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PME 2556 Dinâmica dos Fluidos Computacional. Aula 5 Solução da Equação da Quantidade de Movimento

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(1)

PME 2556 – Dinâmica dos

Fluidos Computacional

Aula 5 – Solução da Equação da

Quantidade de Movimento

(2)

5.1 Equação da Quantidade de Movimento

+

Γ

=

n

dA

S

d

x

dA

n

u

j S j j S j φ

φ

φ

ρ

Da equação geral de transporte:

Para a Quantidade de Movimento a grandeza

φ

é a velocidade ui, e, em geral, se o escoamento for

incompressível e as propriedades forem constantes e desprezarmos forças de campo, o termo fonte é dada pelo gradiente de pressão:

=

d

x

p

dA

n

x

u

dA

n

u

u

i j S j i j S j i

ρ

µ

(3)

5.1 Equação da Quantidade de Movimento

Integrando sobre um volume, obtemos a equação algébrica: b u a u aP iP =

viz i viz +

Onde os coeficientes aviz contém um termo de fluxo de massa, ou seja, os coeficientes da

matriz do sistema linear são função da própria solução. Isso traz dificuldade para a

convergência, exigindo a chamada subrelaxação.

(4)

5.2 Subrelaxação

Para que, ao longo do processo iterativo, os coeficientes do sistema linear variem lentamente de forma a

conseguirmos convergência, a taxa de variação da própria solução é intencionalmente diminuída:

(

1

)

,

1

1

+

=

φ

α

φ

φ

φ

α

φ

φ

iteração n P calculado P n iteração P n iteração P

1

,

)

1

(

1

+

=

α

φ

φ

α

φ

φ

α

φ

φ

iteração n P calculado P n iteração P Que fica:

(5)

5.2 Subrelaxação

Em geral, a forma mais eficiente de implementar a

subrelaxação é através de uma mudança nos coeficientes e carregamentos do sistema linear original

:

P n iteração P P viz viz n iteração P

a

a

b

a

+

+

=

1

)

1

(

α

φ

α

φ

α

φ

φ φ φ Basta fazer: ão subrelaxaç sem ão subrelaxaç com viz viz

a

a

=

α

φ 1

)

1

(

+

=

sem subrelaxação P Piteração n

ão subrelaxaç

com

b

a

b

α

φ

α

φ

φ

Recuperando então a forma :

ão subrelaxaç com viz viz P P

a

b

a

ão subrelaxaç com

+

=

φ

φ

(6)

5.3 Acoplamento pressão-velocidade

Para um problema unidimensional:

y x x p u a u a vizinhos viz viz P P ∆ ∆ ∂ ∂ − =

b u a u a vizinhos viz i viz P i P =

+

(

p p

)

y u a u a e w vizinhos viz viz P P =

− − ∆ Fica: Ou:

(7)

5.3 Acoplamento pressão-velocidade

Interpolando linearmente para obter as pressões nas faces:

y

p

p

p

p

u

a

u

a

E P W P vizinhos viz viz P P

+

+

=

2

2

Que resulta:

(

)

2

y

p

p

u

a

u

a

E W vizinhos viz viz P P

=

(8)

5.3 Acoplamento pressão-velocidade Logo, temos:

(

)

2

2 4 3 3

y

p

p

u

a

u

a

vizinhos viz viz

=

(

)

2

3 5 4 4

y

p

p

u

a

u

a

vizinhos viz viz

=

(

)

2

1 3 2 2

y

p

p

u

a

u

a

vizinhos viz viz

=

(9)

5.3 Acoplamento pressão-velocidade

Note que a velocidade em 2 depende das pressões em 1 e 3, que a velocidade em 3 depende das pressões em 2 e 4 e que a velocidade em 4 depende das pressões em 3 e 5. Não há nenhuma relação entre as pressões em nós adjacentes. Isso faz aparecer um problema chamado “desacoplamento par-ímpar” (odd-even

(10)

5.3 Acoplamento pressão-velocidade

Soluções para o desacoplamento par-ímpar: a) Malha deslocada (staggered grid)

(11)

5.3 Acoplamento pressão-velocidade

Malha deslocada: Ao invés de um arranjo

co-alocado (colocated arrangement),

usa-se um arranjo pelo qual as pressões e

componentes da velocidade são dispostas

em volumes diferentes, de tal forma que a

pressão esteja sempre disponível na face

das células usadas para calcular a

velocidade, sem necessidade de

interpolação.

(12)

5.3 Acoplamento pressão-velocidade

(13)

5.3 Acoplamento pressão-velocidade

Interpolação de Rhie-Chow: Usa-se um arranjo co-alocado, mas as velocidades são calculadas nas faces dos volumes de controle usando uma interpolação. As velocidades no volume são dadas por:

(

)

{ P P d P w e u P viz viz P a y p p a u a u = − − ∆

43 42 1 ˆ

As velocidades nas faces “w” e “e” da célula “P” são dadas, por exemplo, por interpolações do tipo:

) ( 2 2 ˆ ˆ P E E P E P e p p d d u u u = + − + − ) ( 2 2 ˆ ˆ W P W P W P w p p d d u u u = + − + −

Note que agora, a pressão em “P” está relacionada com as pressões em volumes

(14)

5.4 Algoritmo SIMPLE

Sobra uma dificuldade para fazermos a solução

de escoamentos incompressíveis: é preciso

acoplar velocidades e pressões sem uma

equação de estado. Isso pode ser feito através

de um algoritmo que, avaliando um balanço de

massa na célula, incremente a pressão caso

esse balanço seja negativo ou decremente a

pressão caso esse balanço seja positivo.

(15)

5.4 Algoritmo SIMPLE

Semi Implicit Method for Pressure Linked

Equations - SIMPLE

Passo 1: Calcula as velocidades com o campo de pressões existente:

)

(

* * * * w e P P viz

p

p

d

a

u

a

u

viz P

=

Esse campo de velocidades em geral não satisfaz a continuidade.

(16)

5.4 Algoritmo SIMPLE

Passo 2: Monta-se uma equação de correção

da pressão. Imagine que u’ e p’ sejam

correções necessárias para que o campo de

velocidades satisfaça a continuidade:

) ( e w P P viz viz P d p p a u a u′ =

′ − ′ − ′

Por simplicidade, fazemos apenas:

)

(

w e

P

P

d

p

p

(17)

5.4 Algoritmo SIMPLE

O fluxo de massa numa célula (unidimensional) é dado por:

0

* *

=

+

y

u

y

u

y

u

y

u

e

ρ

e

ρ

w

ρ

w

ρ

Podemos assim escrever um erro de conservação da massa dado por:

* * *

m

y

u

y

u

y

u

y

u

e

ρ

w

=

ρ

w

ρ

e

=

&

ρ

Substituindo a equação que relaciona correções de velocidade e pressão:

(

)

(

)

*

m

y

p

p

d

y

p

p

d

e

P

E

ρ

w W

P

=

&

ρ

Forma-se uma equação algébrica para a correção de pressão:

b

p

a

p

a

P

P

=

viz viz

+

(18)

5.4 Algoritmo SIMPLE

Passo 3: resolve-se a equação de pressão

Passo 4: corrigem-se velocidades e pressões:

)

(

* * e w P P P P P

u

u

u

d

p

p

u

=

+

=

+

P P P

p

p

p

=

*

+

(19)

5.4 Algoritmo SIMPLE

- Subrelaxação é usada na pressão para obter

convergência, justamente por causa do termo

desprezado ao relacionar correções de pressão

com correções de velocidade. Portanto, temos:

p = p*+ α

p

p’ , com α

p

por volta de 0,3. A

subrelaxação usada na equação de quantidade

de movimento costuma ser maior, com α

u

por

volta de 0,7.

- O processo é iterativo, com um algoritmo que

pode ser descrito pelos blocos:

(20)
(21)

5.5 SIMPLEC

No algoritmo SIMPLE, a equação que relaciona correções de velocidade e pressão é obtida

fazendo a hipótese que:

0 ≈ ′

P viz viz a u a ) ( ) ( e w P P w e P P viz viz P d p p u d p p a u a u′ =

′ − ′ − ′ ⇒ ′ = ′ − ′ De modo que:

(22)

5.5 SIMPLEC

No algoritmos SIMPLEC, fazemos a seguinte subtração dos dois lados da equação:

) ( e w P P p viz P viz viz P p viz P d p p a u a a u a a u a u′ −

′ =

′ −

′ − ′ − ′

(

)

) ( 1 P e w P p viz viz P viz P d p p a u u a a a u = ′ − ′ − ′ − ′      − ′

) ( 1 P w e P viz P d p p a a u = ′ − ′      − ′

Isso resulta:

(23)

5.5 SIMPLEC

)

(

w e P P P

a

d

p

p

u

SIMPLEC

=

)

(

1

P w e P viz P

d

p

p

a

a

u



=



SIMPLE SIMPLEC P viz P

a

a

a

=1

Podemos escrever a equação:

Como:

(24)

5.5 SIMPLEC

O algoritmo SIMPLEC é baseado na simplificação:

(

)

0 ≈ ′ − ′

P p viz viz a u u a

Que é mais razoável que a simplificação feita no

SIMPLE. Assim, o algoritmo SIMPLEC funciona com subrelaxação menos rigorosa para a pressão. Pode-se usar coeficiente de relaxação αp próximo de 1.

(25)

5.6 PISO (Pressure Implicit with Splitting of Operators)

O algoritmo PISO, para cada iteração, resolve duas vezes a equação da quantidade de

movimento e a equação de correção de pressão.

Passo 1: Como no algoritmo SIMPLE, resolvemos:

)

(

* * * * w e P P viz

p

p

d

a

u

a

u

viz P

=

(26)

Passo 2: Calculamos o erro de conservação da massa e resolvemos a equação de correção da pressão

como no algoritmo SIMPLE.

5.6 PISO (Pressure Implicit with Splitting of Operators)

Passo 3: Corrigimos velocidades e pressões como no algoritmo SIMPLE.

)

(

* * * e w P P P

u

d

p

p

u

=

+

P

P

P

p

p

p

*

*

=

*

+

(27)

5.6 PISO (Pressure Implicit with Splitting of Operators)

Passo 4: A equação da Quantidade de

Movimento é resolvida novamente (de forma não iterativa)

)

(

** ** * * * * * w e P P viz viz P

a

d

p

p

u

a

u

=

(28)

5.6 PISO (Pressure Implicit with Splitting of Operators)

Passo 5: Calculamos o novo erro de conservação da massa e resolvemos novamente a equação de

correção da pressão, obtendo uma nova correção de pressão p”.

Passo 6: Corrigimos novamente velocidades e pressões.

)

(

'' '' * * * e w P P P

u

d

p

p

u

=

+

''

*

*

P

P

P

p

p

p

=

+

(29)

O algoritmo PISO não é vantajoso sobre o algoritmo SIMPLE em soluções de escoamentos em regime permanente, mas em geral é mais eficiente para escoamentos em regime transiente.

(30)

Bibliografia

Versteeg, H,K; Malalasekera, W., “An introduction to Computational Fluid Dynamics: The Finite Volume

Method”, 2nd Edition, Pearson Education Limited, 2007. Maliska, C.R., “Transferência de Calor e Mecânica dos Fluidos Computacional, LTC editora, 1995.

Apsley, D., CFD Lecture Notes, University of Manchester, Spring 2007.

Referências

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