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O PAPEL DO PROFESSOR E OS DESAFIOS NO CONTEXTO DA CIBERCULTURA

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Academic year: 2020

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Nº 4, volume 11, artigo nº 9, Outubro/Dezembro 2016 D.O.I: http://dx.doi.org/10.6020/1679-9844/v11n4a9

ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 149 de 194

O PAPEL DO PROFESSOR E OS DESAFIOS NO CONTEXTO DA

CIBERCULTURA

THE TEACHER'S ROLE AND CHALLENGES IN THE CONTEXT OF

CIBERCULTURA

Isabel Cristina Pereira Auler1, George França dos Santos2, Soely Kunz Cericatto 3

¹Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE – Universidade Federal do Tocantins-UFT, Palmas-TO, Brasil, e-mail:

isabel@mail.uft.edu.br

²Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE – Universidade Federal do Tocantins-UFT, Palmas-TO, Brasil, e-mail:

george_franca@yahoo.com.br

³Programa de Pós-Graduação em Educação – PPGE – Universidade Federal do Tocantins-UFT, Palmas-TO, Brasil, e-mail:

soelykunz@hotmail.com

RESUMO - Este artigo propõe uma reflexão sobre o papel do professor, a fim de identificar os desafios que a cibercultura e as tecnologias estão impondo aos profissionais da educação, para torná-los profissionais ainda mais competentes na contemporaneidade, destacamos também, as contribuições das tecnologias na construção de novos caminhos para ensinar e aprender na sociedade contemporânea. Para o desenvolvimento desta pesquisa optou-se pela pesquisa bibliográfica de abordagem qualitativa, tendo como parâmetros alguns teóricos da área de tecnologia e da formação de professores. A pesquisa possibilitou compreender que cabe ao professor reconhecer a importância e a necessidade do aperfeiçoamento do uso das tecnologias no dia a dia de sua prática pedagógica, pois, na contemporaneidade o papel do professor não é mais o de transmissor do conhecimento, mas de motivador, mediador, incentivador, um profissional capaz de traçar estratégias que permitam aos discentes a pensarem e agirem de forma autônoma e crítica. Verifica-se também, pelas leituras realizadas que as

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 150 de 194 Universidades desempenham um papel muito importante, pois as mesmas tem o desafio de inovar e defender um novo perfil para os futuros egressos e ainda, ofertar aos formadores novas metodologías, novas formas de ensinar e aprender com as tecnologías pois, os professores do futuro devem ser vistos como arquitetos cognitivos do saber.

Palavras – Chave: Papel do Professor, Cibercultura, Tecnologias

ABSTRACT - This article proposes a reflection on the teacher´s role in order to identify the challenges that cyberculture and technologies are imposing to the teachers, to make them even more competent professionals in contemporary times, also highlight the technology´s contributions in construction new ways of teaching and learning in contemporary society. For the development of this research was chosen literature of qualitative approach, having as parameter some theorists of technology and teacher training. The research enabled us to understand that the teacher should recognize the importance and the necessity of improving the use of technology in everyday life of their teaching, in the contemporary times teacher´s role is no longer the knowledge transmitter but motivating, facilitator, encourager, a professional able to develop strategies that enable students to think and act autonomously and critically. It is also verified by the readings taken that universities play a very important role, as the same is challenged to innovate and defend a new profile for future graduates and also offer trainers new methodologies, new ways of teaching and learning the technologies therefore the future teachers should be seen as cognitive architects of knowledge.

Keywords: Teacher´s Role, Cyberculture, Technologies

1. INTRODUÇÃO

Estamos vivendo em um novo tempo. Um tempo de novas ideias e quebras de paradigmas em que as informações são transmitidas com velocidade, sem que as pessoas tenham condições de assimilá-las plenamente. Um tempo de grandes transformações nos campos político, social, cultural e educacional sustentadas pelas tecnologias da informação e comunicação.

Neste cenário, verifica-se que a evolução tecnológica vem contribuindo para o estabelecimento de uma nova ordem econômica e social nos mais variados campos da ação humana, essencialmente na área da educação. O desenvolvimento científico e tecnológico vem criando nos educadores a necessidade de adotar novos

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 151 de 194 modelos de ensino que atendam às profundas modificações que a sociedade passa a exigir.

As sucessivas inovações ocorridas no campo das tecnologias caracterizam a cibercultura como uma das tendências mais marcantes na contemporaneidade. Dessa forma, cabe a educação e ao professor não apenas se adaptar às necessidades dessa sociedade em transformação, mas assumir um papel precursor neste processo. Nas palavras de Levy (1999, p. 157), “[...] a maioria das

competências adquiridas por uma pessoa no início de seu percurso profissional estarão obsoletas no fim de sua carreira”.

O uso dos dispositivos da comunicação como a TV e Rádio, associados à informática, em especial à rede mundial de computadores - internet, já são uma prática extremamente útil nos vários contextos sociais. Conforme podemos observar, o seu uso no contexto educativo adquiriu uma importância incomensurável, pois proporciona oportunidades de inovação do processo ensino-aprendizagem, cria novos espaços e tempos educacionais.

Segundo Castells (2006), as mudanças proporcionadas pelas tecnologias estão presentes em todas as estruturas da sociedade, bem como as suas aplicações e consequências. No âmbito da educação, isso não é diferente, pois está presente dentro e fora da escola e da universidade por meio da cultura contemporânea.

Frente a esta realidade e para atender as mudanças desta sociedade em transformação, este trabalho aponta para a compreensão do papel do professor na contemporaneidade e destaca os desafíos do profesor no contexto da cibercultura e as contribuições das tecnologias na contemporaneidade.

Neste sentido, o objetivo é fazer uma reflexão acerca do papel do professor destacando os desafios que a cibercultura e as tecnologias estão impondo aos profissionais da educação para torná-los em um profissional ainda, mais competente na contemporaneidade, refletir também, sobre as contribuições das tecnologias na construção de novos caminhos para ensinar e aprender na sociedade contemporânea.

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 152 de 194

2. O PAPEL DO PROFESSOR NA CONTEMPORANEIDADE

Estamos vivendo em um novo tempo em que as mudanças tecnológicas estão cada dia mais presentes. Segundo Gabriel (2013), as tecnologias e as redes sociais alteraram o cenário das relações humanas no mundo todo, e a sala de aula não ficou isenta, pois ela se carateriza como um dos principais espaços onde essas provocações contemporâneas têm exigido transformações significativas. Observa-se que, com essas transformações e com as mudanças socioeconômicas em virtude das tecnologias digitais, o comportamento da sociedade e dos nossos alunos, já não são mais os mesmos. Essa mesma autora, diz que “convivemos com crianças e adolescentes hiperconectados, com acesso a um mundo de informação na ponta dos dedos, prontos para trazer outra perspectiva à sala de aula”. Com isso, percebe-se que os professores passam a enfrentar novos desafios, pois as exigências do mundo tecnológico é cada vez maior, requer pessoas qualificadas para atender as novas exigências do mercado capitalista.

Segundo Nóvoa (2001), para atender às novas exigências da contemporaniedade, o professor necessita de atualizações constantes. A formação inicial é apenas o primeiro passo de uma caminhada, o professor precisa participar constantemente de capacitações individuais e coletivas, para acompanhar as evoluções e atender a complexidade das salas de aula na atualidade.

Com essas significativas modificações advindas das Tecnologias digitais em nossa cultura contemporânea, verifica-se a necessidade de repensar o papel do professor na comtemporaniedade, pois, por mais que o professor resista a encarar essa realidade, o papel do professor hoje, não é mais a de difusor do conhecimento, aquele que tradicionalmente se preocupava em compartilhar o conhecimento com os alunos em aulas predominantemente expositivas, hoje, seu papel é mais importante, ele tem a tarefa de ajudar os alunos a descobrirem os caminhos e prepará-los para saber e fazer. Lévy (1999) aponta que:

é preciso superar-se a postura ainda existente do professor transmissor de conhecimentos. Passando [...] a ser aquele que imprime a direção que leva à apropriação do conhecimento que se dá na interação. Interação entre

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 153 de 194 aluno/professor e aluno/aluno, valorizando-se o trabalho de parceria cognitiva; [...] elaborando-se situações pedagógicas onde as diversas linguagens estejam presentes. [...] É preciso buscar o desenvolvimento de um espírito pesquisador e criativo entre os docentes, para que não sejam reprodutores, incapazes de refletir e modificar sua prática profissional. (LÉVY,1999, p.169)

Verifica-se que é necessário que o professor supere o método da transmissão de conhecimentos e busque um ensino mais contextualizado, adequado às exigências contemporâneas no mundo do trabalho. Além disso, é necessário que os professores se apropriem das tecnologias, desenvolvendo alternativas educacionais apropriadas em prol do aprendizado, e da agregação do conhecimento e da motivação de seus alunos. Conhecer essas tecnologias é uma necessidade diretamente ligada à eficácia do ensino.

Para Silva (2010, p.268) em seu artigo intitulado Educação na Cibercultura: o desafio comunicacional do professor presencial e online “a escola não se encontra em sintonia com a modalidade comunicacional emergente (...) A escola exige redimensionamento do papel de todos os agentes envolvidos com os processos de informação e comunicação”. Do mesmo modo, exige a modificação da base comunicacional que faz a sala de aula tão unidirecional quanto a mídia de massa.

Segundo os Padrões de Competência da UNESCO (2009, p.1), as práticas educacionais tradicionais já não oferecem aos futuros professores todas as habilidades necessárias para capacitar os alunos a sobreviverem no atual mercado de trabalho. Logo, estes padrões de competência reforçam que os professores que estão em exercício necessitam estar preparados para utilizar as tecnologías e para ofertar autonomia a seus alunos. O professor na comtemporaneidade necessita ser capaz de saber quais as vantagens e as oportunidades de aprendizagem que estas tecnologias podem proporcionar a seus alunos. As salas de aula, tanto presenciais quanto virtuais, necessitam de professores com habilidades em tecnologia que permitam realmente transmitir o conhecimento ao mesmo tempo que se incorporam conceitos e competências em tecnologia da informação e comunicação..

Moran (2007) também, explica que, para sermos bons profissionais hoje, necessitamos crescer profissionalmente, estar atentos as mudanças estar sempre

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 154 de 194 aberto às atualizações. Destaca ainda, que é importante participar de atividades e projetos da escola e se possível orientar, mediar as situações de aprendizagem para que a prática ocorra de acordo com as características e realidade dos alunos e de sua comunidade, procurar sempre escolher didáticas que promovam a aprendizagem de todos evitando assim, qualquer tipo de exclusão. É necessário que o professor pesquise junto com os alunos problematiza e desafia-os, pelo uso da tecnologia.

Já Almeida (2005) em seu artigo sobre Tecnologia na escola: de redes de conhecimentos diz que:

O professor atua como mediador, facilitador, incentivador, desafiador, investigador do conhecimento, da própria prática e da aprendizagem individual e grupal. Ao mesmo tempo em que exerce sua autoria, o professor deve ser um parceiro do aluno, o professor deve respeitar o estilo de trabalho, a co-autoria e os caminhos adotados em seu processo evolutivo. Os alunos constroem o conhecimento por meio da exploração, da navegação, da comunicação, da troca, da representação, da criação/recriação, organização/ reorganização, ligação/religação, transformação e elaboração/reelaboração. (ALMEIDA,2005, p. 73)

Por sua vez, Behrens (2005 p. 76), em seu artigo sobre tecnologia interativa a serviço da aprendizagem colaborativa em um paradigma emergente, salienta que cabe aos professores e aos alunos a participação conjunta para aprender de forma criativa, dinâmica, encorajadora e que o diálogo e a descoberta é a essência do processo. Nesse caso, os professores e os alunos passam a ser parceiros solidários que enfrentam desafios a partir das problematizações reais do mundo contemporâneo e demandam ações conjuntas que levem à colaboração, à cooperação e à criatividade, para tornar a aprendizagem colaborativa, crítica e transformadora.

Nas palavras de Pretto (1996), os papéis da escola e do profesor, hoje, passam a ser outros:

(...) será a de constituir-se num centro irradiador de conhecimento, com o professor adquirindo, também e necessariamente, uma outra função. Função de comunicador, de articulador das diversas histórias, das diversas fontes de informação. Articulador de um processo educativo que (...)

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 155 de 194 combine a inteligência mental e a inteligência sensível com a imaginação criadora". (PRETTO, 1996, p. 115)

Nesse contexto, percebe-se que o professor deve realizar um trabalho em parceria com seus alunos, procurar refletir sobre sua prática pedagógica. Hoje, para conseguir prender o interesse dos alunos, o professor necessita estar adaptado às mudanças tecnológicas. Isso não só porque a maioria tem acesso à internet como meio de pesquisa, mas também porque tem cada vez mais interesse em que o conhecimento adquirido seja aplicável na realidade que os cerca.

Almeida e Valente (2011, p 17) defendem a idéia de que cabe ao professor dialogar com o aluno, despertar-lhe a curiosidade sobre os acontecimentos do mundo, problematizar a sua realidade, propor atividades que levam o aluno a explicitar o que sabe sobre o seu mundo e a buscar novas informações que o ajudam a sair do conhecimento do senso comum para chegar a um novo patamar do conhecimento, que ampliem suas possibilidades de compreensão de mundo e da formalização do conhecimento científico.

Almeida e Valente (2011, p.24) explicam, ainda, que, ao identificar os conhecimentos, valores e sentimentos expressos pelos alunos, o professor terá melhores condições de compreender suas dificuldades e potencialidades de aprendizagem. Destacam, ainda, que além de disponibilizar os diferentes meios tecnológicos é necessário que os professores se apropriem desses recursos disponíveis e entendam o que essas tecnologias podem oferecer, e como elas podem ser exploradas em diferentes situações educacionais para criar oportunidades de construção do conhecimento, é necessário também, que o professor tenha consciência da complexidade da tarefa ensinar, pois segundo Marcilio (2015), é necessário que o professor permaneça sintonizado com o mundo, e que saiba identificar a direção a ser seguida, o professor tem que ter presente que os alunos vão para a escola para aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser – essas são aprendizagens fundamentais salientadas por Delors no relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o século XXI (1999), por isso a escola não pode estar distante da realidade. A

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 156 de 194 profissão de professor passa a exigir uma atualização constante, seu papel assume um caráter mais complexo. Ser professor na contemporaneidade significa, viver um processo de autoconhecimento, de análise e reflexão permanentes sobre suas próprias crenças.

Nesse sentido, Ramal (2002) apresenta o professor como um arquiteto cognitivo, entendido como:

(a) um profissional; (b)capaz de traçar estratégias e mapas de navegação que permitam ao aluno empreender, de forma autônoma e integrada, os próprios caminhos de construção do (hiper)conhecimento em rede; (c) assumindo, para isso, uma postura consciente de reflexão-na-ação; ao (d) fazer uso crítico” e acrescentamos, criativo, ”das tecnologias como novos ambientes de aprendizagem. (RAMAL, 2002, p. 191).

Para Santos (2005, p. 176), o papel do professor é aquele que arquiteta e que pensa um ambiente de aprendizagem com um desenho didático que promova a dialógica, essa mesma autora ressalta que é preciso vivenciar e promover a mediação compartilhada, na qual todos em potência são mediadores das aprendizagens de todos.

3. DESAFIOS DO PROFESSOR NO CONTEXTO DA CIBERCULTURA

O desenvolvimento científico e tecnológico vem criando nos educadores a necessidade de adotar novos modelos de ensino que atendam às profundas modificações que a sociedade do início deste novo século passam a exigir. Trabalhar com tecnologias na sala de aula não é um desafio simples. Mas, como profissionais da educação, precisamos preparar nossos alunos para trabalhar conviver com um universo tecnológico. Assim, percebemos que as tecnologias mudam rapidamente e muda também, o mundo em que devemos estudar.

Nessa perspectiva, a cibercultura ganha ênfase, pois na sociedade contemporânea atitude de buscar novas alternativas novas formas de ensinar e aprender com as tecnologias torna-se fundamental para o profissional da educação.

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 157 de 194 Segundo Lévy (1999, p. 15), “a cibercultura expressa o surgimento de um novo universal, diferente das formas que vieram antes dele no sentido de que ele se constrói sobre a indeterminação de um sentido global qualquer”. Trata-se de um “novo dilúvio”, provocado pelos avanços tecnológicos das telecomunicações, em especial, o advento da internet.

Como foi mencionado no início deste artigo as sucessivas inovações ocorridas no campo das tecnologias caracterizam a cibercultura como uma das tendências mais marcantes na contemporaniedade. Com o avanço tecnológico e científico, compete à educação e ao professor não apenas se adaptar às necessidades dessa sociedade em transformação, mas assumir um papel precussor no processo, pois “[...] a maioria das competências adquiridas por uma pessoa no início de seu percurso profissional estarão obsoletas no fim de sua carreira”. (LEVY, 1999, p. 157)

Neste sentido, Lévy coloca em cheque a organização do sistema educacional e o papel do professor. Ambos devem levar em consideração o crescimento do ciberespaço e o avanço da cibercultura. Com a cibercultura, o professor deixa o papel de centralizador do conhecimento para tornar-se um incentivador da inteligência coletiva.

Valente (2005) salienta que para o professor utilizar as tecnologias em sala de aula, ele necessita ter um conhecimento técnico básico para manejar todos os recursos tecnológicos que podem ser utilizados pedagogicamente. Por isso, é necessário que o professor invista na aquisição do conhecimento tecnológico. Este mesmo autor, ressalta ainda, que com a implantação das tecnologias da informação e comunicação na educação, o do domínio do técnico e domínio pedagógico não devem acontecer um separado do outro, pois, o autor diz que:

o melhor é quando os conhecimentos técnicos e pedagógicos crescem juntos [...]. O domínio das técnicas acontece por necessidades e exigências do pedagógico e as novas possibilidades técnicas criam novas aberturas para o pedagógico [...] (VALENTE, 2005, p. 23).

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 158 de 194 O segundo aspecto está ligado à especificidade de cada tecnologia com relação às aplicações pedagógicas. Nesse sentido, o professor deve ter conhecimento do que cada recurso tecnológico pode oferecer e como pode ser explorado em diferentes situações na sala de aula.

Segundo Lévy (1999), a cibercultura se organiza como um canal de comunicação e suporte de memória da humanidade. Trata-se de um novo espaço de comunicação, de sociabilidade, de organização, acesso a informação e conhecimento. A cibercultura é definida como um conjunto de técnicas, práticas, atitudes, modos de pensamento e valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento da internet como um meio de comunicação, que surge com a interconexão mundial de computadores.

Ainda para Lévy (1999, p.17), o ciberespaço é o meio de comunicação que surge com a interconexão mundial dos computadores, não representa só a infraestrutura, ele adiciona as informações que se espalha a uma infinidade de pessoas que navegam nas suas páginas e que também o alimentam com múltiplos conteúdos e com tantos recursos colaborativos. O ciberespaço e a cibercultura constituem parte integrante da sociedade contemporânea, cabendo às ciências sociais buscar a compreensão dessa nova forma de materialização do espaço capitalista.

O que é preciso aprender não pode mais ser planejado nem precisamente definido com antecedência. [...] Devemos construir novos modelos do espaço dos conhecimentos. No lugar de representação em escalas lineares e paralelas, em pirâmides estruturadas em ‘níveis’, organizadas pela noção de pré-requisitos e convergindo para saberes ‘superiores’, a partir de agora devemos preferir a imagem em espaços de conhecimentos emergentes, abertos, contínuos, em fluxo, não lineares, se reorganizando de acordo com os objetivos ou os contextos, nos quais cada um ocupa posição singular e evolutiva (LÉVY, 1999, p. 158).

Diante do exposto, verifica-se que os desafios impostos aos docentes na contemporaneidade giram em torno das ferramentas tecnológicas disponíveis. Um dos exemplos que podemos citar é a própria internet, em que os alunos terão a oportunidade de se comunicar com muitos receptores, permitindo a troca de informações e o desenvolvimento do senso crítico, podendo contribuir para

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 159 de 194 aprimorar a escrita e o pensamento crítico. É importante pensar numa educação com objetivos mais amplos, numa perspectiva de ação visando à busca de valores comprometidos com uma sociedade mais humana e com mais justiça social. O professor precisa atualizar-se constantemente, ser criativo, formar parcerias com seus alunos, incentivar a pesquisa, a transformação e a produção de conhecimentos. Cabe evidenciar que as Universidades desempenham um papel muito importante na contemporaneidade, pois as mesmas tem o desafio de inovar e defender um novo perfil para os futuros egressos e ainda, ofertar aos formadores novas metodologías, novas formas de ensinar e aprender com as tecnologías pois, os professores do futuro devem ser vistos como arquitetos cognitivos do saber.

4. CONTRIBUIÇÕES DAS TECNOLOGIAS NO FAZER PEDAGÓGICO

O avanço tecnológico marca profundamente o mundo contemporâneo e os cenários educativos, a tecnologia já está presente em todos os avanços e de diversas formas. O seu rápido avanço nas últimas décadas criou um novo mundo e novas maneiras de viver.

Estamos caminhando para processos de comunicação audiovisual com possibilidade de forte interação, integrando o que de melhor conhecemos da televisão com o melhor da internet. Uma das formas predominantes da educação online, nestes próximos anos, será a combinação de aulas por vídeo, teleconferências e pela internet com atividades em grupos e individuais, feitas antes e depois das aulas (MORAN, 1998, p.8).

Isso comprova que estamos aprendendo a desenvolver propostas pedagógicas diferentes para situações de aprendizagem diferentes, para que os alunos possam aprender com qualidade, pois, a tecnologia é um meio que amplia a capacidade de conhecer, de aprender, de comunicar, de expressar. Na educação, o uso das tecnologias amplia os espaços de pesquisa e aprendizagem além da sala de aula. Aprender a qualquer momento, facilitando também o ensino aprendizagem de muitas pessoas ao mesmo tempo.

Os processos de comunicação tendem a ser mais participativos. A relação professor-aluno mais aberta, interativa. Haverá uma integração profunda entre a sociedade e a escola, entre a aprendizagem e a vida. Haverá muito mais flexibilidade em todos os sentidos. Uma parte das matérias será predominantemente presencial e outra predominantemente virtual. O

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 160 de 194 importante é aprender e não importa um padrão único de ensinar (MORAN, 1998, p.14).

Frente a esse contexto, é necessário compreendemos que:

A introdução da tecnologia e de computadores no dia-a-dia da escola tem que acontecer de forma cautelosa e bem articulada, pois não será a máquina nem tampouco necessidades, motivação, desenvolvimento cognitivo e interesse e suas aplicações que melhorarão o processo pedagógico e sim seu uso combinado com estratégias adequadas a realidade dos alunos, levando em consideração, suas necessidades). (SOUZA, 2003, p.89)

Neste sentido, cabe reforçar que apropriação de novos produtos, processos, técnicas e serviços não pode jamais ser feita de forma acrítica e irrefletida, como se fosse possível usar um instrumento sem saber seu contexto de uso, suas possibilidades, seu poder mas também seus perigos e potenciais.

Como diz Tedesco (2004, p.96) apud Cericatto (2010, p.71), quando falamos em Tecnologia da Informação e da Comunicação não nos referimos apenas à internet. Na verdade, estamos nos referindo ao conjunto de Tecnologias microeletrônicas, informáticas e de Telecomunicações que permitem a aquisição, produção, armazenamento, processamento e transmissão de dados na forma de imagem, vídeo texto ou áudio. Ainda, nas palavras deste mesmo autor é necessário ter em mente que a incorporação de novas tecnologias não pretende substituir as “velhas” ou “convencionais”, que ainda são e continuarão sendo utilizadas. O que se busca, na verdade, é complementar ambos os tipos de tecnologias, a fim de tornar mais eficazes os processos de ensino aprendizagem, pois, não há um recurso que responda a todas as necessidades, cada um tem características específicas que deverão ser avaliadas pelos docentes na hora de selecionar as mais adequadas para os estudantes para consecução dos objetivos educacionais, de acordo com suas condições e necessidades.

[...] as tecnologias nos permitem ampliar o conceito de aula, de espaço e tempo, de comunicação audiovisual, e estabelecem pontes novas entre o presencial e o virtual, entre estar juntos e o estarmos conectados a distância. Mas se ensinar dependesse só de tecnologias já teríamos achado as melhores soluções há muito tempo. Elas são importantes, mas não resolvem as questões de fundo. Ensinar e aprender são os desafios maiores enfrentados em todas as épocas, e particularmente, agora que estamos pressionados pela transição do modelo de gestão industrial para o

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 161 de 194 da informação e do conhecimento (MORAN, 2003, p.12).

Na educação, o foco, além de ensinar, é ajudar a integrar o ensino a vida, conhecimento e ética, reflexão e ação, a ter uma visão da totalidade. Educar é ajudar a integrar todas as dimensões da vida, é ajudar a encontrar o caminho intelectual, emocional, profissional, que nos realize e que contribua para modificar a sociedade.

Ainda, para Moran (2003, pp.16-17), apud Cericatto (2010, p.72), as mudanças na educação dependem, primeiramente, de termos educadores maduros intelectual e emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, abertas, que saibam motivar e dialogar. Pessoas com as quais valha a pena entrar em contato, porque desse contato saímos enriquecidos. A sociedade da informação caminha para uma aproximação sem precedentes entre o presencial e o virtual. Os modelos atuais ainda são, predominantemente, excludentes e separados na sua organização e realização. A tendência na comtemporaniedade é a aproximação de modelos híbridos de cursos presenciais e a distância, com tendencia de uma integração quase total, onde os conceitos de presencial e a distância sofrerão tais remodelações que se tornarão rapidamente obsoletos.

Nas palavras de Souza (2003, p.57), “[…] vivemos hoje, em uma sociedade com uma cultura midiática/midiatizante, na qual as mídias desempenham a função de formadoras de opinião, alteram hábitos e costumes, influenciam nas mais distintas áreas do conhecimento, da economia e do entretimento”. Articuladas às tecnologias da inteligência, nós temos as “Tecnologias de Comunicação e Informação”, que através de seus suportes como mídias ou meios de comunicação, como o jornal, o rádio, a televisão realizam o acesso à veiculação das informações e todas as demais formas de articulação comunicativa em todo o mundo.

De acordo com Kenski (2003, pp.24-32), o uso das Tecnologias da Comunicação e Informação invadem nosso cotidiano, estamos vivendo um novo tempo tecnológico. A ampliação das possibilidades de comunicação e informação, por meio de equipamentos como o telefone, a televisão e o computador, alteram nossa forma de viver e de aprender na atualidade. [...] as mídias, como tecnologia

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 162 de 194 de comunicação e de informação invadem o cotidiano das pessoas e passam a fazer parte dele. [...] as velozes transformações tecnológicas da atualidade impõem novos ritmos e dimensões à tarefa de ensinar e de aprender, é preciso estar em permanente estado de aprendizagem e de adaptação ao novo. Não existe mais a possibilidade de considerar a pessoa totalmente formada independente do grau de escolarização alcançada.

Com esta ampliação, o acesso às informações é mais rápido, as pessoas podem aprender por si mesmas, tornando o indivíduo mais autônomo e independente, sendo capaz de tomar suas próprias decisões, a ordem, hoje, é acompanhar a evolução e estar em permanente estado de aprendizagem, ou seja, é necessário o aperfeiçoamento contínuo, pois só assim vamos conseguir melhoria do desempenho em todos os setores, bem como, no desenvolvimento pessoal e profissional, pois o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) está promovendo transformações na forma de ensinar, na forma de as pessoas se comunicarem e adquirirem conhecimento.

Para Kenski (2003, p.45), o impacto das tecnologias reflete de maneira ampliada sobre a própria natureza do que é ciência e do que é conhecimento. Exige uma reflexão profunda sobre as concepções do que é o saber e sobre as formas de ensinar a aprender. Exige, também, a apropriação e o uso dos conhecimentos e saberes disponíveis não como uma forma artificial, específica e distante de comportamento intelectual e social, mas integrada e permanente, essencial à própria maneira de ser do sujeito, com recuperações em que se mesclam erudição e intuição, espontaneidade e precisão, o lúdico e o lógico, o racional e o imaginário, o presente e o futuro, e as diversas memórias humanas e cibernéticas. Essas alterações nas estruturas e na lógica dos conhecimentos caracterizam-se como desafios para a educação e, sobretudo, requerem novas concepções, novas metodologias e novas perspectivas para a ação docente.

Tanto nos cursos convencionais como nos cursos à distância, teremos que aprender a lidar com a informação e o conhecimento de formas novas, pesquisando muito e comunicando-nos constantemente. Isso nos fará avançar mais rapidamente na compreensão integral dos assuntos específicos, integrando-os num contexto pessoal, emocional e intelectual

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 163 de 194 mais rico e transformador. Assim poderemos aprender a mudar nossas ideias, nossos sentimentos e nossos valores, onde isso se fizer necessário (MORAN, 2003, p. 61).

Neste sentido, percebe-se que o impacto das tecnologias exige conhecimentos, reflexão sobre as novas metodologias, novas formas de ensinar e aprender, pois, a apreensão do conhecimento na perspectiva das novas tecnologias eletrônicas de comunicação e informação, ao ser assumida como possibilidade didática, exige que, em termos metodológicos, também se oriente a prática docente a partir de uma nova lógica.

Kenski (2003, p.45), reforça a ideia de que "a diferença didática não está no uso ou não-uso das novas tecnologias, mas na compreensão das suas possibilidades. Mais ainda, na compreensão da lógica que permeia a movimentação entre os saberes no atual estágio da sociedade tecnológica." E cita Kerckhove (1997, p. 245): “[...] a solução real está em mudarmos as nossas percepções e não apenas as nossas teorias”. Compreender este novo mundo com uma nova lógica, uma nova cultura, uma nova sensibilidade, uma nova percepção.

Numa escola, na qual a cultura audiovisual seja uma presença, o professor, principal personagem desse processo, precisa estar preparado para trabalhar com essa cultura. Uma cultura que está intimamente relacionada com as mídias, e, por isso, exige e determina uma nova linguagem ( PRETTO, 1996, p.118).

Nesta perspectiva, Lévy (1999) diz que “trabalhar hoje equivale cada vez mais a aprender a transmitir saberes e produzir conhecimentos [...] o ciberespaço suporta tecnologias intelectuais que ampliam, exteriorizam e alteram muitas funções cognitivas humanas”.

As Tecnologias da Informação e Comunicação vêm se desenvolvendo e se incorporando à vida cotidiana de forma acelerada. Quando aplicadas à educação, agregam-se ao processo ensino-aprendizagem como mídias de grandes potenciais pedagógicos. Para tal, existe a necessidade de acompanhar e responder às

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 164 de 194 demandas e desafios postos pela sociedade do conhecimento por meio da tecnologia, pois sabe-se que as tecnologias favorecem o aprendizado individualizado, coletivo e em rede. Neste sentido, compreendemos que:

[...] a educação tecnológica serve para formar um indivíduo, na sua qualidade de pessoa humana, mais crítico e consciente para fazer a história do seu tempo com possibilidades de construir novas tecnologias, fazer uso da crítica, e da reflexão sobre a sua utilização de forma mais precisa e humana, e ter as condições de, conviver com outro, participando da sociedade em que vive, transformar essa sociedade em termos mais justos e humanos (GRINSPUN 1999, pp.29-39).

Esta mesma autora, ressalta que a utilização das tecnologias com sua dimensão interativa mostra que a educação tem que mudar para que o indivíduo não venha sofrer com lacunas que deixaram de ser preenchidas porque a educação só estava preocupada com um currículo rígido voltado para saberes e conhecimentos determinados. Ressalta também, que a educação e a tecnologia ocupam um lugar de destaque na contemporaneidade.

Segundo Lévy (1993) apud Kenski (2003, p.33), o conhecimento existente na sociedade é categorizado em três formas diferentes: oral, escrita e a digital. Embora essas formas tenham-se originado em épocas diferentes, elas coexistem e estão todas presentes na sociedade atual. No entanto, elas nos encaminham para percepções diferentes, racionalidades múltiplas e comportamentos de aprendizagem diferenciados.

Na forma escrita, a apreensão dos conhecimentos é a que prevalece em nossas culturas letradas, mas a linguagem oral é a que predomina em todas as formas comunicativas vivenciais, o estilo digital de apreensão do conhecimento é veloz. O estilo digital engendra obrigatoriamente não apenas o uso de novos equipamentos para a produção e para a apreensão de conhecimentos, mas também novos conhecimentos, novos comportamentos de aprendizagem, novas racionalidades, novos estímulos e perspectivas. Seu rápido alastramento e sua rápida multiplicação obriga-nos a não ignorar sua presença e sua importância no fazer pedagógico.

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 165 de 194 Segundo alguns teóricos construtivistas como: Piaget, Vygoski e Wallon apud Silva (2001, p. 7), a construção do conhecimento e da aprendizagem é determinada por fatores orgânicos e pela qualidade e quantidade interativa. O conhecimento se constrói na interação do sujeito com o objeto. O ambiente assume um papel que, apesar de não ser determinado, influencia na aprendizagem, podendo promover, acelerar ou impedir a construção do conhecimento. Entretanto, é necessário esclarecermos o que significa conhecimento e como ele difere da informação. Valente (2003), em seu artigo “Pedagogia de Projetos e Integração de Mídias”, diz que a informação é considerada, como os fatos, os dados que encontramos nas publicações, na internet ou mesmo o que as pessoas trocam entre si. Assim, passamos e trocamos informações. O conhecimento é o que cada indivíduo constrói como produto do processamento, da interpretação, da compreensão da informação. É o significado que atribuímos e representamos em nossas mentes sobre a nossa realidade. É algo construído por cada um, muito próprio e impossível de ser passado, o que é passado é a informação, que advém desse conhecimento, porém, nunca o conhecimento em si.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho procurou mostrar a partir dos estudos alguns dos principais desafios que a cibercultura e as tecnologias estão impondo aos profissionais da educação para toná-los em um profissional, ainda mais competente na contemporaneidade.

Para isto, foi necessário enfatizamos as novas exigências do papel do professor na contemporaneidade; destacamos também, os desafios do professor no contexto da cibercultura. Em seguida, elencamos as contribuições das tecnologias na construção de novos caminhos para ensinar e aprender na sociedade contemporânea.

Tomando como base o marco teórico é possível concluir que o estudo foi significativo pois, permitiu tecer algumas considerações sobre os desafios que a

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 166 de 194 cibercultura e as tecnologias estão impondo aos profissionais da educação na contemporaneidade, dentre as considerações constatou-se, que com essas significativas modificações advindas das tecnologias digitais em nossa cultura contemporânea, verifica-se a necessidade de repensar o papel do professor, pois , o papel do professor hoje, não é mais a de difusor transmisor do conhecimento, aquele que tradicionalmente se preocupava em compartilhar o conhecimento com os alunos em aulas predominantemente expositivas, hoje, seu papel é mais importante, ele tem a tarefa de motivar, mediar, orientar e ajudar os alunos a pensarem e agirem de forma autônoma e crítica fazer com que os mesmos descubram os caminhos e, prepará-los para saber e fazer. Além disso, é necessário que os professores se apropriem das tecnologias, desenvolvendo alternativas educacionais apropriadas em prol do aprendizado, e da agregação do conhecimento e da motivação de seus alunos, verifica-se que a cibercultura ganha ênfase, pois na sociedade contemporânea atitude de buscar novas alternativas novas formas de ensinar e aprender com as tecnologias torna-se fundamental para o profissional da educação. Conhecer essas tecnologias é uma necessidade diretamente ligada à eficácia do ensino. A formação inicial é apenas o primeiro passo de uma caminhada, o professor precisa participar constantemente de capacitações individuais e coletivas, para acompanhar as evoluções e atender a complexidade das salas de aula na contemporaneidade.

Neste sentido, percebe-se que o impacto das tecnologias exige conhecimentos, reflexão sobre as novas metodologias, novas formas de ensinar e aprender, pois, a apreensão do conhecimento na perspectiva das novas tecnologias eletrônicas de comunicação e informação, ao ser assumida como possibilidade didática, exige que, em termos metodológicos, também se oriente a prática docente a partir de uma nova lógica. Portanto, cabe ao professor atualizar-se constantemente, ser criativo, formar parcerias com seus alunos, incentivar a pesquisa, a transformação e a produção de conhecimentos, procurar utilizar as tecnologias a seu favor, e principalmente, em favor de seus alunos.

Cabe evidenciar, que esse trabalho permitiu identificar alguns dos principais desafios impostos pelas tecnologias aos profissionais da educação para toná-los em um profissional, ainda mais competente na contemporaneidade. Evidenciamos

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ISSN: 16799844 - InterSciencePlace - Revista Científica Internacional Páginas 167 de 194 também, que as Universidades desempenham um papel muito importante, pois as mesmas tem o desafio de inovar e defender um novo perfil para os futuros egressos e ainda, ofertar aos formadores novas metodologías, novas formas de ensinar e aprender com as tecnologías pois, os professores do futuro devem ser vistos como arquitetos cognitivos do saber.

6. REFERÊNCIAS

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