Leste emNotícias
Boletim do Rotary Club de São Paulo LesteNúmero 4 - 26 de Julho de 2012 - Página 1
Sede: Avenida Higienópolis 996 ̽ Edifício Rotary ̽ 01238-000 São Paulo Fone: 3667-2078 ̽ Fax: 3663-5887
E-mail: rcspleste@terra.com.br ̽ Site: www.rotarybrasil.com.br Distrito 4430 - Membro Número 8516 do Rotary International
PLC - Plano de Liderança
de Rotary Clubs
Na ultima Reunião do RCSP Leste, o ex Governador Paschoal Flávio Leardini discursou sobre o Pano de Liderança de Rotary Clubs. O seu tema foi "PLC - Suas Comissões e a Relação
com as Avenidas de Serviço".
Plano de Liderança de Clube - PLC
O PLC visa fazer com que os RCs eficazes alcancem o Objetivo do Rotary por meio de atividades em cada uma das
Avenidas de Serviços.
As metas de longo prazo devem estar de acordo com o determinado no plano estratégico, abranger os três a cinco anos rotários subsequentes e destacar os
elementos que caracterizam clubes eficazes:
- Aumento do Quadro associativo - Projetos de Prestação de Serviços - Apoio a Fundação Rotária
- Capacitação de líderes.
As Comissões do RC planejam, promovem e implementam as atividades e os projetos que visam o alcance das metas anuais e de longo prazo.
Cinco Avenidas de Prestação de Serviços do RC
1. Serviços Internos: Companheirismo e bom funcionamento do RC
2. Serviços Profissionais: altos Padrões éticos
3. Serviços à Comunidade: Qualidade de vida
4. Serviços Internacionais: Paz e Compreensão mundial
Leste emNotícias
Boletim do Rotary Club de São Paulo LesteNúmero 4 - 26 de Julho de 2012 - Página 2
5. Serviços às Novas Gerações: Rotaract, Rumo, RYLA - Rotary Youth Leadership Awards, Youth Exchange etc.
Cinco Comissões Permanentes do RC
Há as seguintes cinco Comissões
Permanentes recomendadas no Plano de Liderança do RC, podendo ser criadas ou eliminadas comissões e subomissões adicionais:
1. Administração do RC
2. Desenvolvimento do Quadro Associativo
3. Projetos de Prestação de Serviços 4. Fundação Rotária
5. Relações Públicas.
Nossa Reunião de hoje
26.07.2012: Palestra sobre o "Dia do
Colono" (25 de Julho)
Palestrante: Rolf Wiegel, Presidente do Club Transatlântico
Nossa próxima Reunião
02.08.2012: Palestra sobre
Desenvolvimento e Expansão do Quadro Associativo
Palestrante: EGD João Freire d'Avila Neto
Nossa última Reunião
19.07.2012: Palestra sobre o "PLC -
Suas Comissões e a Relação com as Avenidas de Serviço"
Palestrante: EGD Paschoal Flávio Leardini
Mesa da Presidência: Presidente
Klaus-Wilhelm Lege, Palestrante EGD Paschoal Flávio Leardini, Presidente Yuri Machado (RCSP Vila Alpina)
Leste emNotícias
Boletim do Rotary Club de São Paulo LesteNúmero 4 - 26 de Julho de 2012 - Página 3
Gov. Fausto Amadeu F. Favale
no RCSP Liberdade
O Companheiro Fausto Amadeu Francisco Favale, ex Presidente do RCSP Leste e ex Gover-nador do Distrito 4430, fez um dis-curso no Rotary Club de São Paulo Liberdade so-bre a Comis-são da Admi-nistração de
Rotary Clubs, no dia 18 de Julho de 2012.
Nesta ocasião estavam presentes do RCSP Leste: Maria Marineide de Souza Filgueiras, o Governador Assistente da Área 1, Edson Machado Filgueiras, e o Presidente de Clube, Klaus-Wilhelm Lege.
Índice Sumário/Conteúdo
1. Tema da Reunião Ordinária: Plano de Liderança de RCs (Palestrante: EGD Paschoal Flávio Leardini)
2. Reuniões do RCSP Leste
3. Visita ao RCSP Liberdade com o Palestrante EGD Fausto A. F. Favale 4. Mural do RCSP Leste, Comissões 5. Publicações de Companheiros 6. Atividades e Companheirismo 7. Aniversariantes e Reuniões do Mês 8. Galeria de Fotos
Momento de Reflexão
O gabinete do Presidente da República já hospedou:
Napoleons de hospício
Generais de exército de salvação Perfeitas cavalgaduras
Messias de gafieira Gatunos patológicos Vigaristas provincianos
Outros exotismos da fauna brasileira. A rotina da anormalidade só foi inter-rompida entre 1° de Janeiro de 1995 e 31 de Dezembro de 2002, quando o Palácio do Planalto abrigou Fernando Henrique Cardoso.
(Augusto Nunes: O ponto fora da curva. Veja 20111214, pg. 230 f.)
Leste emNotícias
Boletim do Rotary Club de São Paulo LesteNúmero 4 - 26 de Julho de 2012 - Página 4
O objetivo da Comissão da Administração do Rotary Club é: Implementar atividades para o funcionamento eficaz do Clube, para as quais o RCSP Leste tem as seguintes Subcomissões com metas individuais: 1. Subcomissão de Recepção e Companheirismo
- Recepcionar companheiros recém admitidos ao RCSP Leste e integrá-los no convívio rotário
- Recepcionar os rotarianos visitantes - Coordenar toda atividade social para o bom desenvolvimento das reuniões
2. Subcomissão da Avenida Serviços Internos para Informação Rotária - Prestar informa-ções aos associados sobre his-tória rota-ria,
objetivos, alcance e atividades do Rotary - Promover a realização de Fóruns Rotários para fortalecimento do companheirismo e o bom funcionamento do RCSP Leste
- Manter a “Escola de Informação Rotária” do RCSP Leste
3. Subcomissão de Premiação e Relações Interclubes
Coordenar o levantamento dos Rotary Clubs e rotarianos visitantes assim como
dos companheiros do RCSP Leste a serem agraciados com as medalhas e troféus do RCSP Leste, conforme o Regulamento específico
4. Subcomissão da Avenida Serviços Profissionais com Assuntos Jurídicos - Incentivar os companheiros do RCSP Leste a servir através de suas profissões e a aderir a altos padrões éticos
- Providenciar as adaptações e alterações do “Estatuto Social” e “Regimento Interno” do RCSP Leste, à medida que a legislação rotária seja alterada
- Opinar previamente, ou quando solicitado, sobre assuntos e normas jurídicas que eventualmente possam envolver o RCSP Leste ou companheiros do quadro associativo.
O Presidente da Comissão da Administração do Clube é Rinaldo Carlos Carneiro, da Subcomissão de Recepção e Companheirismo é Antonio Carlos Pela, da Subcomissão da Avenida Serviços Internos para Informação Rotária é Fausto Amadeu Francisco Favale, da Subcomissão de Premiação e
Relações Interclubes é Edson Machado Filgueiras, e da Subcomissão da Avenida Serviços Profissionais com Assuntos Jurídicos é Fernando Aurélio Zilveti.
Leste emNotícias
Boletim do Rotary Club de São Paulo LesteNúmero 4 - 26 de Julho de 2012 - Página 5
Mural do RCSP Leste
Luiz Ugolini assume novo Projeto
Luiz Ugolini assu-me Projeto para o Instituto Mater Dei. Este Instituto foi fundado pela Con-gregação das Pe-quenas Irmãs Missionárias da Caridade de São Luiz Orione. Reali-za sua missão através do acolhi-mento às pessoas com deficiência, na qual, abriga em regime residencial, 30 jovens do sexo feminino, maiores de 18 anos, e atende no contra turno escolar crianças e jovens de ambos os sexos com diagnóstico de deficiência intelectual provenientes da comunidade local.
Projetos anteriores com a participação ativa do Luiz Ugolini
Projeto Campanha de Alimento não Perecível
O projeto constituiu-se em arrecadar recursos para aquisição de alimentos não perecíveis (arrecadar e distribuir alimentos) a serem distribuídos entre entidades necessitadas da região leste de São Paulo. Foram conseguidas 4 Toneladas.
Projeto Semana da Criança
O projeto constituiu-se em propiciar, na Semana da Criança, diversão, alegria e alimentação a 300 (250) crianças carentes (extremamente pobres da creche) da EMI Profª Eldi Poli Bifoni. As crianças assistiram ao filme “Scooby
Dôo”, em cinema da Play Art, e receberam lanche no Mc Donald, da Avenida Salim Farah Maluf. (Distribuição de camisetas, guloseimas, diversões diversas com artistas convidados. No valor não estão inclusos doações e patrocínios.)
Projeto Concurso de Redação
O projeto constitui-se no atendimento a alunos do curso fundamental do Colégio Carlos Drummond de Andrade, Unidade Tatuapé (aquisição de livros para premiação aos alunos e distribuição de publicações doadas por terceiros).
Projeto Padaria Comunitária
O projeto constitui-se no auxílio à casa Transitória Fabiano de Cristo e às instalações do serviço dentário e ao Asilo Bartuira, obra que o Leste realizou em trabalho anterior já há mais tempo.
Missão do Rotary
O Rotary é uma organização formada por líderes, executivos e outros
profissionais, unidos no mundo inteiro, que prestam serviços humanitários, e que fomentam um elevado padrão de ética em todas as profissões, bem como ajudam a estabelecer a paz e a boa vontade entre os povos.
Assim o objetivo do Rotary Club é estimular e fomentar o ideal de servir como base de todo empreendimento digno.
Leste emNotícias
Boletim do Rotary Club de São Paulo LesteNúmero 4 - 26 de Julho de 2012 - Página 6
Companheiros Voluntários
No RCSP Leste há muitos
Companheiros que lidam com
outras atividades, além de suas
tarefas profissionais, por exemplo:
-
Participação
honorária
em
organizações como Câmaras de
Comércio,
Federações
das
Indústrias, Ordens de Advogados,
Representações
médicas,
de
Arquitetos e Engenheiros, etc.
- Cooperação no Serviço Social da
Indústria e do Comércio bem como
no Serviço de Aprendizagem
Industrial e Comercial
- Atuação marcante nos Sindicatos
dando assessoria de alto nível, em
áreas
como
sindical,
fiscal,
trabalhista e tributária
- Envolvimento voluntário em
associações
e
instituições
escolares, culturais, esportivas e
beneficentes.
Alguns Companheiros encontram
ainda tempo para lidar com
questões científicas e escrever
livros. Aos autores e editores entre
nossos Companheiros será dada a
oportunidade de deixar parte de
suas publicações aparecerem no
Boletim "Leste em Notícias".
Conselho Diretor 2012/13
Presidente Klaus-Wilhelm Lege 1º Vice Presidente Domingos Damia 2º Vice PresidenteNicolaos Evangelos Simos
1º Secretário
Arnaldo Colognese
2º Secretário
Archimedes Baccaro
1º Tesoureiro
Orlando Júlio Gonçalves
2º Tesoureiro
Antonio Carlos Pela
1º Diretor Protocolo
Antonio G. Moraes Jr.
2º Diretor Protocolo
Luis Eduardo Schoueri
Pres. Com. Administração
Rinaldo Carlos Carneiro
Pres. Com. Quadro Social
Robert Schoueri
Pres. Com. Proj. Prest. Serviços
Júlio Magri
Pres. Com. Fundação Rotária
Paulo Chedid
Pres. Com. Relações Publicas
Paulo Ferreira
Diretores sem Pasta
Nelson Abbud João Haroldo R. Zacharias
Presidente Eleito 2013/14
Leste emNotícias
Boletim do Rotary Club de São Paulo LesteNúmero 4 - 26 de Julho de 2012 - Página 7
A Árvore do Conhecimento
Como para muitos, des-de cedo em minha vida interessam-me especu-lações so-bre a possi-bilidade ou a realidade de um mun-do espiri-tual, cujapercepção escapa aos órgãos dos sentidos. Essas especulações resumem-se em três grandes questões: A existência de Deus, a de uma alma imortal e o destino dela após a morte. Ainda menino, com irmãos e primos, não tínhamos dúvidas que após a morte os espíritos dos parentes e conhecidos, ou o que achávamos que deveria ser assim chamado, continuavam próximos e nos observavam. Apesar de considerar que eram entes benignos e até protetores, apavorava-nos a possibilidade de algum deles se materializar e resolver aparecer. Evitávamos os quartos escuros por achar que eram os locais propícios para aparições. Os mortos, ou as almas dos nossos mortos, despertavam um misto de respeito, carinho, veneração e muito medo. Na verdade em nossas relações havia até adultos com um irracional e verdadeiro pavor da morte, do morrer, dos mortos e da possibilidade de presenciar uma aparição. Tentando explicar o desconhecido ou para acalmar temores contava-se para as crianças que as almas dos parentes mortos iam para o céu, que se localizava acima das nuvens e de um firmamento azul. O inferno, nas profundezas da terra, era só para os
maus, mas como todos os nossos parentes e conhecidos eram pessoas boas, ou passaram a ser consideradas boas depois de mortos, certamente foram levados para o céu.
Tempos depois tomei conhecimento de que céu ou firmamento não são o que pareciam ser. Trata-se apenas da parte da atmosfera e do espaço exterior visível da superfície do nosso planeta. A cor azul resulta da dispersão da luz solar por moléculas presentes no ar e na realidade o que existe, e a noite nos revela, é uma escuridão sem fim. Desintegrara-se o que me fora informado ser a morada física de Deus e das almas. A eternidade perdera seu endereço fixo e não havia razão pra o orar com os olhos postos no céu. Surgiam novas e complicadas explicações: existe outra dimensão além das três que a Física nos ensina, paralela e invisível, na qual habitariam e teriam a sua morada os seres imateriais. Aos poucos foram se tornando familiares expressões como revelação, tradição, fé, pecado, punição, recompensa e salvação cujo significado nem sempre era bem compreendido, mas sua veracidade não era discutida. Porém, as certezas da infância inexoravelmente vão se transformando em contestações da adolescência, ceticismo na maturidade, incertezas e temores na velhice.
Rinaldo Carneiro: A Árvore do
Conhecimento - Uma reflexão
sobre as Crenças. Editora
Quartier Latin do Brasil, São
Paulo 2009
Leste emNotícias
Boletim do Rotary Club de São Paulo LesteNúmero 4 - 26 de Julho de 2012 - Página 8
Contribuição alemã para a
formação do Brasil - 3
O Nordeste do Brasil
Assim como em São Vicente no Sudeste, também no Nordeste do Brasil os “donatários” recebiam áreas de terra de igual largura na costa, sem comprimento definido na direção para o interior do país. Eram as “capitanias hereditárias”, destinadas a ser colonizadas e exploradas. Logo após a fundação de Pernambuco chegaram, em 1535, as primeiras famílias alemãs, precursoras das famílias Hollanda e Lins.
Arnual von Holland era natural de Utrecht, onde viviam seus pais. Seu pai era o Barão von Rheinburg e sua mãe, uma irmã do último papa alemão Adriano VI (1522/23). Arnual casou-se com a portuguesa Brites de Vasconcellos. Como presente de núpcias ele ganhou uma grande área de terra nas proximidades da atual cidade de Olinda, Pernambuco. Ali começou a plantar cana a partir de 1535, para transformá-la em açúcar no “Engenho de Santo André” e no “Novo Engenho de Muribeca”, ambos de sua propriedade. Arnual desfrutava de grande prestígio na sociedade pernambucana.
Em 1545 chega a Pernambuco o comerciante e armador alemão Sebald Lins, natural de Ulm, nas margens do Danúbio. Depois de ter residido durante certo tempo em Antuérpia, mudou-se para Lisboa, onde acumulou grande riqueza. Dali ele emigrou para o Brasil com os seus filhos Christoph e Bartholomäus.
Assim como Erasmus Schetz em São Vicente, Sebald Lins tinha a sua frota
própria e mantinha com o seu pai, comerciante em Augsburg, um florescente comércio de açúcar, pau-brasil e algodão. Os Lins estão entre as famílias influentes no Brasil, principalmente em Recife.
Em busca de novas terras o jovem Christoph Lins fundou, 250 km ao sul de Olinda, no atual Estado de Alagoas, o povoado de Porto Calvo. Christoph Lins logrou a façanha de levantar, sem ajuda financeira, sete engenhos de açúcar. A nascente nobreza provinciana dos “senhores d’engenho”, como eram conhecidos os donos de engenho de açúcar, ampliou o seu poder político e econômico, para formar, ao lado da nobreza hereditária portuguesa, a classe dominante da sociedade brasileira até muito depois da era colonial. Christoph Lins morreu em 1595 como Alcaide-Mor de Alagoas.
Em 1623 foi construído o forte de Gurupá, na foz do Rio Amazonas, constantemente assediado por espanhóis, franceses e holandeses, que supunham que ali naquela bacia amazônica ficasse o tão sonhado Eldorado, a terra do ouro. Por isso, os portugueses estavam muito preocupados com o fortalecimento do poder do forte e com a povoação do interior, para a sua defesa. Em 1692 chegou a Belém do Pará, após muitos missionários jesuítas, o alemão Franz Potfliz, médico, comerciante e garimpeiro de ouro, natural de Mühlhausen, na Alsácia. Em suas grandes expedições e estudos mineralógicos, chegou até o Rio Tocantins, sem obter o sucesso financeiro pretendido. Pouco depois de Potfliz chegou o cirurgião Nicolas
Leste emNotícias
Boletim do Rotary Club de São Paulo LesteNúmero 4 - 26 de Julho de 2012 - Página 9
preciosas. Sua expedição o levou até o Rio Negro. O seu relato da viagem é diversas vezes mencionado no livro de Alexander von Humboldt “Ansichten der Natur” (Aspectos da natureza).
A
Companhia
das
Índias
Ocidentais no Brasil
Em 1580 Portugal passou a pertencer aos Habsburgos espanhóis. Nessa época, os holandeses protestantes-calvinistas lutavam para se libertar dos opressores católicos espanhóis. A Paz de Vestfália em 1648, depois de trinta anos de guerra, selou definitivamente a ascensão da Holanda como potência mundial.
Os holandeses começaram a disputar as colônias com os espanhóis e portugueses. O governo holandês passara a responsabilidade pela disputa a empresas privadas. A Companhia das Índias Ocidentais era responsável pela África e América.
Em 1630 a Companhia das Índias Ocidentais conseguiu entrar em Pernambuco, principal centro fornecedor de açúcar para a Europa. A conquista de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte foi conseguida após infindáveis batalhas sob o comando do major-general Sigemundt von Schkoppe, da Silésia, e outros oficiais alemães. O custo da conquista revelou-se bem maior do que se previra e a decisão sobre o que fazer com as novas possessões não foi fácil. Finalmente, a Companhia das Índias Ocidentais resolveu entregar as terras conquistadas ao controle de um homem provido de amplas atribuições de poder.
A escolha recaiu sobre Johann Moritz Graf von Nassau-Siegen-Dillenburg (nascido em 1604 no Castelo Dillenburg, falecido em Kleve, em 1679), conhecido como Maurício de Nassau, um homem que já tinha dado prova de coragem, confiabilidade e de sua vasta cultura graças a uma excelente educação. Ele chegou a Recife, a nova capital pernambucana, em 1637. No seu séquito ele trazia inúmeros oficiais, peritos, cientistas e artistas de origem alemã, já que, apesar da sua relativa independência, a Holanda pertenceu até 1648 ao “Sacro Império Romano da Nação Alemã”.
Os feitos militares de Maurício de Nassau aparecem um tanto eclipsados por suas obras de estadista. Mesmo assim ele conseguiu, em 1640, vencer a armada espanhola, muito superior, na maior de todas as batalhas navais travadas nas costas brasileiras.
O pensamento e a ação de Nassau como estadista centravam-se em torno do desenvolvimento e do progresso do país. Ele obrigou os proprietários de lavouras a plantar mandioca, substituta do cereal no Brasil, numa parte de suas terras, para contrabalançar a monocultura da cana-de-açúcar. Na sua propriedade, Boa Vista, na Ilha Antônio Vaz, Maurício de Nassau mandou construir uma fazenda modelo.
Lege, Klaus-Wilhelm (Editor): A História Alemã do Brasil. Publicações da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha de São Paulo, Volume 7. São Paulo 2001 (ISBN 85.85577-21-5).