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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE CIENCIAS AGRÁRIAS GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA PEDRO HENRIQUE FACIOLI

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA

INSTITUTO DE CIENCIAS AGRÁRIAS

GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

PEDRO HENRIQUE FACIOLI

USO DE Azospirillum brasilense EM PASTAGEM ESTABELECIDA DE Brachiaria brizantha CV. MARANDU ASSOCIADA A DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO

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PEDRO HENRIQUE FACIOLI

USO DE Azospirillum brasilense EM PASTAGEM ESTABELECIDA DE Brachiaria brizantha CV. MARANDU ASSOCIADA A DIFERENTES DOSES DE NITROGÊNIO

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Agronomia, da Universidade Federal de Uberlândia, para obtenção do grau de Engenheiro Agrônomo.

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PEDRO HENRIQUE FACIOLI

Uso de Azospirillum brasilense em pastagem estabelecida de Brachiaria brizantha cv. Marandu associada a diferentes doses de nitrogênio

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Agronomia, da Universidade Federal de Uberlândia, para obtenção do grau de Engenheiro Agrônomo.

Aprovado pela Banca Examinadora em 22 de abril de 2015

_______________________________

Profa. Dra. Adriane de Andrade Silva

Orientadora

_______________________________ _______________________________

Eng. Agronomo Fabio Jamoni Carvalho Gestor Ambiental Ademir Martins Pereira Jr.

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RESUMO

A utilização do Azospirillum brasilense na agricultura representa uma das possibilidades para viabilizar uma produção com menores custos sem prejudicar o ambiente, uma vez que trata-se de um recurso biológico do solo que deve ser considerado. No entanto, a utilização do

Azospirillum no Brasil ainda é questionado devido a maior disponibilidade no solo

naturalmente e os resultados obtidos em culturas agrícolas. Com isso, o objetivo deste presente trabalho foi avaliar a associação da doses de adubação nitrogenada na pastagem com

Brachiaria Brizantha cv. Marandu com a inoculação de Azospirillum brasilense na região de

Uberlândia, Minas Gerais. Para tal, foi implantado um experimento em delineamento em blocos casualizados (DBC) no esquema fatorial com 3X2, referente a 3 doses de nitrogênio (0;75 e 150 Kg N ha-1) e 2 condições da dose de Azospirillum brasilense (Ausência e presença) com 4 repetições na região do município de Uberlândia, Minas Gerais. Avaliou-se as variáveis massa seca (MS), massa verde (MS) e disponibilidade de N foliar. Conclui-se que o uso de Azospirillum brasilense promove incremento de produção de MS e MV. As melhores respostas foram obtidas quando a aplicação Azospirillum brasilense ocorre em conjunto com dose de N suplementar. A forma de aplicação de Azospirillum brasilense em superfície em pastagens estabelecidas propiciou o aumento de MS e MV quando em consórcio com doses de N suplementar.

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ABSTRACT

Use of Azospirillum brasilense in agriculture is one of the possibilities to enable production with lower costs without harming the environment, since it is a biological soil resource that must be considered. However, the use of Azospirillum in Brazil is questioned due to the greater availability in soil naturally and results in agricultural crops. Thus, the aim of this study was to evaluate the association of nitrogen fertilization in pasture with Brachiaria brizantha cv. Marandu with inoculation of Azospirillum brasilense in the region of Uberlândia, Minas Gerais. To this end, we implemented an experiment in a randomized block design (RBD) in factorial arrangement with 3X2, referring to three nitrogen rates (0, 75 and 150 kg N ha-1) and 2 Azospirillum brasilense dose conditions (absence and presence) with 4 repetitions in the municipal region of Uberlandia, Minas Gerais. We evaluated the variables dry matter (DM), green mass (MS) and availability of N leaf. It is concluded that the use of Azospirillum brasilense promotes MS and MV production increase. The best responses were obtained when the Azospirillum brasilense application occurs in conjunction with additional N rate. The way Azospirillum brasilense application surface in established pastures led to an increase of MS and MV in consortium with supplementary N rates.

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 7 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 8 3. OBJETIVO 11 4. MATERIAL E MÉTODOS 12 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 16 6. CONCLUSÃO 23 REFERÊNCIAS 24

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INTRODUÇÃO

Azospirillum brasilense representa uma das possibilidades para viabilizar uma

produção com menores custos sem prejudicar o ambiente, uma vez que trata-se de um recurso biológico do solo que deve ser considerado, podendo promover associações vantajosas que acontecem entre raízes de gramíneas e bactérias presentes no solo que incluem grupos fixadores de nitrogênio e/ou promotores de crescimento.

Entre as possibilidades da inoculação de pastagens com o uso dessa bactéria é o fato das bactérias promotoras do crescimento vegetal, que fixam nitrogênio (N2) para a planta e

produzem hormônios de crescimento, como auxinas e giberelinas, estimulando o desenvolvimento do vegetal (DOBBELAERE; CROONENBORGHS, 2002). Os efeitos da inoculação depende de uma série de fatores pois, de acordo com Cantarella (2007) existe uma relação bastante específica entre a estirpe da bactéria utilizada com a cultivar do vegetal que se deseja produzir; a este evento se denomina especificidade planta-bactéria e é uma das principais causas de inconsistência de ganhos produtivos com a utilização de bactérias promotoras do crescimento vegetal.

Demonstrando a eficiência de bactérias diazotróficas em associação com gramíneas, Cavallet et al. (2000) propõem o uso de um produto comercial à base de Azospirillum sp para aumentar a produtividade de grãos de milho. De acordo com Hungria (2009), o uso de

Azospirillum brasiliense e mostraram incremento médio de 25% a 30% no rendimento do

milho. Oliveira et al (2002) verificaram que a inoculação de plantas micropropagadas de cana-de-açúcar com uma mistura de cinco estirpes de diferentes espécies de bactérias diazotróficas resultou em contribuições ao redor de 30% do N total absorvido.

A fixação biológica de nitrogênio (FBN) é realizada por bactérias diazotróficas que possuem o complexo enzimático da nitrogenase, capaz de catalisar a fixação do nitrogênio atmosférico (DÖBEREINER et al., 1992 apud DIDONET, 2007). As bactérias diazotróficas associam-se às plantas podendo promover aumento na produtividade ou até mesmo no vigor e na resistência aos estresses bióticos e abióticos. Estas bactérias podem colonizar partes internas dos tecidos vegetais, sendo consideradas endofíticas ou estarem apenas no ambiente externo das raízes (rizosfera), denominadas então epifíticas (BALDANI et al., 1997; REINHOLD-HUREK; HUREK, 1998). Os microrganismos endofíticos podem ser

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simbióticos ou associativos, sendo as bactérias do gênero Azospirillum, consideradas associativas, que em geral não provocam alterações visíveis (DIDONET, 2007).

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REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Uma das principais bases econômicas do Brasil desde os tempos de império é a agricultura. Tendo início com a cana de açúcar, café e atualmente é conhecido por ser o celeiro do mundo, pois ocupa o primeiro lugar no mundo em produção de café, cana-de-açúcar, laranja e bovinos, além de segundo na produção de soja e terceiro em milho e suínos.

Segundo o renomado jornal Financial Times, sediado no Reino Unido, até 2025 o Brasil pode chegar a ser o maior produtor mundial de alimentos. Tal perspectiva pode ser vista em diversos setores da agricultura nacional como na safra 2013/2014 que teve recorde na produção de grãos, podendo crescer o PIB do agronegócio brasileiro em 4%, segundo o Ministério da Agricultura.

Para atender o crescimento da produção agrícola nacional estima-se que haverá um incremento substancial no uso de fertilizantes. Portanto para o uso mais eficiente e sustentável deve se encontrar alternativas para que a adubação não seja um fator limitante de produtividade. Diante tal cenário alguns microrganismos vêm sendo estudados, como por exemplo as bactérias fixadoras de nitrogênio atmosférico e os fungos micorrízicos, com o intuito de garantir altas produtividades com um custo baixo e menor dependência de adubos químicos (HUNGRIA, 2011).

Dentre os microrganismos benéficos às plantas devido à capacidade de colonizar a superfície das raízes, rizosfera, filosfera e tecidos internos das plantas (Davison, 1988; Kloepper et al., 1989) existe o Azosopirillum que é uma bactéria fixadora de nitrogênio. O nitrogênio (N) é considerado um dos maiores fatores de produção responsáveis pelo acréscimo da produtividade e da proteína dos grãos de milho (AMADO et al., 2002) e possui papel fundamental no metabolismo vegetal, por participar, diretamente, na biossíntese de proteínas e clorofilas (ANDRADE et al., 2003).

As bactérias do gênero Azospirillum são microrganismos de vida livre fixadores de nitrogênio atmosférico, que vivem em associação com plantas na rizosfera. Um dos benefícios desse processo é a promoção do desenvolvimento e do aumento na produção de biomassa. Na rizosfera, essas bactérias podem auxiliar as plantas por meio da secreção de hormônios (OLIVEIRA et al., 2002)

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Esses fitormônios sintetizados pelos microrganismos aumentam a taxa de respiração e de metabolismo e a proliferação das raízes, promovendo melhor absorção de água e de nutrientes pelas plantas (OKON; ITZIGSOHN, 1995)

As bactérias do gênero Azospirillum são endofíticas facultativas e colonizam tanto o interior quanto a superfície das raízes, sendo que além do milho são plantas hospedeiras desta bactéria o trigo, arroz, sorgo e aveia (BERGAMASCHI, 2006)

O N fixado pela bactéria torna-se disponível para a planta pela excreção direta ou via mineralização de bactérias mortas, não existindo uma relação de simbiose. Adicionalmente, as bactérias podem estimular a produção de hormônios nas plantas, como a auxina, que promove crescimento de raízes, podendo se refletir em maior capacidade de utilização de água e nutrientes (TIEN et al., 1979).

O efeito da bactéria Azospirillum sp. no desenvolvimento do milho e em outras gramíneas tem sido pesquisado, não somente quanto ao rendimento das culturas, mas também, com relação às causas fisiológicas que, possivelmente, aumentam esse rendimento (BÁRBARO et al., 2008).

A inoculação dessas bactérias aumenta o número de radícelas e o diâmetro das raízes laterais e adventícias, provavelmente devido à produção de hormônios pelas bactérias, melhorando assim a absorção de água e nutrientes (CAVALLET et al., 2000).

Porem sabe-se que com uso dessas bactérias promotoras de crescimento de plantas não substitui a adubação convencional, apenas diminuir substancialmente o uso do elemento e, consequentemente, reduz os custos da lavoura. Sendo que o maior desafio na inoculação com Azospirillum é a sua compatibilidade com fungicidas e outros produtos usados no tratamento de sementes (HUNGRIA et al., 2009). Segundo Hungria (2009), a inoculação de

Azospirillum sp. em trigo gerou um aumento de 31% e em milho 26% de produtividade de

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OBJETIVO

O objetivo deste presente trabalho foi avaliar a associação da doses de adubação de nitrogenada na pastagem com Brachiaria brizantha cv. Marandu com a inoculação de

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MATERIAL E MÉTODOS

Caracterização da Área em estudo

O experimento foi implantado na Fazenda Bonsucesso entre os anos de 2013/2014, em uma área estabelecida com Brachiaria brizantha cv. Marandu. A Fazenda está localizada no município de Uberlândia no estado de Minas Gerais, Brasil na rodovia Campo Florido Km 20 entre as coordenadas geográficas: Latitude Sul 19º05'17"; Longitude Oeste 48º22'00", próximo a fazenda experimental da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Figura 1, com uma altitude média de 820 metros, em relação ao nível do mar

Figura 1. Posicionamento da Fazenda Bonsucesso (F. Bonsucesso), próximo a fazenda experimental da Universidade Federal de Uberlândia (FE-UFU).

De acordo com o sistema de classificação de Köppen, o clima da região é caracterizado como sendo do tipo tropical típico, com média de precipitação em torno de 1600 mm por ano, apresentando moderado déficit hídrico no inverno e excesso de chuvas no verão. O solo de acordo o sistema brasileiro de Classificação de solo (Embrapa et al., 2014) é caracterizado como um Latossolo Vermelho Amarelo.

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1), totalizando 24 parcelas que foram dimensionadas com área de 25 m2(5x5 m) cada que foram distribuídos ao acaso na área experimental.

Tabela 1. Tratamentos aplicados na Fazenda Bonsucesso para aplicação de doses de

Azospirillum brasilense (Az) e nitrogênio (N) em pastagem estabelecidascom Brachiaria brizantha cv. Marandu na região de Uberlândia, Minas Gerais.

Tratamentos Doses N Az T1 Testemunha 0 kg N ha-1 0 mL ha-1 T2 Az 0 kg N ha-1 300 mL ha-1 T3 N + Sem Az 75 kg N ha-1 75 kg N ha-1 0 mL ha-1 T4 N + Az 300 mL ha-1 T5 N + Sem Az 150 kg N ha-1 150kg N ha-1 0 mL ha-1 T6 N+ Az 300 mL ha-1

N: dose de nitrogênio; Az: dose de Azospirillum brasilense.

Procedeu-se a aplicação dos tratamentos em pastagem estabelecida à mais de 3 anos com a forrageira Brachiaria brizantha e, após o seu rebaixamento, visando a manutenção de uma altura de corte uniforme, a cada corte manteve-se um resíduo médio de 20 cm.

Realizou-se a aplicação da dose de 300mL por hectare de Azospirillum brasilense (Masterfix Gramíneas), sendo para cada parcela experimental aplicou-se 0,75mL diluídos em 3 Litros de água, à cada corte, e aplicados na superfície das pastagens nos tratamentos com presença de Azospirillum brasilense, sendo nas parcelas onde não se aplicou foram adicionados a mesma quantidade de água.

As doses de nitrogênio foram aplicadas a lanço em cobertura com uso da fonte Nitrato de Amônio sendo a dose total parcelada em três aplicações. Considerando as doses a serem aplicadas e a área realizou-se o dimensionamento das dosagens descritas na Tabela 2.

Tabela 2. Dimensionamento de doses de nitrato de amônio para aplicação em experimento na Fazenda Bonsucesso, Uberlândia, MG.

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Dose de nitrato de amônio (g)

0 kg de N 0 0

75 kg de N 625,00 208,25

150 kg de N 1.250,00 416,50

A cada 100 kg N ha-1 foi necessário a adição de 333 kg de nitrato de amônio.

A primeira aplicação foi realizada em abril 2013 e primeiro corte junho de 2013, após essa avaliação deixou-se a pastagem em pousio, em função de após o corte e aplicação do nitrogênio e Azospirillum brasilense de acordo com os tratamentos propostos, em função do fotoperíodo da forrageira, o crescimento foi praticamente nulo, sendo somente em outubro de 2013 realizado um novo corte para uniformização das parcelas, e realizou-se a segunda aplicação em novembro de 2013 e segundo corte em dezembro de 2013. De dezembro de 2013 a janeiro de 2014, foi realizado o rebaixamento da pastagem com entrada de gado com elevada pressão de pastejo e terceira aplicação na segunda quinzena de janeiro e terceiro corte em março de 2014.

Variáveis analisadas

A produtividade da forrageira foi quantificada utilizando-se a massa seca (MS), obtida através da coleta da área útil de cada parcela. A forrageira coletada foi mensurada, obtendo-se o valor da massa verde (MV). O corte foi realizado a 20 cm do solo. Em seguida, foram separadas amostras pesadas para obtenção da (MV) e levadas à estufa com circulação de ar forçada a 65ºC até obter massa constante para obtenção da massa seca (MS) (SILVA; QUEIROZ, 2002). Esse valor foi, posteriormente, transformado em kg MS ha-1.

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A variabilidade dos tratamentos incialmente foram estudadas por meio de estatística descritiva calculando-se os valores de média, desvio padrão, mínimo, máximo, mediana e coeficiente de variação.

Os resultados foram submetidos aos testes de normalidade dos resíduos (Teste de Shapiro-Wilk, SPSS Inc., USA) e homogeneidade das variâncias (Teste Bartlett, SPSS Inc., USA) .

Posteriormente as variáveis foram submetidas a análise de variância – ANAVA(Teste F; p<0,05), e quando H0 foi rejeitado comparou-se as médias pelo teste de Tukey a 0,05 de

probabilidade (Sisvar Inc., Brasil), de acordo com Ferreira (2011). Com os resultados obtidos fez-se a tabulação e confecções das tabelas e gráficos para exposição dos resultados (Sigma-plot In., USA).

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

Produtividade da Massa verde (MV)

No primeiro corte de avaliação não observou diferença significativa para a produtividade da massa verde (MV) das pastagens estabelecidas com Brachiaria Brizantha, com uma média e diferença mínima significativa entre os tratamentos, respectivamente de 11.105,00 kg ha-1e 7.419,21 (Tabela 3).

Nesse mesmo período a dose de 0 Kg N ha-1com a adição de Azospirillum no solo contribui para o decréscimo 26% na produção de MV. Pode-se atribuir esse fato a necessidade do Azospirillum de um aporte, mesmo que menor de N para que sejam observados diferenciações (Tabela 4). Uma vez, que estima-se uma fixação biológica de N em pastagens, da ordem de 5 a 10 kg ha-1 de N ao mês com a adição de Azospirillum ao solo (DÖBEREINER, 1992).

Oliveira et al. (2002) avaliando a produção de forragem e qualidade de Brachiaria

brizantha com Azospirillum brasilense fertilizada com nitrogênio em Latossolo no município

de São Carlos, SP, observou distinção no tratamento sem aplicação de nitrogênio e com inoculação produzindo mais forragem do que a testemunha (sem aplicação de N e sem inoculação) após cerca de 3 meses após a adição do Azospirillum no solo.

Na dose de 75 kg de N ha-1 a dose de Azospirillum produziu 23% a mais, o que pode-se inferir que quando aplicado de forma conjunta N + Masterfix Gramíneas pode-pode-se obpode-servar diferenciação na produção de MV, mesmo comportamento observado quando aplicado o tratamento com 150 kg de N ha-1, em que a presença do Azospirillum promoveu incrementos de 60% a mais de MV. Deve-se lembrar que como a aplicação de N foi realizada parcelada, o incremento com ¼ da dose de N promoveu incrementos de 23 e 60% em relação aos tratamentos em que foi aplicado somente a fonte de N.

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Tabela 3. Produtividade de Massa verde (kg ha-1) nos três cortes realizados, na Fazenda Bonsucesso, com aplicação de doses de Azospirillum brasilense (Az) e nitrogênio (N) em pastagem estabelecidas com Brachiaria brizantha cv. Marandu na região de Uberlândia, Minas Gerais.

Tratamentos 1° corte 2° corte 3° corte

Testemunha 9.850,00 5.687,50 bc 5.101,75 d 0 N + Az 7.800,00 4.225,00 c 5.119,50 d 75 kg N 11.025,00 12.962,50 ba 6.707,50 c 75 kg N + Az 13.600,00 13.125,00 ba 14.437,50 a 150 kg de N 9.355,00 15.000,00 a 8.512,50 b 150 kg de N + Az 15.000,00 17.387,00 a 14.677,50 a CV% 29,07 30,32 1,18 Média 11105,00 11397,00 9092,70 DMS 7419,210 7942,00 247,43

Para os tratamentos médias seguidas por letras distintas na coluna divergem entre si pelo teste de Tukey (P<0,05)

No segundo corte já foi possível verificar uma distinção entre os tratamentos com uma média e DMS entre os tratamentos, respectivamente de 11397,00 e 7942,00. Em todos os tratamentos em que houve aplicação suplementar de N houve incremento na produção, respectivamente, de 6,46 % e 13,72 % para 75 e 150 Kg N ha-1 (Tabela 3).

Na dose 0 kg de N ha-1 observou-se um comportamento similar ao observado no primeiro corte, em que a aplicação de Azospirillum reduziu em 25,00 % a produção de MV, e nos demais cortes, a aplicação conjunta de Azospirillum com N, promoveu incrementos significativos, em que na dose de 75 kg de N ha-1, o incremento foi de 1,25% e na dose de 150 kg de N ha-1 de aproximadamente 16,00 %. Comparando o primeiro com o segundo corte, pode-se observar menor resposta nesse corte, em ambas as doses, porém manteve-se o incremento de MV.

No terceiro corte, observou-se diferença significativa entre os tratamentos com mesma dose de N e ausência/presença de Azospirillum, com exceção dos tratamentos com 0 kg de N ha-1 e 0 kg de N ha-1 + Az. No tratamento com aplicação de 75 kg de N ha-1 observou-se que a

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aplicação conjunta do Azospirillum promoveu aumento de 115,00 % e na dose de 150 kg de N ha-1, incremento de 72,40 %.

Aumento no incremento da cultura com a dose de 75 kg ha-1 de N ha-1 em associação com bactérias diazotróficas também foram encontrados por Machado et al. (1998) na cultura do milho com acréscimo na produção de 4.830 kg ha-1 para 5.790 kg ha-1 devido à inoculação. Resultado semelhantes aos encontrado neste trabalho e nos demais trabalhos de Machado et al. (1998) e Cavallet et al. (2000) em pastagens.

Oliveira (2011) verificou que o parcelamento da adubação nitrogenada com menor dose de 75 kg ha-1 de N + inoculação com Azospirillum ocasiona decréscimo na produção em relação ao tratamento em queapenas se inoculou e não se realizou as coberturas nitrogenadas na a produção de forragem e qualidade de Brachiaria brizantha com Azospirillum brasilense.

Produtividade de Matéria Seca (MS)

Ausência na distinção entre os tratamentos também ocorreu para a MS no primeiro corte com média e DMS, respectivamente de 4710,45 kg ha-1 e 2.237,70.

Em todos os tratamentos em que foi aplicado o Azospirillum promoveu se maior produção de MS (Tabela 4). Efeito positivo da utilização do Azospirillum também pode ser verificada em outras culturas além da brachiaria, como trigo, soja (DIDONET et al., 1996) e milho (MACHADO et al., 1998; NOVAKOWISKI et al., 2011)

Na dose 0 zero de N o incremento pelo uso de Azospirillum foi de 16,00 % na dose de 75 kg de N ha-1 o incremento de 6,00 % e na dose de 150 kg de N ha-1 um incremento de 29%. Mesmo não significativo esses resultados indicam que o uso de Azospirillum é eficiente

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No segundo corte observou-se que no tratamento com zero de N, não houve variação significativa (P<0,05 pelo teste de Tukey) entre o tratamento com e sem aplicação de

Azospirillum. Na dose de 75 e 150 kg de N ha-1 não observou-se diferença entre os tratamentos com e sem aplicação de Azospirillum dentro da mesma dose de N.

Tabela 4. Produtividade de Massa seca (kg ha-1) nos três cortes realizados, Fazenda Bonsucesso, com aplicação de doses de Azospirillum brasilense (Az) e nitrogênio (N) em pastagem estabelecidas com Brachiaria Brizantha na região de Uberlândia, Minas Gerais.

Tratamentos 1° corte 2° corte 3° corte

Testemunha 3752,91 2599,72 bc 2109,78 e 0 N + Az 4388,75 1927,94 c 2129,19 e 75 kg N 4655,24 5049,42 abc 2810,31 d 75 kg N + Az 4922,96 5131,96 abc 7034,25 b 150 kg de N 4603,20 5435,53 ba 3.853,48 c 150 kg de N + Az 5938,42 6468,90 a 7.748,25 a CV% 20,67 32,31 3,86 Média 4710,45 4435,57 4280,87 DMS 2237,70 3293,18 379,34

Na tabela: Para os tratamentos médias seguidas por letras distintas na coluna divergem entre si pelo teste de Tukey (P<0,05)

No terceiro corte comparando os tratamentos com mesmas doses de N, somente não foi observado diferença entre a testemunha e 0 kg ha-1 de N + inoculação com Azospirillum , que independente da aplicação de Azospirillum, foram equivalentes.

Nas demais doses houve grande incremento de MS, em resposta a aplicação ou não de

Azospirillum, sendo que na dose de 75 kg de N ha-1 o incremento onde houve aplicação de

Azospirillum foi 150,00 %, superior inclusive a diferença entre a aplicação exclusiva de N

entre a dose de 75 e 150 kg de N ha-1 que foi de 37,00 %. Na dose de 150 kg de N ha-1 a aplicação de Azospirillum foi 101,00 %.

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Os acréscimos da MS (Tabela 4) e MV (Tabela 3) deve-se a característica do

Azospirillum que promove ganhos em rendimento em importantes culturas porque contribui

na fixação biológica de nitrogênio auxiliando no aumento da superfície de absorção das raízes da planta e, consequentemente, no aumento do volume de substrato de solo explorado (OKON; VANDERLEYDEN, 1997). Além do Azospirillum outras bactérias diazotróficas (A.

amazonense, A. lipoferum e Herbaspirillum seropedicae) em mistura (estirpes de bactérias

diazotróficas) contribuem para o melhor desenvolvimento das plantas (MACHADO et al., 1998) pela produção de hormônios produzidos por essas bactérias promotoras de crescimento, onde a planta tem a possibilidade de absorver melhor a água e os nutrientes presentes no solo, aumentando as chances de se desenvolver melhor e produzindo silagem dequalidade superior (BASI et al., 2011).

Produtividade de Massa verde (MV) Seca (MS) total

A análise dos três cortes, pode inferir que a presença de Azospirillum brasilense em complemento a adubação nitrogenada que promoveu aumento da ordem de 1,00 % à 115,00 % de MV, sendo o custo e manejo de aplicação das doses uma ferramenta importante para incremento de produção de MV em sistemas de pastagens. Observando melhores resultados quando houve a interação da dose de N e Azospirillum, em ambas as doses de 75 e 150 kg de N ha-1 (Figura 2A).

Esse ganho de produtividade com a utilização do Azospirillum é maior em solos considerados quase estéreis, ou seja, quando não possibilita o desenvolvimento de microrganismos (OLIVEIRA et al., 2007).

A ausência de N no efeito do Azospirillum não promoveu incremento de MV (Figura 2A). Mesmo comportamento foi verificado na MS com uma redução média de 13%. Enquanto, ocorreu incremento de MS no corte acumulado no tratamento com 75 e 150 kg de

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Figura 2.Produtividade total (somatório dos três cortes) da massa verde (Figura 2A) e seca (Figura 2B) na Fazenda Bonsucesso, com aplicação de doses de Azospirillum brasilense (Az)

e nitrogênio (N) em pastagem estabelecidas com Brachiaria Brizantha cv. Marandu. Barras identificadas com letras minúsculas e maiúsculas, respectivamente para MU e MS,

distintas divergem entre si pelo teste de Tukey (P<0,05). A variável MV apresentou: CV%12,43; Média: 2.1714,58 kg ha-1; DMS: 6.201,59. Enquanto, para MS: CV%13,44; Média: 13.416,45 kg ha-1; DMS: 4.144,29

Teores de Nitrogênio Foliar

Em relação aos teores de nitrogênio observou-se que nos três cortes realizados não foram observadas diferenças significativas nos teores de N das folhas, com média de 11,95; 10,61 e 10,61g Kg-1, respectivamente para 1,2 e 3° corte. Resultado semelhantes foram obtidos por Oliveira et al (2011). Esse efeito positivo do Azospirillum no teor de N foliar pode ser encontrado em grãos de milho também (MACHADO et al.,1998)

Nas dose de 75 e 150 kg de N ha-1 observou-se maiores teores de N nos tratamentos com Azospirillum. No entanto, a dose de 150 kg de N ha-1 apresentou superioridade nos tratamentos com Azospirilum, com exceção do 2o corte, o qual o teor de N foi 11,80% inferior. Nos demais tratamentos a superioridade foi 18,36% e 10,21%.

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Figura 3. Teores de nitrogênio Foliar (g kg-1) nos três cortes (1°, 2° e 3° corte) na MS em pastagem estabelecidas com Brachiaria Brizantha cv. Marandu na Fazenda Bonsucesso, com

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CONCLUSÃO

A forma de aplicação de Azospirillum brasilense em superfície em pastagens estabelecidas propiciou o aumento de MS e MV quando em consórcio com doses de N suplementar.

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REFERENCIAL

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