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Maturidade Digital das MPEs Brasileiras

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Academic year: 2021

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(1)

Maturidade

Digital

das MPEs

(2)

As Micro e Pequenas Empresas (MPEs) desempenham um papel fundamental e relevante para o desenvolvimento econômico e social do Brasil. Elas são mais de 90% dos empreendimentos e respondem por 30% do PIB e por mais de 50% dos postos de trabalho existentes no país.

O desenvolvimento tecnológico e digital transforma e impacta todos os setores da economia brasileira. É fundamental que nossas micro e pequenas empresas se adaptem e aproveitem ao máximo os benefícios dessas tecnologias, que contribuem para o aperfeiçoamento de suas operações, para a criação de novos modelos de negócio e para a geração de mais receitas.

Diante do desafio de apoiar a transformação digital dessas empresas e assegurar a sua inserção nessa nova realidade econômica, a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) desenvolveu, em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), um modelo de diagnóstico da maturidade ou prontidão digital das MPEs. Tal modelo fundamentou o “Mapa de Digitalização das Micro e Pequenas Empresas Brasileiras”, que aponta o momento atual em que a empresa está no caminho da sua ampla transformação digital. O Mapa identifica, por exemplo, capacidades e barreiras internas, que podem ser etapa crítica na

definição de uma bem-sucedida estratégia empresarial, focada na transformação digital. Em paralelo, o Mapa, ao agregar e analisar dados desse importante segmento da economia nacional, fornece significante insumo para que formuladores de políticas públicas possam

desenhar e implementar um conjunto mais assertivo de medidas, que podem garantir não apenas que a transformação digital de micro e pequenos negócios aconteça, mas que ela seja sustentável.

O Mapa de Digitalização das Micro e Pequenas Empresas Brasileiras, em linhas gerais, revelou que as práticas e estratégias de transformação digital ainda são pouco consolidadas entre as MPEs. Mais do que desafios, as constatações deste relatório nos apresentam oportunidades. Há um grande espaço para que essas empresas adotem tecnologias digitais e desenvolvam todo seu potencial. É crucial, no entanto, imprimir velocidade a esse processo. A transformação digital é um elemento essencial para ampliar os níveis de produtividade e de competitividade do nosso país, além de ser um requisito irreversível para sobrevivência das empresas.

A transformação digital é peça central da atuação da ABDI. É o princípio que orienta as ações do nosso projeto Jornada Digital, formulado para apoiar a inserção das MPEs no universo digital. Ao traçar um diagnóstico cuidadoso do nível de digitalização dessas empresas, o Mapa de Digitalização das Micro e Pequenas Empresas Brasileiras, que integra o Jornada Digital, aponta um caminho mais efetivo para o aumento da maturidade digital dos micro e pequenos negócios. Temos convicção de que, ao estimular a adoção de novas tecnologias por esse setor, a ABDI cumpre sua missão de contribuir com a retomada da nossa economia, de maneira equilibrada e sustentável.

Boa leitura!

IGOR CALVET

Presidente

(3)

Sumário

4

Introdução

5

Metodologia

6

Principais achados da pesquisa

7

Parte 1 | Maturidade digital das MPEs brasileiras

9

Parte 2 | Conectar e engajar clientes

11

Parte 3 | Estabelecer novas bases

de competição

13

Parte 4 | Construir uma organização

orientada a dados

15

Parte 5 | Inovar mais rápido

e colaborativamente

17

Parte 6 | Gerar mais valor para os clientes

19

Parte 7 | Uso de Tecnologias Habilitadoras na

Transformação Digital das MPEs Brasileiras

21

Parte 8 | Experiência com tecnologias

digitais de aprendizagem

(4)

A transformação digital, compreendida como processo de transformar o modelo de negócio vigente através do uso de ferramentas digitais, acompanhando a mudança no perfil do consumidor e nos formatos de consumo de produtos e serviços, é uma pauta que tem feito parte da agenda das empresas nos últimos 10 anos. Modelos de negócios disruptivos têm sido adotados em indústrias tradicionais mudando a competição e a percepção de valor, atribuída pelos consumidores, transformando setores, categorias e, em um último momento, a economia.

O Mapa da Digitalização das MPEs brasileiras tem por objetivo conhecer como as micro e pequenas empresas nacionais estão atuando na digitalização de seus negócios e em que nível de maturidade digital se encontram, a partir da mensuração do grau de implementação de um conjunto de 25 boas práticas digitais e da utilização das tecnologias habilitadoras deste processo. O cenário de crise vivenciado pelas empresas em função das medidas de combate à pandemia da COVID-19 acelerou o processo de transformação digital, ou ao menos empurrou para dentro do universo digital um conjunto de empresas que pouco atuavam neste ambiente e que foram obrigadas a se adaptar rapidamente a este novo normal. Porém, a entrada no ambiente digital não representou, necessariamente, a aceleração da maturidade digital das empresas, que se viram forçadas a competir em outra arena de negócios sem as ferramentas necessárias para tal.

De qualquer forma, mais do que nunca, as empresas estão entendendo que esse caminho não tem volta. As mudanças nos hábitos de consumo serão incorporadas, em maior ou menor grau a depender dos mercados, e os negócios on-line se tornarão, cada vez mais, um rival à altura do ambiente físico de negócios. O mundo agora é fígital, físico e digital convivem, cooperam e se complementam. E as micro e pequenas empresas podem se beneficiar deste novo normal, acelerando sua maturidade digital e participando cada vez mais do universo on-line que lhes cerca.

(5)

Metodologia

A ABDI/FGV receberam um total de 2.572 respostas de empresas nacionais no período de 03/03/2021 a 31/05/2021. A amostra possui representatividade nacional e setorial, com um total de respondentes de 1.176 do setor de serviços, 804 do setor de comércio e 537 do setor industrial. Todos os respondentes considerados nesta pesquisa são do setor privado e respondem por Micro Empresas ou Empresas de Pequeno Porte, conforme classificação utilizada nacionalmente.

Região

Setor Econômico

Fig 14 |

Caracterização das Empresas

Serviços 46,50% Comércio 41,80% Indústria 21,30% Sudeste Nordeste Sul Centro-Oeste Norte 36% 26% 21% 10% 7%

Porte da Empresa

ME 65% EPP 35%

Tempo de Empresa

Menos de 1 ano 6,50% Mais de 10 anos 43,40% 5 a 10 anos 17,60% 2 a 5 anos 21,70% 1 a 2 anos 17,60%

(6)

• 66% das MPEs estão nos níveis 1 e 2 de maturidade digital, sendo 18% empresas

analógicas (nível 1) e 48% emergentes (nível 2);

• A média de maturidade digital das MPEs brasileiras é de 40,77 pontos, em uma escala que varia de 0 a 100 pontos;

• O setor de serviços apresentou os melhores

resultados, com uma pontuação média de 43,73, enquanto o setor do comércio apresentou a menor pontuação média, 36,75 pontos. O setor industrial registrou média de

40,49 pontos;

• Com uma pontuação média de 47,72 pontos, as empresas demonstraram maior

maturidade digital no objetivo 4 – inovar mais rápido e colaborativamente, o que

demonstra que as empresas estão se abrindo a novas possibilidades e adotando práticas de inovação mais ágeis e colaborativas; • Por outro lado, a pontuação mais baixa

das empresas, 35,01, foi no objetivo 2 – Estabelecer novas bases de competição, o

que traduz uma dificuldade em se adaptar ao universo on-line e oferecer modelos de negócios mais inovadores e digitais; • Por fim, percebe-se que as empresas já

estão atuando com uso de banda larga em suas operações e estão avançando nas

políticas de armazenamento de dados,

mas ainda utilizam pouco os serviços de cloud computing e o e-learning como ferramentas de aumento de produtividade. Cybersegurança também ainda é um tema pouco abordado pelas MPEs.

Principais achados

da pesquisa

0

40,77

pts

100

digital das MPEs brasileiras

Média de maturidade

0

43,73

pts 100

apresentou os melhores resultados

Setor de Serviços

0 100

Objetivo 4 - Inovar mais rápido e colaborativamente

Maior maturidade

47,72

pts

0 100

Objetivo 2 - Estabelecer novas bases de competição

Menor maturidade

35,01

pts analógicas emergentes

66%

18%

48%

N.1

das MPEs

estão nos níveis (N) 1 e 2 de maturidade digital

(7)

Maturidade Digital

das MPEs Brasileiras

PARTE 1

A transformação digital dos micro e pequenos negócios está em estágio inicial, independente do seu setor econômico.

Nota-se uma concentração de empresas no nível 2 de maturidade digital, em uma escala de 4 níveis. Este nível representa as empresas “Emergentes” que estão realizando esforços para se digitalizar mas ainda possuem uma estrutura e modelos de negócios tradicionais.

18%

48%

30%

3%

0PTS 100PTS 50PTS 20PTS 80PTS

LÍDER DIGITAL

INTERMEDIÁRIO

EMERGENTE

ANALÓGICO

NÍVEL 4 NÍVEL 3 NÍVEL 2 NÍVEL 1

Fig 1 |

Distribuição das MPEs avaliadas por nível

de maturidade

(8)

A média de maturidade digital das MPEs brasileiras é de 40,77 pontos, em uma escala que varia de 0 a 100 pontos.

O setor de serviços apresentou os melhores resultados,

com uma pontuação média de 43,73, enquanto o setor do comércio apresentou a menor pontuação média, 36,75 pontos. O setor industrial registrou média de 40,49 pontos. CONECTAR E ENGAJAR CLIENTES

44,41

40,77

Apesar de o setor de serviços ter demonstrado melhores resultados, percebe-se que a diferença de nível de maturidade entre os três setores é muito pequena, sendo o comércio o destaque negativo.

43,73

40,49

36,75

INDÚSTRIA COMÉRCIO

SERVIÇOS

Fig 2 |

Média de maturidade digital total e por objetivo

Fig 3 |

Maturidade digital por setor da economia (total e por objetivo)

OBJETIVOS SERVIÇOS INDÚSTRIA COMÉRCIO

1. Conectar e engajar clientes 46,71 42,78 42,07

2. Estabelecer novas bases

de competição 39,64 32,94 29,64 3. Construir uma organização

orientada a dados 40,47 40,69 36,60 4. Inovar mais rápido e

colaborativamente 50,88 49,14 42,33 5. Gerar mais valor para os

clientes 40,93 36,90 33,11

ESTABELECER NOVAS BASES DE COMPETIÇÃO

35,01

GERAR MAIS VALOR PARA OS CLIENTES

37,53

CONSTRUIR UMA ORGANIZAÇÃO ORIENTADA A DADOS

39,20

INOVAR MAIS RÁPIDO E COLABORATIVAMENTE

(9)

PARTE 2

Conectar e

engajar clientes

Compreender as mudanças de

comportamentos no ambiente digital, relativos a forma como a empresa acessa, se engaja, customiza (personaliza produtos e experiências), se conecta e colabora com os seus clientes

INDÚSTRIA

42,78

SERVIÇOS

46,17

COMÉRCIO

42,07

44,41

POR SETOR TOTAL

MATURIDADE MÉDIA

(10)

Fig 4 |

Implementação de boas práticas do objetivo 1

Conectar e Engajar Clientes

As práticas deste primeiro objetivo podem ser

consideradas como “a porta

de entrada ao universo digital”. São práticas simples,

que não demandam uso de tecnologias complexas nem aquisição de hardwares e softwares. Talvez por isso, tenha sido o segundo objetivo onde as empresas melhor pontuaram, com destaque para a prática “Usar mídias sociais para conectar e engajar clientes”, segunda prática mais utilizada entre as 25 práticas testadas na pesquisa, com 81% de empresas que implementaram total ou parcialmente ações desta prática.

Porém percebe-se que as empresas não avançam nas práticas que demanda uso de aplicativos ou API para personalização da experiência, atuação em multicanais e implementação de um mínimo grau de automação para atender clientes e responder a dúvidas interativamente.

Boa Prática 1

Uso de Mídias Sociais

Boa Prática 2

Website com funcionalidades interativas

Boa Prática 3

Experiência Omnichannel

Boa Prática 4

Ferramentas de Personalização da experiência

Boa Prática 5

Atendimento Automatizado para perguntas frequentes

Boa Prática 6

Criar Conteúdos e participar de discussões on-line

Implementado Parcialmente implementado Não implementado

44,5% 36,6% 18,9% 33,3% 39,2% 27,5% 47,4% 21,2% 31,4% 65% 20,1% 14,9% 73,1% 23,6% 3,3% 43,9% 21,5% 34,6%

(11)

PARTE 3

Estabelecer

novas bases de

competição

Reposicionar a atuação da empresa em função das novas formas de concorrência e ampliar mercados a partir de novos formatos de

negócios, com uso de ferramentas e tecnologias digitais para transformar os negócios tradicionais em empresas digitais e explorar possibilidades de desintermediações digitais e novos modelos de negócios e fontes de receitas

INDÚSTRIA

32,94

SERVIÇOS

39,64

COMÉRCIO

29,64

35,01

POR SETOR TOTAL

MATURIDADE MÉDIA

(12)

Fig 5 |

Implementação de boas práticas do objetivo 2

Estabelecer novas bases de competição

As práticas relacionadas a este objetivo demandam dos empresários uma reavaliação de suas estratégias e

modelos de negócio, temas notadamente mais complexos de lidar. Não surpreende que tenha sido o objetivo com a pontuação média mais baixa de todos, demonstrando a dificuldade que as micro e pequenas empresas possuem em repensar sua atuação e “pivotar” seus modelos de negócios tradicionais. A prática de “Participar de plataformas de negócios (marketplaces)” não é implementada em nenhum grau por mais de 80% das empresas, enquanto mais de 80% das empresas não sabem como desenvolver novas formas de competição utilizando estratégias

multicanais para acessar públicos de perfis diferentes de consumo de seus produtos/ serviços.

Boa Prática 7

Desenvolver novas formas de competição

Boa Prática 8

Participar de plataformas de negócios

Boa Prática 9

Acessar especialistas em ICT

Boa Prática 10

Teletrabalho com ferramentas de gestão de equipes

Boa Prática 11

Digitalizar e integrar processos de negócios

Implementado Parcialmente implementado Não implementado

53,3% 17% 29,7% 80,1% 7,2% 12,7% 18,6% 29,5% 51,9% 40,4% 35,9% 23,7% 46,2% 41,7% 12,1%

(13)

PARTE 4

Construir uma

organização

orientada a dados

Entender a necessidade e a importância de se usar dados na tomada de decisão, bem como estar preparado para lidar com a segurança e privacidade dos dados, desenvolvendo procedimentos de coleta, tratamento e análise de dados voltados para identificação de insights e desenvolvimento de novos produtos e serviços.

INDÚSTRIA

40,69

SERVIÇOS

40,47

COMÉRCIO

36,6

39,20

POR SETOR TOTAL

MATURIDADE MÉDIA

(14)

Fig 6 |

Implementação de boas práticas do objetivo 3

Construir uma organização orientada a dados

Uma das fronteiras mais exploradas atualmente pelas empresas digitalmente maduras é a análise de dados estruturados e não-estruturados, com apoio de ferramentas de big data e machine learning para identificação de padrões que permitam compreender melhor seus clientes,

mercados e desenvolver estudos preditivos para antecipar tendências e

comportamentos. No caso das MPEs brasileiras, a pesquisa aponta para uma realidade ainda muito distante, com um baixo número de empresas que afirmaram coletar dados nas relações com clientes e fornecedores e explorar dados de diversas fontes.

Por outro lado é perceptível que as empresas estão mais abertas e atentas à necessidade de se utilizar dados no processo de tomada de decisão, 23% das empresas afirmaram possuir um plano formal para uso de dados com rotinas de elaboração de relatórios gerenciais e um sistema de suporte à decisão, enquanto 37% afirmaram que apesar de não possuírem uma rotina formal definida, os dados estão presentes nas reuniões decisórias.

Boa Prática 12

Coletar e armazenar dados na cadeia de suprimentos

Boa Prática 13

Coletar e armazenar dados nas relações com clientes

Boa Prática 14

Explorar dados de diversas fontes (estruturados e

não-estruturados)

Boa Prática 15

Usar dados para tomada de decisões

Boa Prática 16

Desenvolver análises preditivas a partir dos dados

Boa Prática 17

Qualificar os funcionários para uso dos dados

Implementado Parcialmente implementado Não implementado

48,5% 28,3% 23,2% 54,6% 26,4% 19% 44,2% 30,6% 25,3% 37,2% 22,9% 39,9% 25,8% 27,5% 46,7% 25,5% 43,3% 31,2%

(15)

COMÉRCIO

42,33

MATURIDADE MÉDIA

PARTE 5

Inovar mais rápido e

colaborativamente

Reposicionar a atuação da empresa em função das novas formas de concorrência e ampliar mercados a partir de novos formatos de

negócios, com uso de ferramentas e tecnologias digitais para transformar os negócios tradicionais em empresas digitais e explorar possibilidades de desintermediações digitais e novos modelos de negócios e fontes de receitas

INDÚSTRIA

49,14

SERVIÇOS

50,88

47,72

POR SETOR TOTAL

(16)

Fig 7 |

Implementação de boas práticas do objetivo 4

Inovar mais rápido e colaborativamente

Boa Prática 18

Inovar colaborativamente

Boa Prática 19

Ambiente que encoraje a tomada de risco e a inovação

Boa Prática 20

Construir, medir, aprender

Boa Prática 21

Usar a rede de parceiros e fornecedores para inovar

Boa Prática 22

Interagir com o ecossistema de inovação de sua região

Implementado Parcialmente implementado Não implementado

11,6% 20,5% 68% 20,9% 43,7% 35,4% 47,7% 21,6% 30,6% 51,1% 30,6% 18,4% 22,8% 27,9% 49,3%

O barateamento das tecnologias de manufatura aditiva e customização em massa permitiram às empresas modificar seus processos produtivos e realizar testes rápidos, reduzindo o tempo entre a identificação de uma oportunidade e a modelagem de um novo produto/serviço ou modelo de negócios. A transformação digital das empresas passa, necessariamente, pela mudança de sua estratégia de inovação e capacidade de responder rapidamente às necessidades dos clientes e dos mercados. Chama a atenção que este tenha sido o objetivo que as empresas melhor pontuaram em toda

“Desenvolver um ambiente que encoraje a tomada de risco e a inovação”, com um total de 79% das empresas que afirmaram implementar totalmente ou parcialmente esta prática.

No entanto, percebe-se a dificuldade em realizar inovações colaborativas e utilizar ferramentas de inovação em ciclos curtos, o que demonstra a falta de conhecimento e uso de práticas mais alinhadas com o perfil de empresas nativas digitais, que trazem esses processos em seu DNA e com isso ganham mais agilidade e escalabilidade em seus negócios.

(17)

PARTE 6

Gerar mais valor

para os clientes

A velocidade das mudanças trazidas pela transformação digital leva as empresas a considerar permanentemente se seu modelo de negócios está entregando valor a seus clientes ou se os clientes estão migrando para outros formatos de consumo de produtos e serviços, sobretudo em mercados que estejam sendo severamente impactados pela transformação digital dos negócios.

INDÚSTRIA

36,9

SERVIÇOS

40,93

COMÉRCIO

33,11

37,53

POR SETOR TOTAL

MATURIDADE MÉDIA

(18)

Assim como percebido no objetivo 2, as práticas deste objetivo levam as empresas a repensar suas estratégias e analisar se seus modelos de negócios continuam competitivos e entregando valor a seus clientes, capturando uma parte desse valor no processo. Talvez por essa razão, este foi o segundo objetivo de pior pontuação geral das empresas com destaque para a prática “Desenvolver modelos de negócio de teste rápido”, segunda prática menos utilizada pelas empresas entre todas as 25 práticas testadas, com 71% das empresas afirmando não possuir nenhuma estratégia para analisar potenciais novos modelos de negócios.

Mais uma vez a dificuldade em pensar o negócio surge como barreira à transformação digital. É preciso desmistificar as tecnologias e trabalhar na popularização das metodologias que ajudem as empresas a acelerar o ciclo de descoberta até o lançamento de novos produtos/serviços e modelos de negócios.

Fig 8 |

Implementação de boas práticas do objetivo 5

Gerar mais valor para os clientes

Boa Prática 23

Usar feedbacks online para gerar novos produtos

Boa Prática 24

Desenvolver novos modelos de negócios de teste rápido

Boa Prática 25

Usar tecnologia para compreender valor para o cliente

Implementado Parcialmente implementado Não implementado

19,8% 31,6% 48,7%

11,4% 17,7% 71%

(19)

PARTE 7

Utilização de

Tecnologias

Habilitadoras

Acessar tecnologias habilitadoras, usá-las como facilitadoras das ações de digitalização dos negócios e embasar o desenvolvimento das práticas para a transformação digital. As tecnologias habilitadoras complementam as boas práticas digitais e integram as ações necessárias à entrada neste universo, integrando os negócios físicos e virtuais.

(20)

Fig 9

Utilização de Tecnologias Habilitadoras

A transformação digital não trata de comprar as tecnologias de ponta, mas sim sobre a mudança nas estratégias e atuação das empresas, utilizando as tecnologias como ativos para modelos de negócios que habilitem as empresas a gerar mais valor para os clientes nos ambientes físico e virtual. Porém, existem tecnologias que são habilitadoras da digitalização, por serem consideradas elementos estratégicos no acesso ao universo digital. A pesquisa testou o uso de cinco tecnologias habilitadoras e constatou a dificuldade em acessar essas tecnologias por parte das MPEs brasileiras. O acesso à banda larga já é parte da realidade de mais de 60% das empresas, o que é considerado muito bom, apesar de ainda existirem problemas de conexão, sobretudo nas regiões Norte e Centro-Oeste do país.

É preciso desmistificar a ideia de que essas tecnologias habilitadoras são caras e impeditivas de serem contratadas pelas MPEs, ou seja, tecnologia não é mais “coisa de empresa grande”, mas essa ideia parece ainda se perpetuar na mente dos empreendedores. Tecnologia 1

Acesso à internet

banda larga

Tecnologia 2

Serviços de

Cloud Computing

Tecnologia 3

Uso de e-learning para

qualificação da equipe

Tecnologia 4

Ferramentas de

Cybersegurança

Tecnologia 5

Armazenamento de dados

e rotinas de back-ups

68,7% 63,7% 40,3% 56,2% 56,9% 10,9% 17,7% 21,8% 18,4% 21,4% 20,4% 18,7% 37,9% 25,4% 21,7%

(21)

PARTE 8

Uso de

Tecnologias

Digitais de

Aprendizagem

Adotar novos formatos de aprendizagem para acelerar a implementação de inovações, o acesso à informações e a qualificação das equipes e dos negócios

(22)

As MPEs brasileiras estão mais abertas a interagir com outras dinâmicas de aprendizagem para além dos modelos tradicionais de educação, e isso é uma ótima notícia! O uso de vídeos de instruções (vídeos veiculados em plataformas como youtube com tutoriais ou explicações de temas diversos) já foi utilizado e aprovado por mais de 66% dos respondentes, enquanto que os cursos on-line, síncrono e assíncrono, são aprovados por mais de 50% dos empresários. Ainda são poucas as experiências com conteúdos gamificados e mentoria on-line, por mais que a maior parte de quem usou aprovou! O uso de ferramentas de aprendizagem digitais é fundamental para a escalabilidade de programas de qualificação em massa, sobretudo aqueles dedicados a repassar conteúdos práticos que chamem os empresários à ação, com uso de formatos diversos de vídeos instrucionais práticos e demonstrativos. Os resultados da pesquisa indicam que o público está pronto e aberto para receber estes conteúdos e participar de programas com uso de ferramentas digitais.

Fig 10

Experiência com Tecnologias Digitais

de Aprendizagem

Curso on-line assíncrono

Curso on-line síncrono

Vídeos com instruções

Conteúdos gamificados

Mentoria on-line

Implementou melhorias

com aprendizado on-line?

Usei e Gostei Nunca usei Usei e não gostei

53,3% 66,36% 63,24% 81,84% NÃO 51,09% 50,3% 9,81% 4,31% 3,72% 2,53% 6,29% 37,16% 29,32% 33,04% 15,63% SIM 48,91% 43,41%

(23)

PARTE 9

Conclusões

A maior parte dos empresários acredita que a transformação digital é um caminho complexo e custoso para ser trilhado, porém isso não é uma verdade. Não mais. As tecnologias existentes são acessíveis a todo e qualquer empresário que deseje transformar seu negócio. Porém, é necessário que lhe sejam apresentados os caminhos e “pegue em sua mão” nessa caminhada. Para quase 40% dos entrevistados a principal dificuldade com a transformação digital é a falta de recursos para investir e a falta de estratégia e o desconhecimento de como construir

um caminho apropriado para sua transformação digital são citadas por outros 25% dos empresários como principal dificuldade a ser vencida.

Mas a principal conclusão da pesquisa é que 68% dos empresários estão abertos e disponíveis para participar de um programa de aceleração da maturidade digital que os ajude no caminho da transformação digital. Trocando em miúdos, os empresários entendem a importância, sabem que precisam agir e estão abertos a transformar seus negócios. E isso é tudo que se pode pedir deles!

Fig 11 | Qual a principal dificuldade com

Transformação Digital?

38%

Falta de recursos para investir na transformação digital

13%

Dificuldade em compreender quais deveriam ser as prioridades de investimento para a transformação digital da empresa

10%

Falta de tecnologias básicas na empresa que permitam utilizar tecnologias mais avançadas

14%

Dificuldade em conseguir acessar pessoas/ empresas com capacidade de ajudar a empresa na transformação digital

11%

Falta de estratégia da empresa para atuação no universo digital

8% Outros

Resistência à mudança por parte dos diretores/gerentes

Fig 12 | Tem interesse em participar do

programa?

18,7%

Não, não participaria do programa 23,5%

Sim, participaria de um programa que fosse totalmente on-line

13,4%

Sim, apenas se fosse com acompanhamento físico de profissionais/mentorias

Sim, participaria do programa sendo on-line ou presencial, não tem restrições

(24)

Implementado Parcialmente implementado Não implementado

Implementado Parcialmente implementado Não implementado

Boa Prática 1

Uso de Mídias Sociais

Boa Prática 2

Website com funcionalidades interativas Boa Prática 3 Experiência Omnichannel Boa Prática 4 Ferramentas de Personalização da experiência Boa Prática 5 Atendimento Automatizado para perguntas frequentes

Boa Prática 6

Criar Conteúdos e participar de discussões on-line

Boa Prática 7

Desenvolver novas formas de competição

Boa Prática 8

Participar de plataformas de negócios

Boa Prática 9

Acessar especialistas em ICT

Boa Prática 10

Teletrabalho com ferramentas de gestão de equipes

Boa Prática 11

Digitalizar e integrar processos de negócios

Fig 13 | Boas práticas digitais

Implementado Parcialmente implementado Não implementado

Boa Prática 12

Coletar e armazenar dados na cadeia de suprimentos

Boa Prática 13

Coletar e armazenar dados

44,5% 36,6% 18,9% 33,3% 39,2% 27,5% 47,4% 21,2% 31,4% 65% 20,1% 14,9% 73,1% 23,6% 3,3% 43,9% 21,5% 34,6% 53,3% 17% 29,7% 80,1% 7,2% 12,7% 18,6% 29,5% 51,9% 40,4% 35,9% 23,7% 46,2% 41,7% 12,1% 48,5% 28,3% 23,2%

(25)

Implementado Parcialmente implementado Não implementado

Implementado Parcialmente implementado Não implementado

Implementado Parcialmente implementado Não implementado

Boa Prática 14

Explorar dados de diversas fontes (estruturados e não-estruturados)

Boa Prática 15

Usar dados para tomada de decisões

Boa Prática 16

Desenvolver análises preditivas a partir dos dados

Boa Prática 17

Qualificar os funcionários para uso dos dados

Boa Prática 18

Inovar colaborativamente

Boa Prática 19

Ambiente que encoraje a tomada de risco e a inovação

Boa Prática 20

Construir, medir, aprender

Boa Prática 21

Usar a rede de parceiros e fornecedores para inovar

Boa Prática 22

Interagir com o ecossistema de inovação de sua região

Boa Prática 23

Usar feedbacks on-line para gerar novos produtos

Boa Prática 24

Desenvolver novos modelos de negócios de teste rápido

Boa Prática 25

Tec. para compreender o que é valor para seu cliente

44,2% 30,6% 25,3% 37,2% 22,9% 39,9% 25,8% 27,5% 46,7% 25,5% 43,3% 31,2% 11,6% 20,5% 68% 20,9% 43,7% 35,4% 47,7% 21,6% 30,6% 51,1% 30,6% 18,4% 22,8% 27,9% 49,3% 19,8% 31,6% 48,7% 11,4% 17,7% 71% 40,4% 32,9% 26,7%

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