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Causas mal definidas de óbitos em população idosa de um estado do nordeste brasileiro / Ill-defined causes of death in an elderly population of a state in the Brazilian Northeast

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 3,p.16327- 16341 mar.. 2020. ISSN 2525-8761

Causas mal definidas de óbitos em população idosa de um estado do

nordeste brasileiro

Ill-defined causes of death in an elderly population of a state in the

brazilian northeast

DOI:10.34117/bjdv6n3-488

Recebimento dos originais: 29/02/2020 Aceitação para publicação: 31/03/2020

Carla Pauline de Siqueira Dunk

Graduada em Medicina

Instituição: Universidade Federal do Maranhão. Curso de Medicina Endereço: Praça Gonçalves Dias, n.º 21. Bairro: Centro. São Luís – MA, Brasil

E-mail: carladunck@gmail.com

Rejane Christine de Sousa Queiroz

Doutora em Saúde Pública Instituição: ENSP/FIOCRUZ

Endereço: Rua Barão de Itapary, n.º 155. Bairro: Centro. São Luís – MA, Brasil E-mail: queiroz.rejane@gmail.com

Yara Maria Cavalcante de Portela

Mestre em Saúde do adulto e da criança

Instituição: Universidade Federal do Maranhão. Curso de Medicina de Pinheiro Endereço: Estrada Pinheiro/Pacas, Km 10, s/n. Bairro: Enseada. Pinheiro – MA, Brasil

E-mail: yara.portela@gmail.com

Aline Sampieri Tonello

Doutora em Odontologia - área de Saúde Coletiva pela Instituição: FOP/UNICAMP

Endereço: Rua Barão de Itapary, n.º 155. Bairro: Centro. São Luís – MA, Brasil E-mail: alinetonello@hotmail.com

Maria dos Remédios Freitas Carvalho Branco

Doutora em Medicina Tropical e Saúde Internacional

Instituição: Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo Endereço: Praça Madre Deus, n.º 2. Bairro: Madre Deus. São Luís – MA, Brasil

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 3,p.16327- 16341 mar.. 2020. ISSN 2525-8761

RESUMO

O objetivo da presente pesquisa foi analisar a mortalidade em idosos no estado do Maranhão. Estudo ecológico de óbitos de pessoas com 60 anos ou mais no estado do Maranhão durante os anos de 2000, 2010 e 2015 a partir do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do DATASUS. Foram calculadas a taxa de mortalidade e a mortalidade proporcional no período. As análises foram realizadas segundo as características sociodemográficas e grandes causas de óbito de acordo com a 10ª revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10). Foram confeccionados mapas dos anos de 2000, 2010 e 2015 para análise da mortalidade proporcional por causas mal definidas nos municípios do Maranhão. No período estudado, houve aumento da taxa de mortalidade de idosos em ambos os sexos e faixa etária. A proporção de óbitos foi maior no sexo masculino e em idosos longevos. As causas mal definidas de óbito diminuíram de 46,3% para 5,8% no período estudado. Houve mudança nas grandes causas de óbito segundo a faixa etária: doenças circulatórias, neoplasias e doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas foram as principais causas nas faixas de 60 a 69 e de 70 a 79 anos enquanto doenças circulatórias, doenças respiratórias e neoplasias em 80 anos ou mais. Os óbitos por causas mal definidas apresentaram maior declínio no período, alcançando níveis considerados ótimos para qualidade dos dados de estatísticas de mortalidade.

Palavras-Chave: Idoso; Idoso de 80 Anos ou mais; Mortalidade; Estatísticas Vitais;

Epidemiologia Descritiva

ABSTRACT

The aim of this research was to evaluate the progression of mortality in the elderly population of the state of Maranhão, for defined and poorly defined causes of death, analyzing the temporal distribution of mortality by age groups and sex between 2000 and 2015. Ecological study with data obtained from the Mortality Information System (SIM) and evaluated by proportional mortality and mortality rate. The data was grouped by sex, age group, basic cause of death, and year of occurrence. An increase in mortality rate for the elderly was observed in both sexes and age groups, with a higher increase in the group aged 80 or older. The proportion of deaths among males was greater than for women elders. Ill-defined causes of death had a significant decline, from 46.3% to 5.8%. There was a shift in the major causes of death, with differences between age groups. The most recent data shows that major causes for the elderly mortality in the age groups of 60 to 69 years and 70 to 79 years are circulatory diseases; neoplasms and endocrine, nutritional and metabolic diseases. Although for the group of 80 year or older are circulatory diseases, respiratory diseases and neoplasms. Among the causes of mortality analyzed by this study, deaths due to ill-defined causes were the ones that showed the greatest decrease in the period assessed, reaching levels considered optimal for quality of mortality statistics data. It was evidenced that the improvement occurred mainly due to the reduction of deaths without medical assistance, reflecting the improvement of medical care in the state for the elderly population in recent years.

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1 INTRODUÇÃO

O aumento da população idosa é fenômeno mundial1. Em 2006, >60 anos representavam 11% da população mundial e em 2050 constituirão 22%2. Em 2050, o Brasil será o sexto país em número de pessoas >60 anos3. No país a expectativa de vida passou de

69,8 anos em 2000 para 75,8 anos em 20164. O aumento da expectativa de vida se deve às

ações de saúde pública, às melhorias das condições de saúde da população e à diminuição da incidência das doenças infecciosas3,5. A carga de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT)

representa 25% das mortes prematuras, sendo a principal causa de morte de idosos6. Silva et al., 20187 encontraram 81,7% de comorbidades cardiovasculares em idosos longevos internados em unidade de terapia intensiva. As taxas de mortalidade por asma no Brasil de 1980 a 2012 aumentaram entre idosos ≥75 anos8. A ocorrência de DCNT não é intrínseca ao envelhecimento; as principais DCNT são evitáveis6,9.

O planejamento das ações em saúde se baseia nos indicadores de saúde que servem para analisar a saúde da população e para avaliar a eficácia da ação dos programas individuais e o desempenho do sistema de saúde. Um dos indicadores é a mortalidade, cujo documento básico de registro é a declaração de óbito (DO). No Brasil, a DO é padronizada e registrada no Sistema de informação de Mortalidade (SIM)10. As medidas de mortalidade são os indicadores de condição de saúde mais utilizados mundialmente11.

A causa de morte na DO é baseada na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde – 10ª Revisão (CID-10). Sabe-se que 10% de óbitos por causa mal definidas na população já compromete a qualidade dos dados e >20% demonstra baixa qualidade12. No Brasil a proporção de óbitos por causas mal definidas em

idosos caiu de 18,2% em 1996 para 11,9% em 2005. No Maranhão a proporção de óbitos de idosos por causas mal definidas era >40% em 2000 e em 2005 <30%11.

Há vários estudos sobre evolução temporal da mortalidade do idoso brasileiro11,13,14,15,16, contudo carece-se de estudos relativos aos idosos nordestinos16. Este trabalho analisa as causas de mortalidade em idosos no Maranhão.

2 METODOLOGIA

Estudo ecológico nos anos 2000, 2010 e 2015. A população estudada corresponde aos óbitos de idosos (60 anos ou mais) residentes no estado do Maranhão. Localizado na região nordeste do Brasil, o Maranhão está dividido politicamente em 217 municípios e possui uma extensão de 331.936,948 m2. Segundo dados do último Censo Demográfico (2010) a

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 3,p.16327- 16341 mar.. 2020. ISSN 2525-8761 população residente no estado é de 6.574.789 habitantes, dos quais 494.830 são idosos o que corresponde a 7,5% da população17.

As variáveis utilizadas para caracterizar a população foram: faixa etária, sexo, cor, estado civil e local de ocorrência do óbito. Foram calculadas as taxa de mortalidade (por 10.000 habitantes) e a mortalidade proporcional para os anos de 2000, 2010 e 2015, segundo características sociodemográficas e causas básicas do óbito.

Os dados dos óbitos e sociodemográficos foram obtidas no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), disponibilizados no sítio do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) do Ministério da Saúde (www.datasus.gov.br).

Os dados populacionais foram obtidos nos resultados do Censo Demográfico de 2000 e 2010 e da estimativa populacional do ano de 2015 (último ano com dados disponíveis), obtidos no sítio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados sobre as causas de mortalidade foram obtidos segundo os capítulos da 10ª Revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10). Excluiu-se os capítulos XIX (Lesões, envenenamentos e algumas outras consequências de causas externas) e XXI (Fatores que influenciam o estado de saúde e o contato com serviços de saúde) pois são utilizados exclusivamente para classificação de dados sobre morbidade. Inclui-se o Capítulo XVIII (Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte - códigos R00-R99) relativos às causas de óbitos mal definidas, uma vez que esses dados indicam a qualidade de preenchimento da DO e do SIM. Dentre as causas de óbitos mal definidas, analisou-se especificamente a proporção de óbitos sem assistência médica (código R98), pois refletem problemas de acesso aos serviços de saúde.

Foram confeccionados gráficos para a análise da mortalidade proporcional em idosos por grupos de causas da CID-10 nos anos 2000, 2010 e 2015.

A confecção de histograma permitiu a análise dos óbitos sem assistência médica no total das causas mal definidas no período de 2000 até 2015 .

A distribuição espacial da proporção dos óbitos por causas mal definidas nos municípios do Maranhão foi realizada em três pontos do tempo (anos 2000, 2010 e 2015) por meio da confecção de mapas.

Os dados foram estruturados em planilhas eletrônicas e processadas com as ferramentas contidas no pacote tidyverse (versão 1.2.1)18 implementados na linguagem de programação R (versão 3.4.1)19. Todas as figuras foram geradas utilizando a metodologia do

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grammar of graphics20 e implementadas no pacote ggplot221. Os mapas foram construídos a

partir dos arquivos do tipo shapefiles contidos nas bases cartográficas e geodésicas do IBGE (www.ibge.gov.br).

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

No Maranhão de 2000 a 2015 houve aumento da taxa de mortalidade para os idosos de ambos os sexos e nas três faixas etárias, com aumento maior na faixa etária de 80 anos ou mais e para os homens. Evidenciou-se maior proporção de óbitos nos idosos de cor/raça parda (42,92% em 2000), aumentando para acima de 60% nos anos seguintes. Houve maior proporção de óbitos entre casados, seguidos dos viúvos e solteiros. Em 2000, a maior proporção de óbitos ocorreu no domicílio (52%), enquanto em 2010 (52%) e em 2015 (54%), em hospitais (Tabela 1).

Tabela 1 Número e percentual de óbitos e Taxa de mortalidade segundo as características sociodemográficas dos idosos. Maranhão, 2000, 2010 e 2015.

Características sociodemográficas 2000 2010 2015 N % Tx N % Tx N % Tx Idosos 7.598 47,36 18,71 13.893 53,24 24,43 19.323 57,39 33,67 Faixa etária 60-69 2.420 31,85 6,02 3.789 27,27 7,66 4.916 25,44 8,57 70-79 2.611 34,36 6,50 4.790 34,48 9,68 6.254 32,37 10,90 ≥80 2.567 33,79 6,39 5.314 38,25 10,74 8.153 42,19 14,21 Sexo Masculino 4.235 55,74 10,54 7.722 55,58 15,61 10.397 53,81 18,12 Feminino 3.361 44,24 8,36 6.170 44,41 12,47 8.922 46,17 15,55 Cor/Raça Branca 1.964 25,85 4,89 3.210 23,11 6,49 4.661 24,12 8,12 Preta 923 12,15 2,30 1.575 11,34 3,18 2.109 10,91 3,68 Amarela 80 1,05 0,20 79 0,57 0,16 83 0,43 0,14 Parda 3.261 42,92 8,11 8.500 61,18 17,18 11.903 61,60 20,74 Indígena 42 0,55 0,10 50 0,36 0,10 55 0,28 0,10 Não disponível 1.328 17,48 3,30 479 3,45 0,97 512 2,65 0,89

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 3,p.16327- 16341 mar.. 2020. ISSN 2525-8761 Estado Civil Solteiro 1.905 25,07 4,74 3.253 23,41 6,57 3.425 17,72 5,97 Casado 3.434 45,20 8,54 6.336 45,61 12,80 7.669 39,69 13,37 Viúvo 1.628 21,43 4,05 3.456 24,88 6,98 5.415 28,02 9,44 Separado 49 0,64 0,12 192 1,38 0,39 381 1,97 0,66 Local de ocorrência Hospital 3.317 43,66 8,25 7.310 52,62 14,77 10.497 54,32 18,29 Outro serviço de saúde 12 0,16 0,03 43 0,31 0,09 839 4,34 1,46 Domicílio 4.080 53,70 10,15 6.139 44,19 12,41 7.467 38,64 13,01 Via pública 92 1,21 0,23 246 1,77 0,50 249 1,29 0,43 Outros 56 0,74 0,14 146 1,05 0,30 260 1,35 0,45

Fonte: Ministério da Saúde, Sistema de Informações sobre Mortalidade do Sistema Único de Saúde (SIM-SUS)

Os óbitos por causas mal definidas apresentaram maior declínio no período, alcançando níveis considerados ótimos para qualidade dos dados de estatísticas de mortalidade. Houve redução na taxa de mortalidade por causas mal definidas para ambos os sexos nas três faixas etárias. Para as doenças circulatórias e doenças respiratórias, houve aumento acentuado das taxas de mortalidade com o avançar da idade e em ambos os sexos, nos três anos analisados, sendo mais elevado para o sexo masculino e para a faixa etária de 80 anos ou mais (Tabelas 2 e 3).

Tabela 2 Número e percentual de óbitos e taxa de mortalidade por causas em idosos (capítulos do CID-10) segundo faixas etárias. Maranhão, 2000, 2010 e 2015.

Causas

(Capítulos CID-10)

60-69 70-79 ≥80

N % Tx N % Tx N % Tx

2000

Causas mal definidas 965 39,88 42,86 1.121 42,93 95,75 1.453 56,60 243,56 Doenças do aparelho circulatório 652 26,94 28,96 724 27,73 61,84 643 25,05 107,78 Neoplasias (tumores) 256 10,58 11,37 201 7,70 17,17 75 2,92 12,57 Doenças endócrinas/ nutricionais/metabóli cas 154 6,36 6,84 152 5,82 12,98 80 3,12 13,41 Doenças do aparelho respiratório 96 3,97 4,26 156 5,97 13,32 133 5,18 22,29

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 3,p.16327- 16341 mar.. 2020. ISSN 2525-8761 Demais causas 297 12,27 12,90 257 9,85 21,61 183 7,13 32,23 Total 2.420 100,00 105,12 2.611 100,00 219,53 2.567 100,00 452,09 2010 Doenças do aparelho circulatório 1.510 39,85 55,21 2.151 44,91 140,15 2.536 47,72 373,9 Neoplasias (tumores) 623 16,44 22,78 680 14,2 44,3 466 8,77 68,71 Doenças endócrinas/ nutricionais/metab ólicas 461 12,17 16,85 606 12,65 39,48 525 9,88 77,41 Causas mal definidas 228 6,02 8,34 300 6,26 19,55 577 10,86 85,07 Doenças do aparelho respiratório 219 5,78 8,01 330 6,89 21,5 533 10,03 78,58 Demais causas 748 19,74 24,17 723 15,09 40,71 677 12,74 82,92 Total 3.789 100,00 122,45 4.790 100,00 269,71 5.314 100,00 650,84 2015 Doenças do aparelho circulatório 1.782 36,25 55,66 2.647 42,32 153,00 3.778 46,34 468,48 Neoplasias (tumores) 912 18,55 28,49 883 14,12 51,04 685 8,40 84,94 Doenças endócrinas/ nutricionais/metab ólicas 578 11,76 18,05 781 12,49 45,14 756 9,27 93,75 Doenças do aparelho respiratório 395 8,03 12,34 633 10,12 36,59 1.076 13,20 133,43 Causas mal definidas 230 4,68 7,18 295 4,72 17,05 611 7,49 75,77 Demais causas 1.019 20,73 31,83 1.015 16,23 58,67 1.247 15,30 154,63 Total 4.916 100,00 153,55 6.254 100,00 361,49 8.153 100,00 1.011,0 0 Fonte: Ministério da Saúde, Sistema de Informações sobre Mortalidade do Sistema Único de Saúde

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 3,p.16327- 16341 mar.. 2020. ISSN 2525-8761

Tabela 3 Taxa de mortalidade por causas em idosos segundo sexo e faixas etárias. Maranhão, 2000, 2010 e 2015.

Causas (Capítulos CID-10) Homens Mulheres

2000 2010 2015 2000 2010 2015 Causas mal definidas

60-69 52,37 8,67 9,21 31,80 6,13 5,35

70-79 118,21 21,36 22,96 70,96 12,73 12,40

≥80 302,52 84,76 89,68 218,37 59,24 66,56

Doenças do aparelho circulatório

60-69 33,30 59,67 67,02 23,34 38,41 45,33 70-79 67,72 145,69 197,03 54,21 98,23 118,21 ≥80 123,22 343,94 579,2 105,21 283,54 395,01 Neoplasias (tumores) 60-69 11,83 22,96 32,10 10,43 17,44 25,22 70-79 19,79 46,58 66,38 14,09 30,57 38,95 ≥80 16,19 76,55 127,99 10,81 41,27 56,46

Doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas

60-69 5,03 14,22 16,90 8,29 15,54 19,09

70-79 10,75 34,32 49,32 14,76 33,94 41,85

≥80 13,82 59,60 103,38 14,30 68,11 87,16

Doenças do aparelho respiratório

60-69 5,03 8,86 14,80 3,33 5,37 10,11

70-79 16,72 23,11 44,21 9,62 14,36 30,59

≥80 22,12 70,81 157,88 24,48 60,79 117,25

Doenças do aparelho digestivo

60-69 4,95 10,98 12,96 3,42 5,50 6,84 70-79 8,02 17,39 28,60 5,31 9,68 13,23 ≥80 13,82 24,06 56,67 10,49 20,19 31,32 Causas externas 60-69 4,77 12,04 13,94 1,37 1,64 2,44 70-79 5,97 11,67 16,40 2,16 4,13 5,48 ≥80 4,74 15,58 22,42 5,72 11,09 21,02

Doenças infecciosas e parasitárias

60-69 3,00 5,82 7,70 2,14 2,72 4,04

70-79 6,31 9,69 13,9 4,64 6,20 7,75

≥80 8,69 19,69 40,79 6,04 14,20 18,75

Doenças do aparelho geniturinário

60-69 1,68 3,37 5,20 1,45 1,39 3,21

70-79 3,24 5,84 14,04 2,98 4,13 6,61

80+ 9,08 17,5 38,93 2,54 8,65 17,31

Fonte: Ministério da Saúde, Sistema de Informações sobre Mortalidade do Sistema Único de Saúde (SIM-SUS)

Em 2000 a mortalidade proporcional de idosos por causas mal definidas representava a principal causa de morte, com queda a partir de 2005, quando os óbitos por doenças circulatórias se tornaram a principal causa (Figura 1A). A figura 1B demonstra a tendência temporal da proporção de óbitos por morte sem assistência médica dentre as causas mal

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 3,p.16327- 16341 mar.. 2020. ISSN 2525-8761 definidas, com redução significativa a partir de 2005. Ao analisarmos a proporção de óbitos por causas mal definidas por município do estado, comparativamente nos três anos, percebe-se redução.

Figura 1 (A). Mortalidade proporcional de idosos segundo causas (capítulos do CID-10). Maranhão, 2000 a 2015. (B) Proporção de óbitos em idoso sem assistência médica no total de causas mal definidas. Maranhão,

2000 a 2015.

Fonte: Ministério da Sáude, Sistema de informações sobre Mortalidade do Sistema Único de Saúde (SIM-SUS)

Entretanto, vários municípios mantêm elevada proporção de óbitos por causas mal definidas ou ausência de informação (Figura 2).

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 3,p.16327- 16341 mar.. 2020. ISSN 2525-8761

Figura 2. Proporção de óbitos por causa3s mal definidas em idosos por município. Maranhão, 2000, 2010, 2015

Fonte: Ministério da Sáude, Sistema de informações sobre Mortalidade do Sistema Único de Saúde (SIM-SUS)

Com a redução dos óbitos por causas mal definidas houve incremento proporcional das demais causas, ressaltando-se que em 2000, as doenças do aparelho circulatório representavam a segunda causa de morte nas três faixas etárias; as neoplasias a terceira causa para os idosos de 60 a 69 anos e de 70 a 79 anos, ao passo que, nos longevos ocupava a quinta posição, enquanto as doenças do aparelho respiratório representavam a terceira causa. Em 2010 e em 2015, as doenças do aparelho circulatórios representavam a principal causa de óbito nas três faixas etárias. Entretanto, a taxa de óbitos por causas mal definidas ainda representava a segunda causa na faixa etária de 80 anos ou mais em 2010 e a quinta em 2015 (Tabela 3).

A maior proporção de óbitos em idosos com 80 anos ou mais está de acordo com diversos estudos14, 15, 22, 23, 24. Em ambos os sexos as taxas de mortalidade aumentaram

gradativamente nos anos de 2000, 2010 e 2015, porém sempre maior para o sexo masculino. Esta variação reflete a diferença de 7,2 anos da expectativa de vida entre os sexos no estado do Maranhão e no país como um todo e corrobora com a feminilização do envelhecimento4..

O aumento da taxa de mortalidade entre casados, seguidos dos viúvos e solteiros, corrobora com um estudo na cidade de Recife16.

Para as doenças circulatórias e doenças respiratórias, houve aumento acentuado das taxas com o aumento da idade e em ambos os sexos, nos três anos analisados, sendo mais elevado para o sexo masculino e com expressivo aumento na faixa de 80 anos ou mais. Estudo realizado no Acre apresentou resultados similares, demonstrando tendência de aumento da

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 3,p.16327- 16341 mar.. 2020. ISSN 2525-8761 mortalidade por doenças do aparelho circulatório de 1980 a 201225. Porém, pesquisa realizada no Distrito Federal observou redução do coeficiente de mortalidade por doenças respiratórias, principalmente naqueles com 80 anos ou mais26.

As altas taxas de óbitos por causas mal definidas eram a principal causa de morte em idosos em 2000, declinando a partir de 2005, cujos óbitos por doenças circulatórias tornaram-se a principal causa, igualando-tornaram-se a estudos nacionais14, 15, 22, 23, 25,27,28,29.

Alguns estudos correlacionam a diminuição de mortes por condições sensíveis à atenção primária como insuficiência cardíaca, doenças cerebrovasculares, diabetes mellitus, entre outras, a melhoria do acesso e a maior cobertura da população por equipes de Estratégia Saúde da Família que proporciona redução e controle dos fatores de risco como hipertensão, dislipidemia, diabetes30, 31 . Contudo, o estado do Maranhão apresenta o menor número de médicos por habitante do país, 0,71 médicos/1000 habitantes em 201331. A redução pode estar associada, também, a mudanças comportamentais como tabagismo e sedentarismo6,28, 30,31. Assim, são necessários mais estudos para avaliar como os determinantes sociais de saúde e o acesso aos serviços de saúde tem contribuído para explicar as causas de mortalidade de idosos32.

Um estudo demonstrou que no ano de 2003 o estado do Maranhão apresentava a mais alta proporção de mortes sem assistência do país e que no Brasil 53,3% dos óbitos por causas mal definidas foram constituídos por morte sem assistência médica33. No ano de 2000, o Maranhão apresentava taxas de mortalidade por causas mal definidas mais altas que as médias do país. Porém no último ano analisado neste estudo (2015), os óbitos por causas mal definidas representaram menos de 10% nas três faixas etárias de idosos e menos de 6% do total, alcançando níveis considerados ideais nas estatísticas de mortalidade12. Houve redução de

mortes sem assistência médica nos últimos anos, indicando não só melhoria na assistência médica a essa população, mas na redução das causas mal definidas.

Embora tenha havido melhoria no estado, vários municípios persistem com elevada proporção de óbitos por causas mal definidas e sem informação ao longo do tempo. Essa melhoria pode ter ocorrido de forma polarizada em municípios mais populosos e com melhor estrutura dos serviços de saúde, corroborando com estudo de Costa et al., 201934 que relatou maior detecção de tuberculose nos municípios do Maranhão com melhor estrutura de atenção básica.

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4 CONCLUSÕES

No Maranhão, no período de 2000 a 2015 houve um aumento da taxa de mortalidade para os idosos em ambos os sexos e faixas etárias, com aumento maior na faixa etária de 80 anos ou mais e no sexo masculino. No último ano analisado (2015), as principais causas de morte dos idosos maranhenses foram as doenças circulatórias, neoplasias e doenças metabólicas, seguidas de doenças respiratórias. No entanto, com variação dessas causas nas três faixas etárias e sexo.

A maior queda de óbitos no período analisado foi por causas mal definidas. Essa queda ocorreu concomitantemente à redução de mortes sem assistência médica. Destaca-se a persistência de vários municípios sem informação e com elevadas proporções de óbitos por causas mal definidas em idosos no estado do Maranhão.

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Tabela 1 Número e percentual de óbitos e Taxa de mortalidade segundo as características sociodemográficas  dos idosos
Tabela 2 Número e percentual de óbitos e taxa de mortalidade por causas em idosos (capítulos do CID-10)  segundo faixas etárias
Tabela 3 Taxa de mortalidade por causas em idosos segundo sexo e faixas etárias. Maranhão, 2000, 2010 e 2015
Figura 1 (A). Mortalidade proporcional de idosos segundo causas (capítulos do CID-10)
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