APARELHO REPRODUTOR FEMININO
SEMIOLOGIA
Profa. ROZILENE F. DE LIMA 2012/1
CENTRO UNIVERSITÁRIO - UNA CURSO: ENFERMAGEM
Anamnese – Sistema Genital Feminino Idade da menarca
Duração do fluxo
Periodicidade ou intervalo entre as menstruações.
Data da última menstruação Início da atividade sexual
Atividade Reprodutiva: Número de Gestações, Partos, Natimortos, problemas. Ex.: G2P1A1.
ANAMNESE – SISTEMA GENITAL FEMININO
Uso de medicamentos(principalmente anticoncepcionais)
Antecedentes pessoais patológicos (em especial DST,s e doenças do aparelho genital)
Pesquisa de neoplasias (pessoais e familiares)
Ultimo exame citopatológico
SINAIS E SINTOMAS
Hemorragias
Qualquer sangramentos sem características de menstruação.
Distúrbios Menstruais
Menstruação: sangramento cíclico que ocorre a cada 21 a 35 dias, durando de 2 a 8 dias, com perda sanguínea de 50 a 200 ml.
Polimenorréia: menstruação com intervalos menores que 21 dias.
(PORTO, 2005)
SINAISE SINTOMAS
Oligomenorréia: menstruação com intervalos maiores que 35 dias.
Amenorréia: Falta de menstruação ( maior que 3 ciclos)
Hipermenorréia: menstruação dura mais que 8 dias.
Menorragia: Excessiva perda de sangue durante o fluxo menstrual.
Metrorragia: Perda de sangue não obedece ao ritmo do ciclo menstrual.
(PORTO, 2005)
Dismenorréia: Conjunto de sintomas que
podem acompanhar a menstruação.
Tensão Pré-Menstrual: conj. De sintomas quesurgem da 2a. Metade do ciclo menstrual e desaparecem com a menstruação, como: cefaléia, mastalgia, irritação e insônia.
Sinais e Sintomas
SINAISE SINTOMAS
Dor – “ Dor em baixo ventre”
Localização:
pélvica,
abdominal,
lombossacra.
Ocorrência: espontânea ou provocada
pelo coito, deambulação ou palpação ou
pelo ciclo menstrual
Periodicidade: contínua ou intermitente.
(PORTO, 2005)
SINAISE SINTOMAS
Prurido: relacionado à: vulvites micóticas e alérgicas, diabetes mellitus, lesões distróficas vulvares (idosas) e Ca de vulva.
Tumoração
- Avaliar: época do aparecimento, localização, velocidade de crescimento e outros sintomas.
Distúrbios sexuais
Disfunção Sexual ou Frigidez: Impossibilidade de alcançar o orgasmo durante o coito.
Dispareunia: Dor durante o ato sexual.
(PORTO, 2005)
Corrimento ou Leucorréia:
Alteração das características normais da secreção vaginal.
Germes mais comuns de causar corrimentos: Trichomonas vaginalis, Candida albicans, Gonococcus, Gardnerella vaginalis, Chlamydia.
Sinais e Sintomas
(PORTO, 2005)
Exame
Orientar a paciente a esvaziar a bexiga antes do exame.
Tentar tranqüilizar a paciente.
Auxiliar no posicionamento para o exame. Cobrir a paciente e ir lhe explicando cada parte do exame à medida que o mesmo for se desenvolvendo.
Exame Físico
Exame da GenitáliaPosição: Litotomia Inspeção estática :
• Vulva (implantação de pêlos, umidade, presença de secreções, hiperemia, ulcerações, malformações)
• Períneo (integridade ou se há ruptura, cicatrizes de episiorrafias ou perineoplastia) • Ânus: hemorróidas, fissuras, prolapso da mucosa e malformações.
EXAME FÍSICO Exame da Genitália
Abrir os grandes lábios e observar clitóris, o óstio uretral, o hímen e o intróito vaginal.
Inspeção Dinâmica: Solicitar a paciente para fazer
esforço semelhante ao de evacuar ou urinar.
• Avaliar protusão das paredes vaginais ou do colo (prolapso genital)
COLPOCITOLOGIA
A colpocitologia (Papanicolaou) é o exame preventivo do câncer do colo do útero.
Ele consiste na análise das células oriundas da ectocérvice e da endocérvice que são extraídas por raspagem do colo do útero.QUEM E QUANDO FAZER O EXAME PREVENTIVO
Toda mulher que tem ou já teve atividade sexual deve submeter-se a exame preventivo periódico, especialmente se estiver na faixa etária dos 25 aos 59 anos de idade.
Inicialmente, um exame deve ser feito a cada ano e, caso dois exames seguidos (em um intervalo de 1 ano) apresentarem resultado normal, o exame pode passar a ser feito a cada três anos.
Deve ser anual se presença de fatores de risco tais como: início precoce da atividade sexual, história de múltiplos parceiros, e nível socioeconômico baixo.
A fim de garantir a eficácia dos resultados, a mulher deve evitar relações sexuais, uso de duchas, medicamentos vaginais, anticoncepcionais locais ou exames intravaginais durante as 48 horas anteriores ao exame.
O exame deve ser realizado fora do período menstrual, pois a presença de sangue pode alterar o resultado
O exame de Papanicolaou - é indolor, barato e eficaz.COLPOCITOLOGIA
Exame
Material
Mesa ginecológica
Espéculo vaginal (vários tamanhos)
Foco de luz
Luvas descartáveis
Lâminas de microscopia
Espátula e escova para citologia
Fixador
Escolher um espéculo de tamanho adequado; Usar luvas descartáveis.
Introduzir o espéculo obliquamente, com as lâminas fechadas.
Direcionar o espéculo para baixo para evitar trauma da uretra.
COLPOCITOLOGIA
Exame Especular : é necessário o espéculo vaginal, que afastará as paredes da vagina, permitindo a visualização do colo do útero, e do conteúdo vaginal. Finalidade inicial: coleta de material citopatológico.
• Analisar: Presença e aspecto de secreções, coloração, epitelização e superfície do colo, forma do orifício externo, ulcerações, pólipos, aspecto do muco cervical e das paredes vaginais.
• Técnica: Afastar os grande lábios e introduzir o espéculo
na vagina,segurando-o com a mão dominante. Após as partes largas das lâminas ultrapassarem o intróito vaginal, girar o espéculo de modo que elas fiquem na horizontal e introduzi-lo por todo o comprimento do canal vaginal.
COLPOCITOLOGIA
Abrir as lâminas devagar, após a introdução completa.
Inspecionar a cérvice; Coletar amostra para citologia na ecto e endocérvice; Fazer teste de schiller.
Ao retirar o espéculo, inspecionar paredes vaginais e fechar as lâminas gradativamente enquanto retira o espéculo.
COLPOCITOLOGIA
Normalidade:
• Cérvice: coloração rosa-brilhante, lisa e redonda, sem lesões.
• Orifício: fechado, pequeno nas nulíparas e maior e ligeiramente encurvado após o parto e nas multíparas. Nestas, Pode conter fissuras.
• Conteúdo vaginal: mucoso, úmido. Nas idosas há ressecamento vaginal.
• Paredes vaginais: Rosadas, superfície úmida e lisa. Nas idosas a superfície é enrugada e seca.
COLPOCITOLOGIA EXAME FÍSICO
Palpação: toque vaginal
- Toque Unidigital:
• Palpação das paredes vaginais (elasticidade, extensão, irregularidades, sensibilidade e temperatura).
(PORTO, 2005)
Exame Físico
Palpação: toque vaginal-Toque bidigital:
• Colo do útero : Forma, volume, a superfície, a consistência, o comprimento, a sensibilidade, a mobilidade, o orifício externo.
Exame Físico
-Toque combinado: Enquanto uma das mãos palpa o hipogástrico e as fossas ilíacas, a outra realiza o toque vaginal, retal ou combinado (retovaginal)
• Corpo do útero (posição, situação, forma, tamanho, consistência, mobilidade e sensibilidade)
•Anexos ( se são palpáveis ou não, presença de dor, volume, presença de tumor).
HISTOPATOLOGIA
O diagnóstico citopatológico não é de certeza, tendo que ser confirmado pelo exame histopatológico de uma amostra de tecido, obtida por meio de biópsia, que deve ocorrer preferencialmente, sob visualização colposcópica.
COLPOSCOPIA
Consiste na visibilização do colo através do
colposcópio. ANDRIS, Deborah A. Semiologia:bases para a prática assistencial. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan. 2006. 424p.
BARROS, Alba L. B. L. Anamnese e exame físico. Porto Alegre: Artemed. 2002. 272 p.
LÓPEZ, M.; MEDEIROS, J. L. Semiologia Médica: as bases do diagnóstico clínico. 5 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2004. 1233 p.
MARIA, V. L. R. (Coord.); MARTINS, I.; PEIXOTO, M. S. P. Exame
Clínico de Enfermagem do Adulto: focos de atenção
psicobiológicos como subsídios para diagnósticos de enfermagem
PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 5º. ed. , 2005. 1317 p.
POTTER, Patricia Ann. Semiologia em enfermagem. Rio de Janeiro: Reichmann & Afonso. 2002. 436 p.
SWARTZ, Mark H. Semiologia: Anamnese e exame físico. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 1992. 510 p.