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SOS OAB Direito Empresarial Paulo Ellery Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor.

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(1)

SOS OAB

Direito Empresarial

Paulo Ellery

(2)

VII EXAME OAB

(3)

QUESTÃO

Questão 49

Com relação ao instituto do aval, é correto afirmar que

A) é necessário o protesto para a cobrança dos avalistas do emitente e dos endossantes de notas promissórias.

B) o avalista, quando executado, pode exigir que o credor execute primeiro o avalizado.

C) o aval pode ser lançado em documento separado do título de crédito.

D) a obrigação do avalista se mantém, mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu ser nula, exceto se essa nulidade for decorrente de vício de forma.

(4)

GABARITO

Questão 49

Com relação ao instituto do aval, é correto afirmar que

A) é necessário o protesto para a cobrança dos avalistas do emitente e dos endossantes de notas promissórias.

B) o avalista, quando executado, pode exigir que o credor execute primeiro o avalizado.

C) o aval pode ser lançado em documento separado do título de crédito.

D) a obrigação do avalista se mantém, mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu ser nula, exceto se essa nulidade for decorrente de vício de forma. (art. 899, § 2º do CC)

Art. 899, § 2o Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a obrigação

(5)

FIANÇA e AVAL – Principais diferenças

Fiança: é contrato típico do Código Civil

Regência: arts. 818 a 839 do Código Civil

Regras especiais:

- Obrigações nulas não admitem fiança (art.

824). Exceção: incapacidade pessoal do menor,

sem abranger o mútuo;

- Benefício de ordem (art. 827) que pode

ser renunciado (art. 828);

- Admite benefício da divisão (art. 829);

- Vênia conjugal (art. 1.647, III do CC)

(6)

FIANÇA e AVAL – Principais diferenças

Fiança: Regras especiais: continuação...

- Admite exoneração, quando for assinada

sem limitação de tempo (art. 835);

- Possui hipóteses legais de exoneração (art.

838), inclusive benefício de excussão (art. 839);

- O fiador pode opor as defesas pessoais do

devedor

principal,

exceto

a

que

decorra

simplesmente de incapacidade pessoal (Cuidado:

o mútuo é a exceção da exceção – art. 837);

(7)

FIANÇA e AVAL – Principais diferenças

Aval: é típico dos Títulos de Crédito / Cambiário

Regência geral: arts. 897 a 900 do Código Civil

Regências especiais:

- LUG – Letras de Câmbio e Notas

Promissórias (Decreto nº 2.044/1908);

- Lei da Duplicata (5.474/68);

- Lei do Cheque (7.357/85);

(8)

FIANÇA e AVAL – Principais diferenças

Aval: continuação...

Regras especiais:

- Obrigações nulas admitem SIM o aval (art.

889, § 2º do CC). Exceção: vício de forma;

- Não possui benefício de ordem.;

- O CC não admite benefício da divisão/aval

parcial (art. 897, parágrafo único). Mas a LUG admite

(art. 30);

- Não admite exoneração;

- Não admite defesas pessoais. Somente vício

de forma (art. 899, § 2º);

(9)

FIANÇA e AVAL – Principais diferenças

Aval: Regras especiais: continuação...

- Há previsão legal para ocorrer após o

vencimento / aval póstumo (art. 900);

- O CC é conflitante quanto à obrigatoriedade da

vênia conjugal (art. 1.647, III e art. 898, § 1º) e as leis

especiais não exigem. (ANTINOMIA: Ver Enunciado 114

da I Jornada de Dir. Civl do CEJ-CJF).

114 – Art. 1.647: O aval não pode ser anulado por

falta de vênia conjugal, de modo que o inc. III do art.

1.647 apenas caracteriza a inoponibilidade do título

ao cônjuge que não assentiu.

(10)

FIANÇA e AVAL – Resumo das diferenças

FIANÇA

1) É contrato específico do CC; 2) Não admite obrigações

nulas, exceto incapacidade do menor, desde que não seja mútuo;

3) Possui benefício de ordem; 4) Há benefício de divisão (sem polêmica);

5) É obrigatória a vênia conjugal (sem polêmica); 6) Admite exoneração;

7) Cabe exceções pessoas;

8) Não há previsão legal sobre a fiança póstuma;

AVAL

1) Não é contrato. Títulos de crédito;

2) Admite obrigações nulas, exceto vício de forma;

3) Não possui benefício de ordem;

4) Benefício de divisão (polêmica);

5) Obrigatoriedade da vênia conjugal (polêmica);

6) Não admite exoneração;

7) Não cabe exceções pessoais; 8) Há previsão legal sobre o aval póstumo;

(11)

Atenção!

• Se for advogado do credor, seja sempre

conservador quanto aos temas polêmicos, ou

seja:

1) Exija a vênia conjugal no aval;

2) Evite o aval parcial;

3) Evite a fiança póstuma;

4) Muito cuidado com os vícios de forma nos

títulos de crédito.

(12)

Atenção aos Enunciados do CJF!

461) Art. 889. As duplicatas eletrônicas podem ser protestadas por indicação e constituirão título executivo extrajudicial mediante a exibição pelo credor do instrumento de protesto, acompanhado do comprovante de entrega das mercadorias ou de prestação dos serviços.

462) Art. 889, § 3º. Os títulos de crédito podem ser emitidos, aceitos, endossados ou avalizados eletronicamente, mediante assinatura com certificação digital, respeitadas as exceções previstas em lei.

(13)

Atenção aos Enunciados do CJF!

463) Art. 897. A prescrição da pretensão executória não atinge o próprio direito material ou crédito, que podem ser exercidos ou cobrados por outra via processual admitida pelo ordenamento jurídico.

364 – Arts. 424 e 828: No contrato de fiança é nula a cláusula de renúncia antecipada ao benefício de ordem quando inserida em contrato de adesão.

114 – Art. 1.647: O aval não pode ser anulado por falta de vênia conjugal, de modo que o inc. III do art. 1.647 apenas caracteriza a inoponibilidade do título ao cônjuge que não assentiu.

(14)

Atenção aos Enunciados do CJF!

132 – Proposição sobre o art. 1.647, inc. III, do novo Código Civil: OUTORGA CONJUGAL EM AVAL. Suprimir as expressões “ou aval” do inc. III do art. 1.647 do novo Código Civil.

Justificativa: Exigir anuência do cônjuge para a outorga de aval é

afrontar a Lei Uniforme de Genebra e descaracterizar o instituto. Ademais, a celeridade indispensável para a circulação dos títulos de crédito é incompatível com essa exigência, pois não se pode esperar que, na celebração de um negócio corriqueiro, lastreado em cambial ou duplicata, seja necessário, para a obtenção de um aval, ir à busca do cônjuge e da certidão de seu casamento, determinadora do respectivo regime de bens.

(15)

FIANÇA e AVAL – VÊNIA CONJUGAL

Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos

cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime

da separação absoluta:

I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;

II - pleitear, como autor ou réu, acerca desses bens ou

direitos;

III - prestar fiança ou aval;

IV - fazer doação, não sendo remuneratória, de bens comuns,

ou dos que possam integrar futura meação.

(16)

AVAL – TEXTO LEGAL DO CC

Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha

obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantido

por aval.

Parágrafo único. É vedado o aval parcial.

Art. 898. O aval deve ser dado no verso ou no anverso do

próprio título.

§ 1

o

Para a validade do aval, dado no anverso do título, é

suficiente a simples assinatura do avalista.

(17)

AVAL – TEXTO LEGAL DO CC

Art. 899. O avalista equipara-se àquele cujo nome indicar; na

falta de indicação, ao emitente ou devedor final.

§ 1° Pagando o título, tem o avalista ação de regresso contra o

seu avalizado e demais coobrigados anteriores.

§ 2

o

Subsiste a responsabilidade do avalista, ainda que nula a

obrigação daquele a quem se equipara, a menos que a

nulidade decorra de vício de forma.

Art. 900. O aval posterior ao vencimento produz os mesmos

efeitos do anteriormente dado.

(18)

AVAL – TEXTO LEGAL DO CC

Art. 206. Prescreve:

§ 3

o

Em três anos:

VIII - a pretensão para haver o pagamento de título de

crédito, a contar do vencimento, ressalvadas as disposições

de lei especial;

(19)

AVAL – TEXTO LEGAL DA LUG

Decreto 57.663/66

Artigo 30

O pagamento de uma letra pode ser no todo ou em parte garantido por aval. Esta garantia é dada por um terceiro ou mesmo por um signatário da letra. obs.: Artigo 77; Aval; Aval em letra de câmbio; Aval -Letra de câmbio - -Letra de câmbio e nota promissória - D-002.044-1908: Art. 897, Parágrafo único, Títulos de Crédito - Direito das Obrigações - Código Civil

Artigo 31

O aval é escrito na própria letra ou numa folha anexa. Exprime-se pelas palavras "bom para aval ou por qualquer fórmula equivalente; e assinado pelo dador do aval. O aval considera-se como resultante da simples assinatura do dador aposta na face anterior da letra, salvo se se trata das assinaturas do sacado ou do sacador. O aval deve indicar a pessoa por quem se dá. Na falta de indicação, entender-se-á ser pelo sacador. obs.: Artigo 4º, anexo 2; Artigo 77

(20)

AVAL – TEXTO LEGAL DA LUG

Decreto 57.663/66

Artigo 32

O dador de aval é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. A sua obrigação mantém-se, mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu ser nula por qualquer razão que não seja um vício de forma. Se o dador de aval paga a letra, fica sub-rogado nos direitos emergentes da letra contra a pessoa a favor de quem foi dado o aval e contra os obrigados para com esta em virtude da letra. obs.: Artigo 77; Aval; Aval - Ação cabível contra co-avalista obs.: Nota Promissória - Prescrição obs.: Art. 897, Parágrafo único, Títulos de Crédito - Direito das Obrigações - Código Civil

(21)

AVAL – TEXTO LEGAL DA LUG

Decreto 57.663/66

Artigo 32

O dador de aval é responsável da mesma maneira que a pessoa por ele afiançada. A sua obrigação mantém-se, mesmo no caso de a obrigação que ele garantiu ser nula por qualquer razão que não seja um vício de forma. Se o dador de aval paga a letra, fica sub-rogado nos direitos emergentes da letra contra a pessoa a favor de quem foi dado o aval e contra os obrigados para com esta em virtude da letra. obs.: Artigo 77; Aval; Aval - Ação cabível contra co-avalista obs.: Nota Promissória - Prescrição obs.: Art. 897, Parágrafo único, Títulos de Crédito - Direito das Obrigações - Código Civil

(22)

AVAL – INEXIG. DE PROTESTO

Precedentes do STJ

PROCESSUAL CIVIL. RECURSOS. INOVAÇÃO NÃO ADMITIDA. DIREITO

CAMBIÁRIO. TÍTULOS DE CRÉDITO. NOTA PROMISSÓRIA. EXECUÇÃO PROPOSTA CONTRA AVALISTA. DESNECESSIDADE DE PROTESTO.

I - Não se admite, em sede de agravo regimental interposto contra decisão monocrática que negou seguimento a recurso especial a arguição de tema novo, que não tenha sido objeto do próprio recurso especial.

II - Não é necessário o protesto para se promover a execução contra o aceitante da letra de câmbio ou contra o emitente da nota promissória,

bem como contra seus respectivos avalistas. Isso porque, nesses casos,

tem-se uma ação direta, e não de regresso. Agravo Regimental improvido.

(AgRg no Ag 1214858/MG, Rel. Ministro SIDNEI BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 27/04/2010, DJe 12/05/2010)

(23)

AVAL – DUPLICATA

Lei 5.474/68

Art . 11. A duplicata admite reforma ou prorrogação do prazo de vencimento, mediante declaração em separado ou nela escrita, assinada pelo vendedor ou endossatário, ou por representante com podêres especiais.

Parágrafo único. A reforma ou prorrogação de que trata êste artigo, para manter a coobrigação dos demais intervenientes por endôsso ou aval, requer a anuência expressa dêstes.

Art . 12. O pagamento da duplicata poderá ser assegurado por aval, sendo o avalista equiparado àquele cujo nome indicar; na falta da indicação, àquele abaixo de cuja firma lançar a sua; fora dêsses casos, ao comprador.

Parágrafo único. O aval dado posteriormente ao vencimento do título produzirá os mesmos efeitos que o prestado anteriormente àquela ocorrência.

(24)

AVAL – DUPLICATA

Lei 5.474/68

Art 15 - A cobrança judicial de duplicata ou triplicata será efetuada de conformidade com o processo aplicável aos títulos executivos extrajudiciais, de que cogita o Livro II do Código de Processo Civil, quando se tratar:

l - de duplicata ou triplicata aceita, protestada ou não;

II - de duplicata ou triplicata não aceita, contanto que, cumulativamente:

a) haja sido protestada;

b) esteja acompanhada de documento hábil comprobatório da entrega e recebimento da mercadoria; e

c) o sacado não tenha, comprovadamente, recusado o aceite, no prazo, nas condições e pelos motivos previstos nos arts. 7º e 8º desta Lei.

(25)

AVAL – DUPLICATA

Lei 5.474/68

§ 1º - Contra o sacador, os endossantes e respectivos avalistas caberá o processo de execução referido neste artigo, quaisquer que sejam a forma e as condições do protesto.

§ 2º - Processar-se-á também da mesma maneira a execução de duplicata ou triplicata não aceita e não devolvida, desde que haja sido protestada mediante indicações do credor ou do apresentante do título, nos termos do art. 14, preenchidas as condições do inciso II deste artigo.

(26)

AVAL – DUPLICATA

Lei 5.474/68

Art 17 - O foro competente para a cobrança judicial da duplicata ou da triplicata é o da praça de pagamento constante do título, ou outra de domicílio do comprador e, no caso de ação regressiva, a dos sacadores, dos endossantes e respectivos avalistas.

Art 18 - A pretensão à execução da duplicata prescreve:

l - contra o sacado e respectivos avalistas, em 3(três) anos, contados da data do vencimento do título;

II - contra endossante e seus avalistas, em 1 (um) ano, contado da data do protesto;

III - de qualquer dos coobrigados contra os demais, em 1 (um) ano, contado da data em que haja sido efetuado o pagamento do título.

§ 2º - Os coobrigados da duplicata respondem solidariamente pelo aceite e pelo pagamento.

(27)

AVAL – CHEQUE

Lei 7.357/85

Art . 29 O pagamento do cheque pode ser garantido, no todo ou em parte, por aval prestado por terceiro, exceto o sacado, ou mesmo por signatário do título.

Art . 30 O aval é lançado no cheque ou na folha de alongamento. Exprime-se pelas palavras ‘’por aval’’, ou fórmula equivalente, com a assinatura do avalista. Considera-se como resultante da simples assinatura do avalista, aposta no anverso do cheque, salvo quando se tratar da assinatura do emitente.

Parágrafo único - O aval deve indicar o avalizado. Na falta de indicação, considera-se avalizado o emitente.

(28)

AVAL – CHEQUE

Lei 7.357/85

Art . 31 O avalista se obriga da mesma maneira que o avaliado. Subsiste sua obrigação, ainda que nula a por ele garantida, salvo se a nulidade resultar de vício de forma.

Parágrafo único - O avalista que paga o cheque adquire todos os direitos dele resultantes contra o avalizado e contra os obrigados para com este em virtude do cheque.

(29)

AVAL – CHEQUE

Lei 7.357/85

Art . 47 Pode o portador promover a execução do cheque: I - contra o emitente e seu avalista;

II - contra os endossantes e seus avalistas, se o cheque apresentado em tempo hábil e a recusa de pagamento é comprovada pelo protesto ou por declaração do sacado, escrita e datada sobre o cheque, com indicação do dia de apresentação, ou, ainda, por declaração escrita e datada por câmara de compensação.

§ 1º Qualquer das declarações previstas neste artigo dispensa o protesto e produz os efeitos deste.

§ 2º Os signatários respondem pelos danos causados por declarações inexatas.

(30)

AVAL – CHEQUE

Lei 7.357/85

§ 3º O portador que não apresentar o cheque em tempo hábil, ou não comprovar a recusa de pagamento pela forma indicada neste artigo, perde o direito de execução contra o emitente, se este tinha fundos disponíveis durante o prazo de apresentação e os deixou de ter, em razão de fato que não lhe seja imputável.

§ 4º A execução independe do protesto e das declarações previstas neste artigo, se a apresentação ou o pagamento do cheque são obstados pelo fato de o sacado ter sido submetido a intervenção, liquidação extrajudicial ou falência.

(31)

AVAL – CHEQUE

Lei 7.357/85

Art . 59 Prescrevem em 6 (seis) meses, contados da expiração do prazo de apresentação, a ação que o art. 47 desta Lei assegura ao portador.

Parágrafo único - A ação de regresso de um obrigado ao pagamento do cheque contra outro prescreve em 6 (seis) meses, contados do dia em que o obrigado pagou o cheque ou do dia em que foi demandado.

Art . 60 A interrupção da prescrição produz efeito somente contra o obrigado em relação ao qual foi promovido o ato interruptivo.

Art . 61 A ação de enriquecimento contra o emitente ou outros obrigados, que se locupletaram injustamente com o não-pagamento do cheque, prescreve em 2 (dois) anos, contados do dia em que se consumar a prescrição prevista no art. 59 e seu parágrafo desta Lei.

Art . 62 Salvo prova de novação, a emissão ou a transferência do cheque não exclui a ação fundada na relação causal, feita a prova do não-pagamento.

(32)
(33)

VII EXAME OAB

(34)

QUESTÃO

Questão 52

Dentre as alternativas abaixo, indique aquela que corresponde a um crédito que deve ser classificado como extraconcursal:

A) Multas por infração do Código de Postura Municipal.

B) Custas judiciais relativas às ações e execuções em que a massa tenha sido vencida.

C) Créditos quirografários sujeitos à recuperação judicial pertencentes a fornecedores de bens ou serviços que continuaram a provê‐lo normalmente após o pedido de recuperação judicial.

D) Os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao seu pagamento.

(35)

COMENTÁRIOS INICIAIS

Tema: FALÊNCIA

Subtema: Classificação dos Créditos

Pergunta inicial: Como são classificados os créditos na Falência? 1- CONCURSAIS (art. 83):

2 – EXTRACONCURSAIS (art. 84).

Muita atenção! O cumprimento de obrigações do falido está posto na lei 11.101/2005 de “trás para frente”.

Lei em casa com calma a seguinte ordem inversa: 1 – DISPONIBILIDADE DE CAIXA (art. 150, 151 e 29); 2 – RESTITUIÇÕES EM DINHEIRO (art. 86);

3 – CRÉDITOS EXTRACONCURSAIS (art. 84); 4 – CRÉDITOS CONCURSAIS (art. 83).

(36)

DISPONIBILIDADE DE CAIXA

Texto Legal

Art. 29. Os membros do Comitê não terão sua remuneração custeada pelo devedor ou pela massa falida, mas as despesas realizadas para a realização de ato previsto nesta Lei, se devidamente comprovadas e com a autorização do juiz, serão ressarcidas atendendo às disponibilidades de caixa.

Art. 150. As despesas cujo pagamento antecipado seja indispensável à administração da falência, inclusive na hipótese de continuação provisória das atividades previstas no inciso XI docaput do art. 99 desta Lei, serão pagas pelo administrador judicial com os recursos disponíveis em caixa.

Art. 151. Os créditos trabalhistas de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (três) meses anteriores à decretação da falência, até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador, serão pagos tão logo haja disponibilidade em caixa.

(37)

RESTITUIÇÕES EM DINHEIRO

Texto Legal

Art. 86. Proceder-se-á à restituição em dinheiro:

I – se a coisa não mais existir ao tempo do pedido de restituição, hipótese em que o requerente receberá o valor da avaliação do bem, ou, no caso de ter ocorrido sua venda, o respectivo preço, em ambos os casos no valor atualizado;

II – da importância entregue ao devedor, em moeda corrente nacional, decorrente de adiantamento a contrato de câmbio para exportação, na forma do art. 75, §§ 3o e 4o, da Lei no 4.728, de 14

de julho de 1965, desde que o prazo total da operação, inclusive eventuais prorrogações, não exceda o previsto nas normas específicas da autoridade competente;

III – dos valores entregues ao devedor pelo contratante de boa-fé na hipótese de revogação ou ineficácia do contrato, conforme disposto no art. 136 desta Lei.

(38)

RESTITUIÇÕES EM DINHEIRO

Texto Legal

Parágrafo único. As restituições de que trata este artigo somente serão efetuadas após o pagamento previsto no art. 151 desta Lei. Art. 87. O pedido de restituição deverá ser fundamentado e descreverá a coisa reclamada.

Atenção ao art. 49, § 4o:

Não se sujeitará aos efeitos da recuperação judicial a importância a que se refere o inciso II do art. 86 desta Lei. (adiantamento a contrato de câmbio exportação)

(39)

CRÉDITOS EXTRA CONCURSAIS

Texto Legal

Art. 84. Serão considerados créditos extraconcursais e serão

pagos com precedência sobre os mencionados no art. 83

desta Lei, na ordem a seguir, os relativos a:

I – remunerações devidas ao administrador judicial e seus

auxiliares, e créditos derivados da legislação do trabalho ou

decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços

prestados após a decretação da falência;

II – quantias fornecidas à massa pelos credores;

III – despesas com arrecadação, administração, realização do

ativo e distribuição do seu produto, bem como custas do

processo de falência;

IV – custas judiciais relativas às ações e execuções em que a

massa falida tenha sido vencida;

(40)

CRÉDITOS EXTRA CONCURSAIS

Texto Legal

V – obrigações resultantes de atos jurídicos válidos praticados

durante a recuperação judicial, nos termos do art. 67 desta

Lei, ou após a decretação da falência, e tributos relativos a

fatos geradores ocorridos após a decretação da falência,

respeitada a ordem estabelecida no art. 83 desta Lei.

Art. 67. Os créditos decorrentes de obrigações contraídas pelo devedor durante a recuperação judicial, inclusive aqueles relativos a despesas com fornecedores de bens ou serviços e contratos de mútuo, serão considerados extraconcursais, em caso de decretação de falência, respeitada, no que couber, a ordem estabelecida no art. 83 desta Lei.

É fácil associar (não precisa decorar):

os créditos

extraconcursais são relativos, em regra, à MASSA. Ou seja,

são gerados/criados após a sentença de decretação da

falência ou durante da recuperação judicial.

(41)

CRÉDITOS CONCURSAIS

Texto Legal

Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:

I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho;

II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado;

III – créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias;

(42)

CRÉDITOS CONCURSAIS

Texto Legal

IV – créditos com privilégio especial, a saber:

a) os previstos no art. 964 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002; b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei;

c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa dada em garantia;

V – créditos com privilégio geral, a saber:

a) os previstos no art. 965 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002; b) os previstos no parágrafo único do art. 67 desta Lei;

c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei;

(43)

CRÉDITOS CONCURSAIS

Texto Legal VI – créditos quirografários, a saber:

a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo;

b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao seu pagamento;

c) os saldos dos créditos derivados da legislação do trabalho que excederem o limite estabelecido no inciso I do caput deste artigo; VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, inclusive as multas tributárias;

(44)

CRÉDITOS CONCURSAIS

Texto Legal VIII – créditos subordinados, a saber:

a) os assim previstos em lei ou em contrato;

b) os créditos dos sócios e dos administradores sem vínculo empregatício.

§ 1o Para os fins do inciso II do caput deste artigo, será

considerado como valor do bem objeto de garantia real a importância efetivamente arrecadada com sua venda, ou, no caso de alienação em bloco, o valor de avaliação do bem individualmente considerado.

(45)

CRÉDITOS CONCURSAIS

Texto Legal

§ 2o Não são oponíveis à massa os valores decorrentes de direito de sócio ao recebimento de sua parcela do capital social na liquidação da sociedade.

§ 3o As cláusulas penais dos contratos unilaterais não serão atendidas se as obrigações neles estipuladas se vencerem em virtude da falência.

§ 4o Os créditos trabalhistas cedidos a terceiros serão

(46)

GABARITO

Questão 52

Dentre as alternativas abaixo, indique aquela que corresponde a um crédito que deve ser classificado como extraconcursal:

A) Multas por infração do Código de Postura Municipal. (é concursal – subquirografário – art. 83, VII)

B) Custas judiciais relativas às ações e execuções em que a massa tenha sido vencida. (art. 84, IV)

C) Créditos quirografários sujeitos à recuperação judicial pertencentes a fornecedores de bens ou serviços que continuaram a provê‐lo normalmente após o pedido de recuperação judicial. (é concursal porque o enunciado não falou que foi decretada a falência após a recuperação judicial – art. 67 c/c art. 83, VI, a). Ler novamente o art. 67. PEGADINHA!

D) Os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao seu pagamento. (é concursal – art. 83, VI, b)

(47)

QUESTÃO

Questão 52 IV EXAME OAB FGV

A sociedade empresária XYZ Computação Gráfica S.A. teve

sua falência decretada. Na correspondente sentença, foi

autorizada a continuação provisória das atividades da falida

com o administrador judicial, fato esse que perdurou por um

período de 10 (dez) meses. Como são juridicamente

qualificados os titulares dos créditos trabalhistas relativos a

serviços prestados durante esse interregno posterior à

decretação da falência?

(A) Credores concursais.

(B) Credores concorrentes prioritários.

(C) Credores reivindicantes.

(48)

GABARITO

Questão 52 IV EXAME OAB FGV

A sociedade empresária XYZ Computação Gráfica S.A. teve

sua falência decretada. Na correspondente sentença, foi

autorizada a continuação provisória das atividades da falida

com o administrador judicial, fato esse que perdurou por um

período de 10 (dez) meses. Como são juridicamente

qualificados os titulares dos créditos trabalhistas relativos a

serviços prestados durante esse interregno posterior à

decretação da falência?

(A) Credores concursais.

(B) Credores concorrentes prioritários.

(C) Credores reivindicantes.

Referências

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