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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA RETENÇÃO DOS SELANTES RESINOSOS VERSUS IONOMÉRICOS

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Academic year: 2019

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CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA

RETENÇÃO DOS

SELANTES RESINOSOS VERSUS 1ONOMERICOS

MiRIAN PIZOLATI CARDOSO

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Odontopediatria do Departamento de Estomatologia da UFSC para obtenção do Titulo de Especialista cm Odontopediatria.

(2)
(3)

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ESTOMATOLOGIA

RETENÇÃO DOS

SELANTES RESINOSOS VERSUS IONOMÉRICOS

MiRIAN PIZOLATI CARDOSO

Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Odontopediatria do Departamento de Estomatologia da UFSC para obtenção do Titulo de Especialista em Odontopediatria.

Orientador:

Prof. Dr. Ricardo de Sousa Vieira

(4)

Meus pais, Lourival

e

Edma, meu mari-rido, Ubirajara

e

meus filhos Daniela

e

Estevão, pelo amor, apoio

e

toda

(5)

Aos professores Izabel Cristina, Joeci, Maria José e, particularmente ao meu orientador Ricardo, pelo incentivo à busca permanente do conhecimento.

amiga Nancy, pelo incondicional apoio.

Aos funcionários pela dedicação.

As

nossas auxiliares, Graziela e Mabel, pelo empenho e carinho.

Aos colegas pela amizade e horas divertidas.

(6)
(7)

I INTRODUÇÃO 6

2 REVISÃO DA LITERATURA 12

3 DISCUSSÃO 34

4 CONCLUSÃO 42

(8)

As superficies de fóssulas e fissuras dos dentes posteriores, por causa de suas características anatômicas apresentam uma alta suscetibilidade à carie.

Já em 1803, FIUNTER apud AZUL (1990) propõe o bloqueio destas fissuras ou mesmo de pequenas lesões de carie com o objetivo de preveni-las ou retardar seu desenvolvimento. Em 1895, WILSON apud AZUL (1990) documentou o uso de oxifosfato para preencher fissuras em molares permanentes que, apesar de não mostrarem sucesso para prevenção à carie, demonstrou sua visão preventiva. Em 1923, HYATT apud AZUL (1990) propôs uma técnica que ele chamou de restauração profilática onde recomendava que todos os sulcos e fissuras deviam ser abertos com broca e restaurados com amalgama, que uma envolvia restauração de amálgama Classe I em fóssulas e fissuras suscetíveis caries.

(9)

PRADO, GARONE NETO (1990) usaram o nitrato de prata para diminuir a solubilidade do esmalte das fissuras e fóssulas e AST apud AZUL (1990), em 1950, usou diferentes produtos químicos em tentativas similares, tais como, o ferrocianeto de potássio e o cloreto de cinco, para a prevenção de carie de superficie oclusal. Com esse mesmo objetivo, MILLER apud PRADO, GARONE NETO (1990), em 1951, utilizou o cimento de cobre. Inúmeras soluções químicas foram usadas em décadas passadas mostrando, assim, o interesse que sempre despertou nos pesquisadores a tentativa de evitar, ou paralisar, as caries das superficies oclusais.

Todos os dentistas reconhecem que as fóssulas e fissuras das superficies oclusais dos dentes posteriores são as areas mais suscetíveis as caries e que esta suscetibilidade está relacionada a forma e profundidade das mesmas. Estas superficies fissuradas fornecem um nicho protegido para o acúmulo da placa dental.

(10)

cariogenicas, favorece a retenção e disponibilidade de substrato cariogênico e dificulta ou impossibilita a higienização da regido.

A velocidade com a qual a lesão ocorre nestas fóssulas e fissuras é relacionada ao fato de que o fundo das mesmas estar muito próximo à junção amelo dentinária a qual é muito suscetível à cárie. Estudos epidemiológicos efetuados de 1935 a 1940, mostraram que cerca de 50% de todas as lesões cariosas, em crianças de 6 a 14 anos, ocorrem nas superficies oclusais.

Apesar do grande progresso alcançado na odontologia preventiva e do enorme declínio de prevalência da cárie, estudos recentes indicam que as caries oclusais ainda representam 50% da incidência de cárie.

Foi baseado sempre no reconhecimento de que as faces oclusais apresentavam maior vulnerabilidade à cal-le, que as antigas pesquisas odontológicas apresentaram e introduziram as dezenas de variedades de técnicas para prevenção a cárie.

(11)

fóssulas e fissuras da superficie oclusa!, formando uma barreira entre elas e o meio bucal, prevenindo, desta maneira o desenvolvimento da cárie.

A grande descoberta que deu inicio às pesquisas e ao desenvolvimento dos materiais utilizados para o selamento coube a BUONOCORE apud PRADO, GARONE NETO (1990), em 1955, ao constatar que o esmalte, quando condicionado com Acido fosfórico, aumentava a retenção dos materiais resinosos, demonstrou a exequibilidade do selamento oclusa!, como urna eficiente técnica preventiva, predizendo os beneficios potenciais da sua utilização.

0 primeiro material selador utilizado foi o Cianoacrilato, que demonstrou-se não ser adequado para uso por tempo prolongado na cavidade bucal. Pesquisas posteriores sobre materiais seladores levaram à descoberta do Dimetacrilato, produto obtido através da reação do Bisfenol A com Glicidil-metacrilato. (BIS-GMA). 0 primeiro material selador era o Nuvaseal polimerizado com luz ultravioleta.

(12)

comprometeram a eficácia do que havia sido realizado. Os insucessos dos primeiros estudos dos selantes em demonstrar o potencial profetizado, levou a uma desilusão generalizada no aspecto pratico.

Ao mesmo tempo, é surpreendente o fato desses primeiros estudos serem tão bem sucedidos, pois materiais seladores não aperfeiçoados eram geralmente aplicados em um campo clinicamente inadequado, sendo que as necessidade técnicas de aplicação não eram totalmente conhecidas e, ainda, sua utilização, com freqüência, sendo feita por profissionais inadequadamente treinados. Em resumo, as falhas estavam virtualmente garantidas.

Hoje, após mais de trinta anos do advento dos primeiros selantes resinosos, temos a comprovação de sua eficácia clinica, demonstrada por inúmeros trabalhos científicos, dentre eles, SIMONSEN (1991a) onde relata a retenção percentual de 63% após 15 anos de sua aplicação.

(13)

0 interesse no selamento com cimento de ionômero de vidro está baseado em suas propriedades de adesão química à estrutura dental e por sua capacidade de liberação de flúor.

Após esse primeiro relato de McLEAN e WILSON, muitos outros pesquisadores conduziram estudos com este mesmo direcionamento como veremos na revisão bibliográfica, sugerindo em muitos trabalhos, que a liberação de flúor destes selantes ocorreria mesmo após a perda visível deste material, já que sua inadequada retenção é sua grande desvantagem.

Autores ainda relatam um aumento da concentração de flúor nas saliva, durante o primeiro ano após aplicação de selante cimento de ionômero de vidro sugerindo que haveria um efeito preventivo também nos dentes adjacentes.

(14)

2 REVISÃO DA LITERATURA

SHAPIRA (1990) citou uma revisão de nove estudos feita por ROCK, WEATHERILL, ANDERSON (1990) sobre retenção e eficácia de selantes resinosos aplicados em primeiros molares permanentes em crianças de 6 a 8 anos de idade. 0 período principal dos estudos abrange quase 5 anos e a retenção foi de 59% para o quimicamente ativado (segunda geração)e 48% para o foto-ativado (terceira geração), sendo que esta diferença não é estatisticamente significante. Nesse trabalho citado, para melhorar a retenção vários parâmetros foram citados, tais como: tempo de condicionamento, tipo do condicionador, método de profilaxia, tipo de resina aplicada, importância e tempo de lavagem pós condicionamento.

(15)

clinico de rotina do ionômero de vidro Fuji III como selante de fissura não é confiável, até o momento."

WILLIAMS (1990) relatou que proporcionalmente as caries oclusais aumentaram em relação as cáries de outras faces, enquanto houve decréscimo na expectativa total de cáries. Acrescenta ainda que cáries ocultas são um problema dificil, e que os dentes deveriam ser selados até dois anos após sua erupção. Esta seria a regra geral altamente desejável, porém para pacientes que chegam com dentes erupcionados além desses dois anos ou que venham de outros profissionais que não os selaram, ainda assim, nesses casos o selamento é benéfico, porque cáries ocultas podem ocorrer muito tempo após a erupção. Ele relembra que na década de 60 havia a máxima: "na dúvida, restaure." Já nos anos 70, "na dúvida, observe". E mais recentemente, "na dúvida, sele."

(16)

BOKSMAN (1987) apud GEIGER (1990) comparou a eficiência dos selantes cimento de ionômero de vidro (Fuji III) com os selantes a base de Bis-GMA (Concise). Após 6 meses de acompahamento, encontrou uma retenção de

1,7% para Os primeiros

e

de 92,2% para os segundos. A experiência clinica mostrou que

o

tempo requerido para sua colocação

e

presa (em tomo de 5 minutos)

é

a sua maior dificuldade, além de ser muito quebradiço para ser usado em fissuras rasas (inferiores a 2 mm).

AZUL (1990) avaliou a prevalência de

cárie,

retenção

e

custo /eficácia de um selante de fissura quimicamente ativado (De lton) numa amostra de 622 crianças, 580 com idade de 12

e

13 anos, de ambos os sexos

e

42 com idade de 6

e

7 anos, também de ambos os sexos, 5 anos após aplicação única em molares permanentes. 0 selamento ocorreu em condições técnicas que podem ser encontradas em qualquer consultório dentário, não havendo qualquer cuidado extraordinário na aplicação, inclusive sem uso de dique de borracha. A retenção apresentada nos dois grupos de ensaio foi de 88,7%

e

88,2% de retenção completa, 6,6%

e

6,8% de retenção parcial

e

4,8%

e

5% de perda de selante para

o

grupo I

e

grupo II, respectivamente.

(17)

deciduos e permanentes recém erupcionados, ou no máximo há dois anos presentes na cavidade bucal foram selecionados 0 selante utilizado foi o Delton (J&J). A retenção observada num período de 18 meses foi de 100% para os primeiros molares deciduos, tanto superiores como inferiores, 98,4% para os segundo molares deciduos inferiores e superiores e de 97,0% nos primeiros molares permanentes

TRUMMLER, TRUMMLER (1990) relataram os resultados de uma experiência de selamento de fissuras com o selante fotopolimerizável Helioseal, num período de até 96 meses. 0 trabalho apresentado dá uma noção dos aspectos clínicos dos selamentos realizados com Helioseal fotopolimerizável. A taxa de retenção dos selamentos é determinada num período de 96 meses e a redução da cárie oclusal é discutida Em torno de 3000 selamentos são feitos cada ano nos pacientes escolares da Cidade Sto. Gall.

(18)

caso de perda total de produto foi observado

e

um caso de

cárie

foi constatado na

fiissula

disto-

oclusal

do elemento

17.

Em seu trabalho

TRUIvIMLER, TRUMMLER (1990)

citou HOROWITZ

(1977)

que obteve em

60

meses uma taxa de

retenção

de

42%

com

o

Nuvaseal,

selante

de primeira

geração. VRBIC (1986)

que obteve tam de

92%

com

Contactseal.

SIMONSEN

(1977) que

observou valores de

96%

e

100%

com Concise WhiteSealant

após 12

meses de controle.

EINWAG (1989)

com controles de

3

à

6

anos obteve taxas de

98%

à

92,5%.

Também relembra que estudos de longa

duração (4-5

anos) mostraram que

o

selamento

dos primeiros molares permite obter

redução

de

cáries

na ordem de

52

à

72%

citando

trabalhos

de

MEURMAN

et al.,

1978, CHARBENEAU

e

DENNISON,

1979,

RICHARDSON et al.,

1981

e

VRBIC, 1986.

(19)

MEJARE , MJOR (1990) em seu estudo clinico sobre selantes resinosos e ionoméricos relataram os resultados do selamento de 208 fissuras oclusais de molares e pré-molares permanentes com Fuji III, Delton e Concise WhiteSealant, onde num acompanhamento da retenção nos 6, 12 meses e depois anualmente por um período de 5 anos, constataram clinicamente que 61% dos selantes de ionomero de vidro foram perdidos nos primeiros 6-12 meses e 84% após 36 meses, embora a análise microscópica das réplicas apontasse a existência de selante retido em 93% dos dentes. A retenção observada nos selantes de base resinosa foi de 90% após 4-5 anos. Cáries foram registradas em 5% das superficies seladas com selantes de base resinosa e nenhuma cárie foi observada nas superficies seladas com ionômero de vidro. Os resultados não possibilitam nenhuma conclusão quanto a um efeito de longo prazo em termos de prevenção cárie, mas é possível que a retenção de pequenas quantidades de selantes de ionômero de vidro podem ser suficientes para prevenir a cárie em todo sistema de fóssula e fissura do dente.

(20)

22% parcialmente perdidos e 3% totalmente perdidos. Nenhuma cárie foi observada. Impressões foram tiradas das superficies oclusais que mostravam perda total ou parcial dos selantes. As impressões foram examinadas com microscópio eletrônico de varredura revelando que na maioria dos casos, o material selante ainda se encontrava no fundo das fissuras, explicando em parte, na opinião dos autores, porque o selante de ionômero de vidro previne a cárie, mesmo após parecerem ter perda total. A perda mais freqüente do selante ocorria nos segundos molares superiores, especialmente em sua fossa distal, dada ao dificil controle da umidade nestes dentes incompletamente erupcionados nesta idade. MCKENNA, GRUNDY (1987) apud TORPA-SAARINEN, SEPPÁt (1990) encontraram 93% de retenção completa com um selante de ionômero de vidro, após 6 meses, sendo comparável à retenção dos selantes resinosos no mesmo período.

(21)

SIMONSEN

(1991a)

num trabalho onde discute a

retenção e eficácia

dos

selantes após 15

anos, apresentou os dados relativos a

retenção

de um

selante

branco (Concise) por

superficie

em primeiros molares permanentes. Nos primeiros

5

anos,

82%

apresentavam

retenção

completa,

10,9%, retenção

parcial,

0,5%,

perda

e 6,6% , restauração/cariado.

Aos

10

anos

56,7%

apresentavam

retenção

completa,

20,8%, retenção

parcial,

6,9%,

perda

e 15,6% restauração/cariado.

Aos

15

anos,

27,6%

apresentavam

retenção

completa,

35,4%, retenção

parcial,

10,9%,

perda

e 26,0%

apresentavam

restauração/cariado.

0

método utilizado no estudo foi de

seleção aleatória

de um grupo de

200

pacientes com idade de

5

a

15

anos

que

tiveram seus dentes selados com Concise

WhiteSealant

(3M). 0

trabalho foi realizado por um

único

profissional,

acompanhado por uma assistente treinada

e

em um

consultório

completamente

equipado. Deste grupo foram selecionados

97

que tiveram os

4

primeiros molares

permanentes selados no mesmo atendimento. Um

terço

deste grupo,

33

pacientes

foram selecionados aleatoriamente

e

acompanhados periodicamente, sendo

que

nos primeiros

5

anos,

24

foram examinados, aos

10

anos,

28 e

aos

15

anos

24.

SUNDFE,LD

et al.

(1992)

num estudo comparativo entre

o selante Conci

se

(3M) e

Prisma-Shield (Caulk

& Denstsply),

num

período

de

18

meses,

(22)

margem,

3

perda em grande

extensão e

nenhuma perda em toda

extensão e

nenhuma perda total.

0 selante

Prisma-Shield também foi aplicado em

21 superficies

onde

4

apresentaram

retenção

total,

8

perda parcial do

selamento

na

margem,

7

perda em uma grande

extensão, 2

perda em toda a

extensão e

nenhuma

perda total. Os

selantes

foram aplicados na

superficie oclusal, após

adequada

profilaxia

dental com pedra-pomes

e água,

seguido de isolamento absoluto

e

condicionamento

ácido do

esmalte com

Acido fosfórico 6. 37%,

pelo tempo de

2

minutos.

DIM

(1992)

apresentou

o

resultado de

retenção

do

selante e autopolime rizável

De

lton (J&J) após 6,12,18 e 24

meses em

crianças

de

6

a

9

anos, onde nos

pré-molares foi de

95,6%, 92,2%, 90,6% e 87,5%,

respectivamente.

JA

nas

superficies

dos molares permanentes, os indices de

retenção

foram de

92,8%, 87,0%, 82,0% e 74,8%,

respectivamente.

MILLS, BALL

(1993)

realizaram um experimento clinico em

53 crianças

de idades entre

5

à

16

anos. Utilizaram um

selante

resinoso

autopolimerizável, o

De

lton (J&J) e

um cimento de

ionômero

de vidro tipo cermet,

o Ketac-Silver.

Foram selados

120

pares contra-laterais iguais

e

em

sítios

de

fóssula e

fissura, em

primeiros

e

segundo molares permanentes. Todos os

sítios,

para ambos materiais,

(23)

suprida pelo kit De

lton,

lavados por

15

segundos com seringa

tríplice. 0

primeiro

molar permanente foi selado no grupo com idades de

11

aos

16

anos. No

retorno

aos seis meses,

o selante

De

lton

estava presente em

76 (74%) superficies,

parcialmente presente em

15 (15%) superfícies e

ausente em 11(11%)

superficies,

num total de

102 superficies

examinadas. Aos

12

meses, estava presente em

64 (65%) superficies,

parcialmente presente em

18 (18%) superficies e

ausente em

17 (17%) superficies,

num total de

99 superficies

examinadas. Aos

24

meses,

estava presente em

34 (58%) superficies,

parcialmente presente em

10 (17%) e

ausente em

15 (25%) superficies,

num total de

99 superficies

examinadas.

Já o

cimento cermet

(Ketac-Silver),

aos

6

meses, estava presente em

95 (93%) superficies,

parcialmente presente em

3 (3%) e

ausente em

4 (4%),

num total de

102 superficies

examinadas. Aos

12

meses, estava presente em

80 (81%)

superfícies

examinadas, parcialmente presente em

13 (13%) superficies e

ausente

em

6 (6%) superficies,

num total de

99 superficies

examinadas. Aos

24

meses,

presente em

49 (83%) superficies,

parcialmente presente em

6 (12%) superficies e

ausente em

4 (6%) superficies,

num total de

99 superficies

examinadas. Os dados

apresentados,

quando

analisados de acordo com a idade do grupo,

mostraram

que

a

diferença

de

retenção é estatisticamente significante

no grupo de

5

a

10

anos a

(24)

ideal, com as crianças mais jovens ou em pacientes com problemas comportamen tais.

MURRAY, NUNN (1993) citaram a Sociedade Britânica de Odontopedia tria que continua apoiar fortemente o uso dos selantes como medida preventiva para superficie oclusal.

STADTLER (1993) num estudo que envolveu 534 selantes e restaura ções de fássulas e fissuras, por um período de cinco anos, apontou uma taxa de retenção de 94,3% e 77,2% em relação a perda total ou parcial, respectivamente. Concluiu que os selantes e restaurações de fóssulas e fissuras parecem ser recomendados tanto para a prevenção, como para tratamento tradicional para defeitos iniciais, uma vez que é preservada maior substância dental do que com métodos convencionais de restauração. Neste estudo, as resinas utilizadas foram o Contact Seal (Vivadent), Durafill flow (Kulzer), Delton (J&J), Estilux SC (Espe), Helioseal (Vivadent) e o selante Concise da 3M. Para as restaurações, foram utilizadas Brilliant Lux (Coltene), Estilux Posterior (Espe), Durafill (Kulzer) e Occlusin (ICI).

(25)

respectivamente 78%, 94% e 85% (considerando os completamente e parcialmente retidos).

KIDD, JOYSLON-BECHAL (1994) num artigo sobre atualização em selante de fóssulas e fissuras, comentaram os resultados dos selantes resinosos autopolimeiizaveis com 50% dos dentes permanecendo completamente selados após 10 anos. Sobre os selantes de ionômero de vidro, apesar da consideração quanto a liberação de flúor, condenaram a fraca retenção, mesmo em períodos

curtos de 6 à 12 meses.

BARATIERI, MONTEIRO JUNIOR (1994), num estudo sobre a influência do tipo do Acido (fosfórico ou maleico) na retenção de selante de fóssulas e fissuras, verificaram uma taxa de retenção do selante WhiteSealant (3M) de 98,4% aos 6 meses e 96,8% aos 12 meses para o grupo submetido a ataque com ácido fosfórico e de 97,5% aos 6 meses e 95% aos 12 meses, para o

grupo submetido à ataque com Acido maleico. 0 estudo foi desenvolvido em 60 crianças com idades de 8 a 13 anos e foram selados 220 primeiros molares.

(26)

num período de 6 meses, em 39 dentes molares e pré-molares sem sinais clínicos e radiográficos de lesão de cárie, sob isolamento absoluto. Após esse período, observaram perda clinicamente significante de 36,4% dos selantes aplicados. 25% dos selantes perdidos ocorreram com De1ton, 16,6% com Ketac-Cem com condicionameto Acido e 58,34% de perdas foram observadas com Ketac-Cem sem condicionamento Acido do esmalte.

FORSS, SAARNI, SEPPÀ (1994) comparando a retenção dos cimentos ionoméricos versus resinosos num estudo clinico de 2 anos, envolvendo 166 crianças, onde, de um lado, os dentes foram selados com Fuji HI e, do outro lado, com Delton fotopolimerizável, observaram uma taxa de retenção após o período, num mesmo par de molar de 26% para o primeiro e 82 % para o segundo,

caracterizando que a retenção do selante de ionômero de vidro foi marcadarnente inferior ao resinoso. Para ambos os grupos selados somente 4,6% das superficies tornaram-se cariadas, sugerindo ou mecanismos diferentes para prevenção da cárie dos materiais seladores ou baixa incidência de cárie no grupo examinado.

(27)

foram feitas várias reaplicações, procedimento assumido como aceitável. No período apresentaram os seguintes resultados quanto as taxas de retenção: aos 6 meses, para 128 dentes molares superiores, as taxas de retenção (retenção completa mais retenção parcial) foi de 75% (29,7% a retenção parcial). Nos 132 molares inferiores, a retenção foi de 90,9% (retenção parcial de 59,1%). A retenção no total de 260 superficies foi de 83,1% (44,6% retenção parcial). Aos 12 meses, nos 108 molares superiores, retenção de 61,1% (parcial 13%). Nos 115 molares inferiores, retenção de 77,4% (parcial 42,6%), totalizando nas 223 superficies, retenção de 69,5% (parcial 28,3%). Aos 18 meses, nos 89 molares superiores, retenção de 53,9% (parcial 12,4%). Nos 94 molares inferiores, retenção de 88,3% (parcial 33,o%), totalizando nas 183 superficies retenção de 71,6% (parcial 23,0%). Aos 24 meses, nos 71 molares superiores examinados, retenção de 54,9% (parcial 15,5%). Nos 81 molares inferiores, retenção de 85,2% (parcial 23,5%), totalizando nas 152 superficies examinadas, retenção de 71,1% (parcial 19,7%). Aos 30 meses, nos 49 molares superiores examinados, retenção de 55,1% (parcial 20,4%). Nos 57 molares inferiores, retenção de 73,7% (parcial

(28)

superiores foi de 9,3% no primeiro ano, 13% no segundo ano e 14,8% no terceiro ano. JA nos inferiores foi de 3,2%, 11,3% e 16,1% respectivamente. 0 efeito preventivo 5. cárie dos selantes de ionômeros de vidro depende tanto da retenção, como da liberação do fluor. Nesse estudo, a taxa de retenção foi mantida por reaplicações de selante por três anos. Redução de cáries foi de 76,1% em um ano, 69,9% em dois anos e 66,5% em três anos. Reaplicação é um procedimento aceitável e parece melhorar a redução de caries, concluirarn os autores.

SIPAHIER, ULUSU (1995) num experimento clinico de 12 meses de duração, avaliaram a retenção e a incidência de cárie nos primeiros molares de crianças de 6 à 15 anos, selados com Ketac-Silver e De1ton autopolimerizável. experimento foi desenvolvido em 100 crianças, onde no retomo dos 6 meses, 94 foram examinados e no retomo dos 12 meses, 86 foram examinados. Os primeiros molares foram selados em cada lado da boca corn um tipo de selante e com outro tipo no contralateral, com condicionamento ácido e sob isolamento relativo.

(29)

cáries

e

80 estavam higidas. Para

o

selante Delton, aos 6 meses, em 94 superficies examinadas, 56 (59,57%) estavam com

o

selante totalmente retido, 25 (26,6%) parcialmente retido

e

13 (13,83%) totalmente perdido. Duas (2,13%) apresentavam caries e 92 (97,87%) estavam higidas. Aos 12 meses, das 86 superfícies examinadas, 35 (40,70%) apresentavam selante totalmente retido, 41 (47,67%) parcialmente retido

e

10 (11,63%) totalmente perdido. Cinco (5,81%) apresentavam caries

e

81(94,19%) permaneciam higidas.

Os resultados apresentados aos 6

e

12 meses, levaram os autores a não considerarem

o

cimento de ionômero de vidro Ketac-Silver uma alternativa aos selantes de Bis-GMA.

(30)

um universo final de

405

pares de dentes examinados no

fim

do

período,

252 (62,2%)

apresentaram perda

(+

que

2/3

da

superficie

sem

selante)

de ambos os

selantes, 40 (9,9%)

pares

apresentar= retenção

do

ionômero

e

perda do

Bis-GMA. 71

pares

(17,5%)

perda do

ionômero

e

retenção

do

Bis-GMA. 42

pares

(10,4%) .

Em

relação

à

cáries,

dos

824

dentes examinados, somente

37

terminaram cariados,

6

selados com

ionômero

e

31

com

Bis-GMA.

HA que

considerar

ter sido

o

estudo elaborado em Area

fluoretada

e

uso predominante de

dentifficios fluoretados.

ZUANON

et al.

(1995)

numa

comparação

de cinco

selantes oclusais

de

base resinosa, um

autopolimerizável,

De

lton

e

4 fotopolimerizáveis, Estiseal,

Prisma, Concise

e

Degufill,

por um

período

de

6

meses, observaram uma taxa de

retenção

de

87,2%

entre todos os

selantes,

com percentual maior para os

fotopolimerizáveis.

Dos dentes selados,

98,5%

mantiveram-se

higidos,

enquanto

somente

51,2%

dos dentes

controle

se mantiveram sem

cáries.

FREIRE

et al.

(1995)

avaliaram a

eficácia

do

selante

na

prevenção

A cárie

oclusal após

três

anos de

aplicação

em escolares da rede

pública

de Goiania

-

GO.

O selante

utilizado foi De

lton (J&J) autopolimerizável,

com profilaxia com

taça

de

(31)

molar permanente apresentaram-se totalmente retidos, 19,3% parcialmente retidos

e

43,5% totalmente perdidos. Todas as superficies oclusais nas quais

o

selante permaneceu retido mantiveram-se higidos. Apesar do alto percentual de perda total do selante, uma porcentagem elevada, 48,6%, das superficies dos molares

e

pré-molares apresentaram-se higidas. Nas superficies com perdas parciais de selante, 80,6% das faces oclusais dos pré-molares

e

molares permaneceram higidas.

ARANDA,

GARCIA

-GODOY (1995) relataram um experimento onde avaliaram clinicamente a retenção

e

desgaste de um cimento de ionômero de vidro fotopolimerizavel experimental (GC América, Chicago, IL., E.U.A). Um total de 25 pacientes de 7 à 14 anos foram selecionados na Clinica de Odontopediatria do Centro de Ciências da Saúde da Universidades do Texas, em San Antônio. Os pacientes residiam em areas sem água fiuoretada. Cada dente teve isolamento relativo, foi condicionado e então o cimento de ionômero de vidro experimental fotoativado aplicado. A oclusão foi corrigida,

após o

selante ter sido fotopolimerizável. Um total de 95 selantes foram colocados

e

acompanhados nos

12 meses seguintes. Os resultados mostraram após 12 meses, que com inspeção clinica visual, todos os selantes eram clinicamente evidentes.

Entretanto, a avaliação SEM revelou que mesmo após 12 meses, embora um considerável desgaste tivesse ocorrido,

o

ionômero de vidro era evidente no

(32)

desenvolvido nestes dentes. Os resultados revelaram o potencial do cimento de ionômero de vidro como selante de fóssulas e fissuras mesmo quando não detectável visualmente dur ante o exame clinico.

KARLZEN-REUTERVING, VAN DIJKEN (1995) num acompanhamen to de três anos de um selante resinoso e de um cimento de ionômero de vidro, apresentaram os seguintes dados relativos á. 148 primeiros molares (62 superiores e 86 inferiores) Os molares foram selados em pares com Delton e Fuji III. Antes do selamento, as fissuras foram limpas com pedra-pomes e água. Quando Delton foi usado, a fissura sofreu condicionamento ácido fosfórico à 37% por 20 segundos, lavagem com água por 20 segundos e secado cuidadosamente. Os selados com Fuji III foram limpos com Acido poliacrilico à 40% por 20 segundos, lavados com Agua por 10 segundos e secados com seringa de ar. A retenção total do Fuji III foi de 79,7% aos seis meses, 72,2% aos 12 meses, 43,8% aos 24 meses e 27,8% aos 36 meses. A incidência de cárie foi de 1,4% (1 dente) aos 24 meses.

A retenção total do De1ton foi de 98,7% aos 6 meses, 97,2% aos 12 meses, 90,3% aos 24 meses e 79,2% aos 36 meses. A incidência de carie foi de 1,4% (1 dente) aos 6 meses, 1,4% ( 1 dente) aos 12 meses e 1,4% (1 dente) aos 36 meses.

(33)

a) o selante de resina exibe melhor retenção que o de ionômero de vidro. Alguns materiais restauradores a base de ionômero de vidro, entretanto tem mostrado melhor retenção que selantes de ionômero de vidro, mas pior retenção que compostos resinosos;

b) os beneficios da prevenção de cáries à partir do uso do ionômero de vidro vis-a-vis com o selante resinoso ainda oferecem dúvidas. Os seis estudos que especificamente comparam ionômero de vidro e selantes resinosos ou materiais restauradores no mesmo estudo, três consideraram resina superior para a prevenção, dois não constataram diferença e um considerou o ionômero de vidro superior.

(34)

período

superior à 9 dias, concluindo ser

o

selante Fluroshield muito mais efetivo

que Baseline

e

que sua performance clinica era comparável àquela de outros selantes resinosos inertes (sem liberação de fluor).

WILLIAMS et al. ( 1996) relataram um experimento clinico de 4 anos comparando ionômero de vidro

e

resina usado como selante de fissura em termos de retenção

e

efeito cariostático. 0 experimento foi aplicado em 990 primeiros molares permanentes, de crianças de 6 à 8 anos. Os selantes usados foram Fuji III

e

Delton. No primeiro "recall" aos dois anos foi observado uma retenção total de

4% somente para

o

Fuji

e

de 80% para

o

Delton. Na segunda avaliação aos 4 anos, a retenção observada foi de 4% para

o

Fuji

e

a do Delton de 61%. Em termos de cáries, no fmal do estudo, foram examinados 354 dentes onde naqueles tratados com Fuji, 11 aos 2 anos e 20 aos 4 anos, estavam cariados,

e

os dentes tratados com Delton, 2 aos 2 anos e 12 aos 4 anos.

(35)

Embora os resultados de retenção para os 3 primeiros anos de aplicação serem comparáveis para os selantes de primeira

e

segunda geração, a eficácia do primeiro declinava a partir do terceiro ano. Os resultados dos selantes de segunda geração são altamente favoráveis, com aproximadamente 50% das superficies oclusais completamente cobertas pelo selante, citando aqui os trabalhos de ROMCKE et al.(1990)

e

SIMONSEN (1991).

RIPA (1993) apud HANDELMAN, SHEY (1996) relatou os resultados dos últimos 5 anos dos selantes de terceira geração são similares com aqueles de segunda geração.

SIEGAL, FARQUHAR, BOUCHARD (1997) citaram os dados da Pesqui sa Nacional de Saúde

e

Nutrição de 1988-1991, onde se mostrou que 80% das caries encontradas estavam relacionadas com caries de fóssulas

e

fissuras.

(36)

3 DISCUSSÃO

Ainda que a incidência de cárie apresente um perfil declinante, devido a intensificação dos métodos preventivos corno a fluoretação de dentifrícios e águas, desenvolvimento de hábitos higiênicos e alimentares mais adequados, ela

continua afetando, mesmo em países como os Estados Unidos, 50% das crianças abaixo dos 10 anos e dois terços dos adolescentes com 15 anos. E nesse universo, as caries de fóssulas e fissuras representam mais de 80% dos casos, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição, 1988-1991, SIEGAL, FARQUAR, BOUCHARD ( 1997).

Com certeza, esses dados se transportam, no mínimo, com a mesma intensidade para a realidade brasileira. Sendo assim, o selamento de fóssulas e fissuras é um procedimento dos mais recomendáveis para a prevenção das caries oclusais, como atestam inúmeros trabalhos já publicados sobre esse tema.

(37)

prevenção da cárie , é clara a superioridade dos selantes de base resinosas em termos de retenção e manutenção da higidez das f8ssulas e fissuras, apontada na maioria da literatura revisada. Tanto que a Sociedade Britânica de Odontopediatria (B.S.P.D.) não hesita em recomendar a não substituição dos selantes resinosos pelos selantes de ionômero de vidro e nem mesmo pelas resina com carga, até que estudos posteriores sejam mais conclusivos, MURRAY, NUNN (1993). Numerosos trabalhos revistos provam a eficácia dos selantes na prevenção da cárie de superficie oclusal, sendo essa eficácia dependente da retenção observada.

0 mecanismo de retenção dos selantes resinosos e dos selantes de ion8me ro de vidro é obtida de forma diferente. Enquanto nos selantes resinosos esta retenção se da por adesão fisica, conseguida pelo embricamento da resina fluida nos microporos formados no esmalte após o codicionamento ácido, nos selantes de ionômero de vidro, esta adesão é química, não necessitando condicionamento ácido prévio. A unido entre o cimento ionômero de vidro e a superficie de hidroxiapatita do esmalte é feita por ligações de hidrogênio e interações i6nicas.

(38)

No clássico trabalho de SIMONSEN (1991a), ele observou uma retenção de 63% (28% totalmente e 35% parcialmente retidos) após 15 anos de acompanhamento.

Com 10 anos de acompanhamento, WENDT, KOCH (1988) apud RIPA (1993) encontraram 94% de retenção, SIMONSEN (1991a) relatou 78% de retenção e ROMCKE et al (1990) apud RIPA (1993) observaram 85% de retenção.

TRUMMLER, TRUMMLER (1990) em 8 anos, verificaram retenção de 96% e EINWAG (1989) apud TRUMMLER, TRU1VIMLER (1990) encontrou 92,5% de retenção num periodo de 6 anos.

(39)

(1977) foi o selante resinoso de primeira geração Nuvaseal, ativado por luz ultra-violeta.

Com 3 anos de acompanhamento, os seguintes autores encontraram taxas de retenção acima de 70%: EINWAG (1989) apud TRUMMLER, TRUMMLER (1990) observou 98% de retenção, KARLZEN-REUTERVING, VAN DIJKEN (1995) anotaram 79,2%, ROCK, WEATHERILL, ANDERSON (1990) relataram 77% de retenção e ROCK (1996) encontrou 70% de retenção. Apenas FREIRE (1995) encontrou 57% (37% totalmente e 19% parcialmente retidos) de retenção.

Nos trabalhos com 2 anos de acompanhamento, os autores WILLIAMS et al. (1996), KARLZEN-REUTERVING, VAN DIJKEN (1995), FORS S, SAARNI, SEPPA (1994)

e

DINI (1992) documentaram indices de retenção igual ou superiores a 80%, com exceed() de MILLS, BALL (1993) que relataram 75% de retenção (58% totalmente

e

17% parcialmente presentes).

Com 12 e 6 meses de acompanhamento todos os trabalhos revisados mostraram indices de retenção superiores a 86%.

(40)

CROLL (1990) observou pequeno sucesso na utilização de cimento de ionômero de vidro e cermet como selante oclusa! e SHAPIRA (1990) contra-indicou o uso do ionômero de vidro para selamento de fássulas e fissuras.

Num período de 4 anos de acompanhamento, WILLIAMS et al. (1996) encontraram retenção de 4%.

Com 3 anos de acompanhamento, KOMATSU et al. (1994) indicaram retenção total de 70,3%, KARLZEN-REUTERVING, VAN DIJKEN (1995) observaran retenção total de 27,8% enquanto MEJARE, MJOR (1990) apontaram perda de 84% para este período.

Nas pesquisas com 2 anos de acompanhamento, MILLS, BALL (1993) mostraram retenção de 83%, enquanto FORSS, SAARNI, SEPPA (1994) obtiveram apenas 26% de retenção nesse mesmo período.

(41)

KIDD, JOYSTON-BECHAL (1994) condenaram a utilização do cimento ionômero de vidro como selante de fóssulas e fissuras, mesmo para períodos curtos de 6 a 12 meses. E para corroborar, BOKSMAN et al. (1987) apud GEIGER (1990) relataram taxa de retenção de 1 ,7% para período de 6 meses.

Num acompanhamento de 4 meses, TORPPA-SAARINEN, SEPPÀ (1990) encontraram 75% de retenção.

Entretanto, apesar desses baixos indices de retenção encontrados, deve mos lembrar da capacidade de liberar flúor dos cimentos de ionômero de vidro e que segundo alguns trabalhos, MEJARE, MJOR (1990), TORPPA-SAAR1NEN, SEPPA (1990) e ARANDA, GARCIA-GODOY (1995), a incidência de cárie encontrada foi muito baixa ou nula, sugerindo que o ionômero de vidro estaria retido no fundo das fóssulas e fissuras, mesmo quando não clinicamente detectável.

(42)

Critérios devem ser seguidos, tanto ao

nível

da seleção do paciente,

quan

to da

seleção

do dente.

Quanto da seleção do paciente, deve-se considerar:

a) crianças com

necessidades especiais. Selamento de toda

superficie oclusal

dos

dentes permanentes deve ser considerado

para

aquelas com comprometimento

médico, incapacidade

fisica

ou mental,

dificuldade

de aprendizagem, ou para

aquelas oriundas de baixo

nível

social;

b) crianças com grande incidência de caries na primeira dentição, devem ter todos

os molares permanentes selados

o

mais cedo

possível

após

sua

erupção;

c) crianças com higiene oral

deficiente, com

dieta

cariogenica

e

extremamente

resistentes as mudanças

desses hábitos:

d) crianças que

não

apresentaram caries na sua primeira

dentição, não

necessitam

ter seus primeiros molares selados rotineiramente, embora esses dentes tenham que

ser acompanhados em intervalos regulares.

(43)

a) sei antes de fissura tem seus grande beneficios nas superficies oclusais dos molares permanentes. Outras superficies no devem ser negligenciadas, em particular as fóssulas do cíngulo dos incisivos superiores;

b) selantes devem ser normalmente aplicados assim que o dente selecionado erupcione o suficiente para permitir o controle da umidade;

c) qualquer criança com cárie oclusal num primeiro molar permanente, deve ter as fissuras dos outros primeiros molares permanentes seladas;

(44)

4 CONCLUSÃO

De acordo corn a bibliografia revisada, pode-se concluir que os selantes resinosos continuam sendo aqueles que apresentam as maiores taxas de retenção, quando comparados com os selantes a base de cimento de ionômero de vidro.

(45)

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