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O BELO E A ARTE NA FILOSOFIA PLATÔNICA. Prof. Arlindo F. Gonçalves Jr.

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Academic year: 2021

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Texto

(1)

Prof. Arlindo F. Gonçalves Jr. http://www.mural-2.com

(2)

Sensível

O Belo (junto ao Bem e ao Verdadeiro) é um dado

metafísico relacionado ao Ser

(3)

Eidético

Sensível

BELO ARTE

Téchne = habilidade que, segundo regras, pode produzir algo (geralmente a

transformação de uma realidade natural em um objeto artificial) – englobando desde a arte manual à arte intelectual

(4)

Sensível

BELO ARTE

Imita a Natureza, o cosmo sensível, a

matéria, e não as essências - não passaria de uma cópia de outra cópia - por isso é inferior

(5)

Eidético

Sensível

BELO ARTE

É perigosa em termos morais: pode levar o homem tanto para o certo, o bem,

como para o mal/errado, já que produz emoções de modo desequilibrado

Por isso expulsa os poetas , os artistas de seu Estado Ideal

(6)

Sensível

BELO ARTE

A criação poética seria um delírio que o poeta recebe dos deuses

(7)

Eidético

Sensível

BELO ARTE

Apesar de todas as críticas à Arte, atribui um caráter positivo, à medida que a

considera uma via indireta (ao contrário da “científica”, direta e lógica) para o Saber.

(8)

• Íon

• Hípias Maior

• Górgias

• Filebo

• O Político

• Timeu

• Banquete

• Fedro

considerada perigosa ou nociva pelo seu caráter emocional, o Belo, ao contrário, é identificado como uma existência em si, a qual é o princípio ideal, essencial e metafísico, de toda beleza sensível encontrada na

Natureza, no mundo material, na realidade física.

(9)

• As Leis

• Íon

• Hípias Maior

• Górgias

• Filebo

• O Político

• Timeu

• Banquete

• Fedro

Hípias Maior: Procura definir, além da beleza sensível, a Ideia do Belo em si. Esta Ideia, eterna e universal, seria a fonte de toda e qualquer

beleza sensível e particular – seria o princípio ideal e metafísico que torna uma coisa material, um objeto do mundo físico, bela.

(10)

• Íon

• Hípias Maior

• Górgias

• Filebo

• O Político

• Timeu

• Banquete

• Fedro

Górgias, Filebo, o Político: com influências pitagóricas relaciona o Belo com a regularidade, a harmonia

(11)

• As Leis

• Íon

• Hípias Maior

• Górgias

• Filebo

• O Político

• Timeu

• Banquete

• Fedro

Timeu: relaciona o Belo com a ordem musical

(12)

• Íon

• Hípias Maior

• Górgias

• Filebo

• O Político

• Timeu

• Banquete

• Fedro

Banquete: o Amor intermediário entre os deuses e os homens, é um demônio (daimon) que se apodera do amante.

(13)

• As Leis

• Íon

• Hípias Maior

• Górgias

• Filebo

• O Político

• Timeu

• Banquete

• Fedro

Carentes do Belo, o Amor e o amante partem à sua procura Através da afeição pela beleza de um corpo, da beleza sensível e individual, o Amor faz com

que o amante chegue à

contemplação da beleza dos corpos em geral.

(14)

• Íon

• Hípias Maior

• Górgias

• Filebo

• O Político

• Timeu

• Banquete

• Fedro

Experimentado o amor físico, insatisfeito, partirá o amante para amar a alma do amado. Não podendo achar o Belo ideal no particular, procurará enfim, o Belo em si, verdadeiro, absoluto e eterno

(15)

• As Leis

• Íon

• Hípias Maior

• Górgias

• Filebo

• O Político

• Timeu

• Banquete

• Fedro

Fedro: entrelaçada com outras temáticas (Alma, Belo, dialética, teoria das Ideias, etc.) encontramos a do Amor, o qual se manifesta

como mania ou “loucura divina” – o desejo e a busca do Belo absoluto.

(16)

Qual é o critério, Sócrates, para

reconheceres o que é belo e o que é feio? Vejamos, poderás dizer-me o que seja o belo? – Com a ignorância que me é própria, fiquei atrapalhado e não pude

encontrar resposta satisfatória. discussão em que eu rejeitava

determinadas coisas como feias e elogiava outras por serem belas, havendo me

perguntado em tom sarcástico o interlocutor:

Introdução da problemática

(17)

Sócrates - Explica-me com precisão o que é o belo e esforça-te por dar-me resposta tão exata quanto possível, para que eu não me cubra de ridículo com outra derrota.

Ironiza Hípias como conhecedor sobre o tema da beleza, ao propor-lhe uma

definição exata

Hípias confirma que domina o assunto e o acredita um tema insignificante

(18)

refutar-me. Fica, então, sabendo,

Sócrates, para dizer-te toda a verdade, que o belo é uma bela jovem.

(19)

ter elogiado no oráculo? – Que lhe responderíamos, Hípias? Poderemos deixar de dizer que uma bela égua não é bela? Como nos atreveríamos a negar que o que é belo não é belo?

Hípias – Tens razão, Sócrates; está muito certa a divindade em falar dessa maneira. Entre nós também há éguas admiráveis.

(20)

homem, como é verdadeiro aquele dito de Heráclito, que o mais belo símio é feio em comparação com o gênero humano?

Assim, também, a mais bonita panela é feia em confronto com uma bela virgem, no dizer de Hípias, o sábio – Não é isso mesmo, Hípias?

Hípias – Perfeitamente, Sócrates; respondeste com muita propriedade.

(21)

Hípias, que a mais bela virgem é feia, comparada com a raça dos deuses?

Refutação à 1ª definição: a resposta sobre a virgem é relativa , e não contempla o que é o belo em si

(22)

confuso e não persistiria em contestar-te.

(23)

que Fídias seja mau escultor? – Ao que lhe responderia: De forma alguma.

Refutação à 2ª definição: as esculturas de Fídias são belas e não são de ouro

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que há pouco nos referimos, a bonita, cheia de bons legumes: uma colher de ouro ou uma de pau de figueira?

[...] A meu ver, devemos concluir que a colher de pau é mais indicada do que a de ouro, a menos que penses de outra forma.

(28)

jeito, possa parecer feio a ninguém.

[...] Direi, então, que sempre e em toda a parte, para qualquer pessoa, o que há de mais belo é ser rico, gozar saúde, ser honrado pelos

Helenos, chegar à velhice e, assim como

sepultou condignamente os pais, ser sepultado pelos filhos, por maneira bela e suntuosa.

(29)

disse o forasteiro de Élide que seria belo ser sepultado depois de seus antepassados, o que será válido, outrossim, para seu avô Êaco, e todos quantos descenderam dos deuses, e para os

próprios deuses?

Sócrates define o argumento de Hípias como blasfêmia

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afirmamos – que parecem incapazes de ver,

porém os aptos e empregados para esse fim; não é isso mesmo?

(31)

fazer, como será inútil para o que for incapaz. Hípias – Perfeitamente.

Sócrates – A capacidade, por conseguinte, é bela, e a incapacidade, feia.

(32)

mais belo do que a capacidade de mandar em sua própria cidade, como é feio não ter nenhuma

autoridade.

Sócrates – Dizes bem. Talvez seja essa a razão, Hípias, pelos deuses, a razão de ser a sabedoria o que há de mais belo, e a ignorância o que há de mais feio?

Sabedoria é o que há de mais belo, pois é mais útil

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Hípias – Certo.

Sócrates – Porém, desde pequenos, os homens fazem muito mais o mal do que o bem, e cometem faltas involuntariamente.

(34)

vantajosos.

Hípias – É evidente.

Sócrates – O vantajoso, portanto, se nos revelou como sendo o belo, Hípias.

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(36)

e das demais coisas belas, porque o produto a que dão origem, a saber, o bem, é merecedor desse esforço. Daí, ser possível acabarmos por descobrir que o belo é, de algum modo, o pai do bem.

(37)

Hípias – Certíssimo.

Sócrates – E que nem a causa é efeito, nem o efeito, causa?

Hípias – Só dizes a verdade.

Sócrates – Por Zeus, caro amigo! Nesse caso, nem o belo é bom, nem o bom é belo[...]

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ou o que produz o bem, não esteja absolutamente certa, vindo a ser, até mais ridícula do que as

anteriores, quando imaginamos que o belo era uma donzela e todas as outras coisas que antes enumeramos.

conclusão, até aqui não há tese definitiva

sobre o belo não é o vantajoso; útil; não produz o Bem

(39)

parece que poríamos fim ao seu atrevimento?

Hípias – Eu, pelo menos, Sócrates, sou de opinião que desta vez o belo foi muito bem definido.

Sócrates – E então? E as belas ocupações e instituições,

Hípias, diremos que são belas por nos agradarem através da vista ou do ouvido, ou serão de

natureza diferente?

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o do ouvido; o fato de virem por meio da vista e do ouvido é o que faz ambos serem belos, não cada um em particular, o que é impossível, como já admitimos, Hípias.

Hípias – Admitimos, realmente.

Sócrates – Não será belo, por conseguinte, o prazer alcançado por meio da vista ou do ouvido, pois se o fosse, seguir-se-ia algo impossível.

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imaginar que compreendo o significado do provérbio: O belo é difícil.

Referências

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