• Nenhum resultado encontrado

A importância do estímulo à certificação de produtos orgânicos

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "A importância do estímulo à certificação de produtos orgânicos"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

A importância do estímulo à certificação de produtos orgânicos.

Acta Tecnológica

http://portaldeperiodicos.ifma.edu.br/

Kamila de Oliveira do Nascimento1, Elisabete Coentrão Marques2, Stella Regina Reis da Costa3, Cristina Yoshie Takeiti4,

Maria Ivone Martins Jacintho Barbosa5

1Doutoranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos – UFRRJ. Contato: kamila.nascimento@yahoo.com.br 2Doutoranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos – UFRRJ

3Profª. Titular da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ 4Embrapa Agroindústria de Alimentos

5Chefe de Departamento do Instituto de Tecnologia de Alimentos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro - UFRRJ

RESUMO

A procura por parte dos consumidores por produtos mais saudáveis, com menos resíduos químicos e com certificados de procedência, faz da agricultura orgânica uma opção muito viável. Embora o mercado de produtos orgânicos ainda seja pequeno, se comparado ao mercado de alimentos convencionais, observa-se crescente demanda mundial por esta categoria de alimentos. Sendo assim, explicitar a importância da certificação de produtos orgânicos no Brasil em tempos de globalização se faz extremamente relevante, pois o consumo deste segmento está cada vez mais em ascensão. A certificação é a garantia da procedência e da qualidade orgânica de um alimento natural ou processado. O agricultor ganha um diferencial de mercado ao oferecer produtos de melhor qualidade e mais valorizados, estabelecendo uma relação de confiança com o consumidor. Já o consumidor tem a garantia de um alimento sem contaminação química, cuja produção respeita o meio ambiente e o trabalhador. Além disso, o selo de certificação de um alimento orgânico fornece ao consumidor mais do que a garantia de estar levando para a casa um produto isento de contaminação química. Concluiu-se que a certificação orgânica é um fator importante e decisivo para conquistar maior credibilidade dos consumidores, além de conferir maior transparência às práticas e aos princípios utilizados na produção orgânica.

Termos para indexação:alimentos orgânicos - agricultura orgânica - mercado.

Certification of organic products: why it is important. ABSTRACT

The demand by consumers for healthier products, with less chemical wastes and certificate oforigin, turns organic agriculture a very viable option. Although the market for organic products is still small, if compared to the conventional food market, it is observed that the demand for this kind offood is growing worldwide. Thus, the understanding ofwhy the certification of organic products in Brazil is important in times of globalization is extremely relevant because the consumption of organic food is increasingly rising. The certification is the guarantee of origin and quality of natural or processed organic food. The farmer gets differential earnings in the market by offering products of best quality and most valued, establishing a relationship of trust with the consumer. The consumer gets the guarantee of a food with no

(2)

INTRODUÇÃO

O agronegócio nacional conseguiu ampliar em 6,5% nos últimos 10 anos o produto interno bruto estimulado por investimentos em tecnologia para melhoria da produtividade e qualidade das plantações. O Brasil é o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo (BRASIL, 2011; CASTRO, 2011).

Da mesma forma houve uma ampliação da preocupação pelos consumidores com a origem dos produtos que adquirem sem a presença de resíduos tóxicos e seus aspectos quanto à conservação. Assim, o consumo de produtos orgânicos tem aumentado, o que induz mudanças na produção, no armazenamento, distribuição e em sua comercialização (DETONI et al., 2005).

Dentro do conceito de agricultura alternativa há a agricultura orgânica. No cenário brasileiro, os alimentos orgânicos vêm aumentando sua participação em termos de produção, comercialização e consumo. A expressiva e rápida elevação da demanda interna, impulsionada pelo crescente número de consumidores que têm procurado alimentos mais saudáveis, de melhor sabor e que preservem o meio ambiente, sinalizam para o aumento do consumo interno e da produção nacional.

A certificação orgânica é um fator importante e decisivo para endossar que um produto tenha realmente os atributos oriundos de um sistema agrícola orgânico. Além disso, vale ressaltar que esta certificação deve ser dada por uma certificadora credenciada.

Segundo o Projeto Organics Brasil, que reúne

empresas exportadoras de produtos e insumos orgânicos, o mercado de orgânicos em geral cresceu 40% em 2010 e a expectativa é de ampliação nas vendas domésticas com as novas regras para produção.

Da mesma forma, o mercado externo de orgânicos também cresceu em 2010 (ORGANICSBRASIL, 2011). Assim, o objetivo deste artigo foi demonstrar a importância da certificação de produtos orgânicos no Brasil, já que se observa a ascensão deste segmento tanto na produção quanto ao consumo em tempos de globalização e seu crescimento substancial nas últimas décadas.

METODOLOGIA

Este trabalho abordou o tema sobre a certificação de produtos orgânicos. A metodologia empregada foi o estudo exploratório-descritivo através de pesquisa bibliográfica e da utilização de dados secundários oriundos de publicações e resultados de pesquisas específicas sobre o assunto. Com este método foi possível identificar a importância da agricultura orgânica, o selo de certificação e a explicação pela sua procura e crescimento no mercado nacional e internacional.

DESENVOLVIMENTO

Surgimento dos Produtos Orgânicos

A agricultura orgânica se desenvolveu a partir dos trabalhos de compostagem e adubação orgânica realizados por Howard na Índia, no período de 1925 a 1930, e divulgados por Lady Balfour na Inglaterra e Rodale nos EstadosUnidos(EUA)(EHLERS,1996).

Durante os anos 70, grupos de fazendeiros em diferentes partes dos EUA começaram a incorporar os princípios da agricultura orgânica nos standards. No final dos anos 70 e início dos anos 80, cresceu o número de organismos certificadores e de standards de produção e processamento de produtos orgânicos. Com isso a comunidade orgânica privada, principalmente a indústria orgânica, reconheceu a necessidade de coordenar o trabalho das certificadoras e dar confiança aos consumidores, procurandoenvolverogoverno(FONSECA,2002).

A experiência americana em desenvolverstandards

orgânicos nacionais começou em 1988 e o processo culminou com o Organic Foods Production Act(OFPA) de 1990 que refletia a maioria dos consensos desenvolvidos pela comunidade orgânica (FONSECA, 2002). Já no Brasil, o movimento expandiu-se a partir da criação em 1989 da Associação de Agricultura Orgânica (EHLERS, 1996). Na década de 90 os produtos orgânicos podiam ser adquiridos em feiras livres através de pequenos produtores ou lojas naturais, sempre à margem do varejo convencional. A popularidade cresceu, não só na Europa, mas também no Brasil e nos Estados Unidos onde alguns alimentos estão

chemical contamination, produced paying respect to the environment and the worker. Besides, the certification seal of an organic food supplies consumers with more than the assurance of taking home a product free of contaminants. In short, organic certification is an important and decisive factor to obtain more credibility from consumers, besides adding larger transparency to practices and principles used in organic production.

(3)

sendo produzidos por empresas de grande porte como a Nestlé e Unilever (WACHSNER, 2005).

Nos EUA existe uma cadeia de supermercados orgânicos, aWhole Foodscom taxa de crescimento de 20% e vendas de US$ 3,5 bilhões. Em 2004 foi inaugurada uma monumental loja no centro de Manhattan em Nova Iorque, onde consegue destacar-se pela apresentação atraente de seus produtos (WACHSNER, 2005).

DEFINIÇÃO DE PRODUTOS ORGÂNICOS

Atualmente, a preocupação com o ambiente e a qualidade de vida tem difundido amplamente as correntes de agricultura alternativa, dentre elas, a agricultura orgânica. O Brasil ocupa a 13ª posição mundial quanto à área destinada à agricultura orgânica certificada, com mais de 275 mil hectares. Dentre os alimentos produzidos destacam-se as olerícolas para o mercado interno (FONTANÉTTI, 2006).

Agricultura orgânica é um conjunto de processos de produção agrícola que parte do pressuposto básico de que a fertilidade é função direta da matéria orgânica contida no solo. As ações de microrganismos presentes nos compostos biodegradáveis existentes ou colocados no solo possibilitam o suprimento de elementos minerais e químicos necessários ao desenvolvimento dos vegetais cultivados (ORMOND et al., 2002a).

O sistema orgânico de produção agropecuária adota técnicas específicas com a otimização do uso dos recursos naturais e socioeconômicos disponíveis, respeitando a integridade cultural das comunidades rurais, tendo por objetivo à sustentabilidade econômica e ecológica, a maximização dos benefícios sociais, a minimização da dependência de energia não-renovável, empregando métodos culturais, biológicos e mecânicos, em contraposição ao uso de materiais sintéticos em qualquerfasedeprodução(BRASIL,2003).

Segundo a Instrução Normativa 007/99 do Ministério do Abastecimento, Pecuária e Agricultura (MAPA) (BRASIL, 1999):

Desta forma, a produção orgânica (BRASIL, 2003): • oferece produtos saudáveis isentos de contaminantes intencionais;

• preserva a diversidade biológica dos ecossistemas naturais e a recomposição ou incremento da diversidade biológica dos ecossistemas modificados em que se insere o sistema de produção;

• incrementa a atividade biológica do solo; • promove o uso saudável do solo, da água e do ar; • reduz ao mínimo todas as formas de contaminação desses elementos quepossamresultardas práticas agrícolas; • mantém ou incrementa a fertilidade do solo a longo prazo;

• recicla resíduos de origem orgânica, reduzindo ao mínimo o emprego de recursos não-renováveis; • basea-se em recursos renováveis e em sistemas agrícolas organizados localmente;

• incentiva a integração entre os diferentes segmentos da cadeia produtiva e de consumo de produtos orgânicos e a regionalização da produção e comércio desses produtos;

• manipula os produtos agrícolas com base no uso de métodos de elaboração cuidadosos, com o propósito de manter a integridade orgânica e as qualidades vitais do produto em todas as etapas.

ESCOLHA PELOS PRODUTOS ORGÂNICOS

Embora o mercado de produtos orgânicos ainda seja pequeno se comparado ao mercado de alimentos convencionais, observa-se crescente demanda mundial por estacategoriadealimentos(SEBRAE,2008).

O faturamento dos produtores em 2010 foi de cerca de R$ 500 milhões, segundo estimativa da Associação Brasileira de Orgânicos (Brasilbio), que reúne produtores, processadores e certificadores. Este valor corresponde a apenas 0,2% dos R$ 255,3 bilhões registrados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), como referentes ao valor bruto de toda a produção do setor agropecuário no ano passado. Em todo o mundo, a estimativa é que os orgânicos movimentem cerca de US$ 60 bilhões por ano, o que equivale a R$ 95,4 bilhões. O mercado dos alimentos orgânicos cresce a saltos mais largos que o mercado tradicional. O crescimento deve elevar o faturamento do setor para R$ 700 milhões durante o ano de 2011 (SEBRAE, 2011).

Segundo Ormond et al., (2002a), a produção de hortaliças e legumes é parte importante da produção de orgânicos, mas estes produtos ocupam áreas relativamente pequenas em comparação ao volume obtido. O fato da

o sistema orgânico de produção agropecuária e industrial visa à eliminação do emprego de agrotóxicos e outros insumos artificiais tóxicos, organismos geneticamente modificados (OGM)/transgênicos ou radiações ionizantes em qualquer fase do processo de produção, armazenamento e de consumo, e entre os mesmos privilegiando a preservação da saúde ambiental e humana, assegurando a transparência em todos os estágios da produção e da transformação.

(4)

produção de hortaliças orgânicas no Brasil envolver substancial número de produtores decorre da adequação do sistema de produção orgânica às características de pequenas propriedades, envolvendo frequentemente a gestão familiar.

Há mais de 50 produtos agrícolas orgânicos certificados, in natura ou processados, no país, podendo ser citados os seguintes: açaí, acerola, açúcar, aguardente, algodão, amaranto, arroz, aveia, aves e ovos, banana, banana-passa, bovinos, cacau, café, caju, castanha de caju, chá, citrus, coco, ervas medicinais, fécula de mandioca, feijão, gengibre, girassol, goiabada, guaraná em pó, hortaliças (várias), hortaliças processadas, laticínios (gado de leite), madeira, mamão, manga, maracujá, mel, milho, morango, óleo de babaçu, óleos essenciais, azeite de dendê, palmito de pupunha, pimentão, soja, suco de laranja, suínos, tecidos, tomate, trigo, urucum e uva-passa (CAMPANHOLA, 2001).

A venda de produtos de panificação orgânicos aumentou nos últimos cinco anos a uma taxa de crescimento de valor atual em 2005–2006 de 6,4%, 3,5% e 13,6% no Canadá, Reino Unido e EUA, respectivamente (ABDEL-AAL, 2008).

Peri (2005) define qualidade do alimento como aptidão para o consumo, o que satisfaz o consumidor. Portanto, qualidade do alimento descreve os requerimentos necessários para a satisfação das necessidades e expectativas do consumidor.

Segundo Roitner-Schobesberger (2008), existem motivos importantes para comprar alimentos orgânicos: o benefício para a saúde, a atração de produtos novos, à moda e a procura por produtos mais gostosos. Sendo que o sabor do produto orgânico é considerado melhor quando comparado ao produto convencional.

A decisão de compra de produtos orgânicos pelos consumidores holandeses está focada no papel de saúde. A importância da ausência de substâncias químicas, a questão ambiental e o sabor são as razões primárias por comprar alimentos orgânicos. Além disso, a saúde e segurança em relação ao alimento também são motivos importantes à aquisição destes produtos (GRACIA, 2008).

Estudo realizado por Ferreira (2004) evidenciou que os atributos sensoriais de tomates orgânicos não diferem significativamente dos mesmos frutos cultivados segundo as técnicas de agricultura tradicional. Torres et al., (2009) verificaram que o perfil sensorial de mangas orgânicas foi considerado satisfatório, com média de 8,4 para os atributos pesquisados. Cabral et al., (2004) processaram um suco de maracujá orgânico que obteve boa

aceitabilidade. Já Silva (2005), ao trabalhar com amostras de café orgânico e de cultivo tradicional, observou que uma amostra de café orgânico foi mais aceita pelos consumidores que a convencional.

Smith (1993), durante período de dois anos, determinou o teor de minerais em alimentos adquiridos em várias lojas dos subúrbios da cidade de Chicago. As frutas (maçãs e peras), batatas e milho foram selecionados, entre amostras de alimentos convencionais e orgânicos, de variedades e tamanhos similares. Os resultados revelaram que nos alimentos orgânicos, as concentrações foram superiores quando consideradas os seguintes minerais: cálcio (63%), ferro (59%), magnésio (138%), fósforo (91%), potássio (125%), zinco (72,5%), sódio (159%) e selênio (390%) e foi verificado menor conteúdo de alumínio (40%), chumbo (29%) e mercúrio (25%).

Alguns estudos observaram que as maçãs cultivadas organicamente apresentam consistência mais firme e receberam dos provadores uma nota mais elevada quando se analisou o sabor em relação aos frutos cultivados convencionalmente. As análises envolvendo o conteúdo de flavonóides revelaram-se superiores para maçãs cultivadas organicamente. Pesquisas envolvendo tomates orgânicos revelaram que os mesmos eram descritos pelos provadores como tendo sabor mais doce (FAO, 2000).

A demanda da produção de alimentos orgânicos está aumentando. Alguns estudos prévios não sistemáticos concluíram que os alimentos orgânicos possuem uma composição de nutrientes superior aos dos alimentos convencionais (DANGOUR, 2009)

A Busca pela Certificação

A certificação é definida por Zylbersztajn (2003) como atributos de um produto, processo ou serviço e a garantia de que eles se enquadram em normas predefinidas. Envolve normas na esfera privada, pública, nacional ou internacional e um órgão certificador com poder de monitoramento e exclusão. Pode ser tratada no plano da coordenação vertical das cadeias produtivas, pois procura garantir a qualidade de seus produtos segundo determinadas necessidades e desejos específicos dos consumidores.

A ISO/IEC Guia 65 de 1996 é uma Norma Internacional que estabelece critérios para organismos que operam certificação de produtos, serviços e processos. Um dos objetivos é permitir que organismos de acreditação harmonizem a sua aplicação das normas contra as quais deverão avaliar organismos de certificação. É um importante passo na direção do reconhecimento mútuo da acreditação (IAF, 2006).

(5)

Pesquisas mostram que a certificação tem sido prática crescente nos últimos anos e esteve vinculada ao aumento do comércio mundial desde a abertura crescente das economias nacionais, à valorização das economias locais e dos produtos de qualidade (RADOMSKY, 2009). Uma situação mais relevante para o qual os processos de certificação têm sido implementados é relativa aos alimentos agroecológicos. Devido ao fato de que os agroecológicos possuiriam uma condição em que uma pessoa comum dificilmente consegue diferenciá-los de um produto convencional, os selos que atestam sua autenticidade se tornaram frequentes. Outro fator crucial na certificação de produtos agroecológicos e orgânicos é o crescimento substancial do comércio destes bens em nível mundial. Ainda que a produção de ecológicos e orgânicos seja pequena em relação à convencional, ela não é inexpressiva e as transações internacionais crescem significativamente (RADOMSKY, 2009).

Segundo Byé (2001), a construção de um sistema de reconhecimento da qualidade e/ou de autenticidade, que vem coroar a ênfase dada pela mídia à agricultura orgânica (AO) no Brasil, não se distancia de uma parte dos objetivos das macropolíticas anteriores. Os produtos da AO podem tornar-se, na verdade, um objeto de exportação. Ao certificar os produtos da agricultura orgânica, ele encoraja a criação de nichos em mercados protegidos. Ele favorece, entre os agricultores familiares, práticas alternativas às técnicas e às organizações implementadas para agroexportação. Ele constrói, enfim, por esse meio, um novo instrumento de desenvolvimento rural.

No caso da certificação de orgânicos, o organismo certificador tem a função de desenhar um método que seja capaz de minimizar o risco de fraude em um mercado de “bens de crença”. Neste sentido, espera-se que o organismo certificador seja responsável perante a lei pelo cumprimento rigoroso do método apresentado a seu credenciador. Daí a importância dada à organização que executa este processo nas normas ISO que tratam da matéria (MEDAETS, 2003).

Certificadores de Produtos Orgânicos no Brasil

O processo de certificação, de acordo com Ferraz (2000), se origina da crescente evolução dos movimentos ambientalistas e da conscientização das populações urbanas que perceberam os impactos negativos que a agricultura convencional exerce sobre os recursos naturais, qualidade de vida de produtores e trabalhadores rurais e sobre as próprias comunidades urbanas.

A legislação brasileira prevê três diferentes maneiras de garantir a qualidade orgânica dos seus produtos: a Certificação, os Sistemas Participativos de Garantia e o Controle Social para a Venda Direta sem Certificação. Os chamados Sistemas Participativos de Garantia, junto com a Certificação, compõem o Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica – SisOrg. Para o seu bom funcionamento, os Sistemas Participativos de Garantia caracterizam-se pelo Controle Social e a Responsabilidade Solidária, o que possibilita a geração da credibilidade adequada a diferentes realidades sociais, culturais, políticas, institucionais, organizacionais e econômicas (BRASIL, 2011).

Cabe ao Ministério da Agricultura credenciar, acompanhar e fiscalizar os organismos de certificação que, mediante prévia habilitação do MAPA, farão a certificação da produção orgânica e deverão atualizar as informações dos produtores para alimentar o cadastro nacional de produtores orgânicos. Estes órgãos, antes de receberem a habilitação do Ministério, passarão por processo de acreditação do Inmetro. No exterior, o órgão internacional que credencia as certificadoras é a International Federation of Organic Agriculture Movements (IFOAM) que é a federação internacional que congrega os diversos movimentos relacionados com a agricultura orgânica (ORGANICSNET, 2011).

De acordo com Peña (1996), a Associação de Agricultura Orgânica (AAO) localizada na cidade de São Paulo e o Instituto Biodinâmico (IBD) situado no município de Botucatu, são as mais tradicionais entidades certificadores do Brasil. Atuam também no estado de São Paulo, a Agricultura Natural, a Fundação Mokiti Okada (FMO) e a Associação de Produtos de Alimentos Naturais (APAN). Cada entidade fornece certificados orgânicos, com pequenas variações nos critérios adotados, porém unânimes na exigência de respeito às normas básicas da agricultura orgânica. Segundo Ormond et al. (2002b), atuam no Brasil 19 certificadoras, das quais 12 nacionais e sete estrangeiras. As principais certificadoras no Brasil são: Associação de Agricultores Biológicos (ABIO), Associação de Certificação Sócio-participativa da Amazônia (ACS Amazônia), Associação de Agricultura Natural de Campinas e Região (ANC), Associação dos Produtores de Agricultura Natural (APAN), Associação de Certificação de Produtos Orgânicos do Espírito Santo (CHÃO VIVO), BCS Öko-Garantie, Control Union Certifications (antiga Skal), Cooperativa Coolméia, Fundação Mokiti Okada (CMO), ECOCERT Brasil, Farm Verified Organic (Internationa Certification Services Inc.), Associação de Certificação Instituto Biodinâmico (IBD), Instituto de Mercado

(6)

Ecológico (IMO), Minas Orgânica, Associação Mineira, Organização Internacional Agropecuária (OIA), Rede Ecovida, Certificadora Sapucaí e Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR) (BRASILBIO, 2011).

Entretanto, as certificadoras credenciadas pelo MAPA até o momento são: Instituto de Tecnologia do Paraná (TECPAR), IBD Certificações, ECOCERT Brasil, IMO Control do Brasil e Agricontrol Ltda (OIA) (BRASIL, 2011). Neste mecanismo, as certificadoras públicas ou privadas credenciadas pelo MAPA utilizam os procedimentos e critérios reconhecidos internacionalmente para organismos de avaliação da conformidade, acrescidos dos requisitos técnicos estabelecidos pela legislação brasileira para a agricultura orgânica. A certificação por auditoria exige que a avaliação da conformidade seja feita por uma certificadora independente, sem vínculo direto com quem produz ou com quem compra.

Já o Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade (OPAC) credenciados são: Rede Ecovida de Agroecologia, Associação de Agricultura Natural de Campinas e Região (ANC) e Associação de Agricultores Biológicos do Estado do Rio de Janeiro. O OPAC é legalmente constituído e credenciado pelo MAPA, cuja responsabilidade é avaliar a conformidade orgânica dos produtos, incluir os produtores orgânicos no Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos e autorizá-los a utilizar o selo do SisOrg, como também acontece com as certificadoras credenciadas (BRASIL, 2011).

Embora os conceitos sobre os processos de produção e de certificação sejam internacionalizados, cada país possui normas próprias, pois é necessária uma adaptação as diferentes condições de produção. Mas, a maioria dos países importadores de orgânicos, principalmente na Europa, exige além do selo sob os padrões nacionais, a ISO 65, cujas normas são específicas para certificadoras internacionais de produtos orgânicos e o selo do International Federation of Organic Agriculture Movements (IFOAM). A IFOAM é uma entidade internacional que estabelece normas para definir o que é um produto orgânico e credencia, em todo o mundo, órgãos responsáveis para a inspeção e certificação. Deste modo, há uma rede internacional de entidades certificadoras, comprometidas com as mesmas normas. Os técnicos da IFOAM responsáveis pela acreditação das certificadoras são membros doInternational Forum ofAcreditation(IAF) e doEuropean Cooperation ofAccreditation (EA) (GEIR, 2000).

Os países da Comunidade Européia e o Japão exigem que os produtos orgânicos sejam certificados por entidades reconhecidas pelos órgãos dos países de origem e

também pela International Federation of Organic Agriculture Movementes (IFOAM) (PENTEADO, 2000). Essa entidade tem por atribuição avaliar, normatizar e divulgar os padrões de comercialização em âmbito internacional de produtos orgânicos, congregando também a maioria das instituições de agricultura orgânica e entidades certificadoras do mundo, envolvendo mais de 750 membros comatuação em100 países (YUSSEFI, 2003).

São 29 certificadoras credenciadas pela IFOAM: Agrio, Argencert AS, AsureQuality Limeted, Australian Certified Organic, Bioagricert srl, BioGro New Zealand Ltd, Bioparke.V., Bios S.r.l., Bolicert, CCPB SRL, Center Environment-Friendly Agricultural Product Certification, Doalnara Certified Organic Korea, LLC, Ecoland e.V.,Gäa e.V. Vereinigung okologischern Landbau Bundesveband, Global Organic Agriculturist Association, IBDCertification Ltd., Internatinal Certification Services Inc., Instituto Mediterraneo Di Certificazione s.r.l., Istituto per la Certification ética e Ambientale, Japão Organic & Natural Foods Association, LETIS AS, NASAA Certified Organic Pty Ltd, Naturland – Verband für ökologischen Landbau e.V., Organic Agricukture Certification Thailand, Organic Food Development & Certification Center of China, Organizacion International Agropecuaria SA, Organska Kontrola Sarajevo, Tanzania Organic Certification Association e Uganda Organic Certification Ltd. (IFOAM, 2011).

A certificação de produtos orgânicos é o procedimento pelo qual uma certificadora, devidamente credenciada pelo MAPA e pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), assegura por escrito que determinado produto, processo ou serviço obedece às normas e práticas da produção orgânica. A certificação apresenta-se sob a forma de um selo afixado ou impresso no rótulo ou na embalagem do produto (ORGANICSNET, 2011).

O ESTÍMULO À CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS ORGÂNICOS

A certificação é a garantia da procedência e da qualidade orgânica de um alimento natural ou processado. O agricultor ganha um diferencial de mercado, ao oferecer produtos de melhor qualidade e mais valorizados, estabelecendo uma relação de confiança com o consumidor. Na certificação, produtores e processadores são inspecionados e orientados segundo as normas de produção orgânica. O consumidor tem a garantia de um alimento sem contaminação química, cuja produção respeita o meio ambiente e o trabalhador (BRASILBIO, 2011). De acordo com Paschoal (1994), os selos oficiais de

(7)

certifi-certificação ou de garantia têm as seguintes finalidades: • fomentar as práticas de agricultura orgânica; • estabelecer e promover uma marca de qualidade, para possibilitar aos consumidores uma forma de aquisição de produtos orgânicos;

• proteger os consumidores contra fraudes comerciais e proteger da ação de agentes desonestos, os agricultores, criadores, industriais e comerciantes de alimentos orgânicos e insumos.

Figura 1. Área de plantação de produtos orgânicos (em hectares) no mundoem2007. NOVAESCOLA,(2011).

Além disso, o selo de certificação de um alimento orgânico fornece ao consumidor mais do que a garantia de estar levando para a casa um produto isento de contaminação química. O selo assegura também que esse produto é o resultado de uma agricultura capaz de preservar a qualidade do ambiente natural, qualidade nutricional e biológica de alimentos e qualidade de vida para quem vive no campo e nas cidades. Ou seja, o selo de "orgânico" é o símbolo não apenas de produtos isolados, mas também de processos mais ecológicos de plantar, cultivar e colher alimentos (BRASILBIO, 2011).

A concessão de certificados exige dos agricultores e das unidades de beneficiamento cuidados que vão além do manejo sustentado e da obtenção de produtos isentos de agrotóxicos e adubação química. É exigido também que a relação com os trabalhares envolvidos seja repensada, tenham remuneração adequada e participação nos lucros. Além disto, a atividade geradora do produto a ser certificado, em hipótese alguma pode oferecer, em nenhuma etapa do seu processo, qualquer tipo de risco ao meio ambiente (IBD, 1999).

Para a produção vegetal ou animal, há uma série de normas técnicas exigidas para a obtenção do selo verde ou selo orgânico. A certificação é um processo que atesta a condição de um determinado alimento, ou seja, se é realmente orgânico (PENTEADO, 2000).

Para o mercado interno as embalagens ou produtos deverão inclui o selo orgânico, enquanto para o mercado externo deve ser emitido um certificado para cada tipo de modalidade de exportação adotada pelos agentes (PENTEADO, 2000).

CONCLUSÃO

Após análise do contexto nacional e internacional da certificação de produtos orgânicos pode-se concluir que: • Embora o mercado de produtos orgânicos ainda seja pequeno se comparado ao mercado de alimentos convencionais, observa-se crescente demanda mundial por esta categoria de alimentos;

• A agricultura orgânica visa ofertar produtos saudáveis isentos de contaminantes intencionais, além da preservação da diversidade biológica dos ecossistemas naturais com o propósito de manter a integridade orgânica e as qualidades vitais do produto em todas as etapas; • O crescimento do consumo de produtos orgânicos estimula a exportação destes alimentos e com isso a necessidade de certificação por instituições mundiais; A certificação orgânica é um fator importante e decisivo para conquistar maior credibilidade dos consumidores, além de conferir maior transparência às práticas e aos princípios utilizados na produção orgânica; • Cabe ao organismo certificador de alimentos orgânicos a função de desenhar um método que seja capaz de minimizar o risco de fraude.

Os produtos orgânicos são alimentos diferenciados, com capacidade de produção em larga escala e com boa margem de rentabilidade. Desta forma, o seu planejamento e produção devem ser estimulados, legalizados e bem estabelecidos como mercadoria capaz de competir no mercado mundial.

AGRADECIMENTO

À CAPES pela bolsa de doutorado e a FAPERJ, Agência Financiadora do projeto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABDEL-AAL, E.S.M.; RABALSKI, I. Effect of baking on nutritional properties of starch in organic spelt whole grain products. Food Chemistry, v.111, p.150–156, may, 2008. BYÉ, P.; SCHMIDT, W. Agricultura familiar no Sul do Brasil – de uma exclusão produtivista a uma exclusão certificada? Estudos Sociedade e Agricultura, v.17, p.104-118, out. 2001.

(8)

BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Mecanismos de Controle da Qualidade Orgânica. Disponível em: <http:// http://www.prefiraorganicos.com.br/agrorganica/mecanism osdecontrole/explicacaogeral.aspx>. Acesso em:14 nov. 2011.

BRASIL. País alcança valor recorde de exportações do agronegócio. Portal do Agronegócio. Disponível em: <http://www.portaldoagronegócio.com.br>. Acesso em: 9 nov. 2011.

BRASIL. Lei nº 10.831, de 23 de dezembro de 2003. Dispõe sobre a agricultura orgânica e dá outras providências. Diário Oficial da União, de 24 de dezembro de 2003, Seção 1, Página 8.

BRASIL. Ministério da Agricultura e do Abastecimento.

Instrução normativa nº 7, de 17 de maio de 1999. Dispõe sobre normas para a produção de produtos orgânicos vegetais e animais. Diário Oficial da União, de 19 de maio de 1999, Seção 1, Página 11-14.

BRASILBIO. Associação Brasileira de Orgânicos.

Disponível em:

<http://www.brasilbio.com.br/pt/organicos/certificadoras>. Acesso em: 01 jun. 2011.

CABRAL, L. M. C.; DA MATTA, V. M.; PENHA, E. M.; DELLA MODESTA, R. C.; SILVA, T. T. da. Processamento de suco de maracujá orgânico por microfiltração. Comunicado Técnico

.

Rio de Janeiro: EMBRAPA, 2004.

CAMPANHOLA, C.; VALARINI, P.J. A agricultura orgânica e seu potencial para o pequeno agricultor.

Cadernos de Ciência & Tecnologia. v.18, n.3, p.69-101, set./dez. 2001.

CASTRO, Fernanda Travassos de. Comércio de frutas e hortaliças em prol da segurança do alimento em comunidades da zona oeste do Rio de Janeiro (RJ). 2011. 125p. Tese (Doutorado em Ciência e Tecnologia de Alimentos)- Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2011.

DANGOUR, A.D., et al. Nutritional quality of organic foods: a systematic review. The Americn Journal Clinical Nutrition, v.90, p.680–685, 2009.

DETONI, A.M.; CLEMENTE, E.; BRAGA, G.C.; et. al. Uva "niágara rosada" cultivada no sistema orgânico e armazenada em diferentes temperaturas. Revista Ciência e Tecnologia de Alimentos

.

v.25, n.3, p.546-552, jul./set. 2005.

EHLERS, E. Agricultura sustentável: origens e perspectivas de um novo paradigma. São Paulo: Livro da

Terra, 1996.

FAO. Inocuidad y calidade de los alimentos em relación com la agricultura orgânico. Rome: FAO, 2000. FERRAZ, J.M.G; PRADA, LS; PAIXÃO, M. Certificação soció-ambiental do setor sucro-alcooleiro

.

São Paulo:

EMBRAPA Meio Ambiente, 2000.

FERREIRA, S. M. R.; FREITAS, R. J. S.; LAZZARI, E.N.; et. al. A. Perfil sensorial do tomate de mesa (Lycopersicon esculentum Mill.) orgânico. Visão Acadêmica, v.5, n.1, p.19-26, jan./jun., 2004. FONSECA, M. F.A.C. A institucionalização dos mercados de orgânicos no mundo e no Brasil: uma interpretação Tese (Doutorado em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade)- Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2005. FONSECA, M. F. Certificação de sistemas de produção e processamento de produtos orgânicos de origem animal: história e perspectivas. Cadernos de Ciência & Tecnologia. v.19, n.2, p.267-297, maio/ago. 2002. FONTANÉTTI, A.; CARVALHO, G.J.; GOMES, L.A.A.; et. al. Adubação verde na produção orgânica de alface americana e repolho. Horticultura Brasileira, v.24 n.2,

apr./jun., 2006.

GRACIA, A.; MAGISTRIS, T. The demand for organic foods in South of Italy: a discrete choice model. Food Policy, v.3, n.5, p.386-396, oct., 2008. GEIR, B. A Short Overview and Facts on Worldwide Organic Agriculture, in International Federation of Organic Agriculture Moviments – IFOAM, 2000.

Disponível em:

<http://www.ifoam.org/orgagri/oaworld.html>. Acesso em: 14 abr. 2011.

(9)

IAF. International Accreditation Forum, Inc. Diretriz IAF sobre a Aplicação do Guia ISO/IEC 65:1996. Requisitos gerais para organismos que operam sistemas de certificação de produtos. 2ª edição (IAF GD 5:2006).

IBD. INSTITUTO BIODINÂMICO DE

DESENVOLVIMENTO RURAL – Diretrizes Para o Padrão de Qualidade Orgânico. 8ed. 1999. IFOAM. International Organic Accreditation Service. IOAS the global organic guarantee. List of IFOAM Accredited Certification Bodies, p.1-12, may 23, 2011. MEDAETS, J.P.P. A construção da qualidade na produção agrícola familiar: sistemas de certificação de produtos orgânicos. 2003. 213 p. Tese (Doutorado em Gestão e Política Ambiental)– Universidade de Brasília, Brasília, 2003.

NOVA ESCOLA. Disponível em: < http://revistaescola.abril.com.br/ensino-medio/alimentos-

organicos-saude-ambiente-viabilidade-economica-610185.shtml?page=all>. Acesso em: 25 nov. 2011. ORGANICSBRASIL. Os orgânicos conquistam consumidores e ganham força nas prateleiras do mundo. Disponível em: <http://www.organicsbrasil.org/sou-imprensa-producao-organica>. Acesso em: 10 jun. 2011.

ORGANICSNET. Certificadoras. Disponível em: <http://www.organicsnet.com.br/certificacao/certificadoras >. Acesso em: 04 jun. 2011.

ORMOND, J.G.P.; PAULA, S.R.L. de; FAVERET FILHO, P.; et. al.. Agricultura: quando o passado é futuro. BNDES Setorial. n.15, p.3-34, 2002a.

ORMOND, J.G.P.; PAULA, S.R.L.; FAVERET FILHO, P.; et. al.Agricultura orgânica: quando o passado é futuro

.

BNDES Setorial, Rio de Janeiro, n. 15, p. 3-34, mar. 2002b.

PASCHOAL, A.D. Produção orgânica de alimentos: agricultura sustentável para os séculos XX e XXI. Piracicaba: EDUSP, 1994.

PENTEADO, S.R. Introdução à agricultura orgânica

.

Campinas: Grafimagem, 2000.

PERI, C. The universe of food quality. Food Quality and Preference

.

2005.

PEÑA, R.P. Rendimento, qualidade e conservação pós-colheita de cenoura (Daucus Carola L.) sob adubações mineral, orgânica e biodinâmica. 1996. 93p. Dissertação (Mestrado)– Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 1996.

RADOMSKY, G.F.W. Práticas de certificação participativa na agricultura ecológica: rede, selos e processos de inovação. Revista IDeAS. v.3, n.1, p.133-164, jan./jun. 2009.

ROITNER-SCHOBESBERGER, B. Consumer perceptions of organic foods in Bangkok, Thailand. Food Policy. v.33, n.2, p. 112-121, apr. 2008.

SEBRAE. Conhecer SEBRAE agronegócios: A qualificação dos orgânicos. n.2, outubro 2008. Disponível em:

<http:7201.2.114.147/bds/BDS.nsf/51B801B2C330530983 267605004AFDC5/$File/NT0003 A4CE.pdf>. Acesso em: 13 abr. 2011.

SEBRAE. Disponível em: <http://www.agenciasebrae.com.br/noticia/11962062/agron egocios/producao-de-organicos-deve-crescer-40-em-2011>. Acesso em: 01 jun. 2011.

SILVA, A. F.; MININ, V.P.R.; RIBEIRO, M.M. Análise sensorial de diferentes marcas comerciais de café (Coffea arabica L.) orgânico. Ciência e Agrotecnologia, v.29, n.6, p.1224-1230, 2005.

SMITH, B.L. Organics foods VS. supermarket foods: element levels. Journal of Applied Nutrition, v.45, n.1, p.35-39, 1993.

TORRES, L. B.V.; SILVA, S.M; GARRUTI, D. S.; et. al.

Aceitação sensorial de manga Tommy Atkinsí produzidas através dos sistemas orgânico e integrado. In: Anais do XII Congresso Brasileiro de Fisiologia

Vegetal, Fortaleza/CE. 2009.

ZYLBERSZTAJN, D.; ECARE, R.E. Gestão da Qualidade. Nos Agronegócios. São. Paulo: Atlas, 2003.

(10)

WACHSNER, S. Produtos orgânicos: que negócio é esse?

Revista A Lavoura. Rio de Janeiro, p. 22-23. mar. 2005. YUSSEFI, M.; WILLER, H. The World of Organic Agriculture: Statistics and Future Prospects 2003. Tholey-Theley: International Federation of Organic Agriculture Movements, 2003.

Imagem

Figura 1. Área de plantação de produtos orgânicos (em hectares) no mundoem2007. NOVAESCOLA,(2011).

Referências

Documentos relacionados

Quality of life of parents with Down syndrome children Qualidade de vida dos pais de crianças portadoras da síndrome de Down.. Leandro Loureiro Buzatto 1 , Ruth

Associação Brasileira de Certificação de Instalações Elétricas – CERTIEL BRASIL. • Associação civil de fins não econômicos, constituída

Atualmente a maior parte das manobras está vinculada a formação dos trem com a formação ideal, posicionando os vagões agrupados por cliente e de acordo com o destino (mesma idéia

No Brasil, a definição de sistema orgânico de produção está estabelecida na Lei n o 10.831, de 23 de dezembro de 2003, sendo a Instrução Normativa n o 19, de 2009, do

Por sua vez, a complementação da geração utilizando madeira, apesar de requerer pequenas adaptações do sistema, baseia-se em um combustível cujas origens são mais diversifi

Justificativa: O questionamento apresentado pelo(a) candidato(a) requerente é procedente, em face de conter erro na formulação da questão não havendo resposta correta para

Caso necessite entrar na área tratada com o produto antes do término do intervalo de reentrada, utilize os equipamentos de proteção individual (EPI) recomendados para

Os resultados desta pesquisa se assemelham mais com os achados de Hall e Stammerjohan (1997), Han e Wang (1998), Prior, Surruca e Tribó (2008) e Chih, Shen e Kang