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III SIMPÓSIO SOBRE TECNOLOGIAS E INOVAÇÕES DO CAFEEIRO. DOENÇAS E PRODUÇÃO DO CAFEEIRO - Eng. Agr Flávia R.A.Patrício-IB

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Academic year: 2021

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III SIMPÓSIO SOBRE TECNOLOGIAS E INOVAÇÕES DO CAFEEIRO DOENÇAS E PRODUÇÃO DO CAFEEIRO - Eng. Agr Flávia R.A.Patrício-IB

No período da manhã tivemos a palestra "Doenças e Produção do Cafeeiro" realizada pela Eng. Agr. Flávia R.A. Patrício, pesquisadora do Instituto Biológico.

O foco da palestra foi orientar os cafeicultores, pesquisadores e alunos presentes sobre a importância de manter as lavouras sadias. Foram apresentadas as principais doenças que os cafeicultores enfrentam e diversos trabalhos realizados pelo instituto com relação aos métodos de controle químico mais utilizados.

A prmeira doença apresentada é também a doença mais importante do cafeeiro, a Ferrugem, causada pelo fungo Hemileia vastatrix, ocorre em todas as regiões produtoras de café no Brasil. A doença conta com uma gama de mais de 54 raças descritas, surgindo daí a dificuldade no controle; outro fator importante nesta dificuldade reside na sua alta taxa de reprodução, uma vez que cada lesão gera de 300 a 400 000 uredósporos. Este ano, apesar da baixa umidade, as temperaturas foram altamente favoráveis ocasionando explosão tardia de ferrugem. Estudos apresentados demonstraram que uma maior eficiência está atrelada ao parcelamento das aplicações do fungicida.

A cercosporiose, ou mancha de olho pardo (Cercospora coffeicola) possui sintoma relativamente comum e por isso pode passar despercebida, causando altos danos tanto nas folhas como nos frutos em formação, prejudicando a qualidade das bebidas. O controle químico mais utilizado é realizado em conjunto com a ferrugem, através da utilização de triazóis + estrubirulinas.

A mancha aureolada, causada pela bactéria: Pseudomonas syringae, vem aumentando de importância por causa do manejo de podas que vem sendo utilizado na safra zero, uma vez que o ferimento é de extrema importância para entrada da doença na área. O principal sintoma são os ramos secos e prejuízo nas flores. A agressividade da doença é alta ainda pelo fato do ciclo da doença ser muito curto (6-10 dias). O melhor manejo visa evitar que a planta entre na área, uma vez que dentro da planta é impossível controlar. As práticas mais utilizadas são uso de quebra vento e utilização de cúpricos.

A última doença apresentada pela pesquisadora é a mancha de phoma (Phoma tarda e Phoma costarricensis) que tem importância apenas regional, uma vez que o agente causal necessita de temperaturas baixas e umidade alta, o que geralmente não ocorre no Brasil. Os sintomas característicos são seca e lesão na ponta dos ramos, causando perda de função, além da mumificação do chumbinho.Apesar de ser dificultado pela proteção do fungo pelos ramos, o manejo químico é realizado com estrubirulinas, anilidas e triazóis.

A palestra deixou claro as dificuldades e desafios oferecidos pelas doenças ao setor, além da apresentação de resultados de trabalhos de eficiência de manejo realizadas pelo Instituto Biológico.

ADUBAÇÃO ORGANOMINERAL: EXPERIÊNCIA DE UM CAFEICULTOR- Eng. Agr. Eduardo Lima de Sousa- Cafeicultor.

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No dia 10/09, no período da manhã tivemos a presença do cafeicultor e Engenheiro Agrônomo Eduardo Lima de Sousa que nos apresentou os benefícios e estudo de caso sobre utilização de adubação organomineral na Fazenda Ponto Alegre.

O fertilizante organomineral é uma associação entre matéria orgânica e nutrientes obtidos na forma mineral, aumentando o fator de eficiência e condicionando os fertilizantes minerais.

A Fazenda Ponto Alegre é tradicional, realiza a cafeicultura de montanha e nos mostra que é possível sim fazer adubação organomineral em grande escala e de forma eficiente. O principal benefício destacado durante a apresentação foi a liberação lenta,

possibilitada pelo organomineral à custos menores do que os preços que temos atualmente no mercado. Ainda podemos destacar melhora das propriedades físicas do solo, contribuição na atividade biológica, redução da fixação do fósforo, melhor enraízamento e resistência à seca e redução progressiva nas doses de calcário aplicada. O que nos mostra através de resultados em campo que o adubo organomineral é uma alternativa viável e que só tem a contribuir com os cafeicultores. • FERTILIZANTE DE EFICIÊNCIA AUMENTADA – Eng. Agr. Heitor Cantarella – IAC

O pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas, Heitor Cantarella, deu início às palestras do período da tarde do primeiro dia (10/09), cujo tema abordava o aumento da eficiência do uso de fertilizantes.

Foram apresentados resultados sobre a aplicação de Nitrogênio no cafeeiro através de fertirrigação em relação ao convencional, os quais se mostraram positivos.

A palestra contou com explanações sobre a diminuição de perdas por erosão, lixiviação, desnitrificação, volatilização e diminuição de disponibilidade

(imobilização) através de fontes alternativas, dentre essas, produtos recobertos, capsulados, insolúveis que poderiam ter maior eficiência através de liberação controlada ou fertilizantes estabilizados, contendo aditivos ou inibidores de nitrificação ou urease.

Os resultados mostraram que é possível aumentar a eficiência do uso de fertilizantes, permitindo a redução de parcelamento pelo fornecimento de Nitrogênio conjunto à marcha de absorção da planta, diminuindo perdas e problemas com excesso do mesmo no solo.

INOVAÇÕES NA CAFEEICULTURA – Alessandro Silva de Oliveira – Cafeicultor(Piumhi-MG)

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O produtor, da cidade mineira de Piumhi, apresentou as dificuldades do

empresário brasileiro frente aos desafios em um ambiente de inovações e um mundo de rápidas transformações, enfrentando a forte competitividade do mercado, tendo o cafeicultor que buscar alternativas para otimizar sua gestão.

Alessandro evidenciou os fatores da produção vegetal que influem de forma direta e indireta nos processos fisiológicos do cafeeiro com a finalidade de realizar o manejo adequado nas diferentes áreas.

Dentre as alternativas realizadas em sua propriedade, abordou temas como: Adubação em área total, fertilizantes nitrogenados de liberação controlada, manutenção da palhada na entrelinha, mudança de maquinário, redução do volume da calda, uso de gotas protegidas, sistemas de integração, teste de compatibilidade de produtos,

minimização dos efeitos do Glyfosato, processo via seca e gotejo enterrado. Discussões sobre a criação de um modelo operacional customizado, gestão de pessoas, financeira e processos foram realizadas, assim como a necessidade de investimentos e a apresentação dos resultados obtidos em sua propriedade.

CAFÉ: NEGÓCIO RENTAVEL? – Eng. Agr. Celso Luis Vegro -IEA/AS

O Engenheiro Agrônomo Celso, nos apresentou um panorama econômico sobre atividade cafeeira, a partir de uma analogia econômica que evidenciou riscos, seguida de pressupostos, as influências das expectativas no processo decisório, determinação do rendimento frente à exposição aos riscos e o potencial rentável da atividade.

Foram discutidos temas como os riscos de produção associados à anomalia climática na safra 2014, seus impactos e alternativas viáveis, expectativas para a safra 2015/2016, os riscos do mercado e o balanço das bolsas, de forma a buscar maior embasamento para o processo decisório.

O palestrante concluiu a apresentação evidenciando que a forma com que são realizados o planejamento, supervisão, orçamento, organização, estratégias,

conhecimento, supervisão e uma boa gestão, são vitais para a rentabilidade do negócio. Fertilizante via gotejo: Como avaliar fertilidade e cuidados na adubação- Eng. Agr. Celso Luis Vegro -IEA/SA)

Debate sobre Fertilidade e Nutrição de Plantas – Eng. Agr. José Laércio Favarin – ESALQ-USP

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presentes na atividade cafeeira.

Dentre os assuntos discutidos, foram abordados temas como mudanças nas classes de teores dos nutrientes, escolha do calcário, adequação das doses de fósforo,

contribuição da adubação para safra seguinte, relação do aproveitamento do fertilizante nitrogenado frente às perdas por lixiviação, manutenção da palhada na entrelinha como manejo para diminuir perdas de água via evaporação, competição por nitrogênio no consórcio café/braquiária, recuperação da amônia volatilizada, e interpretação de análise foliar e seus cuidados.

Fertilizante via gotejo: Como avaliar a fertilidade e cuidados na adubação. – Eng. Agr. José A. Quaggio -IAC

No período da manhã do dia 11/09, o Engenheiro Agrônomo José A. Quaggio, do IAC (Instituto Agronômico de Campinas) realizou uma palestra sobre fertirrigação na cultura do café.

Durante a apresentação foi destacada a relação íntima entre fertilidade e irrigação, além de serem apresentados diversos estudos principalmente em café e citros que demonstraram que os adubos aplicados através de fertirrigação possuíam eficiência crescente e poderiam ser utilizados em doses até 20% menores, mas que também poderiam acarretar a concentração dos nutrientes em um único ponto, causar acidificação ou salinização da área se as doses forem mal calculadas.

Quaggio ainda orientou os cafeicultores no sentido de fazer amostras dentro e fora da saia em relação da variabilidade nos resultados, além de explicar sobre a deficiência de informações em relação a essa prática, uma vez que faltam dados sobre equilíbrio iônico e marcha de absorção em relação aos estádios fenológicos.

Através dos resultados obtidos em suas pesquisas, Quaggio sugere que a adubação não deve ser feita totalmente via fertirrigação, mas também com adubo na forma sólida, de forma parcelada para que não resulte em uma superdose, lembrando que a primeira deve ser realizada com maior frequência, procurando um maior parcelamento das doses (duas vezes por semana). Quanto à adubação foliar, as aplicações devem ser realizadas de três a quatro vezes, sendo as formas mais indicadas sulfato de zinco, sulfato de manganês e ácido bórico, segundo o pesquisador.

COLHEITA MECANIZADA: VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA – Eng. Agr. Rogner Carvalho Avelar

O palestrante Rogner Carvalho Avelar apresentou alguns conceitos de viabilidade técnica e econômica da mecanização na colheita do café. Foi apresentado a mudança da capacidade produtiva da mão de obra no campo. Mostrando uma relação potência entre homem e máquina, demonstrando o potencial produtivo e o custo do trabalho

realziado.

Rogner mostrou as diferenças por regiões no estado de Minas Gerais, mostrando um custo maior na colheita em regiões onde predominam a colheita manual(Exemplo: Zona da Mata) em contraposto de outras regiões onde a colheita se realiza

mecanicamente (Cerrado e Sul de Minas) onde foi gasto cerca de duas vezes menos. Além do custo foi observado a redução na mão de obra e um tempo menor para realizar a colheita em maior área.

O engenheiro agrônomo mostrou ainda uma ferramenta importante na colheita seletiva, o gerenciador de colheita, avaliando a força do desprendimento dos frutos do cafeeiro.

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varetas, entendimento operacional para assim se realizar uma colheita mais seleta e de melhor qualidade.

Referências

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