• Nenhum resultado encontrado

Aludido benefício, como já salientado outrora, foi um dos mais afetados pela Emenda Constitucional n. 103/2019. Contudo, continua sem carência, vide

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Aludido benefício, como já salientado outrora, foi um dos mais afetados pela Emenda Constitucional n. 103/2019. Contudo, continua sem carência, vide"

Copied!
37
0
0

Texto

(1)
(2)

Aludido benefício, como já salientado outrora, foi um

dos mais afetados pela Emenda Constitucional n.

103/2019. Contudo, continua sem carência, vide

previsão no art. 26, I, da LBPS. Também não mudou o

rol de dependentes.

(3)

Além de ter sofrido alterações quanto ao período básico de cálculo - PBC, que passou também a contemplar 100% (cem por cento) dos salários-de-contribuição a contar de julho de 1994, ou da data de início dos recolhimentos se posterior a tal data, o coeficiente da pensão por morte, que antes era de 100% (cem por cento), agora – para óbitos e desaparecimentos a contar de 13.11.2019 -, para ser mais exato, como regra, variará de acordo com a quantidade de dependentes habilitados ao benefício em questão, limitado, de todo modo, a 100%(cem por cento) do salário-de-benefício ainda que haja mais de 5 (cinco) dependentes habilitados(!).

(4)

Outra modificação: as cotas não são mais reversíveis... Quando falo em cotas, me refiro aos 10% (dez por cento) devidos a cada um deles – dos dependentes, aliás, e não o coeficiente que coube a cada um.

(5)

O coeficiente será calculado somando-se ao percentual inicial de 50% (cinquenta por cento) 10% (dez por cento) por cada dependente habilitado até o limite de 100% (cem por cento),

(6)

Exceção se dará quando um, ou mais, dependente for inválido ou pessoa com deficiência mental, intelectual ou grave, o que fará com que o percentual seja de 100% (cem por cento) enquanto aludido(s) dependente(s) se mantiver(em) em tal condição; perdendo tal status ou vindo a falecer, quando, então, novo cálculo será elaborado de acordo com a nova conjuntura.

(7)

Aproveito do ensejo para ressaltar que defendo que essa mesma circunstância, muito embora alcançada posteriormente ao óbito, mas ainda durante a percepção da pensão por morte, permitirá, além da continuidade do pagamento do benefício, a revisão do valor do mesmo, de sorte a observar a peculiaridade da existência de dependente inválido ou com deficiência, incluindo, logicamente, o cônjuge ou companheiro(a) que até então estaria recebendo de acordo com sua idade na data do passamento do instituidor.

(8)

Outra modificação diz respeito ao cálculo quando o instituidor falecido, como já salientado anteriormente, vem a óbito sem estar em gozo de benefício previdenciário, conjuntura que fará com que a base de incidência do coeficiente (60, 70, 80, 90 ou 100%, de acordo com a quantidade de dependentes) seja a aposentadoria por invalidez a que teria direito na data do óbito/desaparecimento.

(9)

Recordemos que, se a aposentadoria por invalidez decorrer de acidente do trabalho ou enfermidade decorrente do mesmo, a pensão terá como base 100% (cem por cento) do salário-de-benefício do finado segurado.

(10)

De todo modo, restou garantido que não pode ser paga em valor aquém de um salário mínimo.

(11)

Por derradeiro, antes de irmos para nosso estudo de caso, uma última anotação: desde a promulgação da EC 103/2019 não será mais possível acumular aposentadoria com pensão por morte sem que haja, como regra, algum abatimento no valor de uma delas, a depender de qual será a de maior valor. Somente não haverá redução se ambas forem no valor de um salário mínimo.

(12)

O percentual do benefício menos vantajoso, a rigor, o menor, variará de acordo com o valor do benefício “secundário”, isto é, será de:

(13)

100% do valor até um salário mínimo (atualmente R$ 1.045,00) acrescentado de

60% do valor que estiver entre um e dois salários mínimos (entre R$1.045,00 até R$2.090,00), adicionados a

40% do que estiver entre dois e três salários (entre R$2.090,00 a R$3.135,00), acrescidos a

20% entre três e quatro salários mínimos (entre R$3.135,00 e R$4.180,00) e, por fim, somados ao percentual de

(14)

De igual maneira teremos quando houver o acúmulo de duas pensões por morte “deixadas” pelo mesmo instituidor nos casos de viável acumulação de ambas.

(15)

Recordemos que mesmo antes já não se permitia a acumulação de mais uma pensão por morte no caso de os instituidores serem vinculados ao Regime Geral de Previdência Social – RGPS.

(16)

Não houve qualquer alteração no tocante à acumulação de mais de uma pensão por morte para os que não sejam cônjuges ou companheiros(as), caso dos filhos, equiparados a filhos e dependentes da segunda e terceira classes, permanecendo, pois, neste ponto, intactas as previsões contidas no art. 124 da Lei n. 8.213/91.

(17)

Estudo de caso

Fernanda, professora universitária, depois de 23 anos de casamento, ficou viúva de Mário, bancário falecido em acidente de carro quando viajava a trabalho no dia 14.11.2019. Ele, que contava com 60 anos e 01 mês de idade, em tal data não estava aposentado e nem recebendo qualquer outro benefício do INSS, muito embora já tivesse trabalhado como empregado por 35 anos, 11 meses e 10 dias. Um último dado: Mário sempre contribuiu sobre o equivalente ao teto da Previdência deste julho de 1994, o que hoje alcançaria, hipoteticamente, o valor de R$6.101,06.

(18)

Diante de tal quadro, pergunto-lhes: como será calculada a pensão por morte devida a Fernanda? Ou seja: (1) que contribuições comporão o “PBC” que será utilizado? (2) Qual o coeficiente da pensão que terá direito sabendo-se que o filho em comum que tinham – Pedro, de 22 anos, solteiro, estudante de engenharia civil - também estava no carro e ficou paraplégico em tal sinistro?

(19)

E se ela também estivesse no veículo e tivesse em tal episódio sofrido “apenas” a perda total da audição do ouvido esquerdo, tal circunstância traria algum impacto na sua pensão por morte, sabendo-se que ela tinha apenas 40 anos de idade?

(20)

Se ela recebesse auxílio por incapacidade temporária, tal circunstância faria com que recebesse percentual menor no tocante à pensão por morte? E se ela fosse posteriormente aposentada na condição de pessoa com deficiência com renda mensal inicial de R$4.500,00?

(21)

Poderia ela, então, receber sua aposentadoria à razão de 100% (cem por cento), pois mais vantajosa que o valor que recebia a título de pensão por morte (no caso, ela tinha direito a R$3.050,03), acrescido de um percentual da pensão por morte. Ou seja:

(22)

R$1.045,00 (um salário mínimo) mais 60% de outro salário mínimo (R$1.045,00) mais 40% de R$960,00 (faltante para alcançar os R$3.050,00) = R$2.056,00 (esse é o cálculo elaborado pelo INSS, via

(23)

Porém, poderia ser:

R$1.045,00 (um salário mínimo) mais 60% de outro salário mínimo (R$627,00, ou seja, 60% x R$1.045,00) + 40% de 1.045,00 (R$418,00) + 20% de 1.045,00 (R$209,00) mais 10% de R$1.921,00 (R$192,10), o que resulta em R$2.491,10??!!

(24)

Qual a diferença entre ambos os cálculos?

Neste último pegamos o valor integral da pensão e não apenas o valor que cabia a ela. Confiram que, mesmo assim, o valor da pensão, somadas as duas “cotas”, seria menor do que o valor pago anteriormente, que cogitamos seria no teto da Previdência Social no corrente ano de 2020. Ressalto que na Emenda Constitucional fala-se

em benefício, do que entendo não ser inimaginável cogitarmos de sua integralidade, e não o valor devido a cada dependente quando houvesse mais de um. Essa ressalva precisaria estar estampada no texto constitucional para que não restasse nenhuma dúvida. “In dubio pro misero”. Em qualquer caso, jamais se poderia resultar em valor acima do que estaria sendo pago a título do segundo benefício – o menos vantajoso.

(25)

De onde podemos extrair tal conclusão? Do texto do art. 24, §2º, da EC 103/2019, verbis:

(26)

“§ 2º Nas hipóteses das acumulações previstas no § 1º, é assegurada a percepção do valor integral do benefício mais vantajoso e de uma parte de cada um dos demais benefícios, apurada cumulativamente de acordo com as seguintes faixas:

(27)

I - 60% (sessenta por cento) do valor que exceder 1 (um) salário-mínimo, até o limite de 2 (dois) salários-mínimos;

II - 40% (quarenta por cento) do valor que exceder 2 (dois) salários-mínimos, até o limite de 3 (três) salários-mínimos;

III - 20% (vinte por cento) do valor que exceder 3 (três) salários-mínimos, até o limite de 4 (quatro) salários-mínimos; e

IV - 10% (dez por cento) do valor que exceder 4 (quatro) salários-mínimos.

§ 3º A aplicação do disposto no § 2º poderá ser revista a qualquer tempo, a pedido do interessado, em razão de alteração de algum dos benefícios.

(28)

§ 4º As restrições previstas neste artigo não serão aplicadas se o direito aos benefícios houver sido adquirido antes da data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional.”

§ 5º As regras sobre acumulação previstas neste artigo e na legislação vigente na data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional poderão ser alteradas na forma do § 6º do art. 40 e do § 15 do art. 201 da Constituição Federal.” (realcei).

(29)
(30)

Como já alertado em outro bloco, este benefício agora tem valor único: um salário mínimo, conforme previsto na EC 103/2019.

(31)

Nas últimas alterações, passou a exigir carência de 24 (vinte e quatro) meses e ser devido apenas nos casos de cumprimento de pena em regime fechado, não com isso desconfigurando o direito à percepção até que sobrevenha sentença condenatória com trânsito em julgado e, com isso, a definição do regime que será observado para fins de cumprimento da pena imposta.

(32)

Assim como na pensão por morte, não houve mudança no rol de potenciais beneficiários, ou seja, quanto aos dependentes.

(33)

Antes variava de um salário até o teto da Previdência Social, sendo devido, de todo modo, somente a dependentes de segurado de baixa renda, o que era aferido, desde a medida provisória n. 871/2019, “pela média dos salários de contribuição apurados no período de 12 (doze) meses anteriores ao mês do recolhimento à prisão”.

(34)

Inexistindo salários-de-contribuição em tal intervalo – de 12 meses, concluir-se-ia pelo enquadramento do segurado no conceito de baixa renda, aproximando-se do entendimento anteriormente firmado pelo Superior Tribunal de Justiça – STJ, que se posicionava por tal configuração se na data do recolhimento à prisão estivesse o segurado desempregado, porquanto entendia pela “renda zero” em tal momento.

(35)

De toda sorte, como já salientei outrora, certamente advirão muitas discussões quanto a tal limite a um salário mínimo, eis que afrontaria o princípio da contrapartida, bem como da isonomia, ao tempo em que se colocou todos os dependentes de segurado na mesma conjuntura, qual seja, determinação para que se receba apenas um salário mínimo em qualquer hipótese.

(36)

Pablo contribuiu para o INSS até 01.2019, quando então foi dispensado do seu emprego. Recebeu 5 parcelas do seguro-desemprego, até julho de 2019. No mês de fevereiro de 2020 foi preso ao tentar furtar a mesma empresa para o qual trabalhou, eis que nunca se conformara com sua demissão. Poderia sua esposa, Fernanda, receber auxílio-reclusão enquanto Pablo permanecesse preso? Necessitaríamos para chegar à resposta saber quanto ele recebia enquanto empregado? E para saber o valor do benefício pretendido? Sabendo que somente haveria ela como dependente, poderia o benefício ser pago em valor abaixo de um salário mínimo?

(37)

Se, sem ter sido liberado/solto, sobreviesse posteriormente a condenação a quatro anos de prisão em regime semiaberto, mudaria algo no tocante ao benefício em comentário?

Referências

Documentos relacionados

Detectadas as baixas condições socioeconômicas e sanitárias do Município de Cuité, bem como a carência de informação por parte da população de como prevenir

Na fachada posterior da sede, na parte voltada para um pátio interno onde hoje há um jardim, as esquadrias não são mais de caixilharia de vidro, permanecendo apenas as de folhas

[r]

Com o presente projeto de investimento denominado "Nexxpro Speed (Qualificação) - Reforço do Posicionamento Competitivo Internacional", a empresa pretende

Para tanto, é necessário que a Atenção Básica tenha alta resolutividade, com capacidade clínica e de cuidado e incorporação de tecnologias leves, leve duras e duras (diagnósticas

No código abaixo, foi atribuída a string “power” à variável do tipo string my_probe, que será usada como sonda para busca na string atribuída à variável my_string.. O

Neste presente estudo foi aplicado um questionário sobre a aceitação de um dos seus detergentes comparado a dois concorrentes utilizando a escala ideal , além

2.7 A seleção para o preenchimento das vagas gratuitas contempladas pelo Programa de Comprometimento e Gratuidade – PCG, destina-se prioritariamente aos