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PRÁTICAS EDUCATIVAS EM AGROECOLOGIA NO MST/PR E A LUTA PELA EMANCIPAÇÃO HUMANA

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PRÁTICAS EDUCATIVAS EM AGROECOLOGIA NO MST/PR E A

LUTA PELA EMANCIPAÇÃO HUMANA

LIMA, Aparecida do Carmo (UEM) NOMA, Amélia Kimiko (Orientadora/UEM)

Neste trabalho, abordamos como objeto de estudo as práticas educativas em Agroecologia desenvolvidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Estado do Paraná (MST/PR). Tais práticas são norteadas pelo Projeto Político e Pedagógico do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que articula ação política na luta pela terra com a luta pela educação escolar e pela educação em seu sentido amplo, enquanto processos formativos que visam à emancipação humana. Mantém vínculo histórico com as lutas por educação em áreas de reforma agrária e com a práxis política dos Movimentos Sociais Populares do Campo (MSPdoC) e que incluem o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais (MMTR), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Movimento das Mulheres Camponesas (MMC) e a Via Campesina.

O nosso objetivo geral é investigar as práticas educativas em Agroecologia, desenvolvidas pelo MST/PR e norteadas pelo Projeto Político e Pedagógico do MST, colocando em destaque a sua contribuição para processos formativos que se opõem à internalização de valores capitalistas e para o acúmulo de forças na luta pela emancipação humana.

Utilizamos o método histórico e dialético para apreender aspectos da totalidade do modo de produção capitalista. São concebidas as relações sociais e a correlação de forças das classes sociais no campo brasileiro como condição para analisar a singularidade das práticas educativas em Agroecologia do MST/PR. Para a análise empreendida, utilizamos os seguintes documentos: Projetos Político dos Cursos Técnicos em Agroecologia, relatórios finais de conclusão dos cursos, relatórios de seminários realizados pelas Coordenações Político-Pedagógica (CPP), entre outros.

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Foram também analisadas respostas dadas a um questionário que aplicamos a membros do Coletivo de Acompanhamento Político-Pedagógico que participaram de processos formativos em Agroecologia no MST/PR.

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra é “[...] um movimento social, de massas, autônomo, que procura articular e organizar os trabalhadores rurais e a sociedade para conquistar a Reforma Agrária e um Projeto Popular para o Brasil” (MST, 2001, p. 1). O MST/PR tem desencadeado ações para consolidar práticas educativas em Agroecologia, na formação política e técnica dos Sujeitos Sem Terra no Estado do Paraná. A partir de 2002, vem lutando pela conquista e posterior organização de cursos formais, Curso Técnico em Agroecologia na modalidade de Pós-Médio, Ensino Médio Integrado e Curso de Tecnólogo em Agroecologia.

Embora não haja consenso, a Agroecologia pode ser entendida como um campo de conhecimentos de caráter multidisciplinar que subsidia trabalhadores organizados no campo com princípios e conceitos ecológicos para o manejo e desenho de agroecossistemas sustentáveis, significando um novo projeto para o campo, baseado noutra matriz tecnológica para o enfrentamento ao agronegócio e às políticas neoliberais.

A formação em Agroecologia é desenvolvida nos centros/escolas de formação do MST/PR, que são: Escola Iraci Salete Strozak, (em Cantagalo), Escola Ireno Alves dos Santos (em Rio Bonito do Iguaçu), Escola José Gomes da Silva (em São Miguel do Iguaçu-PR), Escola Milton Santos (em Maringá) e Escola Latino Americana de Agroecologia (na Lapa).

Nesses espaços, realizam-se a educação escolar e a formação técnica em Agroecologia dos estudantes e de acordo com a estrutura curricular de cada curso formal. Os cursos formais são realizados em parcerias com algumas instituições públicas, sendo certificados pelo Instituto Federal do Paraná (IFPR) e pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) por meio dos recursos do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA).

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Fundamentos das Práticas Educativas em Agroecologia no MST/PR

Em estudo de fontes documentais do Setor de Educação e Setor de Formação do MST, identificamos como marco importante dos processos formativos do MST: fundamentos da Pedagogia Socialista, da Educação Popular e do materialismo histórico dialético. Os processos de formação concebem o ser humano como sujeito histórico e protagonista, que cria e estabelece relações sociais em interlocução com o movimento histórico, dialético e contraditório de seu modo de vida social.

A organização e a concretização de processos formativos em Agroecologia no MST/PR se constituem em uma práxis pedagógica que realiza a formação humana dos sujeitos sociais pela construção e desconstrução de processo educativo dialético que se fundamenta na ação-reflexão-ação. As práticas educativas em Agroecologia, ofertadas na modalidade educação escolar, visam à formação política e técnica no âmbito do MST. Tais processos têm intencionalidade política e pedagógica dirigida para a construção de um projeto educativo emancipatório, tendo nexos com a realidade do campo.

Entendemos que os processos formativos de militantes, traduzidos em práticas educativas formais pelo MST, são meios de qualificar a força social popular na perspectiva da transformação social. Conforme informações organizadas pela Escola Latino Americana de Agroecologia (ELAA), o trabalho realizado pelos sujeitos individualmente e pelos sujeitos coletivos visa concretizar processos formativos em Agroecologia na materialidade da vida no campo. Ao realizar um balanço de nove anos de trabalho, a avaliação da ELAA é:

[...] o MST e La Vía Campesina já dispõem de 11 escolas técnicas de nível médio em Agroecologia, e no nível universitário tem-se a Escola Latino Americana de Agroecologia – ELAA e o Curso de Agronomia com ênfase em Agroecologia em parceria com a UNEMAT – Universidade Estadual do Mato Grosso. Na Venezuela em parceria com o Governo, foi criado o IALA – Instituto de Agroecologia Latino Americana – Paulo Freire, que recebe educandos e educandas de vários países latino-americanos, e já se encontram em avançado processo de constituição o IALA Guarani, no Paraguai e o IALA Amazônico, no Estado do Pará (ESCOLA LATINO..., 2009, p. 8).

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Nos assentamentos conquistados pelas famílias sem terra consubstanciam-se relações contraditórias, ao mesmo tempo em que se direcionam na perspectiva da construção de novas relações sociais contrárias ao capitalismo, são perpassadas por relações sociais que são capitalistas. De acordo com Tardin et al. (2009), a reprodução do modelo de agricultura interligado ao agronegócio, por representar um projeto societário hegemônico sob o controle direto do capital, não só abrange as famílias assentadas/acampadas sem terra, como se estende às demais populações e comunidades do campo.

Os MSPdoC da Via Campesina, no início do século XXI, têm incorporado a dimensão ambiental a este modelo, encontrando, “[...] na Agroecologia, os aportes científicos e metodológicos capazes de orientar as transformações necessárias à reconstrução ecológica da agricultura, ao avanço da soberania alimentar e da autonomia camponesa” (TARDIN et al., 2009, p. 7). Portanto, as discussões relacionadas à Agroecologia estão interligadas com o contexto das relações de produção existentes, dialogando intrinsecamente com as transformações do processo de trabalho e do desenvolvimento das forças produtivas.

Salienta Machado (2009) que, ao analisar os processos produtivos em transição para a Agroecologia, faz-se necessária a apropriação de todas as dimensões que a constituem, devido sua inserção em processos dialéticos da produção da vida e por entender que a Agroecologia valoriza todas as formas de vida. Por essa razão, a biodiversidade é sua condição intrínseca. Na perspectiva do autor,

[...] a Agroecologia não é apenas uma técnica de produção, pois se essa técnica não for acompanhada implicitamente das dimensões social, política, econômica, técnica, administrativa, energética, ambiental e cultural, será uma técnica convencional sem o componente dinâmico que a dialética incorpora ao processo. Não é suficiente produzir: é necessário produzir respeitando a dialética da natureza com a proteção à biodiversidade e desenvolvendo o processo a partir e incluindo as dimensões antes citadas (MACHADO, 2009, p. 18).

A construção de processos produtivos sob as bases da Agroecologia tem vínculo com o anseio e a necessidade de um Projeto Popular para o Campo, já que a Agroecologia insere-se como parte das possibilidades concretas de os seres humanos

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forjarem novas relações de sociabilidade, cultura e conhecimento. Para os Movimentos Sociais Populares do Campo, a Agroecologia situa-se, de um lado, em uma abordagem teórica e metodológica e, também, como parte da construção de processos organizativos e de produção contrários à lógica da agricultura capitalista, aspectos interligados em duas dimensões: de resistência e de superação.

O MST se contrapõe ao modelo de organização da produção capitalista no campo, que explora o trabalho e os bens da natureza, por inúmeras questões:

Por isso somos contra as ações de homogeneização e padronização da agricultura representada pelo uso de agrotóxicos, transgênicos e monocultura (como a do eucalipto, soja, cana, entre outros) que visam unicamente o lucro em detrimento da qualidade de vida e produção de alimentos saudáveis para todos. Lutamos por uma agricultura de base camponesa e ecológica, saudável, diversificada e que proteja a diversidade biológica e cultural. Defendemos e Lutamos pela Soberania Alimentar dos povos do mundo (MST, s.d, s.n).

Nos assentamentos, acampamentos e Centros/Escolas de Formação, o MST vem desenvolvendo diversas iniciativas de experiência de produção em bases agroecológicas. De acordo com a ELAA, a decisão e a ação política do MST pela promoção da Agroecologia no seu programa político – como ciência orientadora para a reconstrução ecológica da agricultura – podem ser analisadas como um “[...] avanço revolucionário na base da produção e no modo de vida camponês das famílias assentadas” (ESCOLA LATINO..., 2009, p. 8). As principais iniciativas práticas em construção pelo MST, em comum com outros MSPdoC, englobam a produção de alimentos saudáveis, produção de sementes agroecológicas, manejo ecológico do solo, recuperação de áreas de degradadas e a formação permanente e ampla em Agroecologia. No MST, a Agroecologia é considerada um elemento importante para e na construção de um projeto societário que supere o capital. Entende-se, todavia, que ela por si só não tem a força para materializar a tarefa histórica de edificar a sociedade socialista: “[...] tal sociedade perderá sentido e força humanizadora se tal projeto não incorporar a Agroecologia e realizar uma radical crítica ao modelo produtivista do capital” (MARTINS, 2009, p. 37).

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Gliessman (2005) ressalta a necessidade de sistemas sustentáveis de produção de alimentos em sua análise crítica dos pilares da agricultura moderna. O autor evidencia que as técnicas, inovações, práticas e políticas que permitiram a sua difusão estão articuladas com a crescente busca pela acumulação de capital. Esta prática tem se mostrado insustentável, comprometendo a continuidade da vida, devido à perda da biodiversidade e, em particular, ao desaparecimento das culturas dos povos do campo.

O autor explica que é necessária “[...] uma nova abordagem da agricultura e do desenvolvimento agrícola, que se construa sobre aspectos de conservação de recursos da agricultura tradicional local [...] ao mesmo tempo, se explorem conhecimento e métodos ecológicos modernos”. Tal abordagem “[...] é configurada na ciência da Agroecologia, que é definida como a aplicação de conceitos e princípios ecológicos no desenho e manejo de agroecossistemas sustentáveis” (GLIESSMAN, 2005, p. 53-54).

Gúzman, outro estudioso desse campo de conhecimento, soma a reflexão acima com a afirmação de que a Agroecologia, enquanto enfoque científico “[...] que promove o desenvolvimento rural sustentável, está assentada na busca e identificação do local e sua identidade para, a partir daí, recriar a heterogeneidade do meio rural, através de diferentes formas de ação social coletiva de caráter participativo” (2001, p. 42-43).

Ao desenvolver um estudo das fontes documentais dos Centros/Escolas de Formação do MST/PR e dos Cursos Técnicos em Agroecologia, ofertados em parceria com a ETUFPR– atualmente coordenado pelo IFPR– e com o INCRA/PR por intermédio do Programa PRONERA, encontramos elementos importantes referentes à concepção de Agroecologia nos Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) dos Cursos. Na perspectiva do trabalho da ETUFPR, a construção da proposta da Agroecologia representa um marco na sua trajetória devido à articulação das práticas educativas.

[...] uma proposta que pressupõe rupturas com modos de pensar e de se comportar, tanto dos pesquisadores como dos técnicos, professores, alunos e agricultores. Portanto, é uma proposta de se fazer agricultura que propicie a articulação entre a elaboração e a objetivação de proposições que visem reorientar tendências e minimizar efeitos de privilégio no controle de recursos econômicos. [...] Então, é neste quadro conflituoso que a Universidade se propõe a defender um novo jeito de fazer agricultura, na qual a Agroecologia é estratégica neste processo de rupturas. (ESCOLA TÉCNICA..., 2007, p. 6-7).

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No Projeto Político Pedagógico do Curso Técnico em Agroecologia Ensino Médio Integrado da segunda turma no ITEPA, consta que a formação de egressos voltados a esta realidade, juntamente com políticas públicas pertinentes, é de fundamental importância para que o desenvolvimento agrário regional seja sustentável nas dimensões social, política, econômica e ambiental (INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ, 2009a).

A concretização de processos produtivos agroecológicos demanda a apropriação de conhecimentos empíricos dos agricultores, acumulados por muitas gerações, e que devem ser aliados ao conhecimento técnico e científico atual. Entende-se que,

Por definição, a tecnologia é uma decisão social, não existe individualizada. A adoção de tecnologia corresponde a um momento dado da história social e política. A tecnologia é produto do desenvolvimento das forças produtivas, um momento das relações

forças produtivas e forças sociais. E a Agroecologia apresenta

inúmeras características atraentes às realidades encontradas na agricultura camponesa latino-americana (ESCOLA TÉCNICA..., 2005, p. 19, grifo no original).

Ao propor contribuir na reorganização dos assentamentos e da produção orientados pelas linhas políticas do MST e sob os princípios da Agroecologia, entendemos, nessa tarefa, que tanto a ciência como a técnica não são neutras, sempre se articulam para a construção de projetos alternativos ou não. Estes processos formativos, em seus dez anos de constituição, conforme consta nos PPP, têm uma trajetória histórica de organização e materialização da sua práxis pedagógica na qual se vivenciam princípios de uma educação comprometida com a transformação social, nos limites da sociedade capitalista.

Projeto Político Pedagógico dos Cursos em Agroecologia

Os Processos Formativos (Centros/Escolas) e as Práticas Educativas em Agroecologia (Cursos Técnicos) têm por objetivo geral estabelecer uma proposta de educação da classe trabalhadora, em que as técnicas e as ciências possam estabelecer parâmetros que ofereçam alternativas à agricultura convencional e que, portanto, volte-se para a vida do homem com dignidade.

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Focalizamos os principais aspectos que são comuns, por perpassar os Projetos Político e Pedagógico dos Cursos Técnicos em Agroecologia. Dos seguintes cursos: Técnico em Agroecologia Ensino Médio Integrado, Agropecuária com ênfase em Agroecologia, Tecnólogo em Agroecologia, Técnico em Agroecologia com ênfase em Sistemas Agroflorestais e Técnico em Habilitação para a Produção de Leite.

São organizados em regime de alternância, em momentos distintos, denominados de Tempo Escola (TE) e Tempo Comunidade (TC), compreendidos como tempos contínuos do processo educativo. O significado desta opção metodológica vincula-se ao princípio da prática-teoria-prática, educação e vínculo orgânico com processos produtivos e sociais. A leitura de processo da direção do MST deriva da ideia de que a formação do Militante-Técnico não se resume às atividades de aula teórica, ou só ao Tempo Escola, mas na luta social, na organização coletiva, na construção do vínculo orgânico com a base social. A forma de organizar e de efetivar o fazer educativo na formação de Militante-Técnico em Agroecologia prioriza o princípio da práxis educativa relacionada, dentre as práticas educativas em Agroecologia, com as comunidades de origem dos educandos.

Para tanto, o MST/PR propõe construir e vivenciar o método pedagógico, apropriando-se do acúmulo do trabalho e da experiência na formação de militantes e quadros no MST. Por isso, tem estruturado, nesses processos formativos em Agroecologia, a organização do método em função de garantir a formação técnica, política e a capacitação das pessoas que nela participam. Os elementos constituintes da proposta pedagógica dos Centros/Escolas de Formação e das práticas educativas em Agroecologia tomam por base as experiências educativas realizadas na Escola Josué de Castro do MST. Pontuamos as matrizes pedagógicas de formação humana assumidas no MST (a priori nas práticas educativas), de acordo com a fonte documental intitulada Método Pedagógico (INSTITUTO TÉCNICO DE CAPACITAÇÃO..., 2004). São elas: a Educação Popular, Formação Política, Trabalho/Economia, Coletividade, Capacitação e Pedagogia do Movimento.

Lima (2008) evidencia que os eixos metodológicos que fazem parte do Projeto Político Pedagógico direcionado para a formação do Militante-Técnico são: a) o Regime de Alternância; b) o Trabalho como elemento Pedagógico Fundamental; c) a Formação

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Integrada ao Processo de Produção; d) a Organização dos Tempos Educativos; e) a Organização de Coletivos; f) a Relação Escola e Comunidade como Elemento Estratégico; g) a Qualificação aliada à Escolarização e à Formação Política.

Ao analisar aspectos relativos aos Projetos Político-Pedagógicos, direcionamos o nosso olhar para a organização e estrutura curricular, dando ênfase à delimitação dos objetivos e aos conteúdos que concretizam a formação política e técnica combinada com a educação escolar. Entendemos que as questões são definidas em comum entendimento do Movimento Sem Terra juntamente com os Movimentos Sociais do Campo vinculados à Via Campesina, que participam dos processos formativos, e a Escola Técnica da UFPR, atualmente Instituto Federal do Paraná, ambos trabalham na elaboração dos PPP e, para a sua materialização, em processos formativos em Agroecologia. O Instituto Federal do Paraná – por intermédio da Pró-Reitoria de Ensino, Pesquisa e Extensão – é responsável pelos aspectos legais do Curso Técnico em Agroecologia em diálogo com o MST, que coordena os processos formativos.

Em consulta a fontes documentais, constatamos dados significantes em relação à formação de militantes-técnicos em Agroecologia. Desde o ano de 2003 até 2009, as Práticas Educativas em Agroecologia realizadas pelo MST, em conjunto com MSPdoC vinculados à Via Campesina do Brasil e da América Latina, em parceria com a Escola Técnica (ETUFPR) e, atualmente com o IFPR, contribuíram para a conclusão de três turmas do Curso Técnico em Agropecuária com ênfase em Agroecologia, formando 90 militantes-técnicos em Agroecologia no CEAGRO e na Escola Milton Santos.

Foram concluídas cinco turmas do Curso Técnico em Agroecologia Integrado ao Ensino Médio, formando 144 militantes-técnicos. Em maio de 2009, formou-se a primeira turma de Tecnólogos em Agroecologia com 23 militantes-técnico-pedagogos em Agroecologia e a segunda turma em abril de 2010 (INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ, 2009b).

Avaliação do MST/PR acerca das Práticas Educativas em Agroecologia

Neste trabalho, abordamos elementos interligados às dificuldades, desafios e contribuições dos processos educativos em Agroecologia na construção da estratégia política do MST na luta pela emancipação humana, com fundamento nas fontes

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documentais elaboradas pelo MST/PR. Utilizamos ainda respostas escritas a um questionário por um grupo de pessoas qualificadas integrantes da Coordenação Política Pedagógica dos seguintes processos: Escola Milton Santos, Escola Latino Americana de Agroecologia, Escola José Gomes da Silva, CEAGRO, Setor de Formação e Setor de Educação, Dirigentes Políticos do MST/PR. Estas fontes são referenciais em nossa pesquisa por conter avaliações das práticas educativas em Agroecologia.

Para compreensão do processo de construção das práticas educativas em Agroecologia, sintetizamos elementos abstraídos do Relatório do Encontro da Coordenação do Setor de Produção, Cooperação e Meio Ambiente MST/PR, que foi realizado nos dias 14 a 17 de fevereiro de 2006, no município de São Jerônimo da Serra no Estado do Paraná.

Na avaliação do MST/PR (2006), dos participantes da brigada do Setor de Produção de 500 Famílias Sem Terra, outros aspectos foram importantes tanto na construção dos processos formativos como das práticas educativas em Agroecologia. As escolas surgiram como parte da necessidade de ter técnicos formados pelo MST e como espaço para desenvolver uma formação “[...] para a equipe técnica que existia, pois os mesmos possuem uma formação cartesiana, baseada no conteúdo da Revolução Verde e antagônica com a discussão do MST” (MST/PR, 2006, p. 17).

Para superar as dificuldades de inserção dos técnicos na realidade e na dinâmica da prática social das famílias nas áreas de Reforma Agrária, o MST construiu algumas ferramentas importantes: aprimorou o Projeto Educativo dos Centro/Escolas de Formação e potencializou a criação de outros (por exemplo, a Escola Milton Santos) e dos Cursos Formais Técnicos em Agroecologia, visando formar sujeitos/profissionais capacitados para garantir o acompanhamento nos assentamentos.

Outro instrumento importante é a Jornada de Agroecologia, espaço que o MST tem participado e vem assumindo, sendo esta atividade um dos ambientes educativos que possibilita uma interlocução orgânica na formação do técnico-militante. A Jornada se constitui “[...] como espaço de contraposição ao agronegócio, de articulação entre as organizações que se aglutinam em torno desta temática, e de motivação e trocas de experiências práticas em Agroecologia, como parte importante na sua construção” (TONÁ, 2010, s. n).

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No desenvolvimento dos processos educativos que visam à formação do militante-técnico em Agroecologia, houve dificuldades e também questões relevantes, conforme avalia Toná (2010), integrante do Setor de Formação do MST/PR.

Um primeiro elemento é o limite de escolarização das pessoas que são orientadas para fazer os cursos de Agroecologia e o segundo elemento é a inserção dos educandos. No MST, a formação militante tem uma intrínseca relação com a formação técnica, sendo que essa materialização não é possível sem a participação militante dos sujeitos, portanto, realiza-se num contexto de práxis. O terceiro elemento é a relação da escola com o conjunto do MST. Um indicativo dessa dificuldade pode ser a própria história do MST, a sua origem como um movimento de massa, no qual, nas questões organizativas e nos processos de formação, os resultados podem aparecer após longo prazo, mas não têm sido priorizados se comparados com as questões mais urgentes que dizem respeito à mobilização social. O quarto elemento deve-se ao fato de que, no MST, o domínio teórico e prático sobre Agroecologia ainda é um tema recente.

Em resposta ao questionário que aplicamos em 2010, Grein, integrante da Direção Política do MST/PR, explica que existem inúmeras dificuldades, algumas são mais importantes e, se não forem resolvidas, comprometem o processo educativo. Existe dificuldade de acompanhar os educandos no Tempo Comunidade e de modo contínuo, também para que os educandos/egressos formados nas escolas se qualifiquem sempre mais nas ações práticas. Uma dificuldade de outra natureza é a formação qualificada no ensino fundamental e médio, base que fornece os fundamentos do conhecimento aos estudantes da Agroecologia.

Tardin, outro respondente do questionário, entende que o primeiro empecilho nos processos formativos e educativos em Agroecologia no MST/PR está na dificuldade em operacionalizar a política pública para a educação do campo, o difícil acesso ao PRONERA. Ressalta que outro agravante é fato de o PRONERA limitar-se a jovens oriundos do programa de reforma agrária, portanto, à medida que a escola do MST ou da Via Campesina, a exemplo da Escola Latina Americana Agroecologia, insere educandos oriundos de diversificadas realidades camponesas, fez-se necessário completar o orçamento, seja pelas famílias ou pelos movimentos sociais, para os custos de manutenção destes nos cursos. Um terceiro aspecto é a insuficiência de recursos

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financeiros, agravada com a dificuldade em conseguir recursos públicos para a instalação da infraestrutura necessária e adequada para o desenvolvimento dos cursos, exigindo do MST e demais MSPdoC a iniciarem os cursos e ao mesmo tempo desenvolverem ampla e continuada pressão sobre o Estado para solucionar este déficit.

Salienta Maia, em sua resposta, que as dificuldades são inúmeras, vão desde a falta de recursos financeiros até a inserção nos Assentamentos. Existe um esforço no conjunto do MST para ir superando estes limites, compreendendo que a técnica e a política não se separam. Segundo ele, à medida que se trabalha com Agroecologia como técnica, “[...] isto se desdobra numa ação política para a contra-hegemonia. Mas, o que de fato dificulta o processo [...] é a necessidade de desconstruir o projeto do Agronegócio como forma de produzir na prática dos Assentados”.

Práticas Educativas: pontos relevantes

Na avaliação do MST/PR (2006), são considerados como avanços na formação do militante-técnico em Agroecologia os seguintes aspectos: os técnicos têm uma boa formação política, conhecimento da Agroecologia e possuem pertença; inserção do técnico-militante nos trabalhos das brigadas e no Setor de Produção; foi um acerto a organização dos Centros/Escolas de Formação do MST PR; a criação de coletivos responsáveis pelo acompanhamento das escolas.

Sobre este aspecto, Grein salienta que um dos pontos relevantes é a formação proporcionada a muitos jovens. Maia, por sua vez, acrescenta que os processos educativos em Agroecologia são relevantes “sem sombra de dúvida, é a ousadia de preparar a nossa Juventude Camponesa para esta tarefa, isto tem um significado sem igual, ao passo que potencializamos a organização da vida no assentamento, criamos opções para a juventude permanecer no campo”.

De maneira geral, afirma Toná (2010) que as contribuições das práticas educativas em Agroecologia se inserem no contexto de formação ampla de militante e de ser humano. As intervenções se opõem e enfrentam o agronegócio, seja na disputa de projetos, seja questionando e fazendo a divulgação da Agroecologia. Os militantes e técnicos estimulam práticas de Agroecologia em diversos processos concretos. A

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concretização de práticas agroecológicas influencia a organização da produção nos assentamentos e possibilita questionar os agroquímicos entre outros.

Tardin (2010) entende que as principais contribuições identificadas das Práticas Educativas em Agroecologia para o acúmulo da luta do MST/PR e no desenvolvimento de práticas agroecológicas nas áreas de Reforma Agrária se interligam a questões concretas:

i) ruptura com a sistemática de assistência técnica autoritária e de invasão cultural por uma abordagem dialógica de intercâmbio de saberes com compromisso de classe;

ii) conhecer a complexidade dos agroecossistemas camponeses apoiados num marco teórico orientador de uma visão holística e sistêmica que abarca distintas dimensões: cultural, social, ética, político-organizativa, ecológica e econômica;

iii) resgate e exponenciação de conhecimentos tradicionais camponeses e de bens e recursos locais para a produção e outras esferas do trabalho e satisfação das necessidades humanas na perspectiva da sustentabilidade;

iv) promoção da soberania alimentar, através da ampliação da diversidade produtiva de alimentos;

v) elevação da autonomia tecnológica e financeira, a partir da utilização de tecnologias adequadas e insumos locais;

vi) elevação da renda monetária, seja pelo uso de insumos locais e trabalho familiar ou cooperado, seja pela organização de circuitos locais de mercado direto na relação com o consumidor que inclui, em muitos casos, a agroindustrialização, que proporciona algum ganho excedente pela agregação de valor;

vii) orientação a processos de cooperação simples ou complexos em diferentes níveis;

viii) reforço à organicidade das famílias e na sua participação nas lutas de enfrentamento ao agronegócio, seja na sua expressão através das transnacionais ou do Estado (TARDIN, 2010, s.n)

No balanço feito por Toná (2010) sobre o percurso da construção dos diversos processos formativos em Agroecologia no MST/PR em uma década, são apontados os seguintes pontos como contribuição:

a) Do ponto de vista teórico, na compreensão da Agroecologia e seu papel estratégico em uma luta como a que o Movimento se propõe, ou seja, um pilar do seu projeto de campo e de sociedade. No MST, foi construído o componente político na concepção de Agroecologia, o que diferencia nossa concepção das academias e das ONGs;

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b) Acúmulo nas experiências concretas, embora sejam poucas, se comparado com a dimensão da totalidade dos projetos dos assentamentos de Reforma Agrária e do tamanho das expectativas e necessidades do MST.

c) Neste breve período [uma década], os Sujeitos Sem Terra (MST/PR), fizeram mais ações concretas que muitas ONGs cujo trabalho de décadas é belo e valioso, mas restrito, e nossa prática se materializa nos assentamentos e acampamentos através da produção de alimentos saudáveis, no cuidado com a terra e água, respeito a florestas e biodiversidade, nas construções ecológicas, energias renováveis, nas práticas de saúde, dentre outras;

d) Tem-se concluídas, nas Escolas/Centros de Formação, em diversas modalidades (médio e técnico integrado, seqüencial e curso de tecnologia – graduação), dez turmas, e ainda têm-se cinco em andamento. Precisamos agora pesquisar melhor, inclusive, onde estão os/as egressos/as desses cursos, que tarefas desempenham, de modo a seguir-se avaliando a contribuição desta formação para a promoção da Agroecologia no MST do Paraná (TONÁ, 2010, s.n).

Americano, integrante da CPP do ITEPA, registrou em sua resposta ao questionário que as práticas educativas em Agroecologia deram um novo desenho pedagógico para os Centros/Escolas de Formação, uma vez que muitos deles não possuíam experiências de práticas agroecológicas.

Práticas Educativas e sua Relação com a Luta pela Emancipação Humana

Na avaliação de Toná (2010), os fundamentos que embasam a proposta de educação no MST contribuem na luta pela emancipação humana. Grein respondeu a respeito desta questão que os processos educativos têm contribuído para elevação da autoestima nos educandos pela conquista do direito de estudar. Outro aspecto, indicado por ela, é a organização da turma em coletivos e os pressupostos da teoria envolvida pela prática concreta na pesquisa e trabalho com as famílias.

Tardin, ao posicionar-se sobre este aspecto, entende que a contribuição das práticas educativas em Agroecologia situa-se no campo da Formação Humana e Profissional Complexa, que estabelece relação com três pontos básicos que se interligam: o Currículo (complexo – amplo); Agroecologia contraponto ao Agronegócio; Processo de Cogestão vivenciada no Curso pelos educandos/educadores.

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As respostas se expressam de uma maneira abrangente na medida em que os currículos dos cursos estão estruturados para cumprir uma formação humana e profissional complexa. Para isto, o currículo contempla unidades didáticas como filosofia, sociologia rural, economia política, comunicação rural, psicologia social, ciências exatas, ciências biológicas, e a agroecologia propriamente dita – ou seja, um campo disciplinar que trata da relação ser humano – humano e natureza na configuração de agroecossistemas sustentáveis. Por esta amplitude, alcança-se qualificar os conhecimentos das educandas e educandos a atuarem como militantes técnicos pedagogos em agroecologia, superando o limite tecnicista e a relação alienada com as famílias camponesas e a natureza. Pode-se destacar que esta qualificação ampla, humanista, ecológica e politicamente crítica corrobora com as proposições e necessidades dos Movimentos Sociais do Campo que se articulam na perspectiva das lutas pela transformação da sociedade. São profissionais técnicos com vínculo de classe, portanto, com compromisso ideológico, político, organizativo, cultural e que neste marco, em sua ação, respondem tecnicamente pela promoção e orientação da agroecologia.

Na análise de Tardin, o MST e a Via Campesina qualificam seus técnicos para atuarem de forma consciente nos processos de avanço da organização política e econômica, nos quais se inclui a Agroecologia, com clara posição e ação de enfrentamento combativo ao capital.

Na perspectiva de sujeitos militantes e dirigentes do MST/PR, as práticas educativas em Agroecologia do MST/PR são uma das ferramentas importantes que propiciam o acúmulo de forças e contribuem para a estratégia geral do MST na luta pela emancipação humana. Para Toná (2010, s. n), esses processos ajudam:

[...] a fazer disputa territorial, contribuem no novo conteúdo da Reforma Agrária (popular e soberana) luta que não é só para os Sem Terras, mas para toda sociedade, exige alianças com outros sujeitos do campo que também sofrem com o capitalismo e precisam lutar por seus territórios [...] necessidade de superação do capital [...] Nesse processo se percebe sujeito, já é processo de emancipação, fazer história; contra as condições objetivas e subjetivas que alienam o ser humano.

Na análise de Tardin, as escolas e cursos de Agroecologia estão postos na estratégia de formação dos Sujeitos Sem Terra críticos e ativos na sociedade, conforme resposta ao questionário que aplicamos:

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A especificidade dos cursos de agroecologia responde à ampliação desta estratégia, na medida em que aportam à inclusão da dimensão ecológica da Vida na visão de humanidade e sociedade que o MST vem formulando e objetivando em suas experiências reais. Neste sentido, coloca seu projeto societário numa posição de vanguarda e amplia as possibilidades de alianças tanto no campo como junto a outros sujeitos políticos urbanos, ao mesmo tempo em que contribui para a explicitação da dimensão desumana (exploração do homem-mulher pelo homem-homem-mulher, apropriação privada da riqueza socialmente produzida) e anti-ecológica (depredação, contaminação, etc.) do capital. Não que as escolas e cursos realizam e respondam diretamente pelo acúmulo de forças, mas corroboram no seu alcance.

Compreendemos que as ações políticas promovidas pelos Movimentos Sociais Populares do Campo, a exemplo do MST, somam-se para o acúmulo de forças da luta de classe na atualidade e são mediações necessárias no interior dos processos sociais que almejam a superação do modo de produção capitalista.

Considerações Finais

Constatamos, nos processos educativos em Agroecologia no MST/PR, a incorporação de fundamentos históricos da pedagogia socialista, alicerçada na teoria de Marx, sobretudo na experiência e trabalho realizado por Makarenko e Pistrak. Ressaltamos que, em todos os processos educativos em Agroecologia, os educandos e os educadores são organizadas para participar de modo coletivo e cooperado na escola, sendo inseridos em coletivos, espaços onde se realizam os estudos, o trabalho, as relações humanas e interpessoais, as avaliações, entre outros.

As práticas educativas em Agroecologia do MST/PR foram se forjando na construção de outras relações de formação humana, com base na organização do trabalho pedagógico e sob o pressuposto de um projeto histórico, que almeja trabalho e educação para “além do capital”. Para Mészáros (2005), o conceito de “educação para além do capital” tem como perspectiva a realização de uma nova ordem social que seja capaz de sustentar concretamente a si própria. Sua origem tem um vínculo com o princípio histórico de universalização da educação e trabalho, entendidos como atividades humanas de autorrealização. A luta na perspectiva da educação “para além do capital” visa a uma nova ordem social emancipatória, suas práticas são articuladas por

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princípios comuns na organização do trabalho pedagógico, que evidenciam uma contraposição à educação para a conformação e têm por perspectiva histórica a superação sociometabólica do capital.

Referências

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