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DENTIFRÍCIOS EM PERIODONTI A

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Academic year: 2019

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DENTIFRÍCIOS EM

PERIODONTI

A

(2)

CARLOS HENRIQUE HOFFMANN

DENTIFRÍCIOS EM PERIODONTIA

Monografia apresentada ao Curso de

Especialização em Periodontia, da Universidade Federal de Santa Catarina, como

requisito para obtenção de titulo de Especialista em Periodontia.

Prof' MSc. Ariadne Cristiane Cabral Cruz

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(3)

CARLOS HENRIQUE HOFFMANN

DENTIFRÍCIOS EM PERIODONTIA

Este trabalho de conclusão foi julgado adequado para obtenção do titulo de Especialista em Periodontia e aprovada em sua forma final pelo Curso de Especialização em

Periodontia.

Florianópolis, 11 de dezembro de 2008.

BANCA EXAMINADORA

Profa. Ariane Cristiane Cabral Cruz (Orientadora)

Armando Rodrigues Lopes Pereira Neto (Mestrando)

(4)

RESUMO

Sendo a placa dental o fator etiológico primário pelo processo inflamatório periodontal, fica bem estabelecido que a combinação de medidas mecânicas de controle do biofilme, executada pelo profissional e pelo paciente, é na maioria das vezes efetiva para prevenir a progressão da doença, porém, estas medidas estão constantemente sujeita a falhas, uma vez que não proporciona a eliminação completa do biofilme. Utilizadas em conjunto com o método mecânico na tentativa de superar os problemas associados a essa terapia, estão os produtos de higiene bucal, contendo os mais variados agentes ativos. Dessa forma os cirurgiões dentistas deverão conhecer e avaliar criteriosamente os produtos disponíveis para o controle do biofilme dental.

(5)

Being the dental plaque the primary etiological factor for the periodontal inflammatory process, it s well set that the combination of mechanical measures of biofilm control, executed by the professional and by the patient, most of the times it s effective to prevent the sickness progress, but, these measures are often opened to failures, once they don t eliminate the

biofilm totally. Used together with the mechanical method in attempt of overcoming the problems associated to this therapy are the oral hygiene products containing several active agents, this way the dentist should know and evaluate carefully the products available for the dental biofilm control.

(6)

INTRODUÇÃO 7

1 PROPOSIÇÃO 8

2 REVISÃO DA LITERATURA 9

2.1 HISTORIA DOS CREMES DENTAIS 9

2.2 DENTIFRÍCIOS 10

2.3 LEGISLAÇÃO 1 1

2.3.1 ANVISA I 1

2.3.2 INMETRO I I

2.3.3 Selo ABO — confiança na qualidade do produto 1

2.4 COMPONENTES DE UM DENTIFRÍCIO 12

2.4.1 Abrasivos 12

2.4.2 Umectantes 13

2.4.3 Detergentes 14

2.4.4 Aromatizantes 15

2.4.5 Edulcorantes 15

2.4.6 Espessantes 15

2.4.7 Conservantes 16

2.4.8 Solventes 16

2.4.9 Agentes ativos 16

2.4.9.1 Agentes anti-sensibilidade 16

2.4.9.1.1 Cloreto de estrôncio 16

2.4.9.1.2 Nitrato de potássio 17

2.4.9.1.3 Fluoreto de estanho 17

2.4.9.2 Agentes protetores 18

2.4.9.2.1 Fluoretos 18

2.4.9.3 Agentes antisépticos 19

2.4.9.3.1 Triclosan 19

2.4.9.3.2 Clorexidina 19

2.4.9.3.3 Bicarbonato de sódio 20

2.4.9.4 Agentes antitártaro 21

(7)

2.4.9.5.1 Peróxidos 21

2.4.9.6

Produtos

herbais ?-)

2.4. 9.6. 1 Própolis 23

2.4. 9.6. 2 Aloe vera 23

2. 4.9.6. 3 Ju6 24

2.4.9.6.4 Sanguinarina

2

4

2.4. 9.6. 5 Camomila / Echinacea / Ratánea / Sálvia -) 4

2.5 DENTIFRÍCIOS

NA

PERIODONTIA s

2.5.1 Triclosan 26

2.5.2 Triclosan / Copolimero 27

2.5.3 Triclosan / Pirofosfato 30

2.5.4 Triclosan /

Citrato de zinco

30

2.5.5 Clorexidina 31

2.5.6 Fluoreto estanhoso / Fluoreto

de

amina 31

2.5.7 Fluoreto estanhoso / Hexametafosfato sódio 39

3 CONCLUSÃO 34

REFERÊNCIAS 35

(8)

INTRODUÇÃO

A evolução da ciência

impôs

diretrizes no preparo de

dentifrícios,

nas apresentações liquidas, pastosas ou em p6. 0 desenvolvimento tecnológico que se registrou nas formulações dos

dentifrícios

fez com que

o

pó deixassem de ser procurados como produtos de utilização cotidiana

e

os cremes dentais tornaram-se a forma preferencial devido à facilidade

e

comodidade de manuseio, estabilidade

e

palatibilidade.

Os

dentifrícios

inicialmente foram exclusivamente preparados com

o único

propósito de promover a higiene bucal, contendo apenas excipientes

e

adjuvantes, em uma condição cosmética, ou seja, aquela que define um sorriso bonito. Atualmente se busca obter os mais diversos efeitos, tais como, antiplaca, anti-séptico, antiinflamatório, anti-sensibilidade, clareadores

e

protetores.

(9)

1 PROPOSIÇÃO

(10)

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 HISTORIA DOS CREMES DENTAIS

0 desenvolvimento das pastas de dentes iniciou-se por volta dos anos 300-500 a.C. na China e Índia. De acordo com a história chinesa, um homem chamado Huang-ti foi o primeiro a estudar os cuidados com os dentes. Durante os anos 3000-500 a.C., os povos egípcios elaboravam a pasta de dentes misturando cinzas de ossos de boi, p6 de arroz e cascas de ovos queimados. Achados posteriores mostraram que todos esses ingredientes deveriam ser misturados em conjunto, porém não especificavam como deveria ser utilizado o pó obtido dessa mistura. Supõe-se que os antigos egípcios utilizavam seus dedos para esfregar esta mistura em seus dentes.

Relatos da antiga Índia, China e Egito mostraram que os gregos e romanos foram os povos que desenvolveram e aperfeiçoaram o creme dental. A pasta de dentes ou dentifrício foi inicialmente desenvolvida na Inglaterra no fim do século 18. Era apresentada em um pote de cerâmica, podendo vir em forma de pó ou em forma de pasta. Mas o creme dental que representou uma evolução importante no mercado foi criada pelo americano Washington Sheffield, em 1873. Seu filho Tracy, também dentista, duas décadas mais tarde colocou-a num tubo de metal - e merece ser considerado um gênio do design industrial. Nesta data começou a

popularização do creme dental. A partir da década de 50 ele foi se tornando mais agradável,

cremoso, com novos sabores, menos abrasivo, e houve a inclusão de flúor, pós branqueadores

e produtos para combater a sensibilidade dentária. Em 1 de agosto de 1960, o Council on

Dental Therapeutics da American Dental Association (ADA), classificou como "B" um

dentifrício fluoretado como de valor terapêutico. Em 1964 a classificação passou de "B" para "A", sendo reconhecido como de valor terapêutico. Apenas em 1969, foi classificado como "A" o primeiro dentifrício fluoretado não estanhoso. Nos anos 80, os cremes dentais com

flúor dominaram as prateleiras. Apareceram, em seguida, os que removem manchas e combatem o cálculo e placa bacteriana. Desenvolvidos na década de 90 os cremes dentais

remineralizadores são uma nova geração de produtos que fortalecem ainda mais o esmalte.

(11)

2.2 DENTIFRÍCIOS

Os dentifrícios são considerados como uma substancia destinada à limpeza dos dentes, conservação das gengivas e assepsia bucal.

0 Decreto n. 79.094, de 05/01/1977 definiu dentifrício como um produto destinado higiene e limpeza dos dentes, dentaduras postiças e da boca, apresentados com aspecto uniforme e livres de partículas palpáveis na boca em formas e veículos condizentes, podendo ser coloridos e ou aromatizados.

Segundo Lara e Panzeri (1994), os dentifrícios são produtos resultantes de formulações conscientes nas quais se busca, com a interação de uma soma de substâncias,

obter um produto com qualificação equilibrada de propriedades, as quais dependem de diferentes associações.

Harry (1990) formulou os requisitos básicos de um dentifrício, que incluem. Limpar os dentes de modo adequado, isto 6, eliminar os resíduos de alimentos, placas e manchas; Dar uma sensação de frescor e limpeza à boca; Custo acessível que fomente seu uso regular e

freqüente; Ser inócuo, agradável e fácil de usar; Embalagem econômica e permanecer estável durante o seu armazenamento; Ajustar-se a padrões aceitos em termos de abrasividade ao esmalte e dentina; Em usos profiláticos, estas devem estar fundamentadas em ensaios clínicos

dirigidos.

Ao longo do tempo os dentifrícios tem desempenhado um papel fundamental na prática da boa higiene bucal e promoção da saúde bucal. Além de fornecer produto para limpeza dental, também tem servido como excelente veiculo para introdução de novos agentes que oferecem benefícios terapêuticos e cosméticos (BAIG; HE, 2005).

0 principal método de remoção do biofilme dental é a escovação. Entretanto, frente ao conhecimento das limitações dos métodos mecânicos de higiene bucal, pesquisas têm sido realizadas para avaliar a importância dos agentes químicos no controle do biofilme (MODESTO et al., 2001). Essas substâncias podem agir de diferentes formas na microbiota, interferindo na adesão bacteriana à superfície dental por meio de agentes antiadesivos ou na

(12)

2.3 LEGISLAÇÃO

2.3.1 ANVISA

A legislação que regulamenta a classificação dos produtos de higiene dental e bucal é a RDC n. 79 de 28/08/2000 (ANVISA), classificando-os na categoria de produtos de higiene. 0 grau de risco atribuído a este produtos pode ser diferenciado em 1 ou 2 dependendo da finalidade a que se destina. Produtos para fins especiais como antiplaca, anticdrie, anticálculo, clareador químico e anti-séptico, obrigatoriamente se enquadram no grau de risco 2 (produto com risco potencial), e estabelece o teor máximo de 1500 mg para concentração total de flúor nos dentifrícios.

A Portaria n. 71, de 29/05/1996, da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde apresenta informações indispensáveis que devem constar nas embalagens dos dentifricios.A Portaria n. 21, de 25/10/1989, da Secretária de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde estabelece requisitos para assegurar a qualidade e a eficácia dos cremes dentais. A Resolução RDC n. 13 de 17/01/2003 afirma que cremes dentais devem constar no

seu rótulo, quando o produto for indicado para hipersensibilidade dentinária.

2.3.2 INMETRO

Além das portarias exigidas pela ANVISA, o INMETRO, ainda solicita a ISO 11.609, de dezembro de 1995 toothpaste- Requirements, Test Methods and marking. Estabelece os parâmetros e os métodos de ensaio para verificar as propriedades fisicas e químicas e a rotulagem de cremes dentais.

E a The Cosmetic, Toiletry and Fragance Association - CTFA - Microbiology

Guidelines, de janeiro de 1993. Estabelece os parâmetros microbiológicos para cosméticos e

produtos de toalete.

Os laboratórios credenciados são o Laboratório das Faculdades de Ciências Farmacêuticas e de Odontologia da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto - realiza ensaios microbiológicos, de pesquisa de metais pesados, de pH, de análise de rotulagem e determinação da concentração de flúor.

(13)

Indiana, nos Estados Unidos, responsável pela realização dos ensaios de abrasividade.

Infection Control Research & Services da Faculdade de Odontologia da Universidade de

Indiana é responsável pela realização dos exames que verificam a presença de carboidratos fermentáveis, nas pasta de dentes.

2.3.3 Selo ABO — confiança na qualidade do produto

Em 1985 a ABO Nacional implantou o Selo de Qualidade ABO, com o objetivo de promover a certificação e a normalização de produtos e equipamentos odontológicos brasileiros. Juntamente ao Selo foi criado o Departamento de Avaliação de Produtos Odontológicos da ABO Nacional (Dapo), responsável pelas análises e pesquisas dos produtos, incluindo as embalagens e informações ao consumidor.

0 processo de normalização da ABO segue um programa internacional, cujas diretrizes emanam do Comitê Técnico de Odontologia da Organização Mundial de Normalização (ISO/TC-106), órgão responsável pela normalização de produtos odontológicos em nível mundial. Além disso, o trabalho realizado pelo Dapo revolucionou os mecanismos de análise em higiene bucal ao desenvolver equipamentos para novos tipos de ensaios, específicos para as necessidades do mercado nacional, e garantindo precisão, autenticidade e confiabilidade aos resultados obtidos.

2.4 COMPONENTES DE UM DENTIFRÍCIO

2.4.1 Abrasivos

São componentes insolúveis que são usados como agentes de limpeza e polimento, constituem de 35 a 50% do dentifrício, sua finalidade é a de remover da superficie dos dentes, sem danificarem o esmalte e a dentina, as manchas, placa bacteriana e os resíduos alimentares. A remoção mecânica das manchas oriundas do depósito de substâncias corantes encontradas nos alimentos como chá, café e tabaco, são removidas de forma segura com um dentifrício com abrasivo e continua sendo ainda o método mais indicado e fácil de ser usado pelo público em geral (PANZERI et al, 1979).

(14)

13

hidratado, fosfato tricalcico, pirofosfato de cálcio, meta fosfato de sódio insolúvel, aluminas,

silicas, silicatos, carbonato de magnésio, oxido de silício, dióxido de silício, compostos de

alumínio.

O carbonato de cálcio foi um dos compostos mais utilizados como abrasivos, são

diferenciados pela forma cristalina, tamanho de partícula e pela densidade. Ocasionando na forma cristalina muita variação na uniformidade das partículas de cristais e presença de cristais de quartzo, tornando muito agressivo ao esmalte dentário, segundo (PRISTA; BAHIA;

VILAR, 1995).

O fosfato dicálcicodi-hidratado confere um pH entre 6 a 8 e um paladar mais

agradável e vem associado ao fosfato dicálcicoanidro para diminuir a agressividade abrasiva.

0 fosfato dicálcicoanidro é cinco vezes mais abrasivo do que seu similar di-hidratado, sendo utilizado quando se quer um polimento mais intenso.

O pirofosfato de cálcio é três vezes mais abrasivo do que o fosfato dicálcicodi-hidratado, sendo o de eleição para produtos que contém fluoreto de sódio ou estanhoso por

não reagirem com estes compostos. A baixa disponibilidade de ions cálcio solúveis contribui para a estabilidade dos fluoretos. Os demais compostos abrasivos de cálcio são incompatíveis

com os fluoretados. As pastas dentifricias que apresentam derivados de flúor, utilizam abrasivos como metafosfato de sódio, carbonato de magnésio, o óxido de alumínio e

derivados do ácido silicico.

O metafosfato de sódio deixou de ser usado, apesar de ser compatível com compostos fluoretados, pois é um quelante dos sais de cálcio intervindo na estrutura dentária. 0 carbonato de magnésio é um abrasivo suave, confere um tom acinzentado ao dentifrício. As silicas são partículas muito pequenas, possibilitando a formulação de produtos com excelente aspecto e baixa densidade.

2.4.2 Umectantes

Servem para evitar que o dentifrício seque quando exposto ao ar e para dar um aspecto cremoso. Constituem de 2 a 30% das pastas. As substâncias mais utilizadas para essa finalidade são o glicerol, o sorbitol, o propileno, o glicol e o polietilenoglicol.

(15)

função de edulcorantes e aromatizantes (PRISTA; BAHIA; VILAR, 1995).

Nos dentifricios na forma de gel transparente, o sistema umectante tem uma grande importância, neste tipo de dentifrício a quantidade de água é minima e de umectante é elevada, dando a característica de transparência ao produto (NUNES, 1996).

2.4.3 Detergentes

Quase todos os dentifrícios contêm um agente espumante e redutor da tensão

superficial para melhorar a qualidade de limpeza do abrasivo. Ao baixar a tensão superficial, os detergentes fazem com que os dentifrícios molhem com mais facilidade as superficies dos dentes e facilitem a dispersão dos materiais ai acumulados. A concentração dos detergentes nos dentifrícios varia de 3 a 6%.

Um bom tensoativo deve ser insípido, atóxico e não irritante da mucosa bucal. Os sabões de sódio e potássio foram os primeiros a serem usados, porém suas desvantagens, como o elevado pH, sabor e incompatibilidade com outros componentes , tem induzido a sua

substituição por detergentes sintéticos. Estes compostos também não estão isentos, mas como

são utilizados em quantidade mais baixa, são menos agressivos para a mucosa oral (HARRY,

1990).

Os tensoativos sintéticos, que normalmente são usados como o laurilsulfato de sódio,

o laurilsulfato de magnésio e o laurilsarcosinato de sódio, podem causar danos aos tecidos moles da boca, embora in vivo, a saliva neutraliza esses efeitos (MOORE; ADDY, MORAN,

2008). 0 laurilsulfato de sódio é provavelmente o tensoativo mais utilizado e satisfaz a maioria dos requisitos, é um forte tensoativo aniônico, poderia ser o agente causador das diferentes reações na mucosa oral. A relação clinica de dentifrício com laurilsulfato de sódio e doenças da mucosa oral ainda não está bem comprovada. De acordo com Nunes (1996), o

lauril sulfato de sódio tem o papel de contribuir para solubilizar ingredientes-chave, tais como sabores e certos agentes antimicrobianos. Também tem atividade antimicrobiana e durabilidade mediana de 5 a 7 horas e ação inibidora de placa semelhante ao triclosan.

O laurilsulfato de magnésio tem a vantagem de ser ligeiramente menos agressivo do

(16)

FtSCIODONTOLOGIA

BIBLIOTECA SETORIAL

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2.4.4 Aromatizantes

0 sabor de uma pasta dentifricia, após a aplicação deve proporcionar sensações de aroma e sabor e manter-se durante algum tempo na cavidade oral.

Os aromas utilizados são os aromas cítricos como a essência de laranja, limão e tangerina. Aromas balsâmicos como mentol, cânfora, eucaliptol, timol, hortelã e pinheiro. Aromas de fruta como groselha, framboesa e banana. As composições aromáticas são usadas em concentrações entre 1 a 3% nas formulações.

2.4.5 Edulcorantes

A incorporação de edulcorantes é o de eliminar o sabor insípido provocado pelos abrasivos e o sabor amargo e irritante que é proporcionado pelos detergentes, e disfarçar o sabor dos princípios ativos. A quantidade de edulcorantes não deve ser elevada, usam-se percentagens de 0,05 a 0,3%.

Na seleção dos agentes edulcorantes, deve-se considerar a escolha de produtos com baixo potencial cariogênico, devido aos efeitos deletérios dos hidrato de carbono. Os mais usados são a sacarina e sais, sorbitol, manitol e xilitol e sais de glicerina. Clinicamente o uso do xilitol e sorbitol, através do uso de goma de mascar, foi estudado seu efeito antimicrobiano comprovado. Entretanto, faz-se necessário mais estudos para confirmar o efeito

anticariogênico dos adoçantes (LOVEREN, 2004).

Com relação ao xilitol, este apresenta um efeito inibidor sobre o S. mutans e tem sido incorporado aos dentifricios segundo Sintes et al (1995), entretanto Petersson et al. (1991), não observaram diferença quando o xilitol foi incorporado ao dentifrício. Já Fejerskov e Kidd

(2005), afirmam que o uso do xilitol como agente anti-cárie ainda não é justificado ainda que as evidências não comprovam seus efeitos.

2.4.6 Espessantes

Os espessantes são produtos semi-sólidos, transparente, de consistência gelatinosa, compostas de partículas coloidais que não se sedimentam, serve para encorpar a pasta, utilizadas para evitar a separação dos componentes sólidos e líquidos.

(17)

Podem ser compostos naturais, como o amido, a goma adragarita, o alginato de sódio,

o carragenato de sódio, a pectina e diversos silicatos coloidais, os derivados da celulose e os

ácidos carboxivinilicos. Os aglutinantes constituem cerca de 2% das composições dos dentifricios. 0 sistema espessante deve ser selecionado para conferir propriedades adequadas durante a escovação, assim como a liberação do sabor e um nível adequado de espuma. 0 papel deste sistema é manter o produto integro durante seu prazo de validade.

2.4.7 Conservantes

Nas formulações de pastas dentifricias a quantidade de água é elevada, assim sendo ocorre uma invasão de microrganismos, sendo necessário o uso de conservantes com atividades bactericidas e fungicidas. Entre os mais usados estão o metilparabeno, propilparabeno, silicato de sódio, formaldeido e ácido hidroxibenzóico. As pastas que contém elevado conteúdo de glicerina, sorbitol e de umectantes, geralmente não necessitam a incorporação de bactericidas e fungicidas (PRISTA; BAHIA; VILAR, 1992).

2.4.8 Solventes

Os solventes usados nos dentifrícios são água e o álcool, estão presentes na quantidade de 20 a 40% na preparação das pastas. 0 álcool, cuja graduação pode variar de 70 a 95% é o solvente básico, podendo ser encontrado também como diluente de essências nas formulações de pasta dentifricia (PRISTA, BAHIA, VILAR, 1992).

2.4.9 Agentes ativos

2.4.9.1 Agentes anti-sensibilidade

2.4.9.1.1 Cloreto de estrôncio

Os dentifrícios a base de cloreto de estrôncio atuam obstruindo os túbulos dentindrios

(18)

17

estimulando a formação de dentina reparativa e diminuindo a sensibilidade. Segundo Rico (1992), a indicação para o uso dessa substância nos dentifricios, uma vez que não é irritante, não é alergênica e não é tóxica, além de ser um ótimo sal neutro, com baixa toxicidade sistêmica. Dentifrícios com agentes dessensibilizantes devem ser uma das primeiras alternativas para o paciente com hipersensibilidade dentindria, já que são de fácil aquisição, baixo custo e uso rotineiro para o paciente.

2.4.9.1.2 Nitrato de potássio

Restabelece o fluxo de potássio no interior do odontoblasto perdido por estímulos externos, estabilizando a polaridade das terminações nervosas. 0 Nitrato de Potássio é reconhecido pela American Dental Association (ADA) como seguro e efetivo no controle da hipersensibilidade dentindria, e sua eficácia foi comprovada por oito estudos clínicos (PADER, 1988). Os diferentes sais inorgânicos, contidos no creme, produzem a decomposição do cálculo existente e evitam, em grande parte, a formação de novas concreções. Aqueles mesmos sais acima referidos conferem ao creme uma ligeira

alcalinidade, que se transmite à saliva e auxilia a combater as inflamações gengivais.

Foram realizados dois ensaios clínicos para verificar a capacidade de um dentifrício contendo nitrato de potássio, fluoreto estanhoso e fluoreto de sódio, para reduzir a sensibilidade dentindria. Os ensaios utilizaram um dentifrício contendo flúor e um para sensibilidade (Sensodyne F). Esses estudos demonstraram que o dentifrício com nitrato de potássio, fluoreto estanhoso e fluoreto de sódio, é significantemente melhor do que o dentifrício com flúor e o dentifrício com cloreto de potássio, triclosan e fluoreto sódio, para redução da hipersensibilidade (SOWINSKI, et al., 2001).

2.4.9.1.3 Fluoreto de estanho

(19)

2.4.9.2 Agentes protetores

2.4.9.2.1 Fluoretos

Nesta categoria estão incluídos o fluoreto de sódio, monoflúorfosfato de sódio, fluoreto estanhoso e hexametafosfato (Naf, MFP, SnF2 e Na2P03).

Os fluoretos são amplamente usados na prevenção da cárie dental. Atualmente o flúor dos dentifrícios é considerado a razão principal do declínio da cárie observado em todos os países (GIORGI; MICHELI, 1992). Além de atuar como redutor do índice de cárie (Na e MFP), destaca-se sua ação antimicrobiana que parece estar relacionada ao acúmulo e metabolismo das bactérias e á presença do ion estanho na composição (fluoreto estanhoso). fluoreto estanhoso é conhecido como maior possuidor de propriedades antiplaca. Eles possuem alguns inconvenientes como fluorose, alteração de paladar, manchas e vida útil curta. Os fluoretos são aceitos pela ADA como efetivos no controle e redução das principais doenças bucais, mas não como redutor de placa bacteriana. Considerando 0,07 mg F/kg peso corpóreo como o limite máximo de ingestão de flúor, em média estas crianças estariam sendo expostas a uma dose de risco de desenvolvimento de fluorose dentária.

O fluoreto é um agente antimicrobiano que atua como inibidor de diversas enzimas bacterianas responsáveis pela metabolização de açúcares (PRESTON, 1998). A partir dos resultados obtidos segundo Wolfgang et al. (2007), pode concluir-se que os dentifrícios

fluoretados, ligeiramente acidificados podem ter um efeito positivo sobre a remineralização do esmalte. 0 fluoreto de sódio associado à silica é mais efetivo que o fluoreto de sódio no tratamento da hipersensibilidade dentindria, tendo a grande vantagem de não afetar os tecidos moles, de ser inócuo A. polpa e de não escurecer os dentes (KERN et al., 1989; LAWSON et al., 1991). 0 fluoreto de sódio acidulado adere mais na dentina, em concentrações maiores, do que o fluoreto de sódio puro na dentina, porém, perde-se mais rapidamente.

(20)

19

2.4.9.3 Agentes antisépticos

2.4.9.3. I Triclosan

O triclosan é um agente não iônico que possui amplo espectro antimicrobiano, com atividade contra bactérias Gram-positivas , Gram-negativas e fungos. Por possuir baixa substantividade tem que ser combinado com outro produto, para aumentar sua permanência no local (VOLPE et al., 1993).

O triclosan é um antimicrobiano de baixa toxidade, largo espectro de ação antimicrobiana, que não provoca desequilíbrio da microbiota bucal e cuja principal sitio de ação é a membrana citoplasmática da bactéria. Segundo Thylstrup e Fejerskov (1994), o

triclosan apresenta ainda potencial antiinflamatório e analgésico, inibindo a formação de mediadores da inflamação (GAFFAR et al., 1995). 0 FDA (Food and Drug Administration), aprovou os dentifrícios contendo triclosan como seguros e eficazes no combate á placa bacteriana.

Sua ação baseia-se na desorganização da membrana celular e inibição inespecífica de enzimas da membrana. Ele possui amplo espectro antimicrobiano, com atividade contra bactérias Gram-positivas, Gram-negativas e fungos. Ele inibe a incorporação e metabolismo da glicose por S. mutans, S. sanguis e A. naeslundii, e a atividade de proteases tipo tripsina de

P. gingiva/is e C. gengivalis in vitro. In vivo, a eficácia antiplaca e substantividade do triclosan sozinho são limitadas. Duas técnicas diferentes são então adotadas para aumentar a sua ação. A primeira consiste em aumentar a retenção oral e diminuir o índice de liberação através da adição de um copolimero, comercialmente conhecido como Gantrez. A segunda consiste em potencializar o seu efeito adicionando citrato de zinco. E segundo Cury et al. (1997), ainda pode ser adicionado com o pirofosfato de sódio, que tern efeito antitártaro.

2.4.9.3.2 Clorexidina

A clorexidina é um dos agentes antimicrobianos mais eficaz e em geral é utilizada como padrão para comparar a potencia de outros agentes (JONES, 1997). É classificada quimicamente como uma bis-guanina, apresentando propriedades hidrofilicas e hidrofóbicas.

(21)

substantividade, é segura e efetiva. Quando em altas concentrações os efeitos da clorexidina sej am devidos a sua atividade bactericida e em baixas concentrações pela inibição de enzimas glicoliticas e proteoliticas (BEIGHTON et al., 1991). É diferente de outros anti-septicos a clorexidina mostra uma ação bacteriostatica durante 12 horas (SCHIOTT et al., 1970) Atua na desorganização da membrana celular e inibição especifica de enzimas da membrana. Ela inibe a incorporação de glicose pelos S. mutans e seu metabolismo para o Acido lático, reduz a atividade proteolitica do P. gengiva/is. Seu uso em dentifrícios pode ser indevido, pois estes apresentam detergentes, incompatíveis com a Clorexidina, reduzindo sua ação (BARKVOLL et al., 1989). 0 seu uso prolongado não é recomendado, devido a seus efeitos colaterais, entre eles a descamação da mucosa, descoloração dos dentes, alteração do paladar, sabor amargo que é dificil de mascarar, embora seja um excelente antimicrobiano (CIANCIO, 2007). Quanto maior sua concentração, maior será sua atividade antibacteriana contra anaeróbios da flora salivar (TOMAS et al., 2008).

Os resultados de dois ensaios randomizados controlados envolvendo dentifricios de clorexidina foram apresentados um por Yates et al. (1993), envolvendo um creme dental contendo 1% de clorexidina e o outro por Sanz et al. (2004), com clorexidina a 0,4%, em cada caso as pastas de clorexidina reduziu significativamente a gengivite e placa bacteriana, mas foram acompanhadas por aumento de cálculo dental e coloração.

2.4.9.3.3 Bicarbonato de sódio

Por ser o bicarbonato de sódio uma substância alcalinizante e tamponante, hipoteticamente ele poderia neutralizar os ácidos produzidos na placa dental quando da exposição ao açúcar, servem para elevar o pH. Ou seja, eles neutralizam o efeito dos ácidos produzidos pelas bactérias durante a fermentação dos açúcares em nossa boca. Tais microorganismos não resistem a pH superior a 6,0.

0 bicarbonato de sódio tem sido usado recentemente em formulações de dentifrícios, tendo sido demonstrada sua ação antimicrobiana in vitro contra estreptococos do grupo

(22)

2.4.9.4 Agentes antitartaro

2.4.9.4.1 Pirofosfato de sódio

A formação de cálculo é individual e enquanto alguns não têm deposição de calculo dental, outros o formam em alta velocidade mesmo escovando os dentes. Assim, idealizou-se a adição de substancias químicas aos dentifricios para interferir com a formação de tártaro. Resultados significativos de redução têm sido observados com dentifrícios contendo pirofosfato. Dentifrício anticálculo não remove cálculo dental, mas sim interfere com o seu mecanismo de formação, inibindo o fenômeno de mineralização (CURY et al., 1997). A nova formação de tártaro não será evitada, mas reduzida de 20-50%, o cálculo formado na presença de pirofosfato sera mais poroso facilitando sua remoção. O dentifrício anticalculo reduz a formação de cálculo supragengival, não interferindo com o subgengival.

2.4.9.4.2 Citrato de zinco

0 citrato de zinco tem a propriedade de diminuir a formação de calculo e a combinação deste sal metálico com o triclosan leva a resultados mais favoráveis, pois o citrato de zinco é mais efetivo na placa bacteriana já existente e o triclosan em inibir a sua formação.

O zinco tem maior efeito sobre superficies onde há certa quantidade de placa bacteriana, já que sua maior ação é diminuir a taxa de proliferação bacteriana na placa existente (MENDES; ZENOBIO; PEREIRA, 1995). Os sais de zinco não tendem a causar manchamento e não são tóxicos, e tem compatibilidade com os componentes dos dentifrícios. Os sais de zinco são os agentes químicos mais utilizados no controle da halitose, pois inibem a volatilização dos compostos ricos em enxofre que são liberados pelas bactérias.

21

2.4.9.5 Agentes clareadores

(23)

O principio básico esta no poder oxidante do peróxido, que descolora os dentes ao oxidar pigmentos bucais, promovendo' assim uma remoção química, existe dois mais utilizados, o peróxido de hidrogênio e o peróxido de carbamida.

Estudo comparativo entre dentifrícios contendo tiocianato/peróxido de

carbamida/fluoreto 1450ppm e outro com triclosan 0,3% copolimero (PVM-MA) 2% fluoreto 1450ppm. Comparou a saúde gengival durante seis meses. Obtiveram resultados em ambos os dentifrícios semelhantes, onde a saúde gengival melhorou (ROSIN et al., 2002).

Um estudo de prazo de seis semanas foi realizado, para avaliar o clareamento e a

prevenção de manhas extrínseca, com um novo dentifrício, contendo 1,0% peróxido de hidrogênio, 0,243% de fluoreto de sódio, tripolifosfato de sódio e silica de alta limpeza. Os participantes foram instruidos a escovar os dentes por dois minutos, duas vezes ao dia,

utilizando apenas o produto em questão, e que abstenham de usar qualquer outro produto para higiene bucal, não foram feitas restrições quanto à alimentação e tabagismo durante o curso do estudo. Verificou-se que o dentifrício proporcionou um clareamento maior e previniu

manchas extrínsecas, comparando com o controle (SOPARKAR et al., 2004).

Os agentes oxigenantes, como peróxidos e os perboratos, atuam nos microrganismos da cavidade bucal, pois a liberação local do oxigênio afeta a membrana e o DNA das bactérias. 0 uso prolongado acarreta num desequilíbrio da microbiota bucal, sendo recomendado para GUNA e pericoronarite por tempo determinado.

Além dos peróxidos ainda encontramos o bicarbonato de sódio e um agente químico chamado silica, que neste produto age como branqueador (Close-up Double). No (Sorriso Brite) outro agente químico atua como clareador, a lumina, que garante a remoção e prevenção de manhas. Já a Colgate Bicarbonato de Sódio, trás na sua fórmula o Carbonato de

sódio e o bicarbonato, um é responsável pela limpeza abrasiva, o outro deixa os dentes brancos, segundo o fabricante o agente não ataca o esmalte pois o bicarbonato usado é muito fino e em quantidade equilibrada na fórmula. As pastas clareadoras podem remover manhas superficiais de maneira eficaz com o uso repetitiva, elas também ajudam a manter brancos os dentes recentemente clareados por mais tempo.

2.4.9.6 Produtos herbais

(24)

23

eficácia (LEE; ZHANH; LI, 2004).

2.4.9.6.1 Própolis

Própolis, substância natural em forma de resina, componente das colméias de abelhas. Manara et al. (1999) em revisão da literatura, evidenciaram uma série de estudos na Area da periodontia, sugerindo ser a própolis auxiliar no tratamento da gengivite, com função antimicrobiana e inflamatória. Fuliang et al. (2005) estudou o efeito de própolis em mediadores inflamatórios em ratos, como resultado ocorreu alteração na migração dos macrófagos, além da redução de interleucina 2 e prostaglandinas.

2.4.9.6.2 Aloe vera

Aloe vera, planta das famílias das lilikeas, popularmente conhecida como babosa, é extraído de um gel de sua folha. Lotufo et al. (2005) estudos mostram a eficácia da própolis e

Aloe vera contra microrganismo orais. Atualmente, várias instituições cientificas estão

(25)

2.4.9.6.3 Jud

Obtida a partir da raspagem da casca do juazeiro (ziziphus joazeiro Mart) Arvore

típica

da regido nordeste do Brasil. É rica em saponina, um complexo molecular que da propriedades detergentes. Além da ação detergente

o

Jua também tem propriedades abrasivas, porém não

é

capaz de produzir desmineralização do esmalte dentário.

2.4.9.6.4 Sanguinarina

Sanguinarina

é

um produto vegetal derivado da Sanguinaria canadensis. 0 produto pode ser catiônico

e o

grau de substantividade

é

incerto. Como efeito adverso tem-se a sensação de ardência na boca, seu mecanismo de ação consiste em alterar a resposta inflamatória, embora com modesta inibição da 5 lipoxigenase

e

nenhuma ciclooxigenase. Segundo Lindhe, Karring

e

Lang (2005) tem sido retirado dos produtos devido ao seu potencial de causar lesões orais pré-cancerigenas.

2.4.9.6.5 Camomila / Echinacea / Ratánea / Sálvia

Os extratos vegetais da camomila, echinkea, ratánea

e

sálvia, são utilizadas porque fornecem um eficaz recurso anti-séptico

e

antiinflamatório no combate à estomatite, infecção

e

candidiase. Os ingredientes ativos desses fitoterdpicos agem nas bactérias extremamente organizadas que seletivamente aderem à superficie dos dentes

e

biofilme dental.

0 objetivo deste ensaio clinico aleatório duplo-cego foi verificar a eficácia de um dentifrício fitoterdpico na redução de placa

e

gengivite. Quarenta

e

oito voluntários com gengivite estabelecida foram aleatoriamente alocados aos grupos teste

(dentifrício

fitoterdpico)

e

controle positivo

(dentifrício

com triclosan

e

flúor). Os

dentifrícios

foram

(26)

DONTOLOGIAi

:BL1OTECA SETORIAL1

seu grupo

três

vezes ao dia por 28 dias. Houve redução significativa na quantidade de placa nos grupos teste

e

controle. No entanto, não houve diferença significativa entre os grupos. Os dois grupos experimentais apresentaram redução significativa nos

níveis

de gengivite, porém não houve diferença significativa entre eles. Não foram observadas reações adversas. Os autores

concluíram

que os dois

dentifrícios

foram eficazes na redução de placa

e

gengivite em

indivíduos

com gengivite estabelecida (OSAKI et al., 2006).

Os autores investigaram a eficácia antimicrobiana de tees agentes ativos, a clorexidina,

óleos

essenciais

e

produtos a base de ervas. Foram testadas em 40 espécies de bactérias orais. Resultados obtidos apresentados, foi que as ervas naturais inibiram

o

crescimento da maior parte das espécies teste, dentre elas Actinomyces, Eubacterium

nodatum, Tannerella Forsythia

e

prevotella, bem como S. mutans. Embora menos potente que a clorexidina, as ervas foi mais eficaz do que

o óleo

essenciais, para inibir

o

crescimento de bactérias orais in vitro (HAFFAJEE et al., 2008).

Segundo Willershausenn et al. (1991), os ingredientes herbais nas pastas

e

enxaguatórios reduzem significativamente

o índice

de placa, podendo então ser empregados no tratamento de doenças periodontais

e

na rotina profilática. De acordo com Mullaly et al. (1995), não ha diferença entre as pastas herbais

e

as convencionais, no controle de placa

e

gengivite.

Avaliou-se

o

efeito do

dentifrício

Paradontax na redução de placa

e

gengivite. Os sujeitos da pesquisa foram aleatoriamente arrolados em grupo teste (n = 15, Paradontax)

e

grupo controle (n = 15,

dentifrício

convencional com flúor). A quantidade de placa foi aferida por meio do

Índice

de Placa de Quigley & Hein modificado por Turesky (IP),

e o

grau de gengivite, pelo

Índice

Gengival (IG). Os participantes foram orientados a escovar os dentes com

o dentifrício três

vezes ao dia por 21 dias. Não houve diferença significativa entre os grupos com relação aos valores medianos de IP

e

IG no inicio do estudo

e após

21 dias. Não houve redução significativa no IP dos grupos teste

e

controle. No entanto, houve uma redução significativa no IG no grupo teste. Os resultados levaram à conclusão de que não houve diferença entre os dois dentifrícios com relação A. redução de placa

e

gengivite (PANNUTI et al., 2003).

2.5 DENTIFRÍCIOS NA PERIODONTIA

, ..1,001■1,1,4IIIINTTKI.V.Crle7M7PANNIVAYINtrr, r,, VOIMPJ

15

(27)

sobre a superfície dos dentes. As respostas imunes e inflamatórias são as primeiras responsáveis pela subseqüente destruição dos tecidos periodontais. Embora a susceptibilidade de um Indivíduo a periodontite é influenciada por vários fatores, tais como tabagismo, diabetes e genética, o peso da evidência indica que a prevenção da inflamação gengival impede a periodontite (KERDVONGBUNDIT; WIKESJO, 2003). 0 foco de qualquer tentativa de prevenir e controlar a doença periodontal é a manutenção de um nível eficaz de controle de placa por parte da higienização oral (HUGOSON et al., 2005).

Os dados disponíveis indicam que a maioria das pessoas acham dificil manter um nível de controle de placa compatível com saúde periodontal, existe uma necessidade de melhorar a higiene bucal da maioria da população, dada à importância da placa bacteriana no inicio da doença periodontal, os benefícios da adição de agentes químicos nos dentifricios iria reduzir a formação da placa e sua patogenicidade.

2.5.1 Triclosan

Os resultados apresentam várias diferenças nos estudos com triclosan, isso provavelmente é devido a diferentes composições nas suas formulações, incluindo associações com outros agentes ativos, tais como copolimeros, flúor, etanol e álcool (TANOMARO et al., 2008).

O triclosan é uma molécula com amplo espectro de atividade antibacteriana, ela é formulada nos dentifrícios convencionais, mas não é retida na boca por mais de algumas horas e, portanto, não apresenta um nível de atividade antiplaca benéfico. Para ultrapassar este problema os fabricantes adicionaram outros agentes a fim de prolongar sua ação (DAVIES, 2008).

(28)

27

Segundo Lang et al. (2002), em estudos de longo prazo, os dentifrícios com triclosan não são suficientes para suprimir a atividade anti-bacteriana na falta de higiene bucal normal, apenas atrasa o aparecimento da gengivite. Desde o ano 2000, uma série de estudos tem verificado a ocorrência de resistência do triclosan usado em produtos dérmicos, intestinais, ambientais e de microorganismos, incluindo alguns de relevância clinicas. A grande preocupação é a possibilidade de que o triclosan pode contribuir para reduzir a resistência antimicrobiana, devido â. resistência cruzada (YAZDANKHAH et al., 2006).

2.5.2 Triclosan / Copolimero

(Nabi e Gaffar 1990), a patente Número 4.894.220, Estados Unidos relaciona-se a tecnologia associada com o triclosan e o copolimero PVM/MA em produtos bucais. Segundo Panagakos et al. (2005), o triclosan usado em conjunto com polivinilmetil éter e acido maleico, tem resultados antibacterianos e antiinflamatórios. Estudos de longa e curta duração sobre a eficácia dos agentes antiplaca e antigengivite mostram efeito positivo na prevenção sobre a carie, periodontite, calculo, remoção de mancha, mau hálito e microbiota. Além destas vantagens, é seguro e eficaz.

A adição de um copolimero aumenta a captação e retenção do triclosan nas superficies bucais (placa bacteriana, dentes e mucosa). Subseqüentes estudos tem demonstrado que o creme dental Colgate Total contendo triclosan e copolimero, mantém as concentrações até 12 horas. A eficácia deste dentifrício na redução de placa dental e gengivite tem sido demonstrado em diversos ensaios clínicos randomizados e controlados (DAVIES, 2008).

Durante 6 meses foi comparado três dentifrícios contendo triclosan, sobre o efeito de sangramento gengival, placa e determinados microrganismos salivares. Foram avaliados 123 indivíduos dividido em 4 grupos. 0 primeiro grupo foi usado o dentifrício triclosan/copolimero, o segundo triclosan/citrato de zinco, o terceiro triclosan/pirofosfato e quarto grupo placebo com monofhlorfosfato. Os resultados mostraram que o grupo contendo triclosan/copolimero reduziu o índice de placa em 39%, o grupo triclosan/citrato de zinco em 6% e o triclosan/pirofosfato em 5%. 0 índice de sangramento gengival melhorou para os quatro grupos. Um aumento foi encontrado no número de Streptococcus para os grupos 2, 3 e

(29)

causar grandes mudanças na microbiota salivar (RENVERT; BIRKHED, 1995).

0 presente estudo descreve a história natural de Porphyromonas gingivalis, Actinonobacillus actinomycetemcomitans e prevotella intermedi, ao longo de um período de cinco anos e os efeitos de um dentifrício com triclosan/copolimero sobre estes organismos em uma população adulta normal. Foram coletadas amostras de placa subgengival de 504 voluntários. Foi testado a profundidade de bolsa com sondas automáticas e índice de placa. A amostragem foi repetida após 1, 2, 3, 4, e 5 anos. Os resultados após 5 anos apresentaram

considerável volatilidade de aquisição e perda de todos os três organismos nesta população.

Relativamente poucos indivíduos tinham estes organismos em múltiplas ocasiões. Embora P. gingivalis foi relacionada com perda de profundidade de bolsas, não houve relação entre A. actinomycetemcomitans ou P. intermedia e de progressão da doença durante os 5 anos do estudo. Os fumantes com P. gingivalis tinha mais profundidade de bolsa do que os não fumantes. Não houve efeito do dentifrício triclosan/copolimero em P. gingivalis ou A.

actinomycetemcomitans. Os que usaram triclosan foram mais susceptiveis de ter P. intermedia do que aqueles que não usaram o dentifrício (CULLINAN et al., 2003).

A manutenção de um nível eficaz de higiene bucal é a pedra fundamental de todas as tentativas para prevenir e controlar a doença periodontal, a generalização da prevalência da doença indica a incapacidade da maior parte das pessoas para manter um nível de controle entre placa e saúde periodontal. A inclusão de agentes antibacterianos, como triclosan e clorexidina, nos produtos de higiene bucal tem proporcionado um meio para melhorar a saúde

bucal. Os ensaios clínicos randomizados, e controlados tem demonstrado que o uso do

dentifrício contendo triclosan/copolimero, significa melhora da saúde gengival, previne o

aparecimento de periodontite e reduz ainda mais a progressão da destruição tecidual

(DAVIES, 2007).

Com o aumento do número de pastas dentifricias, recomendar um produto aos pacientes pode ser difícil para o dentista. Este estudo foi realizado através de revistas, que

continham artigos relacionados com dentifrícios que apresentavam

triclosan/copolimero/fluor e dentifrícios com fluor. Somente foram selecionados os ensaios com mais de seis meses de duração, randomizados e de duplo-cego, para controle de cárie,

placa, gengivite, cálculo, mau hálito e bolsas periodontais. Esta revisão forneceu bases sólidas

para um clinico recomendar um dentifrício contendo triclosan/copolimero/fluor, quando

comparado com um dentifrício somente com fluor (CIANCIO, 2007).

Gunsolley (2006) conduziu uma revisão sistemática na literatura para avaliar a

(30)

29

bases de dados de estudos clínicos com mais de 6 meses de duração. Dezessete estudos apoiaram o efeito anti-placa e antigengivite dos dentifricios contendo triclosan 0,30% e copolimero Gantrez 2,0%, não houve qualquer evidência para eficácia de dentifrício que contém triclosan e pirofosfato solúvel ou citrato de zinco. Dentifrício com fluoreto estanhoso tem clinicamente efeito moderado anti-placa, mas significativo efeito antigengivite. 0 maior conjunto de estudos apoiaram a eficácia de enxaguatórios com óleos essenciais e sete estudos apoiou fortemente o efeito antiplaca e antigengivite da clorexidina 0,12%. Os resultados para o cloreto de cetilpiridineo são variados, dependendo das concentrações de suas fórmulas. Os estudos nesta revisão sistemática fornecem fortes evidências dos efeitos anti-placa e antigengivite, consolidando sua indicação como parte da higiene bucal.

Panagakos et al. (2005), fizeram uma revisão abrangente dos beneficios clínicos do triclosan/copolimero na literatura.

ESTUDOS CLÍNICOS DE LONGA DURAÇÃO COM UM CREME DENTAL FLUORETADO CONTENDO 0,3% DE

TRICLOSAN E 2% DE COPOLÍMERO PVM/MA

Parâmetros do Estudo Clinico Duração dos Estudos Números de Estudos Total de Participantes nos Estudos Conclusões Placa Bacteriana e

Gengivite

6 meses 13 1.906 0 uso de um creme dental fluoretado contendo triclosan e

um copolimero produz uma redução benéfica na placa bacteriana supragengival e na gengivite.

Periodontite 2 semanas

—36 meses

7 1.220 0 uso de um creme dental fluoretado contendo triclosan e

um copolimero promove a cicatrização após a terapia periodontal não cirúrgica e reduz a progressão e a

recorrência da periodontite.

Microbiologia 6 -12

meses

5 509 0 uso de um creme dental fluoretado contendo triclosan e

um copolimero não causa o desenvolvimento de

microorganismos patogênicos, oportunistas ou resistentes.

Cálculo

Dentário

2 - 6 meses

6 624 0 uso de um creme dental fluoretado contendo triclosan e

um copolimero produz uma redução clinicamente benéfica

do cálculo dentário supragengival.

Cárie Dentária 24 — 36 meses

4 9.692 0 uso de um creme dental fluoretado contendo triclosan e

um copolimero produz uma redução clinicamente benéfica da cárie dentdria.

lialitose 12 horas 4 246 0 uso de um creme dental fluoretado contendo triclosan e

um copolimero produz uma redução benéfica da halitose.

Clareamento Dentário/ Remoção de Manchas 6 semanas —6 meses

5 508 0 uso de um creme dental Iluoretado contendo triclosan e

um copolimero produz uma redução benéfica das manchas

(31)

Quadro I — Estudos clínicos de longa duração Triclosan / CopoHiner° Fonte: Panagakos et al. (2005).

2.5.3 Triclosan / Pirofosfato

Este estudo foi feito com três dentifricios para comparar sua eficácia clinica na redução supragengival do cálculo dental. Um dentifrício contendo pirofosfato 5,0%/fluoreto de sódio 1450 ppm/silica/triclosan. 0 segundo tinha em sua composição triclosan/copolimero/fluoreto de sódio 1450 ppm/silica. 0 terceiro, citrato de zinco 0,5%/fluoreto de sódio 1500 ppm/silica/triclosan. Após 4 meses os 544 participantes, tiveram uma redução de 22% a 23% para o grupo que usou o pirofosfato, e redução de 17% a 19% para o grupo que usou citrato de zinco e o grupo que usou o triclosan não houve redução significativa na redução de formação do cálculo dental (FAIRBROTHER et al., 1997).

Recentemente os estudos tem demonstrado a eficácia do triclosan/pirofosfato contra a placa dentária, mas não gengivite. 0 triclosan só em combinação com outros ingredientes químicos demonstra moderada atividade antimicrobiana. Em contra partida, há uma série de estudos na literatura que relata a eficácia antigengivite do triclosan/copolimero, triclosan/citrato de zinco. Estes dentifrícios possuem efeitos semelhantes sobre a placa dental (McCLANAHAN; BARTIZEK, 2002).

Comparação do efeito anticálculo de dois dentifrícios contendo pirofosfato solúvel, com e sem um copolimero. Um estudo clinico duplo-cego com seis meses de duração, para comparar o efeito sobre os depósitos de cálculo supra gengival. Um creme dental contendo

1,3% pirofosfato solúvel com copolimero foi usados nos três primeiros meses, apresentou a redução de 29,54%, em relação a um placebo. Nos três meses seguintes foi usado um creme dental com pirofosfato mas sem copolimero, onde não produziu uma redução estatisticamente significante de redução de cálculo supra gengival. Conclui-se que a presença do copolimero no creme dental com pirofosfato foi essencial para obtenção de um efeito anticálculo (SINGH et al., 1990).

Segundo Petrone et al. (1991) comparam os efeitos sobre a formação de cálculo supra gengival dos seguintes cremes dentais durante três meses, usando creme dental placebo contendo 0,243% de fluoreto de sódio em base de silica, creme dental 5% pirofosfato solúvel, 0243% fluoreto de sódio em base de silica, creme dental 1,3% pirofosfato

(32)

31

resultados indicaram que os três cremes dentais produziram redução significantes na formação de cálculo supragengival na ordem de 43,8%, 46,6% e 51,0% em relação ao creme dental placebo.

2.5.4 Triclosan / Citrato de zinco

Para ultrapassar a falta de eficácia e substantividade do triclosan foi o de combinar corn o citrato de zinco, tendo este demonstrado ser substantivo e inibidor de placa bacteriana (SAXTON, 1989) e gengivite (WILLIAMS et al., 1998). Uma série de estudos clínicos de 6 meses de duração, tem demonstrado que dentifrícios contendo concentrações variadas de citrato de zinco e triclosan são significativamente mais eficaz do que um dentifrício com flúor no controle de placa bacteriana e gengivite. Não há vestígios de mudança na microbiota bucal ou desenvolvimento de resistência bacteriana.

Saxton (1989) demonstrou in vivo que um dentifrício contendo citrato de zinco 1% e

0,5% triclosan resultou em uma maior inibição da placa bacteriana do que os produtos que contenham citrato de zinco ou triclosan sozinho.

Williams et al. (1998) fizeram um estudo clinico duplo-cego com duração de seis meses, conforme as diretrizes da ADA, para avaliar a eficácia de um creme dental contendo 2% de citrato de zinco, 0,76% de MFP em base de silica, no controle de placa bacteriana e gengivite em comparação com um creme dental controle contendo 0,76% de MFP em base de silica. Noventa e nove participantes atenderam ao protocolo. Aos três meses o grupo com citrato de zinco apresentou uma redução de 25,3% de placa bacteriana e 18,8% de gengivite comparado com o controle. Aos seis meses esta redução foi ainda mais significativa para placa bacteriana de 50,2% e para gengivite de 66,7%. Os resultados deste estudo corroboram a conclusão clinica eficaz no controle de placa bacteriana e gengivite para o creme dental com citrato de zinco.

(33)

2.5.5 Clorexidina

Os efeitos secundários, tais como pigmentação extrínseca dos dentes e superfície dorsal da lingua, alteração de sensibilidade e irritação da mucosa bucal, mesmo em doses baixas tendem ser um fator negativo para o uso diário da clorexidina (CLAYDON et al., 2006). 0 anti-séptico clorexidina e cloreto cetilpiridineo interagem com dietas cromogenicas para produzir manchas extrínsecas.

O creme dental parece que afetam negativamente a atividade da clorexidina e cloreto de cetilpiridineo, especialmente se utilizado imediatamente após ou antes da escovação (SHEEN et al., 2001). A clorexidina interage com detergentes e flúor. Pode ser detectada na saliva em concentrações inibitórias após 24 horas da sua administração, sendo por isso reconhecida como padrão ouro para o controle de placa.

O objetivo deste estudo foi comparar um creme dental contendo gluconato clorexidina 0,12% e um com fluoreto de sódio. 50 voluntários com periodontite crônica foram observados, após 3 meses, o índice de placa, sangramento a sondagem e na placa subgengival, amostras de A. actinomycetemcomitans, P. gingivalis, T forsythia e T. denticola. Não houve diferença significativa entre os dois grupos. A microbiota analisada não se alterou. Pode se concluir que existe uma ligeira superioridade mas não efeitos sobre a saúde periodontal devido à incorporação da clorexidina no dentifrício (JENTSCH et al., 2006).

2.5.6 Fluoreto estanhoso / Fluoreto de amina

O objetivo de este estudo foi investigar a influencia do fluoreto amina e o fluoreto estanhoso em um creme dental e verificar a eficácia contra placa bacteriana e sangramento gengival durante quatro semanas. Quarenta e dois voluntários adultos foram examinados pelo índice placa e gengival, divididos em dois grupos um usava AmF/SnF2 mais enxaguante bucal o segundo somente dentifrício AmF/SnF2. Os resultados apontaram que o grupo que usava dentifrício mais enxaguante bucal foi mais eficaz na redução do acúmulo de placa bacteriana, bem como sangramento gengival (MADLÉNA et al., 2004).

(34)

33

dentifrício

controle de NaF, mostrou que

o índice

de placa

e

de sangramento apresentados foram semelhantes para os dois grupos.

2.5.7 Fluoreto estanhoso / Hexametafosfato sódio

Fluoreto estanhoso serve para proteger contra gengivite, placa bacteriana, caries

dentárias

e

sensibilidade, já

o

hexametafosfato de sódio

é

um poderoso combatente

antitártaro, juntos eles formam uma proteção abrangente. 0

dentifrício

com fluoreto estanhoso/hexametafosfato de sódio (Crest) impede

o

amolecimento da dentina

e

exposição

dos túbulos dentindrios (WHITE et al., 2007).

Recentemente

o

hexametafosfato de sódio foi introduzido para ajudar no controle de manchas

extrínseca.

Dois estudos independentes foram conduzidos para avaliar a sua eficácia

na remoção das manhas, um grupo usou

o dentifrício

com fluoreto estanhoso 0,454%

e

hexametafosfato de sódio (Crest Pró

Saúde) e

um controle (Colgate Total Whitening). Estes estudos foram randomizados, controlados, paralelos, duplo cegos durante 2 semanas. A

eficácia foi avaliada por exame Lobene. 0 controle positivo reduziu as manchas em 94,4%,

do mesmo modo

o

experimental fluoreto estanhoso / hexametafosfato de sódio reduziu em

96,6%. Não houve diferença significativa entre os dois (TERÉZHALMY et al., 2007).

Ramji et al. (2005) realizaram estudos para comparar a ação anti-bacteriana com um

dentifrício

contendo fluoreto estanhoso

e

hexametafosfato de sódio, no controle de cárie,

placa

e

gengivite. Num estudo de 12 horas in vivo

o dentifrício

matou cerca de 90 a 99% dos

microrganismos salivares, após uma

única

exposição.

Schiff (2005) avaliou um

dentifrício

com fluoreto estanhoso/0,454% hexametafosfato de sódio 13% (Crest)

e

um

dentifrício

comercial contendo

triclosan/copolimero controle, para avaliar a eficácia anticálculo supragengival

e

segurança a longo prazo. Este ensaio foi randomizado, duplo-cego,

e

de grupos paralelos. Durante 6 meses de estudos, constataram que

o

grupo do fluoreto estanhoso

e

hexametafosfato de sódio teve uma média ajustada de 56% menor que a do triclosan copolimero.

Winston et al. (2007) compararam a eficácia de um

dentifrício

anticálculo

experimental com fluoreto estanhoso 0,454%

e

hexametafosfato de sódio

e

um

dentifrício

controle negativo. 0 grupo experimental tinha uma pontuação mais baixa, sendo 50% em 3

meses 55% em 6 meses concluiram que

é

um inibidor da formação de cálculo.

(35)

nos últimos anos, enquanto que o peróxido é o principal produto encontrado para remover a fonte de descoloração. Varias formulações são sugeridas para inibir as manchas, recentemente um ingrediente anticálculo foi introduzido nos dentifricios o hexametafosfato de sódio e

constataram que quimicamente também remove manchas existentes e proporciona longa

duração da inibição de manchas novas. Dados clínicos e laboratoriais demonstram que o hexametafosfato de sódio traz beneficio ao clareamento dos dentes (BAIG et al., 2005).

0 efeito do mau hálito noturno é de etiologia microbiana. Como o fluoreto estanhoso e o hexametafosfato de sódio é um agente antimicrobiano de largo espectro, eficaz contra

cárie, placa e gengivite. Os potenciais efeitos sobre o mau hálito foram avaliados em dois ensaios clínicos randomizados, um controle com fluoreto estanhoso com hexametafosfato e

outro com fluoreto de sódio. 0 mau hálito foi avaliado no inicio da manhã antes de escovar os dentes e 24 horas mais tarde e depois de manhã e de noite com o produto atribuído. Os compostos sulfurados voláteis foram medidos através de um medidor (Halimeter). A

utilização do dentifrício com fluoreto estanhoso com hexametafosfato resultou na redução

(36)

35

3 CONCLUSÃO

Com base na literatura apresentada, conclui-se que:

1) Os

dentifrícios

fluoretados continuam a ser

o

método mais utilizado;

2) A maioria dos

dentifrícios

atualmente comercializados não foram testados

clinicamente;

3) Os agentes

químicos

de maior eficácia no controle de placa, via de regra, são os que possuem maior quantidade de reações adversas

e

são geralmente encontrados em soluções

para bochechos. Substancias com menos efetividade no controle de placa

e

com menor

quantidade de reações adversas como

o

triclosan associado ao citrato de zinco, gantrez ou

pirofosfato, preferencialmente são associados a

dentifrícios

fluoretados;

4) Dos agentes apresentados, aquele que mais possui evidência quanto a sua

eficácia

(37)

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