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Academic year: 2021

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Todo mundo pode ser empreendedor?

Entenda a diferença entre os empreendedores por necessidade e por oportunidade. Respondido por Marcio de Oliveira Santos Filho, especialista em empreendedorismo Existem fatores para estimular a formação empreendedora de uma criança, como incentivar o lado sonhador e construtivo, ter exemplos de empreendedores na família e estudar o tema, mas a verdadeira semente empreendedora nasce apenas em algumas pessoas.

O empreendedor por oportunidade, ou por natureza, que é aquele sempre disposto a arriscar, nunca confortável com o "normal" ou o "padrão". Esse empreendedor é o mesmo que quer mudar o mundo, acredita que o pode fazer isso e faz de tudo para conseguir. O dinheiro é importante, mas não é o principal motivador, é apenas uma consequência de um plano maior de realização: fazer seu próprio negócio dar certo, ter autonomia e engajamento total.

Quem abre um negócio mais por necessidade do que por vislumbrar uma oportunidade não é menos empreendedor. Aprender técnicas de empreendedorismo, estudar conceitos e ouvir gente experiente são caminhos interessantes para estimular as pessoas. A grande diferença entre os dois tipos de empreendedores fica clara quando o primeiro obstáculo chega.

Para quem nasceu empreendedor, se o obstáculo for o fim do caminho, ele cria um novo caminho e continua a viagem. Isso serve de exemplo a todos os outros, que podem muito bem aprender a empreender tão bem quanto os empreendedores natos. Ser

empreendedor é mais do que uma profissão, é um estilo de vida e são eles que mudarão o mundo em que vivemos.

Marcio de Oliveira Santos Filho é associado da Inseed Investimentos e coordenador do Desafio

Brasil.                

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Quais os desafios dos novos

empreendedores?

Formar uma equipe bem capacitada é um dos maiores desafios dos novos negócios, diz especialista

Quais os desafios de novos empreendedores?

Respondido por Marcio de Oliveira Santos Filho, especialista em empreendedorismo É interessante notar que, por mais dinâmico que os mercados sejam, os desafios encontrados por novos empreendedores não mudam muito.

Uma grande dificuldade na construção de um negócio é encontrar bons profissionais dispostos a correr mais risco em uma empresa em estágio nascente. Busque profissionais com características semelhantes: empreendedor e disposto a correr mais risco. Essa talvez seja a dificuldade central e mais complicada de ser solucionada. A dica aqui é motivar os profissionais “chave” para a empresa com uma participação no negócio. Outro ponto é a dificuldades para estabelecer um modelo básico de tomada de decisão. Ela deve ser pautada em projeções financeiras, pesquisas de mercado, relatórios

de marketing, capacidade de produção, dificuldades da programação, o que nem sempre é fácil para empreendedores menos experientes.

A disposição em arriscar mais é maior quando se é jovem e está empreendendo pela primeira vez, mas deve-se ter bastante cautela nesse ponto. Ponderar os futuros gastos de uma companhia nascente, por exemplo, pode ditar a sustentabilidade financeira da

empresa, caso isso não seja dosado da maneira certa, as consequências podem ser fatais para o negócio.

Se o empreendedor já passou por alguma grande empresa anteriormente, já empreendeu, ele sabe que essa curva inicial da vida de uma empresa é vital para sustentar o negócio. Avisar a sua família que você está buscando começar um negócio "do zero" pode ser uma das tarefas mais difíceis. No caso dos novos empreendedores, esse recado pode ser um choque e deve ser colocado de maneira clara e objetiva, mostrando serenidade e

disposição para fazer dar certo.

Marcio de Oliveira Santos Filho é associado da Inseed Investimentos e coordenador do Desafio

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Qual é a melhor hora para empreender?

Fazer uma avaliação pessoal é fundamental, diz especialista

Qual é a melhor hora para empreender?

Respondido por Marcio de Oliveira Santos Filho, especialista em empreendedorismo Ser empreendedor é muito mais do que uma mudança de área, função ou empresa. É uma mudança de estilo de vida. Para começar seu próprio negócio, você deve ter claro que sua vida vai girar de maneira diferente e pode mudar totalmente.

É difícil apontar um momento exato para começar. Faça as seguintes perguntas a você mesmo para ajudar:

1. Estou empreendendo porque identifiquei uma boa oportunidade de mercado e quero fazê-la dar certo. Não é apenas porque não gosto do meu chefe.

2. Tenho diversas características de um empreendedor como autoconfiança, senso crítico e disposição.

3. Não preciso de uma estrutura fixa e estou pronto para abrir mão de um salário fixo. 4. Minha família está comigo na decisão e meu momento de vida permite que eu assuma

mais riscos.

5. Estou desenvolvendo algo que atende uma necessidade real e está inserido em um mercado escalável.

Se você se identifica com uma ou duas afirmações, talvez ainda precise pensar um pouco mais se é a hora de empreender. Se tem ao menos três ou quatro itens marcados, você tem bons sinais de que é o momento. Agora, se está enquadrado nos cinco itens, você tem sinais muito fortes de que está na hora de empreender!

Mais importante do que saber a hora de empreender, a motivação central deve ser fazer o negócio dar certo, ou seja, não empreenda pela metade, mergulhe totalmente quando decidir que é a hora.

Marcio de Oliveira Santos Filho é associado da Inseed Investimentos e coordenador do Desafio

Brasil.            

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Como se dedicar a um emprego e a um

negócio?

É comum encontrar empreendedores que conciliam as duas atividades quando o negócio ainda está no plano das ideias, diz especialista

Como se dedicar a um emprego e a um negócio?

Respondido por Marcio de Oliveira Santos Filho, especialista em empreendedorismo A maioria dos negócios próprios exige a máxima atenção e comprometimento do fundador. Raras exceções conseguem dividir o foco e a liderança entre um emprego e um negócio em fase operacional.

Se o negócio ainda está no plano das ideias, é comum encontrar empreendedores que conciliam as duas atividades, mas podem ter certeza de que em algum momento especifico o empreendedor vai perceber que será preciso mergulhar totalmente no seu empreendimento para fazer o negócio acontecer e gerar resultado.

Nota-se que grandes empresas de sucesso como Google, Microsoft, IBM, Dell, Facebook, Buscapé, entre outras, tiveram ao longo de sua trajetória, absoluta atenção e foco de seu time central de executivos e fundadores.

Esse comprometimento com o negócio é um dos fatores centrais para que um projeto ou uma ideia torne-se uma empresa de valor. É preciso "respirar" o negócio no dia a dia para entender o que o cliente final deseja, qual será a grande inovação que colocará sua empresa a frente da concorrência e como seus colaboradores estão pensando.

Fazer tudo ao mesmo tempo é não fazer nada direito, pois a qualidade do trabalho será totalmente questionável, além de ser um claro sinal de falta de comprometimento, aumentando exponencialmente as chances de insucesso.

No mercado de capital semente, em que parte dessas empresas nascentes buscam apoio, a conexão entre o empreendedor e o negócio é essencial para o investidor, por conta disso é comum encontrar fundos que exigem a presença do empreendedor com dedicação exclusiva.

Se você está pensando em empreender pela metade, nem comece. É possível alimentar a criatividade e as ideias sobre um possível negócio próprio, mesmo dedicando-se a um emprego, mas no momento que estiver pronto para tirar a ideia do papel, mergulhe totalmente.

Marcio de Oliveira Santos Filho é associado da Inseed Investimentos e coordenador do Desafio

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Quais as tendências de empreendedorismo

para 2012?

Urbanização e tecnologias inteligentes estão entre as tendências para o próximo ano Quais as tendências de empreendedorismo para 2012?

Respondido por Marcio de Oliveira Santos Filho, especialista em empreendedorismo Durante o evento GIL 2011 (Global Innovation and Leadership), algumas

"megatendências" para os próximos anos foram apresentadas. Grandes empresários de multinacionais, gestores de investimentos e empreendedores participaram desse excelente evento. Destaquei três tendências que considero centrais não só para 2012, mas para os próximos anos e que fazem muito sentido para o Brasil.

Urbanização: o mundo está cada vez mais populoso, as megacidades já estão

acontecendo e até 2020, segundo a Frost & Sullivan, haverá 30 delas no mundo assim como as megaregiões e os megacorredores. Olhando mais pra América Latina, 88,7% da população viverá em áreas urbanas até 2020, portanto a tendência

de empreendedorismo deve ser pensada com o foco em cidades inteligentes ("smart cities") em logística e energia, por exemplo.

Tecnologias Inteligentes: envolvendo tudo que está ao nosso redor, a inteligência

tecnológica é uma tendência inquestionável: smartphones, smartenergy e smartmobility. O tripé entre energia, TI e novas tecnologias tem a responsabilidade de liderar esse

movimento green + smart, ou seja, a tendência de negócios que sejam inteligentes e que abordem a questão de meio ambiente em sua concepção. Pensem nisso como uma tendência que não tem fim, ou seja, o mundo vai começar a pesar cada vez mais a questão do meio ambiente aliado à tecnologia.

Socialização: a importância da socialização é inquestionável, ainda mais no Brasil, onde temos uma tendência natural em sermos mais sociais, haja visto o número de usuários brasileiros no Facebook, por exemplo. Essa proximidade de todos via redes sociais, telecomunicações e troca de dados é uma tendência cada vez mais forte. A geração y já representa 33% da população mundial - aproximadamente 2,3 bilhões de pessoas. Aliado a isso vale lembrar que a classe média no Brasil está cada vez mais representativa, portanto uma tendência central de socialização incluindo a classe média é um tópico quente absoluto.

Marcio de Oliveira Santos Filho é associado da Inseed Investimentos e coordenador do Desafio

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Empreendedor pode tirar férias do negócio?

Tirar férias é saudável para o empreendedor e para a empresa

O empreendedor deve sim ter um intervalo para refletir sobre as ações, posicionamento eestratégias que executou no decorrer do ano, isso é saudável para o empreendedor e, criativo para a empresa. Parto do princípio que o empreendedor está fazendo o que ele gosta, mas mesmo assim, ele deve ter uma pausa para analisar o que está a sua volta, tanto na vida profissional como na vida pessoal.

A capacidade de processamento das pessoas tem um limite e as férias são benéficas para recarregar as baterias. O engajamento e a criação aumentam muito quando estamos em um ambiente sem muitas regras - um pouco do que acontece durante as férias.

Uma dica interessante é trazer a liberdade das férias para o trabalho ao menos uma vez por bimestre. Explico: uma empresa australiana de software chamada Atlassian

estabeleceu que ao menos uma vez por trimestre haveria o "dia livre", em que os funcionários poderiam trabalhar no que quisessem, com quem quisessem e da maneira que quisessem, tudo o que a empresa pedia é que os resultados fossem mostrados depois desse dia.

Bolos e cervejas foram servidos para todos e as pessoas trabalharam de maneira mais descontraída e informal. Os resultados mostraram que parte dos problemas foi

solucionada, ideias de novos produtos surgiram e as pessoas ficaram muito mais motivadas nos demais dias.

As férias trazem essa tranquilidade necessária para alimentar o lado criativo do

empreendedor e é nesse momento que soluções para os problemas do dia-a-dia podem emergir. Portanto, empreendedor, tire férias sim, descanse e não tenha muitas regras, apenas pense em como inovar para o seu negócio continuar crescendo.

Marcio de Oliveira Santos Filho é associado da Inseed Investimentos e coordenador do Desafio

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Quais os livros indispensáveis para

empreendedores?

Especialista sugere três títulos importantes para quem quer abrir uma empresa Quais os livros indispensáveis para empreendedores?

Respondido por Marcio de Oliveira Santos Filho, especialista em empreendedorismo Empreender não é tarefa fácil e não existe uma fórmula mágica que leve o seu negócio da ideia ao mercado de ações. Cada negócio tem peculiaridades próprias de foco setorial e mercado alvo, além de ser diretamente influenciado pela gestão e liderança dos executivos centrais.

Selecionei três livros que empreendedores ou investidores escreveram, contando um pouco dos desafios em suas trajetórias. Eles podem servir como inspiração a outros empreendedores, para que reflitam e extraiam os pontos positivos e negativos de cada experiência relatada.

Como fazer uma empresa dar certo em um país incerto (organizado pela Endeavor e publicado pela Editora Elsevier): este livro conta os casos de grandes empreendedores brasileiros, como Abilio Diniz, Emílio Odebrecht e Jorge Gerdau. A ideia é tirar destas histórias como eles acertaram e erraram com seus negócios. Custa cerca de 80 reais. Criação de novos negócios (escrito por José Dornelas, Jeffry Timmons e Stephen Spinelli e publicado pela Editora Campus): o título fala sobre o processo que quase todo empreendedor passa desde a abertura do negócio até a hora de fazê-lo crescer. O livro traz exemplos e exercícios práticos para discutir o empreendedorismo. Custa na faixa de 150 reais.

A arte do começo (escrito por Guy Kawasaki e publicado pela Editora Best Seller): a obra de um dos maiores experts em inovação do mundo fala sobre os passos para o

lançamento de um novo produto ou mesmo de uma nova marca. A dica é como ser ainda mais empreendedor mesmo depois do negócio operando. Custa cerca de 30 reais. Tenha em mente que, mesmo lendo sobre erros e acertos que os outros cometeram, ao empreender você também cometerá os "seus" erros e acertos. Além dos livros citados, recomendo fortemente o vídeo abaixo:

Marcio de Oliveira Santos Filho é associado da Inseed Investimentos e coordenador do Desafio

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Como é o ensino de empreendedorismo no

Brasil?

Com pouca educação formal, o brasileiro tem a cultura de persistência ao seu lado Quais os livros indispensáveis para empreendedores?

Respondido por Marcio de Oliveira Santos Filho, especialista em empreendedorismo Segundo o IBGE 2007, 10% da população brasileira não possui educação formal; 25,5% tem entre 1 a 4 anos de estudo; 53,2% tem entre 5 e 11 anos de estudo e 11,3% tem mais de 11 anos de educação formal. 78,6% dos empreendedores brasileiros têm mais de 5 anos de estudo, logo, pode-se inferir que o empreendedor brasileiro possui mais anos de estudo do que a média dos cidadãos brasileiros.

A relação entre escolaridade e criação de novos negócios é apenas um dos indicadores que deve ser perseguido diariamente pelas 3 esferas do poder público; federal, estadual e municipal, mas na prática sabemos que isso não acontece e está longe de acontecer. As iniciativas de ensino de empreendedorismo hoje se limitam ao nível superior, em poucas escolas, grande parte privadas, ou seja, poucos alunos têm o privilégio de estudar esse tema, motor do desenvolvimento de um país.

Entendo também que o empreendedorismo deve ser ensinado desde o nível fundamental até o nível superior, trabalhando com a construção e com a formação empreendedora do aluno, mas existe um despreparo enorme na formação da classe de professores,

principalmente da rede pública, para adotar uma postura de maior apetite aos riscos inerentes á criação do negócio próprio.

A população brasileira, de forma geral, tem uma cultura de persistência e de determinação muito forte que aliada ao bom momento macroeconômico do país, a crescente

familiarização com o tema e a exemplos divulgados mais constantemente pela mídia, tende a ser muito positiva e motivadora para incentivar cada vez mais ações de estímulo ao empreendedorismo.

Um dado interessante e que confirma essa cultura brasileira é que para cada 1 empreendedor de necessidade existem 2 empreendedores de oportunidade, ou seja, apesar de tudo o povo brasileiro é um povo empreendedor.

Marcio de Oliveira Santos Filho é associado da Inseed Investimentos e coordenador do Desafio

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Como tirar uma ideia do papel?

Fazer uma ideia dar certo é o passo mais importante para o empreendedor Como tirar uma ideia do papel?

Respondido por Marcio de Oliveira Santos Filho, especialista em empreendedorismo O princípio fundamental para tirar sua ideia do papel é ter uma boa diretriz estratégica escrita em um plano de negócios, por exemplo, ou em um bom sumário executivo. Como o mercado é muito dinâmico, normalmente os planos de negócios são ajustados ao longo do caminho, mas não se preocupe, pois isso é totalmente normal. Pivotar é o termo mais comum usado para especificar essa "mudança de direção estratégica".

Uma dica não só para tirar a ideia do papel, mas para fazê-la dar certo, afinal é isso que o

empreendedor busca, é a validação mercadológica das premissas que adotou em seu projeto.

Quando estiver elaborando o seu projeto/ideia é imprescindível que você converse com pessoas que entendam do setor, leia muito sobre o tema, ouça potenciais clientes,

fornecedores e investidores. Esta "validação" de mercado (ou market validation, em inglês) é um dos fatores chave para o sucesso do seu negócio e é o que torna o projeto atrativo para receber investimento.

Uma maneira de ficar completamente imerso em seu projeto, validar com o mercado, com potenciais investidores e receber feedback é inscrever-se em um programa de aceleração e posteriormente em uma competição de startups/planos de negócios. Estes programas ajudam a desenhar melhor sua estratégia e validar o projetos com potenciais investidores. Após completar as etapas de concepção do plano de negócios, validação de mercado e prova de conceito, minha dica é buscar capital via financiamentos governamentais (Finep, Fapesp, Cnpq) e posteriormente buscar investidores anjos e capital semente para escalar seu negócio.

Marcio de Oliveira Santos Filho é associado da Inseed Investimentos e coordenador do Desafio

Brasil.          

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Onde buscar inspiração para empreender?

História de sucesso e de fracasso podem ser fontes de inspiração

Respondido por Marcio de Oliveira Santos Filho, especialista em empreendedorismo Assim como a paixão pelo seu negócio, a inspiração para construí-lo é um estado de espírito complexo de ser entendido e muito pessoal. Não existe uma métrica ou uma fórmula racional que faça uma pessoa adquirir a inspiração instantaneamente, mas sim uma combinação de fatores pessoais e profissionais que estimulam ou inspiram

um empreendedor.

Um gap em um mercado, um serviço não existente ou a falta de um produto que realmente resolva sua necessidade são ótimos inputs de inspiração para empreender e são a partir dessas inspirações que nasceram muitos negócios.

Os exemplos de empreendedores que foram bem sucedidos – e também os que fracassaram - são excelentes fontes de inspiração e de provocação do sentimento empreendedor. Pergunte a si mesmo se no lugar do dono do restaurante que está almoçando, você conseguiria tocar o negócio? O que faria de diferente? Será que você conseguiria levar a empresa para o patamar que está hoje?

Lendo um pouco sobre histórias empreendedoras que deram certo, percebe-se que a inspiração é um dos motivos centrais de sucesso do negócio. A inspiração leva o empreendedor à motivação para empreender que aliada a uma boa dose de execução tornam-se componentes-chave para fazer o negócio dar certo.

Marcio de Oliveira Santos Filho é associado da Inseed Investimentos e coordenador do Desafio

Brasil.                  

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Onde estudar empreendedorismo fora do

Brasil?

Os cursos para empreendedores podem ajudar a conseguir contatos e mentores Onde estudar empreendedorismo fora do Brasil?

Respondido por Marcio de Oliveira Santos Filho, especialista em empreendedorismo Antes de dar qualquer dica sobre cursos de empreendedorismo, vale lembrar que a construção de um negócio vencedor começa com uma ideia, passa pela estruturação e o sucesso decorre de uma boa execução.

Os cursos de empreendedorismo podem ajudá-lo em todas as frentes com fundamentos, mentores e contatos, mas não se pode ensinar como ser empreendedor sem aliar teoria e prática, portanto o verdadeiro aprendizado virá quando começar seu próprio negócio. Destaco os novos modelos de ensino e proposta, como Singularity University que traz um conceito inovador de ensino da tecnologia aliando experts do Google e da Nasa em um programa dinâmico e diferenciado.

Outras opções que podem servir aos empreendedores são os programas Founders' Dilemmas da Harvard Business School, Technology Venturing na Ohio State, Foundations of Managing and Entrepreneurship na Babson College, Mayfield Fellows de Stanford University e NUvention da Northwestern University.

Infelizmente, os cursos não são baratos e ainda devemos adicionar o custo da viagem e estadia. Contudo, recentemente o governo federal lançou um programa chamado Ciências sem Fronteiras que pode ajudar os interessados.

Marcio de Oliveira Santos Filho é associado da Inseed Investimentos e coordenador do Desafio

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O Brasil tem cidades empreendedoras?

Inovação e tecnologia aliadas a incentivos fazem uma cidade empreendedora

Respondido por Marcio de Oliveira Santos Filho, especialista em empreendedorismo Uma cidade empreendedora, além da presença de boas universidades, incubadoras de empresas e centros tecnológicos, deve favorecer a atividade de inovação, tecnologia e conhecimento aplicado, via iniciativa privada ou pública, por meio de incentivos fiscais, processos ágeis e proteção intelectual adequada.

Tel Aviv, em Israel, é um exemplo de cidade que alia boas políticas governamentais que favorecem o empreendedorismo, excelentes universidades e cultura empreendedora. Esses componente unidos resolveram o problema da agricultura local.

A região de Palo Alto na Califórnia, mais conhecida como Vale do Silício, também é um exemplo famoso de cidade empreendedora que, além de incentivar a criação constante de novas empresas de tecnologia, tem uma cultura e um ecossistema extremamente ricos, berço de gigantes da tecnologia.

O Brasil, infelizmente, ainda está caminhando a passos lentos para incentivar as cidades empreendedoras. De acordo com uma pesquisa do Banco Mundial, feita com 183 países, o Brasil é o 126º em termos de facilidade para começar um negócio. Esse fardo pesado é causado pela complexa e elevada política tributária, leis trabalhistas inadequadas e política de propriedade intelectual frágil que limitam o progresso de inúmeras empresas.

Além da desburocratização, as cidades brasileiras devem perseguir o conceito de cidades inteligentes (smart cities, em inglês) aliando tecnologia de ponta às necessidades reais da população, promovendo ganhos de eficiência para todos, seja em comunicação,

mobilidade, infraestrutura ou energia, por exemplo.

O Rio de Janeiro saiu na frente quando fez uma parceria com a IBM, empresa americana de tecnologia, para a constituição de um centro de operações que antecipa eventos climáticos extremos, mas ainda podemos fazer muito se tivermos um ambiente mais favorável em termos tributários e trabalhistas.

Marcio de Oliveira Santos Filho é associado da Inseed Investimentos e coordenador do Desafio

Brasil.      

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O empreendedor deve controlar tudo na

empresa?

O perfil controlador costuma não ser saudável para o crescimento do negócio.

Respondido por Marcio de Oliveira Santos Filho, especialista em empreendedorismo Um estudo da University College London, na Grã-Bretanha, concluiu que a melhor decisão é sempre fruto de uma discussão entre dois indivíduos ou mais, ou seja, eles provaram que "duas cabeças pensam melhor do que uma".

É claro que uma pequena empresa usualmente tem a tomada de decisão muito centralizada no fundador ou em outro sócio, mas, a princípio, o perfil controlador não é saudável para o crescimento do negócio. O ponto central a ser discutido é sobre o limite de centralização da tomada de decisão e controle operacional da empresa para que ela consiga escalar. É evidente que o empreendedor deve saber tudo que se passa em sua empresa, mas é impossível controlar e centralizar todas as decisões que devem ser tomadas.

Os projetos que se tornam empresas de sucesso têm equipes altamente qualificadas, focadas na execução, lideradas por pessoas competentes e com boa visão de negócio. Fazendo uma analogia, um time de futebol só funciona bem se os 11 jogadores quiserem jogar, seguirem a estratégia do técnico e souberem trabalhar em equipe, ou seja,

aproveitando a habilidade e posicionamento de cada jogador em campo. Em uma empresa, a lógica é semelhante.

O empreendedor não deve controlar tudo, pelo contrário, deve ter um time competente para delegar grande parte do trabalho operacional e focar na estratégia organizacional, contato direto com o cliente e mercado em geral.

Para conseguir delegar tarefas e motivar, faça com que os funcionários sintam-se donos do negócio, com programa de stock options, por exemplo. Desenhe processos bem definidos e atribua responsáveis para cada processo com metas bem claras e factíveis de serem alcançadas.

Estabeleça rotinas de aferição de resultados, sendo que cada responsável pelo processo deve apresentar os números/atribuições de sua área com justificativas e planos de ação. Crie um conselho consultivo com pessoas de fora do seu negócio para opinar com uma visão imparcial.

Seguindo essa direção o empreendedor vai instituir um nível de governança corporativa interessante em sua empresa, consequentemente vai adicionar valor ao seu negócio e a empresa vai avançar de forma positiva no seu mercado de atuação.

Marcio de Oliveira Santos Filho é associado da Inseed Investimentos e coordenador do

Desafio Brasil.  

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Como saber se uma ideia de negócio é boa?

Boa ou não, sua ideia precisa ser bem executada para sua empresa ter sucesso

Respondido por Marcio de Oliveira Santos Filho, especialista em empreendedorismo Saber apenas se uma ideia é boa não vai fazê-lo bem sucedido. A chave do negócio está na aplicação dessa ideia ao mercado de forma prática. Muitas vezes quando ouvimos uma boa ideia temos a impressão de que aquilo já existe.

Um sentimento comum quando ouvimos uma boa ideia de negocio é dizer que aquilo era óbvio ou a famosa pergunta “como não pensaram nisto antes?”. É exatamente aí que está o grande desafio: fazer com que a ideia de fácil disseminação e que gere resultado

financeiro. Mais importante do que uma boa ideia é ter uma boa oportunidade de negócios. É preciso que exista um mercado que pague por essa ideia.

Da mesma forma há uma grande diferença entre invenção e inovação. Uma inovação é um invento transformado em produto/serviço que o mercado aceite pagar. Já a invenção pura e simples, caso não tenha aplicabilidade prática e mercado endereçado, não adianta muita coisa.

Por fim, ainda mais importante do que ter uma boa ideia que gere uma boa oportunidade de negócios é ter um modelo de negócios consistente, ou seja, a sua oportunidade precisa gerar lucros para a empresa e ter possibilidade de crescer ao longo do tempo. Se você tem essa boa ideia, existem diversos fundos de investimentos de

capital empreendedor que estarão dispostos a ajudá-lo tornando-se sócios do seu negócio e buscando essa escala de crescimento.

Marcio de Oliveira Santos Filho é associado da Inseed Investimentos e coordenador do Desafio

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Ser empreendedor virou moda?

Casos de sucesso e valuations estratosféricos acabam criando um "modismo", diz especialista

Respondido por Marcio de Oliveira Santos Filho, especialista em empreendedorismo É impossível dizer que ter uma startup hoje em dia não esteja na moda, pelo contrário, poder estampar fundador em um cartão de visitas é um status almejado por muitas pessoas.

É cada vez mais comum encontrar empreendedores em meetups de tecnologia que tem apenas uma ideia e se orgulham de estampar CEO ou founder no cartão de visitas. Muito dessa onda é puxada pelo momento de mercado das startups de tecnologia, principalmente americanas. Casos de sucesso, fracassos, IPOs, compras estratégicas e valuations estratosféricos estão cada vez mais presentes na mídia e isso acaba criando um "modismo " acerca do tema.

Minha dica ao empreendedor de forma bem clara e objetiva é esqueça esta onda criada na indústria e não ligue para cargos estampados no cartão de visita, mas foque totalmente em fazer o seu negócio acontecer.

Busque testar sua tecnologia antes de apresentar a potenciais parceiros ou investidores, sustente seu modelo de negócios e fundamente suas análises com dados factíveis e comparações com negócios similares. Encontre seu mínimo produto viável e faça com que o negócio seja lucrativo. Fazendo isso, estando ou não na moda, a tendência de sucesso do seu negócio com certeza será maior.

Marcio de Oliveira Santos Filho é associado da Inseed Investimentos e coordenador do Desafio

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O que um empreendedor iniciante não deve

fazer?

Admita suas fraquezas e pontos fracos e seja sempre sincero, indica especialista Respondido por Marcio de Oliveira Santos Filho, especialista em empreendedorismo Quando um empreendedor está começando seu negócio é natural que esteja totalmente focado em viabilizá-lo, mas nunca deve esquecer as regras básicas de ética empresarial e transparência na gestão para que o negócio seja criado com pilares sólidos e sustentáveis. Achar que sua ideia é a melhor do mundo, por exemplo, é uma atitude prepotente e

arrogante que pode prejudicá-lo em uma negociação com um investidor, por exemplo. Tenha os pés no chão faz a negociação fluir muito melhor.

Ser prolixo ao explicar sua empresa também não pega nada bem e já mostra sinais claros de falta de foco e objetividade com potenciais cumprimento de metas. Tente mostrar o problema que está querendo solucionar e seja pragmático ao mostrar efetivamente qual a sua proposta de valor, ou seja, tenha muito clara sua vantagem competitiva frente ao que o mercado já pratica.

Na minha visão, o que é pior do que qualquer um dos itens acima é mentir. Essa atitude não só pega muito mal para o empreendedor, pois parte da premissa que você considera-se melhor que o outro e está enganando as pessoas (clientes, fornecedores e

investidores). Seja honesto e verdadeiro sempre, admita suas fraquezas e pontos que precisa melhorar e isso jogará muito a seu favor.

Marcio de Oliveira Santos Filho é associado da Inseed Investimentos e coordenador do Desafio

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Referências

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