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Entendendo o histórico da arbitragem...1. Compreendendo melhor o conceito de arbitragem...2. O que faz um árbitro?...5

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Academic year: 2021

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Índice

Entendendo o histórico da arbitragem ...1

Compreendendo melhor o conceito de arbitragem ...2

O que faz um árbitro? ...5

Os fundamentos da arbitragem – entendendo melhor a lei 9307/96 ...6

Arbitragem no Brasil ...7

Arbitragem em direito de família e sucessões ...9

E sobre a arbitragem empresarial e societária? O que é importante destacar? E no direito do trabalho? ...11

Sobre os Conflitos Ambientais ...13

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Entendendo o histórico da arbitragem

Em linhas gerais, a arbitragem é um dos elementos mais antigos entre os meios de composição de conflitos pela heterocomposição. Isso quer dizer que se trata basicamente da solução do conflito por um terceiro, sendo esse totalmente imparcial.

No âmbito do Direito Romano, a arbitragem voluntária e até mesmo facultativa era admitida e até mesmo bastante estimulada. De forma geral ela sempre foi muito bem aceita e incentivada, sendo que ela ainda existiu entre as fases das ações da lei (“legis actiones”) e do processo formulário (“per formulas”).

Saber mais sobre esse assunto é especialmente importante para o brasileiro uma vez que, por não conhecer suficientemente essa opção, ele se coloca muitas vezes à margem de um Poder Judiciário lento.

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Compreendendo melhor o conceito de arbitragem

Em linhas gerais, o conceito de arbitragem pode ser definido, de certa forma, como um meio privado, jurisdicional e alternativo de composição de conflitos relacionados, em maioria, a direitos patrimoniais.

Esses são contemplados por uma sentença arbitral, definida como título executivo judicial e prolatada pelo próprio árbitro, enquanto juiz de fato e de direito – em grande parte dos casos um evidente especialista junto à matéria controvertida.

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Vale destacar que os meios para solução dos conflitos que podem se manifestar junto à sociedade são os seguintes:

I – Heterocomposição: a) Jurisdição estatal;

b) Arbitragem (jurisdição privada); II – Autocomposição:

a) Conciliação; b) Mediação; e,

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É importante lembrar que a jurisdição estatal, bem como a arbitragem representam a heterocomposição.

Além disso, a heterocomposição pode ser equiparada como uma evidente solução de um determinado conflito, principalmente se tratando da atuação de um terceiro.

Isso fica ainda mais evidente quando esse terceiro detém de um poder que lhe permite impor, por meio de uma sentença, a norma aplicável ao caso que está sendo devidamente apresentado!

O fato da arbitragem consistir em heterocomposição, não impede, assim como na jurisdição estatal a realização de conciliação e mediação enquanto medidas de auto composição.

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O que faz um árbitro?

O árbitro define o procedimento que permitirá que cada lado envolvido na arbitragem apresente suas evidências e conte sua história. Cada lado também terá a oportunidade de responder ao caso colocado pelo outro.

O árbitro reúne todas as evidências do reclamante e do respondente. Ele considerará a reclamação com base apenas na reivindicação por escrito e evidência de apoio.

Se o caso for complexo e a evidência escrita não for suficiente para decidir o resultado, o árbitro poderá designar uma audiência entre as partes envolvidas no caso. Cabe a ele decidir qual processo deve ser usado para coletar todas as informações necessárias para tomar uma decisão.

O árbitro pode, também, pedir a um especialista técnico que ajude a tomar a decisão ou a fornecer um relatório sobre a reivindicação. Neste caso, as partes envolvidas receberão cópias de qualquer relatório feito por especialistas.

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Os fundamentos da arbitragem – entendendo melhor a

lei 9307/96

O instituto da arbitragem pode ser considerado como sendo um meio legal para que se possa de fato promover a solução de conflitos que se refiram à direitos disponíveis e que, de maneira nenhuma, enseja substituir a jurisdição estatal.

Na verdade é justamente o contrário! Trata-se de um meio alternativo que resguarda os direitos das partes envolvidas, sem a necessidade de envolver a jurisdição estatal.

Nesse caso, a Lei 9.307/96 surgiu como uma importante e substancial base no anseio por parte dos operadores econômicos e jurídicos. Por meio do novo Código de Processo Civil, a matéria passou a ter ainda mais segurança jurídica, ao atribuir no art. 515, VII a sentença arbitral enquanto título executivo judicial.

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Arbitragem no Brasil

Com a adoção eficiente da arbitragem no Brasil, a jurisdição estatal conseguiu permanecer, de certa forma, menos sobrecarregada, o que contribuiu para acelerar todos os processos nos tribunais do Judiciário.

Embora a Lei de Arbitragem, lei nº 9.307/1996, tenha sido criada no ano de 1996, foi apenas no ano de 2015, no dia 26 de junho que o então presidente do Brasil, Michel Temer sancionou um projeto que visava uma reforma nessa lei.

Isso acabou tornando-a mais abrangente com relação ao uso desse meio alternativo de resolução de litígios.

Vale destacar que a lei de reforma, lei nº 13.129/2015, foi alvo de três vetos presidenciais, no tocante à restrição da área de atuação de arbitragem em causas que tenham como objeto contratos de adesão, relações de consumo e questões trabalhistas.

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A reforma alterou os artigos 20, 30, 40, 13, 19, 23, 30, 32, 33, 35 e 39 presentes na legislação original.

Ainda, é importante ressaltar que a lei nº 13.448/2017 contribuiu essencialmente para que se pudesse relacionar a arbitragem à Administração Pública, e isso promoveu a regulamentação de diversos contratos de parceria em variados setores importantes, como no caso do rodoviário, ferroviário e aeroportuário da Administração Pública Federal.

Outro ponto importante é que a legislação contribui até mesmo para que houvesse uma maior atratividade por parte dos investidores estrangeiros. Isso porque eles passaram a considerar que a arbitragem é de fato uma ferramenta que ajuda a garantir uma maior e mais objetiva segurança jurídica.

É ainda mais incontestável a garantia de agilidade perante a resolução de possíveis conflitos, e isso tanto é verdade, que para alguns investidores, a possibilidade de recorrer à arbitragem passou a se tornar até mesmo um forte critério para que eles pudessem fazer seus investimentos com mais segurança e confiança!

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Arbitragem em direito de família e sucessões

Os Poderes Legislativo e Judiciário passaram nos últimos anos a adotar diversas medidas que foram consideradas altamente eficazes, de forma a fazer com que a prestação jurisdicional passasse a ser bem mais célere do que antes.

Existem diversos exemplos que podem ajudar a evidenciar esse fator positivo, como é o caso do âmbito do direito de família e sucessões. Aqui há uma enorme gama de possibilidades para compor a consumação de divórcios, partilhas e até mesmo inventários extrajudicialmente (Lei nº 11.441/2007), e ainda a implantação dos sistemas de processo eletrônico – que foram capazes de ajudar ainda mais a tornar tudo mais intuitivo!

Neste sentido, pode-se afirmar que a comunidade jurídica deve ter o papel de sempre procurar explorar meios alternativos que sejam legais, promovendo dessa maneira uma série de solução de controvérsias desvinculada da cultura de litígios – e dentre elas, destaca-se justamente a arbitragem.

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No Direito de Família, há ainda a possibilidade de recorrer à arbitragem como sendo a melhor forma de solucionar conflitos, principalmente aqueles que sejam de natureza patrimonial disponível – como é o caso da partilha de bens que acaba sendo uma ação comum no final de qualquer relação familiar. Mas, é importante que as partes envolvidas sejam maiores e também consideradas capazes.

Tal opção pode ser adotada não somente por parte do próprio casal quando da lavratura do pacto antenupcial, levando em conta também o compromisso arbitral assinado no final da relação, ou mesmo por meio da consolidação de um acordo junto aos autos durante um processo em trâmite.

Alguns especialistas no assunto ainda defendem que a utilização da arbitragem é pertinente também em partilha de bens decorrentes de um inventário, sendo esse já devidamente aberto e não finalizado.

Diante disso, a arbitragem de fato deverá ser um objeto de compromisso arbitral, e ele ainda deverá ser assinado por todos os herdeiros envolvidos. Mas, se por ventura houver um possível testamento, o seu uso poderá ser considerado também limitado. Nesse caso, pode ser preciso recorrer a uma verificação por parte do Poder Judiciário, de forma a se manter o cumprimento das disposições testamentárias.

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E sobre a arbitragem empresarial e societária? O que é

importante destacar? E no direito do trabalho?

A arbitragem empresarial pode ser facilmente associada à aplicação de contratos empresariais de representação, distribuição, parceria, entre outros, além de diversos outros conflitos internos que podem acontecer entre, por exemplo, sócios de uma empresa.

Já se tratando do direito do trabalho, há uma evidente corrente que entende ser possível a arbitragem inclusive em conflitos trabalhistas individuais.

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É importante também deixar claro que quando se trata dos contratos de trabalho não é admissível a existência da cláusula arbitral. Tal vedação visa resguardar o empregado, não o deixando a mercê do empregador, ou seja, exposto a conflitos de interesses e outros aspectos que possam comprometer os trâmites legais!

Se tratando dos conflitos coletivos, é totalmente possível que se possa considerar uma solução pela via arbitral, sendo esse entendimento disposto no art. 114 § 1º da CF. Outro detalhe de suma importância, e que é absolutamente pertinente para que a arbitragem nos conflitos trabalhistas decorrentes de greve e participação nos lucros seja uma realidade.

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Sobre os Conflitos Ambientais

No Brasil, mesmo se tratando de um tema ainda pouco difundido, alguns especialistas estão se dedicando a estabelecer uma posição, procurando ao máximo admitir a arbitragem para a matéria ambiental!

De maneira geral, isso quer dizer que a disponibilidade do direito ao meio ambiente, refere-se de certa forma à possibilidade de se dispor de certas questões, principalmente no que diz respeito à responsabilidade de danos que sejam causados ao meio ambiente, quando o caráter patrimonial da relação em conflito fica mais evidente.

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O direito ao meio ambiente continua sendo ainda algo indisponível, porque se trata de um direito difuso, onde os titulares são indeterminados. Isso quer dizer que é pertencente a um coletivo e não apenas a uma persona!

A aplicação da arbitragem à matéria ambiental também é corroborada pelo princípio da participação. Isso quer dizer que as partes envolvidas poderiam escolher o árbitro considerado mais habilitado para adequar uma solução para a questão em si – e eles ainda são responsáveis por consolidar um diálogo levando ainda em conta soluções pactuadas para resolução de todos os conflitos expostos.

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Conclusão

A arbitragem é um processo pelo qual duas ou mais partes remetem uma disputa a um profissional experiente e conhecedor do assunto em questão – chamado de árbitro.

Ele ouvirá argumentos, revisará evidências e tomará uma decisão em relação ao que está sendo debatido.

Algumas disputas, por sua própria natureza, só podem ser resolvidas por litígios na jurisdição estatal – como as familiares quando envolvem crianças e adolescentes por exemplo. A grande parte das questões, quando relativas a direitos patrimoniais, pode ser resolvida por arbitragem, com benefícios significativos para as partes.

Com a arbitragem, você e a outra parte em lide escolhem seu árbitro com base em sua experiência no tema do qual se baseia o conflito.

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Atualmente, a arbitragem tem se expandido cada vez mais para diversas áreas – justamente por ser um meio seguro e rápido de resolver diversos tipos de assuntos – ainda que desconhecido por alguns.

Um dos locais de expansão da arbitragem é a área desportiva. Além disso, pequenas e médias empresas que precisam ter seus assuntos resolvidos rapidamente, a fim de crescer, têm optado crescentemente por este meio de resolução de conflitos.

A arbitragem é mais rápida; disputas resolvidas em tribunal muitas vezes podem levar muitos meses ou anos, especialmente devido ao grande volume de ações que correm no Brasil. Com a arbitragem, essas mesmas disputas podem ser resolvidas em um menor tempo.

Os tribunais são fóruns públicos e, assim, as informações sobre seus negócios e assuntos pessoais tornam-se de conhecimento público - disponíveis para outras pessoas que talvez você não deseje ter tais informações. Procedimentos de arbitragem, no entanto, são realizados em um ambiente privado.

Sabendo mais sobre a arbitragem, não deixe de utilizá-la quando assim couber.

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Referências

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