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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA TESE DE DOUTORADO

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(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

DEPARTAMENTO DE FITOTECNIA

TESE DE DOUTORADO

USO DO TRATAMENTO TÉRMICO NO CONTROLE DE

Ceratitis capitata EM FRUTOS DE SAPOTIZEIRO (Achras

sapota L.)

ANTÔNIO NUSTENIL DE LIMA

Areia – PB 2005

(2)

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(3)

ANTÔNIO NUSTENIL DE LIMA

USO DO TRATAMENTO TÉRMICO NO CONTROLE DE

Ceratitis capitata EM FRUTOS DE SAPOTIZEIRO (Achras

sapota L.)

Tese apresentada à Universidade Federal da Paraíba, como parte das exigências do programa de Pós-graduação em Agronomia, área de concentração em Agricultura Tropical, para obtenção do título de Doutor.

COMITÊ DE ORIENTAÇÃO:

Prof. Dr. JACINTO DE LUNA BATISTA Prof. Dr. WALTER ESFRAIN PEREIRA

Areia – PB 2005

(4)

iii

ANTÔNIO NUSTENIL DE LIMA

USO DO TRATAMENTO TÉRMICO NO CONTROLE DE

Ceratitis capitata EM FRUTOS DE SAPOTIZEIRO (Achras

sapota L.)

Aprovada em ___/___/___

BANCA EXAMINADORA

________________________________________ Prof. Dr. Jacinto de Luna Batista

UFPB

_______________________________________ Prof. Dr. José Vargas de Oliveira

UFRPE

_______________________________________ Prof. Dr. Edmilson Jacinto Marques

UFRPE

_______________________________________ Prof. Drª. Rejane Maria Nunes Mendonça

UFPB

_______________________________________ Prof. Dr. Egberto Araújo

UFPB

Areia – PB 2005

(5)

“A EDUCAÇÃO É UMA ARTE, REALIZÁ-LA PERFEITA É COLABORAR

COM DEUS COMPLETANDO DIVINAMENTE SUA OBRA”

(Autor Desconhecido)

À Deus, por tudo sempre...

A meu pai Francisco Gentil de Lima (em memória) e a minha mãe Maria Conceição Oliveira, exemplos de vida, meu impulso para vencer, e a tudo que fizeram para me proporcionar uma boa educação e formação.

A minha querida e amada esposa Maria de Moraes Fernandes Lima, que sempre esteve ao meu lado me dando força para continuar em busca dos nossos objetivos.

Aos meus filhos Marinus de Moraes Lima, João Vilian de Moraes Lima Marinus e Nustenil Segundo de Moraes Lima Marinus, à quem agradeço por serem os meus tesouros.

(6)

v

AGRADECIMENTOS

A Deus pela força em todos os momentos...

Ao professor Dr. Genildo Bandeira Bruno, pela amizade, respeito e apoio prestados durante a realização deste curso.

À Escola Agrotécnica Federal do Crato, nas pessoas de Terezinha Feitosa Eder Cardoso e Joaquim Rufino Neto, que me oportunizaram a realização deste curso.

Aos professores do curso de Pós-graduação em Agronomia, que durante o curso mostraram o verdadeiro compromisso com o ensino, pesquisa e extensão.

Ao professor Dr. Jacinto de Luna Batista, que conquistou meu eterno respeito e amizade.

À pesquisadora Drª. Nivânia Pereira da Costa, pelas sugestões e auxilio prestados.

Aos funcionários da coordenação de Pós-graduação em Agronomia, Zezinho e Eliane e aos da Fitossanidade, Tomás, Cosminho e Nino, pelo empenho e amizade durante a duração do curso.

À Bibliotecária Márcia Maria Marques do CCA/UFPB pela orientação nas referências bibliográficas.

E aos demais que, de alguma forma, contribuíram para realização deste trabalho.

(7)

SUMÁRIO

RESUMO --- xvii ABSTRACT --- xix CAPÍTULO I ---1 1. INTRODUÇÃO GERAL ---2 1.1. OBJETIVOS --- 4 1.1.1. GERAL --- 4 1.1.2. ESPECÍFICOS --- 4 2. REVISÃO DE LITERATURA --- 5 2.1. A CULTURA DO SAPOTI --- 5

2.2. OCORRÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO DE Ceratitis capitata NO BRASIL --- 6

2.3. INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO HOSPEDEIRO NA BIOLOGIA DE Ceratitis capitata --- 7

2.4. TRATAMENTO FÍSICO DE FRUTOS NA PÓS-COLHEITA -- 9

2.5. EFEITO DO TRATAMENTO TÉRMICO SOBRE A QUALIDADE DE FRUTOS --- 10

3. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ---16

CAPÍTULO II – INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO TÉRMICO COM VAPOR NO CONTROLE DE Ceratitis capitata E NA QUALIDADE DOS FRUTOS DE SAPOTI (Achras sapota, L)--- 23

RESUMO ---24

ABSTRACT --- 25

1. INTRODUÇÃO --- 26

2. MATERIAL E MÉTODOS --- 28

2.1. Criação e manutenção de Ceratitis capitata --- 28

(8)

vii

2.3. Tratamento dos frutos --- 29

2.4. Mortalidade de Ceratitis capitata --- 30

2.5. Analise físico-química dos frutos --- 31

2.6. Análise Estatística --- 31

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO --- 32

3.1. Mortalidade de C. capitata --- 32

3.2. Qualidade dos Frutos de Sapotizeiro --- 35

3.2.1. Efeito do vapor no pH dos frutos de sapotizeiro --- 35

3.2.2. Efeito do vapor no teor de sólidos solúveis nos frutos de sapotizeiro --- 36

3.2.3. Efeito do vapor na acidez total titulável nos frutos de sapotizeiro --- 38

3.2.4. Efeito do vapor no peso dos frutos de sapotizeiro --- 39

3.2.5. Aparência dos frutos de sapotizeiro --- 40

4. CONCLUSÕES --- 42

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS --- 43

CAPÍTULO III – INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO TÉRMICO COM AR QUENTE NO CONTROLE DE Ceratitis capitata E NA QUALIDADE DOS FRUTOS DE SAPOTI (Achras sapota L.)--- 49

RESUMO --- 50

ABSTRACT --- 51

1. INTRODUÇÃO --- 52

2. MATERIAL E MÉTODOS --- 54

2.1. Criação e manutenção de Ceratitis capitata --- 54

2.2. Infestação dos frutos --- 55

2.3. Tratamento dos frutos --- 55

2.4. Mortalidade de Ceratitis capitata --- 57

(9)

2.6. Análise Estatística --- 58

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO --- 59

3.1. Mortalidade de C. capitata --- 59

3.2. Qualidade dos Frutos de Sapotizeiro --- 61

4. CONCLUSÕES --- 67

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS --- 68

CAPÍTULO IV – INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO TÉRMICO COM ÁGUA QUENTE NO CONTROLE DE Ceratitis capitata E NA QUALIDADE DOS FRUTOS DE SAPOTI (Achras sapota L.) --- 72

RESUMO --- 73

ABSTRACT --- 74

1. INTRODUÇÃO --- 75

2. MATERIAL E MÉTODOS --- 77

2.1. Criação e manutenção de Ceratitis capitata --- 77

2.2. Infestação dos frutos --- 78

2.3. Tratamento dos frutos --- 78

2.4. Mortalidade de Ceratitis capitata --- 80

2.5. Análise físico-química dos frutos --- 80

2.6. Análise Estatística --- 81

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO --- 82

3.1. Mortalidade de C. capitata --- 82

3.2. Qualidade dos Frutos de Sapotizeiro --- 84

3.2.1. Efeito da água quente no pH dos frutos de sapotizeiro --- 84

3.2.2. Efeito da água quente no teor de sólidos solúveis nos frutos de sapotizeiro --- 85

3.2.3. Efeito da água quente na acidez total titulável nos frutos de sapotizeiro --- 87

(10)

ix

3.2.5. Aparência dos frutos de sapotizeiro --- 89

4. CONCLUSÕES --- 91

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS --- 92

CAPÍTULO V – INFLUÊNCIA DE TRATAMENTOS TÉRMICOS NO CONTROLE DA FASE LARVAL DE Ceratitis capitata EM FRUTOS DE SAPOTI (Achras sapota, L). --- 96

RESUMO --- 97

ABSTRACT --- 98

1. INTRODUÇÃO --- 99

2. MATERIAL E MÉTODOS ---101

2.1. Criação e manutenção de Ceratitis capitata---101

2.2. Infestação dos frutos---102

2.3. Tratamento dos frutos --- 103

2.4. Mortalidade de Ceratitis capitata --- 106

2.5. Análise Estatística --- 106 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO --- 107 3.1. Mortalidade de C. capitata --- 107 4. CONCLUSÕES --- 115 5. CONSIDERAÇÕES GERAIS --- 116 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS --- 117

(11)

LISTA DE FIGURAS CAPÍTULO II

Figura 1. Câmara de vaporização adaptada a estufa. Areia, CCA/UFPB,

2005. --- 30

Figura 2. Freqüência de larvas vivas de Ceratitis capitata em frutos de

sapoti em função do tempo de exposição ao vapor. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 34

Figura 3. pH de frutos do sapoti em função do tempo de exposição ao

vapor. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 36

Figura 4. Teor de sólidos solúveis totais de frutos de sapoti em função do

tempo e exposição ao vapor. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 38

Figura 5. Acidez total titulável dos frutos de sapoti em função do tempo de

exposição ao vapor. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 39

Figura 6. Efeito do vapor no peso de frutos de sapoti. Areia, CCA/UFPB,

2005. --- 40

Figura 7. Aparência de frutos de sapoti: (a) sem tratamento; (b) 4 dias após

o tratamento com vapor. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 41

CAPÍTULO III

Figura 1. Estufa adaptada a câmara para circulação de ar quente. (a) Saída

(12)

xi

Figura 2. Esquema de injeção de ar quente na câmara. (a) Termostato; (b)

injetor de ar quente. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 57

Figura 3. Freqüência de larvas mortas de Ceratitis capitata em frutos de

sapoti em função do tempo de exposição ao ar quente. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 60

Figura 4. pH de frutos do sapoti em função do tempo de exposição ao ar

quente. Areia, CCA/UFPB, 2005.--- 63

Figura 5. Acidez total titulável dos frutos de sapoti em função do tempo de

exposição ao ar quente. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 64

Figura 6. Teor de sólidos solúveis totais de frutos de sapoti em função do

tempo e exposição ao ar quente. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 64

Figura 7. Aparência de frutos de sapoti: (a) sem tratamento; (b) 4 dias após

término do tratamento com ar quente. Areia, CCA/UFPB, 2005.--- 65

Figura 8. Efeito do ar quente no peso de frutos de sapoti. Areia,

CCA/UFPB, 2005. --- 65

CAPÍTULO IV

Figura 1. Tratamento térmico com água quente em Banho-Maria. Areia,

CCA/UFPB, 2005. --- 79

Figura 2. Termostato (a) e interruptor (b) acoplado ao equipamento de

(13)

Figura 3. Freqüência de larvas mortas de Ceratitis capitata em frutos de

sapoti em função do tempo de exposição a água quente. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 84

Figura 4. pH de frutos do sapoti em função do tempo de exposição a água

quente. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 85

Figura 5. Teor de sólidos solúveis totais de frutos de sapoti em função do

tempo e exposição a água quente. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 87

Figura 6. Acidez total titulável dos frutos de sapoti em função do tempo de

exposição a água quente. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 88

Figura 7. Efeito da água quente no peso de frutos de sapoti. Areia,

CCA/UFPB, 2005. --- 89

Figura 8. Aparência de frutos de sapoti: (a) sem tratamento; (b) 4 dias após

o tratamento com água quente. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 90

CAPÍTULO V

Figura 1. Frutos de sapoti infestados com larvas de Ceratitis capitata.

Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 102

Figura 2. Câmara de vaporização adaptada a estufa. Areia, CCA/UFPB,

2005. --- 104

Figura 3. Tratamento térmico com água quente no Banho-Maria. Areia,

(14)

xiii

Figura 4. Estufa adaptada a câmara para circulação de ar quente. Areia,

CCA/UFPB, 2005. --- 105

Figura 5. Freqüência de larvas mortas pelo uso de água quente a 50°C em

função do tempo de exposição. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 108

Figura 6. Freqüência de larvas mortas pelo uso de ar quente a 50°C em

função do tempo de exposição. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 109

Figura 7. Freqüência de larvas mortas pelo uso de vapor a 50°C em função

do tempo de exposição. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 110

Figura 8. Larvas de C. capitata mortas pela ação da água quente, no tempo

de exposição de 60 minutos. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 113

Figura 9. Larvas de C. capitata mortas pela ação do ar quente, no tempo de

exposição de 75 minutos. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 113

Figura 10. Larvas de C. capitata mortas pela ação do vapor, no tempo de

(15)

LISTA DE TABELAS CAPÍTULO II

Tabela 1. Dieta artificial utilizada para alimentação das larvas de Ceratitis

capitata. Areia, CCA/UFPB, 2005.--- 28

Tabela 2. Análise do modelo linear generalizado dos fatores tempo e

temperatura sobre a mortalidade de Ceratitis capitata. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 33

Tabela 3. Resumo da Análise de Variância do efeito do vapor sobre o pH

em frutos de sapoti em função do tempo de exposição na temperatura de 50°C. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 36

Tabela 4. Resumo da Análise de Variância do efeito do vapor sobre o

SST(°Brix) em frutos de sapoti em função do tempo de exposição na temperatura de 50°C. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 37

Tabela 5. Resumo da Análise de Variância do efeito do vapor sobre a ATT

em frutos de sapoti em função do tempo de exposição na temperatura de 50°C. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 39

CAPÍTULO III

Tabela 1. Dieta artificial utilizada para alimentação das larvas de Ceratitis

(16)

xv

Tabela 2. Resumo da análise do modelo linear generalizado dos fatores

tempo (TO) e temperatura (TE) sobre a mortalidade de Ceratitis capitata. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 60

Tabela 3. Resumo da Análise de Variância do efeito do ar quente sobre o

pH em frutos de sapoti em função do tempo de exposição na temperatura de 50°C. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 63

Tabela 4. Resumo da Análise de Variância do efeito do ar quente sobre a

ATT em frutos de sapoti em função do tempo de exposição na temperatura de 50°C. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 63

Tabela 5. Resumo da Análise de Variância do efeito do ar quente sobre o

SST(°Brix) em frutos de sapoti em função do tempo de exposição na temperatura de 50°C. Areia, CCA/UFPB, 2005. –--- 64

CAPÍTULO IV

Tabela 1. Dieta artificial utilizada para alimentação das larvas de Ceratitis

capitata. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 77

Tabela 2. Análise do modelo linear generalizado dos fatores tempo e

temperatura sobre a mortalidade de Ceratitis capitata. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 83

Tabela 3. Resumo da Análise de Variância do efeito da água quente sobre

o pH em frutos de sapoti em função do tempo de exposição na temperatura de 50°C. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 85

(17)

Tabela 4. Resumo da Análise de Variância do efeito da água quente sobre

o SST(°Brix) em frutos de sapoti em função do tempo de exposição na temperatura de 50°C. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 86

Tabela 5. Resumo da Análise de Variância do efeito da água quente sobre

a ATT em frutos de sapoti em função do tempo de exposição na temperatura de 50°C. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 88

CAPÍTULO V

Tabela 1. Dieta artificial utilizada para alimentação das larvas de Ceratitis

capitata. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 101

Tabela 2. Resumo do modelo linear generalizado dos fatores tempo e

temperatura sobre a mortalidade de Ceratitis capitata. Areia, CCA/UFPB, 2005. --- 107

Tabela 3. Freqüência de médias de larvas mortas nos três métodos

(18)

xvii

RESUMO

LIMA, A. N. USO DO TRATAMENTO TÉRMICO NO CONTROLE DE

Ceratitis capitata EM FRUTOS DE SAPOTIZEIRO (Achras sapota L.)

Areia: UFPB, 2005. 140 pg (Tese – Doutorado em Agronomia).

A cultura do sapoti tem grande potencial de produção e exploração na região Nordeste mas entre os fatores limitantes destaca-se consideravelmente a suscetibilidade ao ataque das moscas-das-frutas, que danifica o fruto, inviabilizando-o economicamente. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência do tratamento térmico utilizando o vapor, a água quente e o ar quente no controle de ovos e/ou larvas de

Ceratitis capitata em frutos de sapoti e na qualidade físico-química do

fruto. A pesquisa foi desenvolvida no CCA – Campus II da UFPB, Areia-PB, em duas etapas. Na primeira, procedeu-se a infestação dos frutos de sapoti com 10 ovos de C. capitata, submetendo-os ao período de exposição de 30, 45, 60, 75 e 90 minutos nas temperaturas de 46 e 50°C nos tratamentos térmicos com vapor, água quente e ar quente. Na segunda etapa, a infestação do fruto de sapoti foi feita com cinco larvas de 2° instar de C. capitata e submetidos aos tempos de exposição de 30, 45, 60, 75 e 90 minutos na temperatura de 50°C nos tratamentos térmicos citados. Foi usado um delineamento inteiramente casualizado com sistema fatorial de 2x5+1 (duas temperaturas, cinco tempos de exposição e uma testemunha) e sistema fatorial de 1x3x5+1 (uma temperatura, três tratamentos térmicos, cinco tempos de exposição e uma testemunha) ambos com quatro

(19)

repetições. Para análise dos resultados usou-se regressão logística. No primeiro experimento os tratamentos térmicos foram analisados separadamente e no segundo os tratamentos foram analisados conjuntamente. Os três tratamentos térmicos foram eficientes no controle das fases imaturas (ovos e/ou larvas) de C. capitata atingindo índices de segurança quarentenária, sendo que os tempos de exposição, nos tratamentos com vapor e água quente, para o controle de 99,99% de ovos e/ou larvas de C. capitata foram menores que no tratamento com ar quente. A ação da água quente, do vapor quente e do ar quente nos tempos de exposição estudados e nas temperaturas aplicadas não comprometeram a qualidade físico-química do fruto de sapoti.

(20)

xix

ABSTRACT

LIMA, A. N. USE OF THE THERMAL TREATMENT IN THE

CONTROL OF Ceratitis capitata IN FRUITS OF SAPOTI TREE (Achras

sapota L.). Areia: UFPB, 2005. 140 pg (Thesis – Doctor Science in

Agronomy).

The culture of the sapoti has great potential of production and exploration in the Northeast region but but it enters the factors limits it stands out the susceptibility considerably to the attack of the fruit fly, making unfeasible economically. This work had as objective evaluates the influence of the thermal treatment using the vapor, the hot water and the hot air in the control of eggs and/or larvas of Ceratitis capitata in sapoti fruits and in the physical-chemical quality of the fruit. The research was developed in CCA - Campus II of UFPB, Areia-PB, in two stages. In the first, it was proceeded the damaging of the sapoti fruits with 10 eggs of C.

capitata, submitting them to the period of exhibition of 30, 45, 60, 75 and

90 minutes in the temperatures of 46 and 50°C in the thermal treatments with vapor, hot water and hot air. In the second stage, the damaging of the sapoti fruit with five larvas of 2° you urge of C. capitata and submitted at the times of exhibition of 30, 45, 60, 75 and 90 minutes in the temperature of 50°C in the mentioned thermal treatments. A sketching was used cazualised entirely with factorial system of 2x5+1 (two temperatures, five times of exhibition and a control) and factorial system of 1x3x5+1 (a temperature, three thermal treatments, five times of exhibition and a

(21)

control) both with four repetitions. For analysis of the results regression logistics was used. In the first experiment the thermal treatments were analyzed separately and in the second the treatments were analyzed jointly. The three thermal treatments were efficient in the control of the immature phases (eggs and/or larvas) of C. capitata reaching indexes of safety quarantine, and the times in the treatments with vapor and hot water of exhibition for the control of 99,99% of eggs and/or larvas of C. capitata were smaller than in the treatment with hot air. The action of the hot water, of the hot vapor and of the hot air in the times of exhibition studied and in the applied temperatures they didn't commit the physical-chemical quality of the sapoti fruit.

Key word: Thermal treatment, Ceratitis capitata, postharvest.

(22)

xxi

(23)

1- INTRODUÇÃO GERAL

A espécie de mosca-das-frutas Ceratitis capitata (Wiedemann, 1824) (Diptera:Tephritidae) é de ocorrência mundial, sendo que no Brasil esse inseto infesta frutos comercialmente importantes e tem ocorrência generalizada nas diferentes regiões.

No Brasil, a maioria das pesquisas com essa espécie refere-se a infestação ocasionada nos pomares, no entanto, um dos maiores prejuízos ocasionados pela mosca em fruteiras comerciais é a impossibilidade de comercialização dos frutos para o mercado externo, devido às exigências quarentenárias de diversos países, tornando-se assim, um problema de controle pós-colheita.

Essa etapa é extremamente importante para a agricultura comercial devido às exigências de um mercado cada vez mais exigente e competitivo. Nessa fase, deve-se ter um rigoroso controle de qualidade para que o produto a ser comercializado possa permanecer por maior período entre a colheita e a comercialização final (consumidor).

Muito ainda se perde no mundo inteiro com o ataque de pragas e doenças no período de pós-colheita. No entanto, com o aumento da exportação de frutos, o aspecto fitossanitário tem se tornado de extrema importância. Entre os produtos vegetais de grande expressão econômica e

(24)

xxiii

com maiores problemas na pós-colheita destaca-se de uma maneira geral, as frutíferas tropicais, sendo o sapoti (Achras sapota.L.) um dos produtos agrícolas com potencial de exportação no Brasil, principalmente no Nordeste. Porém, dentre os entraves existentes para a exportação de frutas estão as rígidas medidas quarentenárias adotadas em alguns países, sobretudo quanto à presença de larvas de algumas espécies de moscas-das-frutas consideradas pragas (Morgante, 1991).

Muitos países, considerando-se a permanente ameaça da introdução de espécies exóticas das moscas-das-frutas, fazem um rigoroso controle dessas pragas. O estado da Califórnia (EUA) destinava anualmente 7 milhões de dólares para o monitoramento de C. capitata, e em 1990, foram gastos cerca de 103 milhões de dólares para a erradicação desse inseto das áreas metropolitanas de Los Angeles e Miami. Siebert & Pradhan (1990), analisando o impacto da mosca do mediterrâneo em 22 culturas nesse mesmo Estado americano, verificaram que dois fatores elevam o custo de produção: o custo do controle da mosca através do incremento na aplicação de inseticidas; e o custo do tratamento pós-colheita, para obedecer as exigências quarentenárias. Por sua vez, o Japão gastou próximo de 1,4 bilhões de dólares para erradicação das moscas-das-frutas de todas as ilhas que formam seu território (Malavasi, 1991).

(25)

1.1- OBJETIVOS 1.1.1- GERAL

Avaliar a influência dos tratamentos térmicos com vapor, água e ar quente no controle das fases imaturas da mosca-das-frutas C. capitata e na qualidade pós-colheita dos frutos de sapoti.

1.1.2- ESPECÍFICOS

- Avaliar a influência do uso do tratamento térmico com vapor, água e

ar quente na mortalidade de ovos e/ou larvas de C. capitata.

- Avaliar a influência do uso do tratamento térmico com vapor, água e ar quente sobre o pH, a acidez total titulável e os sólidos solúveis dos frutos de sapoti.

(26)

xxv

2- REVISÃO DE LITERATURA 2.1- A CULTURA DO SAPOTI

O sapotizeiro Achras sapota L. é uma planta pertencente a família Sapotaceae. As flores são isoladas, monóica, situando-se na axila das folhas, apresenta 6 estames férteis e 6 estames estéreis, chamados estaminóides; o ovário é piloso e contém de 10 a 12 lóculos. O fruto é preso por um longo pecíolo que pode variar na forma e tamanho, sendo globoso, ovóide, elipsóide e arredondado. O número de sementes varia entre 2 a 12.

É uma cultura nativa da América Central, ou provavelmente do sul do México, sendo cultivado comercialmente na Índia, Filipinas, México, Venezuela, Guatemala e outros países da América Central. Essa frutífera é uma das espécies que se adapta a diversas condições edafoclimáticas, sendo o seu cultivo mais produtivo em altitudes inferiores a 400m e temperatura acima de 28°C (Lakshminarayana, 1980).

A cultura do sapoti desenvolve-se em regiões quentes, exigindo precipitações acima de 1.000 mm anuais. Desenvolve-se bem em quase todos os tipos de solos, contanto que sejam bem drenados e forneça os elementos minerais necessários para o seu desenvolvimento (Moura et al., 1983). Observações feitas por Balerdi & Crane (2000) mostram que o

(27)

sapotizeiro é moderadamente tolerante a encharcamentos; contudo, se houver prolongamento dessas condições, pode haver redução no crescimento e na produção.

Trabalhos de divulgação e promoção, tanto no Brasil como no exterior, são de vital importância para aumentar o consumo dessa fruta e assegurar a expansão do seu cultivo. Segundo Alves et al. (2000), um grande incentivo para os produtores é o elevado preço que esse fruto tem atingido no mercado interno.

2.2- OCORRÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO DE Ceratitis capitata NO BRASIL

As principais espécies de moscas-das-frutas que causam danos à produção de frutos no Brasil pertencem aos gêneros Anastrepha e Ceratitis. De acordo com Zucchi (1988), o primeiro é constituído por várias espécies, e o segundo apenas por C. capitata.

A existência de hospedeiros facultativos ou silvestres próximos a pomares comerciais agrava o problema na regulação da densidade populacional, pois, estes hospedeiros podem servir como repositórios naturais de moscas, permitindo a manutenção da praga durante o ano todo (Malavasi & Morgante, 1980). A população de mosca-das-frutas tende a aumentar quando existem hospedeiros em abundância e a migrar a procura de locais mais favoráveis, quando a disponibilidade de frutos diminui.

(28)

xxvii

Desse modo, as populações se mantêm através da sucessão de hospedeiros (Malavasi & Morgante, 1981).

A ocorrência de C. capitata no Brasil foi verificada inicialmente em fruteiras introduzidas, posteriormente apresentando ampla distribuição geográfica, sendo encontrada desde o Estado do Rio Grande do Sul até alguns estados do Nordeste e Norte. Portanto, considera-se esta espécie como cosmopolita, infestando mais de 250 espécies de plantas hospedeiras (Morgante, 1991).

Em levantamentos realizados nos Estados de Pernambuco e Bahia, verificou-se a infestação de C. capitata quase que exclusivamente na zona urbana, provavelmente em função da diversidade de frutíferas existentes (Haji et al., 1995). No Estado da Paraíba tem sido verificado a presença dessa espécie em frutos de manga, laranja e sapoti.

2.3- INFLUÊNCIA DA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO HOSPEDEIRO NA BIOLOGIA DE Ceratitis capitata

O ciclo biológico de C. capitata é de aproximadamente 30 dias (ovo: 2, larva: 11 e pupa: 17 dias). A fêmea põe de 300 a 1000 ovos, sendo em média 10 ovos/oviposição. O período embrionário médio é de 48 horas (Souza et al., 1983; Fletcher, 1989; Morgante, 1991; Zucchi et al., 1993). Além das condições ecológicas, outros fatores podem influenciar na biologia das moscas-das-frutas. Em estudos com quatro variedades de

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goiaba, Suplicy Filho et al. (1984), para a Anastrepha, verificaram ser o pH um fator significativo sobre o índice de ataque, assim como o SST, em algumas cultivares.

A alimentação das larvas é afetada pela qualidade da polpa do fruto hospedeiro. Assim, acredita-se que deve haver, preferencialmente, a infestação de frutos com melhores condições para o desenvolvimento larval. Nota-se a diferença no tamanho das larvas e pupas, fecundidade e longevidade dos adultos, quando desenvolvidos em certos tipos de frutos (Salles, 1995).

O valor nutritivo do hospedeiro natural (mamão e laranja) influencia no desenvolvimento biológico de C. capitata. Essa espécie apresentou melhor desempenho quando as larvas foram alimentadas com laranja, observando-se maior taxa de emergência e menor duração do ciclo biológico, fato atribuído às maiores concentrações de açúcares e sólidos solúveis naquele substrato (Silva & Zucoloto, 1993).

A mosca-das-frutas C. capitata produz ovos após alimentar-se exclusivamente de carboidratos durante o estádio adulto. No entanto, essa produção aumenta quando uma proteína ou aminoácido é introduzido na sua alimentação (Hagen & Tassan, 1972; Galun et al., 1981; Zucoloto, 1988; Ferro & Zucoloto, 1990).

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xxix

2.4- TRATAMENTO TÉRMICO DE FRUTOS NA PÓS-COLHEITA

Os tratamentos baseados no emprego de calor através da água quente, vapor e ar quente forçado, constituem alternativas interessantes a outras tecnologias de controle quarentenário pelo fato de possibilitarem a desinfestação e o controle simultâneo de insetos e patógenos (Paull, 1994). Os diversos tratamentos quarentenários disponíveis e utilizados para frutos, apesar de na maioria das vezes viabilizarem sua exportação, podem, se não testados e usados adequadamente, trazer danos irreparáveis aos produtos.

O tratamento hidrotérmico em mangas,

visando ao controle de moscas-das-frutas após a colheita, vem sendo efetuado por exportadores brasileiros desde 1991. O método consiste na imersão dos frutos em água a 46,1°C durante 75 a 90 minutos, para frutos com pesos máximos de 405 e 650g, respectivamente. No entanto, é seguro, do ponto de vista quarentenário, tratar os frutos com até 500g por 75 minutos e de até 700g por 90 minutos, com água na temperatura mencionada (Nascimento & Mendonça, 1998).

No tratamento com vapor quente utiliza-se o ar quente saturado com vapor d’água,

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com temperatura variando de 40 a 50°C. Esse método foi desenvolvido na Flórida em 1929 (Baker et al., 1990). O tratamento de frutos com vapor é o método quarentenário mais aceito pelo governo Japonês contra

moscas-das-frutas. O Ministério da Agricultura e

Pescado do Japão reabriu as importações de frutos da Colômbia no primeiro semestre de 2000 devido ao emprego desse método no controle de moscas-das-frutas (Córdoba & Soto, 2000).

2.5- Efeito do tratamento TÉRMICO Na qualidade de frutos

Os métodos físicos empregados no tratamento pós-colheita de frutos apresentam numerosas vantagens, no entanto, requerem cuidados rigorosos para que não produzam efeitos fitotóxicos e não afetem a fisiologia e a qualidade dos frutos, que resultaria em redução de seu valor comercial ou mesmo na rejeição. Os tratamentos quarentenários exigidos para fins de desinfestação devem ser eficientes, porém sem afetar adversamente a qualidade, a condição ou a sensibilidade do fruto à deterioração (Batista et al., 2001).

A transferência de frutos da temperatura ambiente para temperatura elevada produz estresse, cuja severidade é determinada pela diferença de temperatura e tempo de exposição. Outros fatores, como a rapidez de modificação da temperatura e o estadio fisiológico do fruto,

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xxxi

também são importantes. A perda de integridade e funcionalidade de membranas celulares devido ao aumento de temperatura é gradual e reversível até o ponto em que é atingida a temperatura letal (Paull, 1994).

O risco dos tecidos dos frutos serem danificados pelo calor é uma das razões pelas quais existe uma variedade tão grande de tratamentos, que representam o esforço para definir um regime de tempo/temperatura que produza o efeito desejado sem prejudicar o produto. Os danos causados pela temperatura podem ser internos ou externos. Os danos externos normalmente aparecem como escurecimento da casca, pitting ou amarelecimento de frutos de casca verde. Pode ainda ocorrer aumento na sensibilidade a doenças. Os danos internos se manifestam como desenvolvimento sensível da cor da polpa, especialmente em manga e mamão, amaciamento anormal, não degradação do amido e escurecimento da polpa (Batista et al., 2001).

De acordo com Lurie (1998), as células expostas a temperaturas elevadas por período curto são capazes de desenvolver tolerância térmica transitória, através da produção de proteínas chamadas de proteínas de choque térmico (Heat Shock Proteins – HSP). Aparentemente esse é o mecanismo de tolerância utilizado para reduzir os danos nos tratamentos em duas fases, nos quais um estresse térmico moderado induz a tolerância a um estresse mais severo aplicado na segunda fase. A eficiência da proteção depende do estádio de maturação, do tempo de exposição e da temperatura.

(33)

Em geral, os frutos em estádio de maturação mais avançados são mais sensíveis do que os em estádio inicial de maturação. A variação sazonal na sensibilidade pode ser atribuída à termotolerância induzida no campo. Se o fruto for armazenado em temperatura baixa após o tratamento térmico, os danos pelo calor podem ser confundidos com injúria pelo frio, que causa sintomas semelhantes (Lurie, 1998).

A inibição da formação de etileno é revertida quando a aplicação de calor é suspensa (Chan Jr., 1986), e freqüentemente se observa que a liberação de etileno se eleva temporariamente a níveis mais altos que em frutos não aquecidos. Durante o período de aquecimento, não apenas a produção de etileno endógeno é inibida, como também o fruto não responde à aplicação de etileno exógeno. Isso indica perda ou inativação dos receptores de etileno, ou a incapacidade de transferir o sinal para iniciar a série de eventos que leva ao amadurecimento (Lurie, 1998).

Freqüentemente frutos aquecidos demoram mais a se tornarem macios do que os não aquecidos. Estudos desenvolvidos sobre parede celular de frutos demonstraram menor grau de solubilização de poliuronídeos nos frutos aquecidos, e teor mais elevado de cálcio ligado às pectinas insolúveis do que na fração solúvel. A diminuição da taxa de amaciamento pode ser atribuída à inibição da síntese de enzimas hidrolíticas da parede celular, como poligalacturonase (Chan Jr. et al., 1981) ou α- e β-galactosidase (Lurie, 1998). Dependendo da duração do

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tratamento, o fruto pode se recuperar e se tornar tão macio quanto o não tratado ou permanecer mais firme.

O efeito sobre a qualidade do fruto depende da intensidade e duração do tratamento térmico, da variedade e do estádio de maturação. Em geral frutos em estádios mais adiantados de amadurecimento ou colhidos prematuramente toleram menos, apresentando escaldaduras na casca e enrugamento. Esse tratamento pode provocar perda de peso, alteração de cor, redução da resistência a patógenos, reduzir a firmeza, acelerar o amadurecimento, ou mesmo bloqueá-lo se não for aplicado criteriosamente. De acordo com McDonald & Miller (1994) a imersão em água quente mostrou-se eficiente para patógenos em mamão, goiaba, banana e manga, porém foi prejudicial para pomelo. Os sintomas de dano por água quente em pomelo podem ser escaldadura, pitting, perda de aroma, alteração de cor da casca, perda de firmeza, diminuição da resistência a infecção por fungos do gênero Penicillium.

O tratamento com vapor mostrou-se eficiente para a desinfestação de mangas, goiabas e mamão, porém pode provocar danos em abacate, especialmente das cultivares ‘Fuerte’ e ‘Dickinson’, e alterar o sabor ou acelerar o envelhecimento de citros, como laranja ‘Valência’ e pomelo, e comprometer seriamente a qualidade de carambola, provocando

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escaldadura e manchas escuras (McDonald & Miller, 1994).

O tratamento de frutos com ar quente, seja em um ou mais estádios, deve ser seguido imediatamente por resfriamento em água fria, para que a fruto possa recuperar qualquer alteração fisiológica na via de biosíntese do etileno. Esse tratamento mostrou-se eficiente para a desinfestação de mamão e pomelo, para reduzir a incidência de antracnose em mangas, porém aplicado em carambolas resultou em perda de peso, rápida deterioração, escurecimento e aumento da incidência de doenças (McDonald & Miller, 1994).

O sucesso do uso de vapor, água quente ou ar quente no tratamento pós-colheita parece variar com o fruto, devido às diferenças físicas, fisiológicas e/ou morfológicas entre eles. Por exemplo, os danos na casca de pomelo parecem ser menos severos com tratamento a vapor (McGuire, 1991) e ar quente (Miller & McDonald, 1991) do que com água quente. A temperatura interna desejada no centro do fruto é atingida mais rapidamente com vapor do que com ar quente. O menor dano, provavelmente, é resultado da diferença de coeficiente de transferência de calor entre o ar úmido e o ar mais seco.

Entretanto, com mamão, o tratamento com vapor resultou em amadurecimento desuniforme, ao contrário do ar quente. Da mesma forma,

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mangas ‘Tommy Atkins’ sofreram menos danos com tratamento por ar quente do que com vapor. Em mangas ‘Keitt’, ao contrário, o ar quente causou sérios danos à casca e polpa (McDonald & Miller, 1994).

Os sintomas de danos na casca, resultantes da aplicação de tratamentos quarentenários por calor ou frio, são diferentes. O tecido sensível ao frio pode desenvolver sintomas de pitting e alterações de cor da casca. Os danos provocados pelo calor resultaram em cor atípica, mas em geral não se observou pitting (McDonald & Miller, 1994).

É necessário que os frutos submetidas a tratamentos quarentenários estejam livres de danos mecânicos ou outras injúrias superficiais que possam ocorrer durante o manuseio pré-tratamento, pois o calor intensificará o escurecimento do tecido afetado (Baez-Sañudo et al., 1997). Embora os sintomas possam variar em severidade ou expressão com o tipo de tratamento, qualquer injúria anterior torna o tecido mais susceptível à invasão por patógenos e à rejeição pelo consumidor.

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3- REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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LIMA, A. N. INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO TÉRMICO COM

VAPOR NO CONTROLE DE Ceratitis capitata E NA QUALIDADE DOS FRUTOS DE SAPOTI (Achras sapota L.). Areia: UFPB.

RESUMO: Devido aos problemas causados pela mosca-das-frutas nos

frutos de sapoti pós-colheita, objetivou-se com esse trabalho avaliar o efeito do vapor como tratamento térmico no controle das fases imaturas de

C. capitata. A pesquisa foi desenvolvida no Centro de Ciências Agrárias,

Campus II, UFPB, Areia-PB. Foi feita a infestação artificial dos frutos com ovos de C. capitata e efetuado o tratamento utilizando o vapor quente nas temperaturas de 46±1°C e 50±1°C, nos tempos de exposição de 30, 45, 60, 75 e 90 minutos. Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado, com fatorial de 2x5+1 (duas temperaturas, cinco tempos de exposição e uma testemunha) com quatro repetições por tratamento. Houve efeito significativo no tempo de exposição dos frutos nas duas temperaturas empregadas, de modo que o tratamento com vapor foi eficiente no controle das fases imaturas da mosca-das-frutas atingindo índices de segurança quarentenária sem comprometer a qualidade do fruto de sapoti.

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LIMA, A. N. INFLUENCE OF THE THERMAL TREATMENT WITH

VAPOR IN CONTROL OF Ceratitis capitata AND IN THE QUALITY OF SAPOTI’S FRUITS (Achras sapota L.). Areia: UFPB.

ABSTRACT: Due to the problems caused by the fruit fly postharvest in

the sapoti fruits, it had the aim to evaluate the effect of vapor as thermal treatment in the control of immature phases of C. capitata in fruits of sapoti without committing its quality. The research was carried out at CCA, Campus II, UFPB, Areia-PB. It was made artificial damaging of fruits with eggs of C. capitata and made the treatment using hot vapor in temperatures of 46±1°C and 50±1°C, in the times of exhibition of 30, 45, 60, 75 and 90 minutes. A sketching was used entirely cazualised, with factorial of 2x5+1 (two temperatures, five times of exhibition and one witness with four repetitions for treatment). To the analisis of results a regression logistics was used, there was significant effect in the time of exhibition in two temperatures, and the treatment to vapor reached indexes of quarantine and they don't commit the quality of sapoti fruit.

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1- INTRODUÇÃO

A espécie de mosca-das-frutas Ceratitis capitata (Wiedemann, 1824) (Diptera: Tephritidae) é de ocorrência mundial. No Brasil esse inseto infesta frutos de várias espécies e possui ampla distribuição geográfica, sendo encontrada desde o estado do Rio Grande do Sul até alguns estados do Norte e Nordeste. Essa espécie é considerada cosmopolita, infestando mais de 250 espécies de plantas hospedeiras (Morgante, 1991; Gallo et al., 2002). Dentre as espécies de fruteiras infestadas por C. capitata o sapotizeiro Achras sapota L., frutífera bastante apreciada e muito bem adaptada às condições edafoclimáticas da região Nordeste, apresenta-se como hospedeiro potencial para a referida praga.

O sapoti é reconhecido por seu delicioso sabor adocicado e levemente adstrigente, e, na maioria das vezes, é consumido in natura ou na forma de doces, compotas ou geléias.

O tratamento físico de frutos na pós-colheita é bastante utilizado no Brasil, para frutos de manga que se destinam a exportação com a finalidade de controlar as moscas-das-frutas de diversas espécies (Nascimento & Mendonça, 1998; Batista et al., 2001).

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Os métodos físicos apresentam inúmeras vantagens, entretanto, requerem cuidados rigorosos para que não afetem a fisiologia e a qualidade dos frutos acarretando em redução de seu sabor e aspecto comercial.

A transferência dos frutos da temperatura ambiente para temperatura elevada produz um estresse, onde a severidade é em função da diferença de temperatura e do tempo de exposição, entretanto, o estádio de maturação do fruto também é importante. Normalmente, frutos em estádios mais adiantados de amadurecimento possuem menor tolerância aos tratamentos térmicos.

No tratamento com vapor quente, utiliza-se o ar quente saturado com vapor d’água, com temperatura variando de 40 a 50°C. De acordo com Batista (2000), o tratamento com vapor a 50°C até 90 minutos pode ser usado para o controle quarentenário de C. capitata em frutos de manga, sem alteração na qualidade físico-química dos frutos.

O tratamento com vapor mostrou-se eficiente para a desinfestação de mangas, goiabas e mamão, porém pode provocar danos em abacate, laranja “valência” e carambolas (McDonald & Miller, 1994).

Considerando a potencialidade de frutos de sapoti e a inexistência de informações acerca de tratamentos pós-colheita visando ao controle de mosca-das-frutas, objetivou-se com essa pesquisa avaliar o uso do vapor no controle de C. capitata e sua ação sobre os sólidos solúveis totais, a acidez total titulável e o pH do fruto de sapotizeiro.

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2- MATERIAL E MÉTODOS 2.1- Criação e manutenção de Ceratitis capitata

As moscas-das-frutas C. capitata utilizadas no experimento foram provenientes da criação em dieta artificial (Tabela 1), mantida no laboratório de Entomologia da Universidade Federal da Paraíba – CCA – Campus II – Areia – PB, sob condições de umidade relativa de 85±5%, temperatura de 25±2°C e fotofase de 12 horas, durante o período de julho a setembro de 2005.

As moscas eram mantidas em gaiolas e alimentadas diariamente com uma solução de água e mel a 25%, fornecido em “chumaço” de algodão colocados na parte superior da gaiola, durante o período de oviposição. Ao lado das gaiolas eram colocadas bandejas plásticas com água para coletas diárias dos ovos. A infestação dos ovos na dieta era feita após 24 a 48 horas da coleta dos ovos. Após 10 a 15 dias de infestação na dieta, os recipientes contendo a dieta e as larvas eram transferidos para bandejas plásticas contendo areia esterilizada para obtenção das pupas, iniciando assim um novo ciclo de criação.

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Tabela 1 – Dieta artificial utilizada para alimentação das larvas de Ceratitis

capitata. Areia, CCA/UFPB, 2005.

Ingredientes Peso(g)*

Levedo de cerveja 80,0

Cenoura crua 417,5

Nipagin 2,5

* Quantidade necessária para preparar 500 gramas de dieta.

Foram utilizados frutos de sapoti, proveniente de pomares localizados no município de Areia-PB, com peso médio de 64g e colhidos no início da maturação visual, tendo sido feita uma seleção para uniformização em relação ao tamanho, peso e coloração.

2.2- Infestação dos frutos

A infestação foi feita com 10 ovos de C. capitata por fruto. Os ovos apresentavam idade de 24-48 horas da postura e foram introduzidos através de orifícios na parte mediana do fruto com o auxilio de um bisturi clínico e um pincel n°1.

2.3- Tratamento dos frutos

Decorridas 72 horas da infestação, os frutos foram submetidos a um ambiente saturado de vapor de água a duas temperaturas 46±1°C e 50±1°C, com cinco períodos de exposição: 30, 45, 60, 75 e 90 minutos, ficando um lote de frutos infestados e sem tratamento (testemunha).

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Para cada tratamento foram utilizadas quatro repetições de dois frutos. Após o tratamento, os frutos foram colocados em recipientes plásticos e mantidos em prateleiras nas condições ambientais já descritas.

Para o uso do vapor foi utilizado uma câmara de vaporização (Figura 1) baseada no modelo de Batista (2000). A câmara foi adaptada em uma estufa e para circulação do vapor foi colocado um ventilador na extremidade lateral inferior. A temperatura foi controlada com um termômetro colocado ao nível da prateleira, onde encontravam-se os frutos a serem tratados. O vapor foi injetado na câmara por meio de um vaporizador da marca Delongh com 1400W e 3,5bar conectado na base inferior da câmara.

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li

Figura 1 – Câmara de vaporização adaptada a estufa. Areia, CCA/UFPB, 2005.

2.3- Mortalidade de Ceratitis capitata

A eficiência dos tratamentos foi verificada pela porcentagem de mortalidade de C. capitata calculada em função do número de ovos colocados em cada fruto e número de larvas encontradas 10 dias após a infestação.

2.4- Analise físico-química dos frutos

A análise química da polpa quanto aos teores de sólidos solúveis totais, acidez total titulável e pH, foi realizada antes e 24 horas após o tratamento térmico. A perda de peso dos frutos foi determinada pela diferença entre o peso inicial (antes do tratamento), imediatamente após o tratamento e com 24h após o tratamento (média de peso de oito frutos).

O pH foi determinado com potenciômetro digital calibrado com soluções tampões de pH 7,0 e 4,0 a 25°C, conforme métodos da Association of Official Analytical Chemists – AOAC (1984).

Os sólidos solúveis totais-SST foram medido através do refratômetro digital modelo RTD-32.

A acidez total titulável (ATT.% ácido cítrico) foi determinada por titulometria com NaOH a 0,1N, utilizando fenoftaleina como indicador, segundo Instituto Adolfo Lutz (1985).

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Foi utilizado o delineamento inteiramente casualizado com esquema fatorial 2x5+1 (duas temperaturas, cinco tempos de exposição e uma testemunha) com quatro repetições de dois frutos por tratamento. Para efeito de análise estatística os dados foram avaliados utilizando modelos lineares generalizados, considerando a distribuição binomial e o link logit, ou logístico e para qualidade do fruto foi usada a análise de variância e o teste F.

3- RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 – Mortalidade de C. capitata

Não se constatou diferença significativa entre as temperaturas de 46 e 50°C sob a mortalidade de ovos e/ou larvas de C. capitata em frutos de sapoti, razão pela qual foi calculada a porcentagem de mortalidade média oriunda de ambas as temperaturas (Tabela 2) bem como a freqüência de larvas vivas (Figura 2) nos diferentes tempos de exposição (30, 45, 60, 75 e 90 minutos).

As maiores porcentagens de mortalidade de ovos e/ou larvas de

C. capitata nos frutos foram verificados nos tratamentos com tempo de

exposição de 60, 75 e 90 minutos nas duas temperaturas utilizadas sendo que 50% do número de larvas foi morta com tempo estimado de 24,5 minutos de exposição, enquanto que o tempo de exposição necessário para matar 90% das larvas foi estimado pela equação em 49,8 minutos. Considerando o período em que foi realizada a infestação artificial e o

(54)

liii

tratamento dos frutos, com o desenvolvimento embrionário de C. capitata, admite-se que os frutos podiam apresentar ovos, e larvas recém eclodidas. Conseqüentemente o tratamento efetuado agiu sobre esses dois estádios de desenvolvimento biológico da mosca-das-frutas.

Nos tempos de 30 e 45 minutos a mortalidade foi inferior a 90%, mas a medida em que o tempo de exposição dos frutos foi aumentando para 60, 75 e 90 minutos (Figura 2), houve aumento da mortalidade, atingindo o índice exigido para fins quarentenários, que é de 99,9986%.

De acordo com os resultados de Doria et al. (2004), em que frutos de goiaba foram infestados com C. capitata e tratados com vapor quente, a maior porcentagem de mortalidade de larva foi alcançada no tempo de 90 minutos na temperatura de 46°C. Doria et al., em 2001, utilizando frutos de goiaba infestados com Anastrepha ssp., observaram que a mortalidade larval excedeu ao nível quarentenário nos tratamentos de 50 e 60°C a 90 minutos, corroborando com o resultado deste trabalho, cujo aumento do tempo de exposição dos frutos conduziu a um aumento da porcentagem de mortalidade da C. capitata. Nesta pesquisa, os resultados obtidos foram mais satisfatórios que os obtidos por Miller & McDonald (1998), Hallman et al. (1990), controlando as moscas-das-frutas em pomelo a temperatura de 43,3 a 43,7°C por 300 minutos, Gould (1994), goiaba a 48°C por 20 a 60 minutos, Sharp & McGuire (1996), laranja china a 48°C por 105 minutos, Hallman (1990), carambola a 43,3 a 43,6°C por 90 ou 120 minutos.

(55)

Tabela 2 – Análise do modelo linear generalizado dos fatores tempo e temperatura sobre a mortalidade de Ceratitis

capitata. Areia, CCA/UFPB,

2005.

FV GL Deviance Qui-quadrado

TE 1 117,6107 1,96NS

TO_ 4 20,5774 97,03**

TE*TO_ 4 20,3930 0,18NS

TE: Temperatura TO: Tempo

** Significativo a 1% de probabilidade pelo teste qui-quadrado NS: Pelo teste qui-quadrado

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0 15 30 45 60 75 90

Tempo de Exposição (minutos)

Frequência de larvas vivas

Figura 2 – Freqüência de larvas vivas de Ceratitis capitata em frutos de sapoti em função do tempo de exposição ao vapor. Areia, CCA/UFPB, 2005.

**Significativo a 1% pelo teste qui quadrado.

A utilização de vapor quente como alternativa de controle pós-colheita de ovos e larvas de moscas-das-frutas no Brasil deve ser visto como uma medida promissora. No entanto, alguns aspectos devem ser observados visando o tratamento em escala comercial, pois vários fatores podem implicar na eficiência do tratamento térmico, entre eles estão o tipo de infestação do fruto (se natural ou artificial), o estádio de

89 , 0 1

R

2 ) * * 00097 , 0 * * 0148 , 0 9467 , 0 ( ) * * 00097 , 0 * * 0148 , 0 9467 , 0 ( 2 2 = + = − − − −

e

e

x x y X X

(56)

lv

desenvolvimento do inseto e sua densidade populacional e o estádio de maturação do fruto.

Jang (1986) verificou uma taxa de mortalidade de ovos abaixo de 90% para C. capitata, Dacus dorsalis (Hendel) e D. cucurbitae (Coquillet) em temperatura de imersão de 43ºC até 60 minutos, ressaltando que C.

capitata foi a espécie mais tolerante.

O tratamento térmico como medida quarentenária deve matar ovos e/ou larvas presentes nos frutos sem comprometer sua viabilidade comercial. Dentro dessa perspectiva torna-se indispensável a análise físico-química dos frutos. Para as avaliações da qualidade físico-físico-química de frutos de sapoti, foi utilizado apenas o tratamento com a temperatura de 50°C, uma vez que as duas temperaturas utilizadas (46° e 50°C) não apresentaram diferenças estatísticas entre si.

3.2- Qualidade dos Frutos de Sapotizeiro

3.2.1- Efeito do vapor no pH dos frutos de sapotizeiro

As alterações de pH sofridas pelos frutos tratados foram estatisticamente semelhantes as da testemunha (Figura 3), mesmo para o tempo de exposição de 90 minutos a 50°C (Tabela 3). De acordo com Salles e Tavares (1999), a elevação no pH ocorre em função da diminuição da acidez durante o amadurecimento dos frutos. Essa variação de pH relaciona-se com a redução na acidez total titulável, resultante do consumo dos ácidos orgânicos no metabolismo celular, principalmente o respiratório. Os valores de pH estão dentro dos

(57)

referenciais (4,0 a 6,8) encontrados por Vélez-Colon et al. (1989), em experimentos com 14 cultivares de sapoti plantados em Porto Rico.

Tabela 3 – Resumo da Análise de Variância do efeito do vapor sobre o pH em frutos de sapoti em função do tempo de exposição na temperatura de 50°C. Areia, CCA/UFPB, 2005. FV GL QM Tempo (5) 0,296NS Linear 1 1,163NS Quadrática 1 0,264NS Cúbica 1 0,005NS Resíduo 12 0,266 CV 9,9%

NS: Não Significativo pelo teste F.

4,8 4,9 5 5,1 5,2 5,3 5,4 5,5 5,6 5,7 5,8 0 15 30 45 60 75 90

Tempo de Exposição (minutos)

pH

Figura 3 – pH de frutos do sapoti em função do tempo de exposição ao vapor. Areia, CCA/UFPB, 2005.

3.2.2- EFEITO DO VAPOR NO

TEOR DE SÓLIDOS SOLÚVEIS TOTAIS NOS FRUTOS DE

SAPOTIZEIRO

Verificou-se variação significativa no teor de sólidos solúveis em função do tempo de exposição dos frutos de sapoti ao tratamento térmico variando de 16,5°Brix à

18

,

5

= média

y

(58)

lvii

20,5°Brix (Figura 4), com ajuste ao modelo quadrático (Tabela 4), provavelmente devido à dificuldade de padronização dos frutos no estadio de maturação. Essa variação no valor do SST nos

frutos, referente a concentração de açúcares é que dá a indicação do avanço do processo de maturação

morfofisiológica. Esse comportamento do sapoti em

reduzir o teor de SST, já havia sido constatado por Flores & Rivas, 1975.

Tabela 4 – Resumo da Análise de Variância do efeito do vapor sobre o SST(°Brix) em frutos de sapoti em função do tempo de exposição na temperatura de 50°C. Areia, CCA/UFPB, 2005.

FV GL QM Tempo (5) 6,051NS Linear 1 0,080NS Quadrática 1 19,057** Cúbica 1 7,326NS Resíduo 12 3,532 CV 10,26%

NS: Não Significativo pelo teste F. **Significativo a 5% pelo teste F.

Em pêssego, com o amadurecimento, ocorre a síntese dos sólidos solúveis, ou a degradação de polissacarídeos, fazendo com que seu valor aumente até certo ponto, a partir do qual começam a ser utilizados na manutenção da atividade metabólica do fruto (Bron, 2002), enquanto que o pH e o teor de acidez diminuem (Holland, 1993).

(59)

O teor de SST dos frutos está no intervalo relatado por Lakshminarayana et al. (1967), Shanmugavelu &

Srinivasan (1973), Lakshminarayana & Moreno

Rivera (1979), Karim et al. (1987), Vélez-Colón et al. (1989) que vai de 13,0% a 31,0%. y = 15 16 17 18 19 20 21 22 0 15 30 45 Tempo de Exposição SST (ºBrix)

Figura 4 – Teor de sólidos solúveis totais de frutos de sapoti em função do tempo de exposição ao vapor. Areia, CCA/UFPB, 2005.

**Significativo a 5% pelo teste F.

3.2.3- EFEITO DO VAPOR NA

ACIDEZ TOTAL TITULÁVEL NOS FRUTOS DE

SAPOTIZEIRO

Não foi verificado efeito significativo do tempo de exposição ao vapor sobre a acidez do fruto, que variou de 0,05 a 0,2g de ácido cítrico por 100g de polpa de sapoti (Figura 5) (Tabela 5). Os resultados deste trabalho coincidem com os dados obtidos por Batista (2000), que observou uma variação nos valores de acidez em função da ação do vapor sobre frutos de mangas. Certamente, a falta de padronização da

(60)

lix

maturação do fruto devido a sensível mudança na coloração da casca ao longo da sua maturação, justifique a variação observada.

Tabela 5 – Resumo da Análise de Variância do efeito do vapor sobre a ATT em frutos de sapoti em função do tempo de exposição na temperatura de 50°C. Areia, CCA/UFPB, 2005. FV GL QM Tempo (5) 0,009NS Linear 1 0,002NS Quadrática 1 0,007NS Cúbica 1 0,009NS Resíduo 12 0,012 CV 26,22%

NS: Não Significativo pelo teste F.

0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0 15 30 45 60 75 90

Tempo de Exposição (minutos)

Acidez Total Titulável mg/100g

Figura 5 – Acidez total titulável dos frutos de sapoti em função do tempo de exposição ao vapor. Areia, CCA/UFPB, 2005.

3.2.4- EFEITO DO VAPOR NO

PESO DOS FRUTOS DE SAPOTIZEIRO

Houve elevação do peso dos frutos imediatamente após o tratamento. Essa elevação ocorreu, certamente, devido a absorção de água pela influência do próprio

87

,

0

= média

y

(61)

tratamento. Decorridas 24 horas houve queda no peso, em função da própria atividade fisiológica a exemplo da respiração e da desidratação do fruto (Figura 6).

A taxa respiratória do fruto em amadurecimento é aumentada pela exposição a altas temperaturas (Klein e Lurie, 1990; Lurie e Klein, 1991; Mitchan e McDonald, 1993), e a resposta à temperatura varia com a idade fisiológica do tecido (Paull e Chen, 2000). 450 455 460 465 470 475 480 485 490

Testemunha Logo após os tratamentos

Peso médio de oito frutos (g)

Figura 6 – Efeito do vapor no peso de frutos de sapoti. Areia, CCA/UFPB, 2005.

3.2.5- APARÊNCIA DOS

FRUTOS DE SAPOTIZEIRO

De forma geral, não foi observado efeito adverso do tratamento na aparência externa do fruto, tanto para enrugamento como para manchas na casca e coloração de polpa. Os frutos do sapoti foram resistentes ao

(62)

lxi

tratamento térmico e não foram aparentemente comprometidos na sua qualidade em função do tratamento (Figura 7).

(b)

(a)

Figura 7 – Aparência de frutos de sapoti: (a) sem tratamento; (b) 4 dias após o tratamento com vapor. Areia, CCA/UFPB, 2005.

(63)

4- CONCLUSÕES

A mortalidade de ovos e/ou larvas com índice quarentenário foi atingida nas temperaturas estudadas a partir de 60 minutos de exposição.

O tratamento térmico com vapor não influenciou no teor de sólidos solúveis totais, na acidez total titulável e no pH dos frutos de sapotizeiro nas condições estudadas.

(64)

lxiii

5- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS - AOAC.

Official methods of analysis of the association of official analytical chemists. Ed. 12 Washington D.C. 1094p, 1984.

BATISTA, J. L. Influência do tratamento térmico com vapor na

mortalidade das fases imaturas de Ceratitis capitata (Wiedmann, 1824) (Díptera: tephritidae) e qualidades normal dos frutos de manga cv. ‘Tommy Atkins’. 85f. Tese (Doutorado em agronomia). Faculdade de

Ciências Agrárias e Veterinária, Universidade Estadual de São Paulo, Jaboticabal, 2000.

BATISTA, J. L.; DE BORTOLI, S. A.; ALVES, R. E.; FILGUEIRAS, H. A. C. Tratamento pós-colheita para o controle de moscas-das-frutas. Jaboticabal: FUNEP, p.30, 2001.

BRON, L.U.; JACOMINO, A.P.; APPEZZATO-DA-GLÓRIA, B. Alterações anatômicas e fisico-químicas associadas ao armazenamento refrigerado de pêssegos ‘Aurora-1’ e ‘Dourado-2’. Pesquisa agropecuária

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DÓRIA, H.O.S.; ALBERGARIA, N.M.M.S.; BATISTA, J.L.; FERREIRA, R.J.; BORTOLI, S.A. Efeito do tratamento com vapor quente na mortalidade de larvas de mosca-das-frutas (Anastrepha spp.) e na qualidade de goiaba (Psidium guajava L.) Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v.23, n.1, p.190-192, 2001.

DÓRIA, H.O.S.; BORTOLI, S.A.; ALBERGARIA, N.M.M.S. Influência de tratamentos térmicos na eliminação de Ceratitis capitata em frutos de goiaba (Psidium guajava L.). Acta Scientiarum Agronomy. Maringá, v.26, n.1, p.107-111. 2004.

FLORES, A.; RIVAS, D. Estudios de maturación y almacienamiento refrigerado de nispero (Achras sapota L.) Fitotecnia Latinoamericana, v.11, n.1, p.43-51, 1975.

GALLO, D.; NAKANO, O.; NETO, S.; CARVALHO, R.P.L.; BATISTA, G.C.; BERTI FILHO, E.; PARRA, J.R.P.; ZUCCHI, R.A.; ALVES, S.B.; VENDRAMIN, J.D.; MARCHINI, L.C.; LOPES, J.R.S.; OMOTO, C.

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