argiloso ou siltoso; compreendem os grupos A-4, A-5, A-6 e A-7

– Para a classificação devem ser realizados os ensaios de granulometria por peneiramento e limites de liquidez e de plasticidade. Deve também ser determinado o índice de grupo IG. De posse desses dados consulta-se a tabela de classificação HRB, sempre da esquerda para a direita.

IG = 0,2 a + 0,005 a c + 0,01 b d

onde

a = % de material que passa pela #200 menos 35; se % > 75 adota-se a = 40; se % < 35, adota-se a = 0 (a varia de 0 a 40)

b = % de material que passa pela #200 menos 15; se % > 55 adota-se b = 40; se % < 15, adota-se b = 0 (b varia de 0 a 40)

c = valor do LL menos 40; se LL > 60% adota-se c = 20; se LL < 40% adota-se c = 0 (c varia de 0 a 20)

d = valor do índice de plasticidade menos 10; se IP > 30% adota-se d = 20; se IP < 10% adota-se d = 0 (d varia de 0 a 20)

IG é um número inteiro variando de 0 a 20 e define a capacidade de suporte do terreno de fundação de um pavimento. Quanto menor IG melhor será o solo. IG = 0 indica material excelente e IG = 20 indica péssimo material para subleito.

Tabela para classificação de solos HRB

Caso o solo se enquadre no grupo A-7, deve-se verificar se ele pertence ao subgrupo A-7-5 ou A-7-6. Se IP ≤ LL - 30 : solo pertence ao subgrupo A-7-5

Classificação Geral Materiais Granulares

(35% ou menos passando pela peneira nº200)

Materiais Siltosos e Argilosos (mais de 35% passando pela peneira

nº200)

A-1 A-2 A-7

Grupos A-1-a A-1-b A-3

A-2-4 A-2-5 A-2-6 A-2-7

A-4 A-5 A-6 A-7-5 A-7-6 Porcentagem que passa

nas peneiras de abertura nominal 2,00 mm 0,42 mm 0,074 mm 50 máx 30 máx 15 máx 50 máx 25 máx 10 máx 51 mín 35 máx 35 máx 35 máx 35 máx 36 mín 36 mín 36 mín 36 mín Características da fração

que passa na peneira 0,42 mm Limite de Liquidez (%)

Índice de Plasticidade (%) 6 máx - 6 máx - NP - 40 máx 10 máx 10 máx 41 mín 40 máx 11 mín 41 mín 11 mín 40 máx 10 máx 10 máx 41 mín 40 máx 11 mín 41 mín 11 mín Índice de Grupo (IG) 0 0 0 0 0 < 4 < 4 < 8 < 12 < 16 < 20 Materiais predominantes Pedra britada,

pedregulho e areia Areia

fina

Areia e areia siltosa ou argilosa Solos siltosos Solos argilosos

Comportamento geral

(13)

Classificação MCT (Miniatura, Compactado, Tropical)

– foi proposta em 1981, por NOGAMI & VILLIBOR

– critérios classificatórios relacionados com as propriedades mecânicas e hidráulicas dos solos compactados

– agrupa os solos tropicais em duas classes principais:  solos de comportamento laterítico (L)  solos de comportamento não laterítico (N) – procedimento para classificação:

 ensaio mini-MCV (mini- Moisture Condition Value)  ensaio de perda de massa por imersão

– os solos são classificados através de dois índices, determinados através da realização dos ensaios citados

c’ e

e’

c’ traduz a argilosidade do solo em análise e é obtido através do ensaio de mini-MCV e’ expressa o caráter laterítico do solo e é calculado mediante o uso da seguinte expressão:

onde

Pi = perda de massa por imersão (%)

d’ = inclinação do ramo seco da curva de compactação (Kg/m3 %)

Ábaco de classificação MCT 0,5 1,0 1,5 2,0 0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 coeficiente c' índi ce e ' LA' LA LG' NA NA' NG' NS' L = laterítico N = não laterítico A = areia A'= arenoso G'= argiloso S' = siltoso 0,45 1,7 0,27 1,15 1,4 1,75 0,7 3

100

'

20

'

Pi

d

e

=

+

c’ e’ ábaco de classificação MCT classe MCT previsão das propriedades geotécnicas do solo c’ e’ ábaco de classificação MCT classe MCT previsão das propriedades geotécnicas do solo

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Ensaio mini-MCV - executado com energia de compactação variável e massa úmida de solo constante

– pesar no mínimo 5 porções de solo, cada uma com 1 Kg

– adicionar água a cada porção, de modo que a umidade seja crescente

– colocar cada porção de solo umedecido e homogeneizado em um saco plástico hermeticamente fechado e deixar por no mínimo 10 horas

– iniciar a compactação pelo ponto mais úmido, pesando 200 g de solo

– posicionar o cilindro no pistão inferior do aparelho de compactação, colocando um disco de polietileno no topo desse pistão

– colocar os 200 g de solo no cilindro, apertando o topo dessa porção de solo com um dispositivo adequado

– colocar outro disco espaçador de plástico sobre a parte superior do corpo de prova a ser compactado

– aplicar o primeiro golpe e medir a altura A1 do corpo de prova, utilizando um extensômetro posicionado na vertical

– aplicar números de golpes sucessivos, de forma que totalizem, somados com os golpes anteriormente aplicados, números de golpes n iguais a 2, 3, 4, 6, 8, 12, 16, 24, 32, 48, 64, 96, 128, 192, 256

– após totalizar cada uma dessas quantias de golpes, fazer as leituras das alturas correspondentes – o processo de compactação termina quando:

(An - A4n) < 0,1 mm ocorrência de exsudação total de golpes = 256

– repetir o processo de compactação para as cinco porções de solo, com teores de umidade decrescentes

– montar planilha de cálculo do ensaio mini-MCV

– para cada teor de umidade, traçar uma curva de afundamento ou curva de mini-MCV. Essas curvas são lançadas em um diagrama onde o eixo das abscissas está em escala logarítmica e representa o número de golpes, e o eixo das ordenadas representa o valor correspondente à diferença de leitura An - A 4n, sendo n o número de golpes aplicados ao corpo de prova. – determinação do coeficiente c’:

c’ = coeficiente angular (sem o sinal -) da parte mais inclinada e retilínea da curva mini-MCV, correspondente à condição MCV = 10 (ou ao teor de umidade que resulta em mini-MCV=10)

mini-MCV = 10 × log10 (Bi)

sendo Bi = nº de golpes quando a curva de afundamento intercepta a reta de equação a = 2mm – determinação do coeficiente d’

d’ = coeficiente angular da parte mais inclinada do ramo seco da curva de compactação (teor de umidade × massa específica aparente seca máxima) correspondente a 12 golpes, devendo ser expresso em Kg/m3 %

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EXEMPLO: MASSA DE ENSAIO (g) CILINDRO No An final ( mm ) OBS. n A n ∆ A n γ d A n ∆ A n γ d A n ∆ A n γ d A n ∆ A n γ d A n ∆ A n γ d 1 50,65 2,21 1,768 54,17 6,07 1,691 55,70 6,32 1,662 60 8,69 1,567 64,4 9,79 1,481 A ( média) = 19,56 cm2 2 48,6 0,16 1,843 50,48 4,21 1,815 52,21 5,33 1,773 55,02 6,42 1,709 58,96 7,71 1,618 3 48,45 0,01 1,848 49,1 2,92 1,866 50,53 4,77 1,832 52,83 5,45 1,780 56,21 6,54 1,697 γd = Ms / V 4 48,44 0,00 1,849 48,1 1,92 1,905 49,38 4,30 1,875 51,31 4,73 1,833 54,61 5,84 1,747 6 46,77 0,59 1,959 47,7 3,14 1,941 49,56 3,86 1,897 52,56 4,97 1,815 8 46,27 0,09 1,980 46,88 2,32 1,975 48,6 3,60 1,935 51,25 4,47 1,862 12 46,18 0,00 1,984 45,76 1,20 2,023 47,38 3,10 1,985 49,67 3,63 1,921 16 45,08 0,52 2,054 46,58 2,85 2,019 48,77 3,37 1,956 24 44,56 0,00 2,078 45,7 2,45 2,058 47,59 2,87 2,005 (An em mm e γd em g/cm3) 32 45 2,09 2,090 46,78 2,43 2,039 48 44,28 1,37 2,124 46,04 2,10 2,072 64 43,73 0,82 2,150 45,4 1,85 2,101 96 43,25 0,34 2,174 44,72 1,54 2,133 128 42,91 0,00 2,191 44,35 1,17 2,151 192 43,94 0,76 2,171 256 43,55 0,37 2,191 384 43,18 0,00 2,209 CAPSULA No

PESO SOLO ÚMIDO + TARA (g) PESO SOLO SECO + TARA (g) TARA (g)

SOLO SECO (g) ÁGUA (g) UMIDADE (%)

MASSA EXTRUDADA (Me) = A×1×γd (g)

MASSA DESPRENDIDA (Md) (g) FATOR DE CORREÇÃO (F) PERDA (P) = 100 × f × Md / Me (%) PE R D A 46,18 48,44 34,84 4,04 11,60 95 1 43,18 200 42,91 200 44,56

ENSAIO DE MINI-MCV E PERDA DE MASSA POR IMERSÃO

200 200 200 47,7 4,98 10,44 G8 60,37 56,33 21,49 G11 77,65 72,67 262,73 38,81 83,48 1 215,11 1 146,63 G 124 61,35 56,33 20,94 35,39 5,02 14,18 36,16 40,64 42,86 43,22 115,42 1,27 0,55 1 49,47 1 59,59 G157 58,56 56,18 23 59,32 24,97 56,47 23,87 ME R O DE G O L PE S UMIDAD E 2,38 7,17 2,85 8,74 32,6 33,18 G123 ( ) n d 100 w 19,56A 000 . 200 + = γ

(17)

Exemplo - determinação dos coeficientes c’ e d’. 0 2 4 6 8 10 12 1 10 100 NÚMERO DE GOLPES AF U NDAMENTO ( m m ) c' = 0,63 1,800 1,850 1,900 1,950 2,000 2,050 2,100 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 Teor de Umidade (%) M a ssa E sp e cí fica A p a re n te S e ca (g /c m3 ) d' = 39,7 6 golpes 8 golpes 12 golpes 24 golpes 16 golpes

(18)

Ensaio mini-MCV – Aparelho de compactação e medidor de altura

Ensaio de perda de massa por imersão

– objetivo: avaliação da erodibilidade dos solos

– realizado com corpos de prova resultantes do ensaio de mini-MCV – procedimento:

 extrudar 1 cm do corpo de prova para fora do molde de compactação

 colocar o conjunto (molde + cp) na posição horizontal, dentro do tanque de imersão, com uma cuba disposta de modo que possa coletar o material que se desprenda  depois de no mínimo 20 horas de imersão, retirar o material desprendido e secar em

estufa

– Cálculo de P para cada teor de umidade

onde

Md = massa seca desprendida (g);

Ms = massa seca da parte extrudada do cp (g);

f = fator igual a 0,5 quando há desprendimento de blocos cilíndricos coesos (em forma de uma bolacha) e igual a 1, quando não há.

100 . f . Ms Md P=

(19)

– Com os valores de P para cada teor de umidade, traça-se a curva mini-MCV × P – Coeficiente Pi do solo é retirado dessa curva, para:

 mini-MCV = 10 (quando os solos são de densidade baixa, ou seja, a altura final do corpo de prova para mini-MCV = 10 é maior que 48 mm)

 mini-MCV = 15 (quando os solos são de densidade alta, ou seja, a altura final do corpo de prova para mini-MCV = 10 é menor que 48 mm)

Exemplo - Determinação do coeficiente Pi

0 50 100 150 200 250 300 0 5 10 15 Mini - MCV P e rd a por Im e rs ã o ( % ) Pi = 117,5%

Com d’ e Pi calcula-se e’

19 , 1 100 5 , 117 7 , 39 20 100 ' 20 '=3 + Pi =3 + = d e solo de alta densidade valor de Pi retirado para mini-MCV = 15 solo de alta densidade valor de Pi retirado para mini-MCV = 15

c’= 0,63

e’ = 1,19

ábaco de classificação MCT classe MCT Solo LA (areia de comportamento laterítico)

Referências

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