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Impacto Gerado pela COVID-19 na Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos nas Capitais da Região Nordeste do Brasil

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Trabalho Inscrito na Categoria de Artigo Completo

EIXO TEMÁTICO:

( ) Ambiente construído e sustentabilidade

( ) Cidade e saúde: desafio da pandemia de covid-19 ( ) Cidades inteligentes e sustentáveis

( ) Engenharia de tráfego, acessibilidade e mobilidade urbana ( X ) Meio ambiente e saneamento

( ) Memória, patrimônio e paisagem

( ) Projetos, intervenções e requalificações na cidade contemporânea

Impacto Gerado pela COVID-19 na Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos

nas Capitais da Região Nordeste do Brasil

Impact Generated by COVID-19 on Urban Solid Waste Management in the States of the

Northeast Region of Brazil

Impacto generado por COVID-19 en la gestión de residuos sólidos urbanos en los

estados de la región noreste de Brasil

Robério Satyro dos Santos Jr.

Mestrando, UFS, Brasil satyro.roberio@gmail.com

Eline Prado Santos Feitosa

Mestranda, UFS, Brasil psielinefeitosa@gmail.com

Ester Milena dos Santos

Mestranda, UFS, Brasil esthermillena22@gmail.com

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RESUMO

Em 10 anos de publicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos observa-se que pouco se evoluiu no Brasil, que recicla menos de 3% dos resíduos sólidos urbanos e os catadores, mesmo importantes nesse processo, ainda marginalizados. A pandemia do COVID-19 agrava mais essa situação, visto que em muitas cidades as atividades de coleta seletiva e reciclagem foram paralisadas e esses trabalhadores foram prejudicados economicamente. Essa pesquisa visa compreender os impactos gerados pela COVID-19 na gestão dos resíduos sólidos urbanos das capitais da Região Nordeste do Brasil, quanto a geração, a coleta seletiva e ao reflexo no trabalho dos catadores de materiais recicláveis. Quanto a procedimentos metodológicos delimita-se em pesquisas bibliográficas e documentais de dados secundários associadas a resíduos sólidos e COVID-19. Em 2018, para a região nordeste houve aumento de 1% nos resíduos sólidos urbanos se comparado ao ano anterior e nos meses pandêmicos de 2020, em que muitas cidades adotaram medidas de isolamento social para conter a doença, observou-se uma redução significativas nos resíduos sólidos domésticos coletados. A coleta seletiva sofreu fortes impactos pela interrupção em algumas capitais, mas em Recife e Maceió houve um leve aumento, possivelmente, atrelado ao consumo das pessoas nesse momento. As atividades dos catadores foram reduzidas e muitos dependeram do auxílio emergencial fornecido pelo Governo Federal ou ações locais como ocorreu em Recife. Logo, a pandemia revela as fragilidades ao longo na gestão de resíduos sólidos, mas também mostra que ações conjuntas – sociedade, governo - devem ser priorizadas para a efetivação dessa política.

PALAVRAS-CHAVE: Resíduos Sólidos Urbanos. COVID-19. Coleta seletiva. ABSTRACT

In 10 years of publication of the National Solid Waste Policy, it is observed that little progress has been made in Brazil, which recycles less than 3% of urban solid waste and the collectors, even important in this process, still marginalized. The COVID-19 pandemic has agravated this situation, since in many cities the selective collection and recycling activities were paralyzed and these workers were economically harmed. This research aims to understand the impacts generated by COVID-19 in the management of urban solid waste in the capitals of the Northeast Region of Brazil, regarding generation, selective collection and the impact on the work of recyclable material collectors. As for methodological procedures, it is limited to bibliographic and documentary research of secondary data associated with solid waste and COVID-19. In 2018, for the northeast region there was an increase of 1% in urban solid waste compared to the previous year and in the pandemic months of 2020, when many cities adopted social isolation measures to contain the disease, there was a significant reduction in waste collected domestic solids. Selective collection suffered strong impacts due to the interruption in some capitals, but in Recife and Maceió there was a slight increase, possibly linked to people's consumption at that time. Waste pickers' activities were reduced and many depended on emergency assistance provided by the Federal Government or local actions such as Recife. Therefore, the pandemic reveals the weaknesses along the solid waste management, but it also shows that joint actions - society, government - must be prioritized for the realization of this policy.

KEYWORDS: Solid Waste Urban. COVID-19. Selective Collect. RESUMEN

En 10 años de publicación de la Política Nacional de Residuos Sólidos, se observa que poco se ha evolucionado en Brasil, que recicla menos del 3% de los residuos sólidos urbanos y los recolectores, importantes en este proceso, aún están marginados. La pandemia COVID-19 agrava esta situación, ya que en muchas ciudades se paralizaron las actividades de recogida selectiva y reciclaje, también resultando en pérdidas económicas para los recicladores. Esta investigación tiene como objetivo comprender los impactos generados por COVID-19 en la gestión de residuos sólidos urbanos en las capitales de la Región Nordeste de Brasil, analizando aspecto de generación, recogida selectiva y el impacto en el trabajo de los recolectores de materiales reciclables. Los procedimientos metodológicos involucran la investigación bibliográfica y documental de datos secundarios asociados a los residuos sólidos y COVID-19. En 2018, para la región noreste hubo un aumento del 1% en los residuos sólidos urbanos en comparación con el año anterior y en los meses pandémicos de 2020, cuando muchas ciudades adoptaron medidas de aislamiento social para contener la enfermedad, hubo una reducción significativa en los residuos. recogidos sólidos domésticos. La recolección selectiva sufrió fuertes impactos por la interrupción en algunas capitales, pero en Recife y Maceió hubo un leve aumento, posiblemente vinculado al consumo de la gente en ese momento. Las actividades de los recicladores se redujeron y muchos dependieron de la asistencia de emergencia proporcionada por el Gobierno Federal o acciones locales como Recife. Por lo tanto, la pandemia revela las debilidades en el manejo de los residuos sólidos, pero también muestra que las acciones conjuntas - sociedad, gobierno - deben ser priorizadas para la implementación de esta política.

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1. INTRODUÇÃO

A partir da primeira Revolução Industrial houve a migração da população da zona rural para as áreas urbanas, a aceleração urbana associada à alta produção e incentivo ao consumo, alterou os padrões de produção e descarte dos resíduos sólidos (GARCIA, 2015). A questão desses resíduos é um dos problemas ambientais urbanos prioritários no início do século XXI. A forma como os resíduos tanto sólidos quanto líquidos de uma cidade são gerenciados garante a saúde daquela comunidade ou a expõe um conjunto de fatores que podem provocar adoecimento. Na América Latina e Caribe, por exemplo, são geradas 541 mil toneladas de resíduos por dia e a tendência é que até 2050 essa geração apresente aumento de 25%, associado a isto, 90% dos resíduos gerados são reaproveitados e estas são regiões onde os lixões ainda existem e 40 milhões de pessoas não têm acesso à coleta de resíduos (PNUMA, 2018).

Conceitualmente, de acordo com a Norma Brasileira Técnica (NBR) nº 10004/2004 e Rodrigues e Zaneti (2018), o subproduto proveniente de atividades humanas pode ser denominado de lixo ou resíduo. Ao primeiro termo designa-se aquilo que não pode ser reutilizado ou passar por um processo de transformação e ao segundo, o que pode retornar ao ciclo de produção, através de processos de transformação e voltam a ter valor econômico e de mercado. Além disso, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Lei 12.305/2010, classifica os resíduos sólidos quanto à origem como resíduos domiciliares, de limpeza urbana, estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, industriais, de serviços de saúde, de construção civil, agrossilvopastoris, de transporte e de mineração e quanto à periculosidade como perigosos e não perigosos (Brasil, 2010).

No que se refere à coleta de resíduos domiciliares recicláveis, conforme dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), no ano de 2018, apenas 38,1% dos municípios participantes realizou algum tipo de coleta seletiva. Vale destacar que na região Nordeste neste mesmo ano, 63% da coleta seletiva foi realizada por organizações de catadores (SNIS, 2018).

Neste cenário, a coleta seletiva se apresenta como a definição mais viável e econômica para coleta dos RSU gerados nas pequenas, médias e grandes cidades. Na visão de Conke e Nascimento (2018, p.200), a coleta seletiva é vista como o recolhimento antecipado dos resíduos, separados de acordo com sua constituição ou composição. Todavia, é preciso que os resíduos estejam previamente segregados e a coleta obedeça a algumas regras, como a separação do fluxo comum de coleta, para evitar possíveis contaminações e perdas de material. Com relação ao termo reciclagem, PNRS caracteriza como um processo de transformação das características físicas, físico-químicas ou biológicas dos resíduos sólidos, com o objetivo de gerar novos produtos ou insumos. Para Silva Filho e Soler (2019, p.25), o processo da reciclagem compreenderá diante as mudanças mencionadas pela PNRS, sendo de grande importância para os princípios hierárquicos na gestão dos resíduos, prioridade de ações estabelecida pela lei. A prática da reciclagem aparece como sendo o terceiro nível hierárquico, tendo em vista, que a PNRS prioriza primeiro a não geração de resíduos e caso aconteça a geração a reutilização ao máximo dos materiais e, posteriormente, a recuperação e valorização e, por último, a eliminação adequada dos resíduos (BRASIL, 2010). Entretanto, apesar de denominações diferentes, é comum uma certa confusão entre os termos coleta seletiva e reciclagem.

De acordo com as definições imposta pela PNRS, a coleta seletiva engloba aspectos relacionados a etapa de coleta e segregação previa dos resíduos na sua fonte geradora, tomando todos os cuidados para não misturar os resíduos. Dessa forma, existem diversos pontos que precisam ser

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observados: como a inserção social da população e participação dos gestores, tendo como articuladores das principais medidas os catadores de material reciclável. Ou seja, a coleta seletiva se limita a preparação através da separação dos resíduos para reciclagem. Logo, a reciclagem seria uma das formas de tratamento e reaproveitamento dos resíduos sólidos para produção de bens e serviços, segundo a prioridade hierárquica. Nos estudos feitos por Anjos et

al. (2019 p. 604), a coleta seletiva serve como instrumento para aumentar as taxas de reciclagem

de resíduos sólidos.

Na perspectiva nacional, dados da ABRELPE (2018), apontam que dos 5.570 municípios brasileiros, apenas 4.070 possuem alguma iniciativa de coleta seletiva, o que representa 73,1% do total. No Nordeste, são 54,5% dos municípios que tem alguma iniciativa, seja a coleta porta-a-porta, pontos de entrega voluntários (PEVs), ponto a ponto ou sistemas de troca. Com relação às taxas por material seco, segundo dados do SNIS (2017, p. 104), a quantidade de reciclagem foi de 26,3% plástico; 12,4% metais; 11,2% vidro; 42,6% papel e papelão e 7,5% de outros materiais.

Esses dados foram ainda afetados pela pandemia causada pela COVID-19, cujos primeiros casos foram notificados em dezembro de 2019, na cidade Wuhan, China, que impactou diretamente o trabalho desempenhado pelos catadores de material reciclável na coleta seletiva e no funcionamento de indústrias de reciclagem. A quantidade de materiais reciclados já possui baixos índices no Brasil com apenas 3% dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) sendo reciclados, ao comparar a Alemanha que tem a maior taxa de reciclagem com 63% dos RSU reciclados, segundo estudos de Ibiapina (2019, p.68), o que mostra o tanto de trabalho e medidas que precisam ser implementadas para melhorar o índice e as dificuldades que esse setor vêm passando nesse momento.

As perspectivas não são de melhoras, pois os casos de COVID-19 têm aumentado exponencialmente em todo o mundo, no dia 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS), declarou estado de emergência de saúde pública de importância internacional e no dia 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada como uma pandemia. A apesar do baixo grau de letalidade, a COVID-19 tem uma transmissibilidade alta. O que é corroborado pelos dados apresentados pela OMS, nos quais até a última semana do mês de setembro de 2020 foram confirmados 33.249.563 casos e mais de um milhão de mortes em todo o mundo. Neste mesmo período, o Brasil tinha 4.777.522 casos confirmados e quase 143 mil óbitos (BRASL, 2020; OMS, 2020).

O rápido avanço da COVID-19 tem sido um grande desafio enfrentado pelos governos e população dos países afetados na tentativa de manter a taxa de transmissão da doença controlada, por isso foram implementadas medidas, principalmente medidas de restrição da mobilidade da população em geral e restrição do funcionamento dos serviços não essenciais. (KRAEMER, et al., 2020).

No início da pandemia, a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE) apontou um aumento da produção de Resíduos Domiciliares (RDO) entre 15-25%, justamente por conta do aumento das compras online, do tipo delivery e das medidas de isolamento social adotadas em todo os Brasil. Este aumento demanda ações de reorganização logística e operacional das unidades responsáveis pela gestão dos RSU para manter a eficiência e qualidade dos serviços prestados, além da necessidade de cumprimento dos protocolos e orientações de boas práticas dos prestadores de serviço responsáveis pela

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coleta e gestão dos resíduos, com foco na higienização e uso de equipamentos de proteção individual para protege-los de possíveis contaminações pela COVID-19 (ABRELPE, 2020). A problemática da coleta seletiva foi outro aspecto referente à gestão de RSU que emergiu com o início da pandemia, alguns estados e cidades brasileiras tiveram este tipo de serviço suspenso, seguindo as Recomendações para Gestão de Resíduos em Situação de Pandemia por Coronavírus (COVID-19) propostas pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES) por conta dos riscos de contaminação sofridos pelos profissionais e cooperativas que fazem a triagem de resíduos. Porém ressalta a importância da manutenção e intensificação da coleta convencional e limpeza dos locais públicos para evitar o espalhamento de contaminantes (ABES, 2020).

Diante da importância dessas temáticas, a PNRS possui uma abordagem e compreensão sobre esses aspectos. Na questão da coleta seletiva são previstas ações que se constituem como pilares da lei devido a sua importância, compreendendo que a coleta seletiva deve ser aplicada para alcançar a diferenciação entre resíduo e rejeito. No que concerne a reciclagem, a política busca acabar com o preconceito sobre os resíduos sólidos e evidencia o valor econômico que os materiais gerados possuem, mostrando o potencial em gerar trabalho e renda. No mais, a Lei prioriza a incorporação dos catadores de material reciclável na triagem dos RSU da coleta seletiva e em todo trabalho de conscientização da população sobre a importância de separar corretamente os resíduos gerados (SILVA FILHO; SOLER, 2019, p. 43).

Portanto, a partir da promulgação da PNRS, os resíduos sólidos passaram a ser reconhecidos como bens econômicos e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania. Dentro das perspectivas das diretrizes dessa lei algumas perspectivas precisam ser apresentadas sendo elas a hierarquização das medidas e a visibilidade a uma profissão informal e marginalizada que são os catadores (BRASIL, 2010).

Infelizmente em muitos municípios do Brasil, ainda são incipientes as práticas de reciclagem, devendo haver incentivo e aperfeiçoamento da coleta seletiva em todos os bairros da cidade (SANJAD, 2019 et al., 2019). A efetividade de programas de coleta seletiva requer o envolvimento dos cidadãos, considerados extremos da cadeia de produção e consumo, ainda há a necessidade de informação e divulgação dos programas e iniciativas implantados, no que concerne diretrizes, princípios, instrumentos, práticas e modalidades de coleta adotadas, com sendo também sensibilizada e motivada assimilar e incorporar ao seu cotidiano (BRINGHENTI; GUNTHER, 2011).

Também se faz necessário um maior investimento nessa cadeia, com abertura de espaço a cooperativas de catadores desses materiais, com oferta a baixo custo de ferramentas, estrutura física e cursos de capacitação (SANJAD, 2019 et al., 2019). Esses profissionais surgem no Brasil num cenário de extrema pobreza, relativo ao modo capitalista de consumo, um grupo que não possuem requisitos necessários para a conquista de espaços no mercado formal de trabalho, alternativa de sobrevivência derivada do subemprego, de condições precárias de trabalho, de violência e criminalidade (SOUZA; ZANIN, 2017). Nas cidades urbanas a catação dá-se por pessoas espalhadas pelas cidades que retiram “lixo” que além de toda a estigmatização tem-se a exploração por parte de empresário, denominados de atravessadores (GUTIERREZ; ZANIN, 2011).

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2. OBJETIVOS

Esta pesquisa objetiva compreender os impactos gerados pela COVID-19 na gestão dos RSU das capitais da Região Nordeste do Brasil. Comparando aspectos da gestão dos resíduos sólidos em cada uma das capitais durante o primeiro semestre do ano de 2020, como, geração e o reflexo no trabalho desempenhado pelos catadores de materiais recicláveis incluindo o período pandêmico.

3. METODOLOGIA/METODO DE ANÁLISE

A pesquisa tem como delimitação as capitais da região Nordeste do Brasil são elas São Luís/MA, Teresina/PI, Fortaleza/CE, Natal/RN, João Pessoa/PB, Recife/PE, Maceió/AL, Aracaju/SE e

Salvador/BA. A região nordestina abrange uma área de 1.554.257 km2, abrigando 53.081.950

habitantes, tornando-se a segunda região mais populosa do país, estando a maioria da população concentrada nos grandes centros urbanos (IBGE, 2019).

Em sua estrutura a pesquisa possui um caráter básico, tendo como principal objetivo o fornecimento de informações. Quanto à abordagem, segue os moldes qualitativos, com a observação e comparação na gestão dos RSU realizada pelas capitais da região Nordeste, além compreender aspectos sociais no impacto gerado no trabalho dos catadores de materiais recicláveis. Ademais, a pesquisa possui caráter exploratório, já que é construída através do levantamento de documentos e pela busca sistemática de informações sobre a COVID-19 e a geração de RSU nos Estados do Nordeste.

Com relação aos procedimentos, a pesquisa é bibliográfica e documental. No levantamento bibliográfico, foram abordados temas como, resíduos sólidos urbanos, COVID-19, coleta seletiva, reciclagem e o impacto social no trabalho dos catadores de material reciclado e reutilizável.

No levantamento documental, foram utilizados dados secundários, com informações sobre aspectos referentes a gestão dos RSU. Com informações encontradas na Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais – ABRELPE, Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento – SNIS, Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos – SINIR e o diagnóstico sobre gestão de RS feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA.

Com base na metodologia empregada, foi possível traçar uma visão sobre a situação das capitais nordestinas sobre a gestão dos RSU no período pandêmico, e compreender melhor os impactos ambientais, sociais e econômicos gerados pela pandemia.

4. RESULTADOS

A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), em 2018, aponta que quantidade de RSU gerado chegou ao total de 79 milhões de toneladas, representando um aumento de pouco menos de 1% em relação ao ano anterior. Do qual foram coletadas 72,7 milhões de toneladas, ou seja, 92%. Ainda de acordo com dados da ABRELPE (2019), a região Nordeste foi a que apresentou o menor índice de cobertura de coleta dos RSU no país, resultado da deficiência nas etapas de gerenciamento dos resíduos sólidos, de forma que a geração na região chegou à quantia de 53.975 toneladas em 2018, sendo coletados 81,1% dos RSU. Ao realizar uma comparação entre os anos de 2017 e 2018, percebe-se que ocorreu um aumento de 0,82% na geração de RSU no país, e especificamente no Nordeste houve uma redução de 2,73%, sendo atribuída a essa redução problemas de gestão e coleta dos RSU, como

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aponta o texto “Descaminhos do Lixo” da ABRELPE. Desse total coletado, cerca de 6 a 10 toneladas são enviados para aterros controlados ou lixões.

Em adição, dos 1.794 municípios que compõem a região Nordeste, 978 possuem alguma iniciativa de coleta seletiva, o que representa 54,5%, com relação ao ano de 2017, houve um acréscimo de 76 cidades que implantaram alguma inciativa de coleta seletiva. Todavia, diante das dimensões territoriais da região, os índices de cobertura e coleta precisam melhorar bastante, com o fornecimento de dados pelos municípios.

Trazendo para o período pandêmico, o fornecimento de informações se torna mais escasso por problemas de infraestrutura pela paralisação dos trabalhos, a velocidade com que as medidas mitigatórias precisam ser tomadas, entre outros fatores. Diante da dificuldade de obter informações sobre a geração nos Estados da região Nordeste, optou-se pela utilização do documento elaborado pela ABES sobre a geração dos RSU nas principais capitais do país, utilizando no caso da pesquisa, apenas as cidades da região Nordeste. A tabela 1 faz uma comparação da geração de RSU anterior e durante o período pandêmico

Tabela 1: Comparação na geração de resíduos sólidos anterior e durante a pandemia de COVID-19.

2018 2020 Capitais Nordeste Total de RSU gerados (Toneladas) Média mensal de RSU gerados (Toneladas)1 Março (Toneladas) Abril (Toneladas) Maio (Toneladas) Aracaju 235.455,9 19.621,3 18.168 15.991 17.195 Fortaleza 1.533.558,9 127.796,6 56.601 52.103 54.531 João Pessoa 258.932,4 21.577,7 21.096 20.217 21.583 Maceió 385.195 32.099,6 35.346 14.855 27.784 Natal 366.080,5 30.506,7 19.853 19.125 18.945 Recife 863.731,8 71.977,6 44.873 40.230 41.367 Salvador 916.648,8 76.387,4 77.903 69.713 75.998 São Luiz 401.815,2 33.484,6 24.811 22.824 34.889 Teresina 413.721,1 34.476,7 17.736 16.073 15.988 Total 5.375.139,6 447.928,2 316.387 271.131 308.280

Nota: Os dados da ABES que estão descritos pelos meses de março a maio são apenas dos Resíduos Sólidos Domiciliares.

1 O cálculo da média foi realizado a partir da razão dos valores anuais gerados por 12. Fonte: SNIS, 2018; ABES, 2020.

Nesta visão, ao se observar os dados na tabela 1, todas as capitais apresentaram redução na geração de resíduos sólidos a partir do mês de abril se comparado ao ano de 2018, com atenção especial para Fortaleza que em 2018 chegou a uma média mensal de 127.796 toneladas e anual de mais de 1.500.000 toneladas, já no período pandêmico houve uma queda acentuada na geração pela paralisação das atividades, todavia, é necessário incorporar a esses valores de 2020 os resíduos sólidos da limpeza pública, que ainda serão contabilizados pelos órgãos e instituições competentes. No mais, dentre as regiões do país, a região Nordeste é a que possui o menor índice de cobertura de coleta dos RSU com 81,08% (ABRELPE, 2019), e dentre as capitais do Nordeste apresentadas, a cidade de Fortaleza é a primeira na geração, seguida de Salvador, Recife e Teresina.

Quanto à coleta seletiva, de acordo com os dados da ABES, não houve alteração significativa das quantidades coletadas nas capitais onde não houve suspensão desta atividade. No Nordeste, as

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cidades de Recife e Maceió tiveram um leve aumento do percentual da coleta seletiva ao comparar os meses março e abril. Este aumento pode estar relacionado ao aumento das compras online e do tipo delivery, principalmente de produtos alimentícios, de limpeza para o lar e higiene pessoal no mesmo período (NIELSEN, 2020; FIRJAN, 2020).

Esta realidade em relação à coleta seletiva reflete na renda de associações e cooperativas que foi afetada com as restrições e suspensão da coleta seletiva em diversos municípios brasileiros para não oferecer riscos aos catadores no manuseio dos resíduos sólidos, com suspensões temporárias das atividades, como ocorreu em cidades como João Pessoa, São Luiz e Salvador (ABES, 2020).

Essa medida preventiva é muito importante, tendo em vista a negligência, mesmo antes ao período pandêmico, quanto a falta de equipamentos de proteção coletiva e individual a essa categoria. No campo da saúde do trabalhador é importante que se abra uma discussão atrelada a medidas quanto a necessidade dessa atividade por um suporte contínuo a esses equipamentos, já que não só o COVID-19 ameaça esses trabalhadores, mas outros contaminantes biológicos (GALON; MARZIALE, 2016; DALL’AGNOL; FERNANDES, 2007).

O Nordeste concentra, a 2º maior concentração de catadores do país, cerca de 30%, representando um volume de 527 catadores para cada 100 mil ocupados, além disso conforme Censo de 2010, a renda média desse trabalhador foi de R$ 561,93 (DAGNINO; JOHASEN, 2017). Infelizmente, o isolamento nas capitais e suspensão de atividades em algumas cidades afeta a renda desses trabalhadores que muitas vezes dependem dessa atividade para sustentar suas famílias. Responsáveis por quase 90% de toda a reciclagem, as empresas que compravam materiais reciclados como papelão e alumínio suspenderam as atividades ou reduziram drasticamente o valor pago aos catadores (PEREIRA, 2020). Mesmo com o auxílio emergencial de R$ 600,00 como suporte financeiro e há controvérsias devido a forma burocrática que se deu o acesso a este benefício.

Além disso, estima-se que a redução mensal da coleta seletiva em torno de 16.736 t, represente um valor médio por tonelada coletada de R$ 400,00, cerca de R$ 6.694.400,00 por mês a menos de receita para as cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis. E num semestre, a perda de renda para as cooperativas atuantes nas capitais do País seria de R$ 40.166.400,00 (ABES,2020).

Mas é importante ressaltar medidas adotadas para minimizar os efeitos da crise financeiras aos catadores, com ações advindas de movimentos sociais, prefeitura, estados, pessoas físicas, iniciativas privadas e organização não governamentais. Na cidade de Fortaleza/CE a prefeitura junto ao Movimento Supera Fortaleza forneceu 265 cestas básicas para os catadores de 12 associações localizadas no munícipio (DIAS, 2020). Demonstrando que mesmo a categoria marginalizada e em dificuldades, intensificadas pela pandemia, a saída pode ser dada com a integração de ações dos variados indivíduos e instituições sociais, coordenadas e efetivada pelo estado que tem como base a lei federal.

5. CONCLUSÕES

Diante do cenário da pandemia da alta geração e demanda de recursos operacionais e para a manutenção da segurança do trabalho dos profissionais que atuam na coleta dos resíduos sólidos, este é um assunto de grande relevância. Pois, é preciso que haja planejamento e elaboração de protocolos e cumprimento das normas referentes à gestão de resíduos sólidos

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afim de reduzir os impactos ambientais, sociais e econômicos no período pós-pandemia. Já que conforma apontaram os resultados, após o início do período de reabertura houve aumento expressivo da quantidade de RSU coletada.

Outro aspecto relevante é quanto às alterações dos padrões de compra e consumo que foram iniciados com as medidas de isolamento social, caracterizado pelo aumento da compra de produtos de higiene pessoal, incluindo máscaras faciais e produtos para limpeza do lar e compras do tipo delivery e online, o que ocasiona um aumento na geração de resíduos, pois implica no descarte de mais embalagens. De acordo com as pesquisas realizadas até o momento, uma parcela significativa da população pretende manter os cuidados com higiene pessoal, limpeza do lar e saúde enquanto houver receio de infecção pela COVID-19 e frequentar menos lojas físicas para realizar compras. Por isso, é fundamental desenvolver estratégias que visem o fornecimento de informações e condições que favoreçam a separação dos RDO e ações educativas que promovam o conhecimento sobre a importância da não geração de resíduos sólidos e evitação de consumo excessivo.

É preciso também que os órgãos e instituições competentes cumpram as legislações vigentes e desenvolvam de modo mais efetivo a inclusão dos catadores de materiais recicláveis e cooperativas no ciclo da gestão dos RSU, visando diminuir a quantidade de resíduos destinadas aos aterros sanitários, reaproveitamento de materiais recicláveis e melhores condições de trabalho para esses profissionais.

Portanto, a pandemia trouxe à tona as dificuldades e fragilidades que a gestão dos RSU em diversos aspectos que vão desde as questões operacionais até o cuidado com a saúde e vulnerabilidade econômica e social dos trabalhadores que atuam nesta área.

AGRADECIMENTO

A UFS/PROSGRAP/PROAP ao aporte físico, financeiro e logístico e a CAPES pelo apoio para o desenvolvimento da pesquisa. O presente estudo foi realizado com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código de Financiamento 001. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANJOS, Janice Soares; WOLFF, Graziele; FERRARO, Ana Carolina; SANTOS, Cassya Fernanda. "Mobilização e Implantação da Coleta Seletiva no Município de Guanhães." Revista Gestão & Sustentabilidade Ambiental 8, no. 1 (2019): 600-628.

ABNT. NBR 10004 – Classificação de Resíduos Sólidos. Rio de Janeiro, 2004.

ABES. O Impacto da Pandemia pela COVID-19 na Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos situação das Capitais Brasileiras. 26 ago. 2020. Disponível em: http://abes-dn.org.br/?p=33224. Acesso em 25 set. 2020.

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ABRELPE. Recomendações para a Gestão de Resíduos Sólidos durante a Pandemia de Coronavírus (COVID-19). Disponível em:

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