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A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES DE GEOGRAFIA NO PARANÁ ATRAVÉS DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL (PDE)

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A FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES DE GEOGRAFIA NO PARANÁ ATRAVÉS DO PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO

EDUCACIONAL (PDE)

Ana Claudia Biz anaclaudiabiz@yahoo.com.br UNIOESTE-FBE INTRODUÇÃO

O texto que segue apresenta resultados parciais de pesquisa em andamento no Programa de Pós-graduação em Geografia na Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), campus de Francisco Beltrão.

Através da pesquisa pretendemos entender o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) na formação dos professores de Geografia.

O Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) teve as discussões iniciais em 2003 e o principal propósito foi de valorizar a educação no estado do Paraná. É fruto de parceria entre a Secretaria do Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e foi implantado no ano de 2006. A primeira turma iniciou efetivamente em 2007. Pelo PDE o professor do Ensino Básico tem oportunidade de retornar à universidade, para continuar sua formação, aprofundando e qualificando seus conhecimentos.

O PDE tornou-se um Programa do estado do Paraná pela Lei Complementar nº 130, de 14 de julho de 2010 com objetivo de proporcionar aos professores da rede pública de ensino básico, novos conceitos teórico-metodológicos.

O PDE foi efetivado em parceria com as universidades federais, estaduais e faculdades do estado do Paraná, num total de quatorzeinstituições, são elas: EMBAP - Escola de Música e Belas Artes do Paraná; FAFIPA - Fundação de Apoio à FAFIPA; FAFIPAR - Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Paranaguá; FAFIUV - Faculdade Estadual de Filosofia ciências e Letras de União da Vitória; FAP - Faculdade de Artes do Paraná; FECILCAM - Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão; UEL - Universidade Estadual de Londrina; UEM -Universidade Estadual de Maringá; UENP - Universidade Estadual do Norte do Paraná; UEPG - Universidade Estadual de Ponta Grossa; UFPR - Universidade Federal do Paraná;

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UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro- Oeste; UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná; UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

De acordo com o Documento Síntese do PDE, o Programa surge como uma forma de reformular as políticas públicas do estado do Paraná, oferecendo formação diferenciada aos professores, pois proporciona o retorno deles às atividades acadêmicas. O PDE é também tido como uma forma de consolidação das DCEs1, visto que são as bases estruturantes dos professores. A proposta de formação continuada do PDE é caracterizada pelos princípios inovadores de formação no espaço escolar.

Neste artigo apresentaremos alguns levantamentos realizados até o momento, referentes à pesquisa feita com os professores ingressantes no PDE em 2014.

Realizamos entrevistas e questionários com os professores de Geografia, ingressantes em 2014, para a coleta de dados, e, posteriormente sistematizamos as principais informações recolhidas.

O PDE ENQUANTO FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES

Nóvoa, (1992), destaca a importância de uma formação de professores que estimule a perspectiva crítica-reflexiva. Ele menciona de que não pode ser formação por acumulação, mas proporcionar reflexões e discussões de práticas.

A formação de professores deve ser concebida como uma das componentes da mudança, em conexão estreita com outros sectores e áreas de intervenção, e não como uma espécie de condição prévia da mudança. A formação não se faz antes da mudança, faz-se durante, produz-se nesse esforço de inovação e de procura dos melhores percursos para a transformação da escola. É esta perspectiva ecológica de mudança interactiva dos profissionais e dos contextos que dá um novo sentido às práticas de formação de professores centradas nas escolas (NÓVOA, 1992, p. 17).

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O processo de formação continuada, na carreira profissional do professor, é de fundamental importância, assim, como podemos ver em Kadri; Campos; Souza, 2011, a formação continuada pode ser vista como um desenvolvimento que o professor tem durante sua carreira profissional, como uma continuação da formação inicial deste professor.

(...) o discurso da formação continuada surge com a intenção de adequar os professores aos tempos atuais facilitando o aperfeiçoamento de sua prática educativa e adaptá-la às necessidades presentes e futuras. Historicamente, a formação de professores fundamentada na racionalidade técnica e sua visão determinista e uniforme da tarefa de ensinar, reforçada pelos processos de pesquisas positivistas e quantitativos, potencia modelos de treinamento que perduram até a contemporaneidade (BACH; SANTOS, 2011, p.5780).

A formação continuada oportuniza ao professor a oportunidade de reflexão, aprofundamento do seu conhecimento da sua formação inicial.

A formação continuada não pode ser concebida como um meio de acumulação (de cursos, palestras, seminários, etc., de conhecimentos ou de técnicas), mas sim através de um trabalho de reflexividade crítica sobre conhecimentos e práticas, de (re)construção permanente de uma identidade pessoal e profissional. É nessa perspectiva que acredito ser necessário pensar os processos de formação continuada e, a partir dela, incorporar diferentes estratégias, tanto presenciais como à distância (CANDAU, 2009 p.70).

O PDE se apresenta como formação continuada, que visa possibilitar ao professor realizar pesquisa, com o auxílio de umorientador, para se qualificar e aprofundar os conhecimentos.

(...) o PDE é um programa de formação continuada implantado em 2006, envolve mais de 1000 docentes de instituições públicas de ensino superior, sendo 80% das Universidades e Faculdades Estaduais do Paraná e 20% das Universidades Federais, e cerca de cinco mil professores da rede pública estadual (KADRI; CAMPOS; SOUZA, 2011, p.123).

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No PDE o professor encontra métodos e metodologias diferenciadas,tendo em vista de que, ao estar em sala de aula, com horários cheios, não tem disponibilidade, nem tempo para pesquisa.

De acordo com o Documento Síntese do Programa(2012), os pressupostos do PDE consistem em:

a) reconhecimento dos professores como produtores de conhecimento sobre o processo ensino-aprendizagem;

b) organização de um programa de formação continuada atento às reais necessidades de enfrentamento de problemas ainda presentes na Educação Básica;

c) superação do modelo de formação continuada concebido de forma homogênea e descontínua;

d) organização de um programa de formação continuada integrado com as instituições de ensino superior;

e) criação de condições efetivas, no interior da escola, para o debate e promoção de espaços para a construção coletiva do saber (PDE, 2012, p.3-4).

A formação continuada ofertada no PDE vem como forma de solucionar as dificuldades que o professor encontra em seu dia a dia, na escola.

Conceituamos como Formação Continuada, no âmbito desse Programa, o movimento permanente e sistemático de aperfeiçoamento dos professores da rede de ensino estadual. Seu objetivo é instituir uma dinâmica permanente de reflexão, discussão e construção do conhecimento. Nesse processo, o professor é um sujeito que aprende e ensina na relação com o mundo e na relação com outros homens, portanto num processo de Formação Continuada construída socialmente. Objetiva-se que essa inter-relação provoque efeitos tanto na Educação Básica como no Ensino Superior, tais como redimensionamento das suas práticas educativas, reflexão sobre os currículos das Licenciaturas e sua avaliação e de mais discussões pertinentes. Esse novo modelo de Formação Continuada também objetiva fortalecer a articulação entre os dois níveis educacionais. Ou seja, entre a Educação Básica e o Ensino Superior (PDE, 2012, p.4).

A ação entre escola e universidade proposta pelo PDE, dá oportunidade de conhecer os problemas e dificuldades encontradas por alunos e professores. Outra característica importante dessa aproximação é o professor PDE trazer para a

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universidade a realidade do chão da escola, considerando que, muitas vezes, o cotidiano universitário, mostra realidades diferentes da que é apresentada na escola, muitas vezes, não coincidindo a teoria com a prática.

(...) o professor PDE iniciará suas atividades nesse processo de Formação Continuada elaborando um Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola, a partir das linhas de estudos elaborada pela SEED, com base na Diretrizes Curriculares do Estado (DCEs) em conjunto com o professor orientador das IES. O referido Projeto constitui uma proposta de intervenção na realidade escolar, a ser estruturada considerando os três grandes eixos que compõe o programa: I - Atividades de integração teórico-práticas. II - Atividades de aprofundamento teórico. III - Atividades didático-pedagógicas com utilização de suporte tecnológico (PDE, 2012, p.4).

O professor PDE tem um período de afastamento da escola para realizar suas horas de formação continuada e para desenvolver a pesquisa. De acordo com Kadri, Campos, e Souza (2011), o PDE é um Programa com duração de dois anos, totalizando uma carga horária de 935 horas. É realizado por seis universidades Estaduais, seis Estaduais e duas Federais do Paraná. Durante o primeiro ano de formação o professor pode afastar-se 100% de suas atividades e 25% no segundo ano. Ou seja:

Cada professor PDE realiza uma intervenção pedagógica na escola, onde implementa uma proposta que envolve alunos (em sua grande maioria) ou professores ou, no caso da gestão escolar, a administração escolar. Também, este professor produz material didático, artigo e formam com os seus pares da rede um grupo trabalho. Este grupo corresponde a uma atividade desenvolvida a distância, por um período médio de oito meses, e proporciona discussões sobre a proposta de pesquisa do professor PDE, onde também socializam as atualizações e inovações que passaram a conhecer nas IPES. A atividade é denominada de Grupo de Trabalho em Rede – GTR e é desenvolvida no ambiente moodle, através da Internet (SILVA, 2009, p. 4277).

O professor PDE, mesmo estando afastando durante sua formação, está em contato com a escola, pois sua pesquisa é desenvolvida a partir de possíveis soluções para problemas e novas práticas pedagógicas no ensino.

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O Programa concebe a formação continuada como um processo, ou seja, a formação é constante, envolve uma realidade complexa e dinâmica, necessita da participação ativa do próprio professor, apresenta uma unidade metodológica que prima pela articulação teoria-prática, é individual, no entanto tem importantes interfaces coletivas (BACH, SANTOS, 2011, p. 5779).

O PDE visa à melhoria da educação pública paranaense, tem fundamental importância neste contexto de mudança no sistema educacional, dessa forma, é inegável que busquemos juntamente aos professores, os sujeitos envolvidos nesse processo, os resultados, obtidos durante este processo.

No gráfico a seguir apresentamos resultados de pesquisa realizada com os professores ingressantes no PDE em 2014, para conhecer a estrutura em que se organiza o programa e algumas características dos sujeitos participantes.

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Elaboração: BIZ, Ana C. 2014.

Foram utilizados para a elaboração do gráfico dados de 55 questionários distribuídos no mês de março de 2014 aos professores. Como podemos verificar, a maior parte dos professores (21%) correspondeà disciplina de Letras/Português. Os professores de Geografia correspondem a 5%, ou seja, três professores, sendo dois do Núcleo de Dois Vizinhos e um do Núcleo de Francisco Beltrão.Esses professores recebem orientações dos professores das universidades paranaenses, Unioeste e Unicentro.

Podemos destacar no gráfico a presença de duas áreas não correspondentes a licenciaturas, Agronomia e Zootecnia, estes são professores que trabalham nos cursos técnico oferecidos pelos colégios agrícolas, tambémintegrantes do programa.

Neste período inicial de 2014, de fevereiro a julho, os professores estão realizando atividades na universidade. De acordo com o Plano Integrado de Formação Continuada PDE – Turma de 2014, os professores possuem um total de atividades que correspondem a 312 horas, sendo elas distribuídas entre: aula inaugural, seminário

Letras 21% Ciências (hab. Matemática) 14% Pedagogia 13% História 13% Geografia 5% Química 5% Agronomia 2% Ed. Física 4% Ciências biológicas 5% Matemática 9% Zootecnia 2% Não responderam 7%

Graduação

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integrador (I), formação tecnológica (SACIR2), encontro de área, seminário temático, cursos oferecidos pelas IES, encontros para orientação e a elaboração do Projeto de Intervenção Pedagógica.

No segundo período (de julho a dezembro de 2014), os professores tem uma carga horária a ser cumprida, de 376 horas, distribuídas em: cursos, encontros de área, atividades de inserção acadêmica, seminário integrador (II e III), encontros de orientação, formação tecnológica, elaboração de produção didático-pedagógica.

No segundo ano de formação, os professores terão ainda, um total de 264, distribuídas em: Grupo de Trabalho em Rede (GTR)3, encontros de orientação, implementação do projeto de Intervenção Pedagógica na Escola, seminário de encerramento e elaboração do artigo final. Ao final dos dois anos de formação, o professor PDE deve cumprir o total de 952 horas em atividades ofertadas pelo programa.

CONSIDERAÇÕES

Como forma de finalizar o PDE, os professores produzem através da intervenção pedagógica realizada na escola, um artigo de conclusão. Esses artigos estão disponibilizados no site4 do programa, onde estão também as plataformas de formação tecnológica dos professores, esses trabalhos e plataformas estão também disponíveis aos demais professores da rede de ensino do Paraná, assim podem interagir, professores PDE, professores da rede pública não inclusos no programa e professores das universidades.

Aproximar os professores da rede de ensino do universo acadêmico proporcionamais oportunidades de real formação contínua, não sendo apenas mais acúmulo de horas de formação sem debates científicos, observações criteriosas do universo escolar.

2Sistema de Acompanhamento e Integração em Rede

3Interação virtual entre os Professores PDE e os demais professores da Rede Pública Estadual. 4

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Por meio do PDE o professor tem a possibilidade de se aproximar da universidade e desenvolver sua carreira de professor pesquisador, que muitas vezes, com carga horária de aulas preenchida, não tem condições de realizar. O projeto de intervenção pedagógica proporciona ao professor planejamento e desenvolvimento de atividades com os alunos expostos nos artigos e nos mostram que o Ensino de Geografia tem possibilidades e alternativas, porém o professor, muitas vezes, não o faz pela falta de tempo.

A profissão docente encontra constantemente novos desafios e acreditamos que, a formação inicial não consiga dar conta, então a formação continuada vem como uma forma de oferecer aos professores um momento para debate e estudos acerca dos novos obstáculos e acontecimentos a serem enfrentados.

BIBLIOGRAFIA

BACH, Maria Regina; SANTOS, Welington Tavares dos. O PDE no contexto da Formação Continuada de Professores. In: Anais do X Encontro Nacional de Educação – EDUCERE. Disponível em http://educere.bruc.com.br/CD2011/pdf/6180_3083.pdf. Acesso 15/10/2012.

BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria da educação Básica. Orientações Gerais para Rede Nacional de Formação Continuada de Professores da Educação Básica. Brasília, 2005.

CANDAU, Vera Lucia. Formação continuada de professores/as: questões e buscas

atuais. Disponível em:

www.novamerica.org.br/revista_digital/L0122/rev_emrede02.asp. Acesso em 11/10/2012.

KADRI, Michele Sales El; CAMPOS, Alcione Gonçalves; SOUZA, Adriane Grade Fiori. Modelo de Formação Continuada do PDE – R: o diálogo necessário entre escola básica e ensino superior?. In: Entretextos, Londrina, v.11, n.2, p. 121-141, jul./dez.2011. NÓVOA, António. Formação de professores e profissão docente. In NÓVOA, António, coord. - "Os professores e a sua formação". Lisboa : Dom Quixote, 1992. ISBN 972-20-1008-5. pp. 13-33. Disponível em: http://repositorio.ul.pt/handle/10451/4758. Acesso em 23/07/2013.

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PARANÁ. Lei Complementar 130 de 14 de Julho de 2010. Regulamenta o Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, instituído pela Lei Complementar nº 103/2004, que tem como objetivo oferecer Formação Continuada para o Professor da Rede Pública de Ensino do Paraná, conforme especifica. Diário Oficial do Paraná, Curitiba 14 de

Julho de 2010, nº 8262. Disponível em:

http://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/listarAtosAno.do?action=exibir&codAto=56 184&codItemAto=434823. Acesso em 15/10/2012.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Documento síntese. Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE, 2012. Disponível em www.diaadiaeducação.org.br. Acesso em 11/09/2012.

SILVA, Otto Henrique Martins da. Programa De Desenvolvimento Educacional Do Paraná – Pde/Pr: Uma Política Contrária À Ortodoxia Capitalista. In: Anais do IX Congresso Nacional de Educação – EDUCERE e III Encontro Brasileiro de

Psicopedagogia. Disponível em:

http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/2423_1688.pdf. Acesso em 10/10/2012.

Referências

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