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TÍTULO: MANEJO DE FUNGICIDAS PARA CONTROLE DE DOENÇAS NA CULTURA DA SOJA (GLYCINEMAX)

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Academic year: 2021

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TÍTULO: MANEJO DE FUNGICIDAS PARA CONTROLE DE DOENÇAS NA CULTURA DA SOJA (GLYCINEMAX)

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO

CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA

ÁREA:

SUBÁREA: Ciências Agrárias

SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE DE MARÍLIA - UNIMAR

INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): ALINE DELL PASSO REIS, RAFAEL DE OLIVEIRA E SILVA

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): DANIEL DE BORTOLI TEIXEIRA, RONAN GUALBERTO

ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): MARIA GABRIELA DE SOUZA DOS SANTOS

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MANEJO DE FUNGICIDAS PARA CONTROLE DE DOENÇAS NA

CULTURA DA SOJA (Glycine max)

1 RESUMO

A utilização de fungicidas disponíveis no mercado é uma das principais formas de controlar doenças nas plantações de soja. Deste modo, o presente trabalho objetivou avaliar o controle de doenças fúngicas da soja por meio de fungicidas disponíveis no mercado. O experimento foi desenvolvido no município de Ocauçu, São Paulo. Foram avaliados 03 associações de produtos comerciais. Após a aplicação dos produtos foram avaliadas a incidência das doenças: Ferrugem Asiatica, Cercosporiose, Antracnose, Mancha Alvo, Oidio e Septoriose. Apenas o Oídio não foi controlado pelos produtos utilizados. No geral, a Trifloxistrobina + Protioconazol apresentou os melhores resultados para o controle das doenças com exceção da Septoriose. Entretanto, considerando a redução da incidência da Septoriose em relação ao tratamento testemunha, pode-se indicar a Trifloxistrobina + Protioconazol como o fungicida com maior controle das doenças avaliadas.

2 INTRODUÇÃO

Desde a safra 2003/04, ensaios vêm sendo conduzidos para a avaliação da eficiência de fungicidas que já se encontram em status comercial, e também aqueles que ainda estão em fase de testes para o controle de doenças na cultura da soja (Glycinemax) (GODOY et al., 2017).A alta incidência das doenças fungicas nas plantações de soja no Brasil estão associadas a diversos fatores tais como a ampla janela de plantio, expansão de fronteiras agrícolas da cultura e maior área semeada nos últimos anos.

É de comum observação em safras com grandes períodos e intensidade de precipitação, a observação de ataque de fungos de solo logo após a emergência da soja, com tombamentos e morte de plântulas. A ocorrência dessas doenças pode ser reduzida com medidas como o tratamento das sementes por meio de fungicidas, inibindo os possíveis patógenos presentes no solo.

Outra maneira de controle é a rotação de culturas, onde os patógenos de uma determinada cultura são isolados de sua cultura alvo, com objetivo de diminuir a incidência dos mesmos na próxima safra. Existem também os fungos que sobrevivem em restos de cultura e podem aparecer no período de desenvolvimento inicial da soja, como Cercospora (Cercosporakikuchii), Míldio (Peronosporamanshurica) e Oídio (Microsphaeradiffusa), e outros fungos que causam doenças muito preocupantes em cultivares mais susceptíveis, como a mancha-alvo, causada pelo fungo Corynesporacassiicola, e a ferrugem-asiática, causada pelo fungo Phakopsorapachyrhizi, considerada a doença de maior importância no ciclo da soja (GODOY, 2017), podendo causar danos de 10% à 90%, dependendo do manejo e controle realizados (YORINORI et al., 2005; HARTMAN et al., 2015).

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A população de plantas é outro fator que se relaciona diretamente a incidência de doenças fungicas, devido a maior quantidade de substrato disponível e maior fonte de inóculo para o patógeno. Consequentemente, neste cenário faz-se necessário um meio de controle rápido e eficiente para combater o patógeno, o controle químico (REIS & BRESOLIN, 2007). No entanto, vale ressaltar que o controle mais eficiente e econômico é obtido por meio de técnicas conjuntas de manejo, e não somente o controle químico.

O controle químico dá-se por meio do uso dos fungicidas, os quais pode ser de origem sintética ou natural, sendo utilizados para prevenção de inóculo de patógenos, ou como agente de efeito curativo em plantas infectadas por organismos do Reino Fungi.

Os fungicidas podem ser classificados em vários aspectos: quanto a mobilidade e/ou posicionamento na planta (tópicos/imóveis, mesostêmicos, loco-sistêmicos, sistêmicos), quanto ao momento da aplicação e as sub-fases do processo infeccioso interferidas (preventivo, curativo, erradicativo), quanto à absorção do fungicida pelos esporos (contato, residual/protetor), quanto ao mecanismo, ou modo de ação, ou modo bioquímico de ação (REIS & BRESOLIN, 2007). Embora o termo fungicida possa sugerir que estes compostos químicos controlem todos os tipos de fungos com maior ou menor seletividade, ainda não se dispõem de um único fungicida que consiga controlar todos os fungos. Desta forma a avaliação do controle das principais doenças fúngicas por meio dos fungicidas disponíveis no mercado torna-se uma importante atividade de pesquisa.

3. OBJETIVO

Avaliar o controle das principais doenças fúngicas da soja (Glycine max) por meio de fungicidas disponíveis no mercado.

4. METODOLOGIA E DESENVOLVIMENTO

O experimento foi conduzido na Fazenda Filomena, localizada no município de Ocauçu – SP, nas coordenadas geográficas 22º 32’12” S e 49º 55’10” w, altitude de 603 m. O experimento foi conduzido na safra 2017/18 de soja, sendo a cultivar semeada no dia 30 de novembro de 2017.

Antes da instalação do experimento, a área foi preparada com uma aração com grade aradora e uma gradagem niveladora visando a eliminação das plantas existentes na área e uniformização da superfície do terreno. A semeadura foi realizada com o auxílio da semeadora baldan de 9 linhas com espaçamento de 0,45 m entre linha e 15 sementes por metro linear, com um estande inicial de 333.333 plantas ha-1. Foi utilizado o fertilizante na formula NPK 4-30-10, 310 kg ha-1 ao longo de toda a área experimental. O cultivar utilizado de soja utilizado foi a AS 3797 IPRO. Após 30 dias de semeadura foi realizada a adubação de cobertura.

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O experimento foi instalado considerando o delineamento em blocos casualizados com 04 tratamentos e 07 repetições. Foram utilizadas parcelas de10 m², sendo área total do experimento de 280 m². Os tratamentos foram: T1 - Testemunha sem aplicação de fungicidas; T2 - Trifloxistrobina 150 g/L + Protioconazol 175 g/L; T3 - Epoxiconazol 50 g/L + Piraclostrobina 133 g/L; T4 - Azoxistrobina 120 g/L + Tebuconazol 240 g/L. O cultivar utilizado de soja foi a AS 3797 IPRO e o tratamento de semente utilizado foi Piraclostrobina 25 g/L + Tiofanato Metílico 225 g/L + Fipronil 250 g/L. Em todos os tratamentos foi realizado o tratamento da semente utilizando Piraclostrobina 25 g/L + Tiofanato Metílico 225 g/L + Fipronil 250 g/L.

Os produtos foram aplicados nas doses recomendadas em bula. As aplicações foram realizadas com auxílio de um pulverizador costal, com bico do tipo cone cheio, com faixa de aplicação de 0,5 m. No momento da aplicação foi utilizada uma lona preta nas extremidades da parcela para evitar a contaminação de um determinado produto em outra parcela.

A primeira aplicação de fungicidas específicos para cada tratamento foi realizada 40 dias após a germinação, com as plantas ainda em estádio vegetativo. Após a primeira aplicação realizada no dia 14 de janeiro de 2018, seguiram-se aplicações adjacentes nas datas de 02e 20 de fevereiro de 2018. Vale ressaltar que somente os produtos Epoxiconazol 50 g/L + Piraclostrobina 133 g/L e Azoxistrobina 120 g/L + Tebuconazol 240 g/L receberam 3 aplicações, enquanto Trifloxistrobina 150 g/L + Protioconazol 175 g/L recebeu apenas as aplicações de fevereiro, devido a recomendação máxima de 2 aplicações por ciclo observada na bula do produto.

Aos 30 dias após a última pulverização foi avaliada a severidade das doenças de acordo com sua taxa de incidência nas plantas avaliadas dentro de cada parcela. Foram avaliadas 5 plantas de cada uma das parcelas a fim de observar a incidência de doenças após as aplicações dos fungicidas.

Os resultados foram analisados por meio da análise de variância utilizando o software R (R Core Team, 2017). As pressuposições da análise, homocedasticidade e normalidade dos resíduos, foram testadas, respectivamente, pelo teste de Bartlett e Shapiro-Wilk ambos a 5% de probabilidade. Na presença de diferença significativa os tratamentosforam comparados pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

5. RESULTADOS

Em todas as doenças avaliadas, com exceção da Mancha Alvo, houve efeito significativo dos produtos (p<0,05) (Tabela 1). A utilização dos produtos Trifloxistrobina + Protioconazol possibilitou a obtenção de menor incidência de Ferrugem Asiatica do que nos demais tratamentos, apresentando cerca de 52,5% menos incidência que na Testemunha. Este resultado era esperado uma vez que este dentre os produtos estudados, este é o único com eficácia garantida pela bula no controle dessa doença. Os demais fungicidas não propiciaram redução da incidência em relação ao tratamento testemunha.

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Tabela 1. Incidência de doenças da soja (Glycine max) em função dos fungicidas

utilizados.

Produto Ferrugem

Asiatica Cercosporiose Antracnose Mancha Alvo Oidio Septoriose

Testemunha 5,00 A 4,71 A 5,00 A 3,29 A 3,57 A 4,71 A Epoxiconazol + Piraclostrobina 4,86 A 3,14 B 4,86 A 2,14 A 0,43 B 4,57 A Azoxistrobina + Tebuconazol 3,00 A 2,71 BC 4,86 A 2,29 A 0,43 B 1,29 C Trifloxistrobina + Protioconazol 2,29 B 1,71 C 3,00 B 2,29 A 0,43 B 2,43 B CV (%) 18,03 27,44 13,94 39,04 67,64 20,88

Médias seguidas pela mesma letra nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Em relação à Cercosporiose, todos os fungicidas testados apresentaram incidência inferior a Testemunha. ATrifloxistrobina + Protioconazol e Azoxistrobina + Tebuconazol foram os tratamentos que tiveram maior eficiência em relação aos demais por possuírem produtos ativos para o controle dessa doença.

Em relação a Antracnose novamente a incidência da doença somente foi reduzida com a utilização da Trifloxistrobina + Protioconazol. Vale ressaltar que os tratamentos Epoxiconazol + Piraclostrobinae Trifloxistrobina + Protioconazol que são indicados para o controle a doença. No entanto, observa-se que o tratamento com Epoxiconazol + Piraclostrobina não diferenciou-se estatisticamente (p>0,05) da testemunha. Resultado este semelhante aos encontrados por PESQUEIRA et al. (2016), nos quais os autores observaram que somente o uso de Epoxiconazol + Piraclostrobina não apresenta efetividade sobre o patógeno causador da Antracnose, sendo necessária aplicação complementar ou conjunta de outros produtos.

Embora os tratamentos com Epoxiconazol + Piraclostrobina e Trifloxistrobina + Protioconazol serem indicados para o controle da Mancha Alvo, nenhum tratamento utilizado propiciou a redução da incidência desta doença. Isso ocorre, pois mesmo havendo indicação para o controle dessa doença, tais produtos não são tão eficazes. Resultados semelhantes também foram encontrados por GODOY et al. (2017).

Todos os produtos utilizados apresentaram redução da incidência de Oídio em relação a Testemunha, não diferindo-se entre si. Tal fato deve-se a todos os produtos utilizados serem indicados para controle deste patógeno. No caso da Septoriose, os tratamentos que tiveram menor incidência da doença foram a Azoxistrobina + Tebuconazol e Trifloxistrobina + Protioconazol, tendo maior eficácia no controle da doença.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apenas o Oídio não foi controlado pelos produtos utilizados. No geral, a Trifloxistrobina + Protioconazol apresentou os melhores resultados para o controle das doenças com exceção da Septoriose. Entretanto, considerando a redução da incidência da Septoriose em relação ao tratamento testemunha, pode-se indicar a Trifloxistrobina + Protioconazol como o fungicida com maior controle das doenças avaliadas.

FONTES CONSULTADAS

GODOY C. V. et. al.Eficiência de fungicidas para o controle da ferrugem-asiática da soja, Phakopsorapachyrhizi, na safra 2016/17: resultados sumarizados dos ensaios cooperativos. Circular Técnica 129, EMBRAPA - SOJA. Londrina, PR. Julho, 2017 GODOY, C, V. Manejo de Doenças na Cultura da Soja. Resultados do CTC Agricultura 2017, EMBRAPA – SOJA. 2017. P. 25-30

GODOY, C.V. et al. Eficiência de fungicidas para o controle da mancha-alvo, Corynesporacassiicola, na safra 2016/17: resultados sumarizados dos ensaios cooperativos. Circular Técnica 130, EMBRAPA, 1ª Ed, Londrina - PR, 2017.

HARTMAN, G.L.; SIKORA, E.J.; RUPE, J.C. Rust. In: HARTMAN, G.L.; RUPE, J.C.; SIKORA, E.J.; DOMIER, L.L.; DAVIS, J.A.; STEFFEY, K.L. (Ed.). Compendium of soybean diseases and pests. 5. ed. Saint Paul: APS Press, 2015. p. 56-59.

PESQUEIRA, A.S; BACCHI, L. M. A; GAVASSONI, W. L. Associação de fungicidas no controle da antracnose da soja no Mato Grosso do Sul. Revista Ciência Agronômica, v. 47, n. 1, p. 203-212, 2016.

R Core Team (2017). R: A language and environment for statistical computing. R Foundation for Statistical Computing, Vienna, Austria. URL https://www.R-project.org/.

REIS, E. M.; BRESOLIN, A.C. R. Fungicidas: aspectos gerais. Revista Plantio Direto. Aldeia Norte Editora, Passo Fundo, RS. Edição 97, janeiro/fevereiro de 2007

YORINORI, J.T.; PAIVA, W.M.; FREDERICK, R.D.; COSTAMILAN, L.M.; BERTAGNOLLI, P.F.; HARTMAN, G.L.; GODOY, C.V.; NUNES JUNIOR, J.

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Epidemicsofsoybeanrust (Phakopsorapachyrhizi) in BrazilandParaguay. PlantDisease, v. 89, p. 675-677, 2005.

Referências

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