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Oracle BPM 11g. Análise à Plataforma

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Academic year: 2021

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Oracle BPM 11g 

Análise à Plataforma

Maio de 2010            Tive o privilégio de ser convidado a participar no "EMEA BPM 11g beta bootcamp" em Abril de 2010,  no  qual  tive  contacto  mais  próximo  com  a  última  versão  do  Oracle  BPM  11g.  Desde  a  minha  última  avaliação Oracle BPEL vs BEA Aqualogic (plataformas de BPM), esta ultima adquirida pela  Oracle  há  cerca de 2 anos, esperava pela total incorporação dos produtos como planeado no roadmap de ambas  as plataformas.  

As versões 10g seguiram ainda caminhos relativamente separados devido às diferenças de abordagem,  mas principalmente devido às diferenças de tecnologia que eram, como se sabe, imensas.  

Para  ilustrar  dois  casos  de  diferenças  de  base,  com  imenso  risco  e  dificuldade  na  integração  dos  produtos,  abordo  a  tecnologia  de  execução  e  as  plataformas  de  desenvolvimento  (JDeveloper  e  Eclipse). Outras existiam mas que de alguma forma de complementavam. 

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BPEL ou BPMN? E porque não ambos? 

No mercado dos BPMS (Business Process Management Systems), quando falamos nas plataformas de  topo (consultar Gartner Magic Quadrant for Business Process Management Suites 2009) verifica‐se a  existência  de  duas  tendências  ligadas  a  dois  dos  standards  existentes:  BPEL  (Business  Process  Execution  Language  )  e  BPMN  (Business  Process  Modelling  Notation).  Enquanto  o  primeiro,  BPEL,  sempre teve um foco maior nos aspectos de execução, ficando assim mais próximo da implementação,  o BPMN, apesar de uma aceitação extremamente abrangente é, ou melhor, era apenas uma notação  de representação de processos de negócio. O panorama mudou com a existência do BPMN 2.0 que,  além da representação, também incorpora o standard de execução.  A Oracle, como outros fabricantes, tem no seu leque de produtos, o suporte à execução do BPEL (SOA  Suite 11g), sendo que, as aplicações mais orientadas ao negócio como o  Oracle BPA (Oracle Business  Process  Analysis  ),  suportam,  entre  outras,  a  notação  BPMN.  É  conhecido  que,  apesar  de  por  vezes  com muita dificuldade, a passagem de um fluxo desenhado em BPMN é passível de ser transformado  em BPEL para a execução. Contudo, a lógica destes dois standards é bastante diferente. Sem entrar em  detalhes técnicos podemos considerar que o desenho de um processo em BPMN é feito de uma forma  lógica  sem  grandes  limitações,  enquanto  que  no  processo  em  BPEL  se  enfrentam  bastantes  dificuldades  para  implementar  estruturas  mais  complexas  como  alguns  tipos  loops    frequentemente  existentes em processos de negócio. No limite, e este ponto parece‐me ser um dos mais relevantes,  com alguma probabilidade, um utilizador de negócio não irá reconhecer o seu processo desenhado em  BPEL. 

A plataforma Oracle BPM 11g suporta ambos os cenários, ou seja, é possível a execução de processos  em BPEL (tal como na versão anterior) mas também possível a execução de processos em BPMN 2.0,  que,  de  um  modo  simplista,  faz  a  execução  exactamente  como  foi  desenhado  pelo  utilizador  de  negócio. Esta possibilidade trás inúmeras vantagens pois elimina as dificuldades de transformação dos  processos de negócio em linguagens mais técnicas (e vice‐versa), permitindo, ao mesmo tempo, que se  possa optar por complementaridade  das duas tecnologias, isto é, poder‐se‐á ter um processo BPMN  2.0 cujo foco é a interacção humana com blocos ou partes constituídas por processos BPEL, neste caso  de orquestração de serviços. Tudo isto é possível pela arquitectura de base que assenta na lógica de  composição e serviços.     

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Suporte ao BPMN 2.0 

Com o suporte a este standard torna‐se extremamente simples implementar o desenho dos processos  de negócio de um modo mais próximo aos seus executantes. A plataforma suporta todos os elementos  BPMN a que estamos habituados desde as swimlanes (representam a responsabilidade de uma tarefa)  até  aos  gateways  (que  representam  os  diferentes  tipos  de  paralelismo,  saídas  exclusivas,  etc).  O  desenho vai sendo sempre acompanhado pela plataforma (neste caso em JDeveloper) que avisa sobre  eventuais  problemas  que  existam  no  fluxo.  Um  dos  exemplos  mais  básicos  é  a  obrigatoriedade  da  existência de uma saída por omissão sempre que exista um fluxo condicionado por um gateway. Do  que  verifiquei  apenas  o  suporte  a  pools  (piscinas  que  agregam  swimlanes  ‐  representam  departamentos ou empresas) ainda não é feito. Apesar de este não ser um elemento essencial, está  previsto, no roadmap do fabricante, o suporte em próximas versões. 

 

Fluxo do processo em BPMN 2.0   

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Sem  usar  o  BPA  e  para  responder  a  necessidades  de  composição  de  processos  directamente  por  utilizadores de negócio, foi incorporada a aplicação Process Composer, web based, que permite iniciar  o  desenho  de  processos  de  negócio  ou  mesmo  compor  os  processos  com  outros  artefactos  anteriormente criados como sejam os sub‐processos. Apesar de ser ambiente web, existe a facilidade  do uso de uma toolbox e está também disponível o arrastamento dos artefactos.    BPM Process Composer         

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Simulação 

É neste ponto, e no suporte ao desenho do processo, que mais se nota o trabalho visivel de integração  entre o produto que evoluiu do BEA Aqualogic com a plataforma SOA Suite. Com esta versão é possível  fazer  as  simulações  necessárias  à  validação  do  processo  de  negócio  mesmo  dentro  do  JDeveloper,  dispondo  o  utilizador  das  funcionalidades  que  advém  da  plataforma  integrada.  Um  dos  pontos  mais  interessantes é a capacidade de, em tempo de simulação, verificarmos, através dos valores e de cores,  os  estrangulamentos  (bottlenecks)  que  acontecem  no  processo  e,  ao  mesmo  tempo,  podermos  acrescentar  recursos  (apenas  com  um  clique)  verificando  automaticamente  o  novo  comportamento.  Na  simulação  podem‐se  fazer,  entre  outros,  análises  de  custos  (processo  e  tarefas)  e  verificação  da  cadência das execuções dos processos. Com esta capacidade será possível, junto com os utilizadores  de negócio, fazer vários cenários e verificar a análise de impacto das mudanças necessárias. 

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Workspace 

O workspace é a nova lista de tarefas do utilizador que adiciona à anterior os módulos de colaboração  e  de  medição  de  performance.  O  utilizador  poderá  verificar  graficamente  como  estão  os  seus  indicadores, nomeadamente a quantidade de tarefas  em estado aberto.     Business Process Workspace   

Regras de Negócio 

Na mesma lógica de serviços e reutilização, existem as regras de negócio que podem ser incorporadas  nos processos para decisões. As regras estão igualmente presentes no encaminhamento, delegação e  escalonamento de  mensagens a enviar aos participantes nos processos. É um dos componentes  que  mais  deverá  ser  usado  pois  permite  abstrair  e  desagregar  as  regras  de  negócio  da  lógica  do  fluxo.  A  adição de uma regra de negócio faz‐se arrastando o componente da toolbox para o ponto do processo.  Aplicando  a  mesma  lógica  de  serviço  pretende‐se  que  as  regras  sejam  reutilizadas  globalmente,  permitindo assim ter um ponto único de alteração do algoritmo ou dos valores usados em condições.  Ligado  à  regra  é  também  possível  ter  as  tabelas  de  decisão  o  que  facilita  a  implementação  e  manutenção das regras. 

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Composição 

Apesar de todas as novidades desta versão da plataforma, é na SCA (Service Component Architecture)  que  se  sente  o  poder  e  abertura  da  plataforma.  Ao  desenhar  uma  aplicação,  está  ao  dispor  do  arquitecto o módulo composite, que mais não é que o local onde se podem montar e agregar os vários  módulos  construídos.  Tomando  a  premissa  desta  plataforma,  em  que  tudo  pode  ser  um  serviço,  verifica‐se  que  os  processos  BPMN  2.0  também  fazem  parte  desta  composição  tanto  como  consumidores  de  outros  serviços  como  fornecedor  de  serviço.  É  fácil  disponibilizar  um  determinado  processo BPMN 2.0 para invocação por outros componentes. Torna‐se também possível a junção das  várias possibilidades existentes, nomeadamente a existência de um processo BPMN 2.0 que, por sua  vez, tem tarefas humanas, regras, serviços, processos BPEL, etc. A palavra de ordem é mesmo dividir,  implementar e compor em aplicação. 

Sabendo  que  provavelmente  não  existem  processos  e  projectos  BPMS  sem  integrações,  o  tema  da  ligação  com  sistemas  externos  torna‐se  essencial.  Após  a  exposição  do  serviço  e  o  consequente  registo,  a  utilização  far‐se‐á  de  modo  muito  fácil.  Também  o  mecanismo  de  ligação  aos  dados  de  entrada  dos  serviços  está  bastante  facilitando  podendo‐se  inclusive  usar  métodos  de  XPATH  mais  complexos se tal for necessário. 

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Indicadores ‐ KPI (key performance indicators) 

Um dos componentes essenciais dos BPMS é a existência do BAM (Business activity monitoring) que  nos permite, em tempo real, analisar o que está a acontecer nos processos de negócio. O Oracle BAM,  segundo a Gartner, é o melhor do mercado na sua categoria estando incorporado na suite.  

A  medição  de  indicadores  ligada  aos  metadados  já  está  disponível  de  raiz,  acedendo  assim  a  indicadores dos processos e tarefas para indicar os mais relevantes. Além disso é possível efectuar a  medição de  dados mais ligados a informação do negócio como  por exemplo  a verificação  de vendas  por área geográfica. Para isso é necessário inserir pontos de medição ou configurar nos existentes (por  exemplo  em  tarefas)  o  que  se  pretende  medir.  Posteriormente  à  definição  dos  pontos  de  controlo  podem‐se relacionar indicadores de metadados com dados de negócio, de forma a obter indicadores  extremamente  relevantes  para  a  condução  do  negócio.  Um  exemplo  poderia  ser  a  análise  temporal  com conceitos como departamento e produto dos processos de venda por região. Tudo isto em tempo  real  permitindo  aos  gestores  tomar  as  decisões  atempadas  sobre  o  que  se  está  a  passar  naquele  momento. Poder‐se‐ão definir valores que, caso os indicadores os atinjam, são lançados eventos como  por exemplo mails.   Estão disponíveis todos os tipo de gráficos, começando pelos de barras, passando pelos de pizza, área,  linhas, etc. Além de filtragem por valores ou tipificações, todos eles possibilitam a navegação em modo  drill‐down, como seja, em casos comuns, a navegação por ano, trimestre, mês, semana, dia.    BAM – Business Activity Monitoring 

João  Assunção  é  CTO  na  Link  Consulting  e  tem  mais  de  10  anos  de  experiência  na  definição  de  metodologias,  arquitectura,  implementação  e  liderança  de  projectos  BPM.  Já  avaliou  várias  plataformas  de  BPM  tais  como  Pegasystems  SmartBPM,  BEA  Aqualogic,  Oracle  SOA  Suite,  IBM  Websphere,  Lombardi  TeamWorks,  Tibco  iProcess, Sun, OpenText, entre outros. 

Referências

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