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Caracterização do conhecimento das gestantes sobre as possíveis complicações relacionadas ao início do pré-natal tardio / Characterization of pregnant women's knowledge about the possible complications related to late prenatal starting

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p.59458- 59468 aug. 2020. ISSN 2525-8761

Caracterização do conhecimento das gestantes sobre as possíveis complicações

relacionadas ao início do pré-natal tardio

Characterization of pregnant women's knowledge about the possible

complications related to late prenatal starting

DOI:10.34117/bjdv6n8-386

Recebimento dos originais:08/07/2020 Aceitação para publicação:20/ 08/2020

Kéury Nascimento Ribeiro

Especialista em obstetrícia, Ginecologia e Saúde da mulher Enfermeira da prefeitura do Município de Araguatins -TO Setor de Vigilância Epidemiológica do Município de Araguatins -To

Endereço: Rua Getúlio Vargas N° 918 centro Araguatins-TO E-mail:keure.ribeiropa@hotmail.com

Dannicia Silva Conceição

Especialista em saúde publica e obstetrícia Endereço: rua castelo branco n° 760 Araguatins-TO

E-mail:dani-enfermeira@hotmail.com

Ana Maria da Costa Teixeira Carneiro

Doutora Docente da Universidade Estadual do Tocantins -UNITINS Endereço:Rua Pedro Ludovico n°555 bairro boa vista Augustinópolis-TO

E-mail:ana.leka@hotmail.com

Júlia Gabriela Alves de Alencar Almeida

Especialista em obstetrícia, Ginecologia e Saúde da mulher Enfermeira do Hospital Regional de Altamira – Pará

Endereço: Rua Pedro Ludovico n°555 bairro boa vista Augustinópolis-TO E-mail:juliaalencarenf@hotmail.com

Alice dos Santos Silva Alcântara

Especialista em obstetrícia, Ginecologia e Saúde da mulher Gerente da divisão de Unidade Básica de Saúde

Endereço: Rua Antõnio Mauro do Nascimento n° 05 bairro bela vista Augustinópolis-TO E-mail:enfalicests@gmail.com

Vanessa Silva Souza Viana

Especialista em obstetrícia, Ginecologia e Saúde da mulher Enfermeira da prefeitura do Município de Augustinópolis-TO Setor de Vigilância Epidemiológica do Município de augustinópolis- to

Endereço: Rua José carlos uchoa de oliveira S/N Augustinópolis-TO E-mail:vanessaalvees15@gmail.com

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Gismailly da Silva Soares

enfermeiro do Hospital Regional de Augustinópolis –TO Endereço: Rua amazonas S/N centro Augustinópolis-TO

E-mail:gismaillysilva@gmail.com

Maikon Chaves de Oliveira

Mestre Docente da Universidade Estadual do Tocantins -UNITINS Endereço: Rua Pedro Ludovico n°555 bairro boa vista Augustinópolis-TO

E-mail:maikonchaves@hotmail.com

RESUMO

A cobertura e o acompanhamento do pré-natal consistem em um dos principais indicadores do pacto da Atenção Básica viabilizada pelo Sistema Único de Saúde. O acompanhamento e a assistência às gestantes são atividades realizadas há muito tempo na saúde pública do país. Nesse âmbito, é imprescindível uma assistência qualificada desde o início da gestação, fazendo a captação ainda no primeiro trimestre, com o objetivo de promover a saúde e fazer a identificação de forma precoce quanto aos problemas que podem comprometer a vida da mãe e do concepto. O objeto de estudo foram todas as gestantes cadastradas nas Unidades Básicas de Saúde da área urbana, que iniciaram tardiamente o pré-natal no período do segundo e terceiro trimestre gestacional no município de Augustinópolis - TO. A coleta de dados ocorreu após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, com o número do parecer 3.176.670 no dia 28/02/2019 onde contou-se com a participação de 19 gestantes. Esta pesquisa objetivou identificar o conhecimento das gestantes sobre as possíveis complicações relacionadas ao início tardio do pré-natal no município de Augustinópolis, Tocantins. Trata-se de uma pesquisa de natureza descritiva que segue uma abordagem quantitativa. Constatou-se na pesquisa que 57,9% das gestantes relataram que tráz complicações começar tardiamente o pré-natal, 94,7 receberam orientações sobre as consultas subsequentes, 78,9% têm conhecimento sobre a importância do pré-natal, 94,7% relataram não ter nenhum fator que dificulta participar das ações de acompanhamento do pré-natal, 78,9% começaram as consultas de forma espontânea e 57,9% sabem o número mínimo de consultas preconizadas pelo Ministério da Saúde.

Palavras-Chave: Pré-natal,Adesão, Gestação.

ABSTRACT

Prenatal care coverage and monitoring is one of the main indicators of the Basic Care pact made possible by the Single Health System. The monitoring and assistance to pregnant women are activities that have been performed for a long time in the public health of the country. In this area, it is essential to provide qualified assistance from the beginning of pregnancy, with the aim of promoting health and early identification of problems that may compromise the life of the mother and the concept. The object of the study was all pregnant women registered in the Basic Health Units of the urban area, who started the prenatal period late in the second and third trimester in the city of Augustinópolis - TO. The data collection occurred after the approval of the Research Ethics Committee, with the number of the opinion 3,176,670 on February 28, 2009, in which 19 pregnant women participated. This research aimed to identify the knowledge of pregnant women about the possible complications related to the late onset of prenatal care in the city of Augustinópolis, Tocantins. It is a descriptive research that follows a quantitative approach. The survey found that 57.9% of pregnant women reported that they had complications starting late in the prenatal period, 94.7 received guidance on subsequent consultations, 78.9% were aware of the importance of

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prenatal care, 94.7% reported that they did not have any factors that made it difficult to participate in prenatal care, 78.9% began consultations spontaneously, and 57.9% knew the minimum number of consultations recommended by the Ministry of Health.

Keywords: Prenatal, Adherence, Pregnancy.

1 INTRODUÇÃO

A gravidez é uma condição importante e essencial para a sobrevivência humana, onde representa a continuação das gerações, ou seja, a formação de um novo ser. Essa fase na vida da mulher, que se estende do momento da fixação do concepto, perdurando cerca de 40 semanas e finalizando no momento do parto, é um período na fase da gestante em que ocorrem diversas alterações no que tange o estilo de vida, mudança com o cônjuge e de todo o meio familiar, ainda assim ressaltando que é um momento de preparação física e psicológica, aguardando a vinda de um novo ser (COUTINHO et al., 2014).

O pré-natal deve ser conceituado como um acompanhamento que envolva toda a equipe multidisciplinar, objetivando a integridade da assistência e de melhores condições para o binômio mãe e feto, cuja avaliação dos resultados é observada a longo prazo. O acompanhamento da gestação deve ter início de forma breve, fazendo com que os alcances preventivos sejam maiores e que seja evitado afecções que comprometa ambos. Além disso, através das consultas que ocorrem durante a gestação há o preparo psicológico a gestante, assim como orientações sobre o parto, higiene e sobre o tratamento em relação a alguns agravos (TORREZAN 2013).

Conforme o autor supracitado, o acompanhamento do pré-natal deve ser conceituado como um acompanhamento que envolva toda a equipe multidisciplinar, objetivando a integridade da assistência e de melhores condições para o binômio mãe e feto, cuja avaliação dos resultados é observada a longo prazo. O acompanhamento da gestação deve ter início de forma breve, fazendo com que os alcances preventivos sejam maiores e com que seja evitado afecções que comprometa ambos. Além disso, através das consultas que ocorrem durante a gestação há o preparo psicológico a gestante, assim como orientações sobre o parto, higiene e sobre o tratamento em relação a alguns agravos.

Perante esse panorama, segundo Souza, Roecker e Marcon (2014) espera-se que as intervenções de educação em saúde durante o período do pré-natal, sirvam para contribuir de forma significativa para as gestantes principalmente quanto ao ganho de conhecimento para a fase em que se encontra, e que o profissional enfermeiro oriente estas, a buscar pela unidade de saúde e consequentemente através da busca sejam orientadas sobre a importância da adesão ao pré-natal o

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quanto antes, pois o mesmo, pode atender todas as intercorrências e alterações ocorridas no período da gestacional, proporcionando para à mulher o conforto e enfrentamento das mesmas.

2 METODOLOGIA

A pesquisa foi desenvolvida com natureza descritiva e abordagem quantitativa, através de pesquisa de campo.

A abordagem quantitativa considera que tudo pode ser quantificável, o que significa que todas as informações e opiniões serão traduzidas em números para que posteriormente passem a ser classificadas e analisadas, onde foram utilizados recursos e técnicas estatísticas (PRODANOV; FREITAS, 2013).

O tipo de pesquisa descritiva exige do pesquisador uma série de informações acerca do que se deseja pesquisar. Além disso, esse tipo de estudo pretende relatar, descrever os fatos, características e fenômenos de determinada realidade e população. As pesquisas de cunho descritivo podem passar por críticas, porque relata fenômenos com exatidão, assim como os fatos existentes. Segundo o autor, em algumas situações pode não ocorrer uma investigação minuciosa das informações adquiridas, dessa forma gerando imprecisão na pesquisa (GERHARDT; SILVEIRA, 2009).

A pesquisa foi realizada na área urbana do município de Augustinópolis - TO, que está localizado na região do Bico do Papagaio, extremo Norte do Estado. A aplicação do questionário ocorreu nas Unidades de Saúde as quais as gestantes realizam as consultas de pré-natal.

A coleta de dados foi realizada no mês de Março a Abril de 2019, as garantias éticas que resguardam os participantes da pesquisa estão instituídas na Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) a pesquisa teve início mediante a aprovação com o parecer favorável de número 3.176.670 com data de aprovação 28/02/2019 do Comitê de Ética institucional (CEP).

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados serão apresentados por meio de literaturas relacionadas, onde os dados obtidos foram correlacionados a outros estudos, cujos temas identificaram-se.

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Tabela 1: Caracterização do conhecimento sobre o pré-natal das gestantes do Município de Augustinópolis - TO, entre o mês de Março a Abril de 2019.

N %

Começar pré-natal tardiamente traz complicações

Não 8 42,1

Sim 11 57,9

Orientações da equipe sobre pré-natal

Não 1 5,3

Sim 18 94,7

Conhecimento sobre a importância do Pré-natal

Não 4 21,1

Sim 15 78,9

Gestações anteriores teve pré-natal no início

Não 9 64,3

Sim 5 35,7

Fator que dificulta participar do pré-natal

Não 18 94,7

Sim 1 5,3

Quem agendou 1ª consulta

Demanda espontânea 15 78,9

Família 3 15,8

Vizinhos/amigos 1 5,3

Sabe quantas consultas são preconizadas

6 consultas 11 57,9

Não sabe 8 42,1

N = frequência absoluta; % = frequência relativa Fonte: Dados da pesquisa, Março e Abril de 2019.

Na análise da tabela 1, visa identificar o conhecimento das gestantes sobre a importância do início do pré-natal, questionando se iniciar tardiamente traz complicações para a saúde, e identificou que a maioria ressalta que sim (57,9%), as que relatam que não traz complicações, começar o tardiamente o pré-natal representa (42,1%).

Duarte e Mamede (2013) relatam que a atenção adequada pode evitar importantes desfechos negativos tanto para a mãe quanto para o RN, como complicações obstétricas, dificuldades no crescimento intrauterino, baixo peso após o nascimento e prematuridade, dessa forma contribuindo não somente para a diminuição da morbidade, mas também da mortalidade materna e infantil.

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Nos estudos de Rosa, Silveira e Costa (2014) relatam que a dificuldade e a não realização do pré-natal tem ocasionado diversos resultados negativos para o binômio mãe e bebê, como: sífilis congênita, morte neonatal, prematuridade dentre outros.

Com relação às orientações realizadas pela equipe de saúde sobre a continuação das consultas subsequentes de pré-natal, verificou-se na tabela 1, que a maioria das participantes da pesquisa relata que sim (94,7%), e as que relatam que não recebeu orientações pela equipe de saúde sobre o pré-natal representa (5,3%).

Segundo Souza, Roecker e Marcon (2014) espera-se cooperar para a melhoria na qualidade das ações educacionais prestadas pelos profissionais enfermeiros visando diretamente às gestantes nas unidades de saúde bem como nas visitas domiciliares, pois, pretende-se atender todas as necessidades das gestantes, e consequentemente verificar as intercorrências e alterações experimentadas durante a gestação beneficiando a mulher no alívio e enfrentamento dos problemas vivenciados pelas mesmas. Tendo em vista que é direito de toda gestante estarem cientes e informadas sobre os cuidados de saúde e participarem das decisões que influenciam suas vidas, sua saúde e os serviços comunitários.

Segundo Santos (2014) a gestante durante o período do pré-natal deve receber orientações quanto a necessidade de se realizar uma alimentação balanceada e saudável, e sobre a realização de atividades físicas que se tornam um fator essencial no que diz respeito a prevenção de patologias. Além disso, é fundamental a não ingestão de bebidas alcoólicas, assim como o uso de fumo e diferentes tipos de drogas.

Na tabela 1, é analisado quanto ao conhecimento das gestantes sobre a importância da realização do pré-natal, constou-se que a maioria tem consciência da importância representando (78,9%), as que afirmam não saber, representa (21,1%). É evidente que grande parte das gestantes sabem da importância de se realizar o pré-natal, onde é possível identificar diversas patologias e tratá-las, saber como está o desenvolvimento do feto, estado nutricional da gestante, entre outros.

Rosa, Silveira e Costa (2014) enfatizam que o cuidado no pré-natal visa promover a saúde materna e fetal, rastrear situações propensas a riscos e tratar as intercorrências de forma breve. Esse cuidado faz com que melhore os desfechos clínicos e psicológicos na gestação e na fase puerperal, reduzindo-se assim a morbimortalidade materno-infantil.

Faz-se necessário conhecer os profissionais e protocolos que fazem parte da atenção no pré-natal possibilitando identificar as ações realizadas verificando se há correspondências com que o Ministério da Saúde (MS) preconiza, dessa forma serão identificadas as fragilidades

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dos serviços na promoção da saúde materno e neonatal, para que possa haver melhorias na qualidade do serviço (MAMEDE, 2013).

No entanto na tabela 1, também é possível identificar se a gestante pesquisada realizou o pré-natal no início nas gestações anteriores, onde a grande parte das mesmas relata não ter realizado o pré-natal no seu início com percentual de (64,3%), (35,7%) as que relatam que sim que realizaram o pré-natal nas gestações anteriores logo no início.

É relevante ressaltar a importância de se realizar o pré-natal no início da gestação, onde é possível ser detectado diversas patologias, e as mesmas serem tratadas, no entanto percebe-se, uma cultura das gestantes pesquisadas em realizar somente de forma tardia o após o primeiro trimestre. Fato este agravante para complicações tanto da gestante como do RN.

Para Ministério da Saúde as principais vantagens das consultas realizadas durante o período do pré-natal é poder identificar as patologias que já permaneciam presentes no organismo da gestante, no entanto de forma silenciosa dentre elas a hipertensão arterial, diabetes, como também patologias cardíacas, anemias, sífilis, dentre outras. De modo que o diagnóstico no início do pré-natal possibilita que possam ser tomados medidas de tratamento que visam minimizar os danos causados pela doença durante a gestação, consequentemente menores prejuízos à saúde da mulher, não só durante a gestação, mas como também por toda sua vida (BRASIL, 2014).

Destaca-se que deve ser realizada uma verificação constante das medidas antropométricas da mãe, tendo em vista que a mesma não ganhe peso além do previsto, o que consequentemente pode ocasionar certos problemas, durante o período do pré-natal. É de extrema importância que a gestante faça a reposição de vitaminas, sendo que o ácido fólico, é uma das principais vitaminas que a gestante deve repor, pois a mesma é recomendada durante o período das primeiras semanas de gravidez, com a eficácia de ajudar a prevenção de malformações (SANTOS, 2014).

Quantos aos fatores que dificultam participar das consultas subsequentes do pré-natal, as gestantes abordam na tabela 4, que não existe fator que as impossibilita representando (94,7%), e (5,3%) das gestantes que afirmam apresentar fatores que dificulte a participação do pré-natal. Isso demonstra que as gestantes têm interesse em realizar as consultas subsequentes para promoção da saúde do binômio mãe e bebê.

Afirma Souza, Roecker e Marcon (2014) que as consultas realizadas durante o pré-natal sejam elas na unidade de saúde ou nas visitas domiciliares devem ser desenvolvidas com orientações que visem à educação em saúde, a fim de possibilitar o preparo da mulher para

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viver a gestação e o parto de forma positiva, integradora, enriquecedora e feliz. Neste momento, entende-se que o processo educativo é fundamental não só para a aquisição de conhecimento sobre o processo de gestar e parir, mas também para o seu fortalecimento como ser e cidadã.

A tabela 1, visa identificar quem realizou o agendamento da 1ª consulta do pré-natal, sendo que a maior variável representa a demanda espontânea nas unidades de saúde (78,9%), logo em seguida a família (15,8%), posteriormente os vizinhos/amigos (5,3%).

Fica claro que através da análise da tabela 1, com relação a quem realizou o agendamento da 1ª consulta do pré-natal, a maior variável representa a demanda espontânea nas unidades de saúde, percebendo que as unidades estão realizando a assistência.

Silva, Andrade e Bosi (2014) apontam que o acolhimento no pré-natal implica em acolher a gestante na unidade de saúde, responsabilizando-se por ela, ouvindo suas dúvidas, queixas, permitindo que expresse suas angústias, queixas, articulando-se com os outros serviços de saúde garantindo a continuação da assistência. O diálogo com linguagem satisfatória e a sensibilidade dos profissionais que acompanham todo o pré-natal são condições mínimas para que à atenção em saúde se volte à mulher, fazendo a mesma ser protagonista no processo de gestação e parto.

Quanto ao conhecimento das gestantes sobre a quantidade de consultas que são preconizadas pelo Ministério da Saúde, evidenciou-se que a maioria das gestantes afirmam ser 6 consultas (57,9%), as que não sabem representa (42,1%). Percebe-se que as gestantes pesquisadas possuem conhecimento do quantitativo de consultas que devem ser realizadas durante o período do pré-natal, onde há predomínio da maioria das gestantes participantes da pesquisa.

O Ministério da Saúde preconiza o número mínimo de seis consultas em uma gestação considerada a termo, levando em consideração o início do pré-natal no primeiro trimestre e com realização de procedimentos básicos para este momento na vida da gestante, exames estes clínicos-obstétricos, laboratoriais dentre outros (NUNES et al., 2016).

Diante disto, o pré-natal se torna importantíssimo durante o processo da gestação, sendo distinto como um período onde ocorrem alterações físicas e emocionais que necessitam o acompanhamento pré-natal, com a preferência do amparo à mulher, tendo em vista que a gestante necessita de apoio e respostas aos anseios vivenciados durante esse período, onde ocorrem confusões emocionais, angústias, fantasias ou, simplesmente, à curiosidade de saber sobre o que acontece com o seu corpo (SOUZA; ROECKER; MARCON, 2014).

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4 CONCLUSÃO

As diversas variáveis elencadas quanto ao conhecimento das gestantes sobre às possíveis complicações relacionadas ao início do pré-natal tardio, foram analisadas com o intuito de explicar e identificar quais são os principais motivos que as impossibilitaram de aderir de forma precoce, verificando que elas receberam orientações da equipe de enfermagem sobre às complicações que podem estar sujeitas caso não iniciem o pré-natal no primeiro trimestre, verificando que ainda assim às gestantes iniciam ás consultas de forma tardia, dessa forma não aderindo às recomendações propostas pelo Ministério da Saúde.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente ao meu Deus, por iluminar meus pensamentos, guiar meus caminhos, e fazer com que eu chegasse até este momento sublime em minha vida, reconhecendo que o Senhor é o maior mestre em todas as situações.

Sou eternamente grata por todo apoio, incentivo e dedicação que minha mãe Wanderléia Gomes Nascimento atribuiu para comigo durante esta jornada na Universidade, és minha grande heroína, a razão pela qual busco repassar o meu melhor como ser humano e profissional.

Agradeço à minha irmã Déborah Evellyn Gomes Nascimento, por estar comigo ajudando e sendo alicerce para a concretização do meu sonho. Externo esse sentimento de gratidão a todos os meus familiares, amigos, docentes e às participantes da pesquisa que disponibilizaram do seu tempo para agregar neste trabalho científico.

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REFERÊNCIAS

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DUARTE, Sebastião Junior Henrique; MAMEDE, Marli Villela. AÇÕES DO PRÉ-NATAL REALIZADAS PELA EQUIPE DE ENFERMAGEM NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE, CUIABÁ. Ciencia y Enfermería, [s.l.], v. 19, n. 1, p.117-129, 2013. SciELO Comision Nacional de Investigacion Cientifica Y Tecnologica (CONICYT). Disponível em: <http://dx.doi.org/10.4067/s0717-95532013000100011>. Acesso em: 23 de maio 2019

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Tabela 1: Caracterização do conhecimento sobre o pré-natal das gestantes do Município de Augustinópolis - TO, entre  o mês de Março a Abril de 2019

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