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Anno XXXIII
trSIliMUSr,. PABÀ A CAPITALnÍOÀ)ll'.S'TO ADIANTADO
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Hio fle Janeiro — Quarta-feira 16 do Janeiro de 190?
N. 10,
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uv.\ vi)iir:i).\ í.í s\it x. 70. a.\th:a n;> orvinon
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NOTCAS
ASfIBNAIUIAI PARA OS tSTADOS
PAOAÜNTO APíANTADO
TYPOdHAMUit
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NUMERO AVULSO
O» arilc'i« rhvlailiii 4 reilneç/lo
sejam nôo Plllillenili.»m-rfio
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rcsiiliililos ainda quo nio
Stereotypada e impressa nas machinas rotativas de Marinoni, na typographia dá
Sociedade anonyma. « Ga2e*a de Noticias»
NUMERO AVULSO 100 RS.
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Ü tislgniturai começai!» • terminam rm qualquer mu
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HOJE - 6_PAGIig|;S:
24 horas
31
ASSIGMATURAS
A Gaziíta df. Nptícias mudou
u su« administração para o
li OVO EDIFÍCIO
,i rua do Ouvidor ns. 70 e 72
nm 03 AOS ASSIGXAITES
DAGÀ7,Í>TA DE NOTICIAS
GRftNOE SUCCESSO
Temos a mais viva satisfação
cm communicar que causou o
mais estrondoso successo, sendo
por toda.a parte acolhida com
YiTiladeiro enthusiasmo, a idea
quo ha,tempo aventámos de
mu-Jarosy.stema dos nossos prcmios
annuaes aos assignantes da
g\zi;ta di; noticias
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Assim, a GazeTj distribuirá aos
assignanlcsde anno e semestre
9:000$000 M PRÊMIOS
constituindo esses prêmios um
SORTEIO EXTRAORDINÁRIO
mregulado pela seguinte tabeliã,
dos quaes o primeiro 6 destinado
aos assignantes.de um anno e os
restan tes aos assignantes de anno
e semesíre.
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Além desse&premios, e axxtem^
plodo que temos feito nosannos
anteriores, todos os nossos
assi-gnantes terão direito, os de anno
a dous romances e os de semestre
a um romance escolhido entre,
o; seguintes :
Vaimont—Espião
Prussiano.
Snnd—Os 2 irmãos.
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' Flammarande.
Musset^-Filho do século.
Novellas.,
•
.
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Giiutier—Mademòi.selle Maupin.
\\eí Gandoulè."
Novellas.
lloussaye— Mademoiselle Cleò-
'paira.
iVlademoisclIe iMariani.' ,
Romance da Duqueza.
Mulher que amou.
¦ Fcujllei—Amores clePhilippe.
Droz^-Papai, Mamai e Nené.
-Iliown^— Viagem
no dorso de
uma baleia.
Conquista do ar,
Verne—-Ao redor da,Lua.
Os 500 milhões de Begum.
A escola dos Robinsons.
O Chahceller.
Çjhco semanas em balão.
Descoberta da Terra.
Üma cidade tluctuante.
Viagem ao centro da Terra.
Descobrimento
prodigioso.
O Dr. Ox.
Aventuras de Ires russos e tre.s
inglezcs.
As li íbulações de um chinez na
'China.
Da Terra á Lua".
•
Todos os assignantes de atino
e semestre terão igualmente
di-reito a um exemplar do NOSSO
ALIYIANAK que 6 um utilissimo
repositório de
informações
e
contém uma completa parte
re-creativa, excellentemènte
colla-borada, e impresso em
magni.-fico papel
-com
grande numero
de illustfaçõés.
XII SORTEIO
com òS coupoiis de 5 de
ja-neipo a 17 de
fevereiro.-±a-v-„
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GAZ-.TA
DIí NOTICIAS
16 de janeiro de 1907
INTERIOR
Vnrliui a teni|ienilura dc lionleiu en-Ire o innxiiuo ile-J..y'i e n mínimo ile 82» (1.
O bninmelfo registrou 7.49",1 jiíln
mnnhii e7IU*,3 A Inrdc.
O eco esteve sempre encoberto. Cllll-vu clil íi horas: ;l,m. TI.
X
Média dn temperatura nus estados. lioícin, 2õ.'J.V; S. l.uiz, íS.50j Pníllíl* líjlin, 'JO 50; Forlnlezn, 2S BSJ Nnlal, iíl.lÓj Pnrnliyhn, 27.-0; lleeife, Í8.Ü0; Mneeió, ?0í60j Arneajíi, 2ll ?0j linhia, 2(1.1111; ('uynhn, 2.ri.50; Vieliuin, 25^0'; S. 1'milo, á2.U0; Curilylia. 21.00; Flori, nnnpollM, 21.1),'i; Porto iUCffrc, 2J.B0*.
Choveu niitu-linnlem em Juiz de l"órn c cm Paranaguá Irovejou.
Pioli.iliiliiliiili; nesta eapiial ale ao meio dia de hoje; Tempo variável. Ventos
variáveis.-X
A eliuva com que terminou a séguri-ila-feira não teve conseqüências, nem mesmo a conseqüência natural u sim-pies de Ioda chuva que se presa—mo-Ihnr. Pouco mais do que eliovisco, não chegou a lavar a atmosphera que, por isso mesmo,-continuou cinzenta, sem transparência c mnis que tudo pc-sada.
A eliuva permaneceu lá por cima em altitude dc ameaça.
Em allernalivas dc luz e sombra—luz discreta c sombra tenue—passou o dia dc honlem que completou a primeira quinzena dc janeiro sem um dia ver-dadeiianicnlc bello, sem restricções, com todo o esplendor dos dias de verão.
I.ogo ao amanhecer aprcscnlaram-sc turvos os bprisontes, dissuadindo vel-leidades de bom tempo, li mais ou menos, como o do amanhecer foi o cio dc iodo o dia, cio dúbio, com extensos campos dc azul, com manchas extensas de negro, ora alternada ora
simulta-neamenle. .;
A temperatura podia ler compensado a ausência do sol c a falia dc colorido do céo, porque tudo se perdoa ao tempo menos o calor forte; mas foi qucnle o dia, c abafado.
Pela tarde começou a chover, como, aliás, tem acontecido um dia sim 011-tro... também.
X
A cidade esteve simplesmente bannt-, lieslisou monótona a vida, com o- mo'-; vimento normal, sem incidente, sem-riota que vibrasse acima do tniii de ra-merrão.
X
Voltou dc sim excursão a Minas e S. Paulo c vòllou a sei- hospedo da.ca; pitai por alguns dias mais o Sr. Dr. Jòsc Marcellino. ,
Teve nesse facto o mundo pojilico; ao menos uma parte delle, o seu ponto de convergência, ao receber e installnr o illustre itincrante. Sempre foi uma diversão nessa pasmaccira morna e cs-teril que tem andado por essas regiões, para desespero da reportagem que, om vão, se estafa cavando na argilla im-permeável do mexerico.
Não registram ainda os noticiários a impressão que trouxe o honrado go-vernador da Ilahia dos dous grandes listados percorridos e dos illuslrcs lio-menscom quem abriu S. lix. commer-cio ile amisade.
Acreditamos, porém, que deve ser a mais lisongeira, assim como não o terá sido menos .1 que deixou o illustre visitante pelas terras visitadas.
X
Passa a marcar o dia dc hontem uma daía dc luto nos' annacs da nossa pa-tria. Desnppareceu na morte o viseon-dc viseon-dc Cabo I-'rio, director geral da se-cretaria das relações exteriores, c o decano do funecionalismo brasileiro, a que pertencia ba CG annos.
Tradição viva da nossa historia inter-nacional c diplomática, o visconde dc Cabo Frio era ainda, apesar da decre-pitude pliysica cm que vinha cahindo lia tempos, o primeiro c mais precioso auxiliar de que se podia scccorrcr governo cm tudo quanto se prende as nossas relações com ós outros po-vos.
Cavalheiro de apuradissima civilldn-dc e funecionario civilldn-dc integridade abso-luta, o finado diplomata impunha-se A consideração c ao respeito não só dos seus subordinados como dos seus pa-res c dos ministros que geriam a pasla.
No exterior, em mais dc nm posto, c na secrçtaria por longos annos a seu cargo são da mais alta relevância os serviços prestados no paiz pelo brasi-loiro (lcsapparecido, que deixa unidos nomes mais justamente venerados entre os que melhor têm servido A palria.
X
O cambio.
Como dc véspera, tivemos o_ mercado hontem em condições variáveis ; porém, manteve-se sustentado ainda porque havia limitada procura. Entretanto, continuavam escassas e portanto, tens as letras de cobertura, pelo que talvez não seja impossível uma reducçãò effc-Ctiva nas taxas para mercado.
jNns primeiras lioras era frouxo o estado do mercado, mas no correr dó dia tornou-se sustentado, continuando a ser, dahi por diante, mais regular o seu funecionamento.
Os barícos abriram e se mantiveram ás tahellas do 15 3|8 e 15 Í3..2 d., pre-dominando a taxa de 15 3.8 paru os sa-3ues irectas.e a de 15 7.16 d. para as letras in-Sem tomadores, dentro em pouco, toriiarain-sc mais acccssivcis os papeis directos a 15 13(32 d.,a que havia ainda repassado, alguns bancos sustentando 15 3Í8 d., mas todos só comprando a 15 lõ|32 d., cm cujo" estado o mercado permaneceu calmo.
Os soberanos correram dc lGSa 168050 c os vales, ouro, de 1877-1 a 18777, com OS cheques para o café dc G27 a 021', • eiulò constado as operações bancarias de letras- directas a 15 3.S c 15 13i32 ''i, contra indirectas a 15 7.10 e 15 15.32 d.
X
O café. . . ,- ,.
Pouco ba a dizer sobre o mercado dc hontem.
No Centro, a mesma apatlna dos ul-limos dias, continuando também ainda parado o trabalho na exportação.
Pelos compradores olliciaes foram adquiridos os cafés constantes dos lo-tes W a 137 (12 U0O saccas mais oü mcnosi,persistindo, porém, 110 conimcr-cio legitimo o desiuiiiiio c a falta de
iiegiiilns ulllinanienle prednniiiianle. nus loles expostos honlem no 1,.i-iiu i>. a|:uiiiis um nhlovu collocaçAi), Islo mesinn líira Uns linrus regulnmen-Inri.s e 1111 Jinse de 5SM0, visto a ali-«jcncln dus iiiiiiprailoics diirunlc o mu-vliiienlo dn iiianliü.
Nn expurlaçni) foram inslgnlllennles as vemla-t, eiiutlmiauiio piirlnulo noml-niics ns eiilaçi-K-s,eiiili(iru parceendo-nos que oflerlas nn base de õfiõül) não se-rinin recusadas,
Pnra os cafés Inferiores no lypon. 7, ha poucos enmpradnies, senilo também e ida vez pelores os preços iifferceidos, e na maioria dos i-a-ais Innceeilnvels.
As bolsas da liuropn nlirlram em alta l|l a :I|I,miIiíikIii tuinhem na aher-lurã - ponlns a de Novi VnrU.
Piir.lundliih.v passarain 7l.7l)i) suecas, iiitiaiiiln aqui ",.775 suecas |iur barra-ilenlni i- i-.ili..lageiue l.liVS peln estrada de feiro Cenlral alé á 1 hora da larde. Santos, JO - llase, liKIH); mercado cal-mo; forain vendidas limitem, II.IWI; regjslrndnrní HitlOOi enlrarain huiileni, 72'.ó71 : enlradns desde 1 deslc mez, Ü5ÍSP5; inédiii,- 57.20'J : entradus des.-de I* des.-de jilllin. 10.80Í);a;.'5'; exlsllam hiiiü em pfiiiu-ir.n c seguiiilas iiiinls. 7;<'.'.'(|| ;'-'l)ifssngeiis hoje,-7l.ulJ2 ; des. ile 1 do iiu-z, (Jo2'.1)8Sj desde 1 de ju-lho. l(J.Hlii.Hu7. Pauta semtiiníl, fJCtí reis. Forain hoje haldeiidn s cnni des-lino a Sanlos: em .lundiahv. 55.212; em S. Paulo e Sorocabana,. S.IS12; em Campo Limpo, 1.125 ; 110 liraz, 1 ."-130; uo Pary 5.251; tolal, 71.702.
Foram embarcadas: nn dia Io 30,052; desde 1 do mez, 225..ririH; foram, despn-eliiulos hoje 21S.0G1 sahiram desde 1 do mez |inrn liunropa, 70.7S1; Estudos Unidos, 73,171; liuenos Aires. -ipõjMÒIl-tevidéo, 50.
.1
Policia.
Dous indivíduos, Augusto e Jorge de tal, invadiram a casa do Sr. Manuel Hodrigues, á rua Domjngos Lopes 11.4G. arronibarani a porta e espancaram a esposa desse scllhor, D. Maria Ferreira Lopes, evadindo-se cm seguida.
Nn casa da rua Moura Brilo n. I, residência dc D. Joaquina Augusta ila Fonseca Telles, empregou-se ha tempos uma criada de nome Uelmira Maria da Conceição,que eslava grávida e abortou, tendo a policia da 13» aberto inquérito sobre o caso que parece Icr-sido cri-minoso.
Por haver .luvcncio Caetano Ho-ilrigues repu.liado sua esposa, lilha dc Porphyro José Ferreira, este, acompa-nliado.de Felippe Martins Ribeiro c um tal Alvarenga, encontrando-o na rua do Morro, aggrcdiu-o a páo, reagindo Juvencioa revólver.
Do encontro sahiram feridos: Juvcn-cio, com o corpo todo cheio dc con-lusõcs c lerimenlos; Ferreira, com um ferimento por baiana caneca, c Felippe, com uma bala encravada na coxa cs-querda.
X
Nos Estados. , .¦ '. .;.'. Partiu para sua fazenda o Sr. Dr. Ti-biriçii com sua exma. faniilia.
EstA cm S. Paulo o bispo de Pousii Alcgrcc
—:No Rio nranile do Sul vai appare-ecr a /IíuíjiVi Agrícola.
Piosegiieni no Pará os trabalhos da revisão do aíistanicnlo eleitoraív
Estiveram muito concorridas cm liclcm as exéquias dos senadores esta-doaes barão de Marajó e Ignacio Cunha. —^Foi preso cm Pernambuco mu companheiro de Antônio Silvino.
O deputado Jnstiiiiauo dc Serpa" yai ter festiva recepção cm Helém.
;'
EXTERIOR
V
A questão do .tunncl sob a Mancha está preoccupaiido seriamente o espi-rito publico na Inglaterra.
A opinião está quasi que igualmente dividida: de um lado os íiiíísIíu, par-tidarios do tunnjdl'/ c que allcgain cm favor da sua construcção a facilidade de comnninicações que trará para a Inglaterra, pondo-a a seis horas de via-gem da França ; os anli-tiilisla, os ini-migos do liiiinel, têm como argumentos mais poderosos que a principal garanlia da Inglaterra reside na sua situação in-sular, quasi inatacável pelos exércitos continentaes, sendo como são as suas costas defendidas pela mais poderosa marinha do mundo.
Uns ç.oiitros contam em suas fileiras-alguns dos espíritos mais eminentes da Inglaterra; Gladstonc era tulista c lor/l Wòlselcy era intransigente aníi-liili.tín. Os partidários do tunncl fazem todas as concessões possíveis aos seus ad-versarios- c quanto ao receio do ser a Inglaterra invadida por algum exercito cuiopcn,cllcs o procuram desfazer, con-cedendo que a Inglaterra tenha á sua disposição diversas bombas com as quaes cila poderá inundar o tunncl em poucos minutos quando julgar con-veniente.'
Mas nem assim os anli-tulislas se rendem, allcgando que, 110 momento preciso, as bombas não (unecionem c c elles verão sair soldados dc dentro do buraco, como formigas dc um for-migueiro.
lim todo o caso a campanha cm prol do tunncl tem ganhado terreno; basta dizer que o governo não intervirá nn dlscusssão que sobre o projeclo vai haver no parlamento. Contra o tunncl já appareccram duas opiniões de grande peso : a do Comilc da Defesa Nacional c a da Liga Naval, do que 1103 falia um nosso telegramma dc hoje.
X'
Ò Japão é partidário do desarma-mento geral, annuncin-nos um tclc-gramma dc Londres. Parece ser essa a sua altitude na próxima conferência dc Haya c naturalmente os amigos da paz não deixarão dc applaudir os vencedo-res de Tsu-Shima.
Ha, porém, a refleclir que á guerra deixou innumcras questões a liquidai* com a China e Rússia c outros paizesdu Europa e ainda ha pouco, por causa da exclusão dás crilmças japouczas das escolas norte-americanas, as relações do miliado com os Estados-Unidos ficaram uni tanto tensas.
Parece-nos que cm relação aos Esta-dos jVniEsta-dos cm face do Japão, a sua situação c idêntica á nossa em face da Argentina. Ainda não ha muito o Sr. Root mostrou a situação dc quási ab-solula inferioridade em que os Estados Unidos ficariam no Pacifico no caso dc uma tentativa de posse . das Phi-lippinas pelos japonezes, que encontra-riam alli todas assympathias dos
natr-Bni todo o caso valem bs bons dc sejos do Império.
X
liuenos Alies Inaugurou limitem n. sua exposição de fruclas com grande stiecoso. A exposição eslnvn niinilil-ciada, o o successo não podia deixar duvidas. Pela copiosa impollliçAo que' fazemos das fruclas produzidas nn Re-publica Argenllnu, podemus avaliar do constante progresso dessa cultura, e peln cxcellcncln do produeto de expor-taçúo, que é ualiiralnienle inferior, po-demos calcular o magnífico effello da exposição, onde llgui-a o escol dos mais aperfeiçoados exemplares oblidos pela cultura inlelligciitc, estimulada parn esse cérlnincn.
Francamente, é dc inveja a inipres-sAo que deve despeitar essa vieliuin do trabalho agrícola. NAo a inveja que dc-prime c acorda despi;ilos, mas a que estimula c desperta o desejo dc seguir a mc*"Trrfl Inlli.i.
Hara será a espeele vegetal friictlfern qiíc o clima do llrasil não possa acolher c fazer prosperar, ijins é muilo rara ainda qualquer tentativa nd sentido dc derivar paj-a .essa diversão; com des-vcllo c eom ambição de aperfeiçoar, uma parte (Ia nossa agricultura.
E não é lão pouco por falta de ampla remuneração que o nosso comniercio dc fruetas é ainda mérá experiência, c esla feita sobre os mais vulgares pro-duelos, sem condições de disputar pre-ferencias em qualquer mercado.
X
Ultimas noticias:
Hcalisou-se em Paris a primeira reunião dos bispos IVaneczes para rc-solver sobre" a altitude do clero.
Os partidários dos diversos can-didatos A presidência' dc Havana estão brigando uns com os outros. .
As câmaras porluguezas en mu-nicipalidadc do Porlo felicitaram os só-beraiios piiiliigiiezes pelo restabeleci-mento do príncipe real.
Aiíginenta a greve em Valenea o cm Barcelona.
Foi posto a nado em Toulon o submarino Algrricn, que havia nau-fragado.
A eoniniissão de marinha mer-cante da Câmara dos listados Unidos approvou o íii/f da subvenção rejeitada pelo senado.
—— O novo Shah da Pérsia será.' coroado a 19 do corrente.
—— li' infimdnda a noticia da creação dc uma nunciatura apostólica cmS. Pe-tersburgo.
A' reunião dos prelados france-zcs compareceram oilenta bispos, que forami muilo acclamados.
X
Em Brcst os pro/essores, obedecendo A lei dc separação, fizeram retirar das salas dc aula todos os symbolos reli giosos qife alli mantinham. Em repre .íiálla^rçsseíieto.-iis p'ii:s (los- collcginOs
(izeramii'os.icrtrai-ijos eslüdos..* '¦ Como os prnfc.ssorcVjtfirãa dc c.ontí-nuni' a obedecer á lei que lhes impo/, aquclla medida, é lógico esperar que os pais também persistirão cm. não mandar os filhos á escola.
È ahi teremos a França povoada de aualphabelos, tal qual como a França aristocrática da idade média'c o Brasil do século XX.
sem,sentido, ríán ú eonibatel-a: é dar-lhe um valor que cila não lem.
SANITÁRIO
lotas e Noticias
s
OS PRECONCEITOS
. Ha umn certa ordem dc medidas políticas ou administrativas que nunca pbdem ser adoptadas sem pro-vocarem nma grande celeuma.
São como as pedras que no cahirem nagua a fazem saltar cphcmcramculc. Nós já tivemos a famosa questão da yaccinn obrigatória, que dc medida hygicnica se transformou cm quês-lão política., Agora temos o ciso dn ex-pulsão dos estrangeiros c não é iliogico ligar as duas questões, porque ambas estão sendo combatidas com os mes-mos falsos elementos c ambas consti-tucni medidas dc hygiene, uma dc by-giene physica e. outrn ' de hygiene mora).
Ambas essas medidas soffrcram a guerra dos preconceitos, c mais a estes do que a cilas cumpre dar combate. Os preconceitos s a teias de aranha, e ás vezes tão bem tecidas c emaranhadas que perturbam o julgamento das cousas c dos fados.
Quando uma nação, 110 ,i so c no gozo da sua soberania, decre a o mo-do porque o seu território devi se.' ba-hitndo.clla não ataca nenhuma I hc.-da-da nem oflende. nenhum (licito : pelo contrario, defende o sen direito e a sua liberdade, não para tirar, desse procedimento o menor partido em favor dn entidade Estado, mas para defender a collcetividadc, dentro dns suas fronteiras dircctamcntc, e indire-etamente fora dellás.
A lei que auetorisa a expulsão dc cs-frangeiros do qualquer paiz ou territo-rio não é uma lei contra os estrangei-ros que procuram esse paiz ou esse território para o enriquecerem com o seu trabalho c com a sua aclivldadc: c simplesmente uma medida de policia preventiva que tanto favorece os nacio-nacs como os estrangeiros bons. A constituição de qualquer paiz, por mais liberal que cila seja-c a nossa é das mais liberaes—nada tem a ver com essa espécie de medidas, desde que não as probilic expressa, claramente. Ne-nhuiiia constituição, aliás, se poderia oppor á respectiva soberania da na-ção, dc que cila é o código.
Do modo por que está sendo discuti-da a lei, pôde parecer que fica ao arbi-trio do governo a faculdade de expulsar estrangeirosa esmo ca seu bello prazer. Çomprchendcse que a má fc, o parti-darismo c essa tendência latente para tudoeonfundiretudo anarebisar tenham o máximo interesse 110 dcsviituainento dos intuitos da lei. Ella, porém, é clara c devemos dizer que poucas leis do» mesmo gênero conterão um tão grande numero dc restricções contra o arbítrio e a violência. íi' mais uma medida dc caracter de policia interna raes. Isso põe os dous paizes em latenc i do que uma providencia dc aspecto in rivalidade e certamente os Estudes ternacional.
Unidos não se sulinietlerão a ficar na Pretender desvirtual-á, sacrificando-; situação cm que anualmente se acham, nas aras dc um liberalismo balofo 1
O ESTADO
O zelosu dlrtetnr geral ilo «inuilo pu-blica está iictlviindQ o serviço do «Icíi-iuíccçAo. do v7u'los ponlos dn. cidade, suspeitos nu já reconhecidos focos, de onde poderia Irrmbpcr n peste, provi-doiícln scmpr.Cr.dppui.lnnn, 'i""1 "Rora de lodo urgente, íhida a Invasão dn cpldc-.mia no Assiimpçào o cm Hosnrlo de Sanla Fé, o quo determinou por parte dó Si'. Dr. Oswaldo Cru/, n requisição de providencias também cm relação a Malío liiosso.oiidc c mnls Imminentc o perigo.
Embora já organisadò regularmente e posto cm Inrgn prática com residiu-do positivo, uo alcança de qualquer observação, o serviço de dcsinfccçno ainda encontra; se não resistência., pelo ! mepos crrlii. repugnância c má vontade em uma partc.da população, que não é positivamente a analphahela. Enlre-tanto, nada justifica 11 hesitação sequer de concorrerem Iodos para que os lienc-licios dessa defesa dc irrecusável cfll-cncla se propaguem o mais ampla-mento possível, produzindo todos os
seus i-fleitos. „
O zelo o solicitude não só dos medi-cos, mas de todo o pessoal da directoria dc saude,- nn pratica das medidas sani-tarins náo se limita á boa execução do serviço em si.mesmo, mas esfende-sc á roniinoilidndc e segurança dos habi-lantes das casas onde se fazem desin-fceções.
Tudo é feito com meticuloso cuidado e ao cabo do nials rigoroso expurgo de uma habitação, além de ficar 110 domi-eilio expurgado justificada tranquilll-dade, quanto á invasão do miirbus, lica também a s;ili*jfnçáo de reconhecei" que a iiuetoridiídé -ünnitarla entre nós sabe állinr a energia da acção ao mais cs-crupuloso resptito c carinhosa attençao á faniilia c ás suas conimiididjdcs c rc-calo.
li' lambeu) dc todo infundada a pre-oecupação de qiic os elementos ebimi-eus cmpregado's na desinfceção damni-ficam mobílias; decorações ou objectos dc luxo. Contra qualquer ilamiio pos-sivel são tomadas rigorosas precauções e cuidados.de que não se.esquece o pro-prio pessoal siiballcrno, notavclmcule zeloso e bem disciplinado.
Desde que dèsappareça por completo qualquer prevenção c a auetoridade ia-uilnria encontre auxilio, em vez dc em baraeo, 110 exereicio de suas funeções,o saneamento lar-sc-á por completo c po-demos fienv cm absoluta segurança con tia as amcaçns dcepidemias provenien-tes dc focos que se declarem lá por fora
Quanto nó .isolamento c tratamento de pcstdsps, é outro ponto que também mereço a allcnção do povo, mas está pedindo cuidados especiacs por parte dii p,i|dei* ptrlJlitb, cuidados que. se não ;sáo urge/itétfTiiVÍnDnieiilo, seryjrão para
acautellar eiprdyenir. ' "' u
Ao povo. c (le qualquer classe e con diçáo social, convém persuadir dc toda a confiança que .Inspira o isolamento como está estabelecidoe regiiliirisado,de modo que em caso suspeito não haja o mínimo escrúpulo cm retirar do seio da faniilia o doente"; seja elle o ente mais caro. pois qúejnalqttnnto mais delicados cuidados seja digno, mais conveniente se torna cnuünl-o imnicdialamentc ao .serviço clinico hospitalar^ onde lhe são assegurados recursos dc que a clinica domiciliar uno :póde dispor,.senão dc modo incompleto c falho.
O mesmo quanto ao tratamento, qua-si impossível em casa c quaqua-si infallivel 110 hospital. -. •
Para o hospital é que • queremos cha-mura illtcnção do honrado Sr. minis-lio do interior"; .Como se sabe, o minis- lios-pilai Paula Cândido, na Jurujuba, que prestou tão bons '"serviços, está presen-temente seni serventia, por falta dc condições do edillcio, que exige grandes refornins,3ei)ão.reconstrucçãò completa. Foi supprjdu essa falta passando a ser os suspeitos e pestosos isolados c tra-tados 110 dc S. Sebastião, no Retiro
Saudoso. _ ' : .
O hospital de S; Sebastião .representa um exemplo admirável- de dedicação, dc boa vontade o de solicitude daquel-tes que o dirigem, prestando serviços que mill se podeitl avaliar cá fora, ao passo que os rcciirsos '<la sua dotação 110 orçamento ficam multo abaixo das suas necessidades.
Fundado cm 18)39 para rícollíer indi gentes, aquelle hospital mudou dc coh-dlçãn aos poucos c c boje o unico esta belecimento de que dispõe a adminls-tração dn saúde publica para o caso de uma epidemia de peste. As suas ac-eommodaçõcs,quanto a enfermarias gc-raes, têm uma relativa, capacidade, quanto, porem, n quartos destinados a pensionistas são esses seis apenas e isto basta para encarecer a urgência dc prover essa necessidade,
Confiado á capacíssima direcçãn do Sr. Dr. Carlos Scldl, o hospital tem ap sou. serWço quatro outros distinetos clínicos, qual mais devotado aos seus árduos dcvcrcs,a começar pelo vice-dl-rector, Sr. Dr. AÍ Augusto Ferrari, mo-delo dc dedicação c competência , pro-ilssional c administrativa. Os outros são os Srs. Drs. Leão' de Aquino, Zcfc-rino Mcircllcs e Júlio Monteiro, . todòa com igual zelo secundando a acção dos seus' chefes e elevando dia a dia os cre-ditos do estabelecimento. ' ,
O pessoal auxiliar c diflicicnlc c mal retribuído. Ila'apenas 3 enfermei-rose 10 serventes c, para mostrar quão pouco se considera certa ordem dc serviços, basta dizer que a enfermei-ra única da,casa,qúe se mutiplica infa-tigavcl por toda a parte c a qualquer hora, não tem vencimentos estipulados e só recebe retribuição a titulo Ue sala-rio, quando lia enfermos uo hospital. E com tudo isso o hospital de S. Sc-bastião apresenta os mais; lisongeiros dados estatísticos na sua clinica, sendo nulla a proporção ile mortalidade nos quadros do movimento, mesmo cm epoebas de constituição medica altera-da pela presença dá'» moléstias epide-micas que alli Se isolaili c tratam. .
Parece-nos, pois, que As medidas pre-ventivas, ora aconselhadasi-c requisita-das pelo Sr. Dr. OsWaldo Cruz, devem acompanhar as providencias reeonbc-ciilamcntc indispensáveis para que riic-Ihor iiproveitadus sejam os incalculáveis Serviços do hoS . Sebastião.
UM PROBLKMA lia um grando numero du perguntas em torno de umn questão qne a todos nós Interessa, cm, geral c em particular; como ú que.lenilA 11 caixa de conversão cinlttlilo cerca dc 40.000 contos, ainda im tanta falta de dinheiro ?
jE' claro* que .não nos propomos a clu-eidar o caso dc niodo a acabar todas us duvidas. O faeto da falia dc dinheiro poda ser nttestado por ledos e, Infeliz-mente, por nós também. Mns nem liou-vemigtncnto de vencimentos ou sala-rins, nem houve diminuição dc preços; dc sorte que para cada Indivíduo, to-mndo singularmente, ns ' condições actuaes com a coexistência da caixa c eom a emissão respectiva são as mes-mas, sem tirar nem pôr, que eram quando u caixa aindn era simples pro-jecto, quando o lindo edifício da Ave-nlda ainda não estava s-jquer inaugura-do c quaninaugura-do perdia-s' tempo em dis-cutlr se o lellrciro devia ser Caixa dc Ainortisa.ão con s 011 com z, Caixa ilt Amortisnçãn ou dn Amurtisação, duvida que influiu muito no lino espirito do Sr. Daviil Campista para dar outro destino nn edilicio, fingindo dc Alexandre c cortando o nó gordio dc uma questão (pie poderia provocar condidos tão ha-bituaes nas questões dc pbilologia.
A circulação angincntou dc 10.000 contos; mas estes augmentos dc cir-culnção não se reflectem dc prompto cm todos os canaes, A sua influencia é lenln, é paulatina. Vai primeiramente zona dos descontos propriamente commctciaes; com essa maior faclli-dade de descontos, rcflcctc-se cm se-gnida nos preços que o commercio pôde lornni- maisfavoraveis, desde que por sua vez lhe sejam mais favoráveis os recursos do credito. Só mais tarde se gcncralisa a cmpi-cliendimcntos dc outra ordem — e por slgnsil que então preciso um cuidado extraordinário para que os beneficio-! da iniciativa sen-saln não se transformem uo perigo das vertigens c das loucuras dc que temos exemplo não muito remoto. Tudo isto. que está dito assim num tom meio tciicíoso — é tão bom to-oar ares sen-tcnçiosos 1 — é bem sabido por Iodos. No nosso caso especial ba ainda uma circumstancia importante. Estamos na vigência dc umn grande sarra. O café, que até esta data tinha produzido na safra passada 14 milhões dc libras cs tcrlinas; já produziu esta safra 20 mi-lliões dc libras. A difierença é dc cerca de 150 mil contos, a favor deste anno. Ii como essa safra não é produzida na capital, o dinheiro escoa-se daqui c vai ter com escalas pelo exportador; pelo cnsaccador, pelo commissario.pclo lavrador, ao trabalhador que produz essa mercadoria, a maior c a melhor dás nossas riquezas.
Também é a época da safra de bor-racha, no norte. São precisos mais ou menos IliO.OOi) contos para o seu movi-mento total ; dc passagem seja dito que para o movimento total da safra dc café são precisos 480.000 contos. Como é que lia dc ficar dinheiro na capital, quando c preciso tanto dinheiro ao sul c ao norte".'/ Mas ,não desesperemos. A paciência é umn grande virtude, c, se Deus quizer, alguma cousa ba dc so-bro*.' para o Uiõ dc Janeiro.
laudo do s. Et,, paraolinm ftineõlòn monto do serviço dn víiilculos, n plnlii Indicativa, nn» esquinas do runs 11 praças,
il- nulos iipiiul.inilo 11 (Hiiii-ç.ío que ilevciu
ler o.s diversos vohlr.ulus em transito. Mil iinvecentns o selo A' Terra do Santa Crun Mullas venturas promollo... ii muilo S.uiÃn ha Lu/. I '
•O JF^BJJFTJD^-VO
CommunlcJim-nos: a c a calunia porlugueza, a principiar pelos seus membros proeminentes, levada pelns mnls dignos o liumnnllarlos senti-mentos liberaes o do coiaçdo, vai 'Impo* Irar perdão para o Dr. Urtilno da Frei-las.
A pellçãi.' vai ser dirigida a Sua Mngcs-lado riili-llsslma por inleriiindio do Sr. conselheiro AiikiisIo do Castilho.»
Sn blindo. -Lotoi ia Federal, 50:0008
por IfiiiOO.
II» - ¦¦'¦¦¦
Visitem a Torro RIITel c camparem os seus preços. Ouvidor 03 0 65.
Quem vendo as sortes grandes? Ii' o OulmarieH, Ilua do Hosario 33.
Foram suhmetlidos ao juízo do Dr. dl-rerlor do obras o viação da Prefeitura diversas mullas impostas és companhias de Carrls, pelo respectivo engenheiro liscal.
Olinpclnrin F.
Rua da Assembléa 78. Yaz de Carvalho.
Foi hontem reformado, n pedido, o capitão dc fragata Luiz Pinto dc Sá.
t •
O Sr. ministro dn marinha conferen-ciou honlem em palácio com o Sr. pre-sidcnle da llepuulica.
*
*' •
O Sr. presidente da Republica recebeu hontem as despedidas dos Srs. senador Pinheiro Machado que parle hoje parn o Kio Grande do Sul; doDr.Olynlliode Ma-galhács que parte uo dia 2(1 para a Eu-ropn c II. C. Martins Pinheiro, cônsul do Brasil cm Cnrdiff. que segue hoje n reassumir o seu .posto.
Estiveram hontem cm palácio os Srs. senador Antônio Azeredo, [deputados Caries Peixoto e Joaquim Cruz ; Drs. Manuel Carlos dc tiouvea. Augusto Da-nicl dc Souza Lima, conselheiro Leou-cio dc Carvalho. Àrthui* dc Oliveira Almeida. José Sallcs, Charles W. Willcs, Lindolpbo Azevedo e licbcrt Moscs.
O Sr. presidente da Republica fez-se representar na chegada do Dr. José Marcellino pelo Sr. capitão-tenente José Maria de Pcnidó.
O Sr. presidedtc da Republica far-se-á representar 110 enterro do Sr. visconde dc Cabo Frio pelo Sr. capitão Ncivn de Figueiredo. S. Ex. mandará também depositar nma coroa sobre feretro.
PF~
¦ N.V..'!" PAC.INA : ActiiM llil ¦¦|.«rcltai«uA propósito do boalo quo anle-hontem circulou do quo algo do anormal se pas-sava pelo Estado do Malto Grosso, esla-mos informados dn quo até a ultima hora de hontem as auetoridades superiores da marinha nenhuma communicação haviam recebido.
Nilo rrgBlcamos elogios ao procedimento rorrerto da loteria da Capilal Fnileral. instituição digna da prolrcção publica, alli-nlo aos enormes benefícios que prosla ao Thosouro o ás mstlluiçfins do carl-dado. Hoje corre uma lolorla dn 25:00ng pór IB000; sabbado. 50:1100$ no"' l°fin0 ; o em 2G do corrento, 100:0008 por 3;200.
ESTA SEmANA
Abatimento de 25 */. em todos ós arli-gos do rayiin preto! —141, Avenida Cenlral IIX—Cum» ila» FazeiHlitm Preta».
O Lilcor Tlbalnn, de Granado, pu-rilica e revigora o sangue.
Por ordem do Sr. ministro da fazenda a Casa da Moeda rcmcltcra para a dc-legacia fiscal em S. Paulo a quantia dc 200:000* tm moedas de prata do novo cunho, .fera se?em trocadas por notas (Ic23, 18 c 500
réis.--Essa fc" a primeira .remessa que se faz cm moedas dc prata ultimamente cunhadas. i
Proximamcnte. aquclla repartição remetterá. em moedas de prata'à quan-tia dc I00:000s para cada uma das de-legacias fiscaes do Rio Grande do Sul, Pará c Pernambuco,
Posteriormente serão feitas iguaes remessas para outras delegacias fiscaes.
Os sorteios
Mazela»
- üoDüirso das maeliiDas de costura
Effectuou-sc hontem, como
annunciámos,
a extracção
do nosso 10o concurso,
espe-pecialmente
dedicado
ás
.Exmas. famílias, pelas quaes,
mediante sorteio,
distribui-mos 52 superiores machinas
. dc costura, do reputado
mo-delo New-Home.
A extracção, realisada pelo
pessoal da estimada Loteria
• Esperança,' foi feita nos
sa-lões da Real Sociedade Club
Gymnastico
Portuguez
e
deu o seguinte resultado :
26 MCUIilS DE PÉ
6.1606.588
6.604
6.723
6.732
7.036
7.197
7.263
7.029
8.861
21} MINIS BE Mil)
,15
3-551
529
3.577
960
3.667
1,402
4.537
1.550
4.719
1.900
5-°'3
2.390
5.411
2.587
5-50
A propósito da subslltuie/iodo delegado H-cal do 1'iauby, oiivíiihk ilo . senador Iliiyinuiido Arlliur que o unico podido quo fez ao governo foi 110 senliilo do re-culílr n iiliinúiíçüq em [üncclõifárlb com-lilelameiitn extrauho ao l-.slado o sem li-gações polilicas do qualipier ordem.
A l>ctrh|iolltaiiH ó a única casa que liihí as suns balas iipprovadas desde n primoira analyse—(ionealves Dia* 17 A. A Companbia Villa Isabel vai ser mnl-laila pelo ongeillieiro liscal da preleilura pnr não ler ãltíilá inaiigiirado a nova li-uba outru Biigniilio-Novo e Iüngeiibo de Doutro.
Cnm o prefeito do Dislrielo Federal coillerelielou llontom o con->.llieiro Silva Porto, director dn Ranço do Brasil; soliro os negócios do mesmo lianco com a pre-fuilüra.
595
647 792 097 677 027 041 .400 ,090 .197 3.928 4.210 4.329 4.632 4.847 5.310 5.6205-9-19
6.095
6.359
7.2207.508
7.836
8.044
8.410 9.130Usem a Crcollnn Grauailo. Acha-sn graveitii-nln enfermo, em Po-Iropulis, o Dr. Elwiíins de Queiroz. ¦
O Dr. Eilwlges onliTrinõu devhlo a uni alaquo cerebral.
-Hoje, 26ÍO00. LiOtcrln l^cilcrul.
por 14000.
0 Sr. Dr. Miguel Calmou, minislro ila Industria o viação, está cogitando actual-mento das providencias necessárias afim de qne os colonosalleinães, procedentes do listado do S. Paulo, encontrem trnüalliu nos Estados (Io Minas o Hio. Urando ilo Sul, sendo a elles l.iellitadiH açilüisfçoes de terras e burgos agrícolas.
Ainda buntem, o .Sr. Dr. Miguel Calmou expediu aulorisaçãu, por It-l.-gramina, para que tenham passes livres vários des-ses colonos o suas (amilias que doverãn ser apresentados pelo respectivo cônsul cm S. Paulo.
C«S0 DE CARMY1L
•Começaremos hoje a
re-ceber a collecção de cottpons
relativos ao
nosso grande
concurso
de carnaval
(30
phantasias de clowns,
artis-ticamente
preparadas, em
seda e setim, pela casa A
Furtuna).
O
prazo pára o
recebi-mento exgotar-se-á no dia
19, impreterivelmente.
>
A entrega pôde ser feita
em nosso escriptorio, rua do
Ouvidor ns.
70
e 73, do
meio dia ás 6
horas
da
tarde.
uni puuiíiuio ne nrnyu» ninnnneiros da missa gloriosa marinha de guerra.
Ao que nos eonslu.o Club Naval t«n-clomi commcnioriir aquclla data, fa-rondo celebrar solciiincs exéquias 1111 Ciiuilelai-ia . por alma dnquclleH que !ú lindaram.
«-* ? ¦ -«—-1 T7
*' li. 1 ( «w^e-<v« 1 *H
'' I
EXPOSIÇÃO DE MILA0
O eonliecldo niediciuncnlo brasileiro a I.Hg-ollnn, do Dr. Eduardo Krail.a, loi premiado cum medalha de ouro, na Ex-posição Internacional dc Milão.íno.imos poi* 3$2,Oo !-Lote-ria Federal, no dia 20 do correnle.
0 Dr. rhele de policia Olllcirill, honlem, ao preleilo do Dislrielo 1'ederal,
so!K'i-SECÇÃO DO PUBLICO
aPublicamos hoje:
Pagamento
de
50:0008000;
ioo:ooo&.—Associação dos
Em-pregados no Commercio do Rio
de Janeiro.
CmxTWllH llil
"AOFIIUIUX"
Completa-se um anuo, a 21 do bor-reulc," que em águas dc Jacuaeanga se deu, as 10 l|i da noile a horrível catastropbe que fez ilcsapparcccr o po-deroso couraçado Aquidaian e com elle
Visconde de Cabo Frio*
Acabou hontem a preciosa existência do brasileiro oinineule quo so chamou vis-conde do Cabo Frio";
Duranlo cerca do moio secuio longas listas dc nomes Illuslrcs.da diplomacia brasileira o da diplomacia pelas nações amigas acreditada junto ao govorno do Brasil figuraram nos registros da nossa cliancellarla, nos n-gíeios Inlernacionacs continuamente alteradas pelas mudança; dc clrcumstauclas, pelos accldenles da po* litica, pelos claros que abriu a morle, mas esle permanecia, figurando effeclivamento como quò Indelovelmenle gravado nos documentos quo coiisllludin os annaes da nossa vida política, das nossas relações com os outros povos, como so lúra um symbolo do aulhf nlicidade, o sello indis-. pensavel a appór em tudo quanto exprl-^ misso a nossa soberania. no concerto da
clvilisação. !
Ha tres annos recebia o velho servidor da nação uma rara homenagem, tendo a' lortuna do assislir a solemne glorlficação do seu nome e a alílrmação do reconheci-, monto publico aos seus grandes serviços o allos méritos.
Já então aquelle organismo valente co-maçara a ceder 00 peso do trabalho e dos annos, mas só physicamente.
0 animo nobre, o espirito sereno t claro, o coraçío opulentamente', dotado, eram ainda sãos o vigorosos( quasi tanto quanlo na pujança máxima dc suas gran-des o privilegiadas faculdagran-des.
Da sua vida do S8 annos foram Ires quartas partes consagradas ao serviço da nação, para o qual entrou com 22 annos do Idade,
Da sua posição de direelor geral da'se-cretaria das relações o por varias vezos da de ministro iúlerlno daqúella" pasta' conduziu o visconde do Cabo Frio os mais gravos o delicados assumptos o sempre dó modo a mais honrar os próprios créditos e os do governo do
Brasil;-Para os moços que se iniciavam na car-reira diplomática era a sua tradição o melhor exemplo e por sua vez o vene-rando mostro tinha em máxima conta o brilho da nossa represeniação 110 eslran-geiro, brilho quo resultasse da capaci.lado moral o inlelloctual, d.i eullur.i e da boa liqha daquelles a quem era confiada qual-, q.ier parcella dessa representação.
Ficaria multo longe das proporções do uma nola do nocrçlngia enumerar, mosmo em syutheso o enorme aellvo do serviços quo constituo o precioso'legado do morto
illustre. - .
E.não é a isso que. nos propomos ao communicar aos leitores ila Gazela a perda immensa que a sua niurlo acarrola. Pouco lia quo a 111 deslia o arrancou do alio posto quo tant • h uirára e era ainda ' o exemplo, o melhor e.-:liinulo dos quo o substituíram, como será por muilo tempo o seu nomo venerado o mais fecundo oxomplo dc amor ao trabalho,-integridade cívica o patriotismo.
0 Dr. Joaquim Thomaz do Amaral, vis-condo do Cabo Frio, nasceu nesta cidado 0111 1818. Fallec-, pois, com cerca de 89 annos, após uma vida eloriosa toda do dedicações ao serviço publico. Era o mais antigo funecionario da sêcfctarlá dos rela-ções exteriores, o talvez mesmo o decano dos fiinceiiinarins públicos no Brasil.
Tendo entrado para essa reparlição em 1810, com 22 iiiihos de idade apenas, foi logo após nomeado addldo á commissão ml.vla anglo-brasili ira ila Sêrra-t.qa, iia -África. Dous annos mais lardo, ora man-dado servir ua Lègação Brasileira em Londres; sendo succi*sivaiueiilr nomeado adilido 0111 18-15 o em 1851 secrelorio cllo-divo.
Nessa locação serviu|uo posto do secra-lario diira.ill.o Ires annos. sendo então removido liara Paris.
No anno seguinte, em 1.855. loi nnmoado encarregado dos negócios do llrasil na Cunlederação Argentina o 110 Estado do Hueuas Aires. . .
ü critério, a illtistração, a aclividado do jovon diplomata loram tão apreciados pelu goyõriio imperial, que o Ur, Joaquim Thomaz do Amaral (oi promovido a mi-uistro residente ua Republica Oriental e lambem em missão especial junto ao prosldeiilH da llepulilica do Paraguay.Car-lus Anloniohop.s.
Quem conlii-ee a historia do Brasil, nos primeiros tempos depois da Independência do primeiro e do si-numlo impei-lo, sabe que períodos loram i-sses de agitação para a nossa publica inlerna e óxlórná.
O.llr. .1. T. do Amaral, cnm habilidade e llnura dljilòmiiticas veidadeiramento no» la-vois, roíisoãuiu grandes viclorias para a nossa chaucellaria.
terminada essa missão em fevereiro do 1801, foi nomeado miiiMio plenljiólén. clario na Bélgica. I-M.iva dirigindo essa lègãçâo qUaiidii surgiu aqui o celebre cu.nllle.lq diplínílallcò, cüiihi cldo por ijnes-tão C/irisííí, dó 11.nn.- do ministro i-.glcz no Uio de Janeiro, Mr. William Chrlslie. Ainda lloie se lalla nessa questão. O niliit-ilri) lirilannico reclamara airoganle-mento contra iu^iillos que. dizia lerem sido leitos no dia 17 do junho de. I8G3, Pm- soldados de policia destacados na Tijuca, a odiei és Ho .na-Mo do guerra ;<Víe, que por alli passeiavam, vestidos", pbróiiíj á paisana.
ICssc confli'-tõ ili:d unalico, quo ia as-sumindo e.êrla gravidade, não püiido ler solução entre o ministro lüglêz e a nossa clíiiíiceliarla.
Ilecnrreu-se enlão â arliiliajenido' rei dá Bílglca; ii graças á habilidade do jovon J. Thomaz do Amaral (oi .-111 junho de lSiül reconhecido plcnamcnlu o direito do
Brasil. J
Na Europa, onde se achava, leve ainda oulra cotnmlssãó: loníou parto nas nego-CJaçõoS do (rãtíido il" Iti de julho de 1863, que aboliu fli.Iiuiliváihciilp, por meio do resgate, os direitos do ICscalda.
Vnlvendii ao Urasii, loi nomeado em 21 de março db 1HÒ5 director geral ila secro-taria "de üilado dos negócios ósiratlgélro!.
.•r-v'-",-.
