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DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR DE CRIANÇAS DE 3 A 6

ANOS ATRAVÉS DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Por: Aline SagaweFavero

Orientador

Profa. Ms. Fátima Alves

Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

O DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR DE CRIANÇAS DE 3 A 6

ANOS ATRAVÉS DAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Psicomotricidade

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AGRADECIMENTOS

...A minha família e aos meus amigos que contribuíram para a realização do trabalho.

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DEDICATÓRIA

...Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pois se não fosse ele, não teria conseguido realizar mais este sonho. E aos meus pais que me apoiaram e me deram suporte para que conseguisse finalizar mais esta etapa vivida com tanto esforço e dedicação.

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RESUMO

A Psicomotricidade tem um papel fundamental no início da vida do indivíduo, é através dela que a criança consegue aprimorar seus movimentos desenvolvendo de maneira interligada o seu lado motor e psíquico.As aulasde Educação Física possibilitam a criança a ampliar o seu repertório motor que, por sua vez, se transforma em um grande aliado para favorecer o seu pleno desenvolvimento de maneira eficaz e correta. Torna-se importante então que a Educação Física na Educação Infantil vise o desenvolvimento e crescimento harmônico nas áreas sociais, afetivas e motoras da criança, a fim de oferecê-la prazer em aprender, minimizando assim, possíveis dificuldades futuras no seu processo de aprendizagem.

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METODOLOGIA

A metodologia que fundamentará o estudo será a pesquisa bibliográfica a partir de publicações anteriores sobre o assunto em documentos impressos como livros, artigos e teses. Será utilizada a seguinte bibliografia: João Batista Freire-Educação de corpo inteiro, Ivanise Meyer-Brincar e Viver, Fátima Alves– Psicomotricidade, corpo ação e emoção, Izabel Galvão-Henri Wallon Uma concepção dialética do desenvolvimento infantil, Diva Maranhão-Ensinar brincando,João Batista Freire-Educação como prática corporal,entre outros.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - Educação Infantil 11

CAPÍTULO II -A Educação Física na faixa etária dos 3 aos 6 anos 16

CAPÍTULO III- Psicomotricidade 28

CONCLUSÃO 38

BIBLIOGRAFIA 40

WEBGRAFIA 42

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INTRODUÇÃO

Pretendemos com este trabalho entender como a Psicomotricidade pode influenciar na diminuição de dificuldades nas aulas de Educação Físicana Educação Infantil, entendendo que tal prática pode trazer benefícios para a vida da criança, já que na Psicomotricidade ela utiliza do próprio corpo para desenvolver o trabalho, interferindo positivamente nos resultados.

Torna-se fundamental que se tenha mais atenção as etapas evolutivas iniciais da criança, a fim de prevenir desajustes psicomotores ou minimizar as chances de que os mesmos ocorram. Nos primeiros anos de vida, a criança está pronta para assimilar todas as informações que recebe, é a etapa mais importante na vida de um indivíduo. Portanto é necessário se fazer um trabalho adequado garantindo a criança uma harmonia entre os aspectos envolvidos, algo que ela não desenvolva apenas para a caminhada escolar, mas sim ao longo de toda sua vida.

Através do desenvolvimento das habilidades psicomotoras a criança se permite conhecer o outro, o mundo que a rodeia e o seu próprio corpo. E a Educação Física através da sua prática pode ser o facilitador fundamental para que este processo se solidifique, possibilitando assim o desenvolvimento integral do seu ser.

Na faixa etária de 3 aos 6 anos a criança começa a refinar seus movimentos, tendo uma maior coordenação dentro de um espaço e tempo determinados.Nessa perspectiva, entendemos que o papel principal da Psicomotricidade na Educação Infantil é fazer com que a criança crie, se divirta, consiga se relacionar, descobrir e interpretar o mundo em que vive.

É de extrema importância o incentivo à prática do movimento, pois se adaptado da maneira correta para todas as fases do desenvolvimento infantil, se torna um instrumento valioso dentro da instituição de ensino, atuando assim

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na prevenção do desenvolvimento inadequado do corpo e na prevenção de dificuldades de aprendizagem.

As atividades psicomotoras devem ser uma das aprendizagens escolares básicas e é fundamental que o professor da sala de aula faça este trabalho em conjunto ao professor de Educação Física, entendendo que o trabalho em questão é de auxiliar no desenvolvimento intelectual e motor das crianças, sendo assim, de extrema importância para a formação global dos mesmos.

O movimento para criança não é apenas “mexer o corpo” mas sim a forma que elas possuem para se expressar, vivenciar emoções, mostrar idéias, descobrir o mundo em geral, ou até mesmo uma oportunidade para desabafar. Tudo isso está associado diretamente a afetividade e a personalidade, por isso ela utiliza do corpo para mostrar o que sente, daí o cuidado que o profissional precisa ter ao identificar o desajuste, que pode ser em grupo ou individual.

A brincadeira é uma necessidade para a criança onde se favorece o conhecimento do corpo dela mesma e dos outros. O pensamento de que criança freqüenta a Educação Infantil apenas para brincar, está diminuindo cada vez mais, dando espaço ao seu objetivo real que é o desenvolvimento integral destes alunos. Atividades simples como: andar, correr e saltar, são de fato movimentos que além de causar divertimento e prazer, desenvolvem diversos aspectos, além de ser uma forma de linguagem para expressar o que sente ou o que precisa, construindo sua identidade.

Sendo assim, o objetivo é facilitar a aquisição das habilidades que favorecem o desempenho escolar, através do estímulo que o profissional possibilita para desenvolver suas funções psicomotoras durante este processo de ensino-aprendizagem, destacando alguns aspectos principais como: esquema corporal, lateralidade, organização espacial e estruturação temporal, auxiliando no desenvolvimento motor, cognitivo, afetivo e social da criança.

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No primeiro capítulo, ressaltaremos a importância da Educação Infantil, bem como seus principais objetivos.

No segundo capítulo, abordaremos a relação entre a Educação Física e a Educação Infantil e seus benefícios para a vida da criança.

No terceiro capítulo, apresentam-se o conceito, os objetivos de Psicomotricidade, os aspectos psicomotores e suas contribuições no que diz respeito à diminuição das dificuldades de aprendizagem.

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CAPÍTULO I

EDUCAÇÃO INFANTIL

A Educação Infantil é um local propício para que a criança se desenvolva de forma lúdica, onde serão atendidas suas necessidades básicas, sendo assim o elo de ligação entre o lar e a escola. Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010), sua definição é:

“Primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e pré-escolas, às quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos que constituem estabelecimentos educacionais públicos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 a 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social.É dever do Estado garantir a oferta de Educação Infantil pública, gratuita e de qualidade, sem requisito de seleção.”(p.12)

É nessa fase que a criança começa a criar suas capacidades afetivas, motoras e de relacionamento social, o que deixa evidente a importância do desenvolvimento nos primeiros anos de vida, refletindo futuramente em seu aprendizado.

“Nesse momento a criança começa a usar os processos de imitação e a “brincadeira” e passa a ter o sentido de assimilar o que ela percebe no seu ambiente. Ela irá reproduzir o seu meio. Inicialmente a criança imita o que vê, posteriormente ela já consegue fazer cópia do que não vê, ou seja, representa o que já viu. Essa

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representação é o início do pensamento.” (MARANHÃO,2001,p.22)

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (2010), as práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação Infantil devem ter como eixo norteador as interações, a brincadeira e deve garantir experiências que:

• Promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança;

• Favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica, dramática e musical;

• Possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação coma linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais orais e escritos;

• Recriem, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas, medidas,formas e orientações espaço temporais;

• Ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e coletivas;

• Possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia das crianças nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar;

• Possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais, que alarguem seus padrões de referência e de identidades no diálogo e conhecimento da diversidade;

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• Incentivem a curiosidade, a exploração,o encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao tempo e à natureza;

• Promovam o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas manifestações de música, artes plásticas e gráficas, cinema,fotografia, dança, teatro, poesia e literatura;

• Promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício dos recursos naturais;

• Propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações e tradições culturais brasileiras;

• Possibilitem a utilização de gravadores, projetores, computadores, máquinas fotográficas, e outros recursos tecnológicos e midiáticos.”

Dessa forma podemos afirmar que, toda criança tem o direito de passar pela Educação Infantil a fim de conhecer o ambiente em que vive, tomar consciência de si e também do outro. Outro fator fundamental na vida das crianças durante a Educação Infantil é a relação que eles possuem com seus professores e colegas de classe, é um desafio tanto para o professor criar um ambiente propicio para trabalhar a afetividade, cooperação, entre outros, como para os alunos se integrarem uns com os outros.

Segundo o RCNEI (MEC, 1998) “os conteúdos deverão priorizar o desenvolvimento das capacidades expressivas instrumentais do movimento, possibilitando a apropriação corporal pelas crianças de forma que possam agir com cada vez mais intencionalidade. Devem ser organizados num processo contínuo e integrado que envolva múltiplas experiências corporais, possíveis de serem realizadas pela criança sozinha ou em situações de interação. Os

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diferentes espaços e materiais, os diversos repertórios de cultura corporal expressos em brincadeiras, jogos,danças, atividades esportivas e outras práticas sociais são algumas das condições necessárias para que esse processo ocorra”.(pag.15)

Logo, as crianças começam a compreender que as outras tem certas individualidades e precisam aprender a conviver com isso, esses relacionamentos precisam ser de amizade e respeito, assim desenvolverão com mais facilidade o que precisam aprender e com certeza a escola é um dos locais mais importantes para que se construa as relações humanas, como cita Galvão: “O estudo da criança contextualizada possibilita que, entre os seus recursos e os de seu meio, instala-se uma dinâmica de determinações recíprocas: a cada idade estabelece-se um tipo particular de interações entre o sujeito e seu ambiente”.

Atualmente a Educação Infantil faz parte da educação básica, segundo a LDBEN nº 9394/96:

“A inserção da educação infantil na educação básica, como sua primeira etapa, é o reconhecimento de que a educação começa nos primeiros anos de vida e é essencial para o cumprimento de sua finalidade, afirmada no Art. 22 da Lei: “a educação básica tem por finalidade desenvolver o educando , assegurar – lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer – lhes meios para progredir no trabalho e nos estudos posteriores”.

É importante ressaltar que a Educação Infantil é facultativa e seu objetivo é ampliar as relações sociais dessas crianças, fazer com que a criança conheça seu corpo, desenvolva algumas capacidades, se expresse e se comunique melhor, entre outras funções.

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Fundamental também colocar que a ênfase nesta fase é o “estímulo”, pois é através dele que a criança poderá aguçar sua curiosidade, desenvolverá sua autonomia, possuindo um desenvolvimento prazeroso, por isso é tão importante que estes educadores sejam capacitados para tamanha responsabilidade. “Segundo os Referenciais, o papel da educação infantil é o CUIDAR da criança em espaço formal, contemplando a alimentação, a limpeza e o lazer (brincar). Também é seu papel EDUCAR, sempre respeitando o caráter lúdico das atividades, com ênfase no desenvolvimento integral da criança.” (Pacievitch)

A educação infantil é um espaço todo pensado para o desenvolvimento da criança, uma preparação para as séries seguintes, sendo assim a aprendizagem é o foco, o se conhecer, conhecer o outro, tudo está interligado e se desdobrando nesta fase da vida do educando.

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CAPÍTULO II

A EDUCAÇÃO FÍSICA NA FAIXA ETÁRIA DE 3 A 6

ANOS

Será abordado neste capítulo, um pequeno resumo sobre a história da Educação Física e salientado também a importância do desenvolvimento de crianças entre 3 e 6 anos na prática da Educação Física. E por último, serão dadas sugestões de atividades que possam vir a serem utilizadas como avaliação na Educação Infantil.

2.1 - Um breve histórico da Educação Física

Vamos fazer um pequeno histórico da Educação Física: antigamente, na época dos homens primitivos, eles faziam exercícios para poderem sobreviver. Tudo o que eles queriam estava voltado para o movimento, mesmo que sem perceber, se precisavam comer, eles também precisavam carregar a comida e pra isso é preciso força, musculatura resistente; quando acertavam uma caça, era preciso treinar sua pontaria, e para locomover-se precisavam andar e correr.

Com a idéia de melhorar sua qualidade de vida, o tempo as formas que o homem utiliza para sobreviver foram sofrendo alterações, buscando satisfazer suas necessidades básicas, foram constantemente encontrando outros povos, buscando novas culturas. Depois passamos pela época onde os escravos é que faziam todos os trabalhos, e utilizavam seus corpos para isso, aumentando o trabalho braçal.

Os mais evoluídos, os gregos, eram voltados para o aspecto físico e mental, nessa época surgiram os atletas, de musculatura saliente, mas nada excessivo. Já os romanos visavam sempre massas musculares, não se dedicava a parte intelectual. Os exercícios eram bem caracterizados nessa época também pelas lutas.

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Segundo Tolkmitt (1996), “alguns historiadores ressaltam alguns momentos de extrema importância e que refletem, ainda hoje, na nossa maneira de ser, de agir e de atuar. Isto se reflete na sociedade ocidental capitalista, que é a sociedade em que vivemos.” A Educação Física se confunde até mesmo com algumas Ciências que buscam entender o passado e o presente, sempre se relacionando com as atividades humanas e com a sua evolução propriamente dita.

2.2 – O desenvolvimento da criança na Educação Física (0 a 6

anos)

Antes mesmo das crianças entrarem na escola, elas já recebem estímulos para desenvolver as suas habilidades motoras, afetivas, cognitivas e psicomotoras, nessa faixa etária também, é de extrema importância as atividades lúdicas. Aos olhos do profissional esta criança está em constante desenvolvimento quando está livre no espaço, se expressando. Crianças precisam da brincadeira, do lúdico, e isso proporciona uma melhor qualidade de vida infantil, já que assim ela fica em equilíbrio sobre tudo que a cerca e consigo.

Segundo o RCENEI, “O movimento para a criança pequena significa muito mais do que mexer partes do corpo ou deslocar-se no espaço. A criança se expressa e se comunica por meio dos gestos e das mímicas faciais e interage utilizando fortemente o apoio do corpo.”(RCENEI,pag.18) A melhor interação da criança com o mundo exterior é a brincadeira, já que estimula a inteligência, a criatividade, socialização, entre outros.

Negrine (1995)“Os professores de Educação Física necessariamente não podem se limitar ao desenvolvimento de habilidades, à tarefa de promover a movimentação. Professores de Educação Física são educadores do corpo, ou seja, são conhecedores de que o corpo é uma totalidade”. Sendo assim,

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podemos entender que a criança conhece o mundo brincando e este processo de ensino aprendizagem tem continuidade durante todo cotidiano escolar.

Todos possuem uma noção de como uma criança é, ela corre, pula, engatinha, se arrasta, fala e faz coisas que as vezes nós não entendemos. As relações que esta criança estabelece com as coisas e com os outros é o que vai construir seu mundo nessa primeira infância.

Lê Boulch (1987) diz que “a criança em idade pré-escolar necessita de uma educação voltada para o corpo, ou seja, ela não pode apenas ser um mero expectador da aprendizagem, e não pode aprender somente através de atos mecânicos. Uma educação voltada para o movimento corporal, relacionada com a brincadeira e os jogos, todos com uma intencionalidade, permite que a criança adquira gradativamente habilidades que a levem a uma educação que não separa corpo e mente, mas que vê de um modo global.”

A partir dos seus 5 anos de idade é que vai modificando o aspecto de se conhecer pouco, de estar voltado apenas para a atividade em si, começa ter novas visões. Em muitos lugares a educação física infantil ainda não é prioridade, estão mais preocupados com a alfabetização e esquecem do desenvolvimento integral da criança, o social e o motor são tão importantes quando a parte intelectual.

De acordo com Brougere (1997), “a brincadeira é um processo de relações interindividuais, por tanto de cultura. É preciso partir dos elementos que ela vai encontrar em seu ambiente imediato, em parte estruturado pelo seu meio, para se adaptar as capacidades. A brincadeira pressupõe uma aprendizagem social. Aprende-se a brincar. A brincadeira não é inata, pelo menos nas formas que ela adquire junto ao homem, a criança pequena é

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iniciada na brincadeira por pessoas que cuidam dela, particularmente sua mãe (...) é o adulto que como destaca Wallon, por metáfora, batizou de brincadeira todos os comportamentos de descoberta da criança.”(pag.98)

A aprendizagem deve ter um significado para o aluno, principalmente nesta primeira fase da vida, as atividades e as brincadeiras devem passar a elas, confiança, tudo deve ser estimulado para que a criança tenha vontade de participar. No RCENEI diz: “A dimensão corporal integra-se ao conjunto da atividade da criança. O ato motor faz-se presente em suas funções expressiva, instrumental ou de sustentação às posturas e aos gestos”(Pag.18)

Assim o aluno consegue desenvolver sua capacidade de se expressar, se movimentar, aprendendo as noções de espaço e de tempo, saberá utilizar os materiais, e ainda mais, quanto mais estimulada mais ela tem coragem para enfrentar novos desafios, multiplicando seu espaço de ação.

Segundo Machado e Nunes, “o universo infantil é repleto de movimentos, jogos e fantasias. O brincar assume importância primordial para a formação da criança, onde o lúdico, o prazer e a alegria possibilitam um viver escolar mais feliz. É dessa maneira que entendemos a importância da educação física para a formação do repertorio motor da criança, com possibilidade de desenvolvimento da cultura corporal do movimento, e como um espaço “especial” para a realização de gestos corporais e habilidades motoras.”(pág.13)

Uma boa qualidade de movimentos em cada período da vida é o que busca o professor de educação física a fim de constatar que em quase todas as crianças pode se conseguir sempre o melhor, basta saber influenciar e estimular estes movimentos. Porem a matéria da educação física deve ser

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como qualquer outra disciplina da instituição de ensino, e não um trabalho a parte.

Sabemos que a educação pré-escolar é facultativa e relaciona-se às crianças com idades entre três anos e a idade de ingresso no ensino básico. Na Lei n.º 85/2009 de 27 de agosto, a educação pré-escolar das crianças a partir dos cinco anos de idade tornou-se universal, ficando o Estado obrigado a garantir uma rede de estabelecimentos que permita a inscrição de todas as crianças abrangidas.

Sabemos que a característica mais marcante na criança é o movimento, a descoberta de se movimentar. Sendo assim, a educação física ganha um valor enorme na educação infantil, já que é o jogo, o lúdico, a atividade simples que serão as chaves para um bom trabalho pedagógico, causando conseqüências importantes no desenvolvimento da criança,pois logo ela tem um progresso. Esse processo de desenvolvimento é compreendido pelas mudanças que acontecem no comportamento motor dos alunos, e os alunos mais envolvidos neste “aprender” são os de 0 a 6 anos, ou seja, o profissional precisa se dedicar e observar qualquer desenvolvimento progressivo, para dar continuidade a este movimento eficiente.

Segundo o RCENEI, “O trabalho com movimento contempla a multiplicidade de funções e manifestações do ato motor, propiciando um amplo desenvolvimento de aspectos específicos da motricidade das crianças, abrangendo uma reflexão acerca das posturas corporais implicadas nas atividades cotidianas, bem como atividades para a ampliação da cultura corporal de cada criança.” (Pag.15)

Parte dos estudos da Educação Física e da Psicomotricidade são dedicados aos movimentos das crianças, e por isso é essencial perceber que o desenvolvimento motor aparece em toda a vida, e se manifesta através dos

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esquemas motores, onde a pessoa consegue organizar e construir seus movimentos, de acordo com as condições em que vive, e seus sistemas biológicos e psicológicos.

Para Piaget (1992) “em sua teoria sobre o desenvolvimento infantil já afirmava sobre uma inteligência motora, que é prática, sendo os movimentos reflexos, e a partir do contato com o ambiente a criança vai construindo um movimento intencional. Todas essas ações fazem com que a criança desenvolva habilidades para a aprendizagem, uma vez que está favorecida pelos estímulos adequados. Esses estímulos, oferecidos pelo ambiente e pelo professor, fazem com que a criança adquira gradativamente uma maior autonomia nos seus esquemas motores, adquirindo novas habilidades. A criança inicia seus movimentos partindo do mais simples ao mais complexo.”

Anteriormente já foi dito que o desenvolvimento motor da criança na Educação Infantil é de extrema importância, pois é possível se construir a escola de forma mais significativa para estes indivíduos, de forma que aproveitem com mais vigor esta fase da vida, com mais prazer, mais ludicidade e sem dúvidas com mais movimentos. E isso depende muito do profissional que estimula estas vontades e percepções nas crianças.

Vinícius (2011) diz que “a motivação vem de dentro para fora, ou seja, depende da pessoa que pratica. A função d educador é estimular, incentivar, para que a partir daí, as pessoas se sintam motivadas a praticarem tal atividade. O individuo deverá estar motivado pela atividade no qual esteja participando, a fim de que possa, espontaneamente, entregar-se com alegria, entusiasmo e prazer.”

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A importância de se reconhecer que o corpo e a mente são indissociáveis pode causar dúvidas ao falarmos de desenvolvimento infantil, já que sabemos que nos dias atuais a tecnologia está bem avançada e as crianças cada vez mais novas passam horas em frente a um computador, ou televisão, e este é mais um motivo para que o profissional faça valer a pena os momentos com seus alunos, tanto para parte intelectual dentro da sala quanto para o profissional de educação física.

Meyer (2011) diz que a Educação Infantil tem um papel social de valorizar os conhecimentos que as crianças possuem e garantir a aquisição de novos conhecimentos. Educar significa estar junto, construir, vivenciar, atuar, trocar, ceder, descobrir e humanizar, estabelecendo uma interação dinâmica com o grupo. Educar significa também respeitar a criança: ela não é um miniadulto, mas um ser que tem características , sensibilidade e lógicas próprias, assim desenvolvimento, transformação e crescimento são partes deste aspecto global.” (pag.44)

O ideal é que a escola juntamente com os pais façam um trabalho em equipe, pois é importantíssima a ação dos mesmos na vida escolar de seus filhos. A idéia é aproveitar e expandir as habilidades da criança, tendo a consciência disso, para mais a frente conseguir dar continuidade as etapas de ensino.

De acordo com Meyer, “a criança ao mesmo tempo em que constitui o mundo, torna-se constituída por ele, sofrendo dialeticamente estas interferências. Por meio das interações sociais que se estabelecem na família, na escola e na comunidade, há uma apropriação do conhecimento científico elaborado pela humanidade”.(pag.29)

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Com todas estas informações podemos comprovar que a escola que se dispõe a trabalhar com a educação infantil não está de “brincadeira”, e sim o espaço disponibilizado é para que as crianças consigam se desenvolver de forma integral, a partir das atividades lúdicas com a intenção de educar.

Para Machado e Nunes, “a ludicidade é importante para a saúde mental do ser humano,é um espaço que merece atenção dos pais e dos educadores. É o espaço e o direito de toda a criança para o exercício da relação com o mundo, com as pessoas e com os objetos. O lúdico viabiliza integrar estudos específicos sobre sua importância na formação da personalidade. Por meio da atividade lúdica e do jogo, a criança forma conceitos, seleciona idéias, estabelece relações lógicas, integra percepções, faz estimativas compatíveis com o crescimento físico e o desenvolvimento, ajudando na sua integração na sociedade.” (pág.19)

A criança que tem esta oportunidade, provavelmente será um adulto mais expressivo, por ter tido uma infância feliz, bem aproveitada.

Segundo Meyer “a aprendizagem acontece por meio do contato direto ou indireto com atividades que ocorrem nas situações de convívio social das quais as crianças participam no âmbito familiar e cotidiano. Porém, outras aprendizagens dependem de situações educativas. O planejamento dessas situações envolve as seleções dos conteúdos específicos a essas aprendizagens, são por meio deles que as crianças desenvolvem suas capacidades e percebem suas maneiras próprias de pensar, sentir e ser, ampliando suas hipóteses acerca do mundo real ao qual pertencem e constituindo-se em um instrumento para compreensão da realidade.” (Pág.48)

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Sabemos que o desenvolvimento das habilidades de movimento influenciam nos fatores cognitivos, afetivos e motores, por isso o professor de educação física deve focar principalmente nesses aspectos, fazendo com que este processo de desenvolvimento seja aproveitado e trabalhado da melhor maneira possível. Os movimentos podem ser involuntários, que chamamos de reflexos, estes para os primeiros meses de vida e os básicos e perceptivos-motores já são para esta faixa etária de crianças com 0 a 6 anos, que é o foco deste trabalho.

De acordo com Silva (2008) O desenvolvimento psicomotor requer o auxílio constante do professor através da estimulação; portanto não é um trabalho exclusivo do professor de Educação Física, e sim de todos profissionais envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Na Educação Infantil, a função primordial do professor não é alfabetizar, devendo também estimular as funções psicomotoras necessárias ao aprendizado formal.

2.3 – Sugestões de avaliação de Educação Física na Educação

Infantil

Sabemos que não cabe a esta faixa etária avaliar como no ensino fundamental por exemplo, que as avaliações são feitas através de provas escritas e etc. Porém é fundamental que o profissional tenha em mente um olhar avaliativo no sentido de, acompanhar o desenvolvimento e crescimento deste aluno, não que o mesmo ficará reprovado por não conseguir desenvolver bem um determinado movimento ou ação, mas sim para saber o quanto evoluiu depois de adentrar no mundo da Educação Infantil. É importante que o professor assuma o papel de mediador na ação educativa, apenas intervindo nos pensamentos individualizados e acompanhando todo o processo de progresso da educação infantil. Sendo assim tudo deve parecer uma brincadeira para que a criança se sinta a vontade, não tem necessidade dela se sentir pressionada para uma avaliação.

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De acordo com Ricardo e Vinicius (2011), “Brincar é um momento sagrado. É através brincadeiras que as crianças ampliam os conhecimentos sobre si, sobre o mundo e sobre tudo que está ao seu redor. Elas manipulam e exploram os objetos, comunicam-se com outras crianças e adultos, desenvolvem suas múltiplas linguagens, organizam seus pensamentos, descobrem regras, tomam decisões. é necessário entender o quanto é saudável cair, tropeçar, errar, perder, levar uma bolada, pular, saltar, rir a toa, correr. Enfim, ser feliz! Isso é ser criança. Isso é viver. E tudo isso prepara as crianças para o futuro, onde terão que enfrentar desafios semelhantes às brincadeiras.” (pág.61)

É importante que o professor não avalie apenas seus alunos, já que a educação é uma via de mão dupla, ao mesmo tempo em que você ensina, aprende algo novo também. É preciso se desprender da avaliação onde se procuram os erros, avaliar é mais que isso. Uma avaliação deve ser a longo prazo, devemos observar nossos alunos no dia a dia, se gostam de participar, se sentem-se satisfeitos, o que nós profissionais fazemos para estimular este aluno a fazer nossas aulas, onde erramos, onde acertamos, tudo deve ser avaliado.

• O professor pode guardar arquivos contendo planos e materiais referentes aos temas trabalhados, relatórios das crianças, o professor pode guardar também os trabalhinhos das crianças, para exemplificar o seu desenvolvimento;

• Reunião com os pais é sempre de extrema importância, para isso é necessário um olhar global sobre estes alunos, assim evita-se de ter apenas uma opinião; poderá contrastar a visão que se tem do aluno na escola e a visão de seus pais sobre ele, saber o que o responsável pensa sobre a Educação Infantil, assim pode-se refletir sobre os motivos de a criança agir de

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determinada maneira no ambiente escolar, além de indicar a família como a mesma pode contribuir e ou auxiliar os avanços da criança;

• Observar se estão atentos durante as aulas;

• Observar se relacionam-se bem com os colegas de classe, professores e os demais funcionários da instituição;

• Se ouvem com atenção e aguardam a vez de falar; se questionam, se participam;

• Se cuida do material escolar, se é caprichoso, se consegue se comportar nos momentos que exigem silêncio;

• Se colabora com a limpeza do ambiente em que está;

• É preciso observar também se conversa a ponto de interferir no rendimento escolar, se é cooperativo e sabe dividir, brinquedos, por exemplo.

• Observe se os alunos entendem bem o que é falado, se consegue se expressar com facilidade, se consegue se articular bem;

• Nessa faixa etária é comum que as crianças contem sobre suas vivencias de forma espontânea, observe isso.

• Veja se os alunos conseguem se concentrar quando estão desenvolvendo as atividades;

• Atenção aos alunos que gostam de fazer jogos da memória, quebra-cabeça, possuem facilidade em raciocínio matemático;

• Observe também se são criativos, se gostam de teatro;

• Observe se houve melhora nos aspectos, praxia fina: pintar, colar, recortar, rabiscar, escrever;

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• E aspectos de praxia global, como : correr, se arrastar, pular e etc.

• Por último veja se os alunos se movimentam de forma natural no espaço e se terminam as suas tarefas no tempo exigido.

Uma avaliação que é feita das experiências vividas pelos alunos é sem dúvidas a melhor opção para esta faixa etária, onde a avaliação deve ser voltada para a construção da autonomia e onde é feita com a participação dos próprios alunos, e é para isso que a avaliação é feita, para compreender os processos de aprendizagem e para acompanhar cada aluno que já aprendeu determinado objetivo, e assim o profissional reorganiza suas atividades, para não se tornar repetitivo em algo que já foi explorado ao máximo, tudo isso pode ser avaliado no dia a dia dos alunos, através das brincadeiras.

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CAPÍTULO III

PSICOMOTRICIDADE

No capítulo a seguir veremos o conceito, os objetivos da Psicomotricidade e suas contribuições no que diz respeito à diminuição das dificuldades de aprendizagem.

3.1 – Conceito

Segundo a Associação Brasileira de Psicomotricidade:

“A Psicomotricidade é uma ciência que tem como objetivo, o estudo do homem através do seu corpo em movimento, em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo mesmo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas. Psicomotricidade, portanto, é um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito, cuja ação é resultante de sua individualidade e sua socialização.”

A palavra Psicomotricidade foi usada a primeira vez no inicio do século, onde Dupré observou uma ligação entre a síndrome da debilidade e a debilidade mental e afirmava que: “Entre certas alterações mentais e as alterações motoras correspondentes existe uma união tão íntima que parecem construir verdadeiras parelhas psicomotoras” (Saboya, 1995, pág.19). O ideal é que não se encerre a definição da psicomotricidade, já que a mesma é uma ciência que se encontra em constante mudança, devida sua principal característica se basear naquilo que é vivido e experimentado. Para Vítor da Fonseca, "Psicomotricidade é a evolução das relações recíprocas, incessantes

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e permanentes dos fatores neurofisiológicos, psicológicos e sociais que intervêm na integração, elaboração e realização do movimento humano".

Importante ressaltar que o profissional de Psicomotricidade pode e deve trabalhar em uma equipe multidisciplinar, onde profissionais de diversas áreas se unem para resolver a mesma questão: a formação integral do indivíduo, são eles: o Fisioterapeuta, o Terapeuta Ocupacional, Fonaudiólogo, Psicólogo, Professor de Educação Física, Pedagogo, Psicopedagogo, Enfermeiro, Auxiliar e Técnico de Enfermagem, Dentista, Assistente Social, Médico, Músicoterapeuta, Arteterapeuta e Psicomotricista. De acordo com Almeida (2010),

“a psicomotricidade, portanto, é um termo empregado para uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito cuja ação é resultante de sua individualidade, sua linguagem e sua socialização. E já é possível compreender o psicomotricista como um profissional da área da saúde e educação que pesquisa, ajuda, previne e cuida do homem na aquisição, no desenvolvimento e nos distúrbios da integração somapsíquica (pág.17).

3.2 – Entendendo um pouco mais da Psicomotricidade

Seus objetivos estão diretamente relacionados ao envolvimento da emoção, do pensamento e da ação. É uma ciência que procura educar o movimento, onde a partir do exercício a criança ou o adulto desenvolve não só o corpo, mas também a mente. Segundo Machado e Nunes (2010):

“A pricomotricidade enquanto ciência que estuda o corpo por meio do movimento amplia as práticas pedagógicas nas aulas de Educação Física. Com a sua evolução, a psicomotricidade passou a ser sinônimo do relacionar-se

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por meio da ação, permitindo a união do ser corpo, do ser mente, o ser espírito, o ser natureza e o ser sociedade.” (pag.23)

É fundamental que se estimule o desenvolvimento motor, seja na criança ou no adulto, ter consciência do movimento corporal proporciona a pessoa, uma consciência de individuo integral.

A psicomotricidade atua em 3 campos: Educação Psicomotora, Reeducação e Terapia.

A Educação Psicomotora é de maior importância principalmente nos seguimentos da Educação Infantil e no Ensino Fundamental e é considerada educação de base, pois leva a criança a tomar consciência do seu corpo e deve ser praticada o quanto antes, já que depois da estrutura completa se tornará mais difícil corrigir as dificuldades. Ricardo e Vinicius (2010) defendem que

“a Educação Psicomotora abrange todas as aprendizagens da criança e se dirige a todas elas, seja individual ou coletivamente. É a vertente da Psicomotricidade que auxilia os alunos em suas atividades escolares, com o objetivo de dar base para que a criança se desenvolva intelectualmente a partir de experiências inicialmente motoras, mas que requerem uma descarga de suas funções cognitivas para sua realização.” (pág.27)

A Reeducação pode atender adolescentes, adultos e crianças que apresentam certos sintomas associados a distúrbios mentais, relacionais, orgânicos, neurológicos ou até mesmo psíquicos. Possuem uma certa imaturidade em seu desenvolvimento motor, sendo assim precisam reaprender a executar determinadas funções. De acordo com Oliveira (1997) :

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“O movimento é utilizado pela psicomotricidade como um meio e ou suporte para que ela, através do corpo, entendendo as percepções e sensações para manipular os objetos e, assim possa adquirir conhecimentos do mundo que o rodeia e descubra a si própria. O desenvolvimento de uma criança é o resultado da interação do seu corpo com os objetos de seu meio, com as pessoas com que convive e com o mundo que estabelece ligações afetivas e emocionais (pág.47).

A Terapia é uma forma de entender que o movimento é linguagem, já que expressa emoções, desejos, sentimentos e etc. Pode ser trabalhada individualmente ou em pequenos grupos. Segundo Moraes (2000): “Partindo do princípio que toda criança brinca, experimenta, manipula objetos, a educação psicomotora torna-se o caminho para o desenvolvimento global a partir do prazer obtido na ludicidade e na corporeidade de forma saudável e feliz” (pág.57)

3.3 – Psicomotricidade Relacional

A Psicomotricidade Relacional está associada à ação do brincar como sendo o principal estímulo, já que a brincadeira motiva os processos de desenvolvimento e da aprendizagem, é de valor preventivo na criança de forma criativa e espontânea, podendo ser expressada com liberdade, para melhorar seu desempenho global em sua adaptação afetiva e social. O psicomotricista ralacional ajuda, faz a mediação, provoca, escuta, interage com a criança como seu parceiro no jogo simbólico.

Segundo Ricardo e Vinicius (2010), “a brincadeira faz parte do cotidiano da criança, essa atuação relacional utiliza-se do brincar como recurso motivador. Tal fato estimula a exteriorização corporal da criança, por

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perceber que a ação do brincar otimiza os processos de aprendizagem e de desenvolvimento” (pág.28)

O profissional relacional é o profissional que se dispõe emocional e corporalmente para ser o elo de apoio e incentivo nas superações do indivíduo. Ele é o observador, que a partir das práticas realizadas irá compor a aplicabilidade e a eficácia do tratamento, em cada caso. O facilitador não interfere no jogo e no brincar da criança, mas se utiliza da observação do brincar para auxiliar na terapia necessária, buscando a superação das dificuldades apresentadas.

Para Lapierre a base da psicomotricidade relacional consiste em “criar um espaço de liberdade propício aos jogos e brincadeiras. O objetivo é fazer a criança manifestar seus conflitos profundos.” A psicomotricidade relacional está ligada a: comunicação, expressão, afetividade, agressividade, limite e corporeidade.

3.4 - Psicomotricidade Funcional

A Psicomotricidade Funcional sustenta-se na prescrição de exercícios para diminuir ou acabar com possíveis descompassos do desenvolvimento motor. As práticas da Psicomotricidade Funcional atuam basicamente no ato motor, não entendendo ou trabalhando o indivíduo como um todo. Essa prática pode ser necessária em alguns momentos ou em alguns casos, mas se acredita que somente ela não seja tão eficaz quanto à abordagem da psicomotricidade que trabalha o indivíduo em sua totalidade, unindo mente, corpo, cognição e afetividade.

Para Le Boulch (1982), “a educação psicomotora deve ser considerada como uma educação de base da escola primaria. Ela condiciona todos aprendizados pré-escolares e pré-escolares; leva a criança a tomar consciência de seu corpo, da lateralidade, a situar-se no espaço, a

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dominar o tempo, a adquirir habitualmente a coordenação de seus gestos e movimentos.”

A estratégia pedagógica baseia-se na repetição de exercícios funcionais, as crianças devem seguir os seus movimentos tantas vezes quantas forem solicitadas. O psicomotricista comanda, não interage, é o modelo da criança. É o movimento de todo o corpo e também de suas partes. Está dividido em vários fatores psicomotores que veremos a seguir.

• Equilíbrio: É a noção de distribuição do peso em relação a um espaço e a um tempo e em relação ao eixo de gravidade, ou seja, uma atividade motora realizada onde causa um desequilíbrio em relação a posição inicial.

Pode ser dividido em equilíbrio estático: que é uma das qualidades psicomotoras mais importantes para o desenvolvimento humano já que é ele que proporciona oportunidade de se estar parado, ainda tendo condições de usar as outras qualidades psicomotoras.

Exemplo:

- Equilibrar-se num pé só.

E equilíbrio dinâmico: que é quando um corpo está em movimento. Exemplo:

- Andar na ponta dos pés;

- Andar com um copo de água na mão.

• Coordenação motora global: É a possibilidade de controle e de organização da musculatura ampla para a realização de movimentos complexos. Deve seguir uma progressão, partindo de propostas simples para outras mais complexas, e é preciso que a criança reflita sobre as situações, como foi feito aquele movimento, levando sempre em conta o seu desenvolvimento.

Exemplo:

- Saltar de diversas maneiras: imitando animais, com um pé só, passando por obstáculos;

- Andar de diversas formas: agachado, na ponta dos pés, quatro apoios, em linha reta.

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- Subir e descer escadas alternando os pés; - Rolar para frente e para trás;

- Amarelinha;

- Agarrar a bola com as duas mãos; - Piques.

Coordenação motora fina: É a capacidade de controlar os pequenos músculos para exercícios refinados. É uma forma precisa e mais eficiente, onde os pequenos músculos produzem movimentos mais delicados e bem mais específicos que outros tipos de coordenação motora.

Exemplo:

-

Juntar quebra-cabeças - Recortar - Colagem - Jogos de encaixe - Martelar pinos

- Rosquear e desrrosquear tampas

• Esquema Corporal: é a consciência do corpo como meio de comunicação consigo mesmo e com o meio. Um bom desenvolvimento do esquema corporal pressupõe uma boa evolução da motricidade, das percepções espaciais e temporais, e da afetividade. É imprescindível que se estimule o reconhecimento do corpo da criança.

Aplicar atividades que favoreçam: - O conhecer do corpo como um todo; - O conhecer do corpo segmentado;

- O controle dos movimentos globais e segmentados; - O equilibrar estático e dinâmico;

- O expressar corporal.

• Lateralidade: É a capacidade motora de percepção integrada dos dois lados do corpo. É a maior habilidade desenvolvida em um dos lados do corpo devido a dominância cerebral, ou seja, pessoas com dominância cerebral

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esquerda tem maior probabilidade de desenvolverem mais habilidades do lado direito do corpo.

Exemplo:

- Pular em um pé só;

- Cruzar a mão direita na orelha esquerda; - Imitar posições;

- Pular com os dois pés dentro de círculos, depois com apenas um dos pés; - Percorrer linhas no chão.

• Estruturação Espacial: È a maneira como a criança se localiza no espaço que a circunda "estou atrás da cadeira" e como situa as coisas, umas em relações às outras "a bola está de baixo da mesa".

Exemplo:

- Uma criança se esconde e a outra tem que dizer aonde ela está, etc.·

- Realizar localizações espaciais: reconhecimento do espaço de ação, noções de dentro, fora, frente, trás;

- Adquirir noções de ordem;

- Adquirir noções de dispersão, agrupamento; - Noções de distância, proximidade.

• Estruturação Temporal: Diz respeito à maneira como a criança se situa no tempo (ontem, amanhã). Pode-se observar que o movimento sempre se desenvolve ao longo de um tempo, tendo um inicio, meio e fim e com isso a criança terá noção temporal ao seu movimento.

Exemplo:

- Montar o calendário da escola; - Contar o que fez ontem;

-Comemorar aniversários; - Os planos pra amanhã;

- Andar em diferentes velocidades.

• Ritmo: Existem alguns tipos de ritmos, lento, acelerado, moderado, o ritmo diz sobre a movimentação própria, a falta de habilidade rítmica pode

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causar uma leitura lenta, e um descompasso com a música, no caso da dança.

Exemplos:

- Colocar músicas para que as crianças dancem, ir mudando o ritmo para que eles acompanhem;

- Colocar músicas onde precisam identificar partes do corpo.

3.5 – Contribuições da Psicomotricidade para minimizar as

dificuldades de aprendizagem

Podemos dizer que a criança em idade pré-escolar necessita de uma educação voltada para o corpo, ela precisa participar deste desenvolvimento e não apenas aprender movimentos mecanizados, precisa entender o porque do movimento e reconhecê-lo. Uma educação para o movimento, relacionada a brincadeiras, a ludicidade, a jogos, é isso que ela precisa. Assim podemos permitir que ela adquira habilidades que a levem não só a uma educação que não separa corpo e mente, mas que vê de um modo global.

Segundo Alves (2012), “a criança cujo desenvolvimento psicomotor é mal constituído, poderá apresentar problemas na escrita, na leitura, na direção gráfica, na distinção de letras (Exemplo: b/d), na ordenação de sílabas, na abstração (matemática), na análise gramatical, entre outras.” (Pág.144)

Ao trabalhar na educação ou reeducação psicomotora escolar, precisamos buscar o problema individual de cada criança, objetivando sempre contribuir para que a melhora na leitura e escrita sejam alcançadas. O professor não deve se preocupar tanto com o ambiente neste momento, mas sim em se aproximar do aluno, se tornar amigo, para que a criança se sinta a vontade e confie no profissional, fazendo assim o que lhe for solicitado.

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De acordo com Alves (2012), é importante que se leve em consideração os aspectos: Socioafetivo – Favorecendo sua autoimagem positiva, valorizando suas possibilidades de ação e crescimento. Cognitivo – Por meio de descobertas e das resoluções de situações, ele constrói as noções e os conceitos. Enfrentando desafios e trocando experiências com os colegas e os adultos, ele desenvolve seu pensamento. Psicomotor – Por meio de seus movimentos e exploração do corpo e do meio á sua volta, realizando atividades que envolvam esquema e imagem corporal, lateralidade, relações temporal-espaciais.

Sendo assim, as atividades propostas devem possuir obstáculos para serem ultrapassados, deve causar curiosidade nos alunos e eles devem usar a imaginação. As atividades podem ser durante as aulas de Educação Física ou por outro professor de outra disciplina, o importante é trabalhar para a melhoria dos alunos.

Alves (2012), nos diz que “outro fator importante é saber que o desenvolvimento da criança é muito mais rápido no período do nascimento aos 6 anos de idade, tanto psicologicamente como fisicamente. Por isso, o quão é importante do profissional saber a história familiar da criança neste período de vida, pois o compreenderá melhor.”

Muitas vezes as dificuldades que são observadas são rotuladas como sintomas de portadores de distúrbio de aprendizagem, problemas na escrita e na leitura podem ser solucionados, basta fazer o trabalho de forma correta. Trabalhe os aspectos sócio-afetivo, cognitivo e psicomotor, leve a criança a vivenciar situações onde elas possa fazer ligações entre o que é real e o que é imaginário.

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CONCLUSÃO

Partindo do princípio de que a Educação Infantil é uma fase de extrema importância para o desenvolvimento, é possível se pensar em uma escola que queira construir de forma significativa e aproveitar esta etapa com mais ludicidade, mais movimento, mais prazer. Precisamos explorar as habilidades das crianças, dando-lhes suporte para que consigam expandir suas potencialidades.

A sociedade precisa entender que a Educação Infantil é a preparação para etapas mais complexas para a criança, e que ela precisa se preparar para isso, infelizmente ainda existe o pensamento de que as crianças só vão a escola para brincar, isso é mito, lenda, como quiserem chamar, mas hoje a Educação Infantil é muito mais que isso, é base. O aluno precisa disso, para quando se transformar em um adulto poder dizer que teve a oportunidade de se expressar enquanto criança.

A criança dos dias atuais está muito ligada as tecnologias, passam horas enfrente ao computador ou enfrente a televisão, vamos “acordar” estas crianças para o movimento, para o brincar, para praticarem atividades livres, é de responsabilidade da escola, dos pais e da sociedade mudar esta realidade, cada um tem sua função para a melhoria da educação atual.

E vimos que não adianta discutir sobre os porquês de tanta dificuldade de aprendizagem, mas sim que é preciso oferecer caminhos a estes alunos que possam solucionar ou que pelo menos diminuam estes problemas. O professor precisa ser o principal facilitador para que a criança veja seu próprio ritmo, faça suas descobertas, respeite seus próprios limites, dando situações de estímulos cada vez mais variadas, assim, através das experiências concretas e vivenciadas será notória a evolução do educando.

O ideal é que o profissional esteja em constante atualização, que pesquise, conheça os estágios de maturação, assim como a Educação Física

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ligada a Psicomotricidade. Unidas, ambas são a combinação entre intelecto, motricidade e as emoções. Se torna um processo se ensino aprendizagem onde as atividades auxiliarão o aluno no aproveitamento de suas potencialidades. O educador tem um papel fundamental, principalmente quando a criança inicia este contato com a educação psicomotora, desta forma podemos concluir que a psicomotricidade auxiliada de forma consciente possibilita uma melhor contribuição no trabalho e uma prevenção nas dificuldades apresentadas, podendo se unir sempre com outros profissionais para um trabalho completo.

Sendo assim, o psicomotricista é o facilitador e colaborador neste processo individual, onde ainda podemos resgatar o prazer ao executar as atividades, cumprindo seu papel de possibilitar uma solução ao problema ou minimizar as dificuldades escolares.

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BIBLIOGRAFIA

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(http://dre.pt/pdf1sdip/2009/08/16600/0563505636.pdf)

Info Escola, Thais Pacievitch (16:30 / 16-09)

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I EDUCAÇÃO INFANTIL 11 CAPÍTULO II A EDUCAÇÃO FÍSICA NA FAIXA ETÁRIA DE 3 A 6 ANOS 16

2.1 - Um breve histórico da Educação Física 16

2.2 – O desenvolvimento da criança na Educação Física (0 a 6 anos) 17

2.3 – Sugestões de avaliação de Educação Física na Educação Infantil 24

CAPÍTULO III PSICOMOTRICIDADE 28

3.1 – Conceito 28

3.2 – Entendendo um pouco mais da Psicomotricidade 29

3.3 – Psicomotricidade Relacional 31

3.4 - Psicomotricidade Funcional 32

3.5 – Contribuições da Psicomotricidade para minimizar as dificuldades de aprendizagem 36

CONCLUSAO 38

BIBLIOGRAFIA 40

WEBGRAFIA 42

Referências

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