• Nenhum resultado encontrado

EFEITOS DO TREINAMENTO INTERVALADO SOBRE AS VARIÁVEIS FISIOLÓGICAS E PERFORMANCE DE CICLISTAS TREINADOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA I

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "EFEITOS DO TREINAMENTO INTERVALADO SOBRE AS VARIÁVEIS FISIOLÓGICAS E PERFORMANCE DE CICLISTAS TREINADOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA I"

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

EFEITOS DO TREINAMENTO INTERVALADO SOBRE AS VARIÁVEIS FISIOLÓGICAS E PERFORMANCE DE CICLISTAS TREINADOS: UMA REVISÃO

DE LITERATURAI

Rafael José RossiII

Resumo: O ciclismo é uma das modalidades mais praticadas atualmente, onde o nível das pessoas que praticam o ciclismo atinge as duas extremidades, os iniciantes que utilizam da bicicleta exclusivamente para lazer até o atleta profissional. Com isso, esta revisão sistemática teve como objetivo analisar os diferentes tipos de treinamento intervalado sobre as variáveis fisiológicas e de desempenho de ciclistas treinados e moderadamente treinados. O método de treinamento intervalado (TI) foi subdividido em 3 vertentes: TI submáximo, TI máximo e TI supramáximo. A busca se deu nas bases de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PubMED e SciELO, utilizando as seguintes estratégias de busca: (interval training in cycling OR high intensity interval training in cycling OR sprint training in cycling). Os métodos de TI mostraram que 2 a 5 sessões/semana de treinamento acima de 2 semanas foram suficientes para gerar aumento significativo da potência de pico (PP), potência média (PM), consumo máximo de oxigênio (VO²máx) e pico de consumo de oxigênio (VO² pico) na grande maioria dos estudos, também no contra relógio (CR) mostrou-se significativamente melhor no tempo (s) como na potência média (PM) durante os testes pré e pós intervenção.

Palavras-chave: Treinamento Intervalado de Alta Intensidade. Performance

Esportiva. Ciclismo.

1 INTRODUÇÃO

Segundo a seguradora de bicicletas Bike Registrada (2016), o ciclismo é uma das modalidades mais praticadas atualmente, que abrange todos os tipos de pessoas que tenham condições físicas de pedalar. Os níveis de pessoas que praticam o ciclismo atingem as duas extremidades, os iniciantes que se utilizam da bicicleta exclusivamente para lazer até o atleta profissional. Onde as duas principais modalidades praticadas dentro do ciclismo são o Moutain Bike, que pode ser utilizada em estradas de terra e trilhas das mais diversas, e temos o Ciclismo de

IArtigo apresentado como trabalho de conclusão de curso de graduação da Universidade do Sul de Santa Catarina, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Educação Física. Orientador: Prof. Elinai dos Santos Freitas Schutz, Ms. Palhoça, 2020.

II Acadêmico (a) do curso de Educação Física da Universidade do Sul de Santa Catarina. rafael.jose.rossi@gmail.com

(2)

Estrada, que são praticadas exclusivamente em vias pavimentadas, segundo Bike Registrada (2016).

No ano de 2019 obteve-se um aumento significativo no mercado de bicicletas comparado aos anos anteriores, onde 47,5% da produção de bicicletas eram moutain bikes e apenas 1,0% de bikes speed para ciclismo de estrada. Junto com outras categorias somaram um total de 919.924 mil bicicletas produzidas somente no Polo Industrial de Manaus (PIM), totalizando um faturamento do PIM de R$764.673.105 reais segundo os dados disponibilizados em 2020 pela Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (ABRACICLO).

A palavra “treinamento” remete-se ao processo para se ter ganho de performance, tanto física quanto intelectual e mecânica, que remete ao gesto motor do exercício. Tratando-se de esportes, a palavra “treinamento” se dirige ao ganho de rendimento em determinada modalidade, daí o termo “treinamento esportivo”, que se resume na melhora da capacidade técnica, tática, física, psicológica dos atletas. (BARBANTI, 1997)

Neste sentido, Steven e William (2017) dizem que o treinamento traz benefícios a saúde e aptidão física, em específico, no treinamento resistido espera-se o aumento da massa magra e melhora no deespera-semprenho nas atividades físicas diárias e atividades esportivas.

Agora a respeito do treinamento aeróbio, espera-se que a prática deste método esteja associada a diversas adaptações das capacidades funcionais, onde as adaptações mais aparentes no treinamento aeróbio são: as adaptações metabólicas (maior capacidade de utilização dos lipídeos para gerar ATP, mitocôndrias maiores e mais numerosas, maior capacidade de oxidar os carboidratos e hipertrofia seletiva nas fibras de contração lenta/ vermelhas/ tipo I ou oxidativas lentas), adaptações cardiovasculares e pulmonares (diminuição da frequência cardíaca em repouso, aumento da cavidade ventricular aumentando o volume de ejeção, maior débito cardíaco, diminuição da pressão arterial durante o repouso e o exercício, aumento no VO²máx.) e outra adaptações (redução dos níveis do colesterol e triglicerídeos, mudança na composição corporal com redução de gordura). (GUETHS; FLOR, 2004)

Os métodos de treinamento utilizam do exercício físico para estimular e desenvolver os órgãos e o sistema orgânico, para isso, varia-se o tipo, intensidade,

(3)

frequência e duração dos estímulos, assim caracterizando cada método. (BARBANTI, 1997)

O treinamento contínuo, caracteriza-se por ser aeróbico de baixa a moderada-alta intensidade e longa duração, estando normalmente abaixo do limiar anaeróbico. O treinamento intervalado possuí repetidos períodos de exercícios intercalados com períodos de descanso, onde a prescrição é dada pela intensidade e tempo de duração (POGERE, 1998). Este método de treinamento é vastamente utilizado para aumentar a capacidade de captação de oxigênio (VO²), devido a fadiga ocorrida nos estímulos intermitentes que se converte em intensidade de trabalho, permitindo a melhora da capacidade energética dos músculos utilizados. (POGERE, 1998)

Visto que alguns estudos já levantaram resultados interessantes referentes aos métodos de treinamento no ciclismo, como o de Costa et al. (2014), busca-se realizar uma nova revisão a partir de 2013 até o presente, a fim de analisar os efeitos crônicos do treinamento intervalado sobre as variáveis fisiológicas e a performance de ciclistas treinados..

Desta forma, realizar uma revisão bibliográfica sistemática acerca das formas de treinamento intervalado e comparar seus efeitos sobre as variáveis fisiológicas e de performance de atletas treinados, trará um maior embasamento para treinadores, atletas e pesquisadores, podendo nortear pesquisas futuras na área a fim de tornar mais claro as variações dos métodos de treinamento intervalado utilizados e seus efeitos sobre os atletas.

2 MATERIAIS E MÉTODOS

Realizou-se uma revisão sistemática buscando conhecer os efeitos fisiológicos e de performance do treinamento intervalado sobre ciclistas treinados. Para isso, os estudos foram selecionados nas seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (bvs), PubMED, e SciELO, que foram conduzidos em seres humanos e que tivessem sido publicados em inglês ou espanhol e português.

Para a busca, foi utilizado somente os termos descritores e palavras chaves citados na língua inglesa, onde foram agrupados utilizando os Operadores Booleanos: (interval training in cycling OR high intensity interval training in cycling OR sprint training in cycling). Foram utilizados os seguintes filtros de busca: artigos

(4)

publicados entre 2013 a 2020, apenas ensaios clínicos controla dos e que possuíam o texto completo disponível.

Após realizar as buscas nas bases de dados descritas, foi utilizado o software Rayyan QCRI para auxiliar na seleção dos artigos. A primeira etapa de seleção se deu pelo título e resumo, o qual foi incluído os ensaios clínicos que abordaram alguma intervenção de método de treinamento intervalado no ciclismo com avaliação de alguma resposta fisiológica e/ou de performance pré e pós intervenção de no mínimo 3 sessões de treinamento e que foram realizados com ciclistas treinados. Os artigos aprovados na análise do título e resumo, foram lidos na íntegra, deste modo foi realizando novamente a elegibilidade e após confirmado, os artigos que se enquadraram nos critérios de inclusão, tiveram seus dados extraídos e apresentados através de uma tabela descritiva com os principais resultados para posteriormente discuti-los.

Foram localizados 296 artigos em três diferentes bases de dados, Biblioteca Virtual em Saúde (n=188), PubMED (n=105) e SciELO (n=3). Inicialmente foram excluídas 52 duplicatas e 233 pela leitura dos títulos e resumos, restando 11 artigos para a leitura na íntegra. Dos 11 artigos selecionados, 2 apresentavam desfechos inadequados, 1 envolvia outras modalidades no método e 1 último não possuía seu acesso na integra. Sendo assim 7 artigos foram selecionados para participar da revisão. O Fluxograma de Elegibilidade pode ser observado na Figura 1.

(5)

Figura 1 – Fluxograma de Elegibilidade dos Artigos

2.1 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Para elucidar os resultados encontrados no estudo, na Tabela 1 é possível observar os artigos selecionados representado pelos seus autores, bem como, as características das intervenções utilizadas por cada um e seus principais resultados alcançados. Além disso, uma coluna foi destinada para a classificação das intensidades propostas por cada intervenção de cada estudo.

Referente a intensidade, Laursen (2010) diz, que os exercícios intensos envolvem um fornecimento energético perto do máximo por um período sustentado, onde os esforços perto de máximos requerem uma combinação de duas fontes energéticas, a anaeróbias e aeróbias.

Deste modo, para melhor classificar os exercícios intensos, o treinamento intervalado (TI) no ciclismo será dividido em três tipos: submáximo (>10min), máximo (2-10min) e supramáximo (<2min), onde o termo “máximo” se refere ao

(6)

consumo máximo de oxigênio (VO²máx). Com isso utilizou-se a classificação dos artigos com a proposta de Paton e Hopkins (2004): A) TIsub; B) TImáx; C) TIsup.

Alguns dos autores utilizaram mais de um método de intervenção em diferentes grupos de atletas, onde, nas colunas que ocorreram as diferenciações entre os grupos foram separados por linhas horizontais. Houve também autores que utilizaram intervenções distintas em semanas ou dias diferentes, nestes casos foi utilizado o símbolo de barra (/) para separar e organizar diferentes situações expressas pelos respectivos autores, sendo os itens correspondentes ordenados igualmente de forma crescente entre as colunas.

(7)

Tabela 1 - Estudos incluídos sobre treinamento intervalado no ciclismo

Referências repetições Intensidade Duração Recuperação Semanas Sessões por semana Resultados Classificação Jones, M. C. L. et all. (2019) 10 all-out 6” 48” 2 3 ↑PP, ↑PP.kg, ↑PM, ↑PM.kg, ↑TMS; ↑CR10km. Supramáximo 60” 72” Broatch J. R. et all. (2019) 8 100% PP 60% Tmax 1:2 4 3 ↑PP, ↑VO² pico, ↔Tmáx, ↔Wtmáx, ↔CR20km, ↑PM no CR20km, ↔Adrenalina, ↔Noradrenalina, ↔Cortisol, ↑RER, ↔Oxidação de gordura, ↑Oxidação de carboidrato. Máximo Gunnarsson T. P. et all. (2019) 10-12/ 4-5 85 - 95% PP/ 90-95% PP incremental 30” / 3-4’ 1’30” - 2’ 4’30” / 7 2-3/ 1-2 ↑Tmáx, ↑ PP, ↑PM, ↓Kir6.2, ↔Kir2.1, NHE1; ↓concentração de K + no plasma venoso femoral.

Mix (Supramáximo/Máximo) Sylta K. et all. (2017) 4/ 4/ 4 all-out 16’/ 8’/4’ 2’/ 2’/ 2’ 1-4/ 5-8/ 9-12 2-3 ↓MC, ↑PP, ↑PLL, ↑VO² pico, ↔Testosterona total, ↔Testosterona livre, cortisol, IGF-1 e

GH.

Submáximo/Máximo/Máximo

4’/ 8’/16’ 1-4/ 5-8/ 9-12 Máximo/Máximo/Submáximo

Mix 12

↓MC, ↑PP; ↔PLL; ↑VO² pico, ↑Testosterona total;

↔Testosterona livre, cortisol, IGF-1 e GH.

(8)

Costa V. P.

et all. (2017) 10 all-out (15”, 30” e 45”) 1:5 3 1-2 ↔CR20km, ↔FC. Supramáximo

Paquette M.

et all. (2016) exaustão Até a

85% MP 1’ a 7’ 2:1 (150 W ou 50% MP se MP <300 W) 6 3 ↔Medidas de composição corporal, ↓FC repouso, ↑VT, RCP, PP e VO²máx, ↓PADmáx, ↔RER, PASmáx, RRmáx, MP, TMP e GME. Supramáximo e Máximo 115% MP 30” a 1’ 1:2 (150 W ou 50% MP se MP <300 W) Rønnestad B. R. et all. (2014) 3x13 all-out 30” 180” entre séries e 15” entre as repetições 10 2 ↑VO²máx; ↑P a 4 mmol / L; ↑PM no teste de CR5min, ↑PM no teste de CR40min. Supramáximo 4 300” 150” ↔VO²máx; ↔ P a 4 mmol / L; ↔PM no teste de CR5min; ↑PM no teste de CR40min. Máximo

↑: melhora significativa; ↓: diminuição significativa; ↔: inalterado; all-out: máxima intensidade possível do indivíduo; P: potência; PP: potência de pico; PM:

potência média; MP: potência aeróbica máxima; TMS: trabalho médio da sessão em kilojoules (kj); CR: Contra relógio; RER: taxa de troca respiratória; VO²

pico: pico de consumo de oxigênio; VO²máx: consumo máximo de oxigênio; Tmáx: tempo até a exaustão; Wtmáx: trabalho com tempo até a exaustão

concluído; NHE1: atividade da enzima trocador sódio / hidrogênio 1; Kir6.2: subunidade principal do canal de K + sensível a adenosina trifosfato; Kir2.1: canal iônico controlado por lipídios; MC: massa corporal; PLL: potência no limiar de lactato; IGF-1: fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1; GH: hormônio do crescimento; FC: frequência cardíaca; PASmáx: pressão arterial sistólica máxima (mmHg); PADmáx: pressão arterial diastólica máxima; VT: limiar ventilatório; RRmáx: taxa de respiração máxima/minuto; RCP: ponto de compensação respiratória; TMP: tempo até a exaustão no teste de potência aeróbia máxima; GME: eficiência mecânica bruta (%)

(9)

Nóbrega (2006), enfatiza que a exposição continuada em repetidas sessões gera adaptações morfofuncionais, que aumentam a capacidade do organismo a resistir aos estímulos agudos do exercício, essas adaptações são chamadas de efeitos crônicos.

Com isso, na tabela 1 pode-se verificar diferentes protocolos de exercícios intervalados quanto a sua classificação, estímulos de TIsup são predominantemente apresentados, seguidos do TImáx e TIsub, respectivamente. Considera-se um número considerável de artigos que utilizaram protocolos mesclados entre dois métodos (3 de 7). Já as semanas de treinamento se deram entre 2 a 12, separadas por sessões semanais que variaram de 1 a 3 dias de treinamento, onde quase todos apresentaram uma relação de descanso entre dias de treino de 24h/48h para cada sessão realizada. O tempo dos estímulos variaram entre 6s a 16min, tendo suas intensidades controladas (85-95% da Potência de Pico (PP), 85-95% da Potência Média (MP), 115% MP ou “all-out”). Os intervalos de recuperação utilizados foram diferentes em quase todos os estudos apresentados.

Em referência aos resultados dos estudos, as variáveis (PP, PM, VO² pico e VO²máx) apresentaram aumento significativo na maioria dos estudos, porém tais variáveis mantivera-se iguais a da pré intervenção (RER, PASmáx, RRmáx, MP, TMP, GME, PLL, Testosterona livre, cortisol, IGF-1 e GH, Oxidação de gordura).

Dos 7 estudos apresentados, 5 apresentaram intervenções com estímulos inferiores a 1 minuto (TI Supramáximo) onde 3 destes utilizaram intensidades máximas de execução (all-out).

Apenas 1 estudo de Sylta K. et all. (2017), utilizou no período de intervenção o TI submáximo que mudou com o decorrer da intervenção para TI máximo. Neste estudo de Sylta K. et all. (2017), ouve a divisão de 3 grupos de intervenção, que tiveram sua carga total de treinamento de alta intensidade (HIT) igualada, onde um grupo realizou a intervenção aumentando a intensidade do HIT (INC) ao decorrer dos blocos, onde nas semanas 1-4, 4 repetições de 16min com 2min de descanso, na semana 5-8 realizaram 4 repetições de 8min com 2min de descanso, e por último nas semanas 9-12 foram feitas 4 repetições de 4min com 2min de descanso. O segundo grupo, realizou a intervenção diminuindo a intensidade do HIT (DEC) realizou a ordem inversa dos estímulos realizados pelo grupo INC. No último grupo

(10)

(MIX) foram realizados os mesmos estímulos de 4 x 16min, 4 x 8min e 4 x 4min, porém, eram modificados a cada sessão de treino de forma decrescente, quando chegavam a sessão de treino 4 x 4min voltava ao 4 x 16min, diminuindo novamente a cada sessão até fechar as 12 semanas. Todos os estímulos foram realizados na intensidade “all-out”. Os estímulos foram suficientes para ter diferença positiva entre o pré e pós intervenção nos três grupos para as seguintes variáveis: MC, PP, VO² pico. Já os valores que se mantiveram inalterados pré e pós intervenção foram a testosterona livre, cortisol, IGF-1 e GH. No grupo INC e DEC obtiveram diferença significativa para potência no limiar de lactato (PLL) enquanto no grupo MIX manteve-se inalterado. Em contra partida o grupo MIX teve um aumento na testosterona total, o qual se manteve inalterado no grupo INC e DEC.

Ainda no estudo de Sylta K. et all. (2017), obteve-se aumentos na potência de pico (PP) e VO²pico para os grupos INC e DEC e MIX ao final das 12 semanas, observou-se que 70% do desenvolvimento total do VO²pico foi alcançado nas primeiras 4 semanas do primeiro bloco para INC e MIX. O grupo DEC atingiu 89% do desenvolvimento total da potência no limiar de lactato nas primeiras 4 semanas.

Segundo Costa et al. (2014), o treinamento intervalado de alta intensidade em atletas competitivos foi suficiente para mostrar melhorias de potência aeróbia máx (Pmáx), consumo de oxigênio (VO2máx), limiares fisiológicos, aumentar o tempo de exaustão e diminuir o tempo em um contra relógio de 40km no ciclismo, que se mostraram semelhantes aos resultados encontrados por Paquette (2016), Rønnestad (2014), Gunnarsson (2013) e Broatch (2019).

3 CONCLUSÃO E SUGESTÃO

Com este presente estudo de revisão, pode-se perceber a variada utilização de métodos de treinamento intervalado buscando adaptações fisiológicas e de performance sobre os ciclistas. Apesar desta variação, os métodos de TI mostraram que 2 a 5 sessões de treinamento por semana por 2 a 12 semanas foram suficientes para gerar aumento significativo da potência de pico (PP), potência média (PM), consumo máximo de oxigênio (VO²máx) e pico de consumo de oxigênio (VO² pico) na grande maioria dos estudos, além disso, no Contra relógio (CR) mostrou-se

(11)

significativamente melhor quanto ao tempo (s) como na potência média (PM) durante os testes pós intervenção comparado ao pré intervenção.

Visto a escassez de estudos encontrados nesta revisão desfrutando da frequência cardíaca, sugere-se para futuras pesquisas a utilização de protocolos de treinamento intervalado (TI) com intervalos de recuperação baseadas em variáveis mais acessíveis com a realidade prática dos atletas da modalidade, como a prescrição baseado na % da frequência cardíaca de treino, o qual leva em conta a taxa metabólica basal de cada indivíduo.

REFERÊNCIAS

ABRACICLO. Dados do setor 2020. Disponível em:

https://www.abraciclo.com.br/site/dados-do-setor-2020/. Acesso em: 16 nov. 2020 BARBANTI, V. J. Teoria e Prática do Treinamento Esportivo. São Paulo: Blucher, 1997.

BIKE REGISTRADA. Conheça 3 modalidades de ciclismo e suas diferenças. Disponível em: https://blog.bikeregistrada.com.br/conheca-3-modalidades-de-ciclismo-e-suas-diferencas/. Acesso em: 16 nov. 2020.

BROATCH, J. R. et all. Whole-body cryotherapy does not augment adaptations to high-intensity interval training. Scientific Reports, [S.L.], v. 9, n. 1, 19 ago. 2019. Springer Science and Business Media LLC. Disponível em:

https://www.nature.com/articles/s41598-019-48518-1#author-information. Acesso em: 19 out. 2020.

COSTA, V. P. et all. Efeitos do treinamento intervalado em variáveis fisiológicas e na performance de ciclistas competitivos. Revista Andaluza de Medicina del Deporte, Sevilla, v. 7, n. 2, p. 83-89, jun. 2014. Disponível em:

<http://scielo.isciii.es/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1888-75462014000200008&lng=es&nrm=iso>. Acesso em: 15 out. 2020.

COSTA, V. P.; GUGLIELMO, L. G. A.; PATON, C. D.. The effects of block training on pacing during 20-km cycling time trial. Applied Physiology, Nutrition, And

Metabolism, [S.L.], v. 42, n. 4, p. 391-398, abr. 2017. Canadian Science Publishing.

Disponível em: https://cdnsciencepub.com/doi/10.1139/apnm-2016-0072. Acesso em: 19 out. 2020.

GUETHS, M; FLOR, D. P. Os efeitos no organismo humano a longo prazo do exercício aeróbico. Revista Virtual Efartigos, Natal, v. 1, n. 18, jan. 2004.

(12)

Disponível em: http://efartigos.atspace.org/fitness/artigo18.html. Acesso em: 25 out. 2020.

GUNNARSSON, T. P. et al. Effect of intensified training on muscle ion kinetics, fatigue development, and repeated short-term performance in endurance-trained cyclists. American Journal Of Physiology-Regulatory, Integrative And

Comparative Physiology, [S.L.], v. 305, n. 7, p. 811-821, 1 out. 2013. American

Physiological Society. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23883682/. Acesso em: 22 out. 2020.

JONES, M. C. L.; MORRIS, M. G.; JAKEMAN, J. R.. Effect of Work: Rest Ratio on Cycling Performance Following Sprint Interval Training: a randomized control

trial. Journal Of Strength And Conditioning Research, [S.L.], v. 33, n. 12, p. 3263-3268, dez. 2019. Ovid Technologies (Wolters Kluwer Health). Disponível em:

https://journals.lww.com/nsca-jscr/Abstract/2019/12000/Effect_of_Work__Rest_Ratio_on_Cycling_Performance.8.a spx. Acesso em: 20 out. 2020.

NÓBREGA, A. C. L. da. O conceito de efeitos sub-agudos do exercício. Revista

Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. 20, p. 85-86, set. 2006.

Disponível em: http://citrus.uspnet.usp.br/eef/uploads/arquivo/24_Anais_p85.pdf. Acesso em: 25 out. 2020.

PAQUETTE, M. et all. Effects of submaximal and supramaximal interval training on determinants of endurance performance in endurance athletes. Scandinavian

Journal Of Medicine & Science In Sports, [S.L.], v. 27, n. 3, p. 318-326, 16 fev.

2016. Wiley Online Library. Disponível em:

https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/sms.12660. Acesso em: 20 out. 2020.

PATON, C. D; HOPKINS, W. G. Effects of High-intensity Training on Performance and Physiology of Endurance Athletes. Sportscience, Australia, p. 25-40, 2004. Disponível em: http://sportsci.org/jour/04/cdp.htm. Acesso em: 19 out. 2020. POGERE, E. Ginástica Aeróbica e Saúde: Fisiologia e Metodologia Aplicada. Paraná: Jornal de Beltrão, 1998.

RØNNESTAD, B. R. et all. Short intervals induce superior training adaptations

compared with long intervals in cyclists - An effort-matched approach. Scandinavian

Journal Of Medicine & Science In Sports, [S.L.], v. 25, n. 2, p. 143-151, 1 jan.

2014. Wiley Online Library. Disponível em:

https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/sms.12165. Acesso em: 19 out. 2020. STEVEN J. F. e WILLIAM J. K. Fundamentos do treinamento de Força muscular. Porto Alegre: ArtMed, 2017.

(13)

SYLTA, Ø. et all. Effects of High-Intensity Training on Physiological and Hormonal Adaptions in Well-Trained Cyclists, Medicine & Science in Sports & Exercise, v. 49, n. 6, p 1137-1146, Jun. 2017. American College of Sports Medicine. Disponível em:

https://journals.lww.com/acsm-msse/Fulltext/2017/06000/Effects_of_High_Intensity_Training_on.10.aspx Acesso em: 20 out. 2020.

Referências

Documentos relacionados

Table 1 – The existent Pearson correlation coefficients between the meteorological elements and the physiological variables in Aleurites fordii seedlings, where LT: leaf

dois gestores, pelo fato deles serem os mais indicados para avaliarem administrativamente a articulação entre o ensino médio e a educação profissional, bem como a estruturação

The focus of this thesis was to determine the best standard conditions to perform a laboratory-scale dynamic test able to achieve satisfactory results of the

Apesar de ser um método object-order, urna rearnostragern é feita durante a composição da imagem intermediária (simulando urna rearnostragem bilinear de

This highly sensitive approach permits identification and quantification of a wide variety of amino acid misincorporations, but does not produce a comprehensive view of

Foram encontrados poros múltiplos radiais e tangenciais, associados às faixas de parênquima , formando festões entre os raios ; raios homogêneos a fracamente heterogêneos, uni

A presente dissertação é desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Gestão e Avaliação da Educação (PPGP) do Centro de Políticas Públicas e Avaliação

nesse contexto, principalmente em relação às escolas estaduais selecionadas na pesquisa quanto ao uso dos recursos tecnológicos como instrumento de ensino e