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Propriedade Intelectual & Transferência de Tecnologia

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Cartilha de

Propriedade Intelectual

&

Transferência de Tecnologia

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COORDENAÇÃO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA – CIT

PROPRIEDADE INTELECTUAL

&

TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA

Salvador/Bahia Dez-2014 2ª Edição

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SUMÁRIO * COORDENAÇÃO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA – CIT * PROPRIEDADE INTELECTUAL - PI

* PROPRIEDADE INDUSTRIAL 1. PATENTE

1.1. Patente de Invenção (PI)

1.2. Modelo de Utilidade (MU)

2. MARCAS

2.1. Condições para a Validade da Marca 2.2. Classificação das marcas

2.2.1. Nominativa – consiste em palavras, abreviações, neologismos ou qualquer combinação de letras e/ou algarismos.

2.2.2. Figurativas – constituída apenas por desenhos, imagens, for mas fantasiosas de letras ou algarismos isolados ou ideogramas.

2.2.3. Mistas – combinação de elemento nominativo e figurativo.

3. DESENHO INDUSTRIAL (DI) 4. INDICAÇÃO GEOGRÁFICA (IG)

4.1. Indicação de Procedência (IP) 4.2. Denominação de Origem (DO) 5. SOFTWARE

6. TOPOGRAFIA DE CIRCUITOS INTEGRADOS

7. PROTEÇÃO DE NOVAS VARIEDADES DE PLANTAS (CULTIVARES) *TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA - TT

8. TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA 8.1. O que é TT?

8.2. Para que serve?

8.3. Como transferir uma tecnologia? 8.4. Parcerias

8.5. Contratos

8.5.1. Contrato de Cessão

8.5.2. Contrato de transferência de tecnologia 8.5.3. Contrato de licenciamento

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CONTEÚDO

COORDENAÇÃODE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA – CIT PROPRIEDADE INTELECTUAL – PI

1. PROPRIEDADE INDUSTRIAL 1.1. PATENTE

1.1.1. Patente de Invenção (PI) 1.1.2. Modelo de Utilidade (MU) 1.2. MARCAS

1.2.1. Classificação das marcas

Nominativa – consiste em palavras, abreviações, neologismos ou qualquer combinação de letras e/ou algarismos.

Figurativas – constituída apenas por desenhos, imagens, formas fantasiosas de letras ou algarismos isolados ou ideogramas.

Mistas – combinação de elemento nominativo e figurativo.

1.2.2. Condições para a Validade da Marca 1.3. DESENHO INDUSTRIAL (DI)

1.4. INDICAÇÃO GEOGRÁFICA (IG)

1.4.1. Indicação de Procedência (IP) 1.4.2. Denominação de Origem (DO) 2. DIREITOS AUTORAIS

3. SOFTWARE

4. TOPOGRAFIA DE CIRCUITOS INTEGRADOS

5. PROTEÇÃO DE NOVAS VARIEDADES DE PLANTAS (CULTIVARES) 6. O QUE É TRANSFERENCIA DE TECNOLOGIA ( TT)

7. COMO TRANSFERIR 7.1 Parcerias 7.2 Contratos

7.2.1 Contrato de Cessão

7.2.2 Contrato de transferência de tecnologia 7.2.3 Contrato de licenciamento

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COORDENAÇÃO DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA – CIT

Conforme art. 16 da Lei n° 10.973- Lei de Propriedade Intelectual (LPI) as Instituições de Ciência e Tecnologia (ICT) devem dispor de Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), desta forma, com esse respaldo foi criado em 2005 o NIT/IFBA, a fim de atender à Lei de Inovação e a necessidade de otimizar as potencialidades da Instituição na área tecnológica.

O NIT/IFBA, atualmente, chamado Coordenação de Inovação Tecnológica (CIT), devido às mudanças organizacionais e sua expansão, que passou a ter uma estrutura multicampi, tem o papel de gerenciar os atos relativos à inovação no IFBA. A CIT está vinculada à Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (PRPGI) e integra a Rede de Núcleos de Inovação Tecnológica do Nordeste (REDE NIT NE).

Nossa missão é gerir a política de Inovação do Instituto Federal da Bahia, disseminando, estimulando, promovendo e acompanhando ações relacionadas à Propriedade Intelectual e Inovação Tecnológica, contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico e tecnológico do país.

Algumas atribuições da CIT:

Difusão de cultura sobre Propriedade Intelectual e Inovação Tecnológica;

Fomento e fortalecimento das parcerias do IFBA com órgãos

governamentais empresas e sociedade;

Elaboração de material didático-pedagógico sobre Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual;

Promoção e orientação para que haja uma adequada proteção das inovações geradas pela comunidade interna e externa (patentes, marcas, direitos autorais, legislação, transferência de tecnologia, e questões relacionadas);

Acompanhamento do processo dos pedidos e manutenção dos títulos de propriedade intelectual da IFBA;

Estimulo à criação de empresas de base tecnológica;

Apoio e acompanhamento da transferência de tecnologia e exploração econômica de bens intangíveis.

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PROPRIEDADE INTELECTUAL - PI

Segundo a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), um organismo das Nações Unidas, propriedade intelectual é uma expressão genérica que pretende garantir a inventores ou responsáveis por qualquer produção do intelecto, seja nos domínios industrial, científico, literário e artístico, o direito de receber recompensa pela própria criação, por um determinado período de tempo. Constituem propriedade intelectual as invenções, obras literárias e artísticas, símbolos, nomes, imagens, desenhos e modelos utilizados pelo comércio, denominados bens intangíveis. A propriedade intelectual decorre da capacidade inventiva ou criadora do intelecto humano, ou seja, conhecimento tecnólogo e saberes de seus criadores. Refere-se aos tipos de propriedade que resultem da criação do espírito humano, não podendo ser contrário a Lei e nem ferindo o direito de terceiros, esses tipos têm em comum o fato do titular da propriedade ser livre para usá-la e para impedir alguém de utilizá-la. O fluxograma ilustrativo abaixo apresenta bens imateriais que são compreendidos pela propriedade intelectual e a distinção entre propriedade intelectual e industrial e suas vertentes.

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PROPRIEDADE INDUSTRIAL

No Brasil, alguns bens intangíveis podem ser protegidos pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), autarquia federal vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), que julgará sua validade com base nas disposições da Lei da Propriedade Industrial, nº. 9.279, de 14 de maio de 1996 (LPI).

1. PATENTE

Patente é um título de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, outorgados pelo Estado aos inventores ou autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas detentoras de direitos sobre a criação. Em contrapartida, o inventor se obriga a revelar detalhadamente todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela patente. Durante o prazo de vigência da patente, o titular tem o direito de excluir terceiros, sem sua prévia autorização, de atos relativos à matéria protegida.

Uma invenção pode ser definida como uma nova solução de um problema e patenteada, desde que obedeça aos seguintes requisitos: novidade (não ter sido realizada, executada ou usada anteriormente); atividade inventiva (sempre que para um técnico no assunto, não decorra de maneira evidente ou óbvia do estado da técnica, art. 13 da Lei de Propriedade Industrial) e aplicação industrial (condições de ser produzida pela indústria, mesmo que em fase experimental).

1.1.1. Patente de Invenção (PI)

Produtos ou processos que atendam aos requisitos de atividade inventiva, novidade e aplicação industrial. O registro vigora por 20 anos a partir da data do depósito.

1.1.2. Modelo de Utilidade (MU)

Objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo (sempre que, para um técnico no assunto, não decorra de maneira comum ou vulgar do estado da técnica, art. 14 da LPI), que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação. O registro vigora por 15 anos a partir da data do depósito.

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O Brasil vigora desde 1884 a Convenção da União de Paris (CUP) que trata sobre a proteção de propriedade industrial em âmbito mundial, e tem como objetivo executar tarefas administrativas. Possuindo com os demais países signatários um acordo conhecido como Trade Related Intellectual Property Rights (TRIPS), também chamado de Acordo sobre aspectos dos direitos de Propriedade Intelectual Relacionados ao Comércio (AADPIC), gerenciado pela OMPI.

Esses tratados e acordos facilitam o depósito de pedido de patente em diversos países, tendo em vista que uma vez depositado o pedido de patente no INPI, não dá direito de proteção nos demais países, isto porque a proteção da patente obedece ao princípio da territorialidade, assim devendo ser registrado nos demais países desejados, através de depósito direito ou via Patent Cooperation Treaty (PCT). O PCT trata-se do Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes, que prevê um procedimento simplificado, eficiente e econômico para o inventor ou solicitante depositar a patente em vários países.

Coordenação de Inovação Tecnológica | 09

1.2. MARCAS

Marca é todo sinal distintivo, visualmente perceptível, que identifica e distingue produtos e serviços, bem como certifica a conformidade dos mesmos com deter- minadas normas ou especificações técnicas. A marca registrada garante ao seu proprietário o direito de uso exclusivo no território nacional em seu ramo de atividade econômica. Ao mesmo tempo, sua percepção pelo consumidor pode resultar em agregação de valor aos produtos ou serviços. As marcas possuem uma vigência de 10 anos, prorrogáveis por período igual e sucessivo, conforme Lei 9.279/1996.

1.2.1. Classificação das marcas

2.2.1. Nominativa – consiste em palavras, abreviações, neologismos ou

qualquer combinação de letras e/ou algarismos.

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Figurativas – constituída apenas por desenhos, imagens, formas

fantasio-sas de letras ou algarismos isolados ou ideogramas.

Observação: As marcas podem ser ainda registradas em figuras

bidimensionais ou tridimensionais, consistem da embalagem dos produtos ou os próprios produtos. Bem como na combinação de cores que possuam caráter distintivo.

Mistas – combinação de elemento nominativo e figurativo.

1.2.2. Condições para a validade da marca

A marca deve ter sinais distintos visualmente perceptíveis para distingui--los dos demais produtos e serviços;

Ter caráter verdadeiro, sendo vedado o registro de marcas enganosas em sua origem, natureza, qualidade ou utilidade de seus produtos ou servi-ços associa- dos ao sinal;

Ser lícito, conforme ordem pública ou a moral e bons costumes;

E disponível, para que este seja registrável como marca.

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1.4. INDICAÇÃO GEOGRÁFICA (IG)

É o reconhecimento de que determinado produto ou serviço é proveniente de uma determinada área geográfica, ou seja, forma de garantir e proteger a origem de produtos e serviços.

A IG deve ser registrada no INPI, conforme Lei 9.279/1996, e não possui vigência mínima. Pode ser por indicação de procedência (IP) ou de denominação de origem (DO).

1.4.1. Indicação de Procedência (IP)

Regulada pela Lei em seu art. 177, que considera IP o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que tenha se tornado conhecido como o centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou de prestação de determinado serviço.

O Brasil possui algumas indicações de procedência: Vale dos Vinhedos, Cachaça do Paraty, Vale dos Sinos, Café do Cerrado, Vale do Submédio São Francisco, Pampa Gaúcho, Região da Serra da Mantiqueira de Minas gerais, Pinto Bandeira, Capim Dourado, Panelas de barro – Goiabeiras, Queijo do Serro, São João Del Rey, Franca, Vale da Uva Goethe, Canastra, Pedro II e Doces de Pelotas.

1.3. DESENHO INDUSTRIAL (DI)

Desenho Industrial é um titulo conferido ao seu titular com relação aos seus direitos e obrigações, conforme determinado pela LPI.

Trata-se de proteção no aspecto ornamental ou estético do objeto, caracterizado por ser tridimensional ou bidimensional. Já o padrão ornamental é um conjunto de linhas e cores que possa ser aplicado a um produto.

Sua vigência é 10 anos, contados da data do depósito, prorrogável por três períodos sucessivos de 05 anos, conforme Lei 9.279/1996.

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1.4.2. Denominação de Origem (DO)

Estabelecida em seu art. 178 da Lei, considera-se DO o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território, que designe produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluídos fatores naturais e humanos. O Brasil possui sete denominações de origem registrada. Ex: Litoral Norte Gaúcho e Costa Negra.

2.DIREITOS AUTORAIS

Como vimos anteriormente, se constituem propriedade intelectual também as obras literárias, artísticas e científicas. A lei 9.610/1998 disciplina o conceito de obra intelectual, os direitos do autor e os direitos conexos referentes aos artistas intérpretes ou executantes, além dos produtores fonográficos e das empresas de radio difusão. Ela busca regulamentar as relações jurídicas que decorrem da

Na LDA está definido que, o Autor é a pessoa física criadora de obra literária, artística ou científica, sendo que a proteção concedida ao autor poderá aplicar-se às pessoas jurídicas nos casos previstos nesta Lei.

O registro de solicitação do Direito Autoral sobre uma obra pode ser realizada junto a Biblioteca Nacional. Para aprofundamento no assunto, consulte a LDA (Lei dos Direitos Autorais) disponível no endereço eletrônico: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/l9610.htm.

O Direito Autoral é caracterizado sob dois aspectos:

• Moral: Garante ao criador o direito de ter seu nome impresso na obra, respeitando a

integridade dela, bem como, assegura os direitos de modificá-la ou mesmo de proibir sua veiculação. É um direito inalienável e irrenunciável.

• Patrimonial: Regula as relações jurídicas da utilização econômica das obras intelectuais. Pode esta ser negociada.

3. SOFTWARE

Definido pela Lei 9.609/1998, em seu art. 1º como sendo uma expressão de um conjunto organizado de instruções em linguagem natural ou codificada, contida em suporte físico de qualquer natureza, de emprego necessário em máquinas automáticas de tratamento da informação, dispositivos, instrumentos ou

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funcionar de modo e para fins determinado.

O regime de proteção é o mesmo conferido às obras literárias pela legislação de direitos autorais e conexos vigentes no Brasil (Lei 9.610/1998). Vale salientar que o software pode ser registrado pelo INPI por 50 anos, mas o direito do autor independe de seu registro.

4. TOPOGRAFIA DE CIRCUITOS INTEGRADOS

A Lei 11.484/07 estabelece, em seu art. 26, que topografia de circuitos integrados é uma série de imagens relacionadas construídas ou codificadas sob qualquer meio ou forma que represente a configuração tridimensional das camadas que compõem um circuito integrado e na qual cada imagem represente, no todo ou em parte, a disposição geométrica ou arranjos da superfície do circuito integrado em qualquer estágio de sua concepção ou manufatura.

Circuito integrado, por sua vez, entende-se como um produto, em forma final ou intermediária, com elementos dos quais, pelo menos um, seja ativo e com algumas ou todas as interconexões integralmente formadas sobre uma peça de material ou em seu interior e cuja finalidade seja desempenhar uma função eletrônica.

5. PROTEÇÃO DE NOVAS VARIEDADES DE PLANTAS

(CULTIVARES)

Variedade de qualquer gênero ou espécie de vegetal superior que seja claramente distinguível de outras cultivares conhecidas por margem mínima de descritores, por sua denominação própria, que seja homogênea e estável quanto aos descritores através de gerações sucessivas e seja de espécie passível de uso pelo

complexo agro-florestal, descrita e publicação especializada disponível e acessível ao público, bem como a linhagem componente de híbridos.

Tem respaldo da Lei 9.456/97 e é regulamentada pelo Decreto 2.366/1997, devendo obedecer alguns requisitos para sua proteção:

Ser produto de melhoramento genético;

Ser de uma espécie passível de proteção no Brasil;

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6. O QUE É TRANSFERENCIA DE TECNOLOGIA - TT

Transferência de Tecnologia é o intercâmbio de conhecimento e habilidades tecnológicas entre as instituições e ensino superior e/ou centros de pesquisa e empresas. Os processos envolvidos na TT são realizados pelo Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), de acordo com a Lei Federal n° 10.973/2004. As Instituições Científicas e Tecnológicas (ICT), órgãos da administração pública que tem por missão desenvolver pesquisa básica ou aplicada, deverá dispor de NIT para gerir sua política de inovação.

A transferência de tecnologia tem respaldo legal no decreto nº 5.563 de 11 de outubro de 2005 que dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, e dá outras providências, em seus artigos e incisos 6° e 7°. Art. 6° (caput) - É facultado à ICT celebrar contratos de transferência de tecnologia e de licenciamento

para outorga de direito de uso ou de exploração de criação por ela desenvolvida, a título exclusivo e não exclusivo.

PARA QUE SERVE?

Estreitar as relações entre empresas e ICT, pois essa parceria contribui com o desenvolvimento socioeconômico do país, tornando as empresas parceiras mais competitivas no mercado.

Nessa relação existe uma troca, onde na ICT se encontra a matéria-prima, o conhecimento, essencial para servir a sociedade e contribuir para o seu desenvolvimento, através da formação de profissionais capacitados, gerando uma tecnologia de qualidade, proporcionando um ambiente favorável entre ICT

Não haver sido comercializada no exterior há mais de 4 anos, ou há mais

de 06 anos, no caso de videiras ou árvores;

Não haver sido comercializada no Brasil há mais de um ano;

Ser distinta;

Ser homogênea;

Ser estável.

Sua vigência é de 15 anos, a partir da data de concessão do certificado provisório de proteção (em alguns casos pode chegar a 18 anos).

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Por fim, a TT proporciona um estimulo para a ICT na participação no processo de inovação, como também incentiva o processo inventivo na empresa.

7. COMO TRANSFERIR?

A transferência de tecnologia é feita através negociações com potenciais parceiros, ou seja, é o ato de ajustar propostas ou ofertas, seguidas de contrapropostas, concluída pela aceitação através de contrato ou pelo simples ato de levar ao comércio o produto, cuja formalização se dá numa nota fiscal e/ou fatura.

Em uma negociação devem ser considerados vários aspectos tais como: o tipo do contrato a ser celebrado, objeto negociado, acordos, prazos (vigência), descrições, identificação das partes, produção, comercialização, remuneração, assistência técnica, direito de melhoria,

know-how, termo de sigilo, licenciamento, sub- licenciamento, royalties, limites de riscos, indenizações e penalidades em caso de descumprimento das clausulas contratuais, dentre outros.

7.1 Parcerias

A parceria ideal é muito importante tendo em vista que dela depende todo o desenvolvimento da nova tecnologia na realização de uma atividade conjunta de pesquisa científica e tecnológica. O parceiro deve ter a mesma visão empreendedora e inovadora do inventor, deve ser criativo e paciente.

Art. 10. É facultado à ICT celebrar acordos de parceria para

realização de atividades conjuntas de pesquisa científica e tecnológica e desenvolvimento de tecnologia, produto ou processo, com instituições públicas e privadas.

7.2 Contratos

Podemos definir contratos como sendo um acordo de vontades entre duas ou mais pessoas físicas, entre pessoas jurídicas ou físicas e jurídicas, no qual chamamos de PARTES, ou seja, é a materialização de um acordo feito entre parceiros, numa forma legal, baseada nos princípios jurídicos constitucionais, trazendo segurança e credibilidade à transação realizada.

Vale salientar que o contrato não tem caráter definitivo, ele pode ser alterado, em

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comum acordo entre as partes, de acordo com a necessidade surgida no decorrer de sua vigência, podendo ser acrescidos ou subtraídos cláusulas, conforme interesse dos contratantes, o que chamamos de ajuste contratual.

Conforme o art. 104, para um contrato ser valido deve obedecer aos seguintes requisitos: ter agente capaz; objeto lícito, possível, determinado ou determinável; e forma prescrita ou não defesa em lei.

Observação: Ressalta-se que convênio é uma espécie de contrato regido pelo Direito Público Administrativo, celebrado entre órgãos públicos ou que tem entre as partes, pelo menos um agente ou órgão público (governo, autarquia, etc).

7.2.1. Contrato de Cessão

Transferência da titularidade do direito de propriedade intelectual.

7.2.2 Contrato de transferência de tecnologia

Fornecimento de informações não amparadas por direitos de propriedade industrial e serviços de assistência técnica.

7.2.3 Contrato de licenciamento

Licenciar uma patente é permitir que ela seja explorada, sem deixar que seu inventor ou titular percam seus direitos. O licenciamento pode ser comparado a um aluguel de um imóvel no processo de propriedade imobiliária. De

acordo com o decreto 5.563/2005 o licenciamento pode ser exclusivo ou não exclusivo.

Licenciamento com exclusividade prevê que o licenciado poderá atuar em defesa dos direitos protegidos ou conceder sublicenças, ou seja, o licenciante obriga-se a não explorar pessoalmente o objeto da patente licenciada, bem como não conceder licenças a terceiros.

Art. 6º É facultado à ICT celebrar contratos de transferência de tecnologia e de licenciamento para outorga de direito de uso ou de exploração de criação por ela desenvolvida, a título exclusivo e não exclusivo.

§ 1º A decisão sobre a exclusividade ou não da transferência ou do licenciamento cabe à ICT, ouvido o Núcleo de Inovação Tecnológica.

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Coordenação de Inovação Tecnológica | 17

§ 2º A transferência de tecnologia e o licenciamento para outorga de direito de uso ou de exploração de criação reconhecida, em ato do Presidente da República ou de Ministro de Estado por ele designado, como de relevante interesse público somente poderá ser efetuada a título não exclusivo.

§ 3º O licenciamento para exploração de criação cujo objeto interesse à defesa nacional deve observar o disposto no § 3o do art. 75 da Lei no 9.279, de 14 de maio de 1996.

Enquanto que na licença não exclusiva, o licenciante poderá utilizar a tecnologia concedida e permitir a sublicença. Essa questão deve ser muito bem analisada, tendo em vista que influenciará na divisão dos royalties, direito de proteção da PI, etc.

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8. REFERÊNCIAS

BOCCHINO, Leslie, OLIVEIRA, Maria Cristina, MAIA, Mauro Sodré, PARMA, Nilto, JELITA, Roberto Roberval Ritter Von, MACHADO, Rogério Filomeno e PENA, Maria Vidal. Propriedade Intelectual – conceitos e procedimentos. Brasília: DF. Escola da AGU, 2010.

INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial. Disponível em: <http://www. inpi.gov.br/>, acessado em 22 de agosto de 2014.

LDA – Lei 9.610. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9610. htm, acessado em 22 de agosto de 2014.

RUSSO, Suzana e outros. Capacitação de Inovação Tecnológica para Empresários. Aracaju, SE: Editora da UFS, 2011.

SANTOS, Marli Elizabeth Ritter; TOLEDO, Patrícia Tavares Magalhães; LOTUFO, Roberto de Alencar. Transferência de Tecnologia: Estratégias para a estruturação e gestão de Núcleos de Inovação Tecnológica. Campinas/SP, Komedi, 2009.

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Presidente da República

Dilma Vana Rousseff

Ministro da Educação

Henrique Paim

Secretário da Educação Profissional e Tecnológica

Aléssio Trindade de Barros

Reitor do IFBA

Renato Anunciação da Silva Filho

Pró Reitora de Pesquisa, Pós Graduação e Inovação

Rita Maria Weste Nano

Coordenadora de Inovação Tecnológica

Wagna Piler Carvalho dos Santos

EDITORIAL

Equipe da Coordenação de Inovação Tecnológica

Anete Santos e Santos Mariluce Ramacciotti Gomes

Vivian Patrícia Suzart Wagna Piler Carvalho dos Santos

Designer Gráfico

Bruno Gandarela Soares Menezes

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www.ifba.edu.br

e-mail: inovaifba@ifba.edu.br

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação

Coordenação de Inovação Tecnológica Rua Araújo Pinho, n° 39 - Canela - Salvador/BA

BAHIA

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Apoio:

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