Esclerose múltipla em doentes mais idosos:
Uma população de doentes com necessidades únicas
Prof. Gavin Giovannoni
Professor de Neurologia, Centre for Neuroscience,
Surgery and Trauma, Blizard Institute, Barts and
The London School of Medicine and Dentistry, Queen
Mary University of London, Londres, Reino Unido
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poderão refletir o estatuto de homologação em uma ou mais jurisdições
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O que são a imunossenescência e a neurossenescência,
e de que forma afetam os doentes mais idosos com EM?
Biologia da senescência
1–4
1. NIH, National Institute on Aging. Disponível em: https://permanent.fdlp.gov/gpo46777/biology-of-aging.pdf (acedido em março de 2021); 2. Calcinotto A, et al. Physiol Rev. 2019;99:1047–78; 3. Childs BG, et al. Nat Med. 2015;21:1424–35; 4. Morris BJ, et al. Biochim Biophys Acta Mol Basis Dis. 2019;1865:1718–44.
CROMOSSOMA
ADN
GENE
CAUDA DA HISTONA
CAUDA DA HISTONA
HISTONA
ADN inacessível, gene inativo
As histonas são proteínas em
torno das quais o ADN se pode
enrolar para a compactação e
regulação dos genes
Modificação das histonas
A ligação dos fatores epigenéticos às “caudas”
das histonas altera a extensão na qual o ADN se
enrola em torno das histonas e a disponibilidade
dos genes no ADN que são ativados
Metilação do ADN
O grupo metilo (um fator epigenético
encontrado em algumas fontes alimentares)
pode assinalar o ADN e ativar ou reprimir genes
OS MECANISMOS EPIGENÉTICOS
são afetados por estes fatores e processos:
•
Desenvolvimento (intrauterino, infância)
•
Químicos ambientais
•
Fármacos/produtos farmacêuticos
•
Envelhecimento
•
Alimentação
INCIDÊNCIAS NA SAÚDE
•
Cancro
•
Doenças autoimunes
•
Perturbações mentais
•
Diabetes
ADN acessível, gene ativo
CROMATINA
GRUPO
METILO
FATOR
As alterações associadas à idade afetam vários sistemas
1–10
1. NIH, National Institute on Aging. Disponível em: https://permanent.fdlp.gov/gpo46777/biology-of-aging.pdf; 2. Goronzy JJ, Weyand CM. Nat Immunol. 2013;14:428–36; 3. Wannamethee SG, et al. Am J Clin Nutr. 2007;86:1339–46; 4. Mayo Clinic. Disponível em: www.mayoclinic.org/healthy-lifestyle/womens-health/in-depth/belly-fat/art-20045809; 5. Goldspink G. J Aging Res. 2012;2012:158279;
6. Bitar K, et al. Neurogastroenterol Motil. 2011;23:490–501; 7. Mayo Clinic. Disponível em: www.mayoclinic.org/healthy-lifestyle/mens-health/in-depth/male-menopause/art-20048056;
8. NIH, National Institute on Aging. Disponível em: https://order.nia.nih.gov/sites/default/files/2018-09/menopause.pdf; 9. Lifshitz OH, Tomecki KJ. Disponível em: https://teachmemedicine.org/cleveland-clinic-the-aging-skin/; 10. NIH News in Health. Disponível em: https://newsinhealth.nih.gov/2015/01/osteoporosis-aging (todas as ligações na Internet acedidas em março de 2021).
Nervoso
Atrofia cerebral
Linfático/imunitário
Imunossenescência
Cardiovascular
Aterosclerose
Endócrino
Aumento da adiposidade
Muscular
Perda de massa; fraqueza
Digestivo
Maior sensibilidade,
trânsito mais lento
Reprodutor
Menopausa/andropausa
Dermatológico
Elastose
Esquelético
Osteoporose
A imunossenescência começa relativamente cedo
1–3
1. Farber DL, et al. Nat Rev Immunol. 2014;14:24–35; 2. Goronzy JJ, Weyand CM. Nat Immunol. 2013;14:428–36; 3. Thomas R, et al. Immun Ageing. 2020;17:2.
Recém-nascido
Alterações anatómicas
Morfologia
do timo
Padrão
histológico
do lóbulo
tímico
O declínio da função imunológica começa na fase inicial da vida,
intensifica-se até à meia-idade e agrava-se com a idade
Vasos Espaço perivascular
Alterações funcionais
Resumo das principais alterações no sistema imunitário devido
à imunossenescência
NK, natural killer; TLR, Recetor “toll-like”.
Triglav TK, Poljak M. Acta Dermatovenerol Alp Pannonica Adriat. 2013;22:65–70.
Células afetadas
Células NK
Células dendríticas
Células T CD4 e células B
Neutrófilos e monócitos/macrófagos
Células T
Células B
Função afetada pelo envelhecimento
Eliminação de células infetadas/citotoxicidade
Produtos das citocinas
Fagocitose
Apresentação do antigénio
Respostas dos anticorpos de alta afinidade
Quimiotaxia
Eliminação do agente patogénico/função microbiocida
Fagocitose
Sinalização TLR
Redução das células T naïve (CD4 e CD8)
Aumento das células T com experiência de antigénio (CD4 e CD8)
Redução da diversidade de células T
Redução das células B naïve
Recombinação de mudança de classe, hipermutação somática
Redução do repertório (redução da resposta ao neoantigénio)
Imunossenescência
KIR, recetor killer tipo imunoglobulina; KLRG1, recetor de células killer tipo lectina G1; NKG2D, membro D do grupo natural killer 2; TCR, recetor de células T. Vallejo AN. Trends Mol Med. 2007;13:94–102.
Tamanho relativo
Idade cronológica, anos
Jovem
Recém-nascido
Idoso
CD28
Naïve
Cada cor representa um TRC individual
Número de emigrantes tímicos
Proliferação de células T homeostáticas
Número de células T naïve
Número de células T com memória
Diversidade de TCR geral
Comprimento do telómero (célula T)
Memória
Efetor senescente
CD16 CD56 KLRG1 NKG2D
KIRs
Antigénio persistente Antigénio Citocinas homeostáticas e inflamatóriasDe jovem adulto
à meia-idade
65 Idoso
~60 anos
Envelhecimento e alterações nos linfócitos causadas
por TMD afetam o risco de LMP em doentes com EM
EM, esclerose múltipla; LMP, leucoencefalopatia multifocal progressiva; TMD, terapêutica modificadora da doença. Mills EA, Mao-Draayer Y. Mult Scler. 2018;24:1014–22
TMD
Natalizumab
763 em >181 300 doentes
15–73
Fumarato de dimetilo
5 em >270 000 doentes
54–66
Teriflunomida
0 em >71 000 doentes
Fingolimod
19 em >225 000 doentes
34–71
Ocrelizumab
0 em >40 000 doentes
Alemtuzumab
0 em >18 400 doentes
Incidência do herpes-zóster por 1000 doentes-anos nos diferentes
tratamentos da EM
1,2
2x/dia, duas vezes ao dia; EM, esclerose múltipla.
1. Arvin AM, et al. JAMA Neurol. 2015;72:31–9; 2. Cook S, et al. Mult Scler Relat Disord. 2019;29:157–67.
1,9
12,3
26,8
4,6
2,1
7,3
7,3
0
5
10
15
20
25
30
Incidência do herpes-zóster/1000 doentes-anos acima da taxa tradicional na população geral
EM não tratadaAlemtuzumab
12 mg/dia CARE MS I
Alemtuzumab
12 mg/dia CARE MS II
Comprimidos de cladribina
(3,5 mg/kg todos os dados)
Fumarato de dimetilo
(240 mg 2x/dia)
Fingolimod
(0,5 mg/dia) ensaios controlados
Natalizumab
Aumento do risco de malignidades com o envelhecimento
NIH National Cancer Institute. Disponível em: www.cancer.gov/about-cancer/causes-prevention/risk/age (acedido em março de 2021).
DISTRIBUIÇÃO ETÁRIA DE NOVOS CASOS DE CANCRO (TODOS OS TIPOS) NA POPULAÇÃO GERAL
Grupos etários dos doentes, anos
Percentagem de novos casos 0
<20
1,0%
20-34
2,7%
35-44
5,2%
45-54
14,1%
55-64
24,1%
65-74
25,4%
75-84
19,6%
5
10
15
20
25
30
O avançar da idade é o fator de risco mais
importante para a generalidade dos cancros
COVID-19: Considerar a epidemiologia destes
fatores de risco na população geral
A maioria das infeções são ligeiras
Os doentes com ≥60 anos de idade
estão em maior risco
COVID-19, doença por coronavírus 19.
Information is Beautiful. Disponível em: https://informationisbeautiful.net/visualizations/covid-19-coronavirus-infographic-datapack/(acedido em março de 2021).
Fragilidade: os doentes mais velhos são mais vulneráveis
a danos pulmonares e, regra geral, têm menos probabilidades
de uma triagem adequada (por exemplo, devido
a uma deficiente resposta à febre, demência, etc.)
Taxa de mortalidade (%) por faixa etária
Idade, anos
Ligeira Tipo gripe, ficar em casa 80,9% Grave Hospitalização 13,8%Fontes: Centro chinês de Controlo
e Prevenção de Doenças; N=44 672 Fontes: Portal italiano de Epidemiologia para a Saúde Pública, Instituto Nacional de Estatística do Reino Unido; N=24 923
Itália 0-9 0,2 0,1 0,2 0,4 0,6 0,8 1,7 2,5 5,4 9,7 11,2 24,4 26,6 30,3 38,6 25,1 15,6 10-19 20-29 30-39 40-49 50-59 60-69 70-79 80-89 Mais de 90 Reino Unido Estado crítico Cuidados intensivos 4,7%
COVID-19: Considerar estes fatores de risco –
Epidemiologia Covisep na população com EM
Estudo de coortes
observacional,
multicêntrico e
retrospetivo realizado em
centros especializados
em EM e hospitais gerais
347 doentes (idade
mediana [DP]: 44,6 [12,8]
anos, 249 mulheres;
duração mediana da
doença [DP]: 13,5 [10,0]
anos)
Gravidade da COVID-19,
demografia, histórico
neurológico, EDSS,
comorbidades,
características e
resultados da COVID-19
DP, desvio padrão; EDSS, Escala Expandida do Estado de Incapacidade. Louapre C, et al. JAMA Neurol. 2020;77:1079–88.
Nesta coorte da EM, a incapacidade, a idade e a obesidade
foram identificadas como principais fatores
de risco no que respeita à gravidade da COVID-19
Comorbidade
EDSS
Idade
Obesidade
Variabilidade cumulativa da COVID-19 grave
R
2cumulativo
0,20
0,26
Conclusões
O envelhecimento normal ou a senescência estão associados
Aviso da memória de recuperação da vacina
Aumento da suscetibilidade a infeções
Risco mais elevado de acontecimentos adversos
Potencial impacto no tratamento da EM
Redução das respostas à vacina
Infeções relacionadas com a idade e infeções oportunistas
Redução da reserva tímica e da medula óssea
•
Involução tímica
•
Redução na diversidade do repertório
•
Perda de células T naïve
•
Proliferação homeostática desregulada
•
Expansão clonal potenciada por CMV e EBV
•
Por exemplo, infeções pneumocócicas
•
Por exemplo, LMP
•
Infeções
•
Malignidades secundárias
•
Motor para a progressão da doença
•
Redução da resposta terapêutica a TMD
•
Comorbidades que interagem com TMD
O envelhecimento é um dos mecanismos que sustenta o avanço da EM
1,2
1. Trapp BD, et al. N Engl J Med. 1998;338:278–85; 2. Giovannoni G, 2019. Disponível em: www.multiple-sclerosis-research.org/2019/04/old-age-how-is-it-going-to-affect-me (acedido em março de 2021).
Envelhecimento
Anos-décadas
Décadas
Meses-anos
Dias-semanas
Danos axonais
associados a recidiva
aguda
Neurodegeneração
associada a recidiva
tardia
Neurodegeneração
pós-inflamatória
4
3
2
1
Perda de volume cerebral estimada utilizando SIENA/FSL:
Volumetria cerebral longitudinal em adultos saudáveis
FSL, Biblioteca de software FMRIB; PVC, perda de volume cerebral; SIENA, avaliação de imagem estrutural da atrofia, utilizando a normalização. Opfer R, et al. Neurobiol Aging. 2017;65:1–6.
Idade (anos)
Perda de volume cerebral por ano (%)
40
-1
-0,5
0,0
Homens
Mulheres
Regressão linear
Percentil 95
PVC anormal
0,5
1,0
1,5
2,0
45
50
55
60
65
70
75
80
85
O envelhecimento é um fator significativo que afeta a evolução da EM
1. Sanai SA, et al. Mult Scler. 2016;22:717–25; 2. Farber DL, et al. Nat Rev Immunol. 2014;14:24–35; 3. Thomas-Vaslin V, et al. In: Kapur S, Portela MB, Eds. Immunosuppression - Role in Health and Diseases. InTech. 2012; 4. Marrie RA, et al. Neurology. 2016 86:1279–86; 5. Goronzy JJ, Weyand CM. Nat Immunol. 2013;14:428–36; 6. National Multiple Sclerosis Society. Disponível em: www.nationalmssociety.org/What-is-MS/Who-Gets-MS
(acedido em março de 2021); 7. Multiple Sclerosis Association of America. Disponível em: www.mymsaa.org/ms-information/faqs (acedido em março de 2021); 8. Rovira A, et al. Nat Rev Neurol. 2015;11:471–82; 9. Bar-Or A, Antel JP. Curr Opin Neurol. 2016;29:381–87.
Risco de comorbidades e
imunossenescência
As comorbidades
relacionadas com a
imunossenescência
poderão começar a
aparecer na meia-idade
2Mudança geracional
6-9A idade do diagnóstico está a desviar-se para o
segmento mais jovem . Diferentes gerações poderão
ter diferentes prioridades e abordagens a problemas
da etapa da vida que poderão afetar o tratamento
1,3-5Envelhecimento da população
1A idade média das pessoas
com EM está a aumentar,
parcialmente devido à melhoria
do tratamento
1Aumento do risco
de comorbidades e
imunossenescência
Os efeitos da
imunossenescência
poderão aumentar em
termos de gravidade após
os 65 anos de idade
2ÓNUS DAS
1,3-5COMORBIDADES
IMUNOSSENESCÊNCIA
MUDANÇAS SISTÉMICAS
ASSOCIADAS
À IDADE
18-25
26-45
46-55
56-65
Mais de 66 anos
O comprimento dos telómeros está associado
ao avanço da incapacidade na EM
EDSS, Escala Expandida do Estado de Incapacidade. Krysko KM, et al. Ann Neurol. 2019;86:671–82.
Anos a partir da entrada na coorte
Volume cerebral
(mm
3
)
Massa cinzenta cortical (mm
3
)
550
Razão T/S do comprimento dos telómeros 0,6
Razão T/S do comprimento dos telómeros 1,4
Razão T/S do comprimento dos telómeros 1,0
1350
600
1425
650
1500
700
1575
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
EDSS
1
2
3
4
Natalizumab e recuperação clínica de recidivas
Lublin FD, et al. Mult Scler Relat Disord. 2014;3:705–11.
0
0
20
20
40
40
60
60
80
80
100
100
Proporção de doentes (%)
p=0,0088
População
post hoc
Linha basal
EDSS <3,0
Linha basal
EDSS ≥3,0
População
post hoc
Linha basal
EDSS <3,0
Placebo
Natalizumab
Linha basal
EDSS ≥3,0
p=0,0349
n=
140
140
84%
61%
91%
71%
70%
43%
93
47
93
47
143
143
71%
49%
74%
50%
68%
48%
80
63
80
63
p=0,0019
p=0,8259
p=0,0048
p=0,5976
Proporção de doentes com aumento de ≥0,5 pontos (A) e ≥1,0 ponto (B)
na pontuação da EDSS da pré-recidiva à recidiva (gravidade da recidiva)
Siponimod vs placebo na EMPS (EXPAND):
Estudo de fase III, aleatorizado, duplo cego
EDSS, Escala Expandida do Estado de Incapacidade; EMPS, esclerose múltipla progressiva secundária; Gd+, gadolíneo reforçado; IFNβ1b, interferão beta-1b. Kappos L, et al. Lancet. 2018;391:1263–73.
0,0
Sexo
Geral
Siponimod
n/N’
Placebo
n/N’
Razão de
risco
Doentes anteriormente tratados com IFNβ1b
Doentes anteriormente tratados com TMD
Número de lesões Gd+ T1 na linha basal
Idade na linha basal
Pontuação da EDSS na linha basal
Duração da doença desde o início
Homens
129/435
89/344
219/828
288/1099
231/857
75/223
44/154
128/415
173/546
137/432
0,81
0,90
0,82
0,64
0,76
0,79
0,82
0,61
0,77
159/664
199/755
61/236
57/242
98/323
129/392
40/114
36/114
0,77
0,75
0,64
0,70
0,83
0,69
0,74
0,82
0,89
0,88
Sim
Sim
0
20 anos
3
10 anos
Mulheres
Não
Não
≥1
40 anos
4
20 anos
60 anos
5
30 anos
6
0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
1,2
1,4
1,6
Favorece o siponimod
Favorece o placebo
I6 I6 I7 I8 I I5 I4 I12 I9 I10 I1 I1 1 I2 I3 T1 F4 D2 M1 T1 F2 S1 N1 A1 T1 NTTTT1 D2 A2 A3 I6 I7 I8 I5 I4 I12 F2 I9 I10 D D D22 I1 D2222222 D D22222 I11 I2 I3 D1 O1 O2 N2 N3 O3 S1 II22 F3 G2 R1 G5 G5 T3 G6 G1 D1 I8 I5 D D III111DDDD D D D DDD IIII D D D D D D 11 D D D D G4 T4 N T T T T T T I211 T21 T T11 T T T T1T21222 D1 2 T T4 2 2 2 2 T T T T T4444444444 D D D D D D D D1111 L1 F F F444 2 2 111 2 2 F F F I111 T T T T T T T T T TTT T T T T T T T T T T L2 R2=0,4163 p=2,27e-06
Meta-análise da eficácia dependente da idade dos tratamentos à EM
Weideman AM, et al. Front Neurol. 2017;8:577.
Idade (anos)
Ensaios de interferão-beta
Todos os ensaios de fármacos
Idade (anos)
Progresso da inibição da incapacidade (%)
Progresso da inibição da incapacidade (%)
30
30
R2=0,5906
p=3,50e-03
I1, I3, I12 = Avonex®
I2, I8, I9, I10 = Betaseron® I11 = Plegridy® I4, I6 = Rebif® (22 µg) I5, I7 = Rebif® (44 µg) A = Alemtuzumab D = Daclizumab DF = Fumarato de dimetilo F = Fingolimod G = Acetato de glatirâmero I = Interferão beta L = Laquinimod M = Mitoxantrona N = Natalizumab O = Ocrelizumab R = Rituximab S = Siponimod T = Teriflunomida
-20
-20
0
0
20
20
40
40
60
60
80
80
35
35
40
40
45
45
50
50
55
55
Classificação de TMD para as formas recidivantes de EM
Giovannoni G. Curr Opin Neurol. 2018;31:233–43.
Terapia de manutenção/escalonamento (TME)
Imunomodulação••••Imunossupressão
TME que resulta na
imunomodulação contínua
imunossupressão contínua
TME que resulta na
Terapia crónica que é mantida e/ou aumentada ao longo do tempo, resultando em
alterações na função imunitária apenas durante o tratamento ativo
Não imunossupressiva
Interferão-ß
Acetato de glatirâmero
Potencialmente não imunossupressiva
Teriflunomida
TME imunossupressiva sem baixo risco
Fingolimod
Ocrelizumab
TME imunossupressiva de baixo risco
Natalizumab
Classificação de TMD para as formas recidivantes de EM
HSCT, transplante de células estaminais hematopoiéticas. Giovannoni G. Curr Opin Neurol. 2018;31:233–43.
TRI seletiva (TRIS)
TRI não seletiva (TRIN)
TRI que afeta seletivamente o sistema
imunitário adaptativo
Cladribina
TRI que afeta ambos os sistemas
imunitários inato e adaptativo
Mitoxantrona
Alemtuzumab
HSCT
Terapia de reconstituição imunitária (TRI)
Terapia de curto prazo que resulta em mudanças qualitativas a longo prazo
na função imunitária
A produção tímica gera um repertório de TCR novo
e diversificado após o ASCT em doentes com EM
ASCT, transplante de células estaminais autólogas; TCR, recetor de células T. Muraro PA, et al. J Exp Med. 2005;201:805–16.
A TRBV9*01, TRBJ2-2*01, TRBD2*02 CASSVGEGLNTGELFF TRBV19*03, TRBJ2-1*01, TRBD2*01 CASSSGDQMRQFF TRBV11-1*01, TRBJ2-2*01, TRBD1*01 CASSLAANYGYTF A A B TRBV9*02, TRBJ1-1*01, CAGTSSNTEAFF TRBV19*01, TRBJ1-2*01, CASSIDLQTSYFYTFGSG TRBV11-3*04, TRBJ1-2*01, TRBD2*01 CASSLAANYGYTF B B C TRBV9*01, TRBJ1-3*01, TRBD2*02 CASSSGGLPGNTIYF TRBV19*03, TRBJ2-1*01, TRBD2*02 CASSIGEGNEQFF TRBV11-2*01, TRBJ2-5*01, TRBD2*01 CASSFSGGAETQYF C C H TRBV9*03, TRBJ2-1*01, TRBD2*01 CASSVDGASSYNEQFF TRBV19*03, TRBJ1-2*01, CASSIDLQTSYGYTFGSG TRBV11-1*01, TRBJ1-2*01, TRBD2*01 CASSLAANYGYTF B A D TRBV9*01, TRBJ1-2*01, TRBD2*01 CASNPSGGGGVYGYTF TRBV19*03, TRBJ1-1*01, TRBD1*01 CQTSSWVGGKGEAFF TRBV11-1*01, TRBJ2-1*01, TRBD2*01 CASSPSGGVYNEQFF D D I TRBV9*01, TRBJ2-1*01, TRBD1*01 CASSLRGELYNEQFF TRBV19*02, TRBJ1-5*01, CASSIDANNQPQHF TRBV11-3*01, TRBJ2-2*01, TRBD2*01 CASSLAANYGYTF G B E TRBV9*02, TRBJ2-2*01, TRBD1*01 CASSVHGTGNTGELFF TRBV19*03, TRBJ2-7*01, TRBD1*01 CASRDSSGGAYEQYE TRBV11-1*01, TRBJ2-1*01, TRBD2*01 CASLVGGLSYNEQFF E E Clones únicos não partilhados 2 clones únicos partilhados 1 clone único partilhado Clones expandidos não partilhados 1 clone expandido partilhado (B) 3 clones expandidos partilhados (A,B,F) J TRBV9*03, TRBJ2-1*01, TRBD1*01 CASSASTAMGTEAFF TRBV19*03, TRBJ2-7*01, TRBD1*01 CASSQRGATYEQYF TRBV11-2*01, TRBJ2-1*01, TRBD1*01 CASSLVPTGPNSYNEQFF H F F TRBV9*01, TRBJ2-5*01, TRBD1*01 CASSAEAPGRGSNQPQHF TRBV19*02, TRBJ2-5*01, TRBD1*01 CASSTSGGPSNQPQHF TRBV11-2*01, TRBJ2-1*01, TRBD1*01 CASSLVPTGPNSYNEQFF F F K TRBV9*03, TRBJ2-6*02, CASSVVAYNSPLHF TRBV19*01, TRBJ1-2*01, CASSIDLNAGARHGYTFGSG TRBV11-2*01, TRBJ2-7*01, TRBD1*01 CASSLEQGALYEQYF I G I
G TRBV9*01, TRBJ2-6*01, TRBD1*01 CASSPNDRLSSGANVLTF Sequências exclusivas (n = 43; 61,4%)
Sequências exclusivas (n = 37; 60,7%) TRBV11-3*04, TRBJ2-7*01, TRBD1*01 CASSLEQGALYEQYF Sequências exclusivas (n = 19; 55,9%) Sequências exclusivas (n = 62; 86,1%) L TRBV9*03, TRBJ2-7*01, TRBD2*01 CASRNTSPPYEQYF TRBV19*01, TRBJ1-2*01, CASPVPAFREQFFGPG TRBV11-3*01, TRBJ2-1*01, TRBD1*01 CASSLVPTGPNSYNEQFF
Sequências exclusivas (n = 62; 86,1%) Sequências exclusivas (n = 59; 80,8%)
TRBV11-3*04, TRBJ2-1*01, TRBD1*01 CASSLVPTGPNSYNEQFF J H J
Doente 1, CD4+, TCRBV1 (TRB09*)
Pré- trata-mento Pré-tratamento Pré-tratamento Pré-tratamento Pré- trata-mento Pré- trata-mento 2 anos pós- trata-mento 2 anospós-tratamento pós-tratamento2 anos
2 anos pós-tratamento 2 anos pós- trata-mento 2 anos pós- trata-mento
Doente 1, CD4+, TCRBV17 (TRB19*)
Doente 5, CD8+, TCRBV21 (TRB11*)
Diferentes abordagens terapêuticas à utilização de TMD
no tratamento de formas de recidiva da EM
Az, alemtuzumab; Clad, cladribina oral; Dac, daclizumab; DMF, fumarato de dimetilo; Fingo, fingolimod; GA, acetato de glatirâmero; IFN-β, interferão-beta; NEDA, sem atividade evidente da doença; NEDA-2, apenas clínica (sem recidiva ou sem evolução); NEDA-3, atividade clínica e na IRM focal; NEDA-4/5, sem atividade clínica e IRM focal e normalização da perda/atrofia cerebral e
normalização de níveis de neurofilamentos do LCR; Nz, natalizumab; Ocr, ocrelizumab; Teri, teriflunomida. Giovannoni G. Curr Opin Neurol. 2018;31:233–43.
NEDA-3
Atividade na IRM focal
Metas terapêuticas
Atividade da
doença EM
Escalonamento rápido
“Impulsionador
do tratamento”
Nz/Az/Ocr
Nz/Az/Ocr/Fingo/Clad
Fingo/Clad
IFN-ß/GA/Teri/DMF
Grave com evolução rápida
Altamente ativa
Ativa
Inativa
NEDA-4/5
Atrofia cerebral/níveis de LCR-NFL
Descendente inicial
“Girar a pirâmide”
Conclusões
O envelhecimento ou a senescência contribuem para o agravamento da EM
A atividade da doença relacionada com EM poderá acelerar o envelhecimento
Os biomarcadores da senescência estão associados à incapacidade associada à EM
O envelhecimento está associado a uma resposta terapêutica reduzida à TMD
Embora os princípios do tratamento da EM sejam semelhantes em doentes jovens e
mais idosos, outros fatores, como a segurança, têm de ser considerados ao adotar
uma estratégia terapêutica específica ou ao escolher uma TMD
•
Redução da reserva cerebral
Como irá mudar a prática no futuro próximo
para os doentes de EM mais idosos?
Colmatar uma necessidade sem resposta:
Uma estratégia terapêutica holística
Giovannoni G. Curr Opin Neurol. 2018;31:233–43.
Pirâmide terapêutica
Metas específicas da EM
Neurorregeneração
Antienvelhecimento
Remielinização
Neuroproteção
Essencial
Adicionais
Anti-inflamatório
SEGURANÇA!
2 I6 I6 I7 I8 I I5 I4 I12 I9 I10 I1 I1 1 I2 I3 T1 F4 D2 M1 T1 F2 S1 N1 A1 T1 N T T1 T T D2 A2 A3 I6 I7 I8 I5 I4 I12 F2 I9 I10 D D D22 I1 D2222222 D D2I112222 I2 I3 D1 O1 O2 N2 N3 O3 S1 II22 F3 G2 R1 G5 G5 T3 G6 G1 D1 I8 I5 D D III111 D D D DDDD DDD IIII D D D D D D11 D D D D G4 T4 N T T T T T T I211 T21 T T11 T T T T1T21222 D1 2 T T4 2 2 2 2 T T T T4444444444 D D D D D D D D1111 L1 F F F444 2 2111 2 2 F F F I111 T T T T T T T T T TTT T T T T T T T T T T L2
Meta-análise da eficácia dependente da idade dos tratamentos à EM
Weideman AM, et al. Front Neurol. 2017;8:598.
Idade (anos)
Todos os ensaios de fármacos
Inibição da evolução da incapacidade (%)
Ensaios de interferão-beta
Benefícios
Riscos
Benefícios
Riscos
Benefícios
Parar a TMD
ou
Anular o risco de TMD
Riscos
30
30
A = Alemtuzumab D = Daclizumab DF = Fumarato de dimetilo F = Fingolimod G = Acetato de glatirâmero I = Interferão beta L = Laquinimod M = Mitoxantrona N = Natalizumab O = Ocrelizumab R = Rituximab S = Siponimod T = Teriflunomida-20
-20
0
0
20
20
40
40
60
60
80
80
35
35
40
40
45
45
50
50
55
55
R2=0,5906 p=3,50e-03 R2=0,4163 p=2,27e-06I1, I3, I12 = Avonex®
I2, I8, I9, I10 = Betaseron® I11 = Plegridy®
I4, I6 = Rebif® (22 µg) I5, I7 = Rebif® (44 µg)
Descontinuação de TMD na EM
HR, razão de risco; IC, intervalo de confiança. Bsteh G, et al. Mult Scler. 2017;23:1241–8.
Anos
Recidiva após a descontinuação (%)
Idade na descontinuação <45 anos (n=165)
Idade na descontinuação <45 anos
OU recidiva durante >4 anos TMD (n=204)
Idade na descontinuação >45 anos (n=56)
Idade na descontinuação >45 anos
E sem recidiva durante >4 anos TMD (n=17)
HR: 0,47 (IC 95%: 0,23-0,95)
p=0,038
HR: 0,06 (IC 95%: 0,01-0,44)
p<0,001
0
2
4
6
8
10
0
2
4
6
8
10
0
0
20
20
40
40
60
60
TMD na EM após um período prolongado sem recidiva
Kister I, et al. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2016;87:1133–7.
Primeira recidiva
Evolução confirmada da incapacidade
0
1
2
3
4
0
1
2
3
4
0,00
0,00
0,25
0,25
0,50
0,50
0,75
0,75
1,00
1,00
Anos a partir da linha basal
Anos a partir da linha basal
Proporção sem recidiva
Proporção
sem evolução
MANUTENÇÃO MANUTENÇÃO HR: 1,07; IC 95% 0,84-1,37; p=0,584 Número em risco MANUTENÇÃO 852 594 448 344 98 MANUTENÇÃO 828 797 747 685 456 PARAGEM 426 297 224 172 49 PARAGEM 391 371 338 296 185 Número em risco HR: 1,47; IC 95%: 1,18-1,84; p=0,001 PARAGEM PARAGEMIncidência da recorrência da atividade da doença após
a descontinuação do fingolimod em doentes mais idosos
EDSS, Escala Expandida do Estado de Incapacidade; FTY, fingolimod; IRM, imagiologia por ressonância magnética; NTZ, natalizumab; RDA, recorrência da atividade da doença. Pantazou V, et al. MSVirtual2020 ePoster P0092. Disponível em: https://library.msvirtual2020.org/ (acedido em março de 2021).
QUE DOENTES registam RDA?
Razão de probabilidade para RDA
Razão de probabilidade para recidiva
75%
de atividade clínica e radiológica
100%
de atividade radiológica
de atividade clínica
75%
Tratamento com natalizumab prévio
Atividade da doença pré-FTY mais elevada
Idade mais jovem no início da doença
Risco mais alto
Risco mais alto
Risco mais baixo
Risco mais baixo
QUE DOENTES registam recidiva?
12,5% dos doentes registaram recidiva da atividade da doença
p=0,240
p=0,144
Período sem medicação mais prolongado
Período sem medicação mais prolongado
p=0,050
p=0,711
Tratamento com NTZ prévio
Tratamento com NTZ prévio
p=0,688
p=0,825
EDSS inicial >3
EDSS inicial >3
p=0,037
p=0,180
Doença altamente ativa na linha basal
Doença altamente ativa na linha basal
p=0,048
p=0,020
Idade mais avançada no início da EM
Idade mais avançada no início da EM
p=0,055
0,01 0,1 10 100
Sexo feminino
0,1 1 10 100
• 62,5% dos doentes previamente estáveis
com o tratamento
• 37,5% dos doentes sem TMD na recidiva
•
Atividade na IRM
em vez de recidivas clínicas
pré-FTY correlacionada com a recidiva
Diferentes abordagens terapêuticas à utilização de TMD
no tratamento de formas de recidiva da EM
Az, alemtuzumab; Clad, cladribina oral; Dac, daclizumab; DMF, fumarato de dimetilo; Fingo, fingolimod; GA, acetato de glatirâmero; IFN-β, interferão-beta; NEDA, sem atividade evidente da doença; NEDA-2, apenas clínica (sem recidiva e sem evolução); NEDA-3, atividade clínica e na IRM focal; NEDA-4/5, sem atividade clínica e na IRM focal e normalização da atrofia/perda cerebral e
normalização dos níveis de neurofilamentos de LCR; Nz, natalizumab; Ocr, ocrelizumab; Teri, teriflunomida. Giovannoni G. Curr Opin Neurol. 2018;31:233–43.
NEDA-3
Atividade na IRM focal
Metas terapêuticas
Atividade da
doença EM
Escalonamento rápido
“Impulsionador
do tratamento”
Nz/Az/Ocr
Nz/Az/Ocr/Fingo/Clad
Fingo/Clad
IFN-ß/GA/Teri/DMF
Grave com evolução rápida
Altamente ativa
Ativa
Inativa
NEDA-4/5
Atrofia cerebral/níveis de LCR-NFL
Descendente inicial
“Girar a pirâmide”
A cladribina oral está associada a uma redução no número de linfócitos
*Dados reunidos de CLARITY, CLARITY EXT e PREMIERE. **Grau 1: < limite inferior do normal (LLN)–800/mm3; grau 2: <800–500/mm3; grau 3: <500–200/mm3; grau 4: <200/mm3.
Giovannoni G. Neurotherapeutics. 2017;14:874–87.
0
24
48
72
96
120
144
168
192
Ciclo de tratamento com cladribina oral
Placebo
Sem placebo adicional
Cladribina oral
Sem tratamento ativo adicional
LLN = 10
9/L
Grau 1**
Grau 2
Grau 3
Grau 4
216
240
264
288
312
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
Linfócitos medianos (T1-T3), 10
9/L*
Semanas
N.º em risco 434 Placebo 415 263 378 358 86 94 69 683 Cladribina oral 645 437 624 574 298 265 167 147 13§1 116 106 66 32Colmatar uma necessidade sem resposta:
Uma estratégia terapêutica holística
ITU, infeções do trato urinário; TSH, terapia de substituição hormonal. Giovannoni G. Curr Opin Neurol. 2018;31:233–43.
Redução da reserva cerebral
Envelhecimento precoce
ITU
Periodontite
Sinusite
Respiratórias
Anticolinérgicos
Metformina
Isolamento social
Capital social
Não EM visa a
“Saúde cerebral”
Antienvelhecimento
Tabagismo
Exercício
Alimentação
Sono
Comorbidades
Infeções
Medicamentos concomitantes
Fármacos
Determinantes sociais da saúde
TSH
A metformina restaura a capacidade de remielinização
do SNC através do rejuvenescimento das células estaminais
OPC, células progenitoras oligodendrócitas.
Neumann B, et al. Cell Stem Cell. 2019; 25:473–85.
Envelhecimento
Metformina ou jejum
OPC jovens
OPC rejuvenescidas
Potencial de
diferenciação
envelhecimento
Sinais do
OPC envelhecidas
Sinais de
diferenciação
diferenciação
Sinais de
Diferenciação
Oligodendrócitos
Remielinização
deficiente
Remielinização
eficiente
A comorbidade vascular acelera a evolução da incapacidade
Marrie RA, et al. Neurology. 2010;74:1041–7.
0
10
6 anos
20
30
40
50
60
Sem comorbidade vascular
Qualquer comorbidade vascular
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
Tempo a partir do diagnóstico (anos)
Comorbidades
1,2
EMPS, esclerose múltipla progressiva secundária; VCI, volume cerebral integral.
1. Chataway J, et al. Lancet. 2014;383:2213–21; 2. Chataway J. Trials in Secondary Progressive MS. Apresentado na Conferência Anual MS Trust, 3–5 de novembro de 2013.