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Reconfiguração Dinâmica de Classes DiffServ no Suporte a QoS face à Dinâmica da Rede

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Academic year: 2021

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Reconfigurac¸ ˜ao Dinˆamica de Classes DiffServ

no Suporte a QoS face `a Dinˆamica da Rede

Lucio Agostinho1, Diego S. Silveira1, Rayner G. Sousa2, Luis F. Faina1

1Faculdade de Computac¸˜ao - Universidade Federal Uberlˆandia (UFU)

Caixa Postal 593 - 38400-902 - Uberlˆandia - MG

2Faculdade de Sistemas de Informac¸˜ao (FIMES)

Caixa Postal 104 - 75830-000 - Mineiros - GO Resumo

Com o crescimento exponencial e a disseminac¸˜ao da Internet, uma grande quan-tidade de equipamentos e servic¸os tˆem sido criados, o que aumenta o congestionamento na rede. A maioria desses servic¸os contempla m´ıdias cont´ınuas como ´audio e v´ıdeo, altamente sens´ıveis ao estado rede, que demandam garantias de desempenho, ou seja, Qualidade de Servic¸o. Dentre os v´arios trabalhos que avaliam a provis˜ao de QoS na Inter-net, destaca-se a Arquitetura DiffServ. Prop˜oe-se neste trabalho a adic¸˜ao de elementos na Arquitetura DiffServ para fornecer suporte `as exigˆencias de QoS posto que a mesma n˜ao contempla negociac¸˜ao global de recursos nem monitoramento do desempenho contratado. Palavras-Chave: Arquitetura DiffServ, QoS, Bandwidth Broker, CORBA, Linux.

1. Introduc¸˜ao

Com a convergˆencia dos mercados de entretenimento, telefonia fixa e m´ovel, bem como da Internet, a disponibilidade de banda de transmiss˜ao e garantias na oferta de servic¸os tˆem se mostrado cada vez mais importantes. Na Internet, o m´aximo que conseguimos utilizando o protocolo TCP, por exemplo, ´e garantir a entrega de pacotes sem perdas, duplicac¸˜oes e erros. Para algumas aplicac¸˜oes, como FTP e Telnet, esta abordagem ´e v´alida, mas para muitas outras, a convergˆencia desses mercados pouco resolve.

Nesse contexto, destacamos as aplicac¸˜oes multim´ıdia (fluxos cont´ınuos de ´audio e/ou v´ıdeo) as quais exigem certas garantias de recursos para um funcionamento ade-quado. Nessa ´otica, a Qualidade de Servic¸o (QoS) pode ser definida como um servic¸o da rede para as aplicac¸˜oes que demandam de garantias de recursos. V´arios estu-dos s˜ao realizaestu-dos pela IETF (Internet Engineering Task Force) para criar um padr˜ao de provis˜ao de QoS na Internet. Nesses estudos destacam-se o IntServ (Integrated

Services [Braden et al. 1994, Wroclawski 1997]), o MPLS (Multi Protocol Label Swit-ching [Rosen et al. 2001]) e o DiffServ (Differentiated Services [Blake et al. 1998]).

Entre as v´arias propostas, a Arquitetura DiffServ destaca-se at´e o momento pela sua simplicidade de configurac¸˜ao e escalabilidade em relac¸˜ao `as demais. Em sua concepc¸˜ao, fluxos que possuem as mesmas necessidades s˜ao agregados em uma ´unica classe. J´a os parˆametros de QoS s˜ao definidos em classes que deveriam ter prioridades diferentes. Assim, n˜ao h´a a necessidade de se guardar informac¸˜oes acerca de cada fluxo.

Algumas quest˜oes ainda n˜ao foram definidas nessa Arquitetura. Dentre elas, n˜ao ´e especificado como o SLA (Service Level Agreement) ´e estabelecido entre o usu´ario e

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o Dom´ınio DiffServ. Tamb´em n˜ao ´e especificado nenhum controle de admiss˜ao, ou seja, fluxos podem ser associados a uma classe que n˜ao ´e mais suportada. Por fim, pela di-versidade de fluxos e parˆametros associados `a QoS, a classificac¸˜ao dinˆamica dos mesmos constitui um atrativo para estudo.

Propomos neste artigo a especificac¸˜ao de um modelo que oferec¸a a classificac¸˜ao dinˆamica de fluxos, reclassificac¸˜ao quanto `as alterac¸˜oes da banda desejada e adaptac¸˜ao do fluxo de m´ıdia, caso n˜ao seja poss´ıvel a reclassificac¸˜ao do mesmo em decorrˆencia da falta de recursos. Outro aspecto tamb´em considerado ´e o mapeamento dos parˆametros de QoS da aplicac¸˜ao no n´ıvel do usu´ario para os da rede. Para tanto, um modelo baseado em

brokers espec´ıficos ´e apresentado.

Este artigo apresenta na Sec¸˜ao 2 a Arquitetura DiffServ bem como trabalhos re-lacionados e as respectivas abordagens para o problema de provis˜ao de QoS na Rede Internet. Na Sec¸˜ao 3, apresentamos um modelo baseado em brokers para a gerac¸˜ao dinˆamica de classes, mapeamento e monitoramento de QoS utilizando os conceitos da Arquitetura DiffServ. A Sec¸˜ao 4 descreve as tecnologias utilizadas para implementac¸˜ao do modelo proposto. A Sec¸˜ao 5 descreve a atuac¸˜ao do Monitor-Adapter quando ocorre uma quebra do contrato de reserva de recursos pr´e-estabelecido. Finalmente, a Sec¸˜ao 6 tece considerac¸˜oes finais sobre o trabalho.

2. Qualidade de Servic¸o e Arquitetura DiffServ

A Internet n˜ao oferece nenhum suporte na provis˜ao, monitoramento e adaptac¸˜ao de parˆametros de QoS. Para uma dada aplicac¸˜ao, QoS pode ser definida como um conjunto de parˆametros e respectivas restric¸˜oes que devem ser satisfeitas para que a aplicac¸˜ao opere dentro dos padr˜oes especificados [da Rocha and Filho 2000].

A Arquitetura DiffServ (Fig. 1) ´e baseada no seguinte modelo: o tr´afego que entra na rede ´e classificado e acondicionado junto aos n´os de fronteira, ou n´os de borda. No n´ucleo da rede, os pacotes recebem encaminhamento de acordo com o c´odigo DSCP (DiffServ Code Point) presente no campo DS Field (campo ToS para IPv4 ou campo Traffic Class para IPv6) do cabec¸alho do pacote IP (Internet Protocol) [Nichols et al. 1998, Grossman 2002].

DSCP Marcação

DSCP Marcação

Fonte de Mídia Recptor de Mídia

Tráfego de Egresso Ingresso

Tráfego de

SLA (Service Level Agreement)

Domínio DiffServ Policiamento

Fig. 1. Arquitetura DiffServ.

O Dom´ınio DiffServ ´e um conjunto de n´os DiffServ que interpretam da mesma maneira os valores do campo DS Field do cabec¸alho dos pacotes IP. O tr´afego de ingresso ´e classificado, de forma que grupos de pacotes sejam encaminhados atrav´es do Dom´ınio DiffServ respeitando as regras da disciplina de fila atribu´ıda a cada grupo. A classificac¸˜ao de pacotes que possuem o mesmo Comportamento Agregado (Behaviour Aggregate (BA))

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´e feita atrav´es de classes que podem manter dois tipos de Comportamento por Etapa (Per

Hop Behaviour (PHB)): classes AF (Assured Forwarding) que podem manter grupos de

PHB com diferentes prioridades de encaminhamento e descarte de pacotes; e classes EF (Expedited Forwarding) que possibilitam alto n´ıvel de prioridade de encaminhamento de pacotes. Cabe `as disciplinas de fila de cada classe implementar os PHB. Cada classe ´e “dona” de uma disciplina de fila que, por sua vez, pode manter outras classes.

O SLA (Service Level Agreement) ´e um contrato entre o usu´ario e o provedor de servic¸os. O usu´ario compromete-se em gerar um fluxo de m´ıdia com caracter´ısticas que respeitem o contrato acordado. O provedor compromete-se a encaminhar o fluxo de m´ıdia segundo as restric¸˜oes impostas pelos parˆametros de QoS negociados com o usu´ario. O contrato SLA poder´a ser composto de v´arias TCA (Traffic Conditioning Agreement). TCAs s˜ao sub contratos que especificam as regras de classificac¸˜ao, marcac¸˜ao, descarte e modelagem para que sejam aplicadas sobre os v´arios fluxos de m´ıdia cobertos pelo SLA. V´arias s˜ao as abordagens e propostas de uso da Arquitetura DiffServ no suporte ao oferecimento de QoS na Internet. Na proposta de Politis [Politis et al. 2000], o Bandwidth

Broker ´e especificado na camada de controle de recursos (RCL - Resource Control Layer),

que ´e sub-dividida em duas sub-camadas: a primeira camada composta pelo RCP

(Re-source Control Point) ´e respons´avel por gerenciar e distribuir recursos na rede; a segunda

formada por dois componentes, o RCA (Resource Control Agent) respons´avel pelo con-trole de admiss˜ao e o AMW (Application Middleware) respons´avel por disponibilizar uma interface a partir da qual o usu´ario fornece os parˆametros de QoS. A ˆenfase do trabalho est´a na modelagem do gerenciamento de QoS em um Dom´ınio DiffServ, mostrando a importˆancia de se separar esses elementos.

Para aplicac¸˜oes telem´aticas, enquadradas como aplicac¸˜oes de tempo real, a negociac¸˜ao dos parˆametros de QoS n˜ao ´e conhecida pelo usu´ario, tornando dif´ıcil o seu fornecimento ao Application Middleware descrito anteriormente. Para contornar este pro-blema, Rossano [Pinto et al. 2003] emprega al´em de um Bandwidth Broker, um Intercep-tador de QoS (IQoS). O IQoS ´e respons´avel pela negociac¸˜ao e mapeamento autom´atico dos parˆametros de QoS da aplicac¸˜ao para a rede. Adicionalmente, uma implementac¸˜ao e testes sobre Plataforma Linux com aplicac¸˜oes que contemplam fluxos de ´audio e v´ıdeo confirmaram o mapeamento autom´atico dos parˆametros de QoS.

Na linha de trabalhos pr´aticos, Kuznetsov [Kuznetsov ] apresenta um estudo uti-lizando a Plataforma Linux e o Pacote IPROUTE2 [Kuznetsov ], com o intuito de avaliar o desempenho das ferramentas bem como o comportamento das disciplinas de fila su-portadas pelo kernel. Constituiu objeto de avaliac¸˜ao a classificac¸˜ao e policiamento dos roteadores de borda e de n´ucleo do Dom´ınio DiffServ. Destaca-se aqui a importˆancia na escolha da disciplina de policiamento de uma dada classe.

Dentre as deficiˆencias presentes na Arquitetura DiffServ, destacam-se a falta de mecanismos de controle de admiss˜ao, de controle de negociac¸˜ao recursos e de monito-ramento. Na Arquitetura DiffServ a proposta n˜ao ´e oferecer uma garantia absoluta dos parˆametros de QoS, mas acomodar v´arios fluxos de m´ıdia numa mesma classe e, assim, na configurac¸˜ao de um dom´ınio, v´arias classes de servic¸os s˜ao criadas. Cada classe possui uma largura de banda associada. Quando o usu´ario deseja utilizar um servic¸o na rede, ele informa os valores dos parˆametros que atendem as suas necessidades.

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3. Modelo Proposto para Incorporac¸˜ao de QoS com DiffServ

Prop˜oe-se neste trabalho elementos capazes de: a. mapear os parˆametros de QoS do n´ıvel do usu´ario para o n´ıvel de rede; b. negociar a banda de transmiss˜ao para que a aplicac¸˜ao seja informada se pode ou n˜ao ser atendida segundo o contrato pr´e-estabelecido; c. oferecer uma banda dispon´ıvel com adaptac¸˜ao do fluxo na origem face `as taxas de perda acima de um percentual especificado, se a banda de transmiss˜ao n˜ao puder ser atendida, mesmo depois de negociada. A Fig. 2 ilustra estes elementos: IQoS (Interceptor QoS), BB (Bandwidth Broker), TCD (Traffic Control Daemon) e Monitor-Adapter.

TCD TCD TCD TCD

Monitor − Adapter

IQoS IQoS

Bandwidth Broker

Fig. 2. Elementos do Modelo Proposto

IQoS - Interceptor QoS

O IQoS ´e o elemento respons´avel por receber da aplicac¸˜ao do usu´ario os parˆametros de QoS. Ap´os a traduc¸˜ao, o BB ´e contactado a fim de que o dom´ınio DiffServ dˆe um tratamento adequado ao fluxo a ser criado. Com a utilizac¸˜ao do IQoS a aplicac¸˜ao n˜ao precisa se preocupar com todos os aspectos de requisic¸˜ao de banda. Portanto, o IQoS exporta um conjunto de interfaces que as aplicac¸˜oes utilizem a QoS na rede.

Se a rede n˜ao tiver condic¸˜oes para suportar a QoS exigida por um usu´ario, este deve ser notificado. Uma alternativa ´e que o usu´ario diminua as suas exigˆencias e fac¸a uma nova negociac¸˜ao de servic¸os. Caso contr´ario, ele receber´a o tratamento BE (Better

Effort). O fato da rede n˜ao suportar as exigˆencias de QoS n˜ao significa que os fluxos

n˜ao poder˜ao ser criados, mas apenas que o Dom´ınio DiffServ n˜ao ir´a prover nenhuma garantia. Outra tarefa do IQoS ´e a de sinalizar o BB ap´os a finalizac¸˜ao de um fluxo, pois as configurac¸˜oes das classes e dos filtros precisam ser desfeitas.

BB - Bandwidth Broker

Na Arquitetura IntServ um novo fluxo s´o ´e iniciado quando os recursos requisitados s˜ao reservados. A reserva ´e feita atrav´es do RSVP (Resource Reservation Protocol) que sina-liza todos os roteadores a reservarem recursos para o fluxo em particular. No DiffServ n˜ao existe nenhum elemento na rede que fac¸a esse papel de controlador de admiss˜ao. Mesmo que os recursos sejam reservados por uma classe, ´e necess´ario saber o estado da rede.

A tarefa do BB consiste em controlar a admiss˜ao de fluxo, negociar a largura de banda com o IQoS e configurar as classes e filtros no Dom´ınio DiffServ. O BB deve ser ´unico em cada dom´ınio de forma a evitar conflitos de configurac¸˜ao. Com a alterac¸˜ao da utilizac¸˜ao da rede ou pela renegociac¸˜ao feita pelo usu´ario, o BB dever´a sinalizar o TCD para a redefinir as classes. Para que o BB possa saber quais s˜ao os TCDs espalhados pelo dom´ınio, todos os TCDs devem se registrar no BB fornecendo as caracter´ısticas de suas interfaces de rede e a sua localizac¸˜ao dentro do Dom´ınio DiffServ.

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TCD - Traffic Control Daemon

O TCD deve ser instanciado em todos os roteadores. Sua func¸˜ao ´e a de ser um mediador entre o BB e o roteador. Ele ´e dependente do sistema operacional pois deve saber como este ´ultimo trata o controle de tr´afego e quais as ferramentas utilizadas para isso. Ap´os o recebimento de uma sinalizac¸˜ao do BB, o TCD deve criar e/ou remover disciplinas de filas, classes ou filtros.

Monitor-Adapter

Ap´os a admiss˜ao de um fluxo, um contrato de servic¸o com a caracterizac¸˜ao da QoS que o usu´ario deseja receber ´e utilizado para que n˜ao ocorra nenhuma violac¸˜ao. Quando a violac¸˜ao ´e detectada uma nova readaptac¸˜ao da rede ou do servic¸o tem que ser realizada.

O Monitor-Adapter possui a func¸˜ao de monitorar os parˆametros da rede relacio-nados com os servic¸os. Com base nas pol´ıticas previamente estabelecidas, ele pode re-quisitar que o BB reconfigure o Dom´ınio DiffServ. Se a reconfigurac¸˜ao n˜ao for poss´ıvel, duas alternativas s˜ao poss´ıveis: a. o usu´ario ser´a notificado e poder´a fazer uma nova negociac¸˜ao; b. os parˆametros dos servic¸os sofrem atenuac¸˜oes para adequac¸˜ao `a situac¸˜ao da rede. O monitoramento ´e realizado nos roteadores de bordas.

4. Arquitetura de Implementac¸˜ao do Modelo Proposto

O desenvolvimento dos componentes do modelo (Fig. 2) est´a em conformidade com a Especificac¸˜ao CORBA (Common Object Request Broker Architecture [OMG 1999b]). CORBA define uma linguagem neutra, IDL (Interface Definition Language), que per-mite descrever a especificac¸˜ao de um objeto CORBA atrav´es de suas interfaces. Essas interfaces descritas em IDL podem ser implementadas em uma linguagem para a qual o mapeamento IDL esteja dispon´ıvel, como JAVA ou C++, por exemplo. Em nosso projeto todos os componentes foram criados em linguagem JAVA.

Como infra-estrutura CORBA utiliza-se o ORB (Object Request Broker) dis-pon´ıvel no ambiente de desenvolvimento JavaTM 2 [Microsystems 2000] (JavaTM IDL).

Suportando a especificac¸˜ao CORBA/IIOP [OMG 1999b] e com suporte ao mapea-mento IDL/Java [OMG 1999a], JavaTM IDL implementa um ORB para linguagem Java.

Para usar Java IDL faz-se necess´ario a instalac¸˜ao da Plataforma JavaTM 2 JDK 1.4 ou superior que j´a inclui o compilador idltj, al´em das classes org.omg.CORBA,

org.omg.CORBA.ORBeorg.omg.CosNaming.

Os fluxos de ´audio e v´ıdeo foram simulados atrav´es do aplicativo RUDE

(Real-time UDP Data Emitter). A ferramenta RUDE ´e utilizada para gerar o tr´afego na rede de

acordo com um arquivo de script. Nesse arquivo s˜ao passados parˆametros como o tempo de durac¸˜ao, in´ıcio de cada fluxo, porta de origem, porta de destino, enderec¸o de destino, tamanho dos pacotes, taxa de gerac¸˜ao dos pacotes e, opcionalmente, a definic¸˜ao do campo DS Field do pacote. J´a o aplicativo CRUDE (Collector for RUDE), recebe o tr´afego gerado pelo programa RUDE e cria um arquivo de log. A partir desse arquivo podem ser geradas informac¸˜oes para a an´alise do desempenho da rede, tais como: porcentagem de perda de pacotes, vaz˜ao, atraso fim-a-fim, jitter, entre outros.

Em todos os computadores do Dom´ınio DiffServ foi utilizado o Sistema Operacional Linux Slackware 10.2. Para a configurac¸˜ao do controle de tr´afego

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utilizou-se o software tc (Traffic Control) e as disciplinas de filas HTB, TCINDEX e GRED [Almesberger 1999, Hubert 2002, Almesberger et al. 1999], dispon´ıveis no kernel 2.6.15.6.

5. Monitoramento de uma classe AF

A Fig. 3 ilustra o comportamento do “fluxo02-af1” que na marca dos 25 segundos quebra o contrato e submete `a rede uma taxa maior do que a contratada prejudicando o

“fluxo01-af1”. Ap´os 5 segundos o Monitor-Adapter detecta quebra de contrato e informa o BB

qual aplicac¸˜ao ´e a respons´avel. Segundo a pol´ıtica de policiamento o BB concede o tratamento BE para o “fluxo02-af1”. No momento em que ocorre a mudanc¸a de classe o

“fluxo01-af1” passa a utilizar toda a banda de transmiss˜ao da classe.

Fig. 3. Avaliac¸ ˜ao da Gerac¸ ˜ao de Fluxo com DiffServ.

6. Conclus˜ao

A Arquitetura DiffServ destaca-se entre as alternativas para fornecer Qualidade de Servic¸o em redes de computadores porque permite a adic¸˜ao de elementos capazes de prover a reconfigurac¸˜ao dinˆamica dos n´os de um Dom´ınio DiffServ com agregac¸˜ao de fluxos, o que implica em um n´ıvel de sinalizac¸˜ao menor se comparado com arquiteturas que imple-mentam o controle individual desses fluxos.

A negociac¸˜ao global de recursos permite um acordo dinˆamico entre o usu´ario da aplicac¸˜ao e o Dom´ınio DiffServ (SLA). Isso ´e realizado juntamente com o monitoramento do desempenho contratado, o que possibilita uma readaptac¸˜ao do fluxo de acordo com os recursos dispon´ıveis no momento da requisic¸˜ao de servic¸os da rede.

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A forma como o Bandwidth Broker estabelece uma relac¸˜ao a cada requisic¸˜ao de aplicac¸˜oes e a avaliac¸˜ao da situac¸˜ao da rede provˆe um refinamento na provis˜ao de QoS para as aplicac¸˜oes. Estas ir˜ao receber uma classe de acordo com o seu pedido, consi-derando o estado atual da rede. O projeto encontra-se em fase de implementac¸˜ao dos componentes BB, TCD e do ambiente visual para an´alise da situac¸˜ao do BB.

Referˆencias

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