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Resumo Teoria Critica e Resistencia Em Educaca o Henry Giroux

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO BRASILEIRAEDUCAÇÃO BRASILEIRA DISCIPLINA: TEORIAS DA EDUCAÇÃO

DISCIPLINA: TEORIAS DA EDUCAÇÃO

PROFESSORA: ELIANE DAYSE PONTES FURTADO PROFESSORA: ELIANE DAYSE PONTES FURTADO EQUIPE

EQUIPE: Alessandra Sávia da Costa Masullo, Alexsandra Flávia Bezerra de Oliveira,: Alessandra Sávia da Costa Masullo, Alexsandra Flávia Bezerra de Oliveira, Camila Farias Martins de

Camila Farias Martins de Sousa, Daniel Pinto Sousa, Daniel Pinto Gomes, Dário Gomes do NaGomes, Dário Gomes do Nascimento, scimento, o!oo!o "u#s oventino do

"u#s oventino do Nascimento, $Nascimento, $almir Arruda de Sousa almir Arruda de Sousa NetoNeto

A PEDAGOGIA CRÍTICA DE HENRY GIROUX A PEDAGOGIA CRÍTICA DE HENRY GIROUX HENRY GIROUX: VIDA E OBRA

HENRY GIROUX: VIDA E OBRA

%enr& Giroux nasceu em Providence, ca'ital de ()ode *sland, na costa nordeste %enr& Giroux nasceu em Providence, ca'ital de ()ode *sland, na costa nordeste dos +stados nidos, -. de setem/ro de -0123 +studou em escolas '4/licas, 5o6ando dos +stados nidos, -. de setem/ro de -0123 +studou em escolas '4/licas, 5o6ando  /as7uete, convivendo com

 /as7uete, convivendo com várias comunidades várias comunidades estran6eiras 7ue estran6eiras 7ue vivem em vivem em Providence,Providence, con)ecendo as di8iculdades da classe tra/al)adora3 +studou %ist9ria em Barrin6ton, con)ecendo as di8iculdades da classe tra/al)adora3 +studou %ist9ria em Barrin6ton, entre -0. e -0;1, aumentando a sua

entre -0. e -0;1, aumentando a sua consci<ncia social3consci<ncia social3

O contexto s9cio=cultural em 7ue atua Giroux, > marcado 'elo descontentamento O contexto s9cio=cultural em 7ue atua Giroux, > marcado 'elo descontentamento dos a8ro=americanos em rela?!o @ discrimina?!o social e @ maneira do 6overno de a6ir3 dos a8ro=americanos em rela?!o @ discrimina?!o social e @ maneira do 6overno de a6ir3 ma s>rie de mani8esta?es 'ara aca/ar com esta discrimina?!o, come?a a mudar o ma s>rie de mani8esta?es 'ara aca/ar com esta discrimina?!o, come?a a mudar o cenário 'ol#tico do 'a#s3

cenário 'ol#tico do 'a#s3

$ivencia os con8litos internos com rela?!o @s discusses de ra?a, 6<nero /em $ivencia os con8litos internos com rela?!o @s discusses de ra?a, 6<nero /em como os externos do cenário 'ro'iciado 'ela Guerra Fria 7ue 6erou uma educa?!o como os externos do cenário 'ro'iciado 'ela Guerra Fria 7ue 6erou uma educa?!o tecnicista voltada 'ara a 'rodu?!o de tecnolo6ias com o intuito de a'licá=las nas tecnicista voltada 'ara a 'rodu?!o de tecnolo6ias com o intuito de a'licá=las nas dis'utas com a (SS3

dis'utas com a (SS3

O autor o/servou uma educa?!o 7ue n!o desenvolvia as ca'acidades cr#ticas dos O autor o/servou uma educa?!o 7ue n!o desenvolvia as ca'acidades cr#ticas dos indiv#duos e, 'or isso, teceu cr#ticas a esse sistema de ensino 'ro'ondo uma 'eda6o6ia indiv#duos e, 'or isso, teceu cr#ticas a esse sistema de ensino 'ro'ondo uma 'eda6o6ia em 7ue se

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Li!": G*(O, %3 T#"!i$ C!%&i'$ # R#(i(&)*'i$ #+ E,'$./": 'ara al>m das teorias de re'rodu?!o3 radu?!o de n6ela Maria B3 Bia66io3 Petr9'olis, (: $ozes, -0.3

C$0%&1" 2 3 T#"!i$ C!%&i'$ # P!4&i'$ E,'$'i"*$1

O autor a'resenta 8orte avers!o as 8ormas de domina?!o, 'erce/e=as 'resente nas escolas e sistemas educacionais e sente a necessidade de desenvolver modos de cr#tica 7ue ven)am servir como 'ossi/ilidade 'ara a a?!o social e 'ara a trans8orma?!o emanci'at9ria3

 Nessa 'rimeira 'arte dedica=se @ constru?!o de ar6umento a 8avor de uma teoria da 'eda6o6ia radical e, 'ara isso, > necessário novos conceitos e nova lin6ua6em3 Nesse as'ecto coloca 7ue a +scola de FranE8urt lo6rou uma tentativa de desenvolver uma teoria e um modo de cr#tica com o o/5etivo de revelar e rom'er as estruturas de domina?!o existentes3

 No 'rimeiro ca'itulo Giroux 8az cr#ticas ao *luminismo 7ue teria seu en8o7ue na raz!o, mas 7ue sem senso cr#tico aca/ou realizando desastres: o *luminismo sem're teve o o/5etivo de li/ertar os )omens do medo 33H3 No entanto uma terra com'letamente iluminada irradia um triun8ante desastreI J'3 KL3 Se6uindo seu discurso coloca 7ue 'ara a raz!o 'oder criar uma sociedade mais 5usta teria 7ue demonstrar criticidade e ne6atividade, mas o 7ue ocorreu 8oi 7ue a sociedade 8oi 8icando racionalizada e tecnocrática desa6uando no 'ositivismo 7ue en7uadrou a sociedade em re6ras 8ec)adas,  'erdendo assim sua ca'acidade cr#tica3

+m -0K2 > criada a +scola de FranE8urt como *nstituto de Pes7uisas Sociais, 7ue so/ 'erse6ui?!o nazista sai da Aleman)a 'assando tem'orada em Gene/ra J-022L, Nova orE J-021L, "os An6eles J-01-L e retorna 'ara FranE8urt em -023 Com o 'assar do tem'o a +scola 'assa a ter seu 8oco de análise nas 7uestes de como a su/5etividade > constru#da e de 7ue 8orma as es8eras da vida cotidiana e da cultura re'resentavam uma nova domina?!o3

Assim, o autor se6ue seu texto a'resentando a +scola de FranE8urt e tecendo suas cr#ticas a res'eito das limita?es de 'rodu?!o da mesma3 Coloca 7ue a teoria teria 7ue come?ar com a com'reens!o das rela?es sociais do 'articular ao todo e ser cr#tica recon)ecendo os interesses e valores 7ue carre6a e ser ca'az de re8letir so/re eles no contexto )ist9rico=social3 A cultura seria a nova 8orma de domina?!o das classes dominantes em rela?!o @ sociedade onde, 'ara Adorno e %orE)eimer, a cultura se

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tornara uma ind4stria 7ue 'roduziria /ens e le6itimaria a l96ica do ca'ital e suas institui?es3 + em rela?!o a 'sicolo6ia 'ro8unda o autor coloca 7ue teria deixado insi6)tsI so/re como entender o 'rocesso de domina?!o onde a re'ress!o se encontra em/utida nos valores e 'ráticas sociais 7ue caracterizam as institui?es como a escola3

(ealizada a descri?!o Giroux se coloca a8irmando 7ue os insi6)tsI realizados  'ela +scola de FranE8urt s!o im'ortantes uma vez 7ue se su/stitu#ram as 8ormas  'ositivistas 'ela dial>tica, os elos entre cultura, %ist9ria e Psicolo6ia se tornam im'ortantes e as su/5etividades s!o colocadas 'resentes dentro e 8ora da sala de aula, mas 7ue > necessário re8ormular as 7uestes centrais da teoria critica em termos das novas condi?es )ist9ricas, desenvolvendo uma sensi/ilidade i6ual 'ara di8erentes as'ectos da cultura como a mul)er, o ne6ro, a classe tra/al)adora, etc3, 'ois > im'ortante 7ue cada estudante se con8ronte com a7uilo 7ue a sociedade 8ez dele, como a sociedade o incor'orou ideol96ica e materialmente, o 7ue > 7ue eles 'recisam a8irmar e re5eitar em suas )ist9rias 'essoais a 8im de iniciar um 'rocesso de luta 'elas condi?es de uma vida autodiri6ida3

C$0%&1" 5 3 E('"1$!i6$./" # P"1%&i'$ ," C!!%'1" O'1&"

 No se6undo ca'#tulo )á uma discuss!o mais acentuada acerca da escolariza?!o e a 'ol#tica do curr#culo oculto onde o autor coloca 7ue o m>rito das discusses so/re curr#culo oculto 8oi a/alar a cren?a de 7ue a escola > neutra e 7ue essa discuss!o se deu so/ tr<s en8o7ues: aL tradicional 7ue aceita, de maneira n!o cr#tica, as rela?es entre escola e sociedade /L li/eral 7ue re5eita modelos onde o aluno > visto como meros rece/edores e 5á denuncia discrimina?!o de 6<nero e cL radical onde se mostra os 8atores estruturais 8ora da sala de aula 7ue in8luenciam a escolariza?!o e a5udam a ex'licar a 8un?!o 'olitica da escola3

+x'lica 7ue uma rede8ini?!o de curr#culo oculto deve analisar as rela?es sociais da sala de aula e das escolas, mas tam/>m os sil<ncios estruturais e mensa6ens ideol96icas 7ue moldam a 8orma e o conte4do do con)ecimento escolar, onde as escolas se5am vistas e avaliadas em termos )ist9ricos e atuais como es'a?os onde as 'essoas s!o constran6idas, mas tam/>m mo/ilizadas, ou se5a, os indiv#duos 7ue 8azem a escola rece/em as in8luencias vindas da sociedade, mas tam/>m rea6em a elas e se mo/ilizam no sentido de resist<ncia3

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Assim, Giroux conclui esse ca'#tulo colocando 7ue a teoria do curr#culo oculto deve ser colocada em um discurso mais cr#tico, 'ois n!o 8ornece elementos te9ricos su8icientes 'ara se desenvolver uma 'eda6o6ia cr#tica /aseada em uma 'reocu'a?!o com as lutas culturais na escola e 7ue 8altam estudos so/re a o'ress!o de 6<nero e ra?a,  'ois )á uma centralidade na o'ress!o de classe3

C$0%&1" 7 - R#0!",./"8 R#(i(&)*'i$ # A'"+",$./" *" 0!"'#((" ,# E('"1$!i6$./"

 Nos ca'#tulos anteriores o autor 8undamenta uma teoria radical 'ara a escolariza?!o com /ase nos 8undamentos da escola de FranE8urt e nas /i/lio6ra8ias mais recentes no 7ue tan6e o curr#culo oculto como ex'lica na '3-K

+n7uanto a +scola de FranE8urt 'ro'icia um discurso e um modo de cr#tica  'ara a'ro8undar nossa com'reens!o da natureza e 8un?!o da escolariza?!o,

cr#ticas ao curr#culo oculto t<m 8ornecido modos de análise 7ue revelam as ideolo6ias e interesses im/ricados nos sistemas de mensa6em, c9di6os e rotinas 7ue caracterizam a vida diária da sala de aula3

+ntretanto, a'esar da im'ortQncia da análise acima citada, ainda n!o encontramos uma ex'lica?!o 'ara a intera?!o entre 'oder e a?!o )umana no contexto escolar3

Giroux nos relata o sur6imento de um cor'o te9rico de tra/al)o 7ue 8ornece uma análise estrutural e inte6rante do 'rocesso de escolariza?!o, 7ue irá /alizar seus estudos na constru?!o desta cr#tica 'eda696ica e 8az uma análise da )ist9ria da teoria educacional, en8atizando 7ue sem're )ouve um com'romisso 'oderoso e 'ro8undo 'ara com a vis!o da escola e da 'eda6o6ia de sala de aula, em termos 7ue se'aram o 'oder do con)ecimento, en7uanto simultaneamente a/straem a cultura da 'ol#tica3

 Neste momento o autor critica o modelo da teoria educacional tradicional e nos dá vários modelos da 8orma ideol96ica dessas correntes, onde 'odemos destacar, como 7uestes centrais, a ne6a?!o da escola en7uanto es'a?os culturais e sua re'resentatividade en7uanto es'a?o de contesta?!o e luta entre 6ru'os de di8erente  'oder cultural, vendo o es'a?o escolar como a'enas um local de instru?!o e

com'lementa dizendo na '3-

Falta na vis!o tradicional a no?!o de 7ue a cultura se re8ere a 'rocessos es'ec#8icos 7ue envolvem rela?es anta6Rnicas vivenciadas 'or di8erentes 6ru'os s9cio=econRmicos, com di8erente acesso aos meios de 'oder e uma resultante ca'acidade desi6ual de 'roduzir, distri/uir e le6itimar seus  'rinc#'ios com'artil)ados e suas ex'eri<ncias de vida3

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Podemos destacar se6uramente, ent!o, 7ue as teorias tradicionais s!o meras re'rodutoras dos interesses das culturas dominantes, re'roduzindo assim a l96ica e os valores da sociedade dominante, sendo mais es'ec#8ico, a sociedade ca'italista3 O autor de/ru?a=se so/re a c)amada nova sociolo6ia da educa?!oI 7ue tem seu en8o7ue na tentativa de entender como as escolas constituem su/5etividades e 'roduzem si6ni8icado, e como elas est!o li6adas @s 7uestes de 'oder e controle3

 +ssa nova vis!o está alicer?ada na uni!o entre con)ecimento e 'oder e todas as rela?es su/5acentes a essas duas su/stQncias3 O autor ainda esclarece, dentro desta nova sociolo6ia da educa?!o, como a 'reocu'a?!o com a a?!o )umana e a consci<ncia trans8ormativa cedeu lu6ar a análises de como as escolas 8uncionam como institui?es 7ue t<m o o/5etivo de re'roduzir a l96ica da domina?!o e da desi6ualdade3 Por>m os limites 'ara este novo modelo lo6o a'arecem, 'ois a n!o ca'acidade de desenvolver uma teoria da educa?!o 7ue une dialeticamente a estrutura e a a?!o )umana n!o 'ermite seu avan?o al>m do 7ue o autor vai c)amar de teorias da re'rodu?!o3

Giroux 8az, nos t9'icos 7ue se se6uem, uma análise das teorias de re'rodu?!o social e a 'ro/lemática de ideolo6ia e 'oder, entendendo 7ue as escolas, dentro das teorias de re'rodu?!o social, emer6em )istoricamente como es'a?os sociais 7ue t<m inte6rado as tare8as tradicionalmente se'aradas de re'roduzir )a/ilidades de tra/al)o e  'roduzir atitudes 7ue le6itimem as rela?es sociais nas 7uais essas )a/ilidades est!o

localizadas3

O autor continua sua constru?!o analisando os estudos de Alt)usser J-0;, -0;-L e de Boles e Gintis J-0;, -0.L, onde 'odemos resumir 7ue am/os os tra/al)os n!o 8oram ca'azes de de8inir a )e6emonia em termos 7ue 'ostulem uma rela?!o dial>tica entre 'oder, ideolo6ia a resist<ncia e n!o a'resentam um 7uadro de re8er<ncia 'ara se desenvolver um modo viável de 'eda6o6ia radical3 Am/as as 'ers'ectivas rele6am a a?!o )umana a um modelo 'assivo de socializa?!o e en8atizam exa6eradamente a domina?!o, i6norando as contradi?es e 8ormas de resist<ncia 7ue tam/>m caracterizam os es'a?os sociais como a escola e o local de tra/al)o3 Mais ainda, am/as as 'osi?es en8atizam a no?!o de re'rodu?!o cultural, e a'esar da insist<ncia de Alt)usser em de8inir o 'a'el da ideolo6ia como um mecanismo de domina?!o, o conceito o'era, em 4ltima instQncia, 'ara misti8icar ao inv>s de ex'licar como as 'essoas resistem, esca'am, ou mudam o 'eso esma6adorI da ordem vi6ente3

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Passearemos a6ora 'elas teorias de re'rodu?!o cultural, atrav>s das 7uais 8oram 8eitos es8or?os cont#nuos 'ara desenvolver uma sociolo6ia do curr#culo 7ue li6asse cultura, classe e domina?!o com a l96ica e os im'erativos da escolariza?!o3 A  'reocu'a?!o a7ui 'osta se dá com rela?!o a 7uest!o de como as sociedades ca'italistas s!o ca'azes de se re'etir e re'roduzir3 +ntretanto o 8oco de sua 'reocu'a?!o com 7uestes de controle social está centrada em torno de uma análise dos 'rinc#'ios su/5acentes @ estrutura e transmiss!o no cam'o cultural da escola, ou de 7uestes so/re como a cultura escolar > 'roduzida, selecionada e le6itimada3

 Neste momento o autor destaca os tra/al)os de Pierre Bourdieu e seus contem'orQneos na Fran?a e o tra/al)o de Basil Bernstein na *n6laterra, onde destacaremos a vis!o da educa?!o como uma im'ortante 8or?a social e 'ol#tica no  'rocesso de re'rodu?!o de classe, 'ois, ao a'arecer como uma transmissora neutra dos  /ene8#cios de uma cultura valorizada, as escolas s!o ca'azes de 'romover a desi6ualdade em nome da 5usti?a e da o/5etividade3 No cerne da análise 7ue Bernstein a'resenta da educa?!o e do 'a'el 7ue re'resenta na re'rodu?!o cultural de rela?es de classe, está uma teoria de transmiss!o cultural3 *ndica ainda, como 'ro/lemática central de sua teoria, a maneira 'ela 7ual a sociedade seleciona, classi8ica, distri/ui, transmite e avalia o con)ecimento educacional 7ue considera '4/lico3 *sso re8lete tanto a distri/ui?!o de 'oder 7uanto os 'rinc#'ios de controle social3 Desse 'onto de vista, as di8eren?as e as mudan?as na or6aniza?!o, transmiss!o e avalia?!o o con)ecimento educacional deveriam ser uma im'ortante área de interesse sociol96ico3

O autor conclui 7ue tanto Bourdieu 7uanto Bernstein

JTL rendem=se a uma vers!o de domina?!o na 7ual o ciclo de re'rodu?!o  'arece in7ue/rável3 A'esar dos comentários /ril)antes so/re a 8orma e su/stQncia da re'rodu?!o cultural, os atores sociais en7uanto 'oss#veis a6entes de mudan?a desa'arecem nessas ex'lica?es, assim como desa'arecem instQncias de con8lito e contradi?!o3 +m/ora am/os os te9ricos 8orne?am análises esclarecedoras da relativa autonomia das escolas, e da natureza 'ol#tica da cultura como uma 8or?a re'rodutora, Bourdieu e Bernstein terminam i6norando ou minimizando as no?es de resist<ncia e luta contra=)e6emRnica3 Como resultado, seus insi6t)sI s!o limitados e incom'letos J'3 -21L3

C)e6amos a6ora ao momento em 7ue o autor inicia sua 8ala so/re o valor da resist<ncia como um 'rinc#'io educacional3 O valor 'eda696ico da resist<ncia está, em  'arte, no 8ato dela situar as no?es de estrutura e a?!o )umana, e os conceitos de cultura e auto=8orma?!o, em uma nova 'ro/lemática 'ara se entender o 'rocesso de escolariza?!o3 Giroux re5eita a no?!o de 7ue as escolas s!o sim'lesmente locais de

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instru?!o, e ao 8azer isso, n!o a'enas 'olitiza a no?!o de cultura

,

tam/>m indica a necessidade de se analisar a cultura da escola dentro do terreno cam/iante de luta e contesta?!o3

C$0%&1" 9 - I,#"1"i$8 C1&!$ ; E('"1$!i6$./"

+sta se6unda 'arte do livro desenvolve a 8undamenta?!o te9rica 'ara uma vis!o mais viável e radical da rela?!o dial>tica entre a?!o e estrutura3 Nesse caso, os conceitos de ideolo6ia e cultura s!o res6atados das tradi?es te9ricas 7ue os dissolvem, se5a em uma vis!o unilateral do idealismo ou em uma vis!o i6ualmente determinista do estruturalismo3 ma nova 'ro/lemática, em/ora levantando novas 7uestes e demonstrando um modo cr#tico, tenta res'onder @ 7uest!o de como n9s criamos uma conce'?!o de leitura radical 7ue ins'ire a maneira 'ela 7ual as 'essoas aceitam critica e  'oliticamente o conceito de cidadania e a tare8a de demonstrar cora6em c#vica3 A leituraI, neste caso, n!o a'enas 8ornece os instrumentos 'ara se ler a si 'r9'rio e ao mundo de 8orma cr#tica3 +la tam/>m se torna o ve#culo 'ara demonstrar 7ue a educa?!o tem im'lica?es mais am'las do 7ue a cria?!o de uma 8or?a de tra/al)o educada e 7uali8icada3 +m outras 'alavras, esse conceito de leitura radicaliza a no?!o de educa?!o  'ara a cidadania e cria novas o'ortunidades 'ara uma a?!o 'ositiva3 ais lutas 'elas condi?es ideol96icas e materiais s!o necessárias 'ara o desenvolvimento de uma es8era  '4/lica ins'irada 'elas media?es cr#ticas dos 6ru'os sociais 7ue examinam e atuam

so/re a natureza de sua exist<ncia ao inv>s de a'enas a'roveitá=la ou so8r<=la3

O autor inicia este ca'#tulo trazendo os dois lados das verses educacionais a'resentadas anteriormente, a8irmando 7ue se 'or um lado, as verses tradicionais de uma 'ro/lemática marxista 7ue toma as no?es de classe, 'oder e domina?!o como seu  'onto de 'artida te9rico, 'or outro lado, o 7ue os educadores radicais t<m i6norado s!o exatamente a7ueles momentos te9ricos 7ue re'roduzem, tanto nas 'ers'ectivas tradicionais 7uanto nas marxistas, um dualismo 7ue, ou su'rime o si6ni8icado da a?!o )umana e as 7uestes de su/5etividade, ou i6nora os determinantes estruturais 7ue 8icam 8ora da ex'eri<ncia imediatas dos a6entes )umanos3

O 7ue Giroux 7uer dizer > 7ue tanto as 'ers'ectivas tradicionais 7uanto as marxistas radicais s!o ins'iradas 'or um dualismo 7ue na realidade rom'e a dial>tica entre consci<ncia e estrutura, e deixa assim de o8erecer os insi6)tsI te9ricos necessários a uma teoria mais cr#tica da escolariza?!o3 N!o ne6a o marxismo, 'elo

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contrário, ar6umenta ainda 7ue o mesmo tem várias 8ormas de o8erecer al6uma nova ideia 'ara o desenvolvimento de uma teoria cr#tica de escolariza?!o, deverá ser 7uestionado criticamente a 8im de revelar a l96ica entran)ada em seu 8racasso em  'roduzir um tratamento dial>tico de su/5etividade e estrutura3

De8ine, em termos 6erais 7ue 'odemos desenvolver um tratamento mais dial>tico de a6<ncia e estrutura, reestruturando as ideias de ideolo6ia e cultura3 De8ende ainda 7ue esses termos 'odem ser situados numa 'ers'ectiva te9rica 7ue esclare?a como a estrutura e a a?!o 'ressu'em uma @ outra e 7ue o valor de tal 'ressu'osto > enorme  'ara se desenvolver uma teoria radical de escolariza?!o3

Giroux 8az uma análise dos 'aradi6mas culturalistas e estruturalistas, entretanto n!o )á um a'ro8undamento, onde o 'r9'rio autor coloca como im'oss#vel esta análise mais detal)ada3 +n7uanto a tradi?!o culturalista recu'era o su5eito a tradi?!o estruturalista situa o su5eito3 Am/as norteiam o entendimento 7uanto a ideolo6ia na teoria e 'rática educacionais, uma rela?!o colocada como 'ro/lemática 'elo autor, a'ontando 7ue, em 'arte, isso > resultado da in8lu<ncia 'oderosa 7ue a racionalidade  'ositivista exerceu )istoricamente so/re o desenvolvimento da teoria a 'rática

educacionais3 Dentro desse le6ado, a no?!o de ideolo6ia 8oi i6norada, 5unto com os  'ressu'ostos de 7ue as escolas eram locais tanto ideol96icos 7uanto institucionais3

Aliada @ exalta?!o dos 8atos e ao mane5o do vis#velI, a racionalidade 'ositiva exclui de sua 'ers'ectiva as cate6orias e 7uestes 7ue a'ontam 'ara o terreno da ideolo6ia3 Fixada na l96ica do imediatismo, encontra re846io no mundo das a'ar<ncias, e assim recusa 7uestionar a l96ica interna do curr#culo a 8im de revelar seus si6ni8icados ocultos, seus sil<ncios n!o=estruturados ou verdades n!o=intecionais3 No?es como as de ess<nciaI, consci<ncia errRnea e cr#tica imanente eram 'ostas de lado com se6uran?a, a 8avor do discurso tecnicista da administra?!o, do mane5o e da e8ici<ncia3 Conse7uentemente, )á 'ouco es'a?o dentro da teoria e 'rática educacionais dominantes  'ara se desconstruir os si6ni8icados e 'ráticas esta/elecidos 7ue caracterizam o

8uncionalismo diário das escolas3

A'9s esta análise das rela?es de ideolo6ia o autor se de/ru?a so/re o 7ue vem a ser uma ideolo6ia na 'ers'ectiva cr#tica, nos a8irmando 7ue 7ual7uer de8ini?!o diante deste assunto indica uma luta n!o a'enas com a 7uest!o do 7ue > , mas tam/>m com a 7uest!o do 7ue n!o >3 +ssa de8ini?!o desmanc)a 8alsamente a distin?!o entre ideolo6ia e luta material3 *sto >, con8unde luta no n#vel ideol96ico, si6ni8icados, discursos e re'resenta?!o, com lutas 'or a'ro'ria?!o concreta e controle de ca'ital, territ9rio e

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outros recursos semel)antes3 O/viamente, am/as as 8ormas de luta est!o relacionadas, mas elas n!o 'odem ser 8undidas3 Giroux nos dá como exem'lo, as escolas como a'arel)os culturais envolvidos na 'rodu?!o e transmiss!o de ideolo6ias3 ma coisa > 8alar so/re a escola como um local onde se luta 'or ideolo6ias con8litantes, outra 7uest!o > ver as escolas como institui?es 'ol#ticas e econRmicas, como encarna?es materiais da ex'eri<ncia vivenciada e de rela?es anta6Rnicas )istoricamente sedimentadas, 7ue 'recisam ser ca'turadas e controladas 'elos 6ru'os su/ordinados,  'ara seus 'r9'rios 8ins3

U central 'ara uma com'reens!o de como a ideolo6ia 8unciona no interesse da re'rodu?!o social, a 7uest!o de como a ideolo6ia o'era so/re e atrav>s dos indiv#duos,  'ara asse6urar seu consentimento aos valores /ásicos e 'ráticas da sociedade

dominante3 *6ualmente im'ortante 'ara uma com'reens!o de como a ideolo6ia 8unciona no interesse da trans8orma?!o social > a 7uest!o de como ela cria o terreno 'ara a auto= re8lex!o e 'ara a a?!o trans8ormativa3 O autor ar6umenta 7ue, de acordo com Gramsci, o com'ortamento )umano está enraizado em um nexo com'lexo de necessidades estruturais, senso comum e consci<ncia cr#tica, e 7ue a ideolo6ia está localizada em todos esses as'ectos do com'ortamento )umano e do 'ensamento, de 8orma a 'roduzir m4lti'las su/5etividades e 'erce'?es do mundo e da vida cotidiana3 *sto >, o 'onto de re8er<ncia 'ara a interse?!o da ideolo6ia e da ex'eri<ncia individual 'ode ser localizado dentro de tr<s áreas es'eci8icas: a es8era do inconsciente e a estrutura das necessidades, o Qm/ito do senso comum, e a es8era da consci<ncia cr#tica3 Giroux diz 7ue essas cate6orias n!o 'odem ser de8inidas nitidamente, nem 'odem existir de 8orma isolada3

Giroux a'onta como um as'ecto essencial da 'eda6o6ia radical a necessidade dos estudantes 7uestionarem criticamente suas )ist9rias e ex'eri<ncias #ntimas3 U crucial 'ara eles serem ca'azes de entender como suas 'r9'rias ex'eri<ncias s!o re8or?adas, contraditas e su'rimidas como resultado de ideolo6ias mediadas atrav>s das  'ráticas materiais e intelectuais 7ue caracterizam a vida diária da sala de aula3

O/viamente, o o/5etivo dessa 8orma de análise n!o > reduzir a ideolo6ia e seus e8eitos @ es8era do inconsciente, mas ar6umentar a 8avor da im'ortQncia da ideolo6ia como um com'onente central da teoria e 'ráxis radicais3 U nas rela?es dial>ticas entre consciente e inconsciente, ex'eri<ncia e realidade o/5etiva, 7ue a /ase 'ara o 'ensamento cr#tico e  'ara o 'ensamento cr#tico e 'ara a a?!o tem 7ue ser 8undamentada e desenvolvida3 O sistema 'redominante de necessidades na sociedade ca'italista deve ser entendido em termos de sua 6<nese )ist9rica e dos interesses a 7ue ele serve3 Para os educadores

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radicais, este > o 'rimeiro 'asso 'ara se rom'er com a l96ica e as institui?es da domina?!o3 Deve ser se6uido 'or uma radicaliza?!o da consci<ncia e 'ela reconstru?!o das rela?es sociais 7ue 8or?am materialmente a l96ica dos interesses emanci'at9rios3

A li6a?!o entre ideolo6ia e a no?!o de verdade n!o se encontram na distri/ui?!o de 'rescri?es ou no dil4vio interminável de receitas3 Ao inv>s disso, localiza=se n o 7ue Ben5amin J-00 a'ud Giroux -0.L c)ama de distQncia entre o int>r'rete e o material,  'or um lado, o )iato entre o 'resente e a 'ossi/ilidade de um 8uturo radicalmente

di8erente, 'elo outro lado3 O valor de considerar a ideolo6ia como um 'rocesso com'lexo na 'rodu?!o e cr#tica do si6ni8icado se torna mais concreto atrav>s de um exame de como ela 8unciona como uma 8or?a constitutiva na estrutura?!o e media?!o de re'resenta?!o nos arte8atos escolares e nas rela?es sociais de sala de aula3

Giroux destaca 7ue a 'ers'ectiva reconstrutiva 'romove as condi?es necessárias 'ara o desenvolvimento dos c)amados textos 'ara 'eda6o6ia3 ais textos se re8erem tanto a um 'rocesso 7uanto a um 'roduto3 Como um 'rocesso, eles encarnam e demonstram 'rinc#'ios 7ue unem a conce'?!o e a execu?!o, en7uanto simultaneamente  'romovem uma sensi/ilidade cr#tica a 8ormas de con)ecimento e 'ráticas sociais ins'iradas 'or 'rinc#'ios 7ue 'romovem o esclarecimento e o entendimento3 ais textos s!o sens#veis aos 'rocedimentos 7ue localizam o con)ecimento em contextos )ist9ricos es'ec#8icos e tentam desco/rir os interesses )umanos nos 7uais o con)ecimento se 8undamenta3 Como 'rodutos, tais textos se tornam o meio 'ara uma 'eda6o6ia cr#tica, 7ue visa 'ro'iciar aos alunos o con)ecimento, as )a/ilidades e a sensi/ilidade cr#tica de 7ue eles 'recisam 'ara serem ca'azes de 'ensar dialeticamente3

C$0%&1" < 3 T#"!i$ C!%&i'$ # R$'i"*$1i,$,# *$ E,'$./" 0$!$ $ Ci,$,$*i$ Giroux inicia a sua 8ala nesse ca'#tulo realizando um res6ate do conceito da +duca?!o na Gr>cia Clássica, onde se /uscava, muito 'ara al>m de treinar, educar o cidad!o 'ara uma 'artici'a?!o ativa e inteli6ente na comunidade c#vica3 A educa?!o era vista, 'ortanto, 'or um vi>s eminentemente 'ol#tico3 Forma?!o do caráter e valoriza?!o da li/erdade eram 'ontos centrais desse modelo de educa?!o3 omando=se como re8er<ncia essa análise da +duca?!o na Gr>cia Clássica, Giroux a'resenta o ar6umento de 7ue a7uilo 7ue c)amamos de educa?!o c#vica na nossa sociedade tem sido um 8racasso3 *sso 'or7ue os ideais no/res de8endidos 'ela teoria democrática li/eral n!o

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tem encontrado ressonQncia em um 'rática educativa 7ue 'rioriza o sa/er t>cnico, a e8ici<ncia e o controle3

O autor de8ende a necessidade de se desenvolver uma racionalidade 7ue 8a?a uma cr#tica ao modelo tecnicista vi6ente e 7ue leve em conta as com'lexas rela?es entre con)ecimento, 'oder, ideolo6ia, classe e economia J333LI JG*(O, -0., '3 KK1L3

Acerca dos 8undamentos te9ricos da teoria e 'rática educacionais, Giroux a'resenta dois elementos /ase 'ara a sua análise3 O 'rimeiro > o da racionalidade, 7ue se re8ere a 'ressu'ostos e 'ráticas 7ue medeiam como um indiv#duo ou 6ru'o se relaciona com a sociedade maiorI JG*(O, -0., '3 KKL3 O se6undo > o de  'ro/lemática, 7ue seria uma estrutura conceitual 7ue 'ode ser identi8icada tanto 'elas 7uestes 7ue suscita, como 'elas 7uestes 7ue > inca'az de levantarI JG*(O, -0.,  '3 KKL3

A 'artir dessa de8ini?!o o autor 8ará a análise de tr<s modos de racionalidade, 7uais se5am a (acionalidade >cnica, a (acionalidade %ermen<utica e a (acionalidade +manci'at9ria3

A (acionalidade >cnica > eminentemente 'ositivista, dado 7ue de8ende 7ue a teoria educacional 'ro'on)a leis 7ue se5a em'iricamente testáveis3 Os seus 'rinc#'ios s!o os de controle e certeza3 Desconsidera os valores su/5acentes ao con)ecimento e aos modos de investi6a?!o cient#8ica3 +, 'or 8im, considera 7ue os 8enRmenos estudados  'ela +duca?!o 'odem ser deduzidos a variáveis 'ass#veis de serem reduzidas a resultados variáveis3 Os modelos de transmiss!o e de cidadania como uma ci<ncia social se en7uadrariam, se6undo Giroux, na (acionalidade >cnica3 O Modelo de ransmiss!o en7uanto a7uele onde se es'era 7ue 'ro8essor e aluno se5am consumidores 'assivos ou transmissores do con)ecimento, ne6ando a rela?!o dial>tica do )omem com o contexto no 7ual está inserido, e o Modelo das Ci<ncias Sociais, 7ue 'rioriza a investi6a?!o, visando o entendimento /ásico dos 'rinc#'ios 7ue 6overnam a estrutura das disci'linas acad<micas, mas 7ue torna o con)ecimento des'olitizado e o/5etivamente 8ixadoI3

A (acionalidade %ermen<utica se 8undamenta na luta 'ara livrar os conceitos de si6ni8icado e ex'eri<ncia da no?!o V8ossilizadaV de o/5etividade3I JG*(O, -0., '3 K1L3 Se contra'e, 'ortanto, @ cultura mais am'la do 'ositivismo3 +stimula o indiv#duo a exercitar a inter'reta?!o do seu contexto e traz 'ara a 'auta de discuss!o na educa?!o a 7uest!o da 'ol#tica3 em como um dos seus en8o7ues 'rinci'ais a investi6a?!o re8lexiva, na 7ual se 'erce/e uma <n8ase na tomada de decis!o en7uanto a?!o  'rimordial no 'rocesso democrático3 (essalta, 'ortanto, a im'ortQncia da ne6ocia?!o,

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 'artici'a?!o e valores na educa?!o 'ara a cidadania3 Por>m, se6undo Giroux J-0.L, esse en8o7ue cai 'resa de uma 'ro/lemática 7ue > de8inida menos 'elo 7ue advo6a, do 7ue 'or a7uilo 7ue i6noraI J'3 K12L3 Ou se5a, a investi6a?!o re8lexiva 8ocaliza as inten?es su/5etivas do indiv#duo e deixa de analisar os arran5os sociais existentes na sociedade maior3

Por 8im o autor nos a'resenta a (acionalidade +manci'at9ria, a 7ual se 8undamenta nos 'rinc#'ios de cr#tica e a?!o, realizando uma cr#tica do contexto o'ressor e 'romovendo a?es a 8avor da li/erdade e do /em=estar individual3 U, 'ortanto, um  'ensamento ativo3 +is a7ui um dos 'ilares da eoria da Peda6o6ia Cr#tica de Giroux3

U /aseado na (acionalidade +manci'at9ria 7ue o autor vai 'ro'or uma +duca?!o 'ara a Cidadania3 Para Giroux essa racionalidade dará /ase a uma teoria 7ue 8omente a interdisci'linaridade, 8undamentada em uma 'osi?!o dial>tica do )omem com o seu meio, sendo 'ortanto 'ol#tica e social3 %á 7ue se 8azer uma re8lex!o so/re so/re 7uem vai ser educado e 7uais con)ecimentos seriam le6#timos, analisando as  'oss#veis a'resenta?es desi6uais do ca'ital cultural de minorias de classe e cor3 Deve= se estimular, 'ortanto, o 'rocesso de conscientiza?!o do 'ro8essor um vez 7ue s!o os educadores 7ue tanto medeiam 7uanto de8inem o 'rocesso educacionalI JG*(O, -0., '3 K2L3

C)e6a=se, ao 8im, em uma 'ro'osta de Peda6o6ia de Sala de Aula 7ue considere uma +duca?!o 'ara a Cidadania3 O 8oco n!o deve ser o de a5ustar o educando a realidade 'osta, mas sim auxiliá=lo a re8letir, criticar e desa8iar as 8or?as sociais 7ue o o'rimem3 Para tanto o aluno deve, em sala de aula, ter a li/erdade de 7uestionar a 8orma e a su/stQncia do 'rocesso de a'rendiza6em3 U 'reciso ainda 7ue a'renda a inter'retar de uma maneira 7ue se5a su'erado o modelo de 'ensamento 8ra6mentado3 O educando deve ter es'a?o 'ara colocar em 'auta a sua )ist9ria de vida, /em como ter a o'ortunidade de re8letir e se auto=7uestionar acerca do 'or7ue dos seus valores 'essoais3

C$0%&1" = 3 A1>$?#&i6$./"8 I,#"1"i$ # P"1%&i'$ ,# E('"1$!i6$./"

%enr& Giroux decide concluir a sua o/ra eoria Cr#tica e (esist<ncia em +duca?!oI a/ordando a temática da al8a/etiza?!o, /em como as ideolo6ias e 'ol#tica de escolariza?!o a ela relacionadas3 Se6undo o autor a temática da al8a/etiza?!o tem sido a/ordada, na maioria dos casos, como estando a'artada das 7uestes de ordem social,

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)ist9rica e ideol96ica3 +ssa ne6a?!o, contudo, n!o torna inexistente a dimens!o 'ol#tica da al8a/etiza?!o, /em como os seus con8litos e'istemol96icos inerentes3

+xistem tr<s ideolo6ias /ásicas com en8o7ue na al8a/etiza?!o, se6undo Giroux, 7uais se5am, as instrumentais, as interativas e as re'rodutivas3 A ideolo6ia instrumental, como o 'r9'rio nome 5á diz, está alicer?ada no 7ue o autor denomina de cultura do  'ositivismoI3 Se6undo essa ideolo6ia a teoria tem um caráter linear de causalidade, utilizando=se de t>cnicas em'#ricas 'ara desco/rir a l96ica e o 'otencial das c)amadas leis naturaisI JG*(O, -0., '3 K;L3 N!o )á re8lex!o 7uanto aos 'rinc#'ios ocultos 7ue estruturam a 6ramática da realidade, nem mesmo uma 'reocu'a?!o em rela?!o aos  'rinc#'ios 7ue direcionam a sele?!o, or6aniza?!o e distri/ui?!o do con)ecimento3 O a'rendizado da escrita, 'ortanto, n!o seria nada mais 7ue a a7uisi?!o de um con5unto de re6ras a serem res'eitas3 O o/5etivo de se al8a/etizar > tornar os su5eitos tra/al)adores mais 'rodutivos 'ara a sociedade3

A ideolo6ia se6uinte seria a da *ntera?!o, a 7ual tem como 8oco o interesse de recu'erar o su5eito e as dimenses )umanas do con)ecimentoI JG*(O, -0., '3 K.2L3 á está 'resente nesse ideolo6ia a dimens!o da rela?!o dial>tica entre o )omem e o seu meio3 Dentro dessa ideolo6ia Giroux situa o en8o7ue co6nitivo=evolutivo Jre'resentado 'elas teorias de Pia6et e Dee&L e o en8o7ue romQtico Jre'resentado 'elo  'ensamento de (ousseau, A3 S3 Neil, Carl (o6ers e oel S'rin6sL3 No en8o7ue co6nitivo=evolutivo o 7ue se /usca analisar e a 7uest!o da intera?!o no 'rocesso de a'rendiza6em, 8icando o conte4do em se6undo 'lano3 O im'ortante > investi6ar como su5eito a'rende3 No en8o7ue romQntico, 'or sua vez, o 7ue se ressalta > a ca'acidade do su5eito de construir o seu si6ni8icado atrav>s de um 'rocesso de renovada auto= a8irma?!oI JG*(O, -0., '3 K.L3

A cr#tica de Giroux a esses en8o7ue se re8ere @ n!o a/orda6em de dimenses 7ue o autor considera 'rimordiais de serem analisadas, 7uais se5am a 'ol#tica e a cultura3 A *deolo6ia da *ntera?!o n!o se atenta, 'ortanto, aos anta6onismo e con8litos 7ue caracterizam a sociedade3

A *deolo6ia (e'rodutiva > a 'r9xima l96ica de 'ensamento destacada 'or Giroux3 +ssa ideolo6ia tem como 8oco a 'ro/lemática de como o sistema social  'romove a sua re'rodu?!o e como determinadas 8ormas de su/5etividade se constituem dentro de tal contexto3 A escola > vista como uma 'arte do a'arel)o ideol96ico do estado, tendo como 8inalidade asse6urar rela?es ideol96icas e sociais necessárias 'ara a re'rodu?!o do ca'ital, /em como as suas institui?es3 A'esar da 'otente análise 7ue

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essa 'ers'ectiva dá 'ara a dimens!o 'ol#tica da educa?!o ela a'resenta, se6undo Giroux, uma no?!o n!o=dial>tica de 'oder, a 7ual minimiza a 'ossi/ilidade de a?!o do su5eito diante do seu contexto3

Como 8ec)amento Giroux ressalta a 'otencialidade da no?!o de Al8a/etiza?!o Cr#tica de Paulo Freire3 A vis!o a'resentada 'or Freire considera a cultura em termos dial>ticos, ou se5a o o'rimido > ca'az de, 'ara al>m de re'roduzir o contexto de domina?!o 7ue o su/5az, reinventar o seu contexto3 Freire ex'e a sua cr#tica da  'rodu?!o cultural, mas n!o se at>m a essa análise, 'ois 'ro'e uma a?!o social3 A

teoria='rática de Freire dá centralidade 'ara o diálo6o no 'rocesso de a'rendiza6em, onde se coloca como 'onto 'rimordial a 'ossi/ilidade do educando se tornar um a6ente do 'rocesso de mudan?a social, sendo relevante, 'ortanto, a sua )ist9ria de vida e ex'eri<ncias cotidianas3

C"*'1(/"

Giroux traz na sua conclus!o o 'ensamento de 7ue n!o será a escola a 'romotora da trans8orma?!o social, onde saiamos do contexto atual 'ara uma situa?!o onde se  'romova uma nova ordem social3 Contudo a escola 'ode se tornar uma 8erramenta im'ortante 'ara, 5untamente com outros instrumentos sociais, lutar 'or uma trans8orma?!o social3 Para tanto 8az=se necessário 7ue reve5amos a atual vis!o de cultura, a 7ual > tratada como uma mercadoria a ser consumida, vista como atividade de lazer3 U necessário tam/>m 7ue se d< vez e voz 'ara os 6ru'os )istoricamente ali5ados da discuss!o 'ol#tica na escola, tais como a classe tra/al)adora, minorias de cor e mul)eres3

 Nesse 'rocesso de se 'ensar um contexto onde a educa?!o se so/re'on)a @ escolariza?!o o 'ro8essor tem um 'a'el 8undamental, sendo necessário 7ue ele reve5a a sua 'ostura diante do mundo, 'assando a a6ir n!o s9 como 'ro8essor, mas tam/>m como cidad!o, ou mesmo educador radicalI3 +sse 'osicionamento de vida, alerta Giroux, traz as suas conse7u<ncias, uma vez 7ue os 'ro8essores 7ue lutam 'ara tornar  'oss#vel a democracia escolar 'odem se colocar na 'osi?!o de 'erderem um em're6o, a sua se6uran?a e at> mesmo ami6os3 U necessária, 'ortanto, 7ue as a?es em 'rol de uma  'eda6o6ia radical se ins'irarem em uma 8> a'aixonada, /aseada na cren?a de uma

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