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SISTEMA DE MONITORAMENTO E CONTROLE DOS RECURSOS HÍDRICOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE FORTALEZA - CEARÁ

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Academic year: 2021

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19o Congresso Brasilei ro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2203

SISTEMA DE MONITORAMENTO E CONTROLE DOS

RECURSOS HÍDRICOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE

FORTALEZA - CEARÁ

Maria Goretti Gurgel Mota de Castro(1)

Engenheira de Pesca - UFC/CE, Especialização em Engenharia Ambiental - Faculdade de Saúde Pública - USP/SP.

Lúcia de Fátima Pereira Araújo

Engenheira Química-UFC/CE, Especialização em Saneamento e Controle Ambiental-UFC/CE.

José Wiliams Henrique de Souza

Tecnólogo em Saneamento - UNIFOR/CE, Especialização em Saneamento e Controle Ambiental - UFC/CE.

Endereço(1): Rua Almeida Prado, 640 - apto. 101 - Papicu - Fortaleza - CE - CEP:

60176-080 - Brasil - Tel: (085) 234-0728 / 983-7796 - Fax: (085) 254-1198 - e-mail: gmcastro@sec.secrel.com.br.

RESUMO

O presente trabalho discorre sobre o sistema de monitoramento e controle dos recurso hídrico da Região Metropolitana de Fortaleza - RMF -Ce, que vem sendo implementado pela Superintendência Estadual do Meio Ambiente-SEMACE, órgão executor da política ambiental do Estado.

O sistema proposto subdivide-se em quatro sub -programas inseridos nas ações complementares do Programa de Infra-Estrutura Básica e Saneamento de Fortaleza-SANEFOR:

1. Monitoramento e controle da qualidade das águas superficiais.

2. Monitoramento e controle da área de influência do Sistema de Disposição Oceânica de Fortaleza-SDOES.

3. Monitoramento dos despejos líquidos industriais.

4. Monitoramento das plantas de tratamento de esgotos operadas por particulares e pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará - CAGECE.

Sendo competência da SEMACE, o controle da qualidade ambiental, as ações propostas extrapolam o período de implantação do Programa SANEFOR, devendo portanto, incorporar-se às atividades do órgão ambiental mediante permanente monitoramento e controle sistemático dos recursos hídricos, visando a geração de informações de interesse para a manutenção da qualidade ambiental e de saúde da população.

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PALAVRAS -CHAVE: Controle Ambiental, Monitoramento, Disposição Oceânica,

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19o Congresso Brasilei ro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2205

INTRODUÇÃO

O Governo do Estado do Ceará vem implementando em sua capital - Fortaleza (população de 1.917.236 habitantes), o Programa de Infra-Estrutura Básica e Saneamento - SANEFOR, com suporte financeiro do Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID, o qual envolve projetos de natureza distintas, contemplando obras de esgotos sanitários, drenagem de águas pluviais, limpeza urbana e urbanização de áreas de preservação dos recursos hídricos; tendo como objetivo principal a despoluição da orla marítima de Fortaleza e de seus principais afluentes, devendo resultar na melhoria da qualidade ambiental e de saúde da população. A área de influência dos projetos refere-se às três grandes bacias hidrográficas inseridas na Região Metropolitana de Fortaleza - RMF (população de 2.534.370 habitantes), ou seja, bacias da Vertente Marítima, do rio Cocó e do rio Maranguapinho.

Esta diversidade de projetos gera algumas intervenções, cujos efeitos serão acompanhados e controlados através de ações complementares, dentre estas o monitoramento e o controle da qualidade das águas das praias, rios, lagoas e açudes, da área de influência do Sistema de Disposição Oceânica de Esgotos, dos efluentes industriais e das Plantas de Tratamento de Esgotos não ligadas a rede pública.

Estas ações são responsabilidade da Superintendência Estadual do Meio Ambiente - SEMACE, órgão executor da política ambiental, conforme suas atribuições legais, tendo resultado na implementação do sistema apresentado neste trabalho.

METODOLOGIA

A metodologia proposta para o monitoramento e controle ambiental dos recursos hídricos da RMF, situados na área de abrangência do Programa SANEFOR, está subdividida em quatro ações principais:

Monitoramento e Controle da Qualidade das Águas Superficiais

Após a identificação das fontes potenciais de poluição hídrica da RMF, elaborou-se um Sistema de Monitoramento e Controle da Qualidade das Águas superficiais, considerando-se a seleção de estações de amostragem, parâmetros a serem analisados e freqüência das coletas. O sistema proposto será compõe-se de 61 estações de amostragem. Na definição destas estações, quanto ao número e localização, considerou-se as áreas sujeitas a lançamento de poluentes como despejos industriais, esgotos sanitários e resíduos sólidos, bem como proximidade à galerias de águas pluviais, freqüência de banhistas e facilidade de acesso. A amostragem nos açudes e lagoas realiza-se no seu interior, próximo ao eixo longitudinal e a alguns metros do vertedouro. Na praia a coleta é realizada após a zona de arrebentação. As praias de Fortaleza já são monitoradas pela SEMACE há mais de dez anos, sendo que, 22 estações de amostragem referem-se a rede básica de monitoramento do sistema proposto. O

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monitoramento das águas interiores é realizado nos principais rios, lagoas e açudes da RMF, distribuídos da seguinte forma: no rio Maranguapinho 06 pontos, no rio Cocó 09 pontos, nas lagoas e açudes situados nas bacias destes rios - 24 pontos (fig. 01).

Figura 1 - Bacias Hidrográficas Beneficiadas Pelo Programa SANEFOR - Estações de Coleta.

A grande diversidade de aportes aos recursos hídricos, torna inexeqüível a análise sistemática de todos os contaminantes que possam estar presentes. Desta forma, a SEMACE optou pela identificação de Coliformes para avaliação da balneabilidade das praias, conforme Resolução CONAMA 020/86; dos 18 (dezoito) parâmetros físico-químicos e microbiológicos indicadores de qualidade e de toxicidade (IQA-9 parâmetros e IT-9 parâmetros) das águas, conforme metodologia adaptada e desenvolvida pela CETESB, a partir de um estudo realizado em 1970, pela “National Sanitation Foundation” dos Estados Unidos, para o monitoramento das águas interiores.

Parâmetros Básicos para Análises: Balneabilidade das Praias - determinação do

número mais provável de coliformes totais e fecais com identificação bioquímica.

Índice de Qualidade das Águas - IQA: Coliformes, Temperatura, pH, Nitrogênio Total,

Fósforo Total, Sólidos Totais, Turbidez, OD e DBO.

Índice de Toxicidade IT: Bário, Cádmio, Chumbo, Cobre, Cromo Trivalente, Níquel,

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19o Congresso Brasilei ro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2207

Monitoramento e Controle da Área de Influência do Sistema de Disposição Oceânica dos Esgotos Sanitários de Fortaleza - SDOES.

Considerando que o Sistema de Esgotos Sanitários adotado para Fortaleza tem como corpo receptor o oceano, através de um emissário submarino com 3200 metros de extensão e capacidade de vazão de 4 m3/s, o monitoramento e controle da área do oceano sob a influência

deste lançamento vem sendo executado pela SEMACE em parceria com o Laboratório de Ciências do Mar - LABOMAR, da Universidade Federal do Ceará.

Quando da elaboração do Programa SANEFOR, apenas 18% de Fortaleza era atendida por rede coletora de esgoto, significando a utilização de somente 10% da carga projetada para o emissário submarino (0,4 m3/s).

Com a expansão da rede, será ampliada para 60% a população beneficiada pelo sistema de esgotamento sanitário da cidade, utilizando-se da capacidade total do SDOES.

O controle foi idealizado para ser iniciado antes da operação com carga máxima do sistema de disposição oceânica, de forma a se obter um diagnóstico da área que pudesse futuramente nortear novos estudos e traçar uma linha evolutiva do nível trófico do ecossistema de interesse. Após os levantamentos preliminares, estabeleceu-se a seguinte metodologia para o monitoramento da área de influência do SDOES: rede amostral com 15 estações de coleta situadas em 05 perfis perpendiculares à linha de costa, à sotamar do emissário, com 03 estações de coleta por perfil, distribuídas em uma área aproximada de 15 km2. As estações são posicionadas de meia em meia milha ao longo do perfil (fig. 02).

Figura 2- Região Oceânica Adjacente ao Município de Fortaleza, Indicando a Área de Influência do SDOES e as Estações de Amostragem.

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No primeiro ano foram executadas 04 (quatro) campanhas para coletas, com duração aproximada de seis dias cada, sendo duas por semestre, no período das chuvas e no período de estiagem. A partir dos anos seguintes estabeleceu-se uma campanha por semestre.

Monitoramento de Parâmetros Hidrográficos

Em cada estação de coleta estão sendo registrados parâmetros físico-químicos, conforme metodologia especificada a seguir:

- Salinidade, Oxigênio Dissolvido - métodos clássicos de titulação (Knudsen e Winkler respectivamente, segundo descrito por Strickland & Parsons - 1972).

- Temperatura e pH - medição em campo com o Datasonde 3. - Transparência da água - através do Disco de Secchi.

- Nutrientes (PO4, NO2, NH3, NH4+) - metodologia descrita por Strickland & Parsons

(1972).

- Material em Suspensão - amostragem de águas coletadas por bombas e filtradas em filtro Millipore. O material retido no papel é analisado por gravimetria, em laboratório.

- Óleos e Graxas - método de SOXHLET.

- Ventos e Correntes - estudos de correntometria com dois correntógrafos localizados próximos a saída do emissário. Direção dos ventos registrada por anemômetro.

Monitoramento de Parâmetros Geomorfológicos

Estudo da Morfologia de Fundo - analisados através de ecogramas e batimetria.

- Análise da Distribuição Granulométrica dos Sedimentos - coletas de fundo utilizando draga tipo Gibs e amostrador pontual Van Veen. A análise granulométrica e distribuição dos sedimentos de fundo, bem como teor de matéria orgânica são realizados em laboratório.

Monitoramento de Parâmetros Biológicos

- Estudos Bacteriológicos - amostras de água para contagem de Coliformes, utilizando-se do método dos Tubos Múltiplos e pesquisa de Salmonella.

- Estudos qualiquantitativos do fitoplâncton, do zooplâncton e da comunidade bentônica, bem como análise da comunidade demersal de peixes e macro-crustáceos associados ao SDOES.

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19o Congresso Brasilei ro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2209

? Fitoplâncton - análise pelo método de Utermohl.

? Zooplâncton - através de arrastos horizontais (superfície) com rede de plâncton e identificação em laboratório.

? Bentos - utiliza-se draga biológica. As espécies são identificadas e contadas em laboratório.

? Comunidade de peixes demersais - através de arrasto de fundo. As espécies são identificadas, separadas e pesadas à bordo.

Monitoramento dos Despejos Líquidos Industriais

No que se refere às indústrias como fontes potenciais de poluição dos recursos hídricos, a SEMACE procedeu levantamento junto às que descartam efluentes líquidos, identificando 78 (setenta e oito) indústrias potencialmente poluidoras dos corpos d’água na Região Metropolitana de Fortaleza, contemplando dados sobre as matérias-primas utilizadas, os produtos fabricados, fluxograma de produção, tratamentos realizados e uma avaliação preliminar da carga poluidora da maioria delas.

Em termos de lançamento dos despejos industriais, pode-se distinguir três situações diversas: - Indústrias cujos efluentes, após pré-tratamento, são descartados através do sistema de

esgotos sanitários implantado pelo Programa SANEFOR.

- Indústrias localizadas no Distrito Industrial de Maracanaú , que dispõe seus efluentes no sistema de tratamento do tipo Lagoas de Estabilização existente e;

- Indústria convencionadas como isoladas, que devem possuir tratamento próprio para seus despejos, de forma a adequá -los aos padrões de lançamento em corpos receptores.

Parâmetros a serem Monitorados

Na avaliação dos despejos industriais para lançamento em corpos receptores ou em sistemas de tratamento, a SEMACE já procedeu a caracterização dos efluentes gerados nas 78 indústrias potencialmente poluidoras dos recursos hídricos, através da definição dos parâmetros a serem analisados, os quais são função das matérias-primas utilizadas e dos produtos elaborados pelas indústrias.

Para o monitoramento e controle sistemático destas fontes, as indústrias adotam o auto-monitoramento, apresentando à SEMACE o laudo de análise do efluente tratado, dentro de uma freqüência pré-estabelecida por ocasião do licenciamento.

A qualidade do efluente industrial lançado na rede pública de esgoto é controlada pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará-CAGECE. Quanto às indústrias enquadradas na última situação (isoladas), a SEMACE, conforme Legislação Ambiental vigente, executa o controle das mesmas.

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Considerando-se que na avaliação de um despejo líquido industrial interessa, prioritariamente, obter a real caracterização do despejo, analisando o menor número de parâmetros, adota-se os sugeridos pela EPA - Environmental Protection Agency dos E.U.A. Na prática, pode-se iniciar trabalhando com um número menor de parâmetros, aqueles considerados mais relevantes que, normalmente, representam mais de 90% (noventa por cento) da necessidade de análise para caracterizar um despejo industrial, ou seja:

Bário, Cádmio, Chumbo, Cianeto, Cobre total, Cromo hexavalente, Cromo trivalente, DBO padrão, DQO, Fenol, Ferro total, Fosfato total, Manganês, Mercúrio, Níquel, Nitrogênio amoniacal, Nitrogênio Kjerdahl, Nitrogênio nitrato, Nitrogênio nitrito, Óleos e Graxas, pH, Material sedimentável, Sulfatos, Sulfetos, Sulfactantes, Temperatura e Zinco. Os parâmetros: temperatura, pH, material sedimentável, óleos e graxas são comuns à todas as indústrias, os demais serão analisados conforme as características peculiares de cada uma delas:

As metodologias adotadas para processamento das análises são as descritas no STANDARD METHODS.

Monitoramento das Plantas de Tratamento de Esgotos (ETEs) operadas por Particulares e pela CAGECE.

Atualmente existem na Região Metropolitana de Fortaleza 415 ETE’s isoladas, não ligadas ao sistema público de esgoto sanitário existente, basicamente dos tipos: Decanto Digestor associado a Filtro Anaeróbio com Desinfecção e Lagoas de Tratamento.

Destas, 376 localizam-se em condomínios residenciais e são operadas por particulares. As 39 restantes situam-se em conjuntos habitacionais de baixa renda, sendo operadas pela CAGECE. Com a entrada em carga total do sistema de esgotos sanitários que vem sendo implantado pelo Programa SANEFOR, 328 condomínios operados por particulares, situados nas áreas beneficiadas com a instalação da rede pública de esgotos, deverão desativar suas ETE’s e ligar-se à rede pública. Dos conjuntos habitacionais com ETE’s operadas pela CAGECE, somente 6 situam-se na área do PROGRAMA, devendo também serem interligadas à rede pública e suas ETE’s desativadas, restando a serem monitoradas apenas 48 ETE’s operadas por particulares e 33 operadas pela CAGECE, somando-se a estas as 03 ETE’S dos aterros sanitários, a ETE do aterro do Jangurussu e a ETE do Distrito Industrial de Maracanaú, num total de 86 ETE’s. A Prefeitura, através da Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente - SPLAN, já vem monitorando de forma sistemática as ETE’s operadas por particulares situadas em Fortaleza, devendo continuar a fazê-lo, enviando relatórios mensais de acompanhamento à SEMACE. Quanto às ETE’s operadas pela CAGECE, a mesma adota o automonitoramento, enviando mensalmente à SEMACE os laudos das análises efetuadas.

Desta forma, ficará à cargo da SEMACE coordenar o monitoramento das 86 ETE’s isoladas, checando a qualidade dos efluentes tratados e procedendo inspeções sempre que se fizerem necessárias.

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19o Congresso Brasilei ro de Engenharia Sanitária e Ambiental 2211

Os parâmetros selecionados para análise padrão de todas as ETE’s são os seguintes: Coliformes fecais, material sedimentável, DBO, DQO, pH e temperatura. Utiliza-se a metodologia do STANDARD METHODS para as análises.

RESULTADOS PRELIMARES

A Lei Estadual nº 11.411, de 28 de dezembro de 1987, que criou a SEMACE - Superintendência Estadual do Meio Ambiente, em seu Art. 9º, atribui-lhe competência para controlar a qualidade ambiental do Estado do Ceará , mediante levantamento e permanente monitoramento dos recursos hídricos, objetivando promover a geração de informações de interesse para a manutenção da qualidade ambiental e da Saúde Pública.

O trabalho descrito neste documento, propõe-se avaliar as melhorias sanitárias e ambientais do Programa SANEFOR, que deverá beneficiar uma população de 740.000 habitantes com esgotamento sanitário e 1.310.000 habitantes com drenagem urbana. No intuito de dar cumprimento às suas atribuições, a SEMACE vem realizando o monitoramento e controle da área de influência do Programa, tendo iniciado em 1992 o levantamento das indústrias potencialmente poluidoras dos recursos hídricos e em 1995, as atividades concernentes ao monitoramento do SDOES, implementando as demais ações no primeiro semestre de 1997. Tendo em vista a execução parcial do Programa SANEFOR que, até agosto do ano de 1998 concluirá 50% (cinqüenta por cento) das obras de saneamento propostas, entendemos que seria precipitado fornecer resultados conclusivos sobre o monitoramento que vem sendo desenvolvido pela SEMACE.

Desta forma, apresentamos algumas considerações acerca dos dados levantados no período mencionado:

? Comparando-se os dados do Programa de Monitoramento da Balneabilidade das Praias de Fortaleza, que iniciou-se antes das obras, com os obtidos atualmente, observa-se uma melhoria da qualidade ambiental de algumas praias historicamente classificadas como impróprias, que passaram a apresentar condições de balneabilidade de acordo com os padrões estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA.

? No entanto, a SEMACE não pôde alterar a classificação destas praias, pois ainda observa-se aporte de esgotos nos sistemas de drenagem da cidade que deságuam na praia, geralmente oriundos das áreas em que a rede de esgotos encontra-se em fase de execução.

? Os levantamentos realizados nas áreas de influência do SDOES, apresentaram pequenas alterações das características ambientais pesquisadas por ocasião da primeira campanha de reconhecimento da área. Acredita-se que tais variações podem ocorrer em função de processos naturais, não representando uma tendência de redução da qualidade ambiental da área monitorada, em função do incremento da carga no emissário, haja vista que todos os parâmetros analisados apresentaram valores aceitáveis pela legislação vigente.

? O monitoramento da área de influência do SDOES deverá sofrer alterações, com redução do número de estações de amostragem e aumento na freqüência anual de campanhas, objetivando detectar variações ambientais com maior rapidez e precisão.

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? Conforme levantamentos realizados em 1992, foram identificadas 78 indústrias potencialmente poluidoras dos recursos hídricos situadas na área de influência do SANEFOR, onde somente 03 estavam ligadas à rede pública de esgotos existente, situada na área central da cidade.

? Após a implementação das ações voltadas ao monitoramento e controle das indústrias, observa -se que das 78 identificadas, 69 situam-se na área beneficiada pelo sistema de esgotos em instalação, sendo que 07 já interligaram-se à rede pública de esgotos; 23 instalaram planta de pré-condicionamento, aguardando liberação para interligar-se à rede; 09 estão implantando planta de pré-condicionamento; 10 estão paralisadas; 09 estão interligadas à planta de tratamento do Distrito Industrial de Maracanaú e 11 estão com processo de licenciamento em tramitação na SEMACE. As 09 indústrias restantes não localizam-se em área a ser provida com rede de esgotos. Destas, 04 possuem plantas de tratamento próprias, 01 encontra-se paralisada e 04 com processos de licenciamento tramitando na SEMACE.

? Em decorrência das propostas do Programa SANEFOR e para atender a necessidade de se estabelecer padrões de lançamento para as indústrias potencialmente poluidoras dos recursos hídricos, a SEMACE editou a PORTARIA Nº097, de 03 de abril de 1996.

? As plantas de tratamento de esgotos operadas por particulares, instaladas na sua maioria em condomínios, estão sendo desativas a medida que os trechos com rede de esgotos executada são liberados. Até a presente data não foi possível fazer levantamento quanto ao número.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. AMERICAN PUBLIC HEALTH ASSOCIATION. Standart methods for the examination of Water anda Wastewater. 18 Th ed. Washington: Arnold E. Greenberg, Lenore S. Clesceri, Andrew D. Eaton, 1922.

2. BRANDÃO, Ricardo de Lima. Sistema de Informações para Gestão e Administração Territorial da Região Metropolitana de Fortaleza - Projeto SINFOR: diagnóstico geoambiental e os principais problemas de ocupação do meio físico da Região Metropolitana de Fortaleza: Fortaleza: CPRN, 1995. 105p:il.

3. CEARÁ. Governo do Estado. Programa de Infra-Estrutura Básica - Saneamento de Fortaleza. - V.6 TOMO A. Fortaleza: SDU, 1992.

4. CEARÁ. Governo do Estado. Programa de Infra -Estrutura Básica - Saneamento de Fortaleza. EIA - V.6 TOMO B. Fortaleza: SDU, 1992.

5. CEARÁ. Superintendência Estadual do Meio Ambiente. Meio Ambiente: legislação básica. Atualizada até fevereiro de 1990. Fortaleza, 1990. 476p.

6. CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução do CONAMA - 1984/91 4. ed. rev. e aum. Brasília: IBAMA, 1992, 254 p.

7. INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL. Consulta Nacional sobre a Gestão do Saneamento e do Meio Ambiente Urbano - Relatórios Técnicos Gerais: síntese das consultas locais, gestão do saneamento, gestão ambiental urbana. Rio de Janeiro, 1994. 22p.

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