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Motores Automação Energia Trasmissão & Distribuição Tintas

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Academic year: 2021

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Relatório da Administração ...03 Demonstrações Financeiras ...09 Notas explicativas às demonstrações financeiras ... 15

Relatório dos Auditores Independentes sobre as

Demonstrações Financeiras ...38

WEG S.A.

Demonstrações Financeiras

Parecer Do Conselho Fiscal ...38

Balanço social de

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Conjuntura

O ano de 2010 foi marcado pela recuperação gradual da atividade econômica mundial, após a grave crise que atingiu todos os segmentos de mercado e praticamente todas as regiões do globo em 2009. Esta recuperação foi percebida de formas diferentes nos diversos mercados. De forma geral os mercados emergentes foram mais dinâmicos e os que mais têm contribuído para o crescimento da economia mundial. As economias mais maduras e desenvolvidas continuaram na busca do ajuste de desequilíbrios acumulados e da retomada do crescimento e do emprego. Neste contexto, erificamos que:

g Segundo o relatório World Economic Outlook produzido pelo Fundo Monetário Internacional, o crescimento do produto das economias emergentes e em desenvolvimento deverá ser de 7,1% em 2010, contra apenas 2,7% das economias mais avançadas;

g No Brasil, o produto interno bruto apresentou expansão ao longo de 2010, acumulando crescimento de 7,5% nos três primeiros trimestres em relação ao mesmo período do ano anterior. Destaca-se o crescimento da indústria, de 10,2% no período, na análise sob a ótica da produção.

A análise da atividade industrial no Brasil, contudo, deve considerar alguns aspectos importantes. As taxas de

crescimento anteriormente mencionadas são taxas médias de diversos segmentos industriais, que tiveram comportamentos muito diversos: alguns com crescimento já rápido e avançado, outros ainda nas fases iniciais de recuperação. Isto é

Apresentamos aos nossos acionistas as Demonstrações Financeiras Consolidadas do Grupo WEG e

da WEG S.A. relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2010. As demonstrações

financeiras foram elaboradas de acordo com o disposto na Lei das Sociedades por Ações e pelas

normas estabelecidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Relatório da Administração

importante para a interpretação dos resultados da WEG, já que atuamos em diversos nichos de mercado, cada qual com dinâmicas diferentes. Especificamente:

g O IBGE apontou crescimento de 10,5% na produção industrial brasileira em 2010 em relação a 2009; g Da mesma forma, a Associação Brasileira da Indústria

Elétrica e Eletrônica (ABINEE) apontou preliminarmente crescimento de 11% no faturamento do setor

eletroeletrônico brasileiro em relação ao ano anterior. Mais uma vez, este crescimento foi composto por desempenhos muito diferentes em cada segmento.

Em 2010, o setor industrial brasileiro continuou enfrentando os efeitos negativos da apreciação cambial, que reduz a

competitividade dos produtos brasileiros no exterior e favorece a importação de produtos manufaturados. A decisão das autoridades dos EUA de implantar medidas de estímulo para a sua economia baseadas em uma política de juros

historicamente baixos produziu, como efeito importante, a desvalorização do dólar norte-americano frente a

praticamente todas as principais moedas do mundo. No caso brasileiro, o melhor desempenho relativo da economia, com o intenso fluxo de recursos estrangeiros para investimentos em renda fixa, em ações e em investimentos diretos, e o relevante peso de produtos primários na pauta de exportações, acabaram por potencializar este efeito de valorização da moeda.

Receita Operacional

Em 2010 a Receita Operacional Líquida (ROL) consolidada atingiu R$ 4.392,0 milhões, mostrando crescimento de 4,3% em relação ao ano anterior. A recuperação do dinamismo em cada uma de nossas diferentes áreas de atuação, contudo, não foi uniforme. Observamos taxas de crescimento saudáveis nas áreas de equipamentos eletroeletrônicos industriais, de motores para uso doméstico e de tintas & vernizes. A área de GTD (equipamentos para o setor de energia), contudo, se ressentiu do fraco desempenho de entrada de pedidos em 2009.

Destacamos os seguintes aspectos em cada uma destas áreas:

Equipamentos eletroeletrônicos industriais – com a recuperação do ritmo da produção industrial, tanto no Brasil como no resto do mundo, e a consequente expansão do investimento na capacidade produtiva industrial, observamos crescimento de 12% na ROL desta área de atuação em

Aspectos econômico-financeiros

relação a 2009. Esta é a área de negócios que concentra a maior parte de nossos negócios no exterior, conduzidos em outras moedas que não o real. Desta forma, apesar do bom desempenho, a valorização da moeda brasileira prejudica as comparações, o que explica o crescimento relativamente menor.

Equipamentos para geração, transmissão e distribuição de energia (GTD) – nesta área observamos queda de 24% na ROL em relação a 2009. Este é um segmento

caracterizado como de “ciclo longo”, no qual os efeitos das mudanças nos fundamentos de demanda são lentamente transferidos para as vendas e as receitas, e nossa atuação nesse segmento é focada em alguns nichos de mercado. Em geração de energia temos foco claro nas fontes que

possibilitam geração renovável e distribuída, como as pequenas centrais hidrelétricas e a energia térmica de biomassa. Conforme mencionado, o desempenho negativo em GTD em 2010 é resultado do baixo volume de entrada de novos pedidos em 2009, quando a crise internacional ocasionou a diminuição dos investimentos.

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Já o desempenho das vendas, medido pela entrada de novos pedidos, mostrou aquecimento ao longo do ano, principalmente nos produtos de transmissão e distribuição. Os impactos desta melhora deverão ser mais evidentes ao longo de 2011.

Motores para uso doméstico – Esta área de negócios manteve bom desempenho ao longo de todo o ano com crescimento de 24% na ROL em relação a 2009, mesmo com a gradual retirada dos incentivos ao consumo na forma de reduções de impostos. Esta área de negócios, contudo, é caracterizada como de “ciclo curto”, ou seja, as mudanças nas condições de mercado são rapidamente transferidas para as vendas e as receitas. Ainda assim, as condições do mercado se mantiveram positivas, com expansão de emprego, renda e crédito impulsionando o mercado. Tintas e vernizes – as boas condições da indústria brasileira permitiram obter crescimento da ROL de 20% em relação ao ano anterior nesta área de negócios. Este comportamento positivo está dentro das expectativas, uma vez que

buscamos atender, em tintas e vernizes, os mesmos clientes que conquistamos nas outras áreas de negócios.

Mercado Interno

A Receita Operacional Líquida no mercado interno atingiu R$ 2.670,4 milhões, representando 61% da nossa ROL e mostrando crescimento de 5,7% sobre o ano anterior. Este crescimento foi decorrente da recuperação da atividade econômica, com reflexos positivos sobre a demanda de produtos de consumo durável e bens de capital para investimentos em expansão de capacidade produtiva. Construímos, ao longo dos últimos 50 anos, posição de liderança em todas as áreas de atuação no mercado brasileiro, expandindo continuamente nossa linha de produtos e serviços. Somos líderes na produção de equipamentos elétricos como motores elétricos,

transformadores, geradores e, ao longo dos anos, temos evoluído na direção de oferecer soluções industriais completas e integradas.

Mercado Externo

A Receita Operacional Líquida obtida em nossos negócios nos mercados externos atingiu R$ 1.721,5 milhões,

correspondendo a 39% da ROL. A comparação dos valores da ROL em reais mostra crescimento de 2,2% em relação ao ano anterior. Considerados os valores em dólares norte-americanos, a Receita Operacional Líquida no mercado externo atingiu US$ 892,9 milhões, atingindo crescimento de 15,7% em relação a 2009.

Em 2010 continuamos avançando em nossa atuação internacional. Aumentamos nossa participação no mercado mexicano de transformadores, adquirindo participação adicional no capital de nossa coligada Voltran, um dos líderes naquele mercado. Além disso, adquirimos o controle da ZEST, empresa líder na comercialização de produtos

eletroeletrônicos para uso industrial na África do Sul. Além dessas aquisições, continuamos expandindo nossas operações fabris para além do Brasil. Construímos, em 2010,

instalações industriais na Índia, que se somam às fábricas que possuímos na Argentina, México, Portugal e China.

Atualmente distribuímos nossos produtos em mais de 100 países nos cinco continentes e temos presença direta nos principais mercados mundiais. Buscamos diversificar nossa presença geográfica, mantendo taxas de crescimento consistentes no mercado externo e evitando os efeitos das variações do ciclo econômico de cada país.

Custo dos Produtos Vendidos

O Custo dos Produtos Vendidos (CPV) atingiu R$ 3.005,0 milhões em 2010 representando 68,4% em relação a ROL (67,8% em 2009). Desta forma, houve retração de 0,6 pontos percentuais em relação ao ano anterior na margem bruta, que atingiu 31,6%.

Observamos que os principais impactos sobre o CPV foram: g Alteração relativa no mix dos produtos vendidos, com

maior presença de produtos de menor valor agregado, trazendo o aumento do custo de transformação e menor diluição dos custos fixos. Este é um efeito esperado, uma vez que a recuperação da demanda normalmente acontece mais rapidamente nos mercados e nos produtos menos elaborados. Temos notado a gradual expansão da recuperação da demanda nos produtos e mercados mais elaborados.

g A apreciação da moeda brasileira tem exercido pressão sobre nossas margens ao elevar os custos em reais relativamente aos denominados em outras moedas. Trabalhamos para minimizar estas pressões combinando nossa política de compras globais de insumos com a política de hedge cambial.

Despesas de Vendas, Gerais e Administrativas

As Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas consolidadas totalizaram R$ 697,0 milhões, representando 15,9% da ROL em 2010. Houve crescimento absoluto de 10% sobre os R$ 633,5 milhões acumulados em 2009, embora o crescimento relativo tenha sido de apenas 0,9 pontos percentuais em relação a ROL. Da mesma forma que anteriormente descrito no caso do CPV, os efeitos das alterações de mix de produção explicam as variações negativas nas despesas operacionais.

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Nosso modelo de negócios é baseado em sermos capazes de aproveitar as oportunidades de investimento para manter nosso padrão de crescimento sem aumento da exposição aos riscos financeiros. Para tanto, buscamos manter nosso acesso a recursos e fontes de liquidez, mantendo políticas de financiamento que privilegiam uma estrutura de capital sólida. Em 2010, aproveitamos a oferta de financiamento de longo prazo por parte de agentes como o BNDES para nosso programa de expansão de capacidade produtiva.

Adicionalmente, buscamos diversificar mais nossas fontes, com nossa primeira captação de crédito junto ao International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do Banco Mundial para o setor privado.

Da mesma forma, continuamos acessando fontes de financiamento de curto prazo em moeda estrangeira para financiamento das operações de comércio exterior, aproveitando a proteção (hedge) natural e mantendo

monitoramento constante da exposição financeira ao câmbio. Os recursos em caixa são aplicados em bancos de primeira linha e tipicamente em moeda nacional.

EBITDA

Capitalização

Dezembro 2010 Dezembro 2009 Disponibilidades e Aplicações 2.552.996 2.127.117 Financiamentos 2.418.943 1.872.533 Curto Prazo 1.018.995 895.885 Longo Prazo 1.399.948 976.648 Caixa (Dívida Líquida) 134.053 254.584 Como resultado dos efeitos discutidos anteriormente, o EBITDA, calculado segundo a metodologia definida pela CVM no Ofício Circular 01/07, atingiu o montante de R$ 789,1 milhões em 2010, com queda de 5,8% sobre o resultado obtido em 2009. A margem EBITDA foi de 18%, 1,9 pontos percentuais abaixo da margem EBITDA do ano anterior.

Despesas e Receitas Financeiras

As Receitas Financeiras somaram R$ 348,5 milhões (R$ 383,5 milhões em 2009) e as Despesas Financeiras totalizaram R$ 225,4 milhões (R$ 272,1 milhões em 2009). Desta forma, o resultado financeiro foi positivo em R$ 123,1 milhões (R$ 111,3 milhões em 2009).

Lucro Líquido

Como resultado dos efeitos anteriormente mencionados, o Lucro Líquido Consolidado atribuível aos acionistas da WEG S.A. atingiu R$ 519,8 milhões, 5,6% inferior aos R$ 550,5 milhões obtidos em 2009. O retorno sobre o patrimônio líquido foi de 15,8% em 2010 (17,9% em 2009).

Em 31 de dezembro de 2010 as disponibilidades e aplicações financeiras, todas classificadas como de curto prazo,

totalizavam R$ 2.553,0 milhões. A dívida financeira bruta totalizava R$ 2.418,9 milhões, sendo 42% em operações de curto prazo e 58% em operações de longo prazo. Ao final de 2010 a posição líquida de caixa era de R$ 134,0 milhões

Investimentos

Os investimentos em ativos fixos para expansão da capacidade produtiva somaram R$ 233 milhões em 2010, sendo 60% destinados aos parques industriais e demais instalações no Brasil e o restante às unidades produtivas e demais subsidiárias no exterior.

Os desembolsos em expansão de capacidade ao longo de 2010 cresceram gradualmente com a melhoria das condições de demanda ao longo do ano. O investimento é sempre gerenciado no sentido de otimizar a ocupação da capacidade e maximizar o retorno sobre o capital investido.

Destacamos os investimentos em duas novas unidades produtivas, que entrarão em operação nos primeiros meses de 2011:

g WEG Linhares, onde estamos implantando um novo parque fabril, iniciando um projeto de longo prazo para a produção, inicialmente, de motores elétricos e que deverá, ao longo dos próximos anos, receber investimentos adicionais para a produção verticalizada de ampla linha de produtos; g WEG Índia, nossa primeira unidade produtiva neste país,

voltada para a produção de equipamentos de alta tensão para aplicações industriais e de infra-estrutura.

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Dividendos

Destaques

Aquisição do controle do ZEST Group

Em 25 de maio, anunciamos a aquisição do controle acionário (51%) do ZEST Group, companhia com sede na África do Sul. Parceiro da WEG na África do Sul há mais de 30 anos, o ZEST Group conquistou expressiva participação em todas as linhas de negócios, em particular nos motores elétricos, no qual se tornou líder do mercado sul-africano. O grupo inclui ainda companhias especializadas na montagem de painéis elétricos industriais, na montagem de grupos geradores e na prestação de serviços de comissionamento elétrico. O ZEST Group tornou-se a vigésima quarta subsidiária WEG no exterior e suas operações passaram, a partir do terceiro trimestre de 2010, a ser consolidadas pela WEG.

A Administração irá propor na Assembleia Geral Ordinária a destinação, como remuneração aos acionistas sobre os resultados do exercício de 2010, o montante de R$ 306,4 milhões para pagamento de dividendos e juros sobre capital próprio, o que corresponde a R$ 0,49352941 por ação antes das deduções de impostos. Este montante representa 59% do Lucro Líquido antes dos ajustes estatutários.

Lucro Líquido, Dividendos e Pay-out (%)

Nossos mercados estão passando por grandes transformações tecnológicas e nossos esforços em pesquisa e desenvolvimento incluem dispêndios voltados ao desenvolvimento de novos produtos, ao aprimoramento contínuo de produtos já disponíveis, na engenharia de aplicação e adaptação de produtos e sistemas e no aprimoramento dos nossos processos industriais.

Em 2010 estes dispêndios somaram R$ 100,8 milhões, representando 2,3% da Receita Operacional Líquida.

Dividendos Lucro Líquido Pay-out

44,2% 45,5% 52,0% 53,7% 59,0% 165,5 228,8 298,8 301,1 374,8 502,8 560,4 2009 2010 2005 2006 2007 2008 300,0 306,4 548,4 519,8 575,0 54,7%

A partir desta aquisição, a África do Sul, que já era um mercado importante, com perspectivas de crescimento acima da média mundial, tem se convertido na base da expansão da WEG em todo o continente africano. A

expansão tem ocorrido tanto pelo aproveitamento do grande conhecimento dos mercados pela equipe do ZEST Group, como pela potencialização da grande experiência da WEG em energia, mineração e petróleo & gás.

Controle do capital da Voltran

Em 25 de maio, anunciamos também a aquisição de participação adicional no capital da Voltran S.A. de C.V., companhia mexicana fabricante de transformadores, elevando nossa participação a 60% do capital. A parceria entre a WEG e a família Jimenez, controladora da Voltran,

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iniciou-se em 2006, quando foram adquiridos 30% do capital da companhia mexicana.

A marca Voltran é forte no mercado mexicano e a parceria com a WEG gerou bons resultados, com ampliação da linha de produtos e melhoria da capacidade de entrega. A evolução da parceria foi uma consequência natural destes resultados, buscando aproveitar as sinergias com as outras operações da WEG no México. Também neste caso, as receitas da Voltran passaram a ter impacto sobre as receitas consolidadas da WEG a partir do terceiro trimestre de 2010.

Aquisição da Instrutech

Em 09 de junho, anunciamos o acordo para aquisição, por nossa controlada WEG Equipamentos Elétricos S.A., da Instrutech Ltda., companhia que desenvolve e fabrica sensores eletrônicos para automação industrial, comercial e de proteção humana.

A aquisição ampliou a linha de produtos e soluções integradas WEG na área de automação, adicionando produtos de elevado valor agregado e que não eram anteriormente ofertados. A Instrutech era a única empresa brasileira na produção de equipamentos específicos para automação de segurança homem/máquina.

Os produtos e sistemas integrados de sensoreamento eletrônico são utilizados largamente em condições de trabalho extremas, em aplicações como máquinas operatrizes, injetoras de plástico, máquinas para madeira, embalagem, linhas transportadoras, etc.

Aquisição da Equisul

Em 06 de dezembro, anunciamos a assinatura de acordo para a aquisição da empresa Equisul Indústria e Comércio Ltda, especializada no desenvolvimento e fabricação de sistemas de fornecimento ininterrupto de energia

(uninterruptible power supply ou UPS), incluindo no-breaks, inversores, retificadores, carregadores e bancos de baterias. A Equisul possui uma unidade fabril em São José (SC), conta com cerca de 50 colaboradores e deve obter receitas operacionais de aproximadamente R$ 15 milhões em 2010. A companhia foi fundada em 1995 e atuou como fabricante de sistemas de pequeno e médio porte até 2004, quando expandiu sua linha de produtos para sistemas trifásicos de grande porte com a incorporação da GPL Eletroeletrônica S.A., empresa tradicional neste segmento.

Com a aquisição da Equisul, a WEG aumenta o seu portfólio de produtos e de soluções completas para sistemas de energia, incorporando as soluções conhecidas como critical power, equipamentos com ampla aplicação em setores como tecnologia de informação, financeiro e em processos críticos na indústria, como, por exemplo, nas plataformas de exploração de óleo e gás, no qual uma interrupção produtiva é potencialmente muito custosa. Com a crescente

automação dos processos industriais, as sinergias tecnológicas e comerciais da área de UPS com os nossos outros negócios são cada vez mais importantes. A

consolidação da Equisul somente ocorrerá a partir de janeiro de 2011.

Perspectivas

Acreditamos que as condições macroeconômicas serão, já a partir de 2011 e ao longo dos próximos anos, mais favoráveis para buscarmos o crescimento rentável de nossas

atividades, tal como previsto em nosso planejamento estratégico. Nosso posicionamento nos oferece duas vertentes claras para o crescimento: a conquista de novos mercados e a ampliação da linha de produtos. Acreditamos que a melhoria gradativa da atividade econômica mundial continuará a estimular o investimento em expansão da capacidade produtiva nos diversos segmentos e mercados em que atuamos.

No Brasil, esperamos a aceleração dos investimentos em infra-estrutura, com a complementação da implantação, pelo novo governo federal, do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 1) e o início dos dispêndios do PAC 2. Os preparativos para a realização dos dois principais eventos esportivos mundiais e que terão o Brasil como sede, a Copa do Mundo em 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, deverão acrescentar ainda mais dinamismo à economia brasileira, com reflexos positivos para nossos negócios.

Considerando a importância dos motores elétricos no consumo mundial de energia elétrica, até o final de 2010 aproximadamente, 15 países já haviam adotado padrões mínimos de eficiência energética para os motores elétricos.

Estas regulamentações de eficiência energética dos motores elétricos, tais como as estabelecidas pela International Electrotechnical Commission (IEC), tem impactos

importantes na diminuição do consumo de energia. Ao longo de 2011 deveremos observar mais países adotando

regulamentações similares.

Considerando o horizonte além do próximo ano, verificamos oportunidades promissoras com o desenvolvimento do chamado “smart grid”, que deverá trazer mudanças profundas na produção, no consumo e na distribuição da energia elétrica, através da utilização mais intensa de equipamentos e tecnologias de sensoreamento,

comunicação e informação em equipamentos elétricos. O desenvolvimento do “smart grid” deverá também aumentar ainda mais a atratividade das fontes renováveis de geração de energia, área na qual temos conseguido grande experiência e sucesso.

Nossa estratégia para aproveitar estas oportunidades é simples, mas robusta: mantemo-nos competitivos como fornecedores de equipamentos industriais ao mesmo tempo em que buscamos fortalecer nossa posição como

fornecedor de soluções integradas, combinando os equipamentos eletroeletrônicos em sistemas específicos.

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Estes investimentos serão financiados pela utilização da Reserva para Orçamento de Capital e de recursos a serem captados junto às instituições financeiras no Brasil e no Exterior.

Câmara de Arbitragem

A Companhia está vinculada à arbitragem na Câmara de Arbitragem do Mercado, conforme Cláusula Compromissória constante do seu estatuto social.

Jaraguá do Sul (SC), fevereiro de 2011. A Administração

Nosso orçamento de capital para 2011 prevê os seguintes investimentos:

Investimentos (R$ milhões)

Imobilizado (ampliação/modernização fabril) 193,0

Circulante (capital de giro) 140,4

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Demonstrações Financeiras

Balanços Patrimoniais de 31 de dezembro de 2010 e 2009

CONTROLADORA CONSOLIDADO

Reapresentação Transição Reapresentação Transição

Notas 31/12/10 31/12/09 01/01/09 31/12/10 31/12/09 01/01/09

Nota (4) Nota (4) Nota (4) Nota (4)

Ativo

Ativo Circulante

Caixa e equivalentes de caixa 9 14 98 53.971 30.948 71.198

Aplicações financeiras 5 689.935 90.975 88.405 2.499.025 2.096.169 1.778.280

Clientes 6 - - - 1.044.712 910.136 1.110.905

Estoques 7 - - - 1.008.952 758.116 1.106.585

Impostos a recuperar 8 6.125 9.090 8.423 107.182 97.122 176.383

Dividendos e juros sobre

capital próprio a receber 56.483 252.439 144.556 - - -

Outros ativos circulantes - - - 80.167 80.667 143.069

752.552 352.518 241.482 4.794.009 3.973.158 4.386.420

Ativo não circulante

Realizável a longo prazo

Depósitos judiciais 15 321 131 19.744 21.697 30.739 52.152

Partes relacionadas 9 - 22.970 18.086 - - -

Impostos diferidos 10 602 529 6.801 78.810 101.739 79.240

Impostos a recuperar 8 - - - 31.661 44.499 57.043

Outros ativos não circulantes - - - 4.816 16.837 9.181

Investimentos 11 2.770.286 2.959.098 2.859.939 601 16.041 13.342

Ativo imobilizado 12 12.233 12.525 12.847 2.395.575 2.271.193 2.252.034

Ativo intangível 13 - - - 183.995 128.860 128.063

2.783.442 2.995.253 2.917.417 2.717.155 2.609.908 2.591.055

Total do ativo 3.535.994 3.347.771 3.158.899 7.511.164 6.583.066 6.977.475

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Balanços Patrimoniais de 31 de dezembro de 2010 e 2009

Em milhares de reais

CONTROLADORA CONSOLIDADO

Reapresentação Transição Reapresentação Transição

Notas 31/12/10 31/12/09 01/01/09 31/12/10 31/12/09 01/01/09

Nota (4) Nota (4) Nota (4) Nota (4)

Passivo

Passivo circulante

Fornecedores - - - 242.300 188.779 318.029

Financiamentos e empréstimos 14 - - - 1.018.995 895.885 1.314.098

Obrigações sociais e tributárias 8.393 4.795 7.140 172.283 108.770 116.506

Imposto de renda e contribuição social - - - 41.718 56.561 30.103

Dividendos e juros sobre

capital próprio a pagar 62.214 35.833 50.953 63.440 36.849 53.082

Adiantamentos de clientes - - - 271.949 254.864 465.506

Participação nos lucros - - - 23.583 54.088 50.046

Outros passivos circulantes 551 575 905 104.535 102.765 86.416

71.158 41.203 58.998 1.938.803 1.698.561 2.433.786

Passivo não circulante

Financiamentos e empréstimos 14 - - - 1.399.948 976.648 847.118

Obrigações tributárias - - - 58.765 54.500 31.208

Partes relacionadas 9 4.783 1.746 2.967 - - -

Provisões para contingências 15 1.626 1.213 19.909 126.384 99.434 125.417

Impostos diferidos 10 3.820 3.870 3.931 415.318 402.932 401.097

Outros passivos não circulantes - - - 28.110 23.705 19.732

10.229 6.829 26.807 2.028.525 1.557.219 1.424.572 Total do passivo 81.387 48.032 85.805 3.967.328 3.255.780 3.858.358 Patrimônio líquido Dos controladores Capital social 1.812.294 1.812.294 1.360.500 1.812.294 1.812.294 1.360.500 Reservas de capital 48.815 48.866 6.071 48.815 48.866 6.071 Reservas de lucros 799.468 533.512 668.143 799.468 533.512 668.143

Ajuste de avaliação patrimonial 692.822 777.782 951.295 692.822 777.782 951.295

Dividendos adicionais propostos 16 101.208 127.285 87.085 101.208 127.285 87.085

3.454.607 3.299.739 3.073.094 3.454.607 3.299.739 3.073.094

Dos não controladores - - - 89.229 27.547 46.023

Total do patrimônio líquido 3.454.607 3.299.739 3.073.094 3.543.836 3.327.286 3.119.117 Total do passivo e do patrimônio líquido 3.535.994 3.347.771 3.158.899 7.511.164 6.583.066 6.977.475

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Demonstrações Financeiras

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009

Demonstrações de Resultados

Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma

CONTROLADORA CONSOLIDADO

Reapresentação Reapresentação

Notas 31/12/10 31/12/09 31/12/10 31/12/09

Nota (4) Nota (4)

Operações em continuidade

Venda mercado interno - - 2.670.443 2.526.430

Venda mercado externo - - 1.721.530 1.684.190

Receita operacional líquida 17 - - 4.391.973 4.210.620

Custo dos produtos e serviços vendidos - - (3.005.021) (2.854.219)

Lucro bruto - - 1.386.952 1.356.401

Honorários dos administradores 9 (1.580) (1.447) (17.336) (13.840)

Despesas com vendas e distribuição - - (434.249) (408.179)

Despesas administrativas (1.503) (1.567) (245.388) (211.448)

Outras despesas operacionais 19 (75) (901) (85.219) (102.177)

Equivalência patrimonial 11 506.832 564.792 2.090 6.449

Lucro antes do resultado financeiro 503.674 560.877 606.850 627.206

Receitas financeiras 20 17.581 (2.603) 348.471 383.468

Despesas financeiras 20 (325) -691 -225.356 -272.149

Lucro antes dos impostos 520.930 557.583 729.965 738.525

Participação dos administradores 9 (727) (781) (4.213) (4.639)

Imposto de renda e contribuição social 21 (421) (6.259) (192.118) (173.949)

Lucro líquido do exercício 519.782 550.543 533.634 559.937

Atribuível a:

acionistas da companhia 519.782 550.543

acionistas não controladores

das companhias consolidadas 13.852 9.394

Lucro por ação atribuível a acionistas da companhia - básico e diluído (em R$)

0,84 0,89

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009

Em milhares de reais

CONTROLADORA CONSOLIDADO

31/12/10 31/12/09 31/12/10 31/12/09

Lucro líquido do exercíco 519.782 550.543 533.634 559.937

Ajuste acumulado de conversão (*) (34.008) (121.714) (34.023) (121.726)

Total do resultado abrangente atribuído a: 485.774 428.829 499.611 438.223

acionistas da companhia 485.774 428.829

acionistas não controladores da companhia 13.837 9.382

(*) O item na demonstração do resultado abrangente não é tributável.

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

(12)

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009

Em milhares de reais Capital

Social Reserva de capital Reserva de lucros Ajuste de avaliação patrimonial Dividendos Adicionais Propostos

Resultados cumulados PatrimônioLíquido da

Companhia Participação dos Não Controladores Patrimônio Líquido Total Reserva de ágio Reavaliaçãoativos de

controladas Reserva

legal orçamento Reserva de capital

Ajuste Conversão AtribuídoCusto Notas Em 1º de janeiro de 2009 (transição) 1.360.500 - 6.071 56.769 665.411 89.829 861.466 87.085 (54.037) 3.073.094 46.023 3.119.117 Pagamento de dividendos - - - (87.085) - (87.085) - (87.085) Transações de capital - - - 87 - - 87 (26.667) (26.580) Reversão de dividendos exercícios anteriores - - - 343 343 - 343 Aumento de capital 451.794 - - (56.769) (382.731) - - - - 12.294 - 12.294

Ágio na incorporação de ações - 44.931 - - - 44.931 - 44.931

Realização da reserva de reavaliação - (2.136) - - - 2.136 - - -

Ajuste de avaliação patrimonial - - - -

Ajustes acumulados de conversão - - - (121.714) - - - (121.714) (12) (121.726)

Realização do custo

atribuído líquido de impostos - - - (51.886) - 51.886 - - -

Lucro líquido do exercício - ajustado - - - 550.543 550.543 9.394 559.937

Destinações propostas: -

Reserva legal 16 - - - 27.420 - - - - (27.420) - - -

Dividendos 16 - - - 127.285 (198.312) (71.027) (308) (71.335)

Juros sobre capital próprio 16 - - - (101.727) (101.727) (883) (102.610)

Reserva para orçamento de capital 16 - - - - 223.412 - - - (223.412) - - -

Em 31 de dezembro de 2009 (reapresentação) 1.812.294 44.931 3.935 27.420 506.092 (31.885) 809.667 127.285 - 3.299.739 27.547 3.327.286

Pagamento de dividendos - - - (127.285) - (127.285) - (127.285)

Transações de capital - - - 1.138 - - 1.138 49.147 50.285

Realização da reserva de reavaliação - - (51) - - - 51 - - -

Reversão de dividendos

exercícios anteriores - - - 469 469 - 469

Ajuste de avaliação patrimonial:

Ajustes acumulados de conversão - - - (34.008) - - - (34.008) (15) (34.023)

Realização do custo

atribuído líquido de impostos - - - (52.090) - 52.090 - - -

Lucro líquido do exercício - - - 519.782 519.782 13.852 533.634

Destinações propostas:

Reserva legal 16 - - - 25.989 - - - - (25.989) - - -

Dividendos 16 - - - 101.208 (167.645) (66.437) (1.244) (67.681)

Juros sobre capital próprio 16 - - - (138.791) (138.791) (58) (138.849)

Reserva para orçamento de capital 16 - - - - 239.967 - - - (239.967) - - -

Em 31 de dezembro de 2010 1.812.294 44.931 3.884 53.409 746.059 (65.893) 758.715 101.208 - 3.454.607 89.229 3.543.836

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido

(13)

Exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009

Demonstrações Financeiras

Demonstração dos Fluxos de Caixa

Em milhares de reais

CONTROLADORA CONSOLIDADO

Reapresentação Reapresentação

31/12/10 31/12/09 31/12/10 31/12/09

Atividades operacionais

Lucro antes dos impostos e participações 520.930 557.583 729.965 738.525

Depreciações e amortizações 292 323 183.990 191.130

Equivalência patrimonial (506.832) (564.792) (2.090) (6.449)

Participação no resultado - colaboradores - - 84.859 76.640

Aumento/redução nas contas a receber 24.933 18.752 (96.268) 396.686

Aumento/redução nas contas a pagar 6.408 (23.418) 196.623 (384.135)

Aumento/redução nos estoques - - (254.945) 350.557

Outras variações de ativos e passivos (108) 634 34.737 12.974

Imposto de renda e contribuição social pagos (472) (48) (152.808) (152.945)

Pagamento da participação nos resultados - colaboradores - - (109.470) (72.251)

Fluxo de caixa líquido originado de atividades

operacionais 45.151 (10.966) 614.593 1.150.732

Atividades de investimento

Investimentos (1) (54.265) - -

Aquisição de imobilizado - - (293.012) (226.248)

Aquisição de intangível - - (84.357) (40.762)

Resultados de venda de imobilizado - - 18.928 7.997

Recebimento de dividendos/juros sobre capital próprio 839.772 270.932 - -

Ajuste acumulado de conversão - - (34.008) (121.714)

Incorporação de ações de investimentos - 57.224 - 57.224

Fluxo de caixa líquido aplicado em atividades

de investimento 839.771 273.891 (392.449) (323.503)

Atividades de financiamento

Financiamento de capital de giro - - 100.548 (445.286)

Financiamento de longo prazo - - 442.059 156.602

Pagamento de dividendos/juros sobre capital próprio (285.967) (260.439) (338.872) (260.906)

Fluxo de caixa líquido aplicado em atividades

de financiamento (285.967) (260.439) 203.735 (549.590)

Caixa e equivalentes de caixa em 1º de janeiro 90.989 88.503 2.127.117 1.849.478

Caixa e equivalentes de caixa em 31 de dezembro 689.944 90.989 2.552.996 2.127.117

(14)

Demonstração do Valor Adicionado Em milhares de reais CONTROLADORA CONSOLIDADO Reapresentação Reapresentação 31/12/10 31/12/09 31/12/10 31/12/09 Receitas - - 5.174.739 4.998.755

Vendas de mercadorias, produtos e serviços - - 5.173.100 4.991.101

Outras receitas - - 6.094 2.821

Provisão para perda com crédito de clientes - reversão (constituição) - - (4.455) 4.833

Insumos adquiridos de terceiros (589) (1.505) (2.853.357) (2.790.561)

Materiais, energia, serviços de terceiros e outros (514) (604) (2.846.903) (2.762.203)

Perda / recuperação de valores ativos (75) (901) (6.454) (28.358)

Valor adicionado bruto (589) (1.505) 2.321.382 2.208.194

Depreciação, amortização e exaustão (292) (323) (183.990) (191.130)

Valor adicionado líquido produzido pela entidade (881) (1.828) 2.137.392 2.017.064 Valor adicionado recebido em transferências 650.796 687.975 350.561 389.917

Resultado de equivalência patrimonial 506.832 564.792 2.090 6.449

Receitas financeiras 143.964 123.183 348.471 383.468

Valor adicionado total a distribuir 649.915 686.147 2.487.953 2.406.981 Distribuição do valor adicionado 649.945 686.147 2.487.953 2.406.980

Pessoal 2.252 2.544 880.085 789.704

Remuneração direta 2.140 2.486 746.290 659.984

Benefícios 67 27 90.946 91.357

F.G.T.S. 45 31 42.849 38.363

Impostos, taxas e contribuições 1.173 6.583 833.592 773.769

Federais 1.172 6.582 726.965 679.928

Estaduais - - 99.726 88.852

Municipais 1 1 6.901 4.989

Remuneração de capitais de terceiros 126.708 126.477 254.494 292.964

Juros 126.708 126.477 237.399 278.952

Alugueis - - 17.095 14.012

Remuneração de capitais próprios 519.812 550.543 519.782 550.543

Dividendos 167.644 198.312 167.644 198.312

Juros sobre o capital próprio 138.878 102.618 138.848 102.618

Lucros retidos / prejuízo do exercício 213.290 249.613 213.290 249.613

(*) A demonstração do valor adicionado não faz parte das demonstrações financeiras consolidadas em IFRS

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

(15)

Notas explicativas às demonstrações financeiras

Em 31 de dezembro de 2010 (Valores em Milhares de Reais) 1. INFORMAçõES SOBRE A COMPANhIA

A WEG S.A. (a “Companhia”) é uma companhia aberta com sede em Jaraguá do Sul - SC, Brasil, empresa holding integrante do Grupo WEG, e tem como objeto social a produção, industrialização, comercialização, exportação e importação de: (i) sistemas industriais, eletromecânicos e eletrônicos, máquinas elétricas girantes, máquinas e equipamentos em geral,

aparelhos para produção, distribuição e conversão de energia elétrica, material elétrico, controladores programáveis, partes e componentes de máquinas, aparelhos e equipamentos em geral, turbinas hidráulicas de todos os tipos e capacidades, e (ii) resinas em geral, materiais tintoriais, substâncias e produtos de origem vegetal e química. As operações são efetuadas através de parques fabris localizados no Brasil, Argentina, México, Portugal, África do Sul, China e Índia.

A Companhia tem suas ações negociadas na BM&FBovespa sob o código “WEGE3” e está listada, desde junho de 2007, no segmento especial de governança corporativa denominado Novo Mercado.

Em 27 de setembro de 2010, a Companhia anunciou o estabelecimento do programa patrocinado de American Depositary Receipts (“ADRs”) Nível I. A partir de 28 de setembro de 2010, os ADRs passaram a ser negociáveis no mercado de balcão (“over-the-counter” ou OTC), nos Estados Unidos da América, sob o símbolo WEGZY.

2. POLíTICAS CONTáBEIS

As demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico como base de valor, exceto quando de outra forma indicado, e ajustadas para refletir o custo atribuído na data de transição para IFRS.

A preparação das demonstrações financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis e julgamento da Administração da Companhia, sendo as mais relevantes divulgadas na nota explicativa 3.

A autorização para conclusão da preparação destas demonstrações financeiras ocorreu na reunião de diretoria realizada em 1º de fevereiro de 2011.

Em relação às demonstrações financeiras consolidadas e individuais as políticas adotadas foram: a) Demonstrações financeiras consolidadas em IFRS

As demonstrações financeiras consolidadas em IFRS foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as políticas contábeis adotadas no Brasil, que compreendem as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e os pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que estão em conformidade com as normas internacionais de contabilidade emitidas pelo IASB.

Estas são as primeiras demonstrações financeiras apresentadas pela Companhia de acordo com os CPCs e IFRS. As principais diferenças entre as práticas contábeis anteriormente adotadas no Brasil e o IFRS, incluindo a reconciliação do patrimônio líquido e do resultado abrangente estão descritas na nota 4.

b) Demonstrações financeiras individuais

As demonstrações financeiras individuais (Controladora) foram preparadas com as práticas contábeis adotadas no Brasil emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs) e são publicadas em conjunto com as demonstrações consolidadas.

2.1. CONSOLIDAçãO

a) Base de consolidação a partir de 1º de janeiro de 2010

As demonstrações financeiras das controladas são elaboradas no mesmo período de divulgação que o da controladora, utilizando políticas contábeis consistentes. São eliminados todos os saldos, receitas, despesas, ganhos e perdas não realizados, oriundos de transações entre as empresas do Grupo incluídas na consolidação.

O resultado do período e o resultado abrangente são atribuídos aos acionistas da controladora e à participação dos não controladores das companhias consolidadas. Perdas são atribuídas à participação de não controladores, mesmo que resultem em um saldo negativo.

(16)

Em 31 de dezembro de 2010 (Valores em Milhares de Reais)

b) Base de consolidação até 1º de janeiro de 2010

As seguintes diferenças eram aplicáveis em 31 de dezembro de 2009 e foram ajustadas para fins de comparabilidade: g As participações de não controladores representavam a parcela do lucro ou prejuízo e patrimônio líquido que não era detida

pela Companhia e eram apresentadas separadamente na demonstração consolidada do resultado e no grupo de patrimônio líquido no balanço patrimonial consolidado, em separado do patrimônio líquido da controladora. As aquisições de participações de não controladores eram contabilizadas com base no método da extensão contábil da Companhia controladora, por meio do qual a diferença entre o valor pago e o valor contábil da participação adquirida era reconhecida como ágio.

g Na ocorrência de perda de controle, a Companhia contabilizava a equivalência patrimonial no investimento retido na data da perda do controle.

c) Investimentos, novas aquisições e reestruturações societárias

As demonstrações financeiras consolidadas em IFRS são compostas pelas demonstrações financeiras da controladora WEG S.A. e de suas controladas que estão apresentadas na nota 11.

Em 1 de setembro de 2010, ocorreu a alteração da denominação social da controlada WEG Indústrias S.A. para RF Reflorestadora S.A., e posteriormente a cisão do segmento tintas para a empresa WEG Tintas Ltda.

Em 25 de maio de 2010, o Grupo WEG adquiriu o controle do Zest Group, companhia com sede na África do Sul formada pela distribuidora líder em motores elétricos naquele mercado e por companhias especializadas na montagem de painéis elétricos industriais, na integração de produtos para a montagem de grupos geradores e na prestação de serviços. Em 30 de junho de 2010, foram consolidados os ativos e passivos dessa controlada. As receitas, custos e despesas foram

consolidados a partir de 01 de julho de 2010.

Em 1 de junho de 2010, adquiriu as empresas Sensores Eletrônicos Instrutech Ltda e Logotech Sensores Eletrônicos Ind. e Com. Ltda, com objetivo de complementar a linha de produtos WEG através de produtos e sistemas integrados de sensores eletrônicos.

Em 11 de junho de 2010, a WEG adquiriu o controle da Voltran S.A. de C.V., companhia mexicana fabricante de

transformadores, elevando sua participação de 30% para 60% do capital, passando de coligada à controlada. Em 30 de junho de 2010, foram consolidados os ativos e passivos dessa controlada. As receitas, custos e despesas foram consolidados a partir de 01 de julho de 2010.

A mais valia paga nas aquisições do controle das controladas Instrutech, Logotech, Voltran e Zest, foram atribuídas como goodwill até que os estudos para alocação do ágio estejam concluídos. A expectativa da Administração é de concluir esses estudos no prazo máximo de um ano após a aquisição do controle dessas controladas.

2.2. COMBINAçõES DE NEGóCIOS

Ao adquirir um negócio, a Companhia avalia os ativos e passivos financeiros assumidos com o objetivo de classificá-los e alocá-los de acordo com os termos contratuais, as circunstâncias econômicas e as condições pertinentes, em até um ano após a data de aquisição. Se a combinação de negócios for realizada em estágios, o valor justo na data de aquisição da participação societária previamente detida no capital da adquirida é reavaliado a valor justo na data de aquisição, sendo os impactos reconhecidos na demonstração do resultado.

O ágio é inicialmente mensurado como sendo o excedente da contraprestação transferida em relação aos ativos líquidos adquiridos (ativos identificáveis e passivos assumidos). Se a contraprestação for menor do que o valor justo dos ativos líquidos adquiridos, a diferença é reconhecida como ganho na demonstração do resultado.

Após o reconhecimento inicial, o ágio é mensurado pelo custo, deduzido de quaisquer perdas acumuladas do valor

recuperável. Para fins de teste do valor recuperável, o ágio adquirido em uma combinação de negócios é, a partir da data de aquisição, alocado a cada uma das unidades geradoras de caixa da Companhia que se espera sejam beneficiadas pelas sinergias da combinação, independentemente de outros ativos ou passivos da adquirida serem atribuídos a essas unidades. Quando um ágio fizer parte de uma unidade geradora de caixa e uma parcela dessa unidade for alienada, o ágio associado à parcela alienada deve ser incluído no custo da operação ao apurar-se o ganho ou a perda. O ágio desta operação é apurado com base nos valores proporcionais da parcela alienada em relação à unidade geradora de caixa.

(17)

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras

Em 31 de dezembro de 2010 (Valores em Milhares de Reais) 2.3. CONVERSãO DE MOEDA ESTRANGEIRA

O critério para conversão dos saldos ativos e passivos das operações em moeda estrangeira, exceto investimentos, consiste na conversão para moeda nacional (R$) à taxa de câmbio vigente na data de encerramento das demonstrações financeiras. Os ganhos e perdas resultantes da atualização desses ativos e passivos verificados entre a taxa de câmbio vigente na data da transação e os encerramentos dos períodos são reconhecidos como receitas ou despesas financeiras no resultado.

a) Moeda Funcional das empresas do Grupo

As demonstrações financeiras consolidadas em IFRS são apresentadas em Reais (R$), que é a moeda funcional da controladora e de suas controladas localizadas no Brasil.

A moeda funcional das controladas no exterior é determinada com base no ambiente econômico principal em que ela opera, sendo que quando a moeda for diferente da moeda funcional de apresentação das demonstrações financeiras, essas são convertidas para o Real (R$) na data do fechamento.

b) Transações e saldos

As transações em moeda estrangeira são inicialmente registradas à taxa de câmbio da moeda funcional em vigor na data da transação. Os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos à taxa de câmbio da moeda funcional em vigor na data do balanço. Todas as diferenças são registradas na demonstração do resultado. Itens não

monetários mensurados com base no custo histórico em moeda estrangeira são convertidos utilizando a taxa de câmbio em vigor nas datas das transações iniciais. Itens não monetários mensurados ao valor justo em moeda estrangeira são

convertidos utilizando as taxas de câmbio em vigor na data em que o valor justo foi determinado.

c) Conversão de balanços das empresas do Grupo

Os ativos e passivos das controladas no exterior são convertidos para Reais pela taxa de câmbio da data do balanço, e as correspondentes demonstrações do resultado são convertidas pela taxa de câmbio da data das transações. As diferenças cambiais resultantes da referida conversão são contabilizadas separadamente no patrimônio líquido. No momento da venda de uma controlada no exterior, o valor diferido acumulado reconhecido no patrimônio líquido, referente a essa controlada no exterior, é reconhecido na demonstração do resultado.

Eventual ágio na compra de uma controlada no exterior após 1º de janeiro de 2009 e eventuais ajustes a valor justo dos valores contábeis dos ativos e passivos resultantes da aquisição são tratados como ativos e passivos da controlada no exterior e convertidos na data do fechamento.

2.4. CAIxA E EquIVALENTES DE CAIxA

Incluem os saldos em conta movimento e aplicações financeiras (Nota 5), de liquidez imediata, registradas aos valores de custo acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do encerramento do período, de acordo com as taxas pactuadas com as instituições financeiras e não excedem o seu valor de mercado ou de realização.

2.5. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES

Corresponde aos valores a receber de clientes pela venda de mercadorias ou prestação de serviços no decurso normal das atividades, demonstradas a valores presente e de realização. A provisão com perdas de créditos de clientes foi calculada com base em análise de risco dos créditos, que considera o histórico de perdas, sendo suficiente para cobrir perdas sobre os valores a receber (Nota 6).

2.6. ESTOquES

Os estoques são avaliados e estão demonstrados ao custo médio de produção ou preço médio de aquisição considerando o valor presente, quando aplicável. As provisões de estoques para: (i) realização, (ii) baixa rotatividade, e (iii) estoques obsoletos são constituídas quando consideradas necessárias pela Administração. As importações em andamento são demonstradas ao custo acumulado de cada importação. A Companhia custeia seus estoques por absorção, utilizando a média móvel

ponderada (Nota 7).

2.7. PARTES RELACIONADAS

As transações de compras e vendas de insumos e produtos são efetuadas em condições e prazos semelhantes às transações com terceiros não relacionados (Nota 9).

2.8. IMOBILIZADO

A Companhia, com o objetivo de mensurar seus ativos imobilizados a valor justo, efetuou a avaliação pelo custo atribuído. Os ativos não avaliados pelo custo atribuído são avaliados ao custo de aquisição e/ou construção, acrescido de juros

capitalizados durante o período de construção, quando aplicável, deduzido das respectivas depreciações, com exceção de terrenos, que não são depreciados. Estão inclusos os custos incorridos dos empréstimos durante o período de construção, modernização e expansão de unidades industriais.

(18)

Em 31 de dezembro de 2010 (Valores em Milhares de Reais)

Os gastos com manutenção ou reparos, que não aumentam significativamente a vida útil dos bens, são contabilizados como despesas, quando ocorridos. Os ganhos e as perdas em alienações são apurados comparando-se o produto da venda com o valor residual contábil e são reconhecidos na demonstração do resultado.

A depreciação é calculada pelo método linear e leva em consideração a vida útil econômica dos bens (Nota 12). A vida útil econômica dos bens será revisada periodicamente com objetivos de adequar as taxas de depreciação.

2.9. INTANGíVEL

São avaliados ao custo de aquisição, deduzido da amortização e de eventual provisão para ajustá-los a seus prováveis valores de realização, quando necessário. Os ativos intangíveis com vida útil definida são amortizados, no mínimo em 5 anos e levando em conta o prazo estimado de geração de benefícios econômicos futuros. O ágio por expectativa de rentabilidade futura, sem prazo de vida útil definida, foi amortizado até 31 de dezembro de 2008, estando sujeito a teste de

recuperabilidade anualmente ou sempre que indícios indicarem eventual perda de valor econômico (Nota 13).

2.10. AVALIAçãO A VALOR RECuPERáVEL DE ATIVOS

Os ativos imobilizados, intangíveis e, quando aplicável, outros ativos não circulantes são avaliados, anualmente, ao valor recuperável através dos fluxos de caixa futuros. Em 31 de dezembro de 2010 não foi apurado redução sobre esses ativos.

2.11. DEMAIS ATIVOS CIRCuLANTES E NãO CIRCuLANTES

Apresentados pelo valor de custo ou de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos auferidos, as variações monetárias e cambiais incorridas, bem como o ajuste a valor presente.

2.12. PROVISõES

As provisões para ações judiciais são reconhecidas quando a Companhia e as suas controladas têm a obrigação presente ou não formalizada como resultado de eventos passados, sendo provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e o valor possa ser estimado com segurança. As provisões são revisadas periodicamente observadas as suas naturezas e apoiadas na opinião dos advogados da Companhia (Nota 15).

2.13. DEMAIS PASSIVOS CIRCuLANTES E NãO CIRCuLANTES

Demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos financeiros em base “pro rata die”, das variações monetárias e cambiais incorridas, bem como do ajuste a valor presente.

2.14. JuROS SOBRE O CAPITAL PRóPRIO E DIVIDENDOS

Para fins societários, os juros sobre o capital próprio estão demonstrados como destinação do resultado diretamente no patrimônio líquido. Para fins fiscais, foram tratados como despesa financeira, reduzindo a base de cálculo do Imposto de Renda e da Contribuição Social.

A distribuição dos juros sobre o capital próprio e dos dividendos é reconhecida como um passivo com base nos dividendos mínimos definidos pelo estatuto social da Companhia. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório somente é reconhecido como um passivo quando aprovado pelo acionista em Assembleia Geral ou Conselho de Administração (Nota 16).

2.15. AJuSTE A VALOR PRESENTE

Os ativos e passivos decorrentes de operações de curto prazo, quando relevante, foram ajustados a valor presente com base em taxas de desconto que reflitam as melhores avaliações do mercado. A mensuração do ajuste a valor presente foi realizada em base exponencial “pro rata die”, a partir da origem de cada transação. As reversões dos ajustes dos ativos e passivos monetários foram contabilizadas como receitas ou despesas financeiras.

2.16. DEMONSTRAçãO DOS FLuxOS DE CAIxA

Preparada pelo método indireto, de acordo com as normas e procedimentos do CPC 03.

2.17. DEMONSTRAçãO DO VALOR ADICIONADO

Elaborada de acordo com as normas e procedimentos do CPC 09.

2.18. PLANO DE PENSãO

A Companhia patrocina plano de previdência do tipo benefício definido e concede também determinados benefícios de assistência à saúde pós-emprego a funcionários em nível executivo. Esses benefícios são financiados em regime de caixa. O custeio dos benefícios concedidos pelos planos de benefícios definidos é estabelecido separadamente para cada plano, utilizando o método do crédito unitário projetado.

(19)

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras

Em 31 de dezembro de 2010 (Valores em Milhares de Reais)

2.19. INSTRuMENTOS FINANCEIROS

Os instrumentos financeiros da Companhia incluem: a) Caixa e equivalentes de caixa:

Apresentados ao seu valor de mercado, que equivale ao seu valor contábil. b) Aplicações financeiras:

O valor de mercado está refletido nos valores registrados nos balanços patrimoniais. As aplicações financeiras estão classificadas como destinadas à negociação (Nota 5).

c) Contas a receber de clientes:

Encontram-se reconhecidas pelo seu valor de realização por meio da utilização do método da taxa efetiva de juros e são classificadas como empréstimos e recebíveis (Nota 6).

d) Fornecedores:

Encontram-se reconhecidos pelo seu custo amortizado por meio da utilização do método da taxa efetiva de juros e são classificados como recebíveis.

e) Financiamentos e empréstimos:

O principal propósito desse instrumento financeiro é gerar recursos para financiar os programas de expansão da Companhia e eventualmente suprir as necessidades de seus fluxos de caixa no curto prazo (Nota 14).

g Financiamentos e empréstimos em moeda nacional - são classificados como passivos financeiros não mensurados ao valor justo e estão contabilizados pelos seus valores atualizados de acordo com as taxas contratadas. Os valores de mercado destes empréstimos são equivalentes aos seus valores contábeis por se tratarem de instrumentos financeiros com características exclusivas oriundas de fontes de financiamento específicas.

g Financiamentos e empréstimos em moeda estrangeira - são financiamentos contratados para sustentar o capital de giro das operações comerciais no Brasil e nas controladas no exterior e estão atualizados de acordo com as taxas contratadas.

2.20. SuBVENçõES E ASSISTêNCIAS GOVERNAMENTAIS

Subvenções governamentais são reconhecidas quando houver razoável certeza de que o benefício será recebido e que todas as correspondentes condições serão satisfeitas. Quando o benefício se refere a um item de despesa, é reconhecido como receita ao longo do período do benefício, de forma sistemática em relação aos custos cujo benefício objetiva compensar. Quando o benefício se referir a um ativo, é reconhecido como receita diferida e lançado no resultado em valores iguais ao longo da vida útil esperada do correspondente ativo. Quando a Companhia receber benefícios não monetários, o bem e o benefício são registrados pelo valor nominal e refletidos na demonstração do resultado ao longo da vida útil esperada do bem, em prestações anuais iguais (Nota 25).

2.21. RECONhECIMENTO DE RECEITA

A receita de venda de mercadoria é reconhecida no resultado quando todos os riscos e benefícios inerentes ao produto são transferidos para o comprador e é provável que benefícios econômicos serão gerados a favor da Companhia.

2.22. IMPOSTOS

a) Imposto de renda e contribuição social

qApurados pelo Lucro Real e Presumido de acordo com a legislação vigente (Nota 21). O Imposto de Renda e a Contribuição Social diferidos foram apurados com base na Instrução CVM nº 371/02 (Nota 10). A Companhia e suas controladas no Brasil optaram pelo Regime Tributário de Transição “RTT”, instituído pela Lei nº 11.941/09, para os impostos IRPJ, CSLL, PIS e COFINS, para o biênio 2008/2009, que continuam sendo apurados conforme os métodos e critérios contábeis definidos pela Lei nº 6.404/76, vigentes em 31 de dezembro de 2007.

Os compromissos atuariais com os planos de benefícios de pensão e aposentadoria são provisionados, conforme

procedimentos previstos pelo CPC 33, com base em cálculos atuariais, elaborados anualmente por atuários independentes, de acordo com o método da unidade de crédito projetada, líquido dos ativos garantidores do plano, sendo os custos correspondentes reconhecidos durante o período laborativo dos empregados. O método da “unidade de crédito projetada” considera cada período de serviço como fato gerador de uma unidade adicional de benefício, que são acumuladas para o cômputo da obrigação final. Adicionalmente, são utilizadas outras premissas atuariais, tais como estimativa da evolução dos custos com assistência médica, hipóteses biológicas e econômicas e, também, dados históricos de gastos incorridos e de contribuições dos empregados (Nota 22).

(20)

Em 31 de dezembro de 2010 (Valores em Milhares de Reais)

b) Imposto sobre vendas

Receitas, despesas e ativos são reconhecidos líquidos dos impostos sobre vendas, exceto: (i) quando os impostos sobre vendas incorridos na compra de bens ou serviços não for recuperável junto às autoridades fiscais, hipótese em que o imposto sobre vendas é reconhecido como parte do custo de aquisição do ativo ou do item de despesa, conforme o caso; (ii) quando os valores a receber e a pagar forem apresentados juntos com o valor dos impostos sobre vendas; e (iii) o valor líquido dos impostos sobre vendas, recuperável ou a pagar, é incluído como componente dos valores a receber ou a pagar no balanço patrimonial.

2.23. LuCRO POR AçãO – BáSICO E DILuíDO

O lucro básico por ação é calculado mediante a divisão do lucro atribuível aos acionistas da Companhia, pela quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas durante o exercício social. O lucro diluído por ação é calculado ajustando-se a média ponderada da quantidade de ações ordinárias em circulação supondo todas as ações ordinárias potenciais que provocariam diluição (Nota 27).

3. ESTIMATIVAS E PREMISSAS

O processo de elaboração das demonstrações financeiras envolve a utilização de estimativas. A determinação dessas estimativas levou em consideração experiências de eventos passados e correntes, pressupostos relativos a eventos futuros, e outros fatores objetivos e subjetivos. Itens significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem:

a) revisão da vida útil econômica do ativo imobilizado e de sua recuperação nas operações; b) análise do risco de crédito para determinação da provisão para créditos de liquidação duvidosa; c) mensuração do valor justo de instrumentos financeiros;

d) compromissos com benefícios pós-emprego de colaboradores; e

e) imposto de renda diferido ativo sobre prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, assim como da análise dos demais riscos para determinação de outras provisões, inclusive para contingências advindas de processos administrativos e judiciais e demais ativos e passivos na data do balanço.

A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores divergentes dos registrados nas demonstrações financeiras devido às imprecisões inerentes ao processo de estimativa. Essas estimativas e premissas são revisadas periodicamente.

4. ADOçãO INICIAL DOS CPCS

a) Base de transição para IFRS

Em todos os períodos anteriores, incluindo o exercício findo em 31 de dezembro de 2009, a Companhia preparou suas demonstrações financeiras de acordo com as políticas contábeis adotadas no Brasil (BRGAAP) até então vigentes. As presentes demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2010 são as primeiras preparadas de acordo com as normas estabelecidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e IFRS.

Desta forma, a Companhia preparou suas demonstrações financeiras cumprindo as normas previstas nos CPCs para os períodos iniciados em, ou após, 1º de janeiro de 2010, como descrito em suas políticas contábeis. Para as presentes demonstrações financeiras, o saldo de abertura considerado foi o de 1º de janeiro de 2009, data da transição para os CPCs. Esta nota explica os principais ajustes efetuados pela Companhia para reapresentar o balanço patrimonial de abertura, após adoção dessas novas normas contábeis, em 1º de janeiro de 2009 e também para o balanço patrimonial originalmente publicado, preparado de acordo com as normas anteriormente vigentes, para o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2009.

b) Isenções adotadas

A Companhia aplicou a isenção de combinação de negócios descrita no IFRS 1 e na Deliberação CVM 647/10 (CPC 37) e, assim sendo, não reapresentou as combinações de negócios que ocorreram antes de 1º de janeiro de 2009, data da transição.

c) Custo Atribuído

A Companhia apurou o valor justo de seus ativos imobilizados e utilizou esse valor como sendo o custo atribuído desses ativos na data da transição. Como consequência a Companhia revisou as estimativas de vida útil desses ativos imobilizados e alterou suas taxas anuais de depreciação.

(21)

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras

Em 31 de dezembro de 2010 (Valores em Milhares de Reais)

d) Conciliação do patrimônio líquido de 31/12/2008

e) Balanço de transição para o IFRS

Patrimônio Líquido

Saldo consolidado em 31/12/2008 em BRGAAP 2.178.580

Ajustes decorrentes da transição para o IFRS:

- Participação dos não controladores 42.341

- Custo Atribuído líquido 865.125

- Depreciação econômica para fins de comparação (Ajustes de adoção inicial) (54.016)

- Dividendo Adicional Proposto 87.085

Saldo consolidado em 01/01/2009 ajustado em IFRS 3.119.115

CONSOLIDADO 31/12/08 em BRGAAP Dividendos Propostos Depreciação Econômica Custo Atribuído 01/01/09 em IFRS ATIVO Ativo circulante 4.386.420 - - - 4.386.420

Ativo não circulante 1.386.354 - (81.841) 1.286.542 2.591.055

Realizável a longo prazo

Outros ativos não circulantes 197.616 - - - 197.616

Investimentos 13.342 - - - 13.342 Ativo imobilizado 1.047.333 - (81.841) 1.286.542 2.252.034 Ativo Intangível 128.063 - - - 128.063 TOTAL DO ATIVO 5.772.774 - (81.841) 1.286.542 6.977.475 PASSIVO Passivo Circulante 2.520.871 (87.085) - - 2.433.786

Dividendos e Juros Cap. Próprio 140.167 (87.085) - - 53.082

Outros passivos circulantes 2.380.704 - - - 2.380.704

Passivo não circulante 1.030.982 - (27.825) 421.417 1.424.574

Impostos Diferidos 7.505 - (27.825) 421.417 401.097

Outros passivos não circulantes 1.023.477 - - - 1.023.477

Total do passivo 3.551.853 (87.085) (27.825) 421.417 3.858.360

Patrimônio líquido 2.220.921 87.085 (54.016) 865.125 3.119.115

Dos controladores

Capital social 1.360.500 - - - 1.360.500

Reservas de capital 6.071 - - - 6.071

Ajuste de avaliação patrimonial 89.829 - - 861.466 951.295

Reservas de lucros 722.180 87.085 (54.037) - 755.228

Dos não controladores 42.341 - 21 3.659 46.021

(22)

Em 31 de dezembro de 2010 (Valores em Milhares de Reais)

f) Conciliação do patrimônio líquido e do lucro líquido em 31 de dezembro de 2009

Nas conciliações acima, foram considerados os CPCs deliberados pela CVM com aplicação aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010 e às demonstrações financeiras de 2009 para fins de comparação.

5. APLICAçõES FINANCEIRAS

Aplicações no Brasil

Em 31 de dezembro de 2010 os CDBs estão sendo remunerados por taxas de 99,6% a 106,0% do CDI (100,0% a 106,5% do CDI em 31 de dezembro de 2009).

Aplicações no Exterior

Em Euros com juros de 0,1% a 1,3% a.a. em certificados de depósitos emitidos por instituições financeiras no exterior no valor original de EUR 9.266, cujo saldo em 31 de dezembro de 2010 era de R$ 20.645.

g Em Dólares norte-americanos mais juros de 0,05% a 2,00% a.a., em certificados de depósitos emitidos por instituições financeiras no exterior no valor original de US$ 5.434 cujo saldo em 31 de dezembro de 2010 era de R$ 9.040.

g Em moeda de origem com juros de 1,92% a 11,75% a.a. cujo saldo em 31 de dezembro de 2010 era de R$ 15.037. Em todos os casos, as aplicações possuem liquidez imediata.

6. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES

Patrimônio

líquido líquido Lucro

Saldo consolidado em 31/12/2009 em BRGAAP 2.362.787 548.392

Depreciação econômica para fins de comparação (Ajustes de adoção inicial) - 54.014

Custo atribuído líquido de impostos 865.125

Realização do custo atribuído – líquido de impostos (52.128)

Impostos diferidos sobre depreciação do custo atribuído - 24.956

Depreciação sobre custo atribuído - (77.082)

Participação dos não controladores 24.217 9.657

Excesso de dividendos propostos 127.285

-Saldo consolidado em 31/12/2009 ajustado em IFRS 3.327.286 559.937

CONTROLADORA CONSOLIDADO

31/12/10 31/12/09 01/01/09 31/12/10 31/12/09 01/01/09

Em Moeda Nacional 689.935 90.975 88.405 2.454.302 2.024.651 1.579.415

Certificado de Depósito Bancário (CDB) 689.935 90.975 88.405 2.454.302 2.024.651 1.579.415

Em Moeda Estrangeira - - - 44.723 71.518 198.865

Certificados de Depósitos no Exterior - - - 29.685 70.285 195.471

Outros saldos mantidos no exterior - - - 15.038 1.233 3.394

TOTAL 689.935 90.975 88.405 2.499.025 2.096.169 1.778.280

CONSOLIDADO

31/12/10 31/12/09 01/01/09

Mercado interno 627.619 557.559 486.142

Mercado externo 431.978 373.335 634.707

Ajuste a valor presente (1.571) (6.839)

-Provisão com perdas de créditos de clientes (13.314) (13.919) (9.944)

TOTAL 1.044.712 910.136 1.110.905

Perdas efetivas com créditos de clientes no período 1.974 1.063 2.334

Duplicatas a vencer 894.207 776.568 702.680

Duplicatas vencidas: Em até 30 dias 58.207 75.144 193.640

(23)

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras

Em 31 de dezembro de 2010 (Valores em Milhares de Reais)

7. ESTOquES

A movimentação da provisão para obsolescência está demonstrada a seguir:

Os estoques estão segurados e sua cobertura é determinada em função dos valores e grau de risco envolvido. Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 31 de dezembro de 2009 foram reconhecidos os montantes de R$ 3.005.021 e R$ 2.854.219, respectivamente, como custo dos produtos vendidos. Em 31 de dezembro de 2010 o custo das vendas inclui os valores de R$ 10.881, referente a estoques baixados permanentemente e R$ 15.234 referente à constituição de provisão para obsolescência.

8. IMPOSTOS A RECuPERAR

Os créditos serão realizados pela Companhia e suas controladas, através de restituição e/ou compensação com impostos e contribuições. CONSOLIDADO 31/12/10 31/12/09 01/01/09 Produtos acabados 192.354 144.790 248.518 Produtos em elaboração 215.166 195.308 236.230 Matérias-primas e outros 193.385 184.707 291.800 Importações em andamento 33.118 15.456 48.500

Provisão para obsolescência (9.200) (10.424) (4.765)

Total dos estoques em mercado interno 624.823 529.837 820.283

Produtos acabados 292.649 167.117 224.138

Produtos em elaboração 39.430 15.133 21.450

Matérias-primas e outros 62.827 51.229 53.661

Provisão para obsolescência (10.777) (5.200) (12.947)

Total dos estoques em mercado externo 384.129 228.279 286.302

TOTAL 1.008.952 758.116 1.106.585

Saldo em 01/01/2009 (17.712)

Estoques baixados permanentemente 14.833

Constituição de provisão (12.745)

Saldo em 31/12/2009 (15.624)

Estoques baixados permanentemente 10.881

Constituição de provisão (15.234)

Saldo em 31/12/2010 (19.977)

CONTROLADORA CONSOLIDADO

31/12/10 31/12/09 01/01/09 31/12/10 31/12/09 01/01/09

ICMS sobre aquisições do ativo imobilizado - - - 29.743 38.674 46.186

IVA de controladas no exterior - - - 39.919 27.723 43.132

PIS/COFINS sobre aquisições do ativo imobilizado - - - 26.630 33.015 38.665

PIS/COFINS sobre receitas financeiras - - - 11.725

ICMS - - - 20.150 12.786 19.336 IPI - - - 9.031 7.115 20.982 IRPJ/CSLL a compensar 6.125 9.090 4.749 3.123 19.155 41.838 PIS/COFINS - - 3.674 4.077 2.685 -Outros - - - 6.170 468 11.562 TOTAL 6.125 9.090 8.423 138.843 141.621 233.426 Curto prazo 6.125 9.090 8.423 107.182 97.122 176.383 Longo prazo - - - 31.661 44.499 57.043

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