Enbrel
® etanercepteAPRESENTAÇÃO COMERCIAL: Cartucho contendo 4 estojos, unidos 2 a 2. Cada estojo contém 1 frasco-ampola com 25mg ou 50 mg de pó liófilo injetável, 1 seringa preenchida com 1 ml de água para injeção (diluente), 1 agulha, 1 adaptador e 2 lenços umedecidos com álcool. INDICAÇÕES: Redução dos sinais e sintomas e inibição da progressão do dano estrutural em pacientes com artrite reumatóide ativa moderada a severa. Tratamento da artrite crônica juvenil em curso poliarticular em menores com idade entre 4 a 17 anos que apresentaram resposta insatisfatória a um ou mais DMARDs (drogas modificadoras do curso da doença). Redução dos sinais e sintomas em pacientes com espondilite anquilosante ativa. Inibição do dano estrutural e na redução de sinais e sintomas de pacientes com artrite psoriásica. Tratamento de pacientes adultos (18 anos ou mais) com psoríase crônica em placas moderada a severa. Pode ser usado isolado ou em associação ao metotrexato em pacientes adultos que não respondem satisfatoriamente à monoterapia com metotrexato. CONTRA-INDICAÇÕES: Hipersensibilidade ao etanercepte ou a qualquer componente da formulação do produto e em pacientes com infecção generalizada ou em risco de desenvolvê-la. O tratamento não deve ser iniciado em pacientes com infecções ativas sérias, incluindo infecções crônicas ou localizadas. PRECAUÇÕES: Foram relatadas reações alérgicas associadas à administração de Enbrel® (etanercepte). Caso ocorra alguma reação alérgica, procure seu médico
imediatamente. ADVERTÊNCIAS: Imunossupressão: existe a possibilidade das terapias anti-TNF, incluindo o Enbrel® (etanercepte), comprometerem a defesa do hospedeiro contra infecções e
doenças malignas, pois o TNF é responsável pela mediação da inflamação e pela modulação de respostas imunológicas celulares. No período pós-comercialização, vêm sendo recebidos relatos de doenças malignas em diversos órgãos. Ainda não se sabe ao certo qual o impacto do tratamento com etanercepte sobre o desenvolvimento e a progressão das doenças malignas e infecções ativas e/ou crônicas. Reações hematológicas: foram relatados casos incomuns de trombocitopenia (≥ 0,1% e < 1%), raros de pancitopenia (≥ 0,01% e < 0,1%) e muito raros de anemia aplástica (< 0,01%), dos quais alguns evoluíram para óbito, em pacientes tratados com etanercepte. Deve-se ter cuidado com pacientes que tenham história pregressa de discrasias sangüíneas. Todos os pacientes devem ser orientados a procurar aconselhamento médico imediatamente caso desenvolvam sinais e sintomas sugestivos de discrasias sangüíneas ou infecções (por ex.: febre persistente, dor de garganta, hematomas, sangramento, palidez) durante o tratamento. Se as discrasias sangüíneas forem confirmadas, etanercepte deve ser descontinuado. Formação de auto-anticorpos: o tratamento com etanercepte pode estar associado à formação de anticorpos auto-imunes (ver Reações Adversas). Vacinações: vacinas com microrganismos vivos não devem ser administradas concomitantemente a este medicamento. Se possível, atualizar as vacinações dos pacientes pediátricos de acordo com as normas locais atuais antes do início da terapia. Eventos do Sistema Nervoso Central (SNC): ocorreram relatos raros de distúrbios desmielinizantes do Sistema Nervoso Central (SNC)em pacientes tratados com Enbrel® (etanercepte), porém ainda não se sabe ao
certo qual a relação causal com o tratamento com etanercepte. Recomenda-se uma avaliação cuidadosa da relação risco/benefício ao prescrever este medicamento a pacientes com doença desmielinizante do SNC preexistente ou de início recenteou aqueles pacientes considerados como tendo um risco aumentado de desenvolver distúrbios desmielinizantes. Distúrbios cardíacos: houve relatos pós-comercialização de piora da insuficiência cardíaca congestiva (ICC), com e sem a identificação dos fatores precipitantes, em pacientes que recebem Enbrel® (etanercepte).
Embora não sejam conclusivos, os dados de um estudo clínico sugerem uma possível tendência à piora da ICC nos pacientes designados para o tratamento com etanercepte. Recomenda-se cautela ao usar este medicamento em pacientes que também sofrem de ICC. Gravidez: somente utilize Enbrel® (etanercepte) se for realmente necessário e sob estrita orientação médica. Lactação: não se sabe se etanercepte é excretado no leite materno. Como as imunoglobulinas e muitos outros medicamentos podem ser excretados no leite materno, deve-se optar entre descontinuar a amamentação ou descontinuar Enbrel® (etanercepte) durante o período de amamentação. Uso pediátrico: não há estudos sobre o uso de Enbrel® (etanercepte) em crianças com menos de 4 anos
de idade. Uso em idosos: não se recomenda ajuste posológico específico. Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas: não foram realizados estudos sobre este tipo de efeito.REAÇÕES ADVERSAS: Pacientes adultos: a proporção de descontinuação do tratamento devido a reações adversas nos estudos clínicos controlados em pacientes com artrite reumatóide foi semelhante ao grupo placebo. Reações no local da administração: em estudos clínicos controlados, os pacientes tratados com Enbrel® (etanercepte) apresentaram incidência significantemente
maior de reações no local da administração (eritema e/ou prurido, dor ou inchaço) do que os que receberam placebo. A freqüência de reações no local da administração foi maior no primeiro mês, diminuindo posteriormente. Na experiência pós-comercialização, também foram observados sangramentos e hematomas no local da administração do tratamento com Enbrel® (etanercepte).
Infecções: nos estudos controlados em pacientes com artrite reumatóide, as taxas relatadas de infecções sérias (fatais, que resultaram em risco de vida ou que necessitaram de hospitalização ou antibioticoterapia intravenosa) e não-sérias foram semelhantes para os grupos tratados com Enbrel® (etanercepte) e placebo, quando ajustadas de acordo com a duração da exposição. Infecções
do trato respiratório superior foram as infecções não-sérias mais freqüentemente relatadas. Os dados de um estudo clínico em pacientes com septicemia estabelecida sugerem que o tratamento com etanercepte pode aumentar a mortalidade nesses pacientes. Na experiência pós-comercialização, foram relatadas infecções sérias e fatais. Entre os patógenos mencionados estão bactérias, micobactérias (incluindo a da tuberculose), vírus e fungos. Os pacientes que desenvolvem uma infecção nova durante o tratamento devem ser atentamente monitorizados. A administração do medicamento deve ser descontinuada se o paciente desenvolver uma infecção séria. Reações alérgicas: em estudos clínicos, reações alérgicas foram comumente relatadas associadas à administração de Enbrel® (etanercepte). Na experiência pós-comercialização, reações alérgicas, incluindo angioedema, erupção cutânea e urticária, foram incomuns; as reações sérias têm sido
raras. Câncer: a freqüência e incidência de novas doenças malignas, observadas nos estudos clínicos com Enbrel® (etanercepte), foram semelhantes às esperadas nas populações estudadas.
Durante o período de pós-comercialização, foram recebidos relatos de doenças malignas afetando diversos locais. Formação de auto-anticorpos: em estudos controlados, houve aumento da porcentagem de pacientes que desenvolveram novos anticorpos antinucleares positivos (ANA) (≥ 1:40), novos anticorpos anti-DNA de dupla fita positivos e novos anticorpos anti-cardiolipina em comparação aos pacientes que receberam placebo. Esses pacientes não apresentaram nenhum sinal característico de uma nova doença auto-imune. Pacientes pediátricos: em geral, os eventos adversos em pacientes pediátricos apresentaram freqüência e tipo semelhantes aos observados em adultos. Os pacientes com artrite crônica juvenil tratados com Enbrel® (etanercepte) apresentaram
incidência significantemente maior de reações no local da administração (eritema e/ou prurido, dor ou inchaço) do que os pacientes tratados com placebo em estudos clínicos controlados. Infecção foi o evento adverso mais comum em pacientes pediátricos tratados com Enbrel® (etanercepte), tendo ocorrido com incidência semelhante à observada no grupo placebo. Os tipos de infecções
relatadas em pacientes com artrite crônica juvenil foram, em geral, leves e compatíveis com os freqüentemente observados em populações de pacientes pediátricos ambulatoriais. Em estudos clínicos, foram relatados dois casos de varicela com sinais e sintomas sugestivos de meningite asséptica entre os pacientes com artrite crônica juvenil tratados com etanercepte. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Em estudos clínicos envolvendo pacientes adultos com artrite reumatóide, não foram observadas interações ao se administrar Enbrel® (etanercepte) com glicocorticóides,
salicilatos, antiinflamatórios não-esteróides (AINEs), analgésicos ou metotrexato. O metotrexato não altera a farmacocinética de Enbrel® (etanercepte). Evitar o uso associado de Enbrel® (etanercepte)
e anakinra, pois ocorre risco aumentado de infecções sérias e neutropenia. Pacientes que usavam sulfassalazina com dose estabelecida na qual acrescentou-se etanercepte, apresentaram diminuição da contagem média de leucócitos, quando comparado aos medicamentos utilizados isoladamente. POSOLOGIA: Uso em adultos (com 18 anos ou mais): Artrite Reumatóide, Espondilite Anquilosante e Artrite Psoriásica: a dose recomendada é de 50 mg de Enbrel® (etanercepte) por semana (em uma injeção subcutânea utilizando uma seringa de 50 mg ou em duas injeções subcutâneas de 25
mg administradas no mesmo dia, em locais separados ou com 3 ou 4 dias de intervalo) Psoríase em Placas: A dose de Enbrel® (etanercepte) é de 50 mg por semana (em uma injeção subcutânea
utilizando uma seringa de 50 mg ou em duas injeções subcutâneas de 25 mg administradas no mesmo dia, em locais separados ou com 3 a 4 dias de intervalo). Respostas maiores podem ser obtidas com tratamento inicial por até 12 semanas com a dose de 50 mg duas vezes por semana. Uso em menores (> 4 e < 18 anos): A dose recomendada para pacientes pediátricos com ACJ poliarticular é de 0,8 mg/kg de Enbrel® (etanercepte) por semana (até o máximo de 50 mg por semana). A dose permitida em um único local de aplicação em pacientes pediátricos é de 25 mg.
Portanto, para pacientes pediátricos com mais de 31 kg, a dose semanal total deve ser administrada em uma injeção subcutânea utilizando uma seringa de 50 mg ou em duas injeções subcutâneas de 25 mg administradas no mesmo dia,em locais separados ou com 3 a 4 dias de intervalo. Enbrel® (etanercepte) não foi estudado em crianças com menos de 4 anos de idade. Uso em pacientes
idosos e em pacientes com insuficiência renal e hepática: Não é necessário ajuste de dose. Modo de administração: deve ser administrado por via subcutânea na coxa, abdômen ou braço. Alternar os locais de administração. A cada nova aplicação, usar um local diferente a, pelo menos, 3 cm de um local anterior. NÃO aplicar a injeção em áreas em que a pele estiver sensível, com hematoma, avermelhada ou endurecida. Na ausência de estudos de incompatibilidade, Enbrel® (etanercepte) não deve ser misturado a outros medicamentos. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Registro MS - 1.2110.0206 Informações adicionais disponíveis aos profissionais de saúde mediante solicitação: Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.– Rua Dr. Renato Paes de Barros, 1017 – 10o andar
– Itaim Bibi, São Paulo – CEP 04530-001. Para informações completas, consultar a bula do produto. ENB0206CDS11 Referências Bibliográficas: 1. Furst DE, Wallis R, Broder M, et al. Tumos necrosis factor antagonists: different kinetics and/or mechanisms of action may explain differences in the risk for developing granulomatous infection. Semin Arthritis Rheum 2006;36:159-67. 2. Cohen PL. In: Fundamental Immunology. Willian PE. Lippincolt-Rave 4th ed. Chapter 33:1067-88. 3. Grillo-López. Ritunimab (Ritunan®/Mabthera®), the first decade (1993-2003). Expert Rer Anticancer Ther
2003;3(6):767-79. 4. Schottelius AJG, Moldawer LL, Dinarello CA, et al. Biology of tumor necrosis factor-α – implications for psoriasis. Exp Dermatol 2004;13:193-222.
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“Os conceitos aqui emitidos são de responsabilidade de seu(s) autor(es) e não refletem, necessariamente, a opinião de Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.” “Direitos reservados - é proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização de Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.”
“Esta é uma publicação técnico-científica para distribuição exclusiva para a classe medica.”
“A Segmento Farma possui autorização dos pacientes fotografados para a reprodução de suas imagens neste material científico para a classe médica.”
fascículo 2
Sumário
Artropatias enteropáticas ...2
Espondilite anquilosante ...2
Artropatia psoriática ...7
R
OGER
A. L
EVY
Professor-adjunto de reumatologia da Universidade
Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)
E
VANDRO
M. K
LUMB
Mestre em medicina, reumatologista-assistente
da disciplina de reumatologia da UERJ
S
UELI
C. S. C
ARNEIRO
Professora-adjunta de dermatologia da UERJ
V
ERONICA
V
ILELA
Médica da disciplina de reumatologia da UERJ
E
LISA
M. N. A
LBUQUERQUE
Professora-assistente de reumatologia da UERJ
G
ERALDO
R. C. P
INHEIRO
Professor-adjunto de reumatologia da UERJ
Atlas Ilustrado
Editorial
O grupo de doenças denominado de espondiloartropatias soronegativas (EASN) tem aspectos clínicos, fisiopatológicos
e genéticos comuns.
Nas artropatias relacionadas às doenças inflamatórias intestinais (retocolite ulcerativa e doença de Crohn), o
envol-vimento articular ocorre em média em 10% a 20% dos pacientes e pode ter apresentação monoarticular, ou acometimento
múltiplo expresso por poliartrite, habitualmente de grandes articulações, tipicamente assimétrico e associado à inflamação
das ênteses (periartrite). As queixas musculoesqueléticas podem surgir antes de qualquer alteração do trânsito intestinal.
As manifestações cutâneo-mucosas são muito freqüentes e incluem as lesões aftosas orais, pioderma gangrenoso, eritema
nodoso e uveíte.
A espondilite anquilosante representa o paradigma das EASN, em que o envolvimento do esqueleto axial é elemento
principal, mas onde as manifestações periféricas e mesmo extra-articulares podem ser grande fator de limitação funcional.
Dentre todas, é a que mais fortemente se relaciona com a presença do haplótipo B27 do Complexo Principal de
Histocom-patibilidade (HLA) de classe I, estando presente em cerca de 95% dos pacientes.
A artrite psoriática é a de maior prevalência entre as EASN e está presente em cerca de 10% dos pacientes com
pso-ríase cutânea, que acomete 1% a 3% da população. Esses pacientes apresentam classicamente as formas mais agressivas
de doença articular e manifestações articulares surgindo antes mesmo de qualquer lesão cutânea, quando se torna maior
o desafio do médico na busca de diagnóstico exato. O envolvimento ungueal é muitas vezes exuberante.
O subgrupo classificado como artrite reativa (previamente síndrome de Reiter – denominação que caiu em desuso)
apresenta reação cruzada (mimetismo molecular), entre antígenos de agentes infecciosos e próprios do indivíduo,
apresen-tando manifestações articulares distintas, mais habitualmente oligoartrites assimétricas, acompanhadas do envolvimento
de ênteses, pele, olhos e esqueleto axial, com sacroileíte e cervicolombalgia inflamatórias.
Nosso objetivo principal é reforçar o conceito de envolvimento sistêmico em doenças cujas queixas mais importantes
se expressam no sistema musculoesquelético.
2
Atlas Ilustrado
Artropatias enteropáticas
Doença de Crohn – lesão
aftosa oral
Mulher com 34 anos, apresentando
oligoartrite acometendo o tornozelo
esquerdo e o joelho direito, acompanhada
de calcaneodinia e de lesão aftosa oral,
localizada no palato mole à esquerda (seta).
A biópsia de cólon confirmou o diagnóstico
de Doença de Crohn.
Outro grupo de pacientes portadores das
doenças inflamatórias intestinais desenvolve manifestações essencialmente axiais,
expressas como cervicalgia e/ou lombalgia inflamatória, desencadeada a sacroileíte
e/ou espondilite.
Luxação atlanto-axial anterior
Homem com 34 anos e diagnóstico de
espondilite anquilosante (EA) há 15 anos.
Desenvolveu cervicalgia refratária,
acompanhada de fraqueza nos membros
superiores, hiper-reflexia e distúrbios de
sensibilidade. As radiografias da coluna
cervical em perfil, em flexão, neutra e em
extensão confirmaram afastamento de 34 mm
entre a face anterior do processo odontóide e o arco posterior do atlas, característico da
luxação anterior da articulação atlantoaxial, complicação grave da EA. Observe ainda
a osteopenia difusa e anquilose de toda a coluna vertebral.
Espondilite cervical
Homem com 35 anos e manifestações
relacionadas à EA há 13 anos, apresentando
projeção anterior da cabeça, secundária ao
acometimento cervical inflamatório.
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Atlas Ilustrado
Espondilite anquilosante
Espondilite cervical – medida
occipto-parede
O mesmo paciente da figura anterior sendo
submetido à medida da distância
occipto-parede. Esta medida é feita com o paciente
impondo esforço máximo para tentar
encostar a nuca na parede. Neste caso,
a distância observada foi de 23 cm,
demonstrando limitação severa imposta
pela doença.
Raio X em perfil de paciente
com fasciite plantar e tendinite
de Aquiles
Homem com o diagnóstico de EA há 12
anos, apresentando entesopatia expressa
por calcaneodinia e tendinite de Aquiles de
repetição. Nesta radiografia, observamos
calcificação da área de inserção da fáscia
plantar no calcâneo e áreas de erosão e
esclerose no sítio de inserção do tendão de
Aquiles, aspectos radiológicos clássicos das
artropatias soronegativas.
Sacroileíte grau II
Homem com 28 anos, apresentando
lombalgia de caráter inflamatório
há cerca de dois anos. Ao raio X
simples na incidência de Fergusson,
apresenta espaços articulares
preservados, com esclerose do
osso subcondral caracterizando a
sacroileíte grau II, que é encontrada
nas fases iniciais de EA.
4
Atlas Ilustrado
Espondilite anquilosante
Raio X panorâmico de bacia de
paciente com sacroileíte e erosões
isquiopubianas
Homem com EA há 21 anos, apresentando
sacro-ileíte grau IV (anquilose) bilateral, associada a áreas
de erosão nos ramos isquiopubianos secundárias a
entesites de repetição, ambas típicas da EA. Nas
fases iniciais, observa-se que as erosões tendem a
ser mais precoces na face ileal, cuja espessura da
cartilagem hialina é menor que a da face sacral.
Tendinite de Aquiles
Homem com EA e 53 anos, apresentando
acometimento inflamatório do tendão de Aquiles
esquerdo, com curso crônico recidivante, associado
a lombalgia e cervicalgia inflamatórias.
Teste de Schober
Várias manobras semiológicas foram descritas para
avaliação da mobilidade da coluna. A mais utilizada e com
maior acurácia é o teste de Schober modificado. A manobra
consiste em marcar uma linha perpendicular de 10 cm a
partir do ponto médio das espinhas ilíacas superiores, com
o paciente de pé. Ao flexionar a coluna como se fosse
encostar os dedos no chão, espera-se que essa distância
de 10 cm se estenda entre 16 e 22 cm em indivíduos sem
limitação da coluna. Naqueles com EA, essa extensão é
bem menor e pode chegar de 1 a 2 cm em indivíduos com
doença importante.
5
Atlas Ilustrado
Espondilite anquilosante
EA – Posição de esquiador
O comprometimento difuso da coluna com sacroileíte
e espondilite induz a postura chamada “posição de
esquiador”, observada na imagem ao lado.
Família com EA
Nesta família, o pai, atualmente com
35 anos, e os três filhos, com 16, 13
e 12 anos, apresentaram-se com
lombalgia de caráter inflamatório nos
últimos quatro anos. O pai e o filho
com 16 anos apresentaram hiperemia
em ambos os olhos, diagnosticada
como ceratite. O menor, com 13 anos,
permaneceu internado por dois meses com oligoartrite exuberante,
refratária aos tratamentos convencionais que o impedia de deambular,
com perda ponderal de 10 kg.
6
Atlas Ilustrado
Espondilite anquilosante
Dificuldade e limitação da flexão lateral
da coluna
Paciente aos 29 anos, com diagnóstico de EA aos 21 anos
de idade, com HLA B-27 presente e sacroileíte ao exame
radiológico. Atualmente, ao exame físico, apresenta dor e
dificuldade de lateralização da coluna lombar com limitação
do arco de movimento. Inicialmente, aos 13 anos de idade,
apresentou episódios intercorrentes de calcaneodinia, tendo
sido imobilizado várias vezes. A medida da limitação da
flexão lateral da coluna é feita anotando-se a distância na flexão contralateral de uma linha
no plano médio da axila de 20 cm de comprimento com o ponto superior no apêndice
xifóide. Em um indivíduo sem limitação do movimento, espera-se observar uma extensão
entre 25 e 32 cm, enquanto que em um indivíduo com EA, o incremento da distância
encontrado é de apenas 2 a 3 cm ou menos.
Retificação da lordose lombar
O mesmo paciente da foto anterior, com boa mobilidade,
mas com o teste de Schober de 3 cm e retificação da
lordose lombar natural. Este paciente apresenta as
características clínicas compatíveis com o envolvimento
da coluna na EA: 1) início dos sintomas antes dos
40 anos; 2) quadro insidioso; 3) duração maior que três meses; 4) rigidez matinal
associada e 5) melhora com exercício. Este paciente pratica natação quatro vezes por
semana e recentemente vem apresentando intolerância à indometacina, com sintomas
neurológicos e efeitos gástricos indesejáveis com o uso da fenilbutazona.
Dificuldade e limitação da torção do corpo
O paciente, com 44 anos e queixas compatíveis com EA há
20 anos, apresenta, além das manobras de Schober e flexão
lateral alteradas, uma dificuldade importante de limitação
da torção do corpo. Note-se que o paciente não tem quase
nenhuma mobilidade da coluna, que parece um “bloco único”.
7
Atlas Ilustrado
Espondilite anquilosante
Seqüelas de EA com 30 anos de evolução
Paciente com 46 anos de idade, com alterações
importantes da postura por anquilose difusa da coluna,
acarretando extrema dificuldade de manutenção da
linearidade do olhar. Apesar da limitação, o paciente
permanece ativo, trabalhando em seu próprio
escritório como contador. As queixas de lombalgia
iniciaram-se aos 17 anos, e o diagnóstico de EA foi
estabelecido aos 22 anos. O paciente vive com prótese
bilateral das articulações coxo-femorais há 17 anos.
Psoríase com artrite
das interfalangeanas
distais (IFD)
Homem com 29 anos, apresentando
artrite da terceira e quarta IFD
direitas e quinta IFD esquerda,
expressão clínica clássica da
artropatia psoriática. Observe
que também há acometimento (menos intenso, entretanto) da segunda
metacarpofalangeana (MCF) esquerda, quinta IFP direita e terceira IFP esquerda.
Psoríase com artrite
assimétrica em mãos
Mulher com psoríase em placas,
apresentando artrite assimétrica, que
é a forma clínica mais comum de
apresentação da artropatia psoriática.
Observe a artrite da terceira e quarta IFP
direitas, terceira IFP esquerda, terceira
IFD direita e quinta IFD direita (com a
deformidade em “martelo”).
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Atlas Ilustrado
Artropatia psoriática
Artropatia psoriática
reumatóide símile
Homem com 19 anos, apresentando
poliartrite simétrica envolvendo
pequenas e grandes articulações dos
membros superiores e inferiores,
com exuberante proliferação
sinovial, erosões marginais,
luxações e subluxações em punhos,
MCF, IFP e IFD.
Artropatia psoriática reumatóide
símile – detalhe
O mesmo paciente da figura anterior, em detalhe,
no qual evidenciamos artrite do punho com
hipertrofia da sinovial na região paraulnar,
atrofia dos interósseos, luxação da segunda,
terceira, quarta e quinta MCF e deformidade em
“botoneira” do terceiro e quarto quirodáctilos,
associadas às lesões cutâneas de psoríase.
Psoríase pustulosa com artrite
das metatarsofalangeanas
(MTF) e dactilite
Paciente com psoríase pustulosa e
oligoartrite assimétrica. Apresenta
artrite da terceira e quarta MTF
esquerdas e acometimento inflamatório
articular e periarticular (entesopatia)
do quarto pododáctilo direito,
determinando o aspecto de “dedo em salsicha”,
encontrado nas espondiloartropatias soronegativas.
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Atlas Ilustrado
Artropatia psoriática
Psoríase com acometimento
ungueal e artrite das
metatarsofalangeanas
(MTF) e dactilite
Mulher com 28 anos, apresentando
acometimento ungueal exuberante,
com oligoartrite assimétrica,
acometendo as articulações metatarsofalangeanas e, difusamente, o terceiro
pododáctilo esquerdo e segundo e quarto pododáctilos direitos, com
envolvimento inflamatório articular e periarticular (entesopatia), determinando
o aspecto de “dedo em salsicha”.
Psoríase ungueal e artrite
de MCF e IFP
Mulher com 28 anos, com
acometimento exuberante das unhas
e artrite da segunda MCF, terceira IFP
e primeira IF direitas e terceira IFP
esquerda. Nesta paciente, a intensidade
das manifestações articulares tem
acompanhado a do comprometimento
ungueal, característica observada com
alta freqüência nesta enfermidade.
Psoríase ungueal
e artrite de MCF e IFP
pós-tratamento
Nesta figura, observamos a mesma
paciente do quadro anterior após
quatro meses de tratamento.
10
Atlas Ilustrado
Artropatia psoriática
Raio X de paciente com psoríase e
artrite mutilante
Raio X em atropatia psoriática dos pés de
um paciente com psoríase de longa evolução,
apresentando poliartrite destrutiva acometendo
difusamente as articulações do tarso, MTF e IF
dos pododáctilos. Observe-se o aspecto clássico
denominado “lápis na taça” (pencil in cup),
decorrente de osteólise do segmento distal
da falange, associada à remodelação óssea
com alargamento da extremidade proximal da
falange distal.
Espondilopsoríase
Homem com 42 anos e psoríase
cutânea desde a adolescência,
apresentando envolvimento
axial com postura de esquiador,
característica da EA. Esta é a forma
denominada de espondilopsoríase.
Acometimento de
interfalangeana distal na
artropatia psoriática
Paciente com artrite psoriática de longa
data, atualmente sem lesões cutâneas e
sem artrite ativa. No entanto, apresenta
deformidade em interfalangeana distal com anquilose que a impede de estender a
articulação. A artrite envolvendo as interfalangeanas distais com erosão ao raio X
é um dado importante no diagnóstico diferencial com artrite reumatóide, que poupa
as interfalangeanas distais.
11
Atlas Ilustrado
Artropatia psoriática
Artrite psoriática em pés
Artropatia grave de ambos os pés
com deformidades e desalinhamento
importantes. Destacamos o desvio dos
primeiros pododáctilos, relacionado
à artropatia erosiva característica
da artrite psoriática.
Balanite circinada
A balanite circinada é uma das lesões
mucocutâneas descritas na artrite reativa. Pode
ocorrer tanto nas formas endêmicas, secundárias
a infecções urogenitais, como nas formas
epidêmicas, ou seja, nos casos desencadeados por
infecções do trato digestivo, inclusive em crianças.
As lesões são habitualmente indolores
e podem passar despercebidas. Podem ser únicas
ou múltiplas e localizam-se próximas ao meato
uretral ou no sulco balanoprepucial, como no
caso ao lado.
Ceratodermia blenorrágica (CB)
com lesões múltiplas
Mulher com 58 anos, apresentando artrite
reativa expressa com poliartrite
assimétrica, acompanhada de lesões
cutâneas hiperceratóticas. Estas iniciam-se
habitualmente com vesículas circundadas por
área de eritema e evoluem para pápulas com
graus variáveis de hiperceratose. As lesões cutâneas, na maioria dos casos,
não guardam relação com a atividade das manifestações articulares.
Ceratodermia blenorrágica
com lesões plantares
Paciente com 17 anos, apresentando poliartrite
assimétrica com envolvimento axial difuso
e lesões cutâneas, características da CB na região
retrocalcânea e plantar, ambas manifestações que
constituem elementos clássicos e úteis para o
diagnóstico da síndrome. As lesões são
caracteristicamente indolores e evoluem sem deixar
cicatriz, sendo que as alterações histopatológicas
podem ser idênticas às da psoríase.
Ceratodermia blenorrágica com lesões
descamativas plantares
Paciente do sexo masculino com 32 anos e
ceratodermia blenorrágica, acompanhada
de oligoartrite e entesites, apresentando lesões
descamativas em região plantar que, como as da
figura anterior, têm semelhança histopatológica
às lesões encontradas na psoríase.
Episclerite na artrite reativa
Homem com 42 anos, apresentando oligoartrite
assimétrica, acometendo tornozelos e joelhos,
associada a fasciite plantar e sacroileíte direita.
Evoluiu com o desenvolvimento de hiperemia
ocular em faixa, à direita, de curso intermitente,
cuja avaliação com lâmpada de fenda confirmou
o diagnóstico de episclerite. As lesões oculares
também podem ocorrer sob a forma de conjuntivite, ceratite e uveíte,
geralmente sem deixar seqüela e com curso autolimitado.
SEGMENTO
FARMA
Rua Cunha Gago, 412, 2º andar, cj. 21, Pinheiros – 05421-001 – São Paulo, SP. Fone/fax: 11 3039-5669. www.segmentofarma.com.br – e-mail: segmentofarma@segmentofarma.com.br Diretor geral: Idelcio D. Patricio Diretor executivo: Jorge Rangel Diretor editorial: Maurício Domingues Coordenadora editorial: Angela Helena Viel Assistente editorial: Tatiana Daré Diagramação: Miguel Luis Escamez Simon Revisão: Maria Grazia Ficher e Michel Kahan Apt Produção gráfica: Francisco Eugênio Fuentes e Fabio Rangel Gerente de negócios: Aldo Vianna de Lima, Luciene Cervantes, Mauricio Luciano, Renato Almeida, Valéria Santos Silva Cód. da publicação: 0206.07.04Atlas Ilustrado
Artrite reativa
Enbrel
® etanercepteAPRESENTAÇÃO COMERCIAL: Cartucho contendo 4 estojos, unidos 2 a 2. Cada estojo contém 1 frasco-ampola com 25mg ou 50 mg de pó liófilo injetável, 1 seringa preenchida com 1 ml de água para injeção (diluente), 1 agulha, 1 adaptador e 2 lenços umedecidos com álcool. INDICAÇÕES: Redução dos sinais e sintomas e inibição da progressão do dano estrutural em pacientes com artrite reumatóide ativa moderada a severa. Tratamento da artrite crônica juvenil em curso poliarticular em menores com idade entre 4 a 17 anos que apresentaram resposta insatisfatória a um ou mais DMARDs (drogas modificadoras do curso da doença). Redução dos sinais e sintomas em pacientes com espondilite anquilosante ativa. Inibição do dano estrutural e na redução de sinais e sintomas de pacientes com artrite psoriásica. Tratamento de pacientes adultos (18 anos ou mais) com psoríase crônica em placas moderada a severa. Pode ser usado isolado ou em associação ao metotrexato em pacientes adultos que não respondem satisfatoriamente à monoterapia com metotrexato. CONTRA-INDICAÇÕES: Hipersensibilidade ao etanercepte ou a qualquer componente da formulação do produto e em pacientes com infecção generalizada ou em risco de desenvolvê-la. O tratamento não deve ser iniciado em pacientes com infecções ativas sérias, incluindo infecções crônicas ou localizadas. PRECAUÇÕES: Foram relatadas reações alérgicas associadas à administração de Enbrel® (etanercepte). Caso ocorra alguma reação alérgica, procure seu médico
imediatamente. ADVERTÊNCIAS: Imunossupressão: existe a possibilidade das terapias anti-TNF, incluindo o Enbrel® (etanercepte), comprometerem a defesa do hospedeiro contra infecções e
doenças malignas, pois o TNF é responsável pela mediação da inflamação e pela modulação de respostas imunológicas celulares. No período pós-comercialização, vêm sendo recebidos relatos de doenças malignas em diversos órgãos. Ainda não se sabe ao certo qual o impacto do tratamento com etanercepte sobre o desenvolvimento e a progressão das doenças malignas e infecções ativas e/ou crônicas. Reações hematológicas: foram relatados casos incomuns de trombocitopenia (≥ 0,1% e < 1%), raros de pancitopenia (≥ 0,01% e < 0,1%) e muito raros de anemia aplástica (< 0,01%), dos quais alguns evoluíram para óbito, em pacientes tratados com etanercepte. Deve-se ter cuidado com pacientes que tenham história pregressa de discrasias sangüíneas. Todos os pacientes devem ser orientados a procurar aconselhamento médico imediatamente caso desenvolvam sinais e sintomas sugestivos de discrasias sangüíneas ou infecções (por ex.: febre persistente, dor de garganta, hematomas, sangramento, palidez) durante o tratamento. Se as discrasias sangüíneas forem confirmadas, etanercepte deve ser descontinuado. Formação de auto-anticorpos: o tratamento com etanercepte pode estar associado à formação de anticorpos auto-imunes (ver Reações Adversas). Vacinações: vacinas com microrganismos vivos não devem ser administradas concomitantemente a este medicamento. Se possível, atualizar as vacinações dos pacientes pediátricos de acordo com as normas locais atuais antes do início da terapia. Eventos do Sistema Nervoso Central (SNC): ocorreram relatos raros de distúrbios desmielinizantes do Sistema Nervoso Central (SNC)em pacientes tratados com Enbrel® (etanercepte), porém ainda não se sabe ao
certo qual a relação causal com o tratamento com etanercepte. Recomenda-se uma avaliação cuidadosa da relação risco/benefício ao prescrever este medicamento a pacientes com doença desmielinizante do SNC preexistente ou de início recenteou aqueles pacientes considerados como tendo um risco aumentado de desenvolver distúrbios desmielinizantes. Distúrbios cardíacos: houve relatos pós-comercialização de piora da insuficiência cardíaca congestiva (ICC), com e sem a identificação dos fatores precipitantes, em pacientes que recebem Enbrel® (etanercepte).
Embora não sejam conclusivos, os dados de um estudo clínico sugerem uma possível tendência à piora da ICC nos pacientes designados para o tratamento com etanercepte. Recomenda-se cautela ao usar este medicamento em pacientes que também sofrem de ICC. Gravidez: somente utilize Enbrel® (etanercepte) se for realmente necessário e sob estrita orientação médica. Lactação: não se sabe se etanercepte é excretado no leite materno. Como as imunoglobulinas e muitos outros medicamentos podem ser excretados no leite materno, deve-se optar entre descontinuar a amamentação ou descontinuar Enbrel® (etanercepte) durante o período de amamentação. Uso pediátrico: não há estudos sobre o uso de Enbrel® (etanercepte) em crianças com menos de 4 anos
de idade. Uso em idosos: não se recomenda ajuste posológico específico. Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas: não foram realizados estudos sobre este tipo de efeito.REAÇÕES ADVERSAS: Pacientes adultos: a proporção de descontinuação do tratamento devido a reações adversas nos estudos clínicos controlados em pacientes com artrite reumatóide foi semelhante ao grupo placebo. Reações no local da administração: em estudos clínicos controlados, os pacientes tratados com Enbrel® (etanercepte) apresentaram incidência significantemente
maior de reações no local da administração (eritema e/ou prurido, dor ou inchaço) do que os que receberam placebo. A freqüência de reações no local da administração foi maior no primeiro mês, diminuindo posteriormente. Na experiência pós-comercialização, também foram observados sangramentos e hematomas no local da administração do tratamento com Enbrel® (etanercepte).
Infecções: nos estudos controlados em pacientes com artrite reumatóide, as taxas relatadas de infecções sérias (fatais, que resultaram em risco de vida ou que necessitaram de hospitalização ou antibioticoterapia intravenosa) e não-sérias foram semelhantes para os grupos tratados com Enbrel® (etanercepte) e placebo, quando ajustadas de acordo com a duração da exposição. Infecções
do trato respiratório superior foram as infecções não-sérias mais freqüentemente relatadas. Os dados de um estudo clínico em pacientes com septicemia estabelecida sugerem que o tratamento com etanercepte pode aumentar a mortalidade nesses pacientes. Na experiência pós-comercialização, foram relatadas infecções sérias e fatais. Entre os patógenos mencionados estão bactérias, micobactérias (incluindo a da tuberculose), vírus e fungos. Os pacientes que desenvolvem uma infecção nova durante o tratamento devem ser atentamente monitorizados. A administração do medicamento deve ser descontinuada se o paciente desenvolver uma infecção séria. Reações alérgicas: em estudos clínicos, reações alérgicas foram comumente relatadas associadas à administração de Enbrel® (etanercepte). Na experiência pós-comercialização, reações alérgicas, incluindo angioedema, erupção cutânea e urticária, foram incomuns; as reações sérias têm sido
raras. Câncer: a freqüência e incidência de novas doenças malignas, observadas nos estudos clínicos com Enbrel® (etanercepte), foram semelhantes às esperadas nas populações estudadas.
Durante o período de pós-comercialização, foram recebidos relatos de doenças malignas afetando diversos locais. Formação de auto-anticorpos: em estudos controlados, houve aumento da porcentagem de pacientes que desenvolveram novos anticorpos antinucleares positivos (ANA) (≥ 1:40), novos anticorpos anti-DNA de dupla fita positivos e novos anticorpos anti-cardiolipina em comparação aos pacientes que receberam placebo. Esses pacientes não apresentaram nenhum sinal característico de uma nova doença auto-imune. Pacientes pediátricos: em geral, os eventos adversos em pacientes pediátricos apresentaram freqüência e tipo semelhantes aos observados em adultos. Os pacientes com artrite crônica juvenil tratados com Enbrel® (etanercepte) apresentaram
incidência significantemente maior de reações no local da administração (eritema e/ou prurido, dor ou inchaço) do que os pacientes tratados com placebo em estudos clínicos controlados. Infecção foi o evento adverso mais comum em pacientes pediátricos tratados com Enbrel® (etanercepte), tendo ocorrido com incidência semelhante à observada no grupo placebo. Os tipos de infecções
relatadas em pacientes com artrite crônica juvenil foram, em geral, leves e compatíveis com os freqüentemente observados em populações de pacientes pediátricos ambulatoriais. Em estudos clínicos, foram relatados dois casos de varicela com sinais e sintomas sugestivos de meningite asséptica entre os pacientes com artrite crônica juvenil tratados com etanercepte. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: Em estudos clínicos envolvendo pacientes adultos com artrite reumatóide, não foram observadas interações ao se administrar Enbrel® (etanercepte) com glicocorticóides,
salicilatos, antiinflamatórios não-esteróides (AINEs), analgésicos ou metotrexato. O metotrexato não altera a farmacocinética de Enbrel® (etanercepte). Evitar o uso associado de Enbrel® (etanercepte)
e anakinra, pois ocorre risco aumentado de infecções sérias e neutropenia. Pacientes que usavam sulfassalazina com dose estabelecida na qual acrescentou-se etanercepte, apresentaram diminuição da contagem média de leucócitos, quando comparado aos medicamentos utilizados isoladamente. POSOLOGIA: Uso em adultos (com 18 anos ou mais): Artrite Reumatóide, Espondilite Anquilosante e Artrite Psoriásica: a dose recomendada é de 50 mg de Enbrel® (etanercepte) por semana (em uma injeção subcutânea utilizando uma seringa de 50 mg ou em duas injeções subcutâneas de 25
mg administradas no mesmo dia, em locais separados ou com 3 ou 4 dias de intervalo) Psoríase em Placas: A dose de Enbrel® (etanercepte) é de 50 mg por semana (em uma injeção subcutânea
utilizando uma seringa de 50 mg ou em duas injeções subcutâneas de 25 mg administradas no mesmo dia, em locais separados ou com 3 a 4 dias de intervalo). Respostas maiores podem ser obtidas com tratamento inicial por até 12 semanas com a dose de 50 mg duas vezes por semana. Uso em menores (> 4 e < 18 anos): A dose recomendada para pacientes pediátricos com ACJ poliarticular é de 0,8 mg/kg de Enbrel® (etanercepte) por semana (até o máximo de 50 mg por semana). A dose permitida em um único local de aplicação em pacientes pediátricos é de 25 mg.
Portanto, para pacientes pediátricos com mais de 31 kg, a dose semanal total deve ser administrada em uma injeção subcutânea utilizando uma seringa de 50 mg ou em duas injeções subcutâneas de 25 mg administradas no mesmo dia,em locais separados ou com 3 a 4 dias de intervalo. Enbrel® (etanercepte) não foi estudado em crianças com menos de 4 anos de idade. Uso em pacientes
idosos e em pacientes com insuficiência renal e hepática: Não é necessário ajuste de dose. Modo de administração: deve ser administrado por via subcutânea na coxa, abdômen ou braço. Alternar os locais de administração. A cada nova aplicação, usar um local diferente a, pelo menos, 3 cm de um local anterior. NÃO aplicar a injeção em áreas em que a pele estiver sensível, com hematoma, avermelhada ou endurecida. Na ausência de estudos de incompatibilidade, Enbrel® (etanercepte) não deve ser misturado a outros medicamentos. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA
Registro MS - 1.2110.0206 Informações adicionais disponíveis aos profissionais de saúde mediante solicitação: Wyeth Indústria Farmacêutica Ltda.– Rua Dr. Renato Paes de Barros, 1017 – 10o andar
– Itaim Bibi, São Paulo – CEP 04530-001. Para informações completas, consultar a bula do produto. ENB0206CDS11 Referências Bibliográficas: 1. Furst DE, Wallis R, Broder M, et al. Tumos necrosis factor antagonists: different kinetics and/or mechanisms of action may explain differences in the risk for developing granulomatous infection. Semin Arthritis Rheum 2006;36:159-67. 2. Cohen PL. In: Fundamental Immunology. Willian PE. Lippincolt-Rave 4th ed. Chapter 33:1067-88. 3. Grillo-López. Ritunimab (Ritunan®/Mabthera®), the first decade (1993-2003). Expert Rer Anticancer Ther
2003;3(6):767-79. 4. Schottelius AJG, Moldawer LL, Dinarello CA, et al. Biology of tumor necrosis factor-α – implications for psoriasis. Exp Dermatol 2004;13:193-222.
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“Esta é uma publicação técnico-científica para distribuição exclusiva para a classe medica.”
“A Segmento Farma possui autorização dos pacientes fotografados para a reprodução de suas imagens neste material científico para a classe médica.”
fascículo 3
Sumário
Osteoartrite de mãos ...3
Osteoartrite de joelhos ...6
Osteoartrite de ombro ...9
Osteoartrite de quadril ...10
Osteoartrite de tornozelo ...12
Lombalgia ...13
Lombalgia e cervicalgia ...13
Espondiloartropatias soronegativas ...16
Editorial
Osteoartrite
A artrose (termo clássico de origem européia) ou osteoartrite (OA), como é denominada mais freqüentemente
nos Estados Unidos, é o termo adotado pela Sociedade Brasileira de Reumatologia. A OA foi considerada até
há alguns anos como decorrente da simples degeneração ou “desgaste” das estruturas articulares. Estudos mais
recentes têm demonstrado que um processo inflamatório também contribui para o desenvolvimento das alterações
específicas da OA.
Esta é a doença reumatológica mais freqüente na prática clínica, sendo responsável por cerca de um terço das
consultas de reumatologia. Apesar de não modificar significativamente a mortalidade, é uma causa freqüente de
morbidade, mormente na população idosa. Estudos nacionais estimam a prevalência da OA, com manifestações
clínicas, em cerca de 16% da população (28 milhões de indivíduos), com discreto predomínio no sexo feminino.
Acima dos 55 anos, 80% das pessoas apresentam sinais radiológicos da OA, e após 65 anos, 30% dos indivíduos
apresentarão queixas clínicas de OA. Dados estatísticos da seguridade social no Brasil apontam a OA como
res-ponsável por 7,5% de todos os afastamentos de trabalho e a quarta causa de aposentadoria por doença. As formas
clínicas com acometimento das mãos e joelhos são mais comuns nas mulheres, enquanto as de quadril (em geral
menos freqüente), nos homens. Os nódulos de Heberden são dez vezes mais freqüentes no sexo feminino e têm
uma forte hereditariedade familiar. Estudos norte-americanos evidenciaram maior prevalência em negros do que
em caucasianos.
R
OGER
A. L
EVY
Professor-adjunto de reumatologia da Universidade
Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)
E
VANDRO
M. K
LUMB
Mestre em medicina, reumatologista-assistente
da disciplina de reumatologia da UERJ
S
UELI
C. S. C
ARNEIRO
Professora-adjunta de dermatologia da UERJ
E
LISA
M. N. A
LBUQUERQUE
Professora-assistente de reumatologia da UERJ
M
ARCELO
S
ADOCK
DE
S
Á
G
ABETTO
Radiologista da Rede D’Or-Labs do Rio de Janeiro
Apesar da existência de formas primárias e secundárias, podemos identificar um conjunto homogêneo de
mecanismos fisiopatológicos, características clínicas, histopatológicas e radiológicas que permitem classificar a
OA como uma única doença e que será um dos temas deste terceiro volume do Atlas Ilustrado de Reumatologia.
Os elementos que agrupam as diferentes formas clínicas incluem a degeneração da cartilagem hialina e
fibro-cartilagem, esclerose do osso subcondral acompanhada freqüentemente de eburnização ou crescimento ósseo
na forma de osteofitos, geralmente com mínima reação inflamatória local e caracteristicamente sem qualquer
manifestação sistêmica associada. A doença acomete não só a cartilagem, mas todos os componentes da
articu-lação, incluindo o osso subcondral, ligamentos, cápsula, membrana sinovial e músculos periarticulares. Em fase
avançada, a cartilagem sofre degeneração com fibrilação, fissuras e ulcerações com comprometimento de toda a
superfície articular.
Lombalgia
Na segunda parte deste terceiro volume, abordaremos uma das condições mais freqüentes na prática clínica:
a lombalgia. Esta deve ser compreendida como uma condição sindrômica e não simplesmente o que
semanti-camente está expresso no termo. Apesar da quantidade de recursos tecnológicos da maioria dos pacientes, não
é possível estabelecer um diagnóstico etio-fisiopatológico e/ou anatômico com exatidão. A dor lombar pode ser
manifestação de uma condição clínica benigna, como as relacionadas às estruturas miofasciais, ou até o sintoma
inicial de uma neoplasia.
As diferentes apresentações sindrômicas da lombalgia permite-nos classificar os pacientes em três grandes
grupos, que apresentam manifestações clínicas, curso evolutivo e, muitas vezes, tratamento semelhantes. Os
dois primeiros grupos, lombalgia mecânica e lombalgia inflamatória, representam expressões polares da
síndro-me e têm manifestações clínicas bem caracterizadas. O terceiro grupo expressa sinais e sintomas superpostos
e é importante por poder ser a forma clínica de apresentação do mieloma múltiplo, neoplasias metastáticas ou
espondilodiscites infecciosas.
A dor lombar é a segunda principal causa de atendimento médico e a mais freqüente de limitação de
ativida-de física em ambos os sexos, com menos ativida-de 45 anos, ativida-de acordo com estudos norte-americanos. As estimativas
indicam que cerca de 85% das pessoas terão dor lombar em algum momento da vida. Acreditamos, contudo,
que se adequadamente indagada, praticamente a totalidade da população apresentará, em alguma fase da vida,
dor lombar, sendo na maioria dos casos de fraca intensidade. A lombalgia é a causa de 4,2% das consultas pelo
generalista na Inglaterra.
Apesar de alguns fatores de risco bem caracterizados, como levantamento de peso, obesidade e mau
condi-cionamento físico, a lombalgia continua sendo freqüente em indivíduos sem qualquer fator de risco conhecido.
Em pelo menos 50% dos pacientes com lombalgia existe um curso recidivante dos sintomas, intercalado com
períodos assintomáticos. A tendência de recidiva e refratariedade (ainda que parcial) na maioria dos pacientes com
lombalgia mecânica faz com alguns autores considerem a lombalgia como uma “doença crônica”, semelhante à
asma, que requer tratamento dos períodos de crise e medidas gerais e específicas para os períodos intercríticos.
A dor lombar tende a causar maior incapacidade nos homens entre 35 e 40 anos, com menor nível de educação
formal, sendo um importante fator de perda de produtividade.
As causas de desenvolvimento de lombalgia são muitas, geralmente agrupadas de acordo com as
caracte-rísticas da síndrome clínica que determinam. Em alguns casos, a lombalgia pode ter caractecaracte-rísticas clínicas
tipicamente mecânicas, mas ter sido originalmente determinada por uma doença com lombalgia inflamatória
ou não mecânica/não inflamatória. Isto ocorre, por exemplo, nas fases avançadas das espondiloartropatias
so-ronegativas ou nas deformidades vertebrais determinadas por fraturas por osteoporose, neoplasias ou mesmo
por espondilites infecciosas.
Rua Cunha Gago, 412, 2o andar, cj. 21, Pinheiros – 05421-001 – São Paulo, SP. Fone/fax: 11 3039-5669. www.segmentofarma.com.br
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