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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC /2013-3

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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO TC 005.772/2013-3

1 GRUPO II - CLASSE V - 1ª CÂMARA

TC 005.772/2013-3 Natureza: Aposentadoria

Interessados: Maria Elza de Carvalho Pedro, Maria Irene Blanco Bovino, Maria Lindinete Marques, Maria Lucia Del Lama, Maria Teresa dos Reis de Macedo, Maria Tereza Biglia Arnaiz, Marli Rose Ragonha Dias Vittore, Mauricio Simone de Souza, Mauro da Silva Chirico, Minoru Sato, Neide da Silva Mota Brigati, Nilo Monteiro Novo, Noe Araujo dos Santos, Oswaldo Hideo Yshizaki, Paulo Sergio Capela Sampaio, Reginaldo de Moraes Barros, Roberto de Luca Samponha e Roberto de Medeiros Correia

Unidade: Superintendência de Administração do Ministério da Fazenda em São Paulo

SUMÁRIO: APOSENTADORIA. CONCESSÃO COM FUNDAMENTO NO ART. 3º DA EC Nº 47/2005. NÃO CUMPRIMENTO DO REQUISITO REFERENTE AO TEMPO

NA CARREIRA. ILEGALIDADE DE UM ATO.

LEGALIDADE DOS DEMAIS. REGISTRO. DETERMINAÇÕES.

RELATÓRIO

Adoto, como relatório, o parecer do representante do Ministério Público junto a esta Corte de Contas, Subprocurador-Geral Paulo Soares Bugarin, lavrado nos seguintes termos:

“Trata-se de processo consolidado de aposentadorias deferidas pela Superintendência de Administração do Ministério da Fazenda em São Paulo.

2. A Sefip propõe a legalidade e o registro dos atos em exame.

3. De acordo com as informações do sistema Sisac (p. 6 da peça 22), corroboradas pelo sistema Siape (peça 23), Oswaldo Hideo Yshizaki foi admitido no cargo de Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional, atual cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, em 25/7/1997. Anteriormente ao ingresso nesse cargo, ele ocupava o de Técnico do Tesouro Nacional.

4. A aposentadoria em favor do interessado foi deferida com fundamento no art. 3º da EC nº 47/2005, que requer:

‘Art. 3º (...)

I - trinta e cinco anos de contribuição, se homem, e trinta anos de contribuição, se mulher; II - vinte e cinco anos de efetivo exercício no serviço público, quinze anos de carreira e cinco anos no cargo em que se der a aposentadoria;

III - idade mínima resultante da redução, relativamente aos limites do art. 40, § 1º, inciso III, alínea ‘a’, da Constituição Federal, de um ano de idade para cada ano de contribuição que exceder a condição prevista no inciso I do caput deste artigo.

Parágrafo único. Aplica-se ao valor dos proventos de aposentadorias concedidas com base neste artigo o disposto no art. 7º da Emenda Constitucional nº 41, de 2003, observando-se igual

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2 critério de revisão às pensões derivadas dos proventos de servidores falecidos que tenham se aposentado em conformidade com este artigo.’

5. Conforme o ato em exame, o interessado, nascido em 1/3/1954, aposentou-se em 31/8/2011, utilizando a redução de idade prevista no inciso III, acima transcrito, em razão de contar 38 anos de serviço. Entretanto, o ex-servidor não poderia aposentar-se com base nesse fundamento, considerando que não reunia quinze anos na carreira de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil na data da aposentadoria.

6. Frise-se que o tempo em que exerceu a carreira de Técnico do Tesouro Nacional (atual Analista Tributário) não se presta para completar o requisito de 15 anos na carreira de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, haja vista serem carreiras distintas.

7. Com efeito, carreira pressupõe a possibilidade de promoção. Se o interessado não pode ser promovido do cargo de Técnico do Tesouro Nacional para o cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, não há como somar os períodos de exercício em cada cargo para completar o requisito de 15 anos de carreira.

8. Nesse sentido, por tratar de matéria similar, transcreve-se excertos do voto condutor do Acórdão nº 1.346/2008-TCU-Plenário:

‘Desse modo, nesta oportunidade, será examinada exclusivamente a possibilidade ou não de se exigir dos servidores do TCU, à época da aposentadoria, tempo de serviço na carreira correspondente a 10 anos, conforme disciplina o art. 6º, inciso IV, da EC nº 41, de 2003, que assim dispõe: (...)

13. Feitas essas considerações, cumpre observar, de pronto, que é notório no âmbito da administração pública que o instituto da ascensão funcional foi considerado inconstitucional pelo STF. Posteriormente, os arts. 8º e 10, parágrafo único, da Lei nº 8.112/1990, foram alterados de forma a não mais contemplar esse instituto. Não existe, por isso mesmo, carreira no âmbito da administração pública fundamentada nesse instituto.

14. Aliás, compreendo que o instituto da ascensão funcional jamais pode ser, de fato, considerado instrumento de carreira para qualquer categoria do serviço público, pois, em verdade, permitia a posse em cargo de natureza absolutamente diversa daquele em que o servidor havia ingressado na administração pública.

15. É oportuno relembrar que a lei não contempla palavras inúteis e desnecessárias. Por isso, há que se ter em conta que o dispositivo constitucional ora discutido é recente e, como já explicitado, encontra-se em plena vigência, pois nenhuma norma posterior, por qualquer dos critérios definidos pela Lei de Introdução ao Código Civil, o revogou. Sendo assim, a interpretação de seu conteúdo deve ser realizada de forma a viabilizar a sua plena eficácia, não com uma visão histórica da matéria, mas dentro do atual sistema jurídico brasileiro.

16. Há que se observar, outrossim, que a Lei nº 8.112/1990, apesar de não apresentar definições a respeito do que seja efetivamente carreira, expressamente prevê em diversos dos seus dispositivos a existência desse instituto na Administração Pública. Nesse sentido, cumpre observar que o art. 9º daquele estatuto consigna que a nomeação do servidor ‘far-se-á em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira’. Mais adiante, o art. 10 determina que o ingresso na Administração Pública, aos cargos isolado ou de carreira, depende da aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos.

17. O parágrafo único do mesmo art. 10, que abaixo transcrevo, determina expressamente que o desenvolvimento do servidor na carreira será realizado mediante promoção, cujos requisitos serão fixados por lei específica:

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3 ‘Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade.

Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública Federal e seus regulamentos.’

18. Percebe-se, desse modo, que, antes mesmo da exigência contida no art. 6º, inciso IV, da EC nº 41/2003, o estatuto do servidor público já explicitava existência de carreira na Administração Pública Federal e determinava que evolução nessa carreira seria realizada por meio do instituto da promoção, que, nos termos do art. 8º da Lei nº 8.112/1990, transcrito a seguir, constitui forma de provimento derivado de cargo público:

‘Art. 8º São formas de provimento de cargo público: (...) II - promoção; (...)’

19. Nessa linha de raciocínio, não existe dúvida de que o servidor, ao ser promovido, passa exercer cargo da mesma carreira, porém distinto daquele que ocupava anteriormente.

20. É certo que não existe lei específica fixando as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública Federal, como se encontra explicitado no parágrafo único do art. 10 da Lei nº 8.112/1990. Entretanto, foram editadas diversas normas, para cada categoria, por meio das quais são fixados os critérios de evolução na carreira.

21. Registre-se que não vislumbro nenhuma distinção entre as carreiras organizadas por classes e padrões, com mesma denominação de cargo, diferenciando-se apenas por códigos de cada classe, daquelas estruturadas por classes, mas com denominações distintas. Como exemplo das primeiras, cabe mencionar a Lei nº 10.593/2002, que dispõe ‘sobre reestruturação da carreira de Auditoria no Tesouro Nacional’, a Lei nº 11.416/2006 que ‘dispõe sobre as carreiras dos servidores do Poder Judiciário’, a Lei nº 11.095/2005, que ‘reorganiza as classes da Carreira de Policial Federal’ e diversas outras de mesmo teor, que organizam as inúmeras carreiras no setor público. Como exemplo das segundas, as carreiras dos membros do Ministério Público, da magistratura e da diplomacia.

22. Por todo o exposto, reitero que não acolho o entendimento de que não mais existe carreira na Administração Pública. Ainda que não tenha a conotação complexa que alguns exigem de uma carreira na Administração Pública, é inegável, hoje, a sua existência.

23. No caso específico da carreira de Analista do TCU, cabe observar que a Lei nº 10.356/2001, que ‘dispõe sobre o Quadro de Pessoal e o Plano de Carreira do Tribunal de Contas da União e dá outras providências’, disciplina, no art. 2º, que o quadro de pessoal do TCU é composto pela Carreira de Especialista, integrada pelos cargos efetivos:

I) Analista de Controle Externo, de nível superior; II) Técnico de Controle Externo, de nível médio; III) Auxiliar de Controle Externo, de nível básico.

24. Mais adiante, essa mesma norma determina expressamente que o ingresso em cada um desses cargos será realizado mediante concurso público de provas ou de provas e títulos para o padrão inicial da classe inicial do respectivo cargo. Aliás, de outra forma não poderia ser, uma vez que se tratam de cargos absolutamente diversos, para profissões, atividades e atribuições distintas.

25. Como visto, o parágrafo único do art. 10 da Lei nº 8.112/1990 determina expressamente que o desenvolvimento da carreira ocorre mediante promoção, forma derivada de

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4 provimento de cargo público, como já explicitado, conforme expressamente previsto no art. 8º desta Lei.

26. De acordo, ainda, com o art. 14 da Lei nº 10.356/2001, o desenvolvimento do servidor do Tribunal, para cada um dos cargos indicados nesta lei, ocorrerá mediante progressão funcional e promoção.

27. Em razão do exposto, não há que se falar em carreira de especialista do Tribunal de Contas da União para fins do que determina a Constituição Federal, pois, o ingresso em cada um dos cargos do quadro de pessoal do órgão só pode ser realizado por meio de concurso público como determina a Lei nº 10.356/2001.

28. Nos exatos termos do que determina o inciso IV do art. 6º da Constituição Federal e o parágrafo único do art. 10 da Lei nº 8.112/1990, os cargos definidos no art. 2º da Lei nº 10.356/2001 devem ser entendidos, isoladamente, como sendo de carreira, apesar de não constar expressamente desta norma. Portanto, existem carreiras distintas de analista, de técnico e de auxiliar, sendo certo que a evolução em cada carreira ocorrerá, nos termos do art. 14 desta Lei, mediante promoção, que, como já explicitado, constitui forma de provimento derivado de cargo público.

29. Por oportuno, essa compreensão guarda consonância com os demais planos de cargos e salários aprovados para as mais diversas carreiras existentes na Administração Pública Federal. Afirmar, desse modo, que não existe a carreira de Analista de Controle Externo, em razão de não constar expressamente da Lei nº 10.356/2001 que esse cargo é de carreira, é dar maior importância ao nome do que à essência da norma.

30. Em razão do exposto, pode-se afirmar que existem três carreiras no âmbito do Tribunal de Contas da União, absolutamente distintas umas da outras, cujo acesso se dá, para cada uma delas, mediante concurso público, para o cargo inicial na classe A, padrão I, cuja evolução ocorrerá por promoção de uma classe para a imediatamente posterior.

31. Nessa linha de raciocínio, entendo que o servidor do Tribunal de Contas da União, de qualquer dos três cargos de carreira indicados no art. 2º da Lei nº 10.356/2001, ao pretender aposentar-se com fundamento no art. 6º da EC nº 41/2003, deverá preencher, entre outras condições ali consignadas, os seguintes requisitos:

a) 20 anos de serviço público;

b) 10 anos exclusivamente em uma das carreiras indicadas no art. 2º da Lei nº 10.356/2001; e

c) 5 anos no cargo em que pretenda se aposentar, isto é, em qualquer das classes do anexo II da Lei nº 10.356/2001.’

9. Pelo exposto, este representante do Ministério Público manifesta-se pela ilegalidade e recusa de registro do ato em favor de Oswaldo Hideo Yshizaki e pela legalidade e registro das demais concessões.

10. Adicionalmente, observa que o ato em favor de Oswaldo Hideo Yshizaki ingressou no TCU há menos de 5 anos; nessas circunstâncias, é desnecessária a prévia oitiva do interessado, a teor do Acórdão nº 587/2011-TCU-Plenário”.

É o relatório.

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5 Na aposentadoria em favor de Oswaldo Hideo Yshizaki, concedida com fundamento no art. 3º da Emenda Constitucional nº 47/2005, o Ministério Público observou o não preenchimento do requisito constante do inciso II, referente ao tempo mínimo de 15 anos na carreira em que se deu a inativação, e por esta razão opinou pela ilegalidade do ato, com a recusa de registro perante esta Corte.

2. O servidor ingressou no cargo de Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional, atual cargo de Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, em 25/7/1997, mediante concurso público, de acordo com as informações constantes do seu ato de admissão, considerado legal por esta Corte, no âmbito do TC-009.201/2002-6.

3. Desse modo, por ocasião da aposentadoria, com vigência a partir de 31/8/2011, o interessado contava 14 anos, 1 mês e 10 dias de trabalho na carreira de Auditor-Fiscal. Este período é insuficiente para a sua inativação, uma vez que o inciso II do art. 3º da EC nº 47/2005 exige, entre outros requisitos, 15 anos na carreira. Nesse contexto, considero pertinente a proposta do Parquet especializado de considerar ilegal o ato em exame.

4. Com relação ao aproveitamento do tempo de serviço prestado em carreira diversa daquela em que se der a aposentadoria, para fins de preenchimento do requisito constante do inciso II do art. 3º da EC nº 47/2005, entendo não ser possível, ante a inexistência de mobilidade entre carreiras, ainda que ambas integrem o quadro de pessoal de um mesmo órgão jurisdicionado, em face da revogação do instituto da ascensão funcional, determinada pela MP nº 1.522/1996, convertida na Lei nº 9.527/1997.

5. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento acerca da inconstitucionalidade desta forma de provimento, conforme se verifica do Enunciado nº 685 de sua Súmula de Jurisprudência:

“É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido”.

6. Como bem frisou o Ministério Público, matéria análoga foi objeto do Acórdão nº 1.346/2008-TCU-Plenário, ocasião em que esta Corte considerou a existência de três carreiras distintas no seu quadro de pessoal, então integradas pelos cargos de Analista, Técnico e Auxiliar de Controle Externo, e, no mérito, afastou a tese de carreira única de controle externo, composta pelos cargos citados, que pudesse viabilizar aposentadoria pelo art. 6º da EC nº 41/2003.

7. Feitas essas considerações, concordo com o parecer do Ministério Publico junto ao Tribunal, quanto à ilegalidade da aposentadoria de Oswaldo Hideo Yshizaki, dispensando o servidor do ressarcimento das importâncias recebidas de boa-fé, conforme o teor da Súmula TCU nº 106.

8. Por fim, deve-se determinar ao órgão que dê ciência ao interessado acerca da presente deliberação, alertando-o de que o efeito suspensivo proveniente da interposição de eventuais recursos não o exime da devolução dos valores percebidos indevidamente após a respectiva notificação, caso esses não sejam providos.

Diante do exposto, voto por que o Tribunal adote o acórdão que ora submeto à 1ª Câmara.

TCU, Sala das Sessões Ministro Luciano Brandão Alves de Souza, em 2 de julho de 2013.

JOSÉ MÚCIO MONTEIRO Relator

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6 1. Processo nº TC 005.772/2013-3.

2. Grupo II – Classe V – Aposentadoria.

3. Interessados: Maria Elza de Carvalho Pedro (CPF 013.623.988-96), Maria Irene Blanco Bovino (CPF 838.284.608-44), Maria Lindinete Marques (CPF 003.270.078-42), Maria Lucia Del Lama (CPF 864.659.538-20), Maria Teresa dos Reis de Macedo (CPF 760.793.178-34), Maria Tereza Biglia Arnaiz (CPF 402.037.608-59), Marli Rose Ragonha Dias Vittore (CPF 005.613.278-66), Mauricio Simone de Souza (CPF 756.234.558-91), Mauro da Silva Chirico (CPF 019.303.387-91), Minoru Sato (CPF 740.897.658-20), Neide da Silva Mota Brigati (CPF 886.199.828-34), Nilo Monteiro Novo (CPF 094.276.517-68), Noe Araujo dos Santos (CPF 916.351.798-15), Oswaldo Hideo Yshizaki (CPF 771.477.158-53), Paulo Sergio Capela Sampaio (CPF 097.455.052-34), Reginaldo de Moraes Barros (CPF 413.854.977-34), Roberto de Luca Samponha (CPF 422.216.417-87) e Roberto de Medeiros Correia (CPF 359.866.037-53).

4. Unidade: Superintendência de Administração do Ministério da Fazenda em São Paulo. 5. Relator: Ministro José Múcio Monteiro.

6. Representante do Ministério Público: Subprocurador-Geral Paulo Soares Bugarin. 7. Unidade Técnica: Sefip.

8. Advogado constituído nos autos: não há.

9. Acórdão:

VISTOS, relatados e discutidos estes autos que tratam de concessão de aposentadoria a servidores da Superintendência de Administração do Ministério da Fazenda em São Paulo.

ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão da 1ª Câmara, ante as razões expostas pelo Relator, e com fundamento no art. 71, incisos III e IX, da Constituição Federal, arts. 1º, inciso V, 39, inciso II, e 45 da Lei nº 8.443/1992, art. 262 do Regimento Interno e Súmula TCU nº 106, em:

9.1. considerar legais as concessões de aposentadoria a Maria Elza de Carvalho Pedro, Maria Irene Blanco Bovino, Maria Lindinete Marques, Maria Lucia Del Lama, Maria Teresa dos Reis de Macedo, Maria Tereza Biglia Arnaiz, Marli Rose Ragonha Dias Vittore, Mauricio Simone de Souza, Mauro da Silva Chirico, Minoru Sato, Neide da Silva Mota Brigati, Nilo Monteiro Novo, Noe Araujo dos Santos, Paulo Sergio Capela Sampaio, Reginaldo de Moraes Barros, Roberto de Luca Samponha e Roberto de Medeiros Correia, ordenando o registro;

9.2. considerar ilegal a concessão de aposentadoria a Oswaldo Hideo Yshizaki, recusando o registro;

9.3. dispensar o ressarcimento das quantias indevidamente recebidas de boa-fé pelo inativo;

9.4. determinar à unidade jurisdicionada que adote medidas para:

9.4.1. dar ciência, no prazo de 15 (quinze) dias, do inteiro teor desta deliberação ao interessado relacionado no item 9.2, alertando-o de que o efeito suspensivo proveniente da interposição de eventuais recursos perante o TCU não o exime da devolução dos valores percebidos indevidamente após a respectiva notificação, caso esses não sejam providos;

9.4.2. fazer cessar, no prazo de 15 (quinze) dias, os pagamentos decorrentes do ato considerado ilegal, sob pena de responsabilidade solidária da autoridade administrativa omissa;

9.4.3. enviar ao Tribunal, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da ciência da decisão, documentos aptos a comprovar que o interessado teve conhecimento do acórdão;

9.5. determinar à Sefip que adote medidas para monitorar o cumprimento da determinação relativa à cessação dos pagamentos decorrentes do ato considerado ilegal, representando ao TCU em caso de não atendimento.

10. Ata n° 22/2013 – 1ª Câmara.

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7 12. Código eletrônico para localização na página do TCU na Internet: AC-4402-22/13-1.

13. Especificação do quorum:

13.1. Ministros presentes: Valmir Campelo (Presidente), Walton Alencar Rodrigues, Benjamin Zymler e José Múcio Monteiro (Relator).

13.2. Ministros-Substitutos presentes: Augusto Sherman Cavalcanti e Weder de Oliveira.

(Assinado Eletronicamente) VALMIR CAMPELO

(Assinado Eletronicamente) JOSÉ MÚCIO MONTEIRO

Presidente Relator

Fui presente:

(Assinado Eletronicamente) LUCAS ROCHA FURTADO

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