• Nenhum resultado encontrado

DOIS PECADORES NA IGREJA Lucas 18: Esta parábola sobre dois grandes pecadores foi contada pelo Senhor Jesus. Um dos homens sabia que era

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "DOIS PECADORES NA IGREJA Lucas 18: Esta parábola sobre dois grandes pecadores foi contada pelo Senhor Jesus. Um dos homens sabia que era"

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

DOIS PECADORES NA IGREJA Lucas 18:10-14.

Esta parábola sobre dois grandes pecadores foi contada pelo Senhor Jesus. Um dos homens sabia que era pecador e confessou diante de Deus. O outro não sabia que era pecador e gabava-se de sua justiça. É a história de um homem que pensava ser bom, mas que foi para o inferno e de outro que sabia ser mau e foi para o céu.

Essa parábola de Jesus foi proferida com o objetivo de atingir alguns homens que “confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros” (Lucas 18.9). Ela mostra a história de dois tipos de homens diferentes, que em um mesmo dia tiveram um mesmo pensamento, que foi o de ir até o templo fazer orações. Jesus faz um contraste entre a oração realizada pelo fariseu, que era um religioso da época, e a realizada por um publicano, que era um cobrador de impostos e, por esse fato, era de um grupo muito odiado pelas pessoas e até considerado pecador da pior qualidade.

Enquanto adoravam, um deles procura o melhor lugar; o outro, "de longe", quase nem queria entrar na igreja. Um deles é um grande arrogante; o outro, um grande arrependido. Um viu sua grande necessidade de salvação; o outro, seu grande ego. Os dois adoraram: um, ao grande Deus; o outro, a si mesmo. Um era crente em Jesus; o outro, em si mesmo. Um ficava no sacrifício sobre o altar; o outro, em sua justiça própria. Os dois eram desprezadores. Um deles desprezava os outros. O último

(2)

desprezava-se a si mesmo. Um se colocou num pedestal; o outro, no pó da humanidade. Um implorou justiça; o outro, misericórdia.

Quando consideramos o fariseu, vemos uma atitude orgulhosa quando ele se aproxima de Deus. Essa atitude era demonstrada de dois modos diferentes.

O fariseu demonstrava sua atitude orgulhosa, primeiro de tudo, pela sua postura. Ele estava em pé. Sem dúvida, tinha olhado rapidamente ao redor de si para ter certeza de que alguém estava perto para ouvir como ele era maravilhoso. Não somente estava de pé, mas, como Jesus o descreve: "orava de si para si

mesmo". Ele estava mais preocupado em lembrar-se de

suas virtudes, e com aqueles que o ouviam, do que estava em falar com Deus.

Esta atitude era também demonstrada pela própria oração. Não havia demonstração de reverência a Deus. Não havia manifestação de humildade. Não havia reconhecimento de sua posição em relação com aquele a quem estava se dirigindo. Não havia petição. A única coisa que vemos na oração do fariseu era uma apresentação convencida, orgulhosa, de suas virtudes em relação com outros. No fariseu vemos o sentimento de que Deus tinha que ouvi-lo e aceitá-lo pelo que ele era e pelo que tinha feito. Sua oração era uma tremenda demonstração de hipocrisia.

(3)

Voltando-nos para o coletor de impostos, contudo, vemos uma atitude de humildade. Como acontecia com o fariseu, sua atitude era demonstrada de dois modos diferentes.

A postura do coletor de impostos revelava vividamente sua atitude. Ele estava em pé, afastado, assim se retirando da multidão. Não havia desejo de ser ouvido por ninguém, além de Deus. O coletor de impostos nem sequer levantava os olhos para o céu. Sua percepção de Deus e de sua relação com Ele não lhe permitiria levantar seus olhos, mas antes provoca-o a abaixar a cabeça. Enquanto estava longe da multidão, cabeça abaixada para o chão, ele batia em seu peito e orava: "Ó Deus, sê propício a mim, pecador!".

Esta oração curta, simples, precisa, feita por este coletor de impostos, pecador, continha todos os ingredientes necessários para ser ouvida por Deus. Nesta sentença há um reconhecimento da misericórdia de Deus, um conhecimento do pecado, uma consciência de que sem o perdão misericordioso de um Pai Celestial, este modesto coletor de impostos se acharia sem esperança. Eram estas as considerações que o levaram a baixar sua cabeça, bater em seu peito e humilhar-se sob a poderosa mão de Deus.

Temos os mesmos tipos de pessoas hoje em dia. E as encontramos em todo lugar. Sem dúvida, há representantes deles em nossas igrejas, em cada culto.

(4)

Um diz: "Sou um homem bom". Vejam quanta coisa boa fiz. Mas deem uma olhada "naquele lá", que vergonha! Sinto-me feliz por ser melhor do que ele". O outro fala: "Senhor, sou um pobre pecador. Preciso de Tua ajuda. Sou culpado e preciso de misericórdia. Li na Bíblia que Teu Filho, Jesus Cristo, foi anunciado como o propiciatório, por isso confio nEle para me dar a misericórdia que necessito". Este homem não fala mal de ninguém. Ele é o único pecador a quem conhece.

Chega o término do culto e os dois vão para casa. Um sai orgulhosamente, enrolado em sua própria importância e justiça, parabenizando- se por ser tão bom. O outro vai para casa agradecido a Deus por Sua misericórdia, através do sacrifício do sangue. E Jesus, o Mestre em contar parábolas, disse: "Digo-vos que este

desceu justificado para sua casa, e não aquele".

Analisemos, em primeiro lugar, O FARISEU NA IGREJA.

1. ELE OROU PARA SI MESMO. A oração dele foi um discurso para Deus, fazendo-O saber todas as coisas boas que tinha feito. A Bíblia nos diz que os fariseus gostavam de ficar em pé nas praças e orar em voz alta, a fim de serem ouvidos pelos homens. Já ouvi falar de pastores que vão visitar outras igrejas e saem com raiva, por não serem convidados a orar.

(5)

Conta-se a estória de um homem que sonhou que chegava à igreja, bem na hora em que o zelador a fechava. O prédio já estava às escuras. Mas lá no telhado o homem pôde ver vários passarinhos esvoaçando, como se quisessem sair. Ele perguntou ao zelador o que era aquilo. O zelador respondeu: "São algumas orações feitas aqui hoje. Só algumas chegam ao trono de Deus. Estas nunca, pois não passam de meras palavras.

2. ELE GABOU-SE DE SUA MORALIDADE. Falava sobre sua vida tão limpa. Não era adúltero, nem ladrão. Não era igual aos outros homens. Não podia ser comparado ao publicano. Era uma exceção. Moralmente, este fariseu, provavelmente, era melhor do que o publicano e a maioria dos homens, mas não precisava ficar se gabando. Isto não era nada em que depender para ser aceito por Deus. É bom ser livre de extorsão e adultério, mas isto não adianta nada para a salvação.

3. ELE SE GABOU DE SUA HONESTIDADE NOS NEGÓCIOS, AO DIZER: "NÃO SOU INJUSTO. NÃO ENGANO NINGUÉM. PAGO SEMPRE MINHAS CONTAS". Tudo isto podia ser verdade, mas não precisava ficar se gabando. É bom ser honesto, mas isto não adianta nada para a salvação.

Jesus não está falando contra a honestidade, nem culpando o homem por pagar suas dívidas e ser honesto em suas transações comerciais. Jesus está avisando que não devemos confiar nestas coisas para a salvação.

(6)

Os homens devem ser honestos em seus negócios, mas a honestidade não vai salvar ninguém. Mesmo nas transações comerciais, Jesus deve estar em primeiro lugar e receber toda a glória.

É pura hipocrisia quando a religião de um homem o torna proeminente na igreja, aos domingos, e deixa de influenciá-lo em seus negócios e transações durante a semana. Não somos salvos por termos métodos honestos em nossas negociações. Onde estaria Jesus se aquilo em que os fariseus confiavam salvasse?

4. ELE SE GABOU DE SUA VIDA RELIGIOSA. "JEJUO DUAS VEZES NA SEMANA, E DOU O DÍZIMO DE TUDO QUANTO POSSUO". Será que Jesus estava condenando o dízimo e o jejum? É claro que não! Ele está avisando que estas coisas não compram a salvação. Jesus ordenou que déssemos o dízimo, mas nos disse que havia outras coisas importantes, que não deviam ser esquecidas. Jesus contou esta parábola com o intuito de chegar a uma única conclusão verdadeira, o pecado de confiar em si e desprezar os outros.

Este homem tinha uma atitude errada. A natureza dele era má. Não era imoral, mas era orgulhoso. As mãos dele eram melhores que o coração. Ele dividia a sociedade em dois grupos, os maus e os bons, e considerava- se a única pessoa no grupo bom. "Ó Deus,

graças Te dou, porque não sou como os demais homens".

(7)

Irmãos, não devemos entrar em acordo com o pecado, especialmente o pecado que está em nós mesmos. Devemos ser mais exigentes conosco do que com qualquer outra pessoa. Devemos ter um conhecimento melhor do nosso ego, do que de outras pessoas, e se o formos, vamos achar mais para criticar em nós mesmos do que naqueles a quem não conhecemos bem.

Analisemos, agora, O PUBLICANO NA IGREJA.

1. ELE VEIO À PRESENÇA DE DEUS HUMILDEMENTE. "Ficou de longe". Evitou a familiaridade com o grande e santo Deus. Estava diante dEle em reverência. Viera para orar, não pregar a Deus.

2. VEIO PENITENTEMENTE. Sentia o peso dos seus pecados, por isso batia no peito, indicando que sabia ser ali a fonte de seu problema. Queria um coração limpo. Entristecia-se por ter um coração tão mau. Não pensava no hipócrita, no banco da frente. Naquele momento, sentia-se como o único pecador da terra inteira. Por isso orou: "Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador".

3. ELE VEIO A DEUS PARA CONFESSAR SEU PECADO. O único título que quis foi o de pecador, nada mais. Não tinha boas obras para expor diante de Deus. Não tinha justiça própria sobre a qual se gabar. Não tinha realizado nada de que pudesse ser digno de registro. Era um pecador necessitado e, portanto, um pecador mesmo.

(8)

O único título que devemos tomar sobre nós, ao sermos salvos, é o de "pecador".

4. ELE VEIO CRENDO. O publicano não confiava em si mesmo, nem exigia justiça. Ele precisava de misericórdia e confiava no sacrifício do sangue, por trás do véu. O sangue do Cordeiro de Deus sacrificado é só que salva.

É incrível como, de certa forma, queremos as nossas igrejas cheias de pessoas que façam a oração do fariseu, quando a que Deus ouve e responde é a do Publicano! Pensando nestas coisas, eu chego à conclusão que esta parábola tem mais a ver conosco do que imaginamos ou queremos admitir. Muitas vezes não temos tido o nome de fariseus, e até nos ofendemos se alguém nos relacionar ou assemelhar a eles, mas nossa conduta, nossa mentalidade religiosa, nos aproxima de sua filosofia de vida e nos afasta do verdadeiro Evangelho de Jesus.

Quando é que isso acontece?

1- Quando meu relacionamento com Deus se apoia em minhas virtudes e não na graça de Jesus - O Fariseu, em sua oração, apresenta suas credenciais, seus feitos, sua piedade, suas virtudes, esquecendo-se de que mesmo esses elementos são o resultado do operar da graça em sua vida.

(9)

É um engano muito grande achar que Deus ouve minhas orações pelas minhas credenciais. Deus não nos ouve porque merecemos, mas por sua graça! Ao chegarmos a Deus não o fazemos sem pecado, mas cobertos pelo sangue de Jesus.

O maior problema de Deus não são nossos pecados, mas nossas virtudes. Elas nos cegam, nos impedem de enxergar quem de fato somos: Miseráveis pecadores, carentes da graça de Deus!

Quando seu relacionamento com Deus se apoia em seus feitos, no que você tem a oferecer, na sua autoconfiança, você esta pisando na graça e demonstrando uma completa ignorância de quem de fato você é!

Infelizmente, muitos preferem manter suas máscaras, seus autoenganos, para agradar e serem bem vistos pelos outros. Isto explica porque o ambiente religioso é tão cheio de neuroses!

2- Quando me enxergo acima dos outros – O próprio significado do nome fariseu é: separado de tudo e de todos. Quando me considero forte demais e não vulnerável e pecador, como os demais, eu na verdade estou a um passo da queda (ex. Pedro). As referências que o fariseu faz a respeito dos outros são todas negativas, ao contrario da descrição de si mesmo!

(10)

3- Quando minhas orações são marcadas pelas minhas realizações e não pela confissão de pecados - Quem assim o faz tem a sua oração centrada em si mesmo e não em Deus. Além disso, tem dificuldade de orar quando peca. Se não pode orar como o fariseu simplesmente não ora. Toma-se a postura do silêncio até que, de alguma forma, compense esse ato com uma boa ação compensatória que lhe garanta então o direito de novamente se colocar na presença de Deus com a consciência limpa.

Agora, precisa ficar claro que quando novamente ora não é porque não tem pecado, mas porque sua consciência não o percebe mais. Em outras palavras, não está sensível a ele.

Nós oramos a Deus apoiados na graça, cobertos pelo sangue de Jesus que nos torna aceitáveis ao pai, mesmo sendo pecadores.

4- Quando me torno crítico aos erros dos outros e cego aos meus próprios erros – Aqui o fariseu não tem dificuldade de enumerar os feitos desqualificatórios e desabonadores do publicano, mas é completamente complacente e negligente com suas próprias fraquezas e defeitos.

5- Quando uso minha espiritualidade como vitrine para a autopromoção – Quando faço questão de ser visto, ser destacado aos olhos dos outros. Os fariseus

(11)

gostavam de ficar em pé e fazer suas orações no pátio externo do templo para que seus feitos piedosos fossem alardeados. Jesus já nos advertiu durante o sermão do monte em relação a esta postura (Mt 6.1-18).

A verdadeira espiritualidade é aquela do “quarto fechado”, que se apresenta diante de Deus!

6- Quando meu padrão de Santidade não tem como referencia Deus, mas os outros homens; Este fariseu se julgava santo, irrepreensível porque seu referencial de comparação era o publicano. A Bíblia nos conclama a sermos santos como O Senhor é Santo (Lv 11:44; I Pedro 1:14-16; Mt 5:45). Quando nos olhamos diante da perfeição de Deus, sabemos que estamos aquém do que Deus deseja que sejamos e do que estamos destinados a ser. Quando comparamos nossa justiça, nossa santidade, à de Deus percebemos nossa inadequação e corremos para nos abrigar nos braços da sua graça! Pobre fariseu, a exemplo dos crentes de Laodicéia, estava enganado em relação ao seu verdadeiro estado (Ap 3:17)

Resultados

Ao considerarmos o contraste nas atitudes e orações destes dois homens, é importante olhar para os resultados de suas duas orações.

(12)

O fariseu saiu sentindo-se justificado. Ele tinha acabado de falar com Deus. Ele se impressionou e, sem dúvida, a outros também, que tinham ouvido sua recitação hipócrita de valores. Ele tinha cumprido sua responsabilidade e, em sua mente, tinha-a cumprido muito bem.

O coletor de impostos, por outro lado, saiu justificado por Deus, porque se humilhou. Ele saiu justificado porque possuía a chave do oferecimento de uma oração que é aceitável por Deus. Ele demonstrava as qualidades da verdadeira grandeza no reino do céu, como é descrita em Mateus 20:26-28. "Quem quiser ser o primeiro entre vos será vosso servo". Este homem desceu à sua casa justificado porque percebia que quem quer que se humilhe será exaltado (Mateus 23:12).

A aplicação é clara. Quando consideramos nossa própria atitude na oração, é ela mais parecida com a do fariseu ou com a do coletor de impostos? Humilhamo-nos na presença de Deus ou achamo-nos agradecendo-lhe porque não somos como outras pessoas pecadoras? Humilhamo-nos ou agradecemos-lhe por nossa força e o fato que não caímos como outros caíram? Sentimos a necessidade de exclamar, como o fez o coletor de impostos: "Ó Deus, sê propício a mim, pecador"?

(13)

Conclusão: Que possamos examinar nosso próprio coração, a fim de não abrigarmos tais sentimentos e paradigmas farisaicos. Eles nos afastam de Deus e de quem realmente somos, produzindo culpa que adoece e hipocrisia que corrói a alma, trazendo falência em nossa relação com Deus. Lembre-se: Deus te ama não pelo que você é, nem pelo que será, mas apesar de quem és!

Ao se aproximar de Deus, deixe de lado as máscaras, as virtudes. Seja você mesmo! O fariseu voltou para casa da mesma forma que entrou no Templo, mas o publicano foi justificado.

O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia (Pv 28:13). Ao bater no peito, em um gesto

de contrição, o publicano admite seu pecado, conscientiza-se de seu potencial destrutivo e clama por libertação. O mais maravilhoso é que foi ouvido e justificado!

Referências

Documentos relacionados

II- Mediante avaliação final, necessariamente escrita, o aluno que obtiver nota igual ou superior a 6,0, correspondente à média aritmética simples da nota de

Curva mestra de LAB comercial e amostras produzidas em laboratório para observar o comportamento do ângulo de fase com temperatura de referência de 60°C... Curva Mestra em Módulo

Só Vós sois o Santo; Senhoras Só Vós, o Senhor; Homens Só vós o Altíssimo, Jesus Cristo; Com o Espírito Santo,.. Na Glória de

disponibilizou, aquando do exercício do direito de audição ao projecto de relatório referente ao ano de 2014 e que no presente direito de audição, volta a fazer referência (ponto

Este trabalho apresenta o relato de experiência das ações de reorganização e atividades vivenciadas em uma biblioteca escolar da rede pública, e tem como

pequena escala, sendo aquela atividade exercida por produtores autônomos ou com relações de trabalho baseadas em parcerias utilizando pequenas quantias de capital,

O mais importante, porém, é que os leitores crescerão em segurança, sabendo o que perguntar, porque o livro trata de perguntas — perguntas que os cristãos podem fazer para

muscular; FP- função pulmonar; FR- fisioterapia respiratória; GC- grupo controle; GI- grupo de intervenção; GIA- grupo de intervenção de treino aeróbio; GIF- grupo de