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A gestão dos equipamentos comunitários de lazer frente ao desenvolvimento das práticas sociais e comunitárias.

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A

gestão

dos

equipamentos

comunitários de lazer frente ao

desenvolvimento

das

práticas

sociais e comunitárias.

EURAU’12

ABSTRACT. Cities in general have gained an increasingly significant role on the planet. Within this context, the community areas of common use provide the quality of life not only locals but also to residents in surrounding neighborhoods, particularly to the needy, who have their basic needs met through the community equipment located near their homes , besides practicing his leisure in public areas of the same, such as parks, green areas and similar spaces. Accordingly, the present work deals with community facilities for leisure in the city located in the northern state of Rio Grande do Sul in southern Brazil. The work emphasizes the importance of community equipment for entertainment of the general population, on the assumption that the growth of these urban community areas should be proportional to the growth of cities, so that these conditions allow the possible development of social and community practices, issues intrinsic to life in society. KEYWORDS: Community leisure equipment, Development of social practices and community.

Anicoli Romanini*

*Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional – Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Brasil

Porto Alegre/RS/Brasil – anicoliromanini@yahoo.com.br

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1. Introdução

As cidades de um modo geral passaram a ter um papel cada vez mais significativo no planeta, tanto em termos quantitativos como qualitativos. Ressalta-se, principalmente nos países periféricos, como o Brasil, a necessidade de novas estruturas e formas urbanas para fazer face aos problemas que vêm se acumulando dramaticamente. É preciso repensar as cidades, sob a ótica da justiça social, da qualidade de vida urbana, da gestão ambiental e da governabilidade, refazendo novas práticas de construção da cidade em substituição à urbanização tradicional, pois em maior ou menor escala a urbanização provoca alterações no ambiente das cidades.

O espaço urbano é constituído basicamente por áreas edificadas (casas, comércio e indústrias), áreas destinadas à circulação da população (sistema rodo-ferroviário) e áreas livres de edificação (praças, quintais, entre outros).

“De acordo com a cultura local e o modo de produção da cidade, este se constitui o maior agente causador de impactos sobre a natureza. O modo de produção capitalista, caso das cidades brasileiras, faz com que estas cresçam de forma desmesurada e acabem assim por estrangular as áreas verdes que entremeavam o ambiente urbano” (FEIBER, 2004).

A arborização urbana, como um todo, tem sido de grande importância na melhoria das condições de vida nos centros urbanos. Com o crescimento populacional das cidades, as mesmas deparam-se com a falta de um planejamento urbano organizado e bem estruturado.

Dentro deste contexto, encontram-se as áreas comunitárias de uso comum do povo que proporcionam qualidade de vida não só a população local, mas também aos moradores dos bairros vizinhos, sobretudo à comunidade carente, que têm suas necessidades básicas supridas através dos equipamentos comunitários localizados próximos as suas residências, além de praticar seu lazer nas áreas públicas da mesma, como as praças, parques, áreas verdes e espaços afins.

Para Couto (1981), os equipamentos comunitários desempenham importante função para o equilíbrio social, político, cultural e psicológico de uma população, pois funcionam como fator de escape das tensões geradas pela vida contemporânea em comunidade.

Assim, a arborização urbana tem grande importância na melhoria das condições de vida nos centros urbanos, visto que:

A natureza, em parte representada nas áreas verdes, precisa ser repensada no sentido da valorização do seu papel no funcionamento/metabolismo da cidade. É preciso definir o quanto deve ser preservado, conservado, transformado ou reconstruído para a consecução de ambientes agradáveis e sadios que propiciem uma rica vida de interações sociais e gestão ambiental equilibrada. Todos os verdes precisam ser identificados, classificados e catalogados de forma

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consoante às necessidades urbanas, desde a provisão de parques públicos, áreas de contenção, armazenamento de águas pluviais, abastecimento d'água, até a produção de alimentos. Para tanto, são necessários estudos quantitativos e qualitativos para determinar o seu dimensionamento e as funções de cada área verde (CARVALHO, 2003).

Dessa forma, o presente trabalho trata dos equipamentos comunitários de lazer da cidade de Passo Fundo/RS, urbe de porte médio localizada no norte do estado do Rio Grande do Sul e na região sul do Brasil. Buscou-se tratar sobre a importância dos equipamentos comunitários de lazer para a população em geral, na asserção de que o crescimento dessas áreas comunitárias urbanas deve ser proporcional ao crescimento das cidades, para que estas permitam condições possíveis do desenvolvimento das práticas sociais e comunitárias, questões intrínsecas á vida em sociedade.

2. Passo Fundo como estudo de caso

Passo Fundo, situada no norte do estado do Rio Grande do Sul (Fig. 01), conta com uma população estimada de 185.000 habitantes e uma densidade demográfica de 228,7 hab/Km² de acordo com dados da FEE (2005), é considerada um pólo de desenvolvimento sócio-econômico, com localização privilegiada dentro do Mercosul, no centro dos eixos econômicos de Buenos Aires, Montevidéu e São Paulo - Rio de Janeiro, permitindo um rápido acesso às capitais do sul do Brasil e países vizinhos.

Fig. 01. Localização da cidade de Passo Fundo, mapa do Brasil. Fonte. Prefeitura Municipal de Passo Fundo/RS, 2005.

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De acordo com Gosch (2002, p.9) em pouco menos de 150 anos, a cidade de Passo Fundo ganhou contornos de capital regional no Planalto Médio do Rio Grande do Sul, sendo obrigada a absorver as demandas sociais e de infra-estrutura desta transformação, registrando em seu território, os processos que induziram significativos impactos na área urbana, como resultado do planejamento e do desenvolvimento econômico associado ao crescimento demográfico.

Fig. 02. Vista aérea da cidade de Passo Fundo. Fonte. Prefeitura Municipal de Passo Fundo/RS, 2012.

A cidade conta atualmente com vinte e dois setores ou bairros em que se encontra dividida a área urbana do município de Passo Fundo. Destes, foram selecionados três setores para a implementação da pesquisa de campo (Fig. 03). Tal seleção se justifica em função da disponibilidade, quantidade e qualidade dos dados que se puderam obter junto a Prefeitura Municipal de Passo Fundo sobre os setores. Contribuíram também, na seleção dos setores, as informações avançadas de cada um deles, oriundas do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística de Passo Fundo (IBGE), que apontaram características específicas como: sexo, escolaridade e renda mensal dos habitantes de cada setor.

Buscou-se ainda, para a seleção dos setores a serem pesquisados, informações que pudessem distinguir a comunidade residente, por nível de renda e poder aquisitivo, enriquecendo as informações a serem extraídas da pesquisa e conseqüente análise comparativa entre os mesmos.

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Fig. 03. Mapa da cidade com a localização dos bairros selecionados para a implementação da pesquisa de campo, sem escala. Fonte: Prefeitura Municipal de Passo Fundo, 2006.

2.1 Setor 4 - Região do Bairro Petrópolis

O Bairro Petrópolis localiza-se a região nordeste de Passo Fundo (Fig. 03), muito próximo à área central da cidade. Em 2006, o Setor do Bairro Petrópolis é formado pelos seguintes Loteamentos: Invernadinha, Distrito Industrial, Cidade Universitária, Loteamento Planalto e Jardim Primavera. De acordo com o IBGE (Agência de Passo Fundo, 2006), são características deste Setor:

 Área total: 6.572.240,73 m² ou 657,22 hectares  População total: 9.521 (Jovens de 10 a 19 anos = 1.885)  Total de domicílios: 3.029

 Predominância da renda do responsável pelo domicílio: 5 a 10 SM1

2.2. Setor 8 - Região do Bairro Santa Marta

O Bairro Santa Marta localiza-se a região sudoeste da cidade de Passo Fundo (Fig. 03), a aproximadamente 3,00 Km da área da cidade. Em 2006, o Setor do Bairro Santa Marta é formado pelos seguintes Loteamentos: Nossa Senhora Aparecida,

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Jardim América, Vila 20 de Setembro, Vila Donária, Loteamento Força e Luz. De acordo com o IBGE (Agência de Passo Fundo, 2006), são características do Setor:

 Área total: 5.517.070,58 m² ou 551,70 ha

 Total de domicílios: 1.412  População total: 5.360 (Jovens de 10 a 19 anos = 1.199)  Predominância da Renda do responsável pelo domicílio: ½ a 2 SM

2.3. Setor 11 - Região do Bairro São José

O Bairro São José localiza-se a região noroeste da cidade de Passo Fundo (Fig. 03), a quase 5,00 Km da área central da cidade. Em 2006, o Bairro São José é formado pelos seguintes Loteamentos: São José, Leonardo Ilha I e Leonardo Ilha II, Loteamento da Brigada Militar, Campus da UPF. Segundo o IBGE (Agência de Passo Fundo, 2006), são características do setor:

 Área total: 3.149.204,21 m² ou 314,92 ha  População total: 8.741 (Jovens de 10 a 19 anos = 1.663)  Total de domicílios: 2.739

 Predominância da renda do responsável pelo domicílio: 3 a 5 SM

3. Gestão dos equipamentos comunitários de lazer da cidade

Através da análise de fotos aéreas (urbanas) de Passo Fundo, mapas e plantas atualizadas da cidade e observações de campo (in situ) foi possível mapear as áreas verdes existentes na cidade. As áreas verdes citadas nessa análise referem-se ao predomínio de vegetação arbórea, englobando as praças, os parques urbanos, os canteiros centrais de avenidas e as calçadas de algumas vias públicas importantes. Dentro deste perímetro, o levantamento das áreas verdes da cidade, foi feito com a distinção de quatro tipos básicos de sistemas (Fig. 04):

Arborização Urbana: Refere-se aos elementos vegetais de porte arbóreo, dentro da cidade. Nesse enfoque, as árvores plantadas em calçadas, fazem parte da arborização urbana, porém, não integram o sistema de áreas verdes. Segundo Tomasini (1998, p.62) a arborização de uma cidade é composta, essencialmente, de árvores localizadas em área particulares e árvores localizadas em áreas públicas, dividindo-se, essas últimas, ainda, entre aquelas que estão situadas em áreas verdes e aquelas situadas em vias públicas. Compreende as árvores existentes nas vias públicas, mais especificamente nos passeios públicos.

Foram consideradas Arborização Urbana da cidade de Passo Fundo:



Calçadas da Av. Brasil;



Calçadas da Av. Presidente Vargas;



Calçadas da Av. Scarpelini Ghezzi;

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Área Verde: Local onde há o predomínio de vegetação arbórea, englobando as praças, os jardins públicos e os parques urbanos. São os canteiros centrais de avenidas, os trevos e rotatórias de vias públicas, que exercem apenas funções estéticas e ecológicas. "São espaços livres nas cidades, com características predominantemente naturais, independentemente do porte da vegetação e da sua origem – nativa, introduzida ou exótica" (PUPPI, 1981; HARD, 1999, 2002).

Foram consideradas Áreas verdes da cidade de Passo Fundo:



Canteiros Centrais da Av. Brasil;



Canteiros Centrais da Av. Presidente Vargas;



Canteiros Centrais da Av. Rui Barboza;



Canteiros Centrais da Av. Scarpelini Ghezzi;



Canteiros Centrais da Rua General Neto.

Parque Urbano: Área verde localizada dentro do perímetro urbano, com uma maior extensão do que as praças e jardins públicos, e funções ecológicas, estéticas e de lazer. De acordo com Menezes (1996) os parques têm sido construídos como uma alternativa para diferentes necessidades da cidade, apresentando-se como locais de lazer e novos pontos de encontro entre os habitantes, mas também projetados para evitar a habitação nos fundos de vale, preservar as matas ciliares e regular a vazão dos rios em períodos de enchentes.

Foi considerado Parque Urbano da cidade de Passo Fundo:



Parque da Gare.

Praça: Área verde que tem como função principal, o lazer. Uma praça, inclusive, pode não ser uma área verde, quando não tem vegetação e encontra-se impermeabilizada. Do ponto de vista urbanístico, a praça se caracteriza pelo contraste com a malha urbana que a cerca, é um vazio no meio de cheios, quebra a continuidade dos quarteirões edificados, introduz um elemento de surpresa e descontração. Foram consideradas Praças da cidade de Passo Fundo:



Praça Adolpho João Floriani;



Praça Almirante Tamandaré;



Praça Antônio de Quadros Martins;



Praça Capitão Jovino;



Praça Ernesto Tochetto;



Praça Francisco Antonino Xavier de Oliveira;



Praça Germano Domingos Zucchi;



Praça Marechal Floriano;

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Fig. 04. Mapa com definição das áreas verdes da cidade de Passo Fundo/RS/Brasil. Fonte. Autora, 2005.

ARBORIZAÇÃO URBANA

ÁREA VERDE PARQUE URBANO

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Passo Fundo possui uma área de aproximadamente 120.000.000 m² de área urbana e 180.000 hab. Supondo 4 habitantes por unidade habitacional (Moretti, 1997, p137) a cidade possui 45.500 unidades habitacionais. Como a cidade possui 49.529 domicílios segundo IBGE (2001), admite-se que Passo Fundo possui um índice de 3,40 habitantes por unidade habitacional, ou seja, uma população menor em relação aos dados de Moretti.

Com um estudo realizado através da análise de fotos aéreas (urbanas) de Passo Fundo, plantas atualizadas da cidade e observações de campo (in situ), verifica-se que a cidade possui aproximadamente 2.000.000 m² de áreas verdes, o que faz com que a cidade tenha aproximadamente 16% de espaço verde em relação à área urbana, e 11,11% de área verde por habitante. O município possui 49.529 unidades habitacionais, diante disso, chega-se ao índice2 de metros quadrados de

área verde por unidade habitacional que equivale a 40, portanto segundo especificações acima, este valor está dentro dos parâmetros esperados segundo Moretti (1997) entretanto, abaixo dos índices que a ONU, ou a OMS, ou a FAO, consideram ideal, citado por Cavalheiro & Del Picchia (1992).

"Em relação aos índices é importante comentar que está difundida e arraigada no Brasil a assertiva de que a ONU, ou a OMS, ou a FAO, considerariam ideal que cada cidade dispusesse de 12 m2 de área verde/habitante (Cavalheiro

& Del Picchia, 1992).

A análise na cidade como um todo, apresenta uma pequena concentração desses espaços. Pode-se verificar nos mapas apresentados acima e na tabela abaixo, que a área central urbana está bem servida desses equipamentos (Fig. 05). As figuras 06 e 07 mostram a significativa vegetação existente nos canteiros centrais da principal avenida da cidade, a Av. Brasil.

01

Praça Tamandaré

02 Av. Brasil

03

Praça Mal Floriano

04

Parque da Gare

Fig. 05. Vista aérea da arborização da cidade de Passo Fundo/RS/Brasil. Fonte. Autora, 2012.

2 O índice de áreas verdes é aquele que expressa à quantidade de espaços livres de uso público, em m2, pela quantidade de habitantes que vivem em uma determinada cidade. Então, neste cômputo, entram as praças, os parques urbanos, os canteiros centrais de avenidas e as calçadas de algumas vias públicas relevantes, ou seja, aqueles espaços cujo acesso da população é livre.

01

02

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Fig. 06 e Fig 07. Vistas aéreas da arborização dos canteiros centrais da Av. Brasil, Passo Fundo/RS/Brasil. Fonte. Autora, 2012.

Após essa constatação, e buscando procurar entender o que acontecia nos três setores da cidade fez-se a análise individual de cada setor. Compreendeu-se um somatório de anseios, de modos de vida e de expectativas comunitárias que poderia contribuir para as considerações deste estudo, entendendo que a área pesquisada por amostragem, abriga uma população de mais de 23.000 habitantes, e destes 11.960 são jovens de até 24 anos. Nestes três setores analisados verificou-se que não há nenhum Parque, nenhuma Praça, bem como nenhuma área verde disponível para a população ali residente.

Em relação aos referenciais pesquisados, constata-se que o setor do Bairro Petrópolis tem uma população de 9.521 habitantes. Destes, 48% dos que respondeu ao questionário do Setor do Bairro Petrópolis demonstram que a prioridade para que o bairro fique melhor se daria com a implantação de Equipamentos Comunitários de Lazer. A pesquisa demonstra que o Setor do Bairro Petrópolis, mostra-se carente da implantação de Equipamentos de Lazer, estes que segundo as entrevistas são a prioridade para o bem estar da população local. Quanto ao questionário aplicado no setor do Bairro Santa Marta, as aspirações de 15% da população demonstram a necessidade da implantação de Equipamentos de Lazer para a melhoria do bairro.

E, quanto ao setor do Bairro São José, verifica-se da mesma forma que os demais, que a escassez de equipamentos de lazer para uma população de 8.741 habitantes. O levantamento de campo deste Setor demonstra a carência na implantação de Equipamentos de Lazer, estes que segundo as entrevistas são prioridades e necessidades para o bem estar de 23% da população local.

O levantamento nos três setores pesquisados demonstra que a cidade de Passo Fundo não possui a quantidade ideal de vegetação para a população existente, com uma má distribuição e localização desses espaços, não atendendo as mínimas atividades físicas, de lazer e de bem estar da população, principalmente quando se refere a periferia urbana.

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4. Considerações finais

A análise demonstrou que há uma grande carência de equipamentos de lazer na cidade de Passo Fundo. O que se percebe é que existe alguma preocupação na implantação e manutenção de praças e canteiros centrais na área central da cidade, e que estes equipamentos implantados suprem alguma necessidade da comunidade, mas ainda deixam a desejar em vários pontos, por serem áreas pequenas ou localizadas em vias de significativo movimento de veículos, o que as tornam espaços perigosos. Verifica-se que a localização e dimensionamento de boa parte dos equipamentos implantados ocorreram sem planejamento adequado e sem a preocupação com o número de pessoas que iriam atender.

Observou-se ainda, que há um grande descaso com a população residente distante da área central da cidade, visto que não há nenhum parque, praça ou área verde disponível para uso dessa população, independentemente da renda do bairro. E que a população mostra-se da implantação desse tipo de equipamento. Isso é comprovado com os resultados dos questionários, visto que a população de todos os setores analisados, afirmam haver falta e necessidade de equipamentos de lazer de uso comunitário em suas comunidades.

O único parque urbano implantado na cidade, o Parque da Gare, é pouco utilizado, por não oferecer nenhum local apropriado aos encontros e conversas, mas principalmente por não proporcionar a devida segurança a seus usuários.

Constatou-se por fim através desta pesquisa, que os três setores analisados mostram-se extremamente carentes frente à indisponibilidade de equipamentos comunitários de lazer nos bairros, e que tanto nos setores pesquisados quanto na cidade como um todo, a presença do Estado, através da implantação de equipamentos comunitários de uso público é pequena. A falta destes equipamentos torna a cidade pouco acessível a uma comunidade que reside fora do centro urbano. Esta ausência é mais sentida quando se abordam a questão da cultura, do lazer e do esporte, outras formas de educação inexpressivas no cenário da periferia urbana.

O recomendável, seria a criação de novos espaços, em outros mananciais que ainda estejam disponíveis no perímetro urbano do município, implantados disciplinarmente para que cumpram as suas finalidades de espaços comunitários que integram e estimulam as vivências cívicas, comunitárias e comerciais de seus habitantes.

5. Referências bibliográficas

CARVALHO, Pompeu Figueiredo. Repensando as áreas verdes urbanas. Rio Claro: Unesp, Território e Cidadania, 2003.

CAVALHEIRO, F. & DEL PICCHIA, P.C.D. Áreas Verdes: conceitos, objetivos e diretrizes para o planejamento. In: Congresso Brasileiro sobre Arborização Urbana, I, Vitória/ES, 13-18/09/92. Anais I e II. 1992. P.29-35.

COUTO, S. A. F. (1981) Manual teórico e prático do parcelamento urbano. Rio de Janeiro, Forense.

FEIBER, Silmara Dias. Áreas Verdes Urbanas Imagem e Uso - O Caso do Passeio Público de Curitiba-Pr. R. RA´E GA, Curitiba, n. 8, p. 93-105, 2004. Editora UFPR.

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FUNDAÇÃO DE ECONOMIA E ESTATÍSTICA. Resumo Estatístico RS. Disponível em: < http://www.fee.tche.br>. Acesso em: 28 abril 2005.

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HARD. Letícia Peret Antunes . Fundamentos técnicos. In: Curso de Paisagismo em Áreas Urbanas. Universidade Livre do Meio Ambiente. Paraná, 2002. p.28-57. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. (2006). Cidades @. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br>. Acesso em: 20 fev. 2006.

MENEZES, C. L. Desenvolvimento urbano e meio ambiente: A experiência de Curitiba. Campinas: Papirus, 1996.

MORETTI, R. de S. (1997). Normas urbanísticas para habitação de interesse social:

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6. Biografia

Anicoli Romanini é Arquiteta e Urbanista graduada pela Universidade de Passo Fundo (2002). Possui mestrado em Engenharia com ênfase em Infra-estrutura e Meio Ambiente pela Universidade de Passo Fundo (2007). Atualmente cursa Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Planejamento Urbano e Regional na Universidade Federal do Rio Grande do Sul/Brasil. Tem experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Planejamento Urbano e Regional, atuando principalmente nos seguintes temas: Planejamento Urbano e Regional, Infra-estrutura e Meio Ambiente.

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